De Westerplatte A Stalingrado

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Bruno C.

Guerra

1
O Soldado sempre espera pela guerra e quando
ela começa ele passa a esperar pela paz.

2
Na guerra não a lugar para a razão e o
entendimento.

50 milhões de mortos, as seqüelas dos campos de concentração, a


desordem familiar e o difícil regresso dos soldados a vida civil,
acompanhados pela destruição de cidades inteiras, pontes, industrias,
estradas e uma infinidade de minas enterradas em campos férteis,
construímos tudo e tudo destruímos.

E ainda somos chamados de seres inteligentes.

Isto tudo, o homem fez ao homem

3
Fatos são mais fortes que palavras

Introdução Pagina 08
Adolf Hitler Pagina 10
Acordo secreto de 18 de Junho de 1935 Pagina 17
Pacto Nazi-Soviético de não agressão Pagina 20
Diretiva de Guerra n° 1 Pagina 23
Declaração de Adolf Hitler Pagina 26
Ultimato Aliado Pagina 44
Batalha no rio da prata “Uruguai”. Pagina 45
Russos na Finlândia Pagina 47
A Conquista da Noruega Pagina 59
A Ocupação da Dinamarca Pagina 75
Bélgica, Holanda, França e Luxemburgo Pagina 76
A Batalha no continente africano Pagina 109
A Batalha da Inglaterra Pagina 109
O ataque ao porto de Taranto Pagina 122
A Itália na Líbia Pagina 124
Beda Fomm Pagina 129
O Iraque rompe relações com a Inglaterra Pagina 130
Grécia Pagina 130
Creta Pagina 131
Belgrado Pagina 134
Invasão da Rússia Pagina 136
Início da Operação Barbarrossa Pagina 137
África do Norte “Marsa Matruh” Pagina 163
De Volta a Rússia “Stalingrado’ Pagina 165
Termos do ultimato soviético Pagina 172
Combate Corpo-a-corpo Pagina 181
Composisão do 6º exército alemão Pagina 194
Insígnias mlitares Pagina 199
Conclusão do Autor Pagina 205

4
Na guerra a morte é triunfo e vitória.

5
Ontem, a guerra, a glória.
Hoje uma prisão infecta, imunda.

6
Um símbolo, milhões de mortes.

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Com o término da primeira grande guerra mundial, a Alemanha e despojada de suas
possessões pelos tratados do pós-guerra assinados entre os paises beligerantes. O ministro
alemão do exterior, Hermann Muller, assinou o tratado de Versalhes na Sala dos Espelhos
do Palácio de Versalhes, na França. Em 28 de Junho de 1919. Este tratado é composto por
cerca de 440 artigos. O tratado foi ratificado pela Liga das Nações em 10 de Janeiro de
1920. A Alemanha sofria então uma penosa humilhação.
As Principais Cláusulas territoriais do Tratado foram.

• Alsácia e Lorena, seriam devolvidas a França (área 14.522 km², 1.815.000


habitantes).
• A Sonderjutlândia seria devolvida a Dinamarca (3.984 km², 163.600 habitantes).
• As províncias de Posen e Prússia Ocidental, devolvidas a Polônia (área 53.800 km²,
4.224.000 habitantes)
• Hlucínsko, região da Alta Silésia para a Checoslováquia (316 ou 330 km² e 49.000
habitantes)
• Parte leste da Alta Silésia para a Polônia (área 3.214 km², 965.000 habitantes)
• As cidades alemãs de Eupen e Malmedy para a Bélgica.
• A região de Soldau da Prússia Oriental a Polônia (área 492 km²).
• Parte setentrional da Prússia Ocidental, Klaipeda, sob o controle francês, depois
transferida para a Lituânia
• Na parte oriental da Prússia Ocidental e na parte sul da Prússia Oriental Warmia e
Masuria pequenas partes para a Polônia
• A província de Sarre para o comando da Liga das Nações por 15 anos.
• A cidade de Danzig sobre o controle da Liga das Nações (área 1893 km², 408.000
habitantes).

Cláusulas militares

1º.Exército Alemão foi restrito a 100.000 soldados, não sendo permitido o uso de tanques
ou artilharia pesada.
2º.Marinha foi restrita a 15.000 marinheiros, com a proibição de submarinos, a esquadra foi
limitada a seis navios de guerra ( de menos que 10.000 toneladas ), seis cruzadores e 12
contratorpedeiros.
3º.Aeronáutica Alemã (Luftwaffe) foi proibida.

8
A cláusula da culpa de guerra

Artigo 231

Em Janeiro de 1921 a Alemanha fora obrigada a pagar indenizações por danos


causados durante a primeira guerra mundial, cerca de um total de 269 bilhões de marcos
posteriormente a dívida foi reduzida para 132 bilhões, o primeiro pagamento seria em 1º de
maio de 1921. Os benefícios dessa reparação seriam assim repartidos: França 52%,
Inglaterra 22%, Itália 10%, Bélgica 8%; os demais aliados receberiam o restante, o que
sem duvida alguma logo provocou colapso em seu sistema financeiro.

Foram assinados outros tratados suplementares que completavam o Tratado de


Versalhes:

Tratado de Saint-Germain:
Assinado em 1919, Áustria estabelecia que a Hungria, a Polônia, a Checoslováquia e a
Iugoslávia seriam independentes. As regiões do Trieste, Sul do Tirol, Trentino e a Península
da Ístria passariam à Itália. A Áustria passou a ser um pequeno Estado europeu.

Tratado de Neuilly:
Foi assinado em 1919, a Bulgária perdeu territórios anexados durante a 1ª Guerra
Balcânica. A região da Dobrudja foi dada à Romênia, a Macedônia Ocidental à Iugoslávia e a
Trácia Ocidental à Grécia.

Tratado de Trianon:
Hungria perdia várias regiões: a Eslováquia passava para República da Checoslováquia; para
a Iugoslávia passava a Croácia, e para a Romênia, a Transilvânia.

Tratado de Sèrves:
Assinado em 1920 regulava a situação da Turquia, estipulando que a Armênia seria
independente e que a maior parte da Turquia européia passaria à Grécia; a Síria
seria controlada pelos franceses; a Mesopotâmia e a Palestina pelos ingleses.
Uma rebelião na Turquia, pôs fim ao império e proclamou a República, reconquistando a
Armênia.

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Foi nesse cenário de uma Alemanha humilhada pela derrota militar e em profunda
crise financeiramente, que Adolf Hitler surge politicamente pela primeira vez.

Adolf Hitler

Adolf Hitler nasceu às 6:30 horas em uma hospedaria modesta na cidade Braunau
am Inn na Áustria aos 20 de abril de 1889, filho de Alois Hitler, um funcionário de alfandega
de imposto e consumo de uma pequena cidade próximo a Linz na provincia da Alta-Austria,
proxima a fronteira Alemã, na epoca de seu nascimento a região pertencia ao Império
Austro-Húngaro e de Klara Hitler (cujo nome de solteira era Klara Polzl), Klara era prima em
segundo grau de Alois e por este foi trazida para sua casa durante a convalêcencia de sua
esposa para cuidar de seus filhos, Após o falecimento de sua 1º esposa “sem Filhos” e
consequentimente de sua 2ª esposa “2 filhos” Alois solicitou permissão especial da Igreja
Católica para casar-se com Klara, permissão concedida meses depois por Klara já se mostrar
visivelmente grávida. No total, Klara e Alois teveram seis filhos, 04 morreram na infância (
Gustav Hitler -1885/1887, Ida Hitler -1886/1888, Otto Hitler – 1887/1887 e Edmund Hitler
1894/1900) e apenas Adolf, o quarto, e sua irmã mais nova, Paula, sobreviveram. Alois
Hitler que era filho ilegítimo, até seus quarenta anos chamava-se Alois Schicklgruber
(Sobrenome de sua mãe), somente por volta de 1876, passou a usar o nome do seu pai
adotivo, Johann Georg Hiedler ou Hütler cujo alteração do sobrenome Heidler ou Hütler
para Hitler ocorreu por erro de um escrivão. O Pai de Adolfo Hitler nasceu no dia 07 de
Junho de 1837 na casa de um pequeno fazendeiro em Leoding próximo a Linz, filho de uma
cozinheira da casa chamada Maria Anna Schicklgruber e pai desconhecido, Alois aprendeu
primeiro o ofício de sapateiro e depois entrou para o serviço alfandegário onde alcançou o
mais alto posto ás vesperas de sua aposentadoria, O nome Adolfo se origina das duas
palavras alemãs que significam "nobre lobo”, Já durante sua juventude Hitler mostrou-se
inteligente e principalmente uma pessoa insociavel, apesar de duas seguidas reprovações
nos exames de admissão para cursar a escola secundaria Hitler encontrou em Leopold
Poestsch seu antigo professor um idolo e mestre nas ideias anti-semitas, Hitler admirava a
mãe mas pelo pai nutria somente respeito, com o qual teve duras desavenças pelo fato de
interressar-se por pintura e arquitetura e o pai querer obrigar-lhe a seguir a função pública,
o pai de Hitler após aposentar-se veio a falecer vitima de etilismo em janeiro de 1903 na
cidade de Leonding, a uns 2 quilômetros de Linz e apenas 04 anos depois em Dezembro de
1907 sua mãe Klara foi vitima de cancer, logo após o falecimento de sua mãe Hitler
resolveu seguir para Viena já que o governo oferecia um subsidio aos orfãos, no mesmo
ano foi reprovado para á Academia de Artes de Viena. Prova de desenho insatisfatória, diz
secamente a Lista de Classificação de 1907 na qual figura o nome Adolf Hitler.

10
Viveu por anos de pequenos trabalhos e do subsidio governamental tendo
posteriormente recebido de sua tia materna Johanna Polzl uma pequena herança, chega
mesma o ser mendigo na zona de Meidling no ano de 1909, no ano de 1910 já com 21 anos
perde o subsidio governamental.

O governo austríaco lhe pagava pensão como filho de funcionário público falecido o
que seguramente dava a Hitler toda a chance de se estabelecer confortavelmente na vida
portanto a imagem de um orfãozinho pobre, que viveu terríveis dificuldades, narrada em
seu livro Mein Kampf é invencionice, Começa então a pintar cenas copiadas de postais e
pode dar-se ao luxo de frequentar a ópera de viena, começa a dedicar muito de seu tempo
à leitura. Por muito tempo esteve hospedado em uma espelunca chamada lar dos homens
situado na Meldemannstrasse 27, ficava no XX Distrito (nordeste) da cidade, próximo do
Danúbio. Foi em Viena que Hitler tornou-se ativo anti-semita, particularidade que governaria
a sua vida e que foi a chave das suas ações subsequentes.

O anti-semitismo estava enraizado na cultura católica principalmente onde cresceu.


Viena possuia uma grande comunidade judaica, e entre eles diversos Judeus Ortodoxos
oriundos principalmente do leste europeu. Hitler procurou interar-se sobre os judeus
através da leitura, tendo comprado em Viena os primeiros panfletos anti-semitas que leu na
vida, conforme ele próprio descreve em seu livro Mein Kampf. A crença de Hitler na
superioridade da raça Ariana veio atravez de seus contatos com Jörg Lanz von Liebenfels,
cujos panfletos foram lidos por Hitler; políticos como Karl Lueger, o presidente da câmara
de Viena, e Georg Ritter von Schönerer, fundador do partido Pan-Germânico, em maio de
1913 Hitler tentando escapar da convocação para o serviço militar do multiétnico império
Austro-Húngaro, muda-se para Munique logo após receber um pequena herança de seu pai,
porém foi convocado, mas logo foi considerado inapto (sendo reprovado no exame médico,
seu prontuário médico da epoca foi confiscado em 1938 por ordem da gestapo) regressou
para Munique, vivendo da pintura de quadros até Agosto de 1914 quando eclodiu a Primeira
Guerra Mundial, de imediato alista-se no exército como voluntário no 16º Regimento de
Infantaria da Baviera a 7 de agosto de 1914, e como mensageiro parte para a França e
depois Belgica, apesar da coragem demostrada em missões e de ter sido agraciado com a
Cruz de Ferro de 2ª classe em Dezembro de 1914 “ Não existe registro para tal
condecoração, em Outubro de 1916, no norte de França, Hitler foi ferido numa perna, mas
regressou à frente em Março de 1917. tendo recebido a Das Verwundetenabzeichen
(condecoração concedido por ferimentos de guerra provocados por exposição ao fogo
inimigo) recebeu a Cruz de Ferro de 1º Classe em Agosto de 1918 condecoração raramente
atribuida a não oficiais, em 13 de outubro de 1918 na aldeia francesa de Comines, hitler
ficou cego, achava-se que era devido ao contato com gas lançado por tropas inglesas,
tendo sido enviado para o hospital militar em Pasewalk, onde o Dr. Kruckmann um
renomado oftalmologista da epoca relata tratar-se de cegueira histérica, sem nexo com o
contato com o gás, permanecendo internado até a assinatura da capitulação assinada pelo
General Ludendorff, do Alto Comando Alemão, e pelo Chanceler, Príncipe Max von Baden,
apesar de ter a folha de serviço militar exemplar, mas por não ser cidadão alemão Hitler é
promovido uma unica vez alcançando o posto de cabo, segundo relatos de seus superiores
Hitler era indubitavelmente corajoso em combate mas um individuo extremante extranho,
que não se portava em igual teor em respeito ao comando, achavam que ele não deveria
ser promovido a sargento. Com a capitulação alemã em 1918 mesmo com baixo salário
Hitler permaneceu no exército (Dept Ib/P) do grupo da Reichswehr da Baviera, Quartel-
general número 4 sob o comando do capitão Mayr, sendo um dos principais objetivos deste
grupo o de criar um bode expiatório para os resultados da Guerra e a derrota da Alemanha.
Começou-se então a culpar o Judaismo internacional.

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Por ter vivido os horrores da guerra e de ser dono de uma oratória impecavel Hitler
tornou-se um ferrenho divulgador da propaganda de seus superiores, e por ordem destes
mesmos superiores Hitlher e incumbido de infiltrar-se no pequeno partido nacionalista, o
Partido dos Trabalhadores Alemães (DAP). Foi aqui que Hitler conheceu entre outros,
Dietrich Eckart, um anti-semita e um dos primeiros membros do partido. Tornou-se
rapidamente chefe do partido.

Em Setembro de 1919, Hitler escreveu aquele que é geralmente tido como o seu
primeiro texto anti-semita, um "relatório sobre o Anti-Semitismo" requerido por Mayr para
Adolf Gemlich.

"lutaria de forma legal para remover os privilégios gozados pelos judeus em


relação a outros estrangeiros vivendo entre nós. O seu objectivo final, no
entanto, deverá ser a remoção irrevogável dos próprios judeus

Em 1920 após ser liberado pelo exército Hitler se torna líder do partido mudando
seu nome para Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - NSDAP (Partido Nacional
Socialista dos Trabalhadores Alemães), normalmente partido Nazi, ou Nazista, que vem das
palavras "National Sozialistische", O partido adaptou a suástica e a saudação romana. Por
volta de 1923 conheceu o então editor do jornal anti-semita Der Stürmer Julius Streicher,
Alguns dos seguidores do Hitler e de suas ideias desde o início foram Rudolf Hess, Hermann
Göring, e Ernst Röhm, Marechal de campo Erich Ludendorff. Em 9 de novembro de 1923
Hitler e Rudolf Hess são pressos logo após a frustrada tentativa de golpe do partido nazista
contra o governo legal da Baviera, sendo condenado a 5 anos de prisão em Abril de 1924,
porém foi anistiado 06 meses após, no periodo em que permaneceu preso ele ditou no
estabelecimento prisional de Landsberg um livro chamado "Mein Kampf" (Minha Luta) ao
seu ajudante Rudolf Hess. Livro no qual retrata como os grandes males do mundo:
Comunismo e Judaísmo, e no qual declara abertamente seu objectivo de erradicar ambos
da face da terra.

Após sua liberação da prisão e com o partido praticamente reduzido a zero, neste
mesmo ano veio fundar em contrapartida as não confiaveis SA de Ronhm a tropa de elite e
sua guarda pessoal a SS ou Schutzstaffel sob a chefia de Heinrich Himmler, tornando em
meados de 1929 um partido de grande expressão politica e social em uma Alemanha
corroida pela grave crise economica. O ponto de crucial para a ascenção de Adolf Hitler ao
poder veio com a grande depressão que atingiu a Alemanha em 1930. O regime
democrático pós guerra estabelecido na Alemanha em 1919, não era genuinamente aceito
pelos politicos mais conservadores e tinha a oposição aberta dos fascistas. As eleições de
realizados Setembro de 1930 foram uma vitória para o partido Nazi, que ganhou mais de
18% dos votos e 107 lugares no "Reichstag" (parlamento alemão), tornando-se o segundo
maior partido. Sendo figura de grande ajuda para Hitler a de Alfred Hugenber. A classe
média alemã fora a grande responsavel pela voria do partido Nazi. Uma vez que fora a
grande atingida pela inflação dos anos 20 e o desemprego oriundo da grande depressão.
Tendo por ocasião o apoio principalmente do veterenos da Primeira Grande Guerra e de
setores da Agricultura. A eleição de 1930 havia sido um vitoria para Hitler e uma grande
derrota para o governo de Heinrich Brüning, com a crise desencadeada pós eleição e
temendo nova derrota em 1932 o governo procurou obter o apoio dos nazis para a
extensão do termo presidencial de Paul von Hindenburg, mas Hitler recusou qualquer
acordo, o que levou a uma disputa na eleição presidencial com o próprio Hindenburg,

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obtendo o segundo lugar na primeira e segunda fases da eleição, e obtendo mais de 35%
dos votos na segunda fase.

Em Abril, devido aos embaraços eleitorais o governo foi demitido por Bruning e em
seu lugar foi nomeado Franz von Papen, que imediatamente revogou a proibição das SA e
convocou novas eleições do Reichstag. Mas o melhor resultado dos nazistas foi naseleições
de Julho de 1932, quando obtiveram 230 lugares no Parlamento e tornando-se o maior
partido alemão. tendo nazistas e comunistas a maioria do Reichstag, tornou-se impossível
governar e o governo de Papen, apoiado por 84% dos deputados, o parlamento recém-
eleito foi dissolvido e foram convocadas novas eleições. Para evitar uma crise ainda maior
Papen e o Partido do Centro tentaram agora abrir negociações com os nazistas, mas Hitler
fez Pesadas exigências, incluindo o posto de Chanceler e o acordo do presidente para poder
usar poderes de emergência de acordo com o artigo 48 da Constituição de Weimar.

Tendo Papen falhado na tentativa de trazer os nazistas para o governo, Hindenburg


demitiu-o e nomeou para o seu lugar o General Kurt von Schleicher até então Ministro da
Guerra, Papen e Alfred Hugenberg conspiraram e com o fracasso do novo governo do
General Schleicher convenceram Hindenburg a nomear Hitler Chanceler numa coligação
com o DNVP, garantindo que eles o controlariam. Hindenburg dissolveu novamente o
Reichstag e nomeu Hitler Chanceler, Papen como Vice-Chanceler e Hugenberg como
Ministro das Finanças, tendo ainda outros Nazis - Göring e Wilhelm Frick. A 30 de Janeiro de
1933, Adolf Hitler prestou juramento oficial como Chanceler na Câmara do Reichstag. Após
ter assegurado o poder politico faltava somente a Hitler cativar definitivamente a nação,
para isso contou com sua invejavel oratória e os meios de comunicação alemã sob o
controle pessoal do Dr. Joseph Goebbels, houve um grande exôdo para varias partes do
mundo e aos que ficaram e não foram convencidos restava usar as SA, a SS e Gestapo
(Polícia secreta do Estado) e conduzi-los para o desaparecimento no Campo de
Concentração de Dachau, perto de Munique, criado em 1933, um modelo para os criar os
demais campos durante o regime nazista. Para controlar definivamente os membros da SA
na noite de 29 para 30 de Junho de 1934 o assassinato de Rohm, devidamente concluido
por Himmler.

Com a morte do presidente Paul von Hindenburg em 02 de Agosto de 1934 Hitler


asume todo o poder e passa a intitular-se Fuhrer( Lider) da Alemanha com o apoio
confirmado de 89.9% do eleitorado conforme o plebiscito realizado em 19 de Agosto de
1934. no inicio de 1935 Hitler publica em Nuremberg leis que retiravam de todo judeu o
estato de cidadão alemão, bania-os de seus empregos ou de qualquer outra atividade
economica. “O enigma de Hitler está acima de qualquer compreensão humana, publicado
no semanário alemão Die Zeit”.

Toda menção literária na atualidade sobre o homem mais poderoso que a


humanidade conheceu até 29 de abril de 1945 ano de sua morte, foram escritos com
base no odio e na ignorancia para explicar a personalidade negativa de Adolf Hitler,
devido aos atos por ele personificados torna-se para nós impossivel separar o homem
de paz no ano de 1936 do estadista beligerante em 1944.

13
Desfile Militar em Berlim

14
Em 13 de janeiro de 1935, após 15 anos a Alemanha recupera as jazidas minerais no
territorio de Sarre, até então sob dominio francês no pós primeira guerra. Em seguida no
dia 9 de março do mesmo ano Hitller anuncia a criação da Luftwaffe, cujo teoria de
emprego era que a superioridade absoluta da aviação estratégica, reduzindo a guerra a
bombardeios de terror “doutrina do general italiano Douhet”, logo ela chegou a expressivo
numero de 6.000 aparelhos, encomendou e aprovou: o caça Me-109, o caça-bombardeiro
Me-110, o bombardeiro de mergulho Ju-87 com precisão superior à de um morteiro, os
bombardeiros horizontais Ju-88, He-111 e Do-17. No início da guerra têm em serviço 771
caças, 408 caças-bombardeiros, 336 Stukas e 1.180 bombardeiros. Um total de 2.695
aviões, constituindo uma força aérea à qual nenhum país do mundo se oporá. E no dia 16
restabelece o serviço militar obrigatório o que eleva imediatamente seu efetivo militar de
100.000 conforme o tratado de versalhes para 500.000 homens espalhados por 10
pequenas divisões de infantaria e de cavalaria, no dia 21 de maio de 1935, o Fuher restitui
à Alemanha a liberdade de ação das forças armadas, mas ficando preso a algumas claúsulas
pelo tratado de versalhes.

Chanceler do Reich Adolf Hitler, Presidente Hindenburg e Hermann Goering

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Acordo secreto de 18 de Junho de 1935

“O governo inglês, negociou secretamente com a alemanha, em especial com a Marinha


alemã a permissão para a construção de uma frota de alto-mar, equivalente a 1/3 da
marinha britânica, e com um total ainda maior de submarinos. Tal acordo foi realizado sem
o aval da França e equiparava a força naval alemã ao da marinha francesa.”

No inicio de 1936, o Japão no intuito de frear o avanço comunista sovietico na asia


assina com o governo do Fuher o Pacto Anti-Komintern, devido a seus poucos recursos, o
japão intentava em conquistar a Coréia, a China e as ilhas do Pacífico.

Em Março de 1936 Após violar o Tratado de Versalhes as tropas Alemãs reocupam a


zona desmilitarizada na Renânia (zona do Rio Reno). Em 1936. Hitler enviou tropas em
apoio ao General Franco. A Espanha havia se tornado um campo de teste para as novas
tecnologias e métodos militares desenvolvidos na Alemanha. Em Abril de 1937a cidade de
Guernica, na província espanhola do País Basco entrou para a história como a primeira
cidade do mundo a ser Bombardeada por aviões, a Força aérea alemã testava seus
bombardeiros.

A 25 de Outubro de 1936, criou-se eixo Roma-Berlim atravez de assinatura de um


acordo de aliança militar entre Hitler e o ditador italiano fascista Benito Mussolini, acordo
este que teve posteriormente a adesão do Japão, Hungria, Romênia e Bulgária, também
conhecido como Eixo. Hitler em 12 de Março de 1938, assina com o governo austriaco a
anexação com a alemanha (o chamado "Anschluss").

Em julho de 1937 as forças japonesas lançam uma ofensiva sobre a China e invadem
as províncias do norte e leste (Hopei, Shantung, Shanxi, Chamar e Suyan) ocuparam mais
ao sul Cantão, a China politicamente desorganizada, mostrara-se relutantes em oferecer-
lhes uma resistência efetiva e coerente. A ofensiva-relâmpago japonesa rapidamente
ocupou Pequim a 8 de agosto de 1937, em seguida ocuparam Tientsin e Shangai. As tropas
chinesas lhes resistiram em escarniçada luta por três meses numa batalha nas ruas de
Shangai, os japoneses em 13 de dezembro de 1937 sob o comando do general Iwane
Matsui entram em Nanquim antiga capital imperial chinesa. Após seguidos trinfos militares
do exército e da marinha Imperial japonesa o Micado ordena a invasão a outras partes da
Ásia (Indochina, Indonésia, Malásia, Filipinas e Birmânia).

Em 1938 inicia-se as operações anti-semitas. conhecidas como Kristallnacht (Noite


dos Cristais). A partir de 1941, os Judeus para serem mais facilmente reconhecidos pelos
alemães foram obrigados a usar a estrela amarela . Entre Novembro de 1938 e Setembro de
1939, mais de 180.000 judeus fugiram da Alemanha; tendo seus bens confiscados pelos
nazistas

Hitler ao contrário do governo anterior de Bruning deu início a grandes mudanças


econômicas a custas de pesadissimos investimentos por parte do governo, pondo em
prática um largo programa de intervencionismo econômico, pois o desemprego caiu
drasticamente após suas medidas caindo de um patamar de 6 milhões no ano de 1933 para
a expressiva soma de 300.000 no final de 1939. aumento que se deu principalmente pelo
exôdo de judeus e melhoramento da infra-estrutura do país, principalmente nas indústrias e
na produção bélica.

16
Em Setembro de 1938 na cidade de Munique representantes da Inglaterra e França
na vil tentativa de evitar um conflito belico com a Alemanha, cedem as pressões de Adolf
Hitler entregando-lhe a Checoslovaquia que detinha o dominio sobre a região dos Sudetos e
em 10 de março de 1939 o poderoso exército alemão entra triunfante na capital da
Checoslovaquia, Hitler encorajado pelas primeiros concessões obtidas queria agora
recuperar os territórios sob dominio Polones.

Março de 1939, e assinado o Tratado de Amizade e Não Agressão entre a Espanha


nacionalista governada pelo General Franco e Portugal de Salazar, no mês de Abril do
mesmo ano Salazar havia recusando o convite do embaixador italiano, para aderir ao Pacto
Anti-Komintern, aliança da Alemanha, Itália e Japão contra a ameaça comunista.

Em Agosto de 1939, o Governo Portugues assina com a Grã-Bretanha um acordo de


cooperação militar, na qual a grã-Bretanha aceita apoiar directamente o esforço de
rearmamento e modernização das forças armadas portuguesas.

Em 23 de agosto de 1939 após conseguir um acordo de não agressão com Stalin chamado
de pacto Molotov-Ribbentrop o qual teria validade por 10 anos, tropas alemãs invadem a
polonia forçando Ingleterra e a França a declarar deflagrada a Segunda Guerra Mundial

Molotov Ribbentrop

Pacto Molotov-Ribbentrop

Já no verão do ano de 1939 circulava pelos meios diplomaticos europeus rumores


de que Stalin apoiaria Hitler em seus planos de expansão da Alemanha sobre o continente
europeu, missões diplomáticas Inglesas e Francesas foram enviadas a Moscou com a
finalidade unica de convencer Stalin dos planos de Hitler e de colocá-lo ao lado das
democracias constituidas na época, a missão foi um total fracasso pelo fato de que Stalin
não confiava nos Governos democratas de Paris e Londres devido a esta desconfiança Stalin
destituiu o ministro das Relações exteriores da União sovietica Maxim Litvinov e nomeu
para seu lugar Vyacheslav Mikhailovitch Molotov (Вячеслав Михайлович Молотов), Stalim
e seus Generais precisavam de pelo menos 03 anos para prepar suas forças armadas para
uma guerra que seria inevitavel e o unico modo seria manter por algum tempo a
neutralidade.

17
Hitler também não desejava e não poderia combater no momento em duas frentes
e com isso ganharia tempo com a neutralidade sovietica pois os oficiais de alta graduação
da Wehrmacht sabiam e tinham plena consciência dos limites de suas tropas. Pois todos os
armamentos do Reich eram de caráter defensivo e que não poderiam ser terminados até o
ano de ano 1943, em 23 de Agosto de 1939: Por intermedio do conde Von der Schulenburg,
Joachim Von Ribbentrop, ministro de relações exteriores nazista, chegou ao Kremlin para
assinar um pacto de amizade nazi-sovietico. O objetivo principal do pacto Germano-
soviético era que «Nenhuma das partes participará de uma concentração de forças que
venha a ser dirigida contra a outra parte »

Suástica Nazista

Uma cláusula adicional secreta fixou «reestruturação territorial-político» as fronteiras


de interesses mutuo entre Alemanha e a União Soviética. Esta fronteira estendia-se desde o
Ártico até a desembocadura do rio Danúbio. Para finalizar o Kremlin insistia em interesse
especial pela província romana de Besarabia, onde o Reich alemão prometia igualmente
plena liberdade

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23 de agosto 1939 – Pacto Nazi-Soviético de não agressão.

O governo do Reich Alemão e o governo da União de Repúblicas Socialistas Soviéticas

Reiterando fortemente a causa da paz entre Alemanha e a URSS, e do


procedimento das provisões fundamentais do acordo de neutralidade, firmado em abril de
1926, entre a Alemanha e a URSS, firmam o seguinte acordo:

Artigo I. Ambas as partes contratantes, estão obrigadas a desistir individualmente ou


conjuntamente, de todo o ato de violência, de qualquer ação agressiva, e de todo o ataque
ou todo ou qualquer uso de força.

Artigo II. Se uma das partes contratantes, se transformar em objeto de ação beligerante
por parte de uma Terceira Força, a outra parte contratada, de modo algum dará qualquer
tipo de apoio ou sustentação a este Terceira Força.

Artigo III. Os governos das duas partes manterão contatos contínuos no futuro, a fim de
trocar informações sobre problemas que afetam seus interesses comuns.

Artigo IV. Nenhuns das duas partes participarão de ações que tem como objetivo agrupar
forças que estejam diretamente ou indiretamente visadas pela outra parte.

Artigo V. Se disputas ou conflitos se formarem entre as partes contratantes, ambos as


partes esclarecerão estas disputas ou conflitos, exclusivamente com a troca amigável de
opinião ou, se necessário, através do estabelecimento de comissões de arbitragem.

Artigo VI. O tratado atual é válido por um período de dez anos, contados a partir desta
data, sendo previsto que, se no período de 1 (um) ano antes da expiração deste contrato,
nenhuma das partes for de opinião contrária, a validez deste tratado será automaticamente
prolongada por outros cinco anos.

Artigo VII. O tratado atual será ratificado dentro do menor tempo possível. As ratificações
serão realizadas em Berlim. A força do acordo se iniciará a partir do momento em que for
assinado.

Assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrop

19
Protocolo Adicional Secreto.

Também foi firmado outro pacto (Tratado germano-soviético de amizade e de


fronteiras) firmado em 28 de Setembro de 1939 logo após a rendição da Polônia, um mês
depois do primeiro Pacto Molotov-Ribbentrop, e que tratava de clausúlas secretas que
faziam referência sobre o reordenamento das fronteiras europeias.
Com motivo firmado no tratado de não agressão entre o Reich alemão e a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas, os ministros plenipotenciarios de ambos países que
assimaram o dito tratado se comprometem a tratar muito confidencialmente a questão dos
límites de suas respectivas esferas de influencia nos territorios do oeste da Europa. O curso
das ditas conversações chegaram as siguintes conclusões

Artigo I. No evento de um rearranjo territorial e político nas áreas que pertencem aos
estados Bálticos (Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia), o limite norte da Lituânia
representará o limite das esferas da influência da Alemanha e da URSS. Nesta conexão o
interesse da Lituânia na área de Vilna é reconhecido por ambas as partes.

Artigo II. No evento de um rearranjo territorial e político das áreas que pertencem ao
estado polonês, às esferas de influência da Alemanha e da URSS serão limitadas pela
linha dos rios Narev, Vistula e San.

A questão de se, é do interesse de ambas as partes, a manutenção de um estado


polonês independente e, como tal estado deve ser limitado, pode somente ser determinada
no curso de um desenvolvimento político adicional.
De qualquer modo, ambos os governos resolverão esta questão por meio de um
acordo amigável.

Artigo III. No que diz respeito ao Sudeste Europeu, o lado Soviético tem interesse na
região da Bessarábia. O lado alemão declara seu mais completo desinteresse político nesta
área.

Artigo IV. Este protocolo será tratado por ambos as partes estritamente em segredo.

Moscou, Agosto 23, 1939.

Para o governo do Reich Alemão


v. Ribbentrop

Plenipotenciário do governo da URSS.


V. Molotov
_________________

20
Uma vez que o pacto já havia sido firmado, Stalin propoe um brinde e salda ao povo
alemão com estas palavras.

« Si e certo que o povo Alemão ama ao seu lider, pois que bebamos a saude de seu lider.»

O tratado anterior Traz como consequencia:

1º) Em Novembro de 1939, a URSS anexa Ucrania ocidental e a Bielorrusia. E no día 29 do


mesmo mês, aviões russos bombardeam Helsinki e as principaes cidades Finlandesas. a
vitoria se presumía fácil: 100 divisiones soviéticas contra 15 de dos Filandeses. A ofensiva
fracassou por causa da coragem e da valentia dos filandeses. Por causa desta ação a URSS
foi expulsa da Sociedade das noções na qual havia entrado por intermedio de Maxim
Litvino, ex-ministro das relações exteriores.
2º) Em Junho de 1940 anexa Moldavia e Bucovina.
3º) En Agosto deste mesmo ano, são anexada a Letonia, Lituania e Estonia. .

E importante lembrar que Inglaterra e França foram as grandes responsáveis pela


assinatura deste pacto de não agressão entre russos e alemães, por conta de conta de não
se concretizar uma aliança entre a URSS, à Inglaterra e a França.

Na manhã de 26 de agosto de 1939. Hitler recebeu uma carta de Mussolini, pelo


conteúdo da mesma o Duce comunicava ao Fuher que, apesar de todos os acordos firmados
entre os dois paises, a Itália no momento não estaria militarmente em condições para
lançar-se a uma guerra. As vacilações de seu aliado italiano, de pronto desencorajou Hitler
de seus planos imediatos, contava ele com a demora dos aliados em socorrer a Polônia,
tempo este que seus Generais lhe garantiam ser necessário para a ocupação definitiva. A
18:15 horas Hitler retirou sua ordem de ataque ao solo Polonês.
Mas a sua decisão de atacar a Polônia era irrevogável.

Antes do ataque a Polônia as forças armadas alemãs estavam assim constituídas.

Adolf Hitler, «comandante supremo da Wehrmacht». Suas instruções militares recebiam


aval direto do marechal de campo Wilhelm Keitel.
Alto Comando do Exército, marechal de campo: Walther Von Brauchitsch.
Chefe do Estado Maior general: Franz Halder.
Alto Comando da Luftwaffe Marechal general de campo: Hermann Goering
Chefe do Estado Maior: Hans Jeschonnek.
Alto Comando da Marinha de Guerra: almirante Erich Raeder.
Chefe do Estado Maior: almirante Otto Schniewind.

21
Projeto ultra-secreto: “Plano Branco”. Comando Supremo da Wehrmacht

Berlim, agosto de 1939


Diretiva de Guerra n° 1

1. As possibilidades pacíficas para solucionar os problemas


surgidos na fronteira do oeste, onde a situação da Alemanha é
intolerável, fracassaram. Portanto, decidi solucioná-la pela
força.
2. O ataque à Polônia se realizará de acordo com os planos já
fixados. Levar-se-ão em conta as alterações que resultem no
que respeita ao Exército do estado atual de preparação do
mesmo. A indicação das tarefas e a ordem das mesmas são as
previstas. Data do ataque: 1o de setembro de 1939. Hora:
04:45 horas. As indicações correspondem à operação em
Gydnia, baía de Dantzig e ponte Dirschau.
3. No oeste é importante que a responsabilidade pelo começo
das hostilidades recaia sobre a Inglaterra e a França. A
neutralidade da Holanda e Bélgica, Luxemburgo e Suíça devem
ser escrupulosamente respeitadas. Por terra: a fronteira do
oeste não deve ser cruzada sem minha expressa permissão. No
mar: igual ordem
4. Se a Inglaterra e a França iniciarem as hostilidades contra a
Alemanha, à tarefa da Wehrmacht no oeste consiste em
conservar as suas forças até a conclusão da vitória da
campanha da Polônia. Dentro destes limites, as forças inimigas
e os seus recursos militares e econômicos devem ser
golpeados até onde seja possível. A ordem de ataque será
dada por mim pessoalmente, em qualquer caso. O exército
deverá estar pronto para defender a muralha do oeste e
prevenir qualquer manobra de flanco por parte das potências
do oeste, caso violem o território da Bélgica e Holanda. Ao
levar a guerra à Inglaterra, a direção dos ataques da Luftwaffe
se concentrará na interrupção do transporte de tropas para a
França. Os ataques contra Londres serão decididos por mim
pessoalmente.

Adolf Hitler

22
Para atacar o Território Polonês o Exército alemão contava com formidáveis posições
de partida. Os exércitos haviam se concentrado na Prússia oriental, na Pomerania e na
Silésia, e também dentro do território da Eslováquia, que havia lhe cedido passagem às
tropas, deste modo se posicionavam por toda fronteira com a Polônia ocidental. Foram
formadas 2 alas de ataque: Os Grupos de Exércitos sul (Sob o comando do Capitão General
Gerd Von Rundstedt), formado por três grandes formações, 8º exercito (Blaskowitz) a
noroeste de Breslau, 10º exercito (Reichenau) nas proximidades de Kreuzberg-Lublintz na
Alta Silesia e o 14º exército (List), com a ala esquerda em Gleiwitz, porém a ala direita
estava escalonada dentro do território dos Cárpatos eslovacos, ao todo 36 divisões, 28 da
ativa, com 4 blindadas. O outro grupo era formado pelos Exércitos do norte (Sob o
comando do capitão general Fedor Von Bock) formado pelo 3º exército (Küchler) surgindo
da Prússia Oriental e pelo 4º exército (Kluge.) desembocando da Pomerânia, ao todo 21
divisões, 9 da ativa com duas divisões blindadas, estacionadas ambos de cada lado do
corredor, de onde teriam que avançar e manter contato com o 10º exército e seguir em
batalha rumo norte.

Artilharia alemã na Polônia

23
A 19 de agosto, após receber o telegrama do embaixador alemão em Moscou, o
Fuher ordena ao Almirante Raeder que os couraçados Graff Spee e Deustchland, bem como
uma frota de submarinos zarpem para suas posições de combate no Mar do norte e no
Oceano Atlântico.

Deslocando-se pelas estradas que vão para leste uma gigantesca máquina, 60
divisões alemãs da Wehrmacht convergem, nesse momento, para a fronteira polonesa.

Às 11: 00 do dia 31 de Agosto de 1939 em reunião extraordinária entre altos oficiais


poloneses e o Comandante-em-chefe do Exército Marechal Smigly-Rydz, o qual depois de
angustiosas vacilações compreensivelmente decidiu proteger as áreas industriais da Polônia,
e para isso deslocou a maior parte de suas forças ao longo da fronteira de 1 700 milhas, 07
divisões, denominadas exércitos. Colocou forças importantes na armadilha do Corredor,
ordenando-lhes conquistar a Prússia Oriental, os dois principais exércitos de Kurtrzeba e
Bortnowski, na saliência de Posem, plataforma da ofensiva contra Berlim. O que
particularmente enfraquecia determinados setores, na noite do mesmo dia de agosto, os
primeiros combates foram relatados.

Para justificar o ataque contra a Polônia. Soldados SS disfarçados de soldados


poloneses atacaram postos fronteiriços alemães. A falsa agressão polonesa foi assim
executada:
“Ás 20:00 da mesma noite na pequena cidade fronteiriça alemã um pequeno grupo de SS
disfarçados de soldados poloneses atacou e matou o radialista na estação retransmissora de
radio de Gleiwitz situada muito próxima à fronteira local,” quem os comandava era o SS-
Standartenführer Alfred Helmut Naukocks, oficial alemão das SS, seguindo ordens diretas de
Reinhard Heydrich. Relatos dos primeiros combates referem-se a um soldado polonês morto
em território alemão, o qual descobriu-se posteriormente ser um prisioneiro alemão vestido
com uniforme polonês e adormecido com drogas.

Tropas SS – Invasão da Polônia

24
Declaração de Hitler
Hitler pronunciou o seguinte discurso no Reichstag, em sessão extraordinária,
convocada pelo Marechal Goering:
Berlim, 1o de setembro de 1939

Declaração de Adolf Hitler

“Membros do Reichstag alemão: Durante meses temos sofrido a


tortura que o tratado de Versalhes, para melhor dizer o ditado de
Versalhes, nos deixou, problemas que, com a sua evolução,
tornou-se insuportável para nós.
“Pelo que diz respeito aos nossos objetivos, primeiramente,
estou resolvido a solucionar o problema de Dantzig; em segundo
lugar, o problema do “Corredor”; em terceiro, conseguir que
mudem as relações germano-polonesas de tal forma que tornem
possível a convivência pacífica. Por isto, estou resolvido a lutar
até que o Governo polonês se mostre disposto a facilitar esse
estado de coisas ou até que outro Governo polonês se mostre
disposto a isso.
“Portanto, vesti novamente o uniforme que em outra ocasião foi
para mim o mais sagrado e querido. Só o despirei depois da
vitória, ou nunca chegarei ao fim.
“Portanto, quero assegurar ao mundo inteiro que novembro de
1918 não voltará a repetir-se na história alemã.
“... E quero terminar com a declaração que fiz uma vez, quando
comecei a lutar pelo poder. Disse então que quando a nossa
vontade fosse tão forte que nenhuma calamidade a
amedrontasse, nossa vontade e nosso aço poderiam impor-se a
qualquer situação de constrangimento.
“No caso de ocorrer algo durante a luta, meu sucessor será o
camarada do partido, marechal Goering; seu sucessor será
Rudolf Hess. A eles prometereis a mesma lealdade cega e a
mesma obediência que me prometeram. No caso de suceder
algo a Hess farei que o Senado, por meio de uma lei, eleja seu
sucessor entre os mais bravos.

25
encouraçado alemão Schleswig-Holstein – 01 Setembro de 1939

A Guerra iniciou-se efetivamente em 1° de setembro de 1939 aproximadamente ás


4:40 h, quando aproximadamente 1.500 aviões entre caças e bombardeiros de mergulho
Junkers Ju 87 Stuka da primeira Frota aérea (Kesselring) da Luftwaffe (Força Aérea)
atacaram campos de pouso poloneses nas regiões ocidentais e as 4:45 h, foi prontamente
seguida pelo encouraçado alemão Schleswig-Holstein navio-escola da Kriegsmarine
(Marinha), que antes estivera em visita amistosa ao porto de Danzig abrindo fogo com seus
gigantescos canhões de 16 pol. contra a guarnição polonesa de Westerplatte, peninsula de
Dantizig onde a marinha polonesa mantinha um armazém naval e um depósito de
munições. chefiados pelo major Sucharski o qual reuniu seu destacamento composto por
180 soldados e anunciou que o ataque alemão ocorreria a qualquer momento, organizaram
heróica resistência.

Aviões da Luftwaffe

26
Comunicado da Invasão alemã

27
Em 06 de setembro resistem por 12 assaltos, em 07 de setembro restam somente
60 combatentes Poloneses, novamente resistem a duros combates, mas os sobreviventes
acabaram por se renderem após uma semana de combates, Entrincheirados na ilha de
Westerplatte, enfrentaram cerca de 3.000 soldados alemães.

Horas depois, o Grupo de Exércitos Norte e Sul iniciaram a invasão por terra., com a
conhecida Operação Fall Weiss as tropas nazistas da Wehrmacht composta por 37
divisões de infantaria, uma de montanha, quatro de infantaria motorizada, quatro divisões
blindadas leves, seis Panzer, uma brigada de cavalaria e varias unidades paramilitares. Para
a invasão foram mobilizados cerca de 1.516 mil soldados, sendo que as forças de invasão
alemã era composta de 559 batalhões de infantaria. Em artilharia, a Wehrmacht tinha 5.805
peças. Do lado soviético, estima-se um total de 800 mil soldados engajados, os tanques,
eram 2511 Panzer, os alemães tinham 215 befehlspanzer (veículos de comando, sem torre,
equipados com potentes rádios para coordenar as unidades). Os Bombardeios primários
alemães destruiram todo comunicação polonesa.

Modelo: Ju-87 Velocidade: 408 Km/h (máxima) Alcance: 1.000 Km


Armamento Defensivo: 2 Metralhadoras MG 17 de 7,92 mm (asas) e MG 81 dupla de
7,92 (ré da carlinga)
Carga de Bombas: Uma bomba de 1.800 Kg (sob a fuselagem) Tripulação: 2 homens

Os primeiros combates em terra se iniciaram na ala esquerda do 14º exército o qual


investiu contra o cinturão de fortificações polonesas na zona de fronteira, o primeiro avanço
foi realizado pelo XXII corpo blindado (Kleist) desde a alta Tatra até a região entre Cracovia
e Tarnov. Sendo prontamente seguido pelo XVIII Corpo alpino (Beyer) que havia cruzado os
Cárpatos e rumado para o porto de Duckla, obrigando o abandono pelas tropas polonesas
de toda Galitzia ocidental apoderando-se da fortaleza de Przemysl em 13 de setembro,
chegando com forte artilharia ás proximidades da cidade de Lemberg, obrigando o general
Kazimiers Sosnkowski a reorganizar suas defesas.

28
Destruição provocada pelos ataques de forças alemãs

Tropas alemãs em marcha pela Polônia

29
Na Pomerânia a 3ª Divisão Panzer (DP) do general Heinz Guederian tendo sob o
seu comando o 19° Corpo Blindado, integrado pela 3ª DP e as 2ª e 20ª divisões
motorizadas (DM). Cumpre a missão de cercar e aniquilar forças polonesas do general
Bortnowski dispostas no Corredor de Dantzig, o general em seu quartel na cidade de Turum
vendo seus esforços em cumprir as determinações do marechal Smigly ordena de imediato
às divisões, as 13ª e 27ª divisões de infantaria (DI), retirar-se para o sul.
A 1º de setembro, as tropas da 13ª DI conseguem embarcar de trem e fogem para o sul,
sob o contínuo fogo dos bombardeiros Stukas. A 27ª do Grzant-Skotnicki impossibilitada de
seguir de trem empreende sua jornada a pé ou a cavalo, entretanto após pesada marcha na
noite de 1º de setembro de 1939 às margens do Vístula são completamente cercados pelas
forças do general Guederian, vendo suas forças serem sumariamente aniquiladas pelos
tanques alemães o general polonês montado em seu cavalo e de espada em punho lança-se
contra uma coluna de tanques Panzer, poucos minutos cavalo e cavaleiro jaziam em solo
pátrio. O Herói com lança era impotente contra o aço dos tanques.

O General Heinz Wilhelm Guderian nasceu aos 17 de Junho de 1888 - na cidade


de Culm (Prússia Ocidental), nas costas do rio Vístula, e considerado o maior teórico da
utilização de forças blindadas em batalha, morreu em 14 de Maio de 1954 em
Schwangau (Alemanha Ocidental).

As 12:00 de 1° de setembro, o 8° de Von Blaskowitz, o 10° de Von Reichenau e o


14° de Von List - sob o comando do general Rundstedt, comandante-em-chefe do Grupo
de Exércitos Sul, recebe a notícia de que a 4ª DP, de Reinhardt, conseguira abrir uma
brecha frente às forças polonesas e cruzar o no rio Wartha e avançar na estrada para
Varsóvia, na manhã de 3 de setembro conquistam a cidade de Radomsk e, horas depois
Kamiensk. Conseguindo assim separar os exércitos poloneses. O marechal Smigly na noite
de 3 de setembro ordena como ultimo recurso que o despreparado exército Prússia sob o
comando do general Dab-Biernacki desloque-se rumo a capital Varsóvia na tentativa de
evitar o cerco alemão.

30
Tropas Alemãs na Polônia

Primeiro comunicado oficial alemão

Berlim, 1º de setembro de 1939

“No curso das operações militares na Silésia, Pomerânia e Prússia Oriental, foram
conquistados todos os objetivos do primeiro dia. A aviação alemã, atuando com o maior
entusiasmo, bombardeou com completo êxito, os aeroportos de Rahmel, Quiztig. Graudenz,
Poznam, Loos, Tomaszow, Buda, Kattowitz, Cracóvia, Lemberg e Brest, destruindo todas as
bases militares desses lugares. As tropas do sul, que avançam através das montanhas,
chegaram a uma linha entre Neumarket, Sucha, ao sul da Maerich, e o rio Olsa foi
atravessado perto de Puschen. Na zona industrial de Sude, as tropas avançaram até
Kattowitz. Vários contingentes de tropas, que operam na Silésia, avançaram para o norte,
em direção a Pschenstaochau. As tropas que operam no “Corredor”, desde Brahe, chegaram
ao Rio Netze, perto de Nakelin, nas proximidades de Grausentz”.

Em 03 de Setembro a Rússia inicia os preparativos militares para invadir a Polônia,


uma ordem direta do Camarada Vochirilov comissário do povo para a Defesa, ordenava aos
distritos militares de Leningrado, Kalinin, Bielorussia, Kiev, Moscou e Kharkov que
colocassem tropas de prontidão, outra ordem dada no dia 06 de setembro ordenava
mobilização geral e o inicio das manobras militares rumo à fronteira com a Polônia

Na noite de 06 de setembro a cidade Tomaszow-Mas rede-se aos tanques de


Reinhardt, estavam agora a 100 km da capital polonesa, do outro lado a 1ª DP, em união
com as unidades do 8° Exército do general Blaskowitz, cercam a cidade de Lodz defendida
pelas forças do general Rommel. Lodz e ocupada no dia seguinte. Causando graves perdas
ao X (Ulex) e XIII Corpos de Exército (Weichs).

31
Na manhã de 7 de setembro, grupos de reconhecimento, pertencentes aos 3°, 4° e
5° exércitos franceses, transpoem a fronteira alemã, a oeste dos Vosges, em frente à
Sarrelouis, Saarbruck e Deux-Ponts. O objetivo da ofensiva era o de atrair à atenção dos
generais alemães e desviar o foco da invasão a Polônia, obrigando o Exército alemão a
voltar-se para frente ocidental.

A 1ª DP sob o comando do general Schmidt chegou a capital Varsóvia ás 5 horas da


tarde de 8 de setembro, o avanço dos tanques tornou-se lento devido à heróica resistência
nos subúrbios de Varsóvia.

No cair da noite 9 de setembro em Brest-Litovsk o General Dab-Biernacki, chefe do


exército Prússia procura o Marechal Smigly-Rydz para lhe comunicar que após a derrota do
exercito Prússia nas margens do rio Vistula nada mais podia deter o avanço alemão rumo.
Faltava somente a Wehrmacht destruir os exércitos dos generais Wladyslaw Bortnowski e
Tadeusz Kurtrzeba, cujas unidades detinham em seus efetivos mais da metade dos efetivos
totais do exército polonês, mas estavam isolados a oeste do Vístula. No inicio da à manhã
de 10 de setembro, o general Kurtrzeba lança inutilmente um ataque contra as forças
alemãs, já não mais podia deter o avanço dos blindados para Varsóvia.

Na manhã de 10 de setembro, as forças dos generais Kurtrzeba e o general


Bortnowski começam a serem cercadas as margens Bzura naquela que ficou conhecida
como conhecida como Batalha do Rio Bzura e Batalha de Kutno pelo 1º e 4º DP o 4°
exército de Von Kluge e pelo 8° exército de Blaskowistz. Devido ao longo conhecimento, os
regimentos de cavalaria poloneses conseguiram matar aproximadamente 1500 soldados
alemães. O que obrigou As forças alemãs recuaram por cerca de 20 km ao sul, e permitindo
aos poloneses recuperarar as cidades de Leczyca e Piatek os piores combates foram
travados entre a 17ª Divisão de Infantaria Polonesa e a 17ª Divisão de Infantaria Alemã em
Malachowicze devido a este pequeno revês o alto comando alemão resolve em 11 de
setembro enviar o 10° exército Alemão e o 4° exército Alemão, e as reservas para o grupo
de exército Sul, como também aviões para reforçar a 4ª frota aérea, para Bzura, na manhã
do dia seguinte as forças polonesas alcançaram a linha Stryków – Ozorków. Nesse mesmo
dia, o general Tadeusz Kutrzeba fora informado que unidades polonese haviam deixado
Lodz com destino a fortaleza de Modlin e assim resolvera alcançar Sochaczew e a floresta
de Kampinos.

Cavalaria Polonesa

32
Na tarde de 13 de setembro os russos haviam espalhado suas tropas desde a
Bielorussia ao norte até a Ucrania ao sul, cubrindo um total 1.400 quilometros de extensão,
cada ponto de ataque sovietico estava contituida de artilharia, cavalaria e alguns blindados
de combate.

Blindado Polones II Guerra Travessia do Rio Bzura

Na manhã do dia 14 de Setembro, o grupo do General Wladyslaw Bortnowski no


comando da 26ª e a 16ª Divisões de Infantaria atravessou o Rio Bzura nas proximidades
mas temeroso que a 26ª divisão fosse atacada pelos tanques alemães ordenou sua retirada,
o Exército Pomorze assumiu posições defensivas no norte de Bzura entre os dias 15 e 16 de
stembro, estando o general Stanislaw Grzmot-Skotnicki localizado entre Kutno e Żychlin, as
forças do general Michał Karaszewicz-Tokarzewski próximo a Gąbin, e as divisões do
exército Poznań perto de Sochaczew, todos foram alertados e estavam prontos para
deslocarem-se rumo a capital varsóvia, para evitar o fuga das tropas polonesas, os alemães
usaram o grosso do 10° exército, 10 blindados, 3 blindados leves e uma divisão motorizada,
com o apoio maciço da Luftwaffe. A 1ª Divisão Panzer Alemã a 25ª Divisão de Infantaria
polonesa depois de atravessar o Bzura entre Sochaczew e Brochów, conseguindo capturar
Ruszki.

Artilharia Alemã

33
No cair da noite do dia 17 de Setembro, entre as localidades de Witkowice e
Sochaczew ocorreram fortes combates entre forças Polonesas e alemãs.. A 15ª Divisão de
Infantaria e a Brigada de Cavalaria Podolska atravessaram novamente o Bzura em
Witkowice. Em Brochów a 25ª e a 17ª Divisões de Infantaria também conseguiram traspor
o Rio Bzura. A 14ª Divisão de Infantaria defendia Łaziska. De manhã, os alemães apoiados
por mais de 300 aeronaves e artilharia pesada. Os alemães atacaram as posições polonesas
intensificando os bombardeios o dia inteiro. Após dois dias de uma dura luta, e tendo usado
todas as suas munições e ração. Somente poucas unidades polonesas conseguiram sair do
cerco. Esses grupos entraram em Varsóvia e em Modlin, atravessando a Floresta de
Kampinos protegidos pelo denso bosque. Entre eles estavam os generais Kutrzeba, Knoll-
Kowacki e Tokarzewski, duas brigadas de cavalaria e a 15ª e 25ª Divisões de Infantaria. O
resto, junto com o general Bortnowski, capitulou de 18 a 22 de Setembro e foram
capturados. No total foram capturadas 19 divisões polonesas.

O governo Alemão tinha especial interresse no porto de Dantizg, considerado


estratégico e um direito alemão e nas minas carboniferas da região da Alta Silésia,
invadiram a Polônia, com a ofensiva relampago em menos de um mês as forças armadas
polonesas lideradas pelo marechal Smigly-Rydz foram derrotadas, os bombardeios das
estradas de ferro da Polônia desorganizou completamente os transportes e as
comunicações.

As 06:00 de 17 de setembro logo apos a capitulação de soldados poloneses do


Grupo de exército Posen em Brest-Litowsk, », a 22ª e a 25ª divisões soviéticas sob o
comando do marechal Semion K. Timoschenko vindos da frente Bielorussia atravessaram a
fronteira oriental polaca entram na parte leste da Polônia com a alegada intenção de
proteger cidadões bielo-russos e ucranianos que ali residiam se dirigiram para o setor de
Plissa-Glebokie, no dia 18 atravessam o rio Kamajka e na manha do dia 19 chegam ás
cercanias de Vilno, tendo a 6ª divisão sovietica travado um duro combate com tropas
fronteiriças polacas antes de alcançar o setor de Rakow, tendo no dia 20 chegado ás
proximidades de Berensina, a cidade estava defendida por 08 batalhões de infantaria, 01
batalhão de milicia e pela 20ª bateria anti-carro equipada na epoca com canhões Bofors de
37 mm capaz de perfurar a blindagem sovietica a cerca de 600 metros e era chefiada pelo
coronel Janiszewisk, ao meio dia do mesmo dia a 24º cavalaria russa juntou-se ao combate
dando aos sovieticos a superioridade numerica e derrotado as tropas remanecentes.

34
Ataque realizado por uma aeronave Stuka em território polonês

A 22ª brigada capturou entre os dias 20 e 22 um contingente imenso de


prisioneiros, tendo conseguido capturar um esquadrão inteiro de cavalaria no bosque
Berzany, este esquadrão pretendia fugir para a Lituania. No dia 18 a 29ª Brigada entra
polonia adentra e em marcha forçada chega de surpresa Nieswiez e capturam uma
compania de infantaria, mais 40 quilometros e chegam a Baranowicze onde fazem 5.000
soldados poloneses prisioneiros, ao meio dia entram em Kosovo e na tarde chegam a
Damanovo.

35
Coluna de Blindados Russos

Tendo no dia 20 de setembro outras brigadas sovieticas invadido a polonia partindo


de diversos pontos, nesse mesmo dia a 2ª e a 20º brigada motorizada conquista Sokolka,
durante o dia 50 tanques BT 7 integrantes da 27º brigada chega ao seu destino as
imediações de Grodno, o ataque inicial lançado pelo 27ª brigada era composto de 12
tanques BT 7, 01 BA 10 e por cerca de 64 BTs, as defesas polonesas encaregadas de
defender a cidade logram exito em recharçar o ataque sovietico, destruindo varios carros de
combate o que fez com que os tanques recuassem para forra da cidade, porém os
sovieticos para evitar a destruição de seus tanques por coquiteis molotov lançados por
defensores por entre os becos da cidade capturaram varias crianças de um orfanato local e
as amaram as torretas dos tanques usando-os como escudo humano, depoimentos de
sobreviventes contam que mais de 300 crianças morreram neste dia, as 07:00 da manhã do
dia 21 o 101º e 119º regimentos da 20ª brigada motorizada despejou sua artilharia sobre
os pontos de resitência entrincheirados nos predios publicos, igrejas e quarteis, no mesmo
dia o 101º regimento massacrou 250soldados poloneses entrincheirados em uma estação
de trem. No dia 22 os sovieticos entram triunfantes na cidade, os poloneses totalizaram a
perda de 550 vidas e 1600 prisioneiros, do lado sovietico foram contabilizados 50 vidas e
varios Bts pela 27ª Brigada.

36
Para 20ª Brigada 23 baixas e um tanque BT 10, 150 baixas foram creditadas em
combate pela 2ª Brigada, após a captura da cidade a 2ª brigada rumou a localidade de
Sopockinie, travando duros combates na aldeia de Sylwanowste, tendo os poloneses
causado a morte de 30 soldados sovieticos e a destruição de 04 tanques Bt, os sovieticos
em represalia capturam e assassinaram o general de cavalaria Olszne-Wilczynski no bosque
de Ausgustowsky, no dia 22 o general Krivochen em ato de desafio ordena que 240 carros
de combate ocupem a cidade de Brest-Litowski, atual quartel general de Guderian.

Bindado Russo

Coube a 36º Brigada estacionada na ucrania, entrar em solo polones no dia 17 de


setembro estabelecendo assim duas frentes de combate, composta por 236 Tanques T 26 e
24 auto metralhadoras, em 18 de setembro chegaram a cidade de fazendo cerca de 6.000
prisioneiros em poucas horas, na tarde do mesmo dia 9.000 soldados poloneses se
renderam na localidade de Luck sem um unico disparo, a brigada seguiu noite adentro até a
localidade de Wlodmimerz-Wolynski onde uma guarnição de 13.500 homens se renderam
na manhã do dia seguinte, ao meio dia do dia 25 atacam Chelo onde 8.000 soldados se
renderam, após breve parada rumaram para seu destino final a cidade de Lublin, mas no
dia 28 foram detidos pela 4ª divisão de infantaria Alemã e obrigados a 5 de outubro a
retormar para os limites estabelecidos no pacto Molotov-Ribbentrop, de acordo com o
inventário de guerra a 36ª Brigada sofreu 5 baixas, disparou aproximadamente 2000
projeteis e perdeu somente 2 carros de cambate BA 10 tendo percorrido 710 quilometros,
pela fronteira ucraniana os sovieticos também lançaram ao combate a 38ª Brigada, a 24ª
Brigada que as 09:00 da manhã do dia 19 de setembro na cidade de Lwow acidentalmente
entraram em combate com unidades alemãs, tendo os alemães se retirado da cidade na
tarde do dia 20, a 10ª Brigada cruzou o rio Zbrucz na tarde do dia 17 e no final do dia 18
capturam 5.000 soldados pertecentes a 12º divisão de infantaria polonesa, no dia seguinte
capturam 5 canhões e toda uma bateria antiaerea mais 2.500 soldados, a 26ª brigada na
tentativa de impedir que tropas polonesas fugissem para a Romenia mantiveram duros
combates nas localidade de Buczacz e Zizmonierz, tendo suas metralhadoras derrubado 02
aviões polacos, e a 23ª Brigada capturou mais de 11.000 soldados e cerca de 6 aviões,
chegando a percorrer 140 km em um unico dia.

37
Após massacrar as já combalidadas tropas polonesas os russos dividiriam o pais ao
meio conforme o plano definido pelo Pacto Molotov-Ribbentrop assinado em agosto. O
general Lagner após receber do marechal Boris M. Schaposchnikov garantia de livre retirada
para território Romeno capitulou ante o marechal Timoschenko, porém cerca de 217.000
soldados polacos desapareceram sob o acordo com os russos. No mesmo dia o marechal
Smigly-Rydz foge para a Romênia para se encontrar com o resto do exercito polonês. Antes
porém emite ordem de que seus soldados não entrem em combate direto com tropas
soviéticas e rumem o quanto antes para a Hungria e a Romênia para posteriormente formar
novo exercito, esta ordem seguramente devido à destruição da rede de comunicação
polonesa não chegou em tempo hábil a todas as frentes de combate. 10 dias depois da
invasão a Capital polonesa estava sob cerco alemão, destruida por sucessivos bombardeios
e incendios cusados pelas bombas, sem alimentos e remedios no dia 27 de Setembro de
1939 a Polônia entrega sua capital, e a fortaleza de Modlin, coube a ultima resistência ao
general Wiktor Thommée, Por nove dias de combates e de sangrenta luta nas proximidades
de Lemberg.

A encarniçada resistência organizada nos bosques de Janov pelo general Bronislaw


Prugar-Ketling “Cavaleiros contra Tanques”, seguida pela obstinada defesa dos soldados
polacos em pequenos pontos de apoio em Westerplatte, Oxhöft e Hela que debaixo de fogo
continuo dos veículos militares de «Schleswig-Holstein» e «Schlesien», haviam se
constituído em atos heróicos de sacrifício porém inútil para salvar a Polônia da ocupação
nazista. Pouco tempo depois as baterias da fortaleza de Modlin se silenciaram. No dia
seguinte, depois de pouco mais de 20 dias após a invasão os comandantes poloneses
assinam a rendição, deixava então a Polônia de existir como estado independente. Mas
somente em 02 de outubro e que se rendia o pequeno porto militar de Hela sob o comando
do valente almirante Unruh, certos indícios mostram que Esquadrões de Ação Especial, os
chamados Einsatzgruppen, estiveram na Polônia exterminando de forma arbitrária setores
da elite intelectual polonesa e integrantes da comunidade judaica antes do inicio das
hostilidades, os ataques russos e alemães causaram à Polônia cerca de 70.000 mortes,
entre civis e militares, e 130.000 feridos, 694.000 prisioneiros dos Alemães e 217.000 nas
mãos dos Russos, do lado alemão são contabilizados 10.572 mortos, 30.322 feridos e 3.409
desaparecidos em combate. Não se conhece com exatidão o numero de soldados polacos
desarmados pela Wehrmacht.. Aproximadamente 60.000 poloneses fugiram para Lituânia e
Letônia. Outros 100.000 foram para territórios húngaros e Romenos.

Blindados Atravessando um lamaçal

38
Terminada a fase de invasão é nomeado para chefiar as tropas de ocupação na
Polônia o general Blaskowitz, que após receber denuncias de atrocidades cometidas contra
a população faz condenar à morte os membros das SS, culpados de atrocidades, Hitler o
repreende em nota de protesto que lhe cortará a carreira militar. Sendo substituído
posteriormente por um governo militar chefiado pelo capitão general Gerd Von Rundstedt.

Soldados Alemães após a capitulação Polonesa

39
Populares próximos a um blindado soviético.

40
"A população está vivendo uma vida pacífica e mantendo
suas características nacionais."

41
No inicio do conflito o exército polonês estava assim militarmente constituído:
18.000 oficiais e 35.000 suboficiais na ativa.
Após o inicio das hostilidades: 1.700.000 militares entre oficiais e demais praças.

Infantaria:
39 divisões – 5 brigadas independentes – 1 regimento independente – 7 batalhões de
caçadores – 7 de metralhadoras – 9 de guarnição e 40 de “defesa nacional”

Cavalaria:
11 brigadas – 1 regimento independente

Artilharia:
10 Estado-Maior de Comando de Artilharia - 31 regimentos de artilharia de campanha (3
grupos de 3 baterias cada um) (cada bateria, 4 peças) - 3 grupos de campanha,
independentes - 10 regimentos de artilharia pesada - 6 grupos de artilharia pesada,
independentes - 1 regimento de artilharia motorizada - 1 regimento de artilharia pesada
motorizado - 11 grupos de artilharia - 1 grupo e 1 bateria, independentes de
reconhecimento Tropas blindadas: 2 brigadas motorizadas - 1 companhia blindada por cada
brigada de cavalaria - 3 agrupamentos de tanques (11 batalhões no total) - 20 trens
blindados (11 de verdadeiro valor militar) Total de elementos blindados: 169 tanques 7TP,
50 tanques Vickers, 67 tanques Renault, 693 carriers, 100 autos blindados, 146 caminhões-
oficina, 71 tratores e 110 transportadores de tanques, 552 reboques-cisterna, 22
locomotivas (11 blindadas), 33 vagões blindados de combate, 22 plataformas para artilharia
e 90 vagões especiais.

Artilharia antiaérea:
31 baterias de 40mm - 11 seções de 40mm - 20 baterias de 40mm, semi-motorizadas - 8
grupos de 75mm - 86 companhias de metralhadoras antiaéreas. Engenheiros: 33 batalhões
- 54 companhias independentes - 23 seções de parque - 20 trens de pontes leves - 4 trens
de pontes pesadas - 1 batalhão motorizado - 6 companhias motorizadas - 3 de projetores -
2 batalhões de ferroviários - 1 de eletro técnico e 1 de exploração de usinas elétricas.

Comunicações:
1 regimento de radio - 4 batalhões telegráficos, independentes - 6 companhias de reserva -
30 telegráficas - 12 esquadrões de comunicações.

A força aérea Polonesa resumia-se a cerca de 420 velhos aparelhos. Os únicos


relativamente modernos são uns poucos caças P-24. Contra nove divisões blindadas, os
poloneses podiam colocar apenas uma dúzia de brigadas de cavalaria e um punhado de
tanques leves.

Caça PZL P.24


Polônia

Comprimento:7,6 m Altura: 2,69 Motor: um Gnome-Rhône 14 N07 radial, 970 h.p.


Peso vazio: 1.332 kg Peso carregado: 1.915 kg Velocidade máxima: 430 km/h
Teto de serviço: 10.500 m Alcance normal: 800 km
Armamento: dois canhões de 20 mm e duas metralhadoras de 7,92 mm

42
Ultimato aliado
O texto oficial da nota britânica é o seguinte:

“Nas primeiras horas de hoje o chanceler alemão fez uma proclamação ao


Exército alemão, na qual se indicava claramente que era iminente um
ataque à Polônia.
“As informações recebidas pelo Governo de Sua Majestade e pelo Governo
francês mostram que as tropas alemães já cruzaram a fronteira polonesa, o
que foi seguido por ataques às cidades polonesas.
“Sob tais circunstâncias, os Governos do Reino-Unido e da França crêem
que o Governo alemão, por esta ação, criou uma condição que se pode
qualificar de agressiva e de atos de força contra a Polônia, ameaçando a
independência desse país, que solicita a ajuda do Reino-Unido e da França,
pedindo-lhes que empreguem todas as suas forças em defesa da Polônia.
“Por tal razão, devo informar a Vossa Excelência que, a menos que o
Governo alemão suspenda a sua ação agressiva contra a Polônia, e que
esteja disposto a retirar suas forças do território polonês, o Governo de Sua
Majestade no Reino-Unido cumprirá, sem vacilações, as suas obrigações
para com a Polônia”

Assim, em 03 de Setembro de 1939 a Inglaterra e a França cumprindo o pacto de


auxílio assinado no mês de Março do mesmo ano com Romênia, Grécia e a Polônia, as duas
potências declararam oficialmente guerra à Alemanha nazista. E no dia seguida as ex-
colônias inglesas da Austrália, Índia, Nova Zelândia, África do Sul e Canadá também
ingressaram oficialmente na luta contra o Reich.

Uma delegação composta por cerca de 20 paises do continente americano realizou a


Conferência do Panamá, na qual assinaram a presente declaração na qual somente proibia a
entrada em seus portos de submarinos das nações beligerantes e estabelecia uma zona
limítrofe de segurança ao redor do continente com cerca de 480 quilômetros, neste acordo
não constava o Canadá e as demais colônias dos paises europeus em guerra.

Aliados envolvidos no conflito após a invasão da Polônia.

• Polônia: 1939, 1 de Setembro


• Reino Unido: 1939, 3 de Setembro
• França: 1939, 3 de Setembro
• Austrália: 1939, 3 de Setembro
• Nova Zelândia: 1939, 3 de Setembro
• Nepal: 1939, 4 de Setembro
• África do Sul: 1939 6 de Setembro
• Canadá: 1939 10 de Setembro

43
Eixo envolvido no conflito

Alemanha Nazi, Führer Reichskanzler Adolf Hitler (últimos dias da guerra, Almirante Karl
Dönitz)

Japão, sob o Primeiro-Ministro Hideki Tojo e o Imperador Hirohito

Em 28 de setembro de 1939 após conseguir assinar um pacto de ajuda mutua com a


Letonia, Lituania e Estonia os russos começam a ocupar bases militares nestes estados
enviando para lá cerca de 85.000 soldados. Com a claro intenção de agradar as populações
locais juntamente com os militares foram enviados engenheiros, construtores, escriturários,
bem como grupos de baile e teatro. Apartir desta consolidação o governo russo passou a
exercer grande pressão sobre a Finlândia para que aceitasse condições semelhantes.

Batalha no rio da prata “Uruguai”.

A 30 de setembro de 1939, o Graf Spee encouraçado de Bolso da Kriegsmarine


construído em 1934, nave irmã do Deutschland e do admiral Scheer, em incursão no
atlântico sul sob o comando do Capt. Hans Langsdorf navegando na costa brasileira, na
altura do estado de Pernambuco, inadvertidamente afundou o cargueiro Clement. Capturou
o Newton Beech, afundou o Huntsman, o Trevanion e o petroleiro África Shell, na costa de
Lourenço Marques. Doric Star e Tairoa, próximo a Santa Helena. Após o último encontro
com o seu navio de reabastecimento, o Altmark, o Graf Spee seguiu para o Rio da Prata,
onde afundou, o Streonshalh. Uma formação de busca ao vaso alemão havia sido criada sob
o comando do Comodoro Harwood se posicionava a sua procura próximos ás ilhas Malvinas
e a região da desembocadura da bacia do prata, esta força tarefa era formada pelos
cruzadores: o Ájax, o Achilles e Exeter, ficando um quarto cruzador na base naval inglesas
das ilhas Fanklans. Dseta força de busca o mais bem armada era o cruzador Exeter dotado
de seis canhões de 203 mm e oito canhões de 102 mm, com 4 canhões antiaéreos Bofors
de 40 mm e oito de 20 mm, um hidroavião e tripulação de 850 oficiais e marinheiros. O
primeiro encontro naval entre os vasos de guerra deu-se no dia 13 de Dezembro e o
resultado inicial da batalha foram os danos causados ao maior cruzador inglês o Exeter que
seriamente avariado teve que se retirar para a base naval das Falklans para reparos, ficando
a perseguição ao longe por conta dos vasos Ájax e Achilles ao Graf Spee, seu comandante
após ter enfrentado os três cruzadores o encouraçado alemão rumou para o porto neutro
do uruguaio de Montevidéu, na foz do Rio da Prata.

Admiral Graf Spee navendo no Atlantico Sul

44
O Graf Spee – 16,400 Ton em carga máxima, 186 metros de comprimento,
velocidade de 28 nós ( 51.885 Kh),6 Canhões 280 mm, 8 de150 mm, 6 de 88/105 mm AA, 8
de 37 mm AA e 8 tubos lançadores de torpedo de 533 mm.

Ao chegar ao porto uruguaio o comandante do Admiral Graf Spee solicita a


permanencia pelo prazo de 72 horas para que sejam feitos reparos com a finalidade de dar-
lhe condições para navegação em alto mar, o prazo fora concedido até ás 18 horas do dia
17 de Dezembro de 1940, durante este tempo os vasos inglêses fundiados no estuário do
rio da prata receberam a ajuda do cruzador Cumberland, que havia ficando em reparos no
porto da ilha Falklands, ás 17:30 pouco antes de vencer o prazo dado pelo governo
uruguaio o Graf Spee levanta ancora e posiciona em ambos lados as bandeiras de combate,
sem serem percebidos pelos barcos inglês a tripulação após preparar os explosivas para
auto-detonação retorna para terra firme, e ás 18 horas no estuário do rio da prata uma
forte explosão parte o vaso alemão em 2, no dia 21 do mesmo mês o comandante da
kriesgsmarine Capt. Hans Langsdorf suicida-se com um tiro de revolver na cidade Argentina
de Buenos Aires, sendo o resto de sua tripulação posteriormente repatriada.

Explosão do Graf Spee na bacia do Rio da Prata

45
Tropas Finlândesas frente ao avanço Russo

Russos na Finlândia

Em 05 de outubro de 1939, Molotov propõe a Juho Kusti Paasikivi chefe da


delegação Finlandesa em Moscou entra que seus respectivos governos assinem um pacto de
ajuda mútua, semelhante ao que a URSS assinara com os países bálticos. O tratado
equivaleria, de fato, a estabelecer um protetorado soviético sobre a Finlândia. Durante a
reunião Molotov apresenta a Paasikivi às exigências soviéticas, pelas quais ficava clara a
verdadeira intenção soviética, a URSS tinham especial interesse no em estabelecer uma
base aeronaval no estratégico porto de Hango, situado na entrada do Golfo da Finlândia. E
para poder manter segura esta futura base aeronaval exigia da Finlândia a entrega de uma
série de ilhas naquele golfo e de extensa faixa de terra no istmo da Carélia. Em
contrapartida concederia à Finlândia alguns quilômetros de terras desertas ao norte do Lago
Ladoga e a autorizaria a fortificação das ilhas Aland, situadas no golfo de Bótnia.

A resposta do governo finlandês foi negativa quanto a arrendar o porto de Hango,


mais a Finlândia aceitava a concessão de algumas ilhas e a retificação de fronteiras no
Istmo da Carélia, com seus 96 km de largura, diante da negativa finlandesa em ceder a
suas pressões molotov encerrou a negociações, posteriormente a 13 de novembro de 1939,
tendo recebido informações de que tropas do Exército Vermelho já se achavam dispostas na
fronteira com a Finlândia, prontas para entrar em ação. O primeiro-ministro Aino Cajander
ordenou a mobilização de 200 mil reservistas.

46
Em 26 de Novembro de 1939 os russos alegam que tropas finlandesas atacaram o
solo soviético com tiros de canhão causando a morte de um grupo de soldados baseados no
povoado russo de Mainila, no istmo da Carélia, o que ficou conhecido como incidente de
Mainila. Usando deste ato, tal como os Alemães fizeram ao atacar a Polônia os Russos
resolvem atacar o território finlandês. No dia 27 a fim de evitar novas provocações o
governo da Finlândia e intimado pelo governo russo a retirar todas as suas tropas a uma
distância de 25km da fronteira, a 28 de novembro a governo de Helsinque, informa a
Moscou que, de acordo com as investigações realizadas, ficou comprovado que os disparos
por canhões “não identificados” e localizados dentro do território soviético. Por
conseqüência, a Finlândia só concordaria em retirar as suas forças da fronteira se os russos
também o fizessem. Molotov, no dia seguinte denunciou a quebra do pacto de não agressão
firmado entre a URSS e a Finlândia em 1932.

As 7:00 da manhã de 30 de novembro, seguindo os planos do chefe do Estado Maior


russo marechal Schaposchnikow, inesperadamente a aviação russa estacionada nos campos
da Carélia Oriental e de bases aéreas em território estoniano bombardeiam as cidades
finlandesas de Helsinque, Hanko, Kotka, Enso, Kittilä, Petsamo e muitas outras pequenas
cidades fronteiriças. O ataque foi seguido pelo bombardeio realizado contra a cidade de
Helsinque e demais cidades costeiras pelos encouraçados russos «Oktjabrskaja Revoluzja» e
«Marat» pertencentes á frota naval do mar báltico. No mesmo dia cerca de 400.000
soldados pertencentes ao exército vermelho apoiados por 3.000 carros de combate
romperam os limites de fronteira e avançaram em território finlandês.

Blindados Russos durante a invasão á Finlândia

O comandante-chefe das forças soviéticas, general Semion K. Timoschenko.


Utilizando a ferrovia Leningrado-Murmansk nas costas do Ártico. Imediatamente concentrou
os efetivos de quatro poderosos exércitos sobre as extensas fronteiras da Finlândia Ao longo
desta ferrovia concentrou provisões que serviriam para abastecer as tropas russas
destacadas nas desérticas e geladas regiões do norte da Finlândia.

47
O 7° exército e o maior deles na região do istmo da Carélia ao golfo da Finlândia.
Era composto de11 divisões de infantaria, 01 corpo motorizado e 03 brigadas de tanques, o
7° exército também ficara incumbido de conquistar a capital Helsinque e as ricas regiões do
sul da Finlândia. Ao norte do lago Ladoga, o 8°, composto de seis divisões de infantaria, sua
missão era atacar pela retaguarda as divisões finlandeses que defendiam a linha
Mannerheim. Frente da Finlândia estava o 9° Exército, composto de 06 divisões de
infantaria e 01 brigada blindada. Destino os portos de Tornea e Oulu, no golfo de Bótnia e
cortar as comunicações com a Suécia e a Noruega, principais fontes de abastecimento para
os seus exércitos.

Ao norte, nas costas do Ártico, o 14° exército, integrado por 03 divisões de infantaria
e fortes unidades blindadas, destino porto de Petsamo, com a clara finalidade de evitar um
possível desembarque auxiliar franco-inglês. O porto de Petsamo localizado nas costas do
Ártico, era guarnecido por uma pequena companhia de infantaria, armada com dois
canhões médios modelo 1887. Na manhã de 30 de novembro, ao cruzar a fronteira o 14º
Exercito russo avançou pela planície gelada, sendo apoiados por uma frotilha de cruzadores
que da costa desencadeou um violento bombardeio. Diante da esmagadora superioridade
militar russa, a guarnição finlandesa foi obrigada a abandonar sua posição de defesa no
destacamento do porto de Petsamo dirigindo-se o mais rápido possível para o interior do
país. Uma divisão blindada pertencente ao 14° Exército russo violentamente castigada por
tempestades de neve e uma temperatura de 50º negativos foi duramente atacada por 15
dias pela guarnição que havia abandonado o porto de Petsamo, obrigando uma coluna
russa a entrincheirar-se na cidade de Nausti, onde permaneceu até o fim da guerra.

Um erro militar havia sido cometido pelos comandantes russos ao afirmarem que
soldados russos nascidos próximos à fronteira com a Finlândia não poderiam ser enviados
para lutar contra tropas finlandesas, para suprir esta lacuna convocaram soldados oriundos
de regiões mais ao sul, os quais não possuíam conhecimento algum sobre combates em
florestas e bosques cobertos de neve e a temperatura extremamente baixa desta inóspita
região.

Soldado Russo prisioneiro de tropas Finlandesas

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Tropas Finlandesas deslocando-se para a Fronteira

A Finlândia estava para ser atacada simultaneamente pelo norte, centro e sul e
deveria cobrir uma faixa de combate de 1.400 km de extensão com seu reduzido exercito
composto na época por apenas 12 divisões de infantaria, alguns tanques obsoletos e 170
aviões. Sua única vantagem era combater no seu próprio território o que com certeza
constitui-se em uma das principais causas de suas surpreendentes vitórias sobre os russos.
Deveria o exercito Finlandês concertar suas melhores tropas de Salla ao entroncamento
ferroviário de Kemijaerv. Era certo que forças russas avançariam por ali com a finalidade de
alcançar o golfo de Bothnia.

49
Patrulhas Finlandesas

50
Os finlandeses concentraram na região do istmo das Carélias 05 divisões de
infantaria, e mais uma divisão de reserva. Sob o comando do general Oestermann, que
para não ser atacado pela retaguarda na linha Mannerheim posicionou duas divisões de
infantaria.

As fortificações da linha Mannerheim. Estendiam-se por cerca de 125 km protegidas


pelas margens dos lagos: Muola, Vuoski e Suvanto. Os pontos fortes eram a cidadela de
Muolaa ao centro, as defesas de Taipale no lago Ladoga, e os fortes de Koivisto no golfo da
Finlândia. Possuía 90 grandes casamatas de cimento armado, unidas entre si por uma
intrincada rede de trincheiras, redutos, ninhos de metralhadoras e refúgios escavados em
terra e reforçados com grossos troncos, fossos antitanque, campos minados e redes de
arame farpado. Equipadas com canhões de 12 a 15 cm, baterias com canhões russos de 25
cm, antes do inicio do conflito a linha havia recebido melhoramentos projetados pelo
especialista em fortificações o coronel Belga Albert Badoux, com grande experiência reunida
durante a guerra do Chaco na América do Sul (1932-1935).

Violentos Ataques diretos do exercito vermelho somente foram levados a cabo no dia
06 de Novembro quando 04 divisões de infantaria e 01 corpo motorizado integrante do
exercito chefiado pelo general Grendal avançou na região oriental do istmo, no setor da
cidade de Taipale, situada às margens do lago Ladoga. E desferiu-lhe 16 sucessivos ataques
entre o dia 06 e 13.

A 17 de Dezembro na região central da Finlândia, duas divisões oriundas do 9°


Exército lançaram-se ao ataque contra o centro de comunicações de Rovaniemi, para cortar
o país em dois e ocupar as costas do golfo de Bótnia. Foram rechaçados a 100 km da
cidade por um grupo de milicianos e obrigados a bater em retirada até a localidade de Sala,
próxima à fronteira. Mais ao sul depois de intensos 15 dias de combate, mais precisamente
nos arredores da cidade de Suomusalmi, um regimento Finlandês sob o comando do
general Siilasvue impõe ao 8º exercito vermelho uma vergonhosa derrota ao deter o avanço
nas margens do lago Ladoga, de três divisões russas. Durante a guerra a falta de material
era um grande problema para as tropas finlandesas, Uma das perdas mais marcantes na
história militar é o tão chamado «Incidente de Raatteentie», durante a batalha de
Suomussalmi. Quando a 44.ª Divisão de Infantaria Soviética, composto por 25 mil soldados
foi completamente destruída após marchar por uma estrada estreita de uma floresta até a
uma armadilha da unidade finlandesa Osasto Kontula de apenas 300 homens. Esta pequena
unidade parou o avanço da Divisão Soviética, enquanto o Coronel finlandês Siilasvuo e a sua
9.ª Divisão de 6 mil homens cortou a rota de retirada soviética, dividindo a força inimiga em
unidades menores, destruindo unidade por unidade. Devido a esta manobra militar foi
somada as tropas finlandesas 43 carros de combate, 71 canhões de artilharia e de defesa
antiaérea, 29 canhões anti-carro, VBTPs, tratores, 260 caminhões, 1170 cavalos, armas de
infantaria, munição, material de comunicações, medicamentos e botas de inverno. Ambos
conquistados das divisões russas vencidas.

Nas localidades de Tolvajärvi, Suomussalmi, Kairinoja e Salla as tropas russas


sofreram grandes baixas, soldados finlandeses suportavam melhor o frio das noites de
inverno escondidos nos bosques do norte, soldados finlandeses tinham a sua própria roupa
de inverno, e passavam a maior parte da sua vida na floresta, deslizando na neve com seus
esquis chegavam silenciosamente próximo a taques e carros de combates russos para
aremeçar-lhes um composto inflamável que ao atingir o alvo transformava-o em uma
imensa bola de fogo, retirando logo após gritar “este Cocktail e para Molotov» daí o nome
«Cocktails-Molotov».

51
No dia 19 de Dezembro tropas pára-quedistas russas disfarçadas com uniformes
Finlandeses tentam assegurar o desembarque de marinheiros russos na ilha de Koivisto na
entrada do fiorde de Viipuri. Tanto os grupos de sabotagem quanto as tropas pára-
quedistas foram completamente eliminadas pelos soldados finlandeses.

Entre o dia 19 e 23 os russos impõem sucessivos ataques as fortificações


Finlandesas os quais após pesadas baixas são obrigados a recuar.

Paraquedistas Russos lançados em território Finlandês

52
No final do mês de dezembro de 1939 o recém nomeado comandante-chefe o
marechal Voroshilov. Enviou o 13°, para o istmo da Carélia, aumentando sensivelmente o
numero de tropas sob as ordens do general Timoshenko. Durante todo o mês de janeiro de
1940 o exercito russo realizou seguidas investidas contra as fortificações na linha de
Mannerheim, tendo estes ataques sido intensificados nos dias iniciais de fevereiro,
principalmente em 05,08,09 e 10 quando os soldados encontravam-se combatendo contra
os últimos redutos. O grande general Timoshenko parecia não se preocupar com as
milhares de mortes levadas a cabo para assegurar sua vitória militar.

No mês de Janeiro com a nomeação do marechal Kliment Worosclov os russos


mudaram a tática de ataque para romper as barreiras defensivas da linha Mannerheim,
tendo em 1o de fevereiro todo o peso da ofensiva russa sido lançada em um ataque frontal
contra a linha Mannerheim.

Taticamente o general Timoshenko percebeu que deveria conquistar a margem


direita norte do lago Ladoga. Entre se encontrava posicionado o IV Corpo de exército
finlandês sob o comando do general Hägglund, uma vez derrotado abria-se uma fenda para
que tropas russas avançassem pela linha Mannerheim, para tal missão incumbiu o general
Stepan Kondratiev, chefe das forças blindados, sob seu comando fora alocado a 34.ª
Brigada de carros de combate, o 18.º Regimento de infantaria de Jaroslawsk, vários oficias
da academia militar e alguns batalhões de pára-quedistas, o avanço foi executado em
condições precárias e em temperatura de 37º negativos com uma espessa camada de neve
por sobre o campo terminado em fracasso, tendo sido aniquiladas quase todas as unidades
russas.

Às 8:30h do domingo de 11 de Fevereiro, Timoshenko havia concentrado frente ao


lago Ladoga 25 divisões, 3.000 carros de combate e 320 canhões, desencadearam um
bombardeio arrasador. Em poucas horas 300 mil granadas caíram sobre as trincheiras
finlandesas destruindo as principais casamatas, entre os dias 15 e 16 as forças finlandesas
incumbidas de defender a linha de Mannerheim visto que não conseguiriam resistir a novo e
maciço ataque russo, abandonaram suas posições e estabeleceram nova posição de defesa
ao sul da baia de Viborg e na fortaleza de Koivisto sob o comando do general Hägglund ,
tendo a primeira grande brecha sido aberta pelo exercito vermelho na localidade de
Summa, em 25 de fevereiro o marechal Voroshilov ordenou que tropas russas baseadas de
ilhas de Sursari, Lavansari e Seikiari apoiadas por fortes formações de tanques avançassem
sob Viborg cortando caminho sobre a espessa camada de gelo da baia, a certa distancia os
finlandeses abriram fogo com os seus canhões de 30cm. As gigantescas granadas
explodiram abrindo enormes fendas no gelo, de subido o comandante da unidade russa
pensa que a artilharia finlandesa esta a errar seus tiros, para em seguida quando já muito
tarde perceber a real intenção dos disparos de artilharia, impossível salvar os seus homens.
Pelos quais desapareceram, afundando-se nas águas geladas, companhias inteiras de
soldados e centenas de tanques e caminhões russos. Em 26 de fevereiro os finlandeses
finalmente admitiram a perda de Koivisto para as tropas russas. Os combates seguiram-se
até o dia 07 de março quando o exército finlandês esgotou totalmente a sua capacidade
combativa. A 13 de março, cessou o fogo em todas as frentes.

53
A Morte Branca

Mas durante os anos que se seguiram soldados e civis finlandeses continuaram a


resistir ao exercito vermelho, entre os quais destaca-se o nome de Simo Häyhä, para os
soldados russos "Valkoinen Kuolema" ou simplesmente “morte Branca”. Não se precisa com
exatidão à data de nascimento deste exímio sniper, provavelmente Simo Häyhä nasceu em
17 de dezembro de 1905 na pequena cidade fronteiriça de Rautajärvi, Finlândia. Em 1925
aos 20 anos de idade com apenas 160 cm o Sr. Häyhä entrou para o exercito finlandês para
cumprir um ano de serviço obrigatório, dando baixa no ano seguinte com o posto de cabo,
Depois de dar baixa, Simo Häyhä entrou para a guarda civil finlandesa na cidade de seu
nascimento. Durante a Guerra do Inverno Simo Hayha foi convocado para servir ao
comando da 6° Companhia JR 34 no Rio Kollaa. Tendo participado efetivamente do "
Milagre de Kollaa," local onde tropas finlandesas sob as ordens do general Uiluo Tuompo
mostraram ao mundo suas ações mais heróicas enfrentaram o 9° e 14° Exércitos
soviéticos compostos por 12 divisões e aproximadamente 160.000 homens.

A defesa finlandesa desta região chave chegou ao ponto de que " 32 finlandeses
lutaram contra 4,000 soldados soviéticos na famosa batalha de "Killer Hill ". esta terra
coberta de neve, uma região inóspita para muitos, eram as terras de caça de Simo Häyhä.

Ao sniper Simo Häyhä são oficialmente atribuídas 542 mortes durante os 100 dias
que durou a guerra de inverno entre a Finlândia e o exército soviético, tendo sido afastado
do exercito em 03 de Junho de 1940 após receber um tiro na face disparado por um
atirador soviético, ao qual caçou e matou mesmo estando ferido, Simo Häyhä morreu em
1º de Abril de 2002, aos 96 anos.

54
Os soldados russos, levados pela fome, para recuperar munição, remédios e
alimentos levados por pára-quedas arrastados pelos fortes ventos de inverno arrastam-se
até eles para recuperá-los. Porém a terrível habilidade dos finlandeses no uso de armas
longas. Exímios atiradores, acostumados à caça desde a infância, com pontaria certeira
abatem nos gélidos campos da Carélia os soldados russos, um após outro.

Mas os soldados russos, acostumados à disciplina férrea, à fome e aos padecimentos


mais cruéis impostos pela guerra, resistem sempre, com resignação oriental, disparando os
seus escassos projéteis e alimentando-se de forma precária. Seus comandantes talvez não
fossem equivalentes aos comandantes finlandeses, mas sem duvida alguma soldados russos
eram páreo igual aos soldados finlandeses, com o diferencial de que os Finlandeses lutavam
para defender seus lares do invasor, por isto tinham resistência tenaz.

Em 13 de março. São 11 horas. Tropas russas sitiadas em pequenos bolsões, são


surpreendidas com o repentino calar das armas de fogo dos finlandeses, logo a seguir em
vários pontos surgem pequenas bandeiras brancas, um alegria imensa toma contar dos já
fadigados soldados russos quando lhes é comunicado que os parlamentares finlandeses
haviam assinado o armistício, de tanta alegria os russos procuram abraçar os
parlamentares, mas estes os repelem e, com dificuldade, evitam que os russos lhes apertem
as mãos. Aqueles camponeses russos esgotados pela fome, procuram apertar as mãos dos
que são de certo modo, os seus salvadores.

Apressadamente, as colunas russas retiram-se para o território do seu próprio país., aquela
massa de homens abandona o país que seus dirigentes haviam acreditado ser presa fácil
sem saber que a mais difícil das guerras ainda estava para ser travada frente às tropas
alemãs

A resistência finlandesa tornou-se exemplo para homens de muitas nações, não se


tem o total exato mais aproximadamente o general sueco general Ernest Linder, conseguiu
enviar 8.000 voluntários. Contingentes de voluntários também vieram da Noruega,
Dinamarca e Espanha. Armas foram enviadas pela Hungria e pela Itália, dinheiro dos
Estados Unidos da América, aproximadamente 11.500 voluntários de 26 nações formaram
na Finlândia a “Legião Estrangeira Sisu”.

Sem o auxílio pronto, em armas e equipamentos, que nos foi dado pela Suécia e as
potências ocidentais, a nossa luta até esta data teria sido concebível... Somos
orgulhosamente cônscios do dever histórico, que continuaremos a cumprir - a defesa
daquela civilização ocidental que tem sido nossa herança por séculos; mas também
sabemos que pagamos até o último níquel qualquer dívida que porventura tenhamos
contraído com o Ocidente.
Marechal general de campo Freiherr Carl Gustav Mannerheim “Barão Mannerheim” em
seu pronunciamento ás exaustas forças finlandesas:

Em 06 de Março uma comissão Finlandesa formado por Risto Ryti, Juho Paasiviki,
Rudolf Waldén e Väinö Voionmaa. Dirigiu-se até Moscou para assinar o armistício junto a
Molotov, Andrei Schdanov e o general Alexander Wassilevski. Stalin manteve-se em
segundo plano.

55
O Rigoroso inverso na Finlândia

A invasão da Finlândia custou aos russos 1 milhão de homens, contra 25 mil


finlandeses. Para o soldado Finlandês é a bravura do homem que defende a sua terra, os
seus filhos o seu direito à liberdade. A Finlândia invadida e conquistada única e
exclusivamente pelo fato de que a URSS cobriu os campos recobertos de neve com
soldados para serem mortos

56
Tropas Finlandesas – Guerra de Inverno

Forças empregadas durante a invasão á Finlândia

Exército FINLANDES Exército SOVIÉTICO


12 - 13 divisões 28 - 30 divisões
10 batalhões guarda-fronteira 06 brigadas de tanques
- soldados com idades variando de 15 a 65 02 a 03 divisões mecanizadas
anos. - idade dos soldados: 20 a 23 anos

Marinha Marinha (no mar Báltico)


02 guarda-costas de 3.900 toneladas 02 encouraçados de 23.000 tonels.
05 submarinos 01 cruzador de 5.600 ton.
25 navios varredores 35 destróieres
07 lanchas torpedeiras 70 submarinos
10 quebra-gelos
Aviação
Aviação 600 - 800 aviões
170 aviões
- 40 de exploração.
- 60 de caças
- 70 bombardeios leves

57
A Conquista da Noruega

Na noite de 13 de dezembro de 1939, o então almirante Raeder, Comandante chefe


da marinha alemã (Kriegsmarine), encontrou-se secretamente na Noruega com o líder
fascista Vidkun Quisling. A intenção do almirante Raeder era obter o apoio de Quisling e de
seus partidários na ocupação Norueguesa pelas tropas alemãs, em contrapartida o
Almirante comunicou ao líder fascista que o serviço de informações Alemão havia
descoberto um plano das forças britânicas para um desembarque em escala na Noruega,
em 14 de dezembro de 1939 após receber o apoio de Quisling o próprio Adolf Hitler o
recebeu para uma longa reunião, na qual foi discutida a invasão a Noruega e Dinamarca,
fato este ordenado pelo próprio Furher na mesma data aos chefes da Wehrmacht, porém
devido a fatores externos somente em 27 de Janeiro de 1940 e que o Marechal Wilhem
Keitel foi encarregado de formar um gabinete com representantes das 03 armas e um
representante do serviço secreto alemão, presidia este gabinete o Almirante Krancke e foi
dele a ordem final sob a supervisão de Hitler para o inicio em 16 de Fevereiro da operação
Weseruebung. A ocupação da Noruega era de vital importância para o Fuher, sendo a
marinha mercante norueguesa a quarta maior do mundo, e a rota do minério de ferro sueco
das minas de Kiruna y Gällivara passarem pelo porto de Narvik, tais minas em meados de
1938 representavam cerca de 10 milhões de toneladas de minério de ferro importados pela
Alemanha.

“Marechal Wilhem Keitel (Generalfeldmarschall) geralmente era tido como um oficial


fraco, que tinha pouca experiência militar tática e ficou conhecido como lacaio de
Hitler”.

Um fato ocorrido antes e que principiou a ordem para a invasão foi o fato de um
destróier alemão a 16 de fevereiro ter sido avisado por aviões britânicos de reconhecimento
que a flotilha deslizava pela costa norueguesa ao sul de Bergen, rumo a Hamburgo, três
destróieres britânicos em caça aos navios alemães foram barrados por um navio armado
Norueguês cujo comandante exigiu que os britânicos respeitassem as águas territoriais da
Noruega. Durante o período das discussões, o Altmark ancorou em um fiorde próximo;
tendo os navios britânicos que se afastarem para além do limite de três milhas e
radiografaram esperando por ordens ao almirantado. Na noite do mesmo dia o capitão de
fragata Philip Vian comandante do destróier Cossack, da marinha real britânica solicitou ao
navio patrulha norueguês que o cargueiro armado alemão Altmark navio auxiliar do
encouraçado alemão Graf Spee fosse levado a Bergen e posteriormente revistado a procura
de 300 marinheiros aliados capturados no Atlântico Sul depois que sete navios ingleses
foram destruídos pelo cruzador de bolso. Pedido recusado tanto pelo navio Norueguês
quanto pelo Altmark, por ordem direta de Churchill ao capitão Vian, concisa e clara. O
Altmark será revistado, qualquer que seja a reação dos vasos noruegueses. “Se um
torpedeiro norueguês se interpõe, passe-lhe ao largo. Se o ataca, responda-lhe”.

58
O capitão do destróier britânico avança rumo ao Altmark que após esboçar
resistência foi prontamente dominado e após uma rápida inspeção, ficou comprovar que o
informe dos barcos de guerra noruegueses eram mentirosos, tendo em seus porões sido
achados 299 marujos britânicos, muitos deles em sérias condições físicas causadas pelas
fadigas penosas do aprisionamento, a frota inglesa após o Fato que abalou sensivelmente
as relações entre a Inglaterra e a Noruega retirou-se para bases navais inglesas, sete
marinheiros alemães foram mortos nesta ação.

Cargueiro armado alemão Altmark, 16 de Fevereiro de 1940.

59
O veterano general Nikolaus Von Falkenhorst recebeu em 21 de fevereiro o
comando das forças que seriam usadas na invasão. Pelos planos traçados pelo general
Von Falkenhorst No ataque seria usado cinco divisões, cada uma ficou incumbida de tomar
os portos noruegueses de Oslo, Stavanger, Trondhein, Bergen e Narvik. Em 9 de abril, às
5:20 da manhã. Após uma reunião entre Von Falkenhorst, Raeder e Goering, foi
constituído no comando da esquadra alemã o vice-almirante Gunther Lutjens, que em
apoio ás tropas de assalto do Exercito dividiu seus efetivos em cinco frotilhas, e mais uma
frotilha da qual fazia parte 2 encouraçados o Gneuseneau e o Schrnhosrt no qual viaja o
vice-almirante Gunther Lutjens seu destino seria o apoio incondicional a ocupação de
Narvik e Trondheim, os demais objetivos da marinha Alemã seria ocupar os portos de,
Bergen, Kristiansand e Oslo. A marinha alemã não possuía qualquer tradição em guerras
anfíbias. Mesmo assim, na ocupação da Noruega, eles conseguiram realizar uma operação
combinada de grande escala. Mesmo antes do inicio dos combates soldados alemães
disfarçados a bordo de navios transportadores de carvão estavam de prontidão. Para dar
apoio antecipadamente foram mandados para o mar da Noruega sete cargueiros e três
petroleiros para reabastecimento em pleno mar A conquista do porto de Stavanger e do
aeroporto de Sola, o mais importante da Noruega, caberia aos pára-quedistas e tropas
aerotransportadas a ocupação do porto de Stavanger e do aeroporto de Sola, o total de
50.000 soldados pertencentes ao exercito foram transportados por 15 navios mercantes
adaptados para transporte de tropas.

“O Almirante Günther Lütjens "o demônio negro". Era um líder eficaz e


destemido, um comandante perfeito, a ele é creditado o afundamento de 22
navios mercantes num total de 115.622 toneladas, faleceu quando do
afundamento encouraçado Bismarc, sua última mensagem de rádio informava a
Kriegsmarine sobre sua situação, "nós lutaremos até o último tiro".

Até o dia 6 de abril, 52 navios noruegueses, 33 suecos e 28 dinamarqueses tinham


sido afundados por navios ou submarinos alemães, com uma perda de perto de mil vidas.
Com a ocupação dos aeródromos da Dinamarca, a Luftwaffe julgava estar em condições de
estender o raio de ação de seus bombardeios e caças desde a alemã até sul e o centro da
Noruega.

Bombardeiros Alemães

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No dia 07 de Abril de 1940. O alto comando da Marinha Inglesa foi informado a
respeito de uma incursão alemã para os portos Narvik e Jutland, a esquadra nacional
contava com três navios principais, seis cruzadores e 21 destróieres no mar - e nenhum
porta-aviões, infelizmente o aviso foi considerado como "apenas uma escalada na guerra de
nervos.

Porém para surpresa do alto comando alemão na madrugada de 8 de abril de 1940,


Halvlan Koht então Ministro das Relações Exteriores da Noruega fora avisado por uma
comissão de embaixadores liderados pela França e Inglaterra de que na Madrugada do dia
anterior um avião de patrulha da RAF havia localizado um frotilha alemã navegando a todo
vapor rumo à costa norueguesa, fora enviada um esquadrilha de bombardeiros Wellington e
às 13:25 horas avistou os barcos alemães. Tendo 02 de seus aviões sido derrubados pelo
fogo antiaéreo e que devido ao mau tempo o resto dos aviões voltou às suas bases, nova
esquadrilha foi enviando mas os navios de Lutjens, protegidos pelo mau tempo, lograram
escapar para o norte. E portanto os aliados havia começado a minar a entrada do porto de
Narvik. Com a finalidade de proibir a utilização das águas territoriais norueguesas pelos
navios que transportavam contrabando de guerra para a Alemanha Cortando assim a
cobiçada rota do ferro. Material essencial para os planos de conquista do III Reich, As
minas, pequenos recipientes de uns 10 kg de peso, semeariam a destruição e o caos ao
longo da entrada do porto.

Na manhã dia 8 a frota do Almirante Ltjens encontrou-se com um destróier inglês.


Após duro combate contra dois destróieres alemães o comandante do destróier Glowworm,
visto não haver como escapar abalroou o cruzador pesado Admiral Hipper, abrindo um
buraco de 40 metros de largura no seu flanco, O Hipper afastou-se do destróier e disparou-
lhe seus canhões. Às 9 da manhã, o Glowworm, destroçado por sucessivos golpes,
desaparecendo sob as ondas, façanha pela qual o Capitão-de-Corveta G. Broadmead Roope
do destróier Glowworn recebeu postumamente a Victoria Cross. Logo após o afundamento
do Glowworm, o almirante Lutjens ordenou ao capitão Heve, comandante do Admiral
Hipper, que se dirigisse com quatro destróieres para Trondheim, para ocupar aquele porto.

61
Admiral Hipper

Por volta do meio-dia de 08 de abril de 1.940, Um submarino polonês em patrulha


no mar da Noruega afundou um navio de transporte alemão (o Rio de Janeiro), ao largo de
Lillesand.

Às 23:06 h do dia 8, o barco patrulha norueguês Pol III, de 214 toneladas, avista um
navio navegando com as luzes apagadas e a toda velocidade seguindo rumo norte. Era o
destróier alemão Albatroz, barco de vanguarda da frota de invasão, do almirante Kummetz.
Seu objetivo: Oslo. O capitão do Pol III alertou ao comando naval e investiu violentamente
contra a silhueta da embarcação alemã, em poucos minutos os artilheiros do destróier
Albatroz afundaram o navio norueguês.

Barco de Guerra Norueguês

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No mesmo dia o navio lança-minas Olav Tryggvason, corajosamente tentou defender
a base naval de Horten. Cabendo tal defesa a fortaleza de Oscarborg, construída nos
tempos da Guerra da Criméia, causar os mais acentuados danos. Às 04 horas da manhã de
9 de abril, as sentinelas de vigia na fortaleza da ilha de Oscarsborg alertaram sobre a
presença da frota alemã do almirante Kummetz, composta pelos cruzadores Blucher e
Endem, o couraçado Lutzow, cinco destróieres e nove rastreadores, subindo o estreito
canal. O coronel Erikson, chefe da guarnição, ordenou fogo, com os poderosos canhões de
280 mm, o primeiro da formação era o Blucher na qual viajava o almirante Kummetz e o
general Engelbrecht.

As baterias norueguesas da ilha de Oscarsborg e da fortaleza de Kopas, situada na


margem oposta ao fiorde, armadas com três canhões de 280 milímetros, e alguns canhões
de 150 milímetros, além de lançadores de torpedos, conseguiram um relativo êxito ao
torpedear, incendiar e afundar o mais moderno dos cruzadores alemães, o Blücher, a
primeira granada destruiu a torre de direção de tiro do cruzador e incendiou o hangar de
seus aviões anfíbio causando a morte de aproximadamente mil homens, entre os quais se
encontrava a maior parte da equipe do general Engelbrecht, destinada à ocupação de
Oslo. As baterias norueguesas localizadas na fortaleza causaram danos ao navio de
batalha Lutzow forçando seu desembarque na margem leste do fiorde. O almirante
Kummetz e o general Engelbrecht conseguiram nadar para a costa e foram aprisionados
pelos noruegueses, a invasão havia se tornado um fracasso.

As 23:30 do dia 08 de Abril, o almirante Lutjens ordenou ao capitão Bonte iniciar o


ataque a flotilha alemã composta pelos encouraçados Schsnhorst e o Gneuseneau e mais 10
destróieres chega à entrada do fiorde norueguês, enganam guarda - costeiros noruegueses,
utilizando de sinais de comunicação naval identificando-se, como uma frota inglesa, entram
no canal Vestford. Porém alguns quilômetros adiante, surpreendentemente bombardeados,
por uma bateria costeira. Respondendo prontamente ao rapidamente ao fogo, continuaram
avançando. Horas depois, a frotilha atracava nas docas de Trondheim e procedia ao rápido
desembarque de 1.700 caçadores de montanha. Em poucos minutos, os alemães se
apossaram da cidade sem disparar um só tiro.

Frota Alemã em fiorde Norueguês

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Às 04:00 horas da manhã do dia 09, terça-feira, a cerca de 80 quilômetros do
litoral da Noruega o couraçado britânico Renown e a frotilha de destróieres do Capitão
Waburton Lee, sob uma tem tempestade de neve e visão quase nula mantiveram uma
hora de duelo com o Scharnhorst e com o Gneisenau, mesmo sob severas condições
climáticas obteve êxito em danificar o Gneisenau e atingir o Scharnhorst com dois
disparos. Na noite do mesmo dia, ás 23:30 horas o submarino inglês Truant sob o
comando do tenente-de-corveta Hutchinsen torpedeou o cruzador leve Karlsruhe, próximo
Kristiansand. 7 meses após ter invadido a Polônia Hitler dava um novo movimento no
tabuleiro de xadrez para a II guerra mundial.

Tropa Pára-quedista Alemã

Nesta mesma manhã de 09 de abril, pára-quedistas alemães saltaram de uma


esquadrilha de trimotores Junkers, e ocuparam o aeródromo de Sola, perto do porto de
Stavanger, na costa sul da Noruega.

Noite de 9 de abril, os alemães já haviam conseguido capturar Oslo com seus


250.000 habitantes, apesar da forte resistência das Baterias antiaéreas os alemães
conseguiram pousar seis companhias de tropas pára-quedistas em Fernebu. O rei Haakon
VII, acompanhado por seus ministros, sua família e os membros do Parlamento
conseguiram escapar para Hamar, a 112 quilômetros de distância. Levando todo ouro do
Banco Nacional e os documentos secretos do governo.

Transporte Dornier DO 217

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Em 09 de Abril a Luftwaffe havia instala próximo ao aeroporto de Voernes suas
esquadrilhas de Stukas.

Aviões Stuka em Missão

O Porto de Kristiansand foi duramente castigado pelos bombardeios dos stukas e


conquistado sem muita resistência resistência pelo cruzador Krlsrune, apoiado pelo navio-
escola Tsingtau e uma flotilha de lanchas torpedeiras, para ocupar o porto de Stavanger
bastaram somente 120 pára-quedistas.

Pára-quedistas alemães em Salto

O ataque a Bergen ocorreu nas primeiras horas da manhã de 09 de abril, uma


flotilha comandada pelo almirante Schunmdt, integrada pelos cruzadores Koln e Konisgberg,
o navio-escola Bremse e um grupo de lanchas torpedeiras, abriu caminho através das
baterias norueguesas que defendiam a entrada de Bergen e desembarcou cerca 1.900
soldados. As forças alemãs levaram apenas uma hora, porém as baterias localizadas no
forte conseguiram causar sérios danos ao cruzador Königsberg. Tendo sido no dia seguinte
afundado por bombas lançadas por aviões ingleses.

65
Na tarde do mesmo dia, chegou a Bergen, a frotilha inglesa comandada pelo
almirante Forbes, o qual destacou um grupo integrado por 04 cruzadores e 07 destróieres,
para bombardear o porto. Ao meio dia, os Stukas baseados no aeródromo de Sola iniciaram
a sua ação e deram, assim, inicio à primeira batalha aeronaval da História. As bombas por
eles lançadas afundaram o destróier Gurkha. Era o primeiro navio inglês que sucumbia na
guerra, sob a ação de aviões. Às 20 horas, o almirante Forbes ordenou a seus barcos a
retirada.

Os alemães logo ocuparam Trondhein, porém encontram forte resistência nos fortes
de Norge e o Eidsvold.

O Forte de Eidsvold foi torpedeado a uma distancia de cerca de 100 jardas por uma
frotilha alemã com permissão do General Dietl

O Forte de Norge com cerca de 450 homens consegui resistir a cerca de 17 assaltos
alemães antes de ser torpedeado por vasos de guerra da marinha alemã, tendo seu
comandante o coronel Konrad Sundlo recusado a continuar lutando, tendo em vista que os
demais portos noruegueses já estavam ocupados pelos alemães, mais tarde descobriu-se
que Sundlo pertencia ao grupo de traidores partidários de Quisling.

Tropas alemãs desembarcando no porto de Narvik

66
Na manhã de 10 de abril, a frota inglesa chega ao porto de Narvik e os combates se
iniciaram com as forças alemãs. Às 4:35 horas, o Hardy, barco insígnia de Lee, irrompeu de
surpresa no porto e, com uma salva de torpedos alcançou o Wilhelm Heikamp nave
capitânia do capitão Bonte, minutos depois o barco alemão incendiou-se e ficou à deriva.
Sobre a sua coberta, o capitão Bonte jazia mortalmente ferido. A frotilha inglesa conseguiu
afundar outro destróier alemão e vários cargueiros, fundeados na baía. Porém foram
surpreendidos por vasos alemães tendo o Hardy do capitão Waburton Lee, sido interceptado
pelos alemães antes de alcançar o mar, assim como o capitão alemão Bonte o capitão inglês
Waburton Lee morreu vitima de um projétil de explodiu na ponte de comando, os demais
navios ingleses conseguiram êxito em alcançar o alto-mar.

Entre os dias 10 e 13 de Abril de 1940 os ingleses contra-atacaram duas ações em


Narvik, conseguiram por a pique 10 destróieres alemães, contra apenas dois, empregando
fortes contingentes os ingleses conseguiram desembarcar em Namsos e Andalsnes, na
Noruega central, com a finalidade de recapturar Trondheim, e em Bodo, Mo i Rana e
Mosjoen, tentando impedir que esses locais caíssem nas mãos dos alemães. Porém
devido ao despreparo das tropas e por não contarem com apoio aéreo da RAF.

No dia 13 de abril aproveitando uma breve trégua nos combates pela posse do porto
de Narvik O general alemão Dietil enviou ao norte uma coluna de soldados, para ocupar o
aeródromo de Bardufoss, o único campo de aterrissagem existente em toda a região.

Ao meio dia de 13 de Abril, chegaram à entrada do fiorde de Narvik o velho


couraçado Warspite, barco capitânia do almirante Whitworth, e mais nove destróieres.
Apoiados pelo porta-aviões Furious. A missão da frotilha inglesa era a de destruir o restante
de oito destróieres sobreviventes da frotilha do capitão Bonte. A vitória inglesa foi
relativamente fácil devido a sua superioridade naval.

Porta-aviões Furious.

Em 15 de abril, o Almirante Cork chefe das forças navais que operavam em Narvik
recebe do general Mackesy baseado na ilha de Hinnoy, situada ao norte de Narvik,a recusa
de lançar-se imediatamente ao ataque contra Narvik. O general alegava de tal ato só
poderia ser feito quando forças francesas e norueguesas se juntassem ás tropas britânicas.

Em 24 de abril, por ordem de Churchill os barcos ingleses bombardearam Narvik


violentamente, durante mais de três horas as guarnições alemãs, porém as tropas do Fuher
escaparam sem dificuldades aos efeitos do bombardeio, dispersando suas forças.

67
Em 18 de abril, uma brigada comandada pelo general Morgan desembarca porto de
Andalsnes e, imediatamente dirigiu-se à Dombas, ponto estratégico, por se tratar de um
entroncamento ferroviário, que controlava as comunicações entre Trondheim e Oslo. Sua
principal missão era a de dar apoio as já reagrupadas forças norueguesas comandadas
pelo general Ruge, e que até então combatiam em grande desvantagem contra os
alemães na região de Lillehammer, porém por se tratar de uma tropa de reservistas e
totalmente despreparadas para o combate, tiveram de abandonar apressadamente a
região em 22 de abril e serem socorridos pelas tropas que vieram socorrer após serem
atacados por uma divisão alemã fortemente apoiada por artilharia. Foram duramente
perseguidos até o sul de Dombas quando já haviam perdido a metade de seu efetivo.

Na manhã de 20 de abril, aviões bombardeiros Stukas bombardeiam violentamente


Namsos e destruíram a quase totalidade dos abastecimentos e munições do corpo
expedicionário. Após a destruição dos suprimentos dos aliados, as tropas alemãs baseados
em Trondheim iniciam um vigoroso contra-ataque. Cerca 400 soldados a bordo de um
destróier escoltado por rastreadores, são conduzidos ao largo da costa e desembarcaram na
retaguarda das tropas inglesas. Na manhã do dia 21 a Luftwaffe, juntamente com a
artilharia dos navios castiga severamente as tropas inglesas do general Carton de Wiart,
que após encontrar-se em desvantagem ordenou a retirada.

Stuka Jogando suas Bombas

Na tarde do dia 23, o general inglês Paget comandante supremo das tropas aliadas
no sul de Trondheim. Em contato com o general norueguês Rugé, comunicou-lhe que suas
tropas haviam chegado ao limite da capacidade e resistência. E que os alemães
conseguiram deter o avanço das brigadas inglesas que tentavam alcançar Dombas e que
tropas franco-britânicas eram rechaçadas pelos alemães ao sul e ao norte de Trondheim.

68
Na tarde de 27 de abril, o Corpo de caçadores alpinos franceses, comandado pelo
general Bethouart. Chegou ao fiorde de Narvik. O General Bethouart a muito custo tentava
convencer o General inglês Mackesy da necessidade imediata de conquistar o porto de
Narvik pois ao sul do fiorde um poderoso Exército alemão, integrado por mais de 40.000
soldados, havia derrotado as reduzidas forças inglesa e avançava em marcha forçada para
auxiliar as tropas de Dietl.

Em 27 de Abril, Chamberlain e Reynaud, reuniram-se em Londres e Chamberlain


comunica que decidira retirar as forças britânicas de Namsos e Andalsnes devido a grande
supremacia aérea alemã na região.

A 28 de abril, foi dada a ordem de evacuação das tropas de Namsos e Andalsnes,


evacuação ocorrida em Andalsnes a 1° de maio e, dias depois, em Namsos. Na ocasião o
rei Haakon trasladou o governo para o porto de Tromso, situado na extremidade norte da
Noruega. Na mesma tarde, embarcou no cruzador inglês Glasgow, seguido de seus
ministros e dos embaixadores aliados.

Cruzador Glasgow

No dia 7 de maio, após ter sido informado da chegada de um corpo da Legião


Estrangeira e uma brigada polonesa o General Mackesy concordou com o ataque e o
General Bethouart apressou-se em ocupar a península de Oijord situada ao norte, em
frente à Narvik. O ataque foi desfechado na madrugada de 13 de maio, por três batalhões
de legionários, no dia seguinte, completaram a conquista da península, apoiados pelas
unidades de caçadores alpinos e noruegueses que avançaram do norte. Simultaneamente,
a brigada polonesa atacou o porto de Ankenes, situado ao sul de Narvik, na margem do
fiorde Beis.

A 26 de maio, o almirante Cork recebe o comunicado de evacuação e transferência


das tropas aliadas para o território francês. O general Bethouart solicita permissão para
terminar o ataque ao porto. Assim, os aliados salvariam, mediante uma última vitória, a
honra de suas armas. Cork cedeu ao pedido. O ataque foi desencadeado á meia-noite do
dia 27 de maio, por três batalhões da Legião e um norueguês que silenciosamente cruzaram
em pequenos barcos o estreito canal que separa a ponta da península de Oijord de Narvik e
atacaram o porto. Ao amanhecer conseguirar vencer as tropas do General Dietl e
encontraram uma cidade destruída. Logo ao sul, tropas polonesas aniquilaram a guarnição
de Ankenes, avançaram para leste, bordejando a costa do fiorde de Beis.

69
No dia 28 de Maio tropas aliadas formadas por contingentes ingleses, franceses e
poloneses conseguiram certo sucesso ao reconquistar o porto de Narvik. Desde o inicio
dos conflitos esta foi à primeira vitória terrestre dos Aliados na guerra.

Na madrugada dia 29 de maio do mesmo ano, tropas polonesas fizeram contato com
os legionários franceses vindos de Narvik. Após esta união, os aliados atacaram o povoado
de Silvik, onde Dietl havia estabelecido seu posto de comando. A 02 de junho, os poloneses
tomaram todas as colinas que dominavam a posição alemã. Somente após estes
acontecimentos e que o General Bethouart deu ordem para deter a ofensiva e promover a
retirada para o território francês.

Dias depois, a 07 de junho, o rei Haakon embarcou no Devonshire com o corpo


diplomático e o príncipe herdeiro. No dia 8 de junho, às 23 horas, o Corpo Expedicionário
Aliado tinha abandonado a Noruega.

Tropas alemãs no porto de Narvik

70
Porém devido aos acontecimentos da invasão alemã á França os aliados tiveram
que evacuar o porto de Narvik, não sem ás custas da perda do navio de transporte
Glorious, Hitler restabelecia assim em janeiro de 1941 a rota do minério de ferro sueco,
passando por Narvik.

Pelo despreparo alemão da guerra de mar no ano de 1941 devido aos constantes
conflitos com a marinha inglesa, a marinha alemã estava reduzida a cerca de três
cruzadores e quatro destróieres, a ocupação alemã duraria cerca de cinco anos, porém a
duras penas ao exercito alemão causadas pela resistência organizada pelo General Ruge e
pelos ataques ingleses, como o das ilhas Lofoten e de Vaagso. Tendo em vista estes
acontecimentos a Alemanha ganhava fontes inesgotáveis de minérios e bases militares de
apoio para atacar a Grã-bretanha

Soldados Ingleses antes da retirada

71
A Frota Alemã encarregada da invasão a Noruega

Comandante-chefe: vice-almirante Lutjens


Agrupamentos Oeste: almirante Saalwachter
Agrupamento Leste: almirante Carls
Divisão independente, encarregada da proteção do conjunto: barcos de linha Gneisenau e
Scharnhorst
Grupo I - Narvik: 10 contratorpedeiros. 2000 homens (tropas alpinas)
Grupo II - Trondheim: cruzador pesado Admiral Hipper (10.000 tons); 04 contratorpedeiros,
um navio tanque. 700 homens.
Grupo III - Bergen : cruzadores leves Kolp (6000 tons) e Konigsberg (6000 tons), barco-
escola Bremse, 02 torpedeiros, 07 lanchas, um barco tanque, e transportes. 190 homens.
Grupo IV - Kristiansand e Adrendal: cruzador leve Karlsuhe (6000 tons), 03 torpedeiros, 07
lanchas, nave escolta Tsingtau (1970 tons) e 04 transportes. 1100 homens.
Grupo V - Oslo: cruzador pesado Blucker (10.000 tons), couraçado Lutzow (10.000 tons),
cruzador leve Emden (5400 tons), 03 torpedeiros, 08 caça-minas, 02 baleeiros, 02 barcos
tanques, 28 transportes, 1900 cavalos. 2800 veículos, 8200 tons de material. 16500
homens.
Grupo VI - Egersund: 04 caça-minas, um esquadrão ciclista.
Grupo VII - Korsor-Nyborg: barco escola Schleswig-Holstein (13.200 tons)
Grupo VIII - Copenhague: cruzador auxiliar Hansestadt Danzig, um quebra gelo. 1000
homens
Grupo IX - Middelfast: transporte Rygard, 10 caça minas, pesqueiros, rebocadores
Grupo X - Esbjerg e Tyboron: 24 caça-minas, lanchas
Grupo lança-minas: 04 lança minas e 04 caça-minas (oeste de Skajerrak)
Submarinos: 35 unidades divididas em 05 grupos: 05 diante da costa da Noruega, 03 na
zona das Shetland, uma na desembocadura este do Canal da Mancha.

Soldados alemães guardando o porto Norueguês

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Memorando do Governo alemão ao estado Norueguês

O governo do Reich toma desde já a seu cargo, durante esta guerra, a proteção do Reino
da Noruega.

Medidas que deverá adotar o governo da Noruega

1. Deverá avisar ao povo e ao exército que não se oponha às


tropas de ocupação alemã
2. Deverá ordenar ao exército norueguês para colaborar com
o exército alemão. Ficarão com suas armas se assim se
comportarem.
3. Os bens de que necessitem as tropas alemães para
garantir a Noruega contra o inimigo externo, como as
defesas da costa devem ser entregues sem danos.
4. Devem ser remetidos os documentos exatos dos campos
de minas que tenham sido colocados pelos noruegueses.
5. Black-out total do território norueguês
6. Os meios de comunicações devem ser postos à disposição
das tropas de ocupação.
7. Fica proibido aos navios de guerra e mercantes irem para
o exterior, assim como os aviões.
8. Os pilotos costeiros e os faróis permanecerão em atividade
9. O serviço de meteorologia deverá ser mantido.
10. Todo o serviço de notícias e correios ao exterior deverá
cessar.
11. A imprensa e a rádio serão censurados e estarão à
disposição do comando alemão.
12. Fica proibido a exportação de produtos indispensáveis à
guerra.

A Ocupação da Dinamarca

73
Na madrugada de 09 de abril, o Cruzador-auxiliar Hansestrat Danzig, escoltado por
dois patrulheiros entrou na baía de Copenhague, passou sem dificuldades pelas baterias do
forte que guardavam o porto e foi atracar junto ao molhe de Langelinie, bem ao centro da
cidade.

Cruzador-auxiliar Hansestrat Danzig.

No instante em que as forças de ocupação oriundas do navio ocupavam a capital,


brigadas compostas por forças motorizadas da Wehrmacht cruzaram a fronteira a na
Península da Jutlândia e se apropriaram das principais cidades e aeródromos do país. Sem
encontrarem resistência combativa, tendo os principais portos sido ocupados por navios da
Marinha alemã, a concretização da ocupação ocorreu o mais calmamente possível.

O rei Christian, considerando que toda a resistência era inútil, e para evitar um
massacre as suas tropas ordenou ao comandante-chefe do exército general Pyor, que seus
soldados depusessem as armas. Relata-se somente a morte de um guarda palaciano.

Em Teoria a força bélica que a Dinamarca poderia colocar em combate com as


tropas invasoras era de aproximadamente 150.000, sendo que somente 11.000 homens
estavam prontamente treinados. Dificilmente poderia opor resistência ao invasor que se
lançaram ao assalto com cerca de 40.000 a 50.000 homens. Apenas a Guarda Real, em
Copenhague ofereceu breve resistência, sendo prontamente dominada por volta das 16: 00
H, pelas quatro horas da tarde a Dinamarca estava sob total controle alemão.

Na manhã do dia seguinte o Rei solicitou á população que evitasse a resistência afim
de se salvar o país dos desastres da guerra. Entre as tropas alemãs houve 20 baixas,
contando mortos e feridos.

74
Bélgica, Holanda, França e Luxemburgo

O plano de ataque alemão ao território Francês (Plano Amarelo), em sua concepção


original estava estaria seguramente fadado ao insucesso se o ataque fosse desfechado
diretamente a fronteira defendida pelas fortificações da Linha Maginot. E qualquer invasão
realizado pela infantaria e por grupos blindados com destino as Ardenas teriam que desviar
das defesas destas fortificações.

De acordo com uma ordem de operações do alto comando alemão em 29 de outubro


de 1939, as operações para invasão ao território Francês deveriam ser realizado pelo Norte
pelo Grupo de Exércitos B, sob o comando do General Fedor Von Bock. Composto por 04
exércitos, com um total de 43 divisões, sendo 10 divisões panzer. O 18º exercito ficou
incumbido de cruzar a fronteira Holandesa, o 6 º exercito partiria ao norte de Liegi em
direção a Bruxelas e o 4º partiria ao sul de Liegi para alcançar a Linha de Somas e a costa
do canal da Mancha, tendo o 2º exercito permanecido inicialmente na reserva.

“O General de infantaria Fedor von Bock, nasceu na cidade alemã de


Küstrin em 03 de Dezembro de 1880. Em 1938, von Bock coordenou a invasão da
Tchecoslováquia. E em 1939, comandou o Grupo de Exércitos Norte na invasão da
Polônia, na ocupação ao território russo durante a operação Barbarossa comandou
o Grupo de Exércitos do Centro, faleceu em 4 de maio de 1945 após um ataque
realizado por caças ingleses, com o posto de Marechal de Campo, tinha então com
64 anos”.

Ao Centro ficou Grupo de Exércitos UM, tendo em seu comando General Gerd Von
Rundstedt. Composto por 02 exércitos tendo por incumbência cobrir o lado Sul do Grupo B
que avançaria pelas Ardenas, para isso alcançaria o passo de Mossa usando 22 divisões. O
12º exercito avançaria pelo Sul da Bélgica e Norte de Luxemburgo cruzaria o Mossa em
Fumay e continuaria até Lion estabelecendo uma linha defensiva para proteger o avanço do
Grupo de Exércitos B. O 16º Exercito entraria ao sul de Luxemburgo avançaria até o Mossa
e estabeleceria posição ao sul de Aipo frente á linha Maginot.

“O General Karl Rudolf Gerd von Rundstedt, nasceu na cidade de Aschersleben na


soxonia aos 12 de dezembro do ano 1875 , retirou-se da ativa em 1938 em
protesto pela investigação feita pela Gestapo ao comandante-em-chefe do
exército alemão, Marechal Werner von Fritsch, retornou ao Exército em Setembro
de 1939 para comandar ao lado do general General Fedor von Bock a invasão a
Polônia, em junho de 1941 galga o posto de marechal, von Rundstedt participou
da Operação Barbarossa, no comando do Grupo de Exércitos Sul, onde liderou 52
divisões de infantaria e sete divisões blindadas panzer, no final da guerra, em 01
de maio de 1945 foi feito prisioneiro tropas norte-americanas, tendo sofrido um
ataque cardiaca durante seu interrogatorio, foi enviado a Inglaterra e mantido
prisioneiro no Pais de Gales após ser indicado por crimes de guerra. Foi
posteriormente libertado em julho de 1948, vindo a falecer aos 24 de fevereiro de
1953 na cidade de Hannover”.

75
General Karl Rudolf Gerd von Rundstedt

Segundo os depoimentos do próprio Rundstedt após a guerra, se durante a


campanha da Pôlonia, uma invasão anglo-francesa na Alemanha teria sido esmagadora.
Pelo simples fato de que, entre muitos outros: não havia na Alemanha munição de
infantaria que durassem por mais de duas semanas de campanha. A de artilharia era ainda
mais escassa, o que existia era pura propaganda, o que resultou em tempo para que tais
artefatos fossem confeccionados a tempo para as invasões posteriores.

76
No lado Sul ficaria o grupo de Exércitos C, o qual estava sob as ordens do General
Ritter Von Leeb. Composto pelos 1º e 7º exércitos, sendo que estes estacionariam 18
divisões frente á linha Maginot, tendo por missão imobilizar as numerosas divisões francesas
ali destacadas.

Ás 07:30 H do dia 10 de Janeiro de 1940, Hitler comunica as suas ordens para


preparar a invasão ao território francês ao chefe do estado-maior do exercito alemão
general Franz Halder. Porém na noite de 10 de janeiro uma forte tempestade desorientaria
o piloto de um avião alemão da Luftwaffe que havia decolado de Munster com destino ao
comando da 2ª Frota Aérea sediado na cidade de Bonn e no qual viajava o oficial de ligação
das forças aerotransportadas major Helmut Reinberger, o major Reinberger fora designado
pelo próprio general Student, comandante-em-chefe das Forças Pára-quedistas Alemãs para
discutir pequenos detalhes sobre o apoio da 2ª Força aérea para a invasão a França, com
ele estava partes do plano para a invasão, por horas o piloto tentou estabelecer sua real
posição, mais os fortes ventos e a baixa visibilidade sob o Reno o levaram para dentro do
território Belga, já sem combustível o piloto viu-se obrigado a pousar nos campos de neve
nas proximidades da cidade belga de Machelen-sur-Meuse, sendo o major Reiberger e seu
piloto capturados pelo exercito Belga antes que pudessem queimar todos os documentos,
tendo partes do plano caído nas mãos de seus captores. Na mesma noite do dia 10,
informação repassada pelo adido aeronáutico alemão na Bélgica avisava que o rei Belga
havia passado horas em conversa telefônica com a Rainha Holandesa. O que certamente
confirmaria aos generais alemães que o plano havia sido descoberto.

77
No dia 13 de Janeiro Hitler convoca seus Generais e inesperadamente permaneceu
calmo e controlado ao decidir cancelar a invasão baseada no plano amarelo, porém decide
usar um segundo plano, sendo que o mentor deste plano era o brilhante general do Exército
alemão Von Manstein.

Ao longo da fronteira holandesa estava posicionado o Grupo de Exércitos B, sob o


comando do general Fedor Von Bock, o grupo B era composto pelo 18.º Exército (Küchler)
frente à Nimega; Venlo, Roermond, o 6º (Reichenau), frente ao distrito de Masstricht.

O Grupo A se estendia desde Aquisgrán até o Sarre. Estava sob as ordens do general
Gerd Von Rundstedt, era composto pelo 4º Exército (Kluge), pelo 12.º (List) e pelo 16.º
(Busch).

O Grupo de Exércitos C, tinha a sua frente o general Wilhelm Ritter Von Leeb, fazia
parte o 1º Exercito(Witzleben), posicionado entre o Sarre e o Palatinado, o 7º(Dollmann)
estabelecido na região entre Ettlingen e Basilea. 0 2º (Weichs) e o 9º (Blaskowitz)
Exércitos formavam um grupo de reserva

Na madrugada do dia 17 de janeiro 135 divisões da Wehrmacht oriundas dos


exércitos dos generais Fedor Von Bock e Gerd Von Rundstedt lançaram-se na execução do
plano do Plano amarelo”B”. Três dias mais tarde por solicitação de General Von Manstein ao
próprio Hitler foram acrescentadas 07 divisões Panzer com 1.500 tanques as forças do
General Rundstedt. Tais divisões deveriam cruzar a então intransponível região das
Ardenas. E ao Grupo de Exércitos UM também fora acrescentado o 12º exército que teria o
objetivo de cruzar a Bélgica e posicionar-se a retaguarda do 2º exército do Grupo de
exércitos B.

Os grupos de exércitos alemães tinham um total de 140 divisões, 3.842 aviões


distribuídos entre a 2ª e 3ª força aérea e 2.850 carros de combate, os quais eram inferiores
em blindagem aos carros aliados, mais de uma enorme superioridade em agilidade e
velocidade.

Esta imensa organização de forças reunidas para executar o plano de ataque


proposto pelo general Von Manstein tinha conseguido um conhecimento muito preciso da
estruturação das forças inimigas que viriam a enfrentar, era sabido pelo alto comando
alemão que as forças Franco-Britanicas, estavam divida em três Grupos de Exércitos. Sendo
que o 1.º grupo ficava sob as ordens do general Gaston-Hervé Billotte, se estendia ao longo
da fronteira Belga e era composto pelo 7º Exército (Giraud), 1º (Blanchard), 9º (Corap) e o
2º (Huntziger) também fazia parte deste grupo 22 divisões Belgas e 12 Holandesas. O
Corpo expedicionário Britânico (Gort) estava posicionado entre Giraud e Blanchard. O 2º
Grupo de exército sob o comando do general Gaston Prételat do qual fazia parte o 3º
Exército (Condé), o 4º (Réquin) o 5º (Bourret), que ocupava parte das fortificações da
Linha Maginot. O general Georges Besson, chefiava o 3º Grupo, encarregado de defender o
setor de Sélestat a Belfort juntamente com o 8º Exército (Garchery) e o 6º (Touchon). Tais
forças compreendiam um total de 137 divisões e 3.142 carros de combate e cerca de 2.250
aviões.

A 10 de abril, o governo Belga resolve cancelar todas as licenças de seu exército. A


Holanda também começa a reforçar suas tropas nas áreas fronteiriças de Limburg e Bradant
a 12 de abril e a inundar a região em torno de Utrecht. Declara lei marcial em certos
distritos; e a 19 de abril o estado de sítio foi estendido a todo o país. Ambos os paises já se
preparavam para uma possível invasão alemã.

78
No dia 07 de Maio ambos os governos Holandês e Belga são informados de que os
alemães estavam concentrando tropas rapidamente em pontos-chave ao longo de suas
fronteiras.

Ás 21: 00 h de 09 de maio Hitler deu a ordem ““Danzig!”. Ao general Keitel, era a


autorização para a invasão da Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Hitler por conveniência
causada por parte da Força Britânica ao cruzar o Rio Lys, ao longo da fronteira franco-
belga. Assim, o Fuher já havia anunciado uma desculpa para invadir a França, antepondo-se
a impedir a nítida intenção das forças britânicas e francesas de invadir os Países Baixos.

A invasão dos Países Baixos pela Alemanha, ocorreu na madrugada de 10 de Maio


de 1940, terminando assim a "guerra falsa". Quando 10 unidades blindadas e 135 de
infantaria alemãs oriundas do Grupo de Exércitos B, sob o comando dos generais Von
Küchler e Von Reichenau deslancharam sua ofensiva contra a Holanda e a Bélgica.Tal
ataque foi precedido por 500 bombardeiros da Luftwaffe (parte de um total de 3.868 aviões
que Göring reuniu para enfrentar cerca de 2.600 aliados), que bombardearam estradas,
ferrovias, campos de pouso e aeroportos (47 no norte da França, 15 na Bélgica e 10 na
Holanda).

Tropas se mobilizando antes da invasão alemã

79
Às 05:00 h de 10 de maio, por ordem do general Halder divisões inteiras da
Wehrmacht atravessam a fronteira, sendo tão logo apoiadas por cerca de 3.000 aviões
pertencentes a varias esquadrilhas da Luftwaffe que atacaram de surpresa os aeródromos
do norte da França, Bélgica e Holanda, seu objetivo primário era destruir em terra os aviões
aliados baseados nesses paises e assim assegurar a total supremacia aérea como a que
ocorrera meses antes na Noruega. Ao mesmo tempo foram lançados sob solo belga e
holandês cerca de 4.500 pára-quedistas e 20.000 soldados aerotransportados. O objetivo
maior agora seria tomar a Fortaleza Belga de Eben-Emael. Para garantir tal superioridade os
pilotos alemães conseguiram destruir um total de 210 aeronaves (83 belgas, 62 holandeses
e 65 franceses).

De forma espetacular, um ataque aéreo desfechado contra a Holanda, alcançou o


objetivo de conquistar as pontes sobre o largo estuário do Mosela. O objetivo Alemão era
dividir a Holanda ao meio antes da chegada de tropas aliadas. A ousadia da ofensiva alemã
provocou um grande espanto entre os militares holandeses. Tendo somente o batalhão
sediado na cidade de Haya conseguido rechaçar o ataque alemão conduzido pelo general
conde de Sponeck.

Fortaleza Belga de Eben Emael

“A fortaleza Eben Emael, fora construída seguindo a doutrina


francesa de fortificações, sua construção data entre os anos 1932
e 1935, ficava situada a cerca de 24 quilômetros de Liege e a
cerca de quatro quilômetros de Maastricht. Fora construída para
bloquear a passagem do canal Alberto através de quatro pontes:
Lanaye (a Sul), Cane (a Norte), Vroenhoven e Veldwzelt. O canal
Alberto tinha ligação com Meuse em Antuérpia. A fortaleza possuía
um fosso anticarro que a rodeava, com uma muralha de três
metros de altura, tinha também sete bunkers; Todos os bunkers
estavam unidos por sete quilómetros de túneis, com alojamento
para uma guarnição de 1200 homens, que incluíam 500 soldados
de artilharia e 200 responsáveis por questões técnicas, cada
Bunkers, por sua vez, com um canhão de 60mm, duas
metralhadoras, refletores, lança-granadas e cúpulas blindadas de
observação. Sua proteção era realizada por duas baterias, a
primeira constituída por duas cúpulas (norte e sul) que
correspondiam a duas torres giratórias cada uma com dois
canhões de 75mm, e a segunda constituída pelas instalações
Maastricht 1 e 2 e Vise 1 e 2 compreendiam os blocos I, II, IV, V,
VI, canal a Norte e canal a Sul. As instalações da segunda bateria
eram defendidas por três canhões de 77mm. Ao centro estava a
cúpula 120 equipada com canhões duplos de 120mm. Tais
canhões de 120mm e 75mm tinham um alcance de 17,5 km e 11
km, respectivamente. Teoricamente a fortaleza auto-suficiente;
tinha geradores de eletricidade, bombas de água, cozinhas, casas
de banho, chuveiros, um hospital, depósitos de gasolina e paiol.
Mas por não possuir na época de sua construção engenheiros e
técnicos especializados para este tipo de fortificação, os belgas
haviam contratado os alemães, o que seguramente dava ao
exército alemão durante a invasão o conhecimento das plantas da
fortaleza.

80
Conhecendo bem as plantas da fortaleza e tendo que efetuar um rápido
desembarque em uma aérea medindo 900 metros de Norte a Sul e 800 de Oeste a Este
com o mínimo de baixas possíveis, os comandantes alemães encarregados de executar a
operação da tomada da Fortaleza Belga, decidiram que o desembarque seria realizado por
uma pequena e bem treinada unidade de 81 Fallschirmjäeger (pára-quedistas) da Luftwaffe
e deveriam desembarcar de planadores, visto que tais aparelhos não seriam ouvidos e
percebidos até o momento do desembarque dentro da fortaleza. Pegando os 1200
defensores do forte despreparados.

Para comandar o desembarque foi nomeado o capitão Koch. E o primeiro-tenente


Rudolf Witzig seria o comandante-chefe do destacamento do batalhão de Infantaria Pára-
quedista encarregado do ataque. Foram necessários seis meses de duros treinos nas
localidades Hildesheim, próximo de Hannover e posteriormente nos Sudetos para que os
pára-quedistas alemães conseguissem satisfatoriamente executar a missão, sendo que a
nenhum deles foi comunicado qual seria e como seria realizada tal missão, no intuito de
evitar vazamento de informações que viessem a prejudicar a operação ou colocar em risco o
próprio desembarque.

Ás 04:30 h do dia 10 de Março de 1940 o grupo de 86 pára-quedistas divididos em


11 planadores TSS 230 decolou dos Aeródromos de Ostheim e Butzweilerhof com destino ao
objetivo principal, à unidade Sturmabteilung Koch, foi dividida em quatro grupos: o Stahl
(Aço), com nove planadores e tinha o objetivo de conquistar a ponte de Veldwezelt. O
grupo Konkret (Betão) tomaria a ponte de Vroenhoven. O grupo Eisen (Ferro) composto
por dez planadores, tinha como alvo a ponte de Canne. O grupo Granit (Granito),
constituído por onze planadores e 84 sapadores, ficou incumbido de tomar de assalto à
fortaleza de Eben Emael. Tal missão deveria ser rápida e objetiva, portanto seriam usadas
armas como lança-chamas, granadas, cargas de perfuração e armas ligeiras.

Informações posteriores alegam que as defesas antiaéreas belgas postadas na


fortaleza avistaram os planadores alemães por volta das 05:00 h da manhã, porém não se
sabe o motivo pelo qual não abriram fogo, o primeiro planador a atracar no pátio da
fortaleza foi o nº08 seguido prontamente seguido pelo nº. 05 próximo ao Bloco IV e o
planador 03 que tomou a Maastricht 01, o próximo planador desceu às cinco e meia, era o
planador 01 que desceu na Masstricht 02, tendo o general de brigada belga Vertbois
falecido durante este ataque, em pouco tempo a fortaleza estava ocupada pelas tropas
alemãs, sendo que somente a Cúpula Sul resistia ao ataque dos Bombardeiros Stukas,
dando tempo para que a 7ª Divisão de infantaria Belga avançassem sob as posições alemãs
na no bosque, somente após as 07: 00 da Manha do dia 11 de Março foi que tropas pára-
quedistas apoiadas pelo 51º regimento de engenheiros conseguiram romper as defesas
sitiadas na cúpula sul, sendo que por volta do meio dia os soldados que ainda resistiam ao
assalto alemão levantaram uma pequena bandeira branca e se renderam.

Do lado Alemão o assalto á fortaleza representou um grande sucesso militar, tendo


contabilizado 06 baixas e 15 feridos, os belgas sofreram 23 baixas e tiveram 53 militares
feridos em combate, foram levados 600 prisioneiros belgas para os campos alemães de
Fallingbostel, a força de ataque alemã logrou êxito em proteger e manter intactas as pontes
sob o canal Alberto as quais seriam muito úteis para o avanço das tropas alemãs rumo á
França. Tendo logo em seguida chegado os tanques do 6° Exército de Von Reichenau. Cujo
destino era a cidade de Bruxelas.

81
Tropas alemãs se preparando para o assalto a fortaleza Belga

Às 6:30h da manhã, o general Gamelin, comandante-chefe do Exército francês


recebeu um comunicado sobre o sucesso do ataque alemão e ordenou aos comandantes de
seus exércitos que avançassem para as devidas posições frente aos exércitos alemães. Ás
08:00 h 2 divisões blindadas Francesas já estavam em território Belga

Ás 13:00 h após a conquista do forte de Eben-Emael, ocorreu nas proximidades da


cidade de Dyle os primeiros combates entre os blindados do general Francês Prioux e os
tanques Panzer, sendo os blindados franceses facilmente destruídos pela extraordinária
potência de fogo dos Stukas da Luftwaffe, o que obrigou ao general Prioux a retirar sem
demora suas tropas para junto das forças do general Billotte e do Corpo Expedicionário
Inglês do General Gort.

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Neste mesmo instante começava também a invasão da Holanda, o general Von Boch
enviou o 39º Grupo Panzer do general Schmidt, com a 9ª divisão Panzer para assegurar o
controle sobre o sul da Holanda, O 16º Grupo Panzer do general Hoepner, com a 3ª e a 4ª
divisão Panzer deveria cruzar o Mossa nas proximidades de Masstricht e avançar até
Gembloux.
O grupo do general Von Rundstedt ficou encarregado de atravessar a região
coberta de matas das Ardenas e para lá deslocou o grosso das divisões panzer, o 15º Grupo
Panzer do general Hoth para o Mossa, O 41º Grupo Panzer do general Reinhardt para o
norte de Mésiére e o 19º Grupo Panzer do general Guderian com as 1ª, 2ª e 10ª divisões
Panzer atravessaria secretamente as florestas das Ardenas e chegaria ao Mossa. A 1ª
divisão Panzer cruzou a fronteira do Grão Ducado de Luxemburgo na região de Wallendorf
encontrando em seu caminho pouca resistência por parte da inexpressiva força
Luxemburguesa, e logo após penetraram em território Belga, as unidades panzer iniciaram
os combates mais precisamente em Bodange e Strainchamps onde uma divisão Blindada
belga tentou opor resistência a 2ª divisão alemã, mas devido á superioridade Bélica dos
Panzer foram logo vencidos.

No dia 11 de maio a 2ª divisão Panzer capturou os primeiros prisioneiros franceses


que defendia a cidade de Libramont, enquanto ás 15:15 do mesmo dia á 1ª divisão chegava
à cidade de Bartix, para na tarde do dia seguinte vencer uma unidade de cavalaria
pertencente ao 2º exército Francês no povoado de Bouillon. Neste mesmo dia O Regimento
Grossdeutschland pertencente a 10ª Divisão Panzer, entra em Choque com a cavalaria
francesa em Suxy. Pela Primeira vez canhões de assalto proporcionam apoio de fogo à
infantaria, a unidade alemã rapidamente destroe a artilharia francesa.

O ataque final a Cidade portuária de Roterdã ocorreu na manhã de 13 de maio pelo


18° Exército de Von Kuchler, que já se encontrava sitiado á 03 dias por tropas pára-
quedistas e pela 9ª DP (divisão Panzer), que dias antes havia conseguido empurrar de
volta para a zona de fronteira o 7° Exército francês do general Giraud, após intenso
bombardeio realizado por esquadrilhas de Stukas a guarnição holandesa se rendeu, fora
relatada a morte de aproximadamente 800 civis. No dia 14 de maio, o general
Winckelmann, comandante do Exército holandês, ordenou a suas tropas a rendição aos
alemães.

Serviço de comunicação alemão informando sobre as vitórias no front.

83
Na tarde de 12 de Maio 44 divisões do Grupo de exércitos de Rundstedt, com mais
de 1.500 tanques, acabavam de cruzar as densas florestas das Ardenas, e chegam de
surpresa nas margens do Mossa, sendo que os primeiros combates ocorreram na
madrugada de 13 de maio na cidade de Belga de Dinant, quando as tropas de assalto da
7ª DP, do general Erwin Rommel, conquistaram a primeira cabeça de ponte na margem
esquerda do Mossa.

As 16: 00 h do dia 13 de Maio as unidade do general Guderiam com o apoio maciço


de cerca de 700 Stukas, Dou 17 e HE 111 da Luftwaffe que durante 04 horas castigaram as
posições da 55ª infantaria francesa do general Lafontaine, de um só golpe esmaga as
unidades francesas encarregadas de defender o Mossa entre Sedan e Dinants, sendo
seguido pela 7ª divisão panzer do general Hoth o qual respondia ao General Rommel. No
mesmo dia e sem maiores dificuldade encontradas a 10ª divisão Panzer alcançou a cidade
Wadelincourt onde estava posicionada a 71ª divisão de infantaria Francesa com seus
canhões de 75 mm que frente ás tropas alemãs bateram em retirada. Após intenso
bombardeio as tropas de assalto do regimento de infantaria Grossdeutschland transpõe o
rio e estabelecem na margem oposta uma cabeça de ponte possibilitando que três DPs
atravessassem o Mossa separando as forças aliadas francesas e belgas das fortificações da
linha Maginot.

Linha Maginot

A Linha Maginot (ligne Maginot em homenagem ao ministro da


guerra André Maginot,) era uma linha de fortificações com o
objetivo de defender a França ao longo de suas fronteiras com a
Alemanha e a Itália, sua construção data mais precisamente entre
os anos de 1930 e 1936. fora construida pela STG (Section
Technique du Génie), sob a supervisão da CORF (Commission
d'Organisation des Régions Fortifiées). A linha Maginot era
composta de 108 edificações principais, conhecidos como fortes,
separados por 15 km de distância uns dos outros, também era
constituida de edificações menores e casamatas, e por mais de
100 km de galerias. Sua construção foi interrompida a 20 km a
leste de Sedan, na localidade de Montmédy, frente à fronteira
alemã, ao Grão-Ducado de Luxemburgo e a uma parte da fronteira
franco-belga, suas defesas mais fortes estavam localizadas no
segmento Longuyon-Lauterbourg. Sua maior falha operacional foi
o fato de não se estender até ao Mar do Norte, bloqueando assim
toda e qualquer brecha fonteiriça. Linha Maginot, era para o alto
comando francês inexpugnavel, militarmante defia somente a
fronteira com a Alemanha, deixando em aberto a fronteira Belga
territorio pela qual já fora usado por tropas alemãs para atacar
solo francês em guerras passadas. Seus fortes estavam equipadas
com suprimentos e munições, com conforto e comunicações para
resistir a qualquer sítio. Seus poderosos canhões estavam voltados
para a fronteira alemã e foram istalados entre proteções de aço e
concreto impenetráveis. Para defender tal linha o exercito francês
havia designado 26 divisões

84
A 1ª divisão Panzer era constituída de 161 Panzer tipo I e II, e 98 Panzer tipo III e
IV, a 2ª divisão era formada por 175 Panzer I e II e por 90 Panzer tipo III e IV, enquanto a
10ª divisão dispunha de 185 Panzer tipo I e II e por 90 tipos III e IV. Enquanto a 7ª divisão
possuía 110 Panzer de 38t ambos fabricados na Tchecoslováquia ocupada pela SDK (
Ceskomoravska Kolben DaneK).

Na noite de 13 para 14 de Maio de 1940 a batalha do Mossa estava completamente


decidida em favor das tropas alemãs. No total durante o ataque principal a Whermacht
utilizou 42 divisões, incluindo uma coluna blindada de mais de 160 quilômetros de
comprimento cruzaram a região das Ardenas e a fronteira francesa, chegando a atravessar
completamente o rio Mossa no dia 14. a única defesa postada para enfrentar as divisões
alemãs foram, 2 divisões francesas mal equipadas e totalmente despreparadas, sendo
compotas por reservistas e antigos soldados locais, ao longo da linha Louvain-Namur-
Pinant-Sedan, ficava estacionado parte do nono exército francês, os tanques sob o comando
do General alemão Von Kleist e os terriveis bombardeios dos Stukas durante seu avanço
aniquilou estas tropas em uma única batalha.

Na manhã do dia 15 o General Touchon do 6º exército francês desloca suas tropas


na tentativa de preencher a brecha existe entre o 2º e o 9º exército, porém não obtiveram
êxito, e no dia 16 o 41º BCC francês com seus tanques B1Bis lançaram-se ao ataque contra
a 10ª divisão Panzer na localidade de Stonne tendo em primeiro momento conseguido
destruir vários tanques panzer tipo IV e a morte de Aproximadamente 100 soldados
alemães, porém foram vencidos no dia seguinte com a chegada de uma divisão de
Infantaria alemã. O armistício com a Holanda foi firmado em Rotterdam no dia 15 de maio
ás 11:45 horas. Enquanto componentes do exército alemão ainda avançavam sobre as
regiões de Zelande e Amberes No dia 16 as unidades de Guderian e Rommel puderam
avançar mais rapidamente pois agora o terreno lhe era favorável e a artilharia francesa não
mais lhe preocupava, mas por ordem direta, primeiro do general Kleist e depois do próprio
Fuher tiveram que deter o avanço, pois o estado maior alemão via com certa desconfiança
as facilidades encontradas nos últimos dias e achavam que os Aliados estavam preparando
uma armadilha para as tropas alemãs.

85
Tanques da Whermacht na travessia das Ardenas

Em 17 de Maio o General De Goule, comandante do 4º exército DCR francês


fracassa ao empreender um desorganizado contra-ataque a unidades alemãs, possibilitando
que por volta das 9:00 da manhã do dia 18 á 2ª divisão Panzer rompesse a ultima linha de
defesa Francesa na cidade de St-Quetin, tendo no mesmo dia a 1º divisão de Guderian
capturado vários oficiais Franceses na localidade de Peronne.Mais ao norte na localidade de
Lê Cateau o general Rommel travava fortes combates com remanescentes do 2º exército
francês equipados com tanques B-1Bis, mesmo desprovido de combustível necessário para
atacar o general Rommel saiu-se vitorioso, tendo somente como obstáculo para alcançar o
mar duas divisões territoriais Inglesas, a 12Th e a 23 Rd, inexperientes em combate e mal
equipadas.

O General De Goule voltou a cometer novo erro contra tropas alemãs no dia 19 de
maio quando seu 4º exército equipado com 150 B-1Bis atacou divisões alemãs na localidade
de Crecy, sendo rechaçados pelos ataques da Luftwaffe.

Na manhã de 19 de Maio o alto comando da forças britânicas no lado francês do


canal da mancha sob o comando do general Lorde Gort informou a Churchill através de um
telefonema urgente que exército francês no oeste estava se dispersava dos demais
exércitos e que tropas alemãs se precipitavam rumo ao canal; era preciso tomar uma
decisão sobre a sorte de todo o exército britânico no outro lado da Mancha. O primeiro
ministro britânico era sabedor que havia divergências de opiniões entre o general Gort e o
general Edmund Ironside (chefe do estado-maior geral imperial) quando aos planos de ação
das forças britanicas. A opinião do General Gort era de conduzir as tropas para os portos no
canal da mancha afim de facilitar uma possível retirada para solo britânico, enquanto o
general Ironside pretendia deslocar-se mais ao sul, principalmente atrás do Somme para
juntar-se ás forças francesas que ali se reagrupavam. Com a real dispersão do exército
francês, ficou claro que o plano do general Gort era o mais acertado para aquele
momento.Ás 04:00 do dia 20 o general Guderian empreendeu novo avanço, chegando ao
meio dia a Amiens, onde suas tropas encontram e aniquilaram o Royal Sussex Regiment.
Alçando o canal da mancha guderian conseguira cortar as comunicações entre o exercito
Belga e os Aliados.

86
Soldados Alemães em combate nas Margens do Somme

Tornou-se claro aos comandantes das Forças Expedicionárias Britânicas que Hitler
tinha intenção de cercar e aniquilar as “BEF” e seus aliados e assim evitar sua retirada
juntamente com contingentes franceses para território britânico, agora seria apenas um
questão de tempo, o vencedor nesta luta de gato e rato seria aquele que primeiro
alcançasse o porto de Dunquerque. O primeiro grupo alemão a chegar às proximidades do
porto foi XLI Corpo blindado (Reinhard) que se estabeleceu a cerca de 30 km de distancia
de Dunquerque, porém de um só golpe o 4º e o 6º exércitos alemães conseguiram separar
o exercito Belga das tropas Inglesas entre as localidades de Lila e Thielt , posteriormente a
estes acontecimentos o exército Belga não estava mais em condições de prosseguir lutando,
no dia 28 de maio, por ordem do rei Belga Leopoldo III e de seu chefe de Estado Maior
general Oscar Michiels, o general Jules Derousseaux assinou a capitulação do exercito
Belga. Durante a ocupação alemã em solo belga, tempo este que durou até outubro do ano
de 1944, foram deportados aproximadamente 18.000 cidadões belgas para os campos de
concentração alemães, a alegação dada era para conter as atividades de resistência; no
total mais de 24.000 judeus belgas morreram durante o Holocausto; e cerca de 140.000
belgas foram obrigados a trabalhos forçados na indústria de armamentos alemã.

87
Forças belgas

Em 23 de Maio tropas alemãs chegam à localidade de gravelines. E na madrugada


do dia 24 de maio as divisões blindadas alemãs (1ª Panzerdivision) chegaram ao Canal A, a
16 km de Dunquerque. O exército do general Reinhardt (XLI Panzerkorps composto pela 6ª
e 8ª Panzerdivionen) avançou até o canal Aire St. Omer-Gravelines, sendo que nesta
localidade recebeu ordem de deter seu avanço. O general Alfred Jodl, leal confidente de
Hitler, escreveu em seu diário que o Führer estava “fora de si” de alegria, quando em 8 de
setembro de 1939 após a invasão a Polônia Hitler confidenciará aos Generais Halder e Jodl
que esperava que os ingleses mudassem de idéia quanto a devolver antigas colônias e a
aceitar uma proposta de paz assim que tivessem suas tropas cercadas no canal da mancha.

Blindado alemão Panzerkampfwagen II

88
Na noite de 23 de maio, uma quinta-feira -, Churchill após notificar o rei Jorge VI o
plano de retirada, o alto comando na Inglaterra ordenou os preparativos para a evacuação
pelo porto de Dunquerque.

Um fato contraditório, e até hoje sem explicação de fonte confiável, foi à atitude
tomada pelo Fuher 2 dias antes dos britânicos iniciarem a evacuação de tropas pelo porto
de Dunquerque, Hitler tomou a inesperada decisão de deter as forças alemãs a poucos
quilômetros das margens do canal da manca mais precisamente na data de 24 de maio,
sexta-feira, dezoito minutos antes do meio-dia, Hitler ordenou ao general Rundstedt que
detivesse o avanço das vanguardas em direção a Dunquerque, a ordem fora enviada em
linguagem clara, sem código. Ao que parece com o claro objetivo de que fosse
interceptaram pelos britânicos. Por ironia as tropas do General Guderian estavam a menos
de 15 do porto, a ordem segundo relato valia principalmente para o porto de Dunqueque,
porém havia outros portos tais como Boulogne, Calais, e Ostende.

Certos fatos levam a crer que o general Rundstedt juntamente com os generais
Ewald Von Kleist e Günther Von Kluge eram favoráveis à ordem imposta por Hitler, tinham
para eles o conteúdo necessário para se reorganizarem e prepararem para eventuais
contra-ataques, pois eram conhecedores dos erros cometidos durante a primeira grande
guerra, principalmente nas cercanias do porto de calais, porém o comandante-em-chefe do
exército general Walther Von Brauchitsch apoiado incondicionalmente pelo general Heinz
Guderian tentou em vão persuadir ao general Rundstedt a prosseguir rumo a dunquerque a
toda velocidade. Tanto guderian quanto Brauschitsch e até mesmo Rundstedt sabiam que
Dunquerque ficaria para a Luftwaffe, portanto é correto afirmar que ambos Luftwaffe e
Wehrmacht queriam a gloria da conquista e destruição do porto de Dunquerque juntamente
com a aniquilação das tropas em retirada.

O porto francês de Boulogne foi capturado por tropas alemãs na manhã de 24 de


Maio, sendo necessário à utilização de oito contratorpedeiros para a retirada dos
sobreviventes da guarnição formada por tropas britânicas e francesas que por 2 dias
conseguiram resistir aos bombardeios da Luftwaffe.

O Porto de Calais localizado a 40km de Dunquerque seria o próximo a ter suas


guarnição retirada, fato que ocorreu com a chegada, às duas horas da madrugada do dia 24
de maio da ordem de evacuação, a evacuação começou ás nove horas com a saída do
grande navio City of Canterbury abarrotado de tropas britânicas, partia crivado de projeteis
com destino a cidade de Dover. Posteriormente foi seguido pelo navio Kohistan, que
conseguiu zarpar das docas de Calais às onze e meia após as tropas restantes terem
incendiado os tanques de combustível e todo armamento restante.

O Reichsmarschall Hermann Göring pessoalmente convence Hitler a ordenar que as


tropas alemãs interrompam seu avanço rumo ao porto, justificando que os esquadrões da
Luftwaffe seriam suficientes para aniquilar a retirar aliada. Anos mais tarde o General Hans
Jeschonnek amigo pessoal de Goering confidenciou que o Fuher havia dito que “O exército
é a espinha dorsal da Inglaterra, ... Se o destruirmos, acaba o Império Britânico. Nós não o
herdaríamos nem poderíamos herdá-lo.... Meus generais não entenderam isso". “Na época
da evacuação chegou a se pensar que Hitler queria poupar os britânicos de uma derrota
humilhante”. Em termos militares Hitler cometeu um erro militar imperdoável, o que
posteriormente ficou evidente. A conseqüência da evacuação das forças aliadas foi permitir

89
que elas estariam prontas para repelir as freqüentes tentativas de invasão alemã contra o
território britânico, o que contribuiu para a total derrota alemã.

No dia 30 de maio a 29ª divisão de infantaria motorizada, a Grossdeutschland se une


novamente ao XIX Panzerkorp e prepara o cerco ao porto de Dunquerque.

Frente a eminente ocupação alemã restava agora à retirada das tropas aliadas para
território Inglês e tal retirada deveria ser empreendida pelo porto de Dunquerque, para
ajudar na proteção da retirada foram enviados centenas de caças inglesas, os quais
deveriam impedir a ação da 2ª Frota aérea (Kesselring). Seriam retirados um total de
471.100 militares, cabendo ao almirante Francês Abrial dirigir os movimento de evacuação
em 04 de junho de 1940.

Tropas sendo retiradas no porto de Calais

90
2 Aviões Stuka em um sobrevôo

O primeiro grande ataque aéreo contra as tropas sitiadas no porto de dunquerque só


ocorreu no dia 29 e maio e foi se intensificando nos três dias seguintes. Os ataques
realizados por unidades da luftwaffe durante a evacuação foram executados por cerca de
300 aparelhos bombardeiros e por 500 caças, a RAF ficou com a finalidade de proteger a
retirada dos militares sitiados e para cumprir tal missão utilizou-se de seu mais moderno
caça o Spermarine Spitfire os quais estavam baseados ao sul da Inglaterra, durante os dias
que se seguiram a Lufhwaffe logrou êxito em destruir 243 navios, incluindo 8 Destróieres e
8 navios de transporte de tropas, 106 caças e 77 bombardeiros, contra uma perda de cerca
de 140 aviões.

Em Junho após a retirada das ultimas unidades aliadas, deixaram para traz um porto
totalmente destruído e apinhado de cadáveres , a RAF contabilizou ter abatido 140
aeronaves da Luftwaffe contra a perda de 106 aparelhos, tendo conseguido proteger a
evacuação de aproximadamente 338.662 militares inglês e 123.095 combatentes franceses,
porém não lograram êxito em retirar 40.000 soldados franceses sob o comando do general
Fagalde que caíram prisioneiros de unidades alemãs. O exército alemão haviam aprisionado
330.000 militares franceses e belgas. As tropas que abandonaram o porto deixaram na
praia todo seu equipamento o que rendeu aos alemães 7.000.000 kg de munição, 90.000
fuzis, 120.000 veículos, 8.000 canhões e 400 armas antitanque.

91
Terminada esta fase as tropas alemãs havia conseguido destruir e ou capturar 75
divisões, um total 1.200.000 militares aliados mortos ou estavam feridos, do lado alemão
contabilizaram 10.225 mortos, 42.523 feridos e aproximadamente 8.643 desaparecidos em
combates.

Depois de encerrados os combates nas cercanias de Dunquerque, as unidades


alemãs são reagrupadas para empreender nova jornada rumo ao norte de Paris, próximo
aos rios Caen e Aisne onde havia se estabelecido 70 unidades francesas, 5 britânicas e 2
polonesas, o ataque alemão a esta região foi previsto pelo GQG francês para 10 de junho.
Porém no dia 5, às 5h da manhã, a artilharia alemã abre fogo, os Stukas mergulham sobre
as posições francesas despejando toda sua potencia de tiro e os tanques surgem na terra-
de-ninguém, as forças aliadas resistiram por 2 dias ás investidos das unidades panzer ao
longo do Somme e do Aisne, ao fim do segundo dia unidades blindadas do general Hoth
romperam as defesas na região de Rouen, terminando assim de esfacelar as já castigadas
tropas francesas, o exército francês havia perdido mais de 30 divisões e quase todos seus
blindados estavam fora de combate, do lado alemão grande parte de suas tropas de
infantaria ainda não havia entrado em combate e suas divisões paz estavam agora
reabastecidas, os bombardeiros da eficiente luftwaffe haviam conseguido destruindo
diversas unidades aliadas e por conseqüência suas linhas de comunicação e suprimentos,
fazendo com que o resto dos exércitos franceses dispersasse em todas as frentes de
combate. Portanto o caminho para Paris já não encontra mais defesas capaz de fazer
frente ao poderoso exército alemão do general Von Bock.

Às 16 horas do dia 10 de junho, o embaixador francês André Françoi-Poncet lotado


em Roma e sir Percy Loraine, tendo Poncet telefonado a Reynaud informando que acabara
de receber das mãos do Conde Galeazzo Ciano representante legal do governo Italiano, a
comunicação da declaração de guerra era estendida à França e a Inglaterra.

Na manhã do dia 11, as forças de Von Bock cruzaram o rio sena pelo oeste em
vários pontos e preparam o cerco a Paris. Porém por ordem do alto comando alemão a
primazia foi dada ao grupo blindado do general Von Kliest e seu chefe imediato Rundsted.

Em 12 de junho as forças blindadas do general Guderian cercaram o portal de


retirada das tropas francesas que defendiam a linha Maginot nas localidades de Bensançom
e Belfort, assim quando o alto comando francês ordenou que suas tropas postadas na linha
Maginot deveriam abandoná-la e dirigir-se para a defesa de Paris já era muito tarde, cerca
de 500.000 soldados franceses foram detidos e encurralados na bacia do Reno por tropas
alemãs do general guderian no dia 17 de junho.

Na madrugada 14 de junho de 1940 tropas alemãs entram em Paris, era o fim do


governo francês. Em manobra de leque O grupo Bock toma a capital francesa e logo em
seguida as cidades de Troyes, Dijon e Lião, darão à volta nos Alpes e atingirá o
Mediterrâneo. Por volta do meio dia um pelotão da Wermacht desfila frente ao tumulo do
soldado desconhecido e a bandeira Nazista tremula no arco do triunfo, o ultimo defensor de
Paris o general Dentz era agora prisioneiro do 18º exército do general Kuchler, No interior
da França unidades do exército francês resistiam tenazmente frente ao constante avanço
alemão.

92
Na manhã do dia 17 de junho na fronteira Italo-franco e desfechado o primeiro
ataque italiano contra as já desgastadas tropas francesas, porém as tropas invasoras
encontram forte resistência por parte de 3 divisões alpinas francesas.

No dia 19 na cidade de Lyon cerca de 3.900 soldados franceses se rendem aos


oficiais da Grossdeutschland, 1.108 foram mortos, feridos ou desaparecidos em combate.

Ás 17:00 do dia 21 de junho o estantes das unidades francesas que defendiam a


linha maginot rendem-se as tropas do general Rundsted. Restava somente a França aceitar
a rendição.

Mensagem de Weygand a suas tropas

“Oficiais e soldados do Exército francês:


Depois de uma série ininterrupta de violentas batalhas, eu vos dou a
ordem de cessar a luta.
Se a sorte das armas nos foi contrária, pelo menos vós respondestes
magnificamente aos chamados que dirigi ao vosso patriotismo, vossa valentia e
vossa tenacidade. Nossos adversários renderam homenagens às vossas virtudes
de soldados dignos de nossas glórias e de nossas tradições.
A honra foi salva
Podeis sentir-vos orgulhosos de vós mesmos; com a satisfação do dever
cumprido contribuireis para criar aquela confiança nos destinos da França que
no decurso dos séculos soube superar outros reveses.
Permanecei unidos e confiais em nossos chefes. Continuais submetidos à mais
estrita disciplina. Neste caso nem vossos sofrimentos nem os sacrifícios de
nossos camaradas tombados no campo da honra terão sido em vão. Seja onde
estiverdes, vossa missão não terminou ainda. Vós continuareis sendo a
estrutura da pátria.
Vossa missão amigos. Viva a de amanhã será a reconstrução moral e material.
Elevai os corações, França”.

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E no dia 22 de Junho de 1940, Hitler exigiu que o ato de rendição fosse feito dentro
do mesmo vagão ferroviário que no ano de 1918 a Alemanha assinará frente aos aliados na
clareira da floresta em Compiègne.
Esta era uma vingança especial de Hitler contra França. As condições impostas pelo
armistício puderam também revelar o profundo ódio que Hitler nutria pela França.

William Shirer, correspondente de guerra, escreveu: Impor um armistício nesse


local histórico era a doce vingança de um homem que fora humilde cabo no
exército que fora obrigado a entregar-se em 1918 e que não ocultava seus
sentimentos. Estando a pouca distância dele, eu via-lhe o rosto iluminar-se,
sucessivamente, de ódio, de desprezo, de triunfo...

Acordo de cessar fogo entre o Alto Comando Alemão e os representantes do


governo francês
Compiengne, 22 de junho de 1940

Entre o chefe do Alto Comando Alemão das Forças Armadas alemãs, General
Keitel, representante do Fuhrer da Alemanha do Reich e Supremo Comandante em
Chefe das Forças Armadas Alemãs, e os representantes autorizados do governo
francês, General Charles Huntziger, chefe da delegação ; Leon Noel, Contra
Almirante Maurice LeLuc, General dos Corpos de Exército Georges Parisot, General
da Força Aérea Jean Marie Bergeret, o seguinte armistício foi aceito com os seguintes
artigos:

ARTIGO I
O governo francês ordena o cessar fogo contra o Império Alemão na França,
assim como em suas possessões, colônias, protetorados, territórios,
mandatários, assim como das forças navais.

O governo francês ordena a imediata baixa das armas de todas as


unidades francesas cercadas por tropas alemãs.

ARTIGO II
Para salvaguarda dos interesses do Império Alemão, os territórios do Estado
Francês ao norte e a oeste da linha desenhada no mapa anexo serão
ocupados por tropas alemãs.

Os territórios acima mencionados que ainda não estiverem sob ocupação


alemã serão imediatamente ocupados após a conclusão deste tratado.

ARTIGO III
.
Na França ocupada, o Império Alemão exerce todos os direitos de um
força ocupante. O governo francês está obrigado a dar toda a ajuda,
com todos os seus sinônimos, para o total exercício desses direitos e para a
manutenção dos mesmos

94
Todas as autoridades francesas e oficiais nos territórios ocupados, devem
ser prontamente informadas a cumprir as ordens dos comandantes alemães e a
cooperar com eles de maneira correta.

É intenção do governo alemão, limitar a ocupação da costa oeste após o


fim das hostilidades com a Inglaterra ao estritamente necessário.

É permitido ao governo francês, indicar os representantes do governo nos


território não ocupados, ou se desejar, movê-los a Paris. Nesse caso, o governo alemão
garante ao governo francês e suas autoridades centrais, toda tranqüilidade para que
possam conduzir os territórios não ocupados, de Paris.

ARTIGO IV
As forças armadas francesas em terra, mar e no ar serão desmobilizadas
e desarmadas com tempo a ser definido. Exceções apenas as unidades
necessárias para a manutenção da ordem doméstica. Alemanha e Itália
irão repor suas forças. As forças armadas francesas que estejam em
território a ser ocupado pelas forças alemãs, devem recuar imediatamente
para território que não será ocupado e descomissionadas. Essas tropas,
antes de efetuarem o recuo, devem baixar armas e equipamentos nos
locais onde hoje se encontram estacionadas assim que este tratado se
tornar efetivo. As forças armadas francesas são responsáveis por
entregar, de maneira organizadas, essas armas e equipamentos às tropas
alemãs.

ARTIGO V
Como garantia do cumprimento deste cessar fogo, a rendição, a
preservação do bom funcionamento de armas, blindados, armas anti
tanque, aviões, artilharia anti-aérea, armas de infantaria, meios de
transporte e munições podem ser entregues pelas forças francesas para as
tropas alemãs que estavam combatendo até que este acordo tenha força em
todo território a ser ocupado pela Alemanha.

A comissão de Cessar fogo alemã decidirá o perímetro de entrega.

ARTIGO VI
Armas, munições e aparatos de guerra de todos os tipos que ainda
estejam na França não ocupada serão guardadas e mantidas em segurança
por forças alemãs ou italianas, a não aquelas destinadas ás unidades de
segurança interna francesas.
O alto comando alemão reserva o direito de tomar todas as medidas
diretas que achar necessário para excluir o uso não autorizado desse
material. A construção de novos aparatos de guerra na França não ocupada
deve cessar imediatamente.

95
ARTIGO VII
Em território ocupado, todas as fortificações de costa e em terra,
com suas armas e munições, e equipamentos e plantas de todos os
tipos devem se render sem causar danos. Plantas dessas fortificações e
de outras já em conquistadas pelas tropas alemãs, devem permanecer em
mãos.

Planos que mostrem posicionamento de minas terrestres, obstruções,


fusos horários, barricadas, etc, devem ser entregues ao alto comando
alemão. Esses obstáculos devem ser removidos pelas forças francesas sob
ordens alemãs.

ARTIGO VIII
A frota de guerra francesa devem seguir para os portos para serem
designadas mais objetivamente, e sob comando alemão e ou italiano
para desmobilização posterior – com a exceção das unidades
enviadas pelo governo francês para a proteção dos interesses da
França em suas colônias.

Os postos dos navios em tempo de paz, devem ser controlados pela


designação dos portos.

O governo alemão solenemente declara ao governo francês que o mesmo não


deve usar a Frota de Guerra Francesa que está em portos sob controle alemão para
fins de guerra, com exceção às necessárias a guarda da costa e detecção de minas.

Também solenemente e expressamente declara que o mesmo não deverá


fazer quaisquer pedidos a respeito da Frota de Guerra francesa até a que tenhamos a paz.

Todas as naves de guerra que estão fora da França devem ser chamadas a
retornar com exceção da porção destinada a representar os interesses franceses em
suas colônias.

ARTIGO IX
O alto comando francês deve fornecer ao alto comando alemão, a exata
localização de todas as minas instaladas pela França, assim como informações
de todas as obstruções instaladas em portos, instalações de defesa e costa.
Enquanto for o desejo do alto comando alemão, forças francesas devem limpar
a área de minas.

ARTIGO X
O governo francês está proibido em fornecer quaisquer partes de suas forças
armadas para travar combates com a Alemanha, de quaisquer maneiras.

96
O governo francês também deve prevenir os membros de suas forças armadas
quanto a deixar o país com armamentos de quaisquer tipos, incluindo navios, aviões,
etc, para serem enviados a Inglaterra ou qualquer outro país no exterior.

O governo francês irá proibir todos os seus cidadão a lutar contra a


Alemanha, que ainda se encontra em estado de guerra. Qualquer cidadão que
violarem esta condição, serão tratados pelas tropas alemãs como insurgentes.

ARTIGO XI
Navios comerciais franceses de todos os tipos, incluindo costeiros e naves nos
portos, que estão nas mãos dos franceses, não poderão sair de suas localizações
atuais até a segunda ordem. O reinício das viagens comerciais serão requeridas e
aprovadas pelos governos alemão e italiano.

Navios comerciais franceses serão chamados de volta pelo governo francês,


ou, se o retorno é impossível, serão instruídos a se dirigirem a um porto neutro.

Todos os navios comerciais alemães devem retornar imediatamente para a


Alemanha sem quaisquer danos.

ARTIGO XII
Vôos feitos por quaisquer aeronaves sobre território francês estão
proibidos. Todo avião que for avistado sobrevoando solo francês
sem aprovação alemã será considerado inimigo e tratado como tal pela
força aérea alemã.

Em território não ocupado, campos de pouso e instalações de solo devem


da força aérea ficarão sob comando alemão ou italiano.

Esses campos de pouso devem se manter sem uso. O governo francês


deve apoderar-se de todos os aviões estrangeiros em regiões não
ocupadas para prevenir vôos ilegais. Esses aviões devem ser enviados para
as forças armadas alemãs.

ARTIGO XIII
O governo francês obriga-se a entregar para tropas alemãs na região
ocupada, todas as instalações e propriedades das forças armadas francesas,
sem quaisquer danos.

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O governo francês também ver-lhe-á que os portos, as instalações industriais, e
as docas devem ser preservados em suas condições atuais e sem danos.

As mesmas condições aplicam-se às rotas do transporte e o equipamento,


especialmente estradas de ferro, estradas normais, e canais, e a toda rede de
comunicações, redes de água e serviços de cabotagem.

O governo francês deve também, a pedido do alto comando aliado, executar


trabalhos de reparos nas instalações que estejam danificadas.

O governo francês verá as necessidades técnicas das regiões ocupadas,


pessoal e equipamentos de estrada de ferro e outros equipamentos de transporte,
devem permanecer em serviço.

ARTIGO XIV
Estão proibida quaisquer transmissões de quaisquer estações sem fio em solo
francês. A continuação das atividades de transmissão sem fio na região
não ocupada da França necessita de especial regulamentação.

ARTIGO XV
O governo francês está obrigado a executar frete e transporte entre o
Império Alemão e a Itália através dos territórios não ocupados de acordo com
as ordem do governo alemão

ARTIGO XVI
O governo francês, em acordo com os oficiais alemães responsáveis,
transportarão a população de volta para os territórios ocupados.

ARTIGO XVII
O governo francês está obrigado a prevenir transferência de valores
econômicos e provisões do território ocupado para os territórios não ocupados
ou para o exterior.

Esses valores e provisões dos territórios ocupados devem ser usados ou


consumidos apenas sob acordo com o governo alemão. Nesses casos, o
governo alemão irá avaliar as necessidades da população nos territórios não
ocupados.

ARTIGO XVIII
O governo francês irá custear a manutenção das tropas de ocupação
alemãs em solo francês.

ARTIGO XIX
Todos os prisioneiros de guerra, civis ou militares sob custodia
francesa, incluindo aqueles cuja prisão e condenação foram dadas
devido a atos em favor do Império alemão, devem se render imediatamente
às tropas alemãs.

98
O governo francês está obrigado a render, sob ordens, todos os alemães a
pedido do governo alemão na França, assim como em suas possessões, colônia,
protetorados, territórios e mandatos.

O governo francês está obrigado a prevenir a remoção de prisioneiros de guerra


alemães, civis ou militares, da França para suas possessões ou para o exterior. A
respeito dos prisioneiros já fora da França, assim como os prisioneiros alemães doentes ou
feridos que não podem ser transportados, listas exatas de seus endereços devem ser
entregues. O governo alemão assume todo o tratamento aos doentes e feridos alemães.

ARTIGO XX
Tropas francesas em campos de prisioneiros alemães continuarão
prisioneiras de guerra até a conclusão da paz.

ARTIGO XXI
O governo francês assume a responsabilidade pela segurança de
todos os objetos e valores que foram rendidos sem danos ou
capturados, devem estar a disposição da Alemanha. Qualquer remoção
desses artigos para o exterior está proibida. O governo francês será
obrigado a recompensar por toda destruição, dano ou remoção ilegal a
este acordo.

ARTIGO XXII
A comissão de cessar fogo, agindo de acordo com o direcionamento do
alto comando alemão, irá regular e supervisionar a manutenção do acordo
de cessar fogo. É tarefa da Comissão de cessar fogo assegurar que
esteacordo está em conformidade com o Acordo de cessar fogo franco-
italiano.

O governo francês enviará uma delegação para a comissão de cessar


fogo, para representar os desejos franceses e para receber as
regulamentações vindas da comissão visando a execução deste acordo.

ARTIGO XXIII
Este acordo de cessar fogo se torna efetivo assim que o governo francês
acertar um acordo de cessar fogo, cessando as hostilidades contra o
governo italiano.

99
Hostilidades devem ser cessadas seis horas depois do exato momento que o
governo italiano notificar o governo alemão sobre a conclusão do mesmo. O governo
alemão será notificado pelo governo francês por transmissão sem fio.

ARTIGO XXIV
Este acordo é valido até a conclusão do tratado de paz. O governo alemão
cancelará este acordo imediatamente caso o governo francês não consiga
cumprir com as obrigações aqui acordadas.

Este acordo de cessar fogo está sendo assinado na Floresta de Compiegne,


em 22 de junho de 1940, às 6:50 p.m., horário de verão alemão.

General Charles Huntziger

General Wilhelm Keitel

O governo populacional da França ocupada seria exercido pelo Marechal Pétain, a


Alemanha seria indenizada pelos gastos da ocupação e não libertaria 2 milhões de militares
franceses feitos prisioneiros em batalha. Em 24 do mesmo mês os combates cessaram
completamente, O Fuher alemão em apenas seis semanas havia conseguido derrotar aquele
que outrora fora o mais poderoso exército do mundo.

Mensagem do marechal Pétain ao povo Francês.

“Franceses: ao responder a um pedido do Presidente da República,


assumo desde hoje a chefia do Governo da França. Seguro do afeto de
nosso admirável Exército que luta com um heroísmo digno de sua larga
tradição militar contra um inimigo superior em número e armas; certo de
que com sua magnífica resistência o Exército cumpriu as obrigações com
seus aliados; seguro do apoio dos ex-combatentes que tive a honra de
comandar e certo da confiança do povo inteiro - entrego-me à França
para atenuar o seu infortúnio. Nestas horas penosas, penso nos
refugiados sofredores que, totalmente sem recursos, erram pelas nossas
estradas. Expresso-lhes minha compaixão e carinho. Com o coração
dolorido, digo-lhes hoje que a luta deve cessar. À noite, dirigi-me ao
adversário para perguntar se está disposto a buscar comigo, como
soldados, depois da batalha e da forma honrosa, os meios para por fim às
hostilidades. Todos os franceses devem congregar-se em torno do
Governo que presido nestas duras provas e suportar em silêncio a
angústia para obedecer somente à fé no destino da Pátria”.

100
Marechal Petain e Adolf Hitler

“Marechal Henri Philippe Benoni Omer Joseph Pétain, herói da primeira Guerra
mundial nasceu em 24 de abril de 1856 na cidade de Cauchy-à-la-Tour, e veio a
falecer de causas naturais em 23 de julho de 1951, em Île d'Yeu), por ter
colaborado com o reich alemão durante a ocupação francesa o marechal Petain após
aguerra foi julgado e sentenciado à pena de morte, posteriormente o general
Charles de Gaulle a quem o marechal havia rebaixado ao posto de coronel por não
colaborar com a ocupação nazista e ter se retirado para a inglaterra converteu a
sentença de morte em prisão perpétua”.

Governo Francês

Bordéus, 23 de Julho de 1940


Em caráter oficial, anuncio que o general De Gaulle, que fora rebaixado a seu grau
anterior de coronel, será julgado dentro em breve por um tribunal militar acusado de haver-
se negado a regressar, a ter feito uso de seu posto e de haver dirigido em território
estrangeiro um apelo aos oficiais e soldados franceses.

101
Aos

General Charles de Gaule

Após cessarem os combates o III Reich anexou ás províncias francesas contenciosas


de Alsácia e Lorraine localizadas a esquerda do Reno entre Luxemburgo e Suíça, apesar dos
protestos do governo de Vichy. À província de Alsácia foi anexada região de Baden, e
Lorraine passou a fazer parte do Westmark Gau. Para as províncias foram voltadas para a
França em 1945.

Quanto aos soldados Franceses e correto afirmar que as falhas que


conseqüentemente levaram a derrota frente ao exército alemão não podem ser atribuídas a
eles. Pois um comentário escrito na The Fighting Force diz:

“Não há homem algum mais preso ao seu solo natal que o campônio francês,
ninguém mais verdadeiramente patriota... Todos os generais alemães que relataram
os primeiros dias da batalha da França frisam a tenacidade e a habilidade da
resistência com que se defrontaram”.

102
A verdadeira causa da derrota residiu na preparação falha e ineficiente e a maior
parcela de culpa e jogada sob o alto comando francês. Sua arrogante confiança na tática
defensiva fe-los confiar excessivamente nas defesas da linha Maginot e subestimar o poder
que as novas armas e métodos tinham dado ao ataque. Devido ao apego a uma doutrina
militar já ultrapassada para a época os comandantes franceses não lograram êxito em seus
contra-ataques. Fato pelo qual avanço alemão deitou por terra em apenas 6 semanas todos
os princípios doutrina militar francesa. Mesmo passados muitos após Napoleão Bonaparte
afirmar que que o lado que fica dentro das suas fortificações é derrotado, o exercito francês
achava estar segura na linha maginot, somente 2 oficiais franceses haviam alertado sobre
este perigo, Um deles foi o Coronel de Gaulle e o outro foi o General Guillaumat. Além do
mais não existiu uma perfeita coordenação entre os comandantes aliados durante a defesa
da França. A inferioridade francesa é indiscutível, visto que além dos combates contra o
exército alemão e suportar os pesados bombardeios da luftwaffe o exército francês teve que
deslocar cerca de 30 divisões para a fronteira italiana, pois enfrentava duas frentes de
combate.

Para o alto comando alemão era vital que a armada francesa fosse posta fora do
alcance dos britânicos ou a superioridade naval estaria abalada, para tanto o Art. VIII
obrigava o retorna da armada aos portos controlados por Alemanha ou Itália, caso contrário
o Eixo teria 19 couraçados contra 11 britânicos, 46 cruzadores contra os 60 da Grã-
Bretanha, 250 destróieres contra 182 da Grã-Bretanha. A superioridade em submarinos
seria na proporção de três para um, proporção esta alcançada há algum tempo. Até a
presente data os principais vasos franceses eram os cruzadores leves Paris e Courbet, o
submarinos Surcouf, o maior construído na época, os cruzadores de batalha Lorraine,
Strasbourg e Dunkerque, bem como os couraçados Bretagne e Provence.

O Porto de Dunquerque logo após a retirada das tropas aliadas

103
Adolf Hitler em Paris

104
Para as campanhas militares da conquista da Holanda, Bélgica, Luxemburgo e
França, a Luftwaffe contabilizou a perda de 1.284 aeronaves (sendo que deste total apenas
28% ocorreu no início da Blitzkrieg) foram mortos 1.722 militares de suas tripulações. Para
os comandantes do império britânico, o próximo passo da Alemanha, seria logicamente - a
invasão da Grã-Bretanha – o que era uma questão de tempo, muitos estudiosos da II
guerra são categóricos em afirmar que a derrota do exercito alemão teve inicio em duas
frentes, a primeira ao deter suas tropas antes de Dunquerque e permitir a retirada das
sitiadas tropas para território inglês e segundo ao atacar a união soviética e permanecer em
combate durante o inverno russo, estando seu exército ocupado em variais frentes de
batalha.

Em 03 de julho após receberem ordem do almirantado francês sob domínio alemão e


em cumprimento do cessar fogo os vasos franceses preparam-se para zarpar do porto
argelino de Mers El-Kabir rumo aos portos franceses, quando á aproximadamente 05 horas
da manhã são interceptados por uma frotilha britânica no largo de Orã que lhes informa por
meio de um ultimato entregue pelo capitão-de-mar-e-guerra C.S. Holland ao almirante
Genseoul.

O ultimato exigia que o comandante francês agisse de acordo com uma das seguintes
alternativas:

A - Acompanhar-nos e continuar a lutar pela vitória contra os alemães e


italianos.
B - Acompanhar-nos com tripulações reduzidas sob o nosso controle a um
porto britânico. As tripulações reduzidas serão repatriadas o mais rapidamente
possível.
C - Se qualquer dessas duas resoluções for por vós adotada, restituiremos
vossos navios à França quando da conclusão da guerra ou pagaremos por eles
plenas indenizações se, entrementes, ficarem avariados.
D - De modo alternativo, se por acaso desejais estipular que vossos navios
não sejam utilizados contra os alemães ou italianos a menos que eles rompam
as condições do armistício, acompanhai-nos com tripulações reduzidas às Índias
Ocidentais - Martinica, por exemplo, onde eles possam ser desmilitarizados de
maneira satisfatória para nós, ou talvez confiados aos Estados Unidos para com
eles ficarem até a fim da guerra, com as tripulações em liberdade.
Caso vos recuseis a aceitar essas ofertas honrosas, terei, com profundo
pesar, que solicitar-vos afundeis vossos navios dentro de seis horas. Não se
cumprindo o acima exposto, tenho ordens do governo de Sua Majestade, para
utilizar qualquer força que se tornar necessária, para evitar que vossos navios
caiam em mãos alemãs ou italianas."

105
O Almirante Francês Responde.

“Como protestante e anglófilo - meu impulso pessoal era partir com os


ingleses”. Mas, consciente de que assim provocaria a denúncia do armistício e a
ocupação da África do Norte, repelirei força com força”.

Quando foi dada a ordem de reacender as luzes, as tripulações aplaudiram,


acreditando estarem retomando o combate contra os alemães.

Na tarde do mesmo dia precisamente as 16: 26 h o almirante francês deu ordem a


seus navios para preparam-se para o combate, o comandante britânico, prontamente abriu
fogo contra os navios franceses. O primeiro tiro de canhão contra a frota francesa foi
disparado ás 17: 59 h os navios ingleses lograram êxito ao afundar o Bretagne e o
contratorpedeiro Mogador, incendiar o Provence e danificar pesadamente o Dunquerque,
tendo conseguido efetivamente incapacitar diversos vasos menores, mesmo atingido por um
torpedo o Strasbourg conseguiu romper a barreira britânica e chegou ao porto de Toulon
sendo acompanhado pelos contratorpedeiros Terrible, Tigre e Volta, e em 8 de julho a frota
francesa estava incapacitada para o combate. Com a morte de 1.297 marinheiros franceses.
A França colaboracionista de Vichy rompe relações diplomáticas com a Inglaterra devido a
este incidente.

Para parte da frota francesa ancorada em Alexandria Inglaterra, o Almirante Godfroy


concordou em deixar neutralizar seus navios, esvaziou os tanques e as culatras de seus
canhões foram dispostas em terra. Em Dacar, foi necessário avariar o vaso Richelieu.

Esquadra Francesa no porto de Mers El-Kabir

106
Após a rendição da França, por um breve tempo. Calaram-se os canhões. Hitler se
aproveitando deste intervalo de tempo muda temporariamente seu, agenda uma visita
juntamente com dois antigos companheiros de regimento aos campos de batalha nos
Flanders no local onde durante a primeira guerra fora ferido em combate, mudando seu
general para um pequeno vilarejo, na fronteira franco-belga, Bruly-de-Pesche, junto a
Rocroi. Inquieto muda-se novamente para a Floresta Negra, perto de Freudenstadt
localizada na Alsácia reconquistada, visita as populações de origem alemã , no Perigord. Em
Estrasburgo, muda o mone da Praça Kleber para praça, começa a expulsar as populações
de língua francesa e a anexação dos territórios conquistados, ignorando os protestos do
governo de Vichy.

Entre os dias 7 e 8 de Julho de 1940 navios da armada inglesa escoltando um


comboio para evacuar para mulheres e crianças de Malta e outro carregando suprimentos
para Alexandria. São duramente bombardeados por aeronaves da regia italiana que
conseguem atingir o cruzador Gloucestershire com uma bomba, e em 9 de Julho, a frota de
escolta britânica no mediterrâneo avistou ao longe uma escolta italiana de dois couraçados
e numerosos cruzadores, após um único disparo de distancia extremamente grande para a
época feita pelo cruzador Warspite e acertando um vaso italiano, o comandante da
esquadra de Mussolini o Almirante de esquadra Inigo Campioni, retira suas forças para
longe evitando um confronto direto.

Cruzador de Batalha Inglês após breve confronto com a Marinha Italiana

107
A Batalha incia-se nas colônias no continente africano

Em represália á declaração de Guerra feita pelo governo Italiano, tropas inglesas


estacionadas no Egito entram em território Libio controlado por forças italianas e a 16 de
julho ocupa grande parte de suas fortalezas, em 28 do mesmo mês uma bateria antiaérea
italiana montada na cidade de trobruk dispara e derruba acidentalmente o avião em que
viajava o general Balbo, a guerra mesmo que em pequena escala estendia-se para o Kênia
e o Sudão.

Tropas Sudanesas

A Batalha da Inglaterra

Conselho de Guerra de 31 de julho, Diretiva n° 17. A ofensiva aérea geral contra a


Inglaterra começará a 5 de agosto. O objetivo é a destruição R.A.F

Bombardeiro Avró 683 Lancaster

108
Churchill e Roosevelt

Para colocar em pratica a Operação Seelöwe (leão-marinho), que era a invasão do


Reino Unido. O alto comando alemão dispunha dos aeródromos conquistados com a
ocupação francesa e holandesa, norueguesa e dinamarquesa, além de bases navais
européias, no intuito de enfraquecer a resistência inglesa frente a iminente conquista o
reich alemão ordenou a Kriegsmarine o bloqueio ao comércio com as ilhas britânicas e a
Luftwaffe o Bombardeio ao continente britânico em especial as bases da R.A.F, para a
execução desta operação o alto comando da Luftwaffe deixou a cargo da Luftflotte 5
(sediada na Noruega, sob comando do General Hans Jurgen Stumpf) só deveria intervir ao
norte das ilhas Britânicas, a Luftflotte 2 (ao norte de Le Havre, sob comando do General
Albert Kesselring) deveria controlar a linha Portsmouth-Oxford-Manchester. A última, a
Luftflotte 3 (ao sul de Le Havre, sob as ordens do General Hugo Sperrle) deveria atacar os
condados do sudoeste e oeste . Sendo que nos primeiros dias de julho estavam dispostos
sob as ordens dos três comandos cerca de 2.800 aviões, sendo 1.300 bombardeiros Heinkel
He 111, Junkers Ju 88A e Dornier Do17; 280 bombardeiros de mergulho Junkers Ju 87
Stukas; 790 caças; Messerschmitt Bf 109; 260 caças pesados Messerschmitt Bf 110 e 170.

109
O objetivo principal a ser cumprido por estas três unidades seria destruir totalmente
as bases aéreas inglesas de Biggin Hill, Kenley, Croydon, Hornchurch, Manston e
Tangmere, tais bases formavam um anel defensivo em torno de Londres e do estuário do
Tamisa.
Para defender esta região dos maciços ataques da Luftwaffe a R.A.F contava
apenas com A RAF com 347 caças mono postos Hawker Hurricane, 199 Supermarine
Spitfire, 69 caças noturnos Bristol Blenheim e 25 Boulton Paul Defiant. O exército ingles
dispunha de 786 peças de artilharia de campanha, 167 canhões antitanque, 178 tanques
leves e 81 tanques médios. E de 12 divisões mal treinadas e pessimamente equipadas, em
apenas uma semana cerca de 250 já se alistavam como voluntários.

O Fighter Command e divido em 04 grupos, ficando assim distribuídos:


O primeiro, n° 10, com QG em Bath, defende o Sudoeste da Inglaterra. O segundo ,
n° 13, com QG em Newcastle-on-the-Tyne, defende a Escócia e os condados ingleses do
Norte. O terceiro, n° 12, com QG em Nottingham, defende o coração industrial da nação, os
Midlands. O quarto, muito importante, leva o n° 11, possui QG em Uxbridge, no Middlesex,
e defende Londres e o Sudeste, região que espera a invasão.

Partindo de bases localizadas no continente europeu os bombardeiros da luftwaffe


tinham por alvo primário pontes, quartéis militares, aeródromo, postos de radares, fabrica
de produtos bélicos, e para cumprir tal objetivo voavam dia e noite entre os dois pontos,
chegando a cumprir cerca de 3000 e lançar aproximadamente 1.900 toneladas de
explosivos sobre solo inglês apenas nos meses de Julho e agosto de 1940.

Aos poderosos caças alemães fora confiada a missão de auxilio a kriesgsmarime á


afundar os navios que navegassem no canal da mancha, chegaram à soma de 70.000 ton
de embarcações afundadas, porém foram abatidos 279 aviões de sua força aérea contra
terem abatido somente 142 caças da R.A.F os quais tecnicamente lhes eram inferiores em
velocidades e armas.

Entre o início e meados do mês de agosto o alto comando alemão colocou em


pratica contra a R.A.F o plano Adlerangriff (Ataque da Águia). Este plano ordenava as
Geschwaders sediadas nos Países Baixos e na França, por determinação deste plano
durante cinco dias seguintes um total de 3.196 aeronaves deveriam atacar, bombardear e
destruir incessantemente aeródromos, estações de radar, aeronaves inimigas e outros
alvos terrestres nas regiões a oeste e sul da Inglaterra. Para enfrentar e repelir este ataque
o total de aeronaves da R.A.F era de 2.500 aviões.

110
Ataque a Londres

A 12 de Agosto uma formação de bombardeiros ataca e destrói 6 estações de


radares localizadas em Ventmoor na ilha de Wight, são necessários vários dias para
novamente entrarem em operação.

Estação Inglesa de Radar

111
Em agosto de 1940 tropas italianas desfecham um ataque ás tropas inglesas
forçando-as a entrarem na Arábia Saudita, por vários dias o avanço empreendido
foi lento e as baixas extremamente altas. Em setembro do mesmo ano os ingleses
são por fim derrotados pelas tropas italianas.

Bombardeiros da Lftwaffe sobrevoando o Tâmisa

A primeira expressiva vitória da R.A.F sobre a Luftwaffe ocorreu em 15 de agosto de


1940, às 10h00, quando uma formação de 72 bombardeiros Heinkel He 111H-1
pertencentes a KG 26 (Kampfgeschwader 26) decolaram para cumprir uma missão de
ataque múltiplo à Dishforth, Usworth e Middlebrough, tendo como as opcionais Newscastle
e Sunderland. Ao errarem o alvo se depararam com uma formação de caças compostas por
quatro esquadrilhas de Hurricanes e Spitfires da RAF. Estando os bombardeiros He 111´s
desprovidas de escolta tornaram-se alvos fáceis para os pilotos britânicos, totalmente
destruídos grande parte da formação, o mesmo veio a se repetir contra uma força composta
por 50 Junkers Ju 88A-1 da KG 30, que teve de enfrentar duas esquadrilhas de caças do
Fighter Command. Ao fim do dia a R.A.F totalizou 79 bombardeiros abatidos, contra apenas
34 caças.

112
Às 4:45 h da manhã do dia 31 de agosto de 1940, uma formação de 100 aviões da
Luftwaffe dirigiu-se à Eastchurch e bombardearam Detling; sendo seguidas por diversas
outras formações que realizaram ataques maciços contra Duxford, North Weald e Debden.
Os maiores danos sofram sofridos em Debden ao ser violentamente atingido por bombas
incendiárias e explosivas.

Fotografia aérea retirada em preparação a operação Leão-Marinho

Estragos provocados pelos Bombardeiros da Luftwaffe

113
O Grande problema para o Alto comando alemão estava no fato de os ingleses
possuírem um sistema de radares eficientes ( Chaim Home) os quais poderiam ser alertados
a cerca de 160 km de distancia dos aviões da Luftwaffe chegarem ao solo inglês, portanto
tais radares deveriam ser destruídos ou mesmo uma brecha deveria ser aberta no sistema
de vigilância, o que a ser feita em 18 de Agosto quando uma formação atacou a base de
radar localizada na ilha de Wight, provocando uma ruptura no sistema de defesa inglês, o
que sem duvida os levaria ao colapso total frente aos constantes ataques da Luftwaffe, os
ataques eram levados a cabo dia e noite o que obrigou aos técnicos da luftwaffe a
desenvolverem sistemas ainda hoje utilizados em navegação comercial em más condições
do tempo, a Luftwaffe possuía em suas diretrizes de construção a norma de que suas bases
aéreas deveriam possuir duas ou três pistas de concreto, com largura aproximada de 35
metros e extensão de 1.400m, com todas as instalações e alojamentos necessários, além de
uma estação ferroviária próxima. As comunicações eram feitas na faixa de 300 a 600kHz,
tendo um canal de emergência. Uma rede de radiofaróis para orientação da navegação,
operando entre 200 e 500 khz. O que seguramente garantia a seus pilotos o pouso e a
decolagem em condições adversas.

Operadora de um sistema de Radar Chaim Home operando em 300 Khz

114
O primeiro ataque sobre Londes foi executado em 24 de agosto quando um único
bombardeiro Henkel disperso de sua formação original despejou suas bombas sobre um
subúrbio da capital inglesa, e as localidades de Tottenham, Islington, Stepney, London Wall,
Bethnal, em represália o primeiro ministro inglês ordenou que um grupo de bombardeiros
deveriam atacar Berlim, o ataque foi efetuado no dia 25 e era composto por uma
esquadrilha com 80 bombardeiros sendo que por determinação 42 dos bombardeiros
deveriam retornar antes de lançar suas bombas, o ataque realizado teve um efeito moral
bem maior do que os danos materiais, tendo causado 20 mortes entre a população
Berlinense, era inconcebível para a época que a capital do III Reich fossa atacada o que
causou grande alarde entre a população, apartir desta data ambos os lados iniciaram
ataques constantes as populações residentes em áreas urbanas.

Bombardeiro Avrò Lancaster antes do ataque a Berlin

115
Na tarde de 7 de setembro, mais precisamente ás 05:00 h um grupo de 300
bombardeiros e forte escolta lança suas bombas sobre o arsenal inglês de Woolwich e suas
docas. E na manhã do dia 08 com o anuncio de invasão as tropas inglesas se deslocam para
seus postos de combate por toda a Grã-bretanha, divisões inteiras preparam a defesa
costeira.

Ataque alemão á Londres

116
Nas primeiras horas do dia 15 de setembro de 1940. O sistema de defesa alertou o
alto comando de defesa inglês sobre uma formação de mais de 40 aeronaves voando sobre
a costa francesa em Dieppe, rumando em direção a Newhaven. Sendo seguida por outra
formação compostas por mais de 120 aeronaves na localidade de Amiens, e uma terceira
sob a localidade de cherburg. Em pouco tempo, o 11º e o 12º Fighter Groups da RAF
estava no ar sobre Londres para repelir o ataque alemão, A primeira onda de bombardeiros
alemães chegaram à Londres por volta do meio-dia, sendo prontamente confrontado por
cinco esquadrilhas de caças do 12º Group. Após meia hora de combates, os caças Bf 109E
por possuírem pouca autonomia tiveram que rumar de volta à França “20 minutos além da
mancha”, tendo os bombardeiros alemães ficando sem escolta e com a dura incumbência
de se defenderem sozinhos dos caças da RAF, ás 14:00 horas do mesmo dia Londres teriam
que enfrentar a segunda leva de bombardeiros da Luftwaffe a qual durou cerca de 2 horas
ininterruptas, sendo que somente após ás 16: 00 horas os combates cessaram,
contabilizadas as perdas em aeronaves a Luftwaffe perdeu 60 aviões e a R.A.F apenas 26
aeronaves abatidas, tendo a Luftwaffe realizado cerca de 1.257 vôos neste dia. Outro
pesado ataque a Londres somente seria desfechado na noite de 29/30 de dezembro de
1940. Apartir desta data os raides de bombardeios sobre Londres começaram a diminuir
sensivelmente, ficando por conta de pequenas e esporádicas escaramuças que perduraram
até meados de maio de 1941, quando os bombardeios cessam por completo e a população
já acostumada com os bombardeios noturnos pode reconstruir suas vidas em Londres e em
toda Inglaterra, a perda de vida dos londrinos chegou á 15.000 e sua infra-estrutura estava
bastante destruída pelas constantes investidas da luftwaffe com cerca de 13.775 ton de
bombas explosivas e aproximadamente 14.421 ton de bombas incendiarias lançadas,
militarmente foi uma derrota para a então poderosa Alemanha, que já se preparava para
novas frentes de combate mobilizando a maior parte do efetivo das forças para o leste,
agora o plano era invadir a Rússia.

“O plano traçado pelo alto comando alemão para invadir a ilha inglesa deveria
utilizar-se do Grupo de Exércitos A (Rundstedt) e o Grupo de Exércitos B (Von Bock). O
Grupo A sob o comando de Rundstedt invadiria a Inglaterra com dois exércitos: o 16°
(Busch) e o 9° (Strauss). O 16º, embarcaria entre Texel e Bolonha, lançaria suas divisões
em três zonas de desembarque, Ramsgate-Dover, Folkestone-Dungeness, Rye-Hastings. O
9º exército, embarcaria no Havre, deixaria quatro divisões na baía de Brighton e na ilha de
Wight. Do Grupo B do General Von Bock seria utilizado apenas o 6° Exército (Reichenau),
que partiria de Cherburg e irá controlar a região da baía de Lyme, a oeste de Portsmouth.
Com esta ação concluída o circulo de ataque estaria se fechando sob as divisões inglesas. O
Grupo composto pelo 16º e 9º exércitos respectivamente e usaria como ponto de partida a
região entre Southampton a Gravesend; deveria evitar Londres e manobrar pela esquerda
para posicionar-se na direção de Oxford junto ao Tamisa, enquanto o 6º exército deveria
tomar a localidade junto a Bristol”.

O Plano foi abandonado posteriormente devido às dificuldades impostas pelo


Almirante Raeder, pela alegação de não possuir material necessário para apoiar tal
investida, o que posteriormente foi acatado por Hitler mesmo que a contragosto.

117
Tripulação alemã de um Bombardeiro Heinkel HE 111

Aeronave Dornier DO 17 abatida pela R.A.F em Outubro.

118
Relação de aeronaves e pilotos alemães e Ingleses durante a batalha da Inglaterra

Balanço - Julho/1940
Avião Destruídos Avariados Mortos Desaparecidos Feridos
Hurricane 33 17 23 00 11
Spitfire 34 24 25 00 09
Blenheim 04 01 09 00 01
Defiant 06 01 10 00 02
Do 17 39 13 30 74 19
Ju 87 13 11 10 12 03
Ju 88 39 11 52 67 11
He 111 32 03 52 85 06
Bf 109 48 14 17 14 13
Bf 110 18 04 13 17 02

Balanço – Agosto/1940
Avião Destruídos Avariados Mortos Desaparecidos Feridos
Hurricane 211 44 85 01 68
Spitfire 113 40 41 03 38
Blenheim 13 10 06 03 00
Defiant 07 03 07 ?? 04
Do 17 71 30 70 129 57
Ju 87 57 16 35 58 19
Ju 88 89 32 94 182 19
He 111 89 15 113 204 35
Bf 109 217 45 54 91 39
Bf 110 119 40 80 113 22

Balanço - Set/Outubro – 1940


Avião Destruídos Avariados Mortos Desaparecidos Feridos
Hurricane 294 77 107 02 10
Spitfire 195 76 67 01 ??
Blenheim 12 04 26 03 55
Defiant -- -- -- -- --
Do 17 82 36 147 94 50
Ju 87 01 03 01 ?? ??
Ju 88 175 85 251 227 74
He 111 131 78 203 184 67
Bf 109 326 96 77 159 36
Bf 110 124 26 91 109 17

119
Principais Pilotos e suas respectivas forças aeréas envolvidos no combate

Principais pilotos
Nome
Helmut Wick
Adolf Galland
Walter Oesau
Werner Mölders
Hermann-Friedrich
Joppien
Herbert Ihlefeld
Gerhard Schöpfel
Hans-Karl Mayer
Erich Schmidt
Siegfried Schnell
Horst Tietzen
Eric S. Lock
Hans Hahn
Josef Frantisek
Werner Machold
Heinz Bretnütz
Arnold Lignitz
Hans Philipp
Brian J. G. Carbury (NZ)
Archibald A. McKellar
Robert Francis Thomas
Doe
Witold Urbanowicz
Hans-Ekkehard Bob

120
O ataque ao porto de Taranto.

No inicio do mês de Novembro de 1940 um avião de reconhecimento inglês baseado


na Ilha de Malta avistou navios da armada italiana fundeados no porto naval de Taranto,
Nas primeiras horas do anoitecer do dia de 11 de Novembro de 1940, 12 aeroplanos modelo
Swordfish decolam do porta-aviões inglês HMS Illustrious e do porta-aviões aviões Eagle e
por dois cruzadores pesados, dois cruzadores leves e quatro destróieres navegando no
Mediterrâneo a 74 km do Kabbo Point próximo a ilha grega de Cefalonia, na posição ‘X’,
38°12’N 19°30’L, e voando a baixa altitude bombardeiam o porto italiano de Taranto ás
09:00 h, os primeiros a tacarem as naves ali estacionadas foram os L4P (Ten. L. J. Kigell e
Ten. H. R. B. Janvrin) e L5B (Ten. C. J. Lamb e Ten. K. G. Grieve). E um segundo ataque
sob o comando O Ten. Comte. J. W. Hale do 819 Squadron ocorreu por volta das 10:40 h,
no porto estava fundeada parte da frota italiana composta por seis navios de batalha, sete
cruzadores pesados e dois cruzadores leves com mais oito destróieres menores, durante o
ataque noturno 3 torpedos modificados para navegar em águas rasas atingiram o navio de
batalha Littório, o primeiro abaixo da torreta dianteira, abrindo um rombo de 15 x 9,75 m,
o segundo no lado de bombordo, em frente a calha do leme. O buraco aberto por este
torpedo media 7 x 1,5 metros,e o terceiro torpedo causou um rombo de 12 x 9 m na proa
desprotegida do lado boreste do Littorio, bem baixo, ao lado da torre ‘B’, abrindo um buraco
de 240m² de área na sua lateral, inundando os paióis num. 1 e 2, um quarto torpedo
atingiu o Conte di Cavour entre a ponte e a torre ‘B’ e o Caio Duílio foi atingido por outro
disparo. Este ataque representou um duro golpe na frota italiana e representou um marco
para as operações aeronavais pois era a primeira vez que aviões decolavam de um porta-
aviões e ataca um alvo em terra firme. A frota inglesa alcançou o porto de Alexandria em 14
de Novembro

Porta-aviões Illustrious antes do encontro com o Navio de Batalha Italiano Vittorio Veneto e o Cruzador Pola

121
I
llustrious, 25.500 Ton, Tripulação 1.400 Homens, 230 metros.

Para defesa de suas instalações e da frota ali estacionada a base naval de Taronto
dispunha de 21 baterias de canhões de 100 mm, 13 no porto e 8 em plataformas
flutuantes; 84 metralhadoras pesadas e 109 leves, e o armamento antiaéreo dos navios ali
fundeados. Seu enorme emaranhado de redes anti-torpedos esta sendo implantados e dos
12. 000 necessários somente 4.000 estavam em operação.

Ataque ao Cruzador Italiano Pola

122
Por acharem que o Governo Inglês não estava disposto a aceitar ás propostas de paz
emitidas pelo governo alemão, devido a possível ajuda bélica por parte da Rússia, o Fuher
decide colocar em pratica o Plano de ataque ao solo Russo e para tanto convoca ao seu
quartel general os comandantes-chefes do exército e da marinha, Hitler achava que a chave
para vencer o ingleses seria primeiro destruir as defesas russas quanto antes melhor.

Aliados após 1940

• Noruega: 1940, 9 de Abril


• Bélgica: 1940 10 de Maio
• Luxemburgo: 1940, 10 de Maio
• Países Baixos: 1940 10 de Maio
• França Livre: 1940, 18 de Junho
• Grécia: 1940, 28 de Outubro
• Iugoslávia: 1941, 6 de Abril
• União Soviética: 1941, 22 de Junho

A Itália na Líbia

O comandante-em-chefe das forças italianas Marechal Graziani havia estacionada 2


exércitos em território libio com cerca de 250.000 homens entre Cirenaica e a Tripolitânia, o
10o Exército, alinhado na Cirenaica, composto de duas divisões italianas; havia ainda duas
divisões líbias de askaris; o 5o Exército, estava na Tripolitânia. Em 15 de setembro de 1940
tais forças italianas rompem a desguarnecido fronteira egípcia e mesmo sob fogo da
artilharia inglesa avançam 140 km território adentro, até a localidade de Sidi Barrani.

Soldados Ingleses entrincheirados em Bardia

123
Onde estabelecem posições defensivas em Sidi Barrani e Bardia, Maktila. Mersa
Matruh.Tummar, Nibeiwa, nas escarpas de Bir Enba. Em Rabia e Sofaffi, a sudoeste de
Nibeiwa. E os fortes de Capuzzo, Sollum e Sidi Omar, frente á pequena força inglesa
encarregada da defesa do Egito, a qual era composta pela 7a Divisão Blindada, comandada
pelo Major-General O’Moore Creagh; a 4a Divisão Indiana, sob o Major-General Noel
Beresford-Pierse; a Divisão Neozelandesa, comandada pelo Major-General Bernard
Freyburg; 14 batalhões de infantaria britânicos, dois regimentos da Real Artilharia e dois
batalhões motorizados, somando 36.000 homens com quartel general em Mersa Matruh. O
ataque teve inicio em 08 de Dezembro de 1940 ás 5:00h quando integrantes da 4º divisão
italiana abriram fogo contra posições italianas, ás 7:30 do mesmo dia a artilharia divisionária
abriu fogo contra Nibeiwa, no dia 08 de Dezembro ás 08:00 da noite e durante toda noite a
RAF e as canhoneiras Aphis e Lady-Bird da Marinha Real bombardearam os aeródromos
próximos a Sidi Barrani e Maktila. Na madrugada do mesmo dia o 7o do Real Regimento de
Tanques, rompem ás defesas em torno de Nibeiwa, o combate entre tanques custou aos
italianos 25 tanques leves e médios. No mesmo instante integrantes da infantaria britânica
do 1/6o Fuzileiros Rajputanos e do 2o Cameron Highlanders, iniciaram fortes combates
contra as tropas do General Maletti, neste ataque ao sair de sua posição de defesa o
general foi morto por uma rajada de metralhadora, ao anoitecer do mesmo dia uma força
conjunta formada pela 5a Brigada Indiana – 1o Real de Fuzileiros, 3/10 Regimento do
Punjab, 4/6o Fuzileiros Rajputanos – e um regimento de artilharia de campanha após horas
de combate conquistaram Tummar. O numero de prisioneiros nestes locais chegava a 2.300
homens e em alguns locais o exército italiano já batia em retirada deixando atrás de si
alguns tanques, canhões e um numero considerado de suprimentos.

No dia 09 as tempestades de areia castigaram duramente as tropas envolvidas no


combate, impedindo o avanço da divisão indiana, o que somente pode ser feito ao meio da
tarde do dia 10 quando a 4º divisão indiana juntamente com a 16º divisão inglesa do Major-
General Beresford-Pierse alcançaram Sidi Barrani, ao anoitecer os remanescentes de duas
divisões líbias e de uma Divisão Camisas Pretas encontrando-se cercadas e não podendo
receber apoio se renderam. Por ter obtido sucesso durante o combate no deserto contra
tropas italianas a 4 º divisão Indiana foi transferida ao Sudão para lutar contra as tropas de
Mussolini estacionadas na Eritréia e na Etiópia. Para preencher tal lacuna foi enviado a 6a
Divisão Australiana. O total de prisioneiros libios e italianos somavam agora 38.000
soldados. E o numero de tanques capturados era de Setenta e três tanques e 237 peças de
artilharia. Ataque após ataque o numero de prisioneiros aumentavam bem como o material
bélico capturado, passo a passo os combates se tornavam cada vez mais duros, até a
chegada ás proximidades da cidade fortaleza de Bradia em 21 de dezembro de 1940, a
fortaleza se estendia por uma área de 27 km e era fortemente defendida por 45.000
soldados libios e italianos sob o comando do General Bergonzoli e guarnecidos por 400
canhões de vários tipos e modelos. O ataque à fortaleza de Bardia deu-se as 05:30h de 3
de janeiro de 1941 e terminou com a rendição das tropas italianas em 05 de janeiro após
serem duramente castigados pelos pesados canhões dos vasos Warspite, Barham e Valiant
da Marinha Real. Porém os combates com forças hostis à ocupação perdurarão por vários
meses nesta localidade. Após deixarem a localidade os grupos ingleses e australianos
rumaram para a fortaleza natural do porto libio de Tobruk.

124
Coluna de Prisioneiros Italianos após sua rendição para tropas Inglesas e Australianas na fortaleza de Bardia.

125
A Tomada de Tobruk.

Na noite do dia 20 para 21 de janeiro de 1940 as posições italianas no porto de


Tobruk começaram a serem castigadas por intensos disparos efetuados por 20 vasos da
marinha Real Inglesa, vez ou outra pequenos torpedos Bangalore rompem as defesas de
arame farpado postas em torno da fortaleza. O primeiro ataque aéreo foi realizado ás 03:30
h do dia 21 por bombardeiros Wellington e Blenheims, vindos de aeródromos no Egito, ao
mesmo tempo em que as bombas caiam sobre as posições italianas a infantaria inglesa e
australiana avançava para as posições de assalto, 2 horas depois dos aviões jogarem as
primeiras bombas o 2/30 Batalhão da 16a Brigada de Infantaria, chega à trincheira
antitanque, por volta das 06: 00 h da manhã vários postos de defesa italianos já se
encontravam nas mãos dos aliados, agora a escuridão da noite não mais protegia as
divisões inglesas e australianas.

Ataque ao porto de Tobruk

Vitórias seguidas foram creditadas ao 7o/Real Regimento de Tanques, 2/1o Batalhão


da 6 Brigada de Infantaria e ao 2/3o Batalhão, entre os pontos em que as defesa italianas
a

foram rompidas os aliados colocaram 3 batalhões da 19a Brigada de Infantaria, que se


lançaram ao assalto às 08:40h, assumindo a seguinte formação: 2/4o no centro, 2/11o à
direita e o 2/8o à esquerda. Apoiados por veículos transportadores da 6a Cavalaria Divisional
e de tanques italianos capturados. Ao meio dia um avião de reconhecimento avisa ter visto
uma formação de tropas italianas se ajuntando nas proximidades do Forte Pilastrino com a
finalidade de montar um contra-ataque, o comandante despachou o 2/4o Batalhão para
Solaro e impedir a retirada, enquanto o 2/8o recebeu ordens de mover-se, ao longo da parte
superior da escarpa, até Forte Pilastrino. Para proteger o flanco direito do 2/4o, o 2/11o iria
para o norte, para a costa sul da baía de Tobruk. Com forte apoio dos vasos ingleses ás
21:30 h o 2/8o instalou seu QG dentro do forte. Por toda manhã fortes combates são
travados em varias posições de defesa dentro dos limites da cidade.

126
Ao cair da tarde, o 2/11o Batalhão chega ao topo da última escarpa que dominava
Tobruk, seus soldados podiam agora vislumbrar do alto a cidade e o porto no qual 12 navios
italianos ardiam em chama. Com a cidade praticamente conquistada e as demais posições
em suas cercanias em total controle aliado o comandante do porto de Tobruk Almirante
Massimiliano Vietina para evitar a aniquilação de seus 1.500 oficiais e soldados rende-se ao
Brigadeiro Robertson. A rendição das tropas do exército coube ao já idoso e casando
General Petassi Manella. A conquista do porto foi um alivio para as tropas aliadas sendo que
em suas instalações o porto possuía, 4.000 toneladas de carvão, depósito de gasolina,
instalação de refrigeração e destilação de água com 10.000 toneladas de água armazenada.

Na noite de 10 de janeiro aviões bombardeiros da Luftwaffe vindos de aeródromos


na Cecília, atacam um comboio britânico em alto mar e despejam suas bombas no porto de
tobruk causando sérios danos, no dia seguinte as forças inglesas estacionados no canal de
Suez são duramente castigadas pelos bombardeiros alemães vindos da ilha de Rodes.

Generais Richard O´Connor, Philip Neame e Major General Gambier Parry

127
Beda Fomm

No inicio do mês de Fevereiro de 1941. A 6 km do pequeno e esquecido vilarejo


Libio de Beda Fomm, sob o sol escaldante e o constante castigar das tempestades de areia
do deserto libio acompanhadas pelo Khamsin, sopro quente e seco, o comandante das
forças britânicas estacionadas no Egito Major-General Richard O’Connor, ataca, cerca e
aniquila o restante das unidades blindadas italianas do Marechal Graziani. Tais forças viam
sendo atacadas desde Mechili até Msus e na retirada pela estrada que leva a Bengazzi
tentavam chegar a Trípoli com uma grande coluna de tanques, acompanhados por um
misto de turmas de manutenção de aeródromo, pessoal de base, artilheiros de canhões
pesados, administradores coloniais e civis, sendo escoltados pelo 10º Bersagliere. Ás 10:30
h a poderosa força britânica inicia seu pesado ataque contra a coluna em retirada seu
destino agora seria a capital Líbia de Trípoli, mas em 12 de fevereiro o comandante–em-
chefe das forças britânicas no Oriente médio General Wavell, por ordem do primeiro
ministro inglês ordena não conquistar Trípoli, tal ato deu tempo para que Hitler enviasse em
socorro dos italianos um corpo expedicionário à África, composto por uma divisão
mecanizada e uma Panzer, a qual a se chamar mais tarde Afrika Korps tendo em seu
comando o General Erwin Rommel. Na conquista empreendida pelos britânicos as baixas de
suas tropas chegaram à cifra de 500 mortos, 55 desaparecidos e 1.373 feridos, os quais
causaram a destruição de um exército composto por 10 divisões, tendo aprisionados a
quantia de mais de 130.000 soldados, 180 tanques médios e mais de 200 leves, além de
845 canhões. Nesta batalha veio a falecer devido aos graves ferimentos sofridos em
combate o General Tellera, Comandante do Exército Italiano.

Artilharia próxima a Benda Fomm

128
O Iraque rompe relações com a Inglaterra

Em meados de abril de 1941, o general Rachid Ali el-Gailani através de um golpe


militar derruba o rei Abdul Illal e força as tropas inglesas estacionadas nas bases militares
de Shaibeh e Habbniya a saírem do país, o Air Vice-Marshal Stuart envia forças britânicas
estacionadas na Índia para dispersar os agrupamentos hostis. Mas as forças inglesas são
impedidas e entram em combate com tropas malaias ao cruzarem o pais. A segunda
Guerra começam a tomar proporção gigantesca e a ser travada fora do continente europeu,
seguindo agora para solo africano e asiático.

Invasão da Grécia

Entre os meses de Março e Abril de 1941 as tropas Italianas estacionadas na Albânia


invadem militarmente a Grécia, o pequeno exército helênico de indomável resistência repele
o ataque e força a retirada das tropas italianas para dentro da Albânia, Benito Mussolini
para empreender a conquista solicita que Hitler lhe envie tropas em socorro, em 06 de abril
as tropas alemãs dos generais Boehme e Von Stumme abandonaram entram em combate
com tropas gregas em Metaxas, e no porto de Salônica, devido à superioridade do inimigo o
general inglês o general Wilson, comandante-em-chefe britânico, ordenou a retirada de
suas tropas para fora da Grécia, e no dia 21 de abril o exército grego após ser
impiedosamente castigado pela Luftwaffe em suas posições na Albânia rende-se com
180.000 homens, entre os dias os dias 24 e 29 de abril, são retirados para o porto de Creta
pela a Marinha inglesa mais de 40.000 soldados, estando entre eles o rei Jorge II, da Grécia
e o general Pagos comandante do exército Helênica, com o auxilio de tropas da Whermacht
ás forças do Duce tomam todas as regiões dos Bálcãs e controlam toda Grécia em apenas
20 dias.

Tropas de ocupação na Grécia

129
Creta

De bases gregas em 20 de maio um grupo de pára-quedistas alemães pertencentes


a 7a Divisão de Pára-Quedistas, com a ajuda da 22a Divisão Aerotransportada são lançados
sobre a Ilha de Creta. Onde o exército Inglês havia disposto cerca de Em Creta, os ingleses
contavam com cerca de 30.000 soldados sob o comando do general Freyberg. As tropas
inglesas foram dividas entre as localidades os aeródromos de os aeródromos de Maleme,
Rethymon e Cândia de onde a R.A.F usava algumas esquadrilhas para bombardear os
campos de petróleo em Ploesti, na Romênia, e o porto o de Canéia, a ilha deveria ser
defendida a qualquer custo, sendo de vital importância para ambas as partes, os alemães
pretendiam utiliza-la para atacar o exército inglês em manobras na áfrica do norte e a
poderosa frota inglesa no mar Egeu.

Tropas de montanha se preparando para o embarque em bombardeiros Junkers Ju 52s com destino a Creta

130
Para conquistar os aeródromos o alto comando alemão designou um grupo de pára-
quedistas sob o comando do general Meindl que se encarregaria de conquistar Maleme; um
outro grupo sob o comando do general Sussmann, seria lançado em duas investidas; nas
proximidades do porto de Canéia e do aeroporto de Rethymon, as tropas sob o comando do
general Ringel teriam a seu cargo a captura do aeródromo de Cândia, na madrugada do dia
20 de maio de 1941, uma esquadrilha de aviões Stukas e caças Messerschmitt lançam o
primeiro ataque aos alvos pretendidos, uma hora e meia depois 400 ruidosos transportes
Junkers lançam a primeira leva de pára-quedistas, centenas de velames brancos se abrem,
tropas pára-quedistas contavam com o elemento surpresa previsto até os mínimos detalhes,
e portava o mínimo possível de equipamentos o que seria um assalto audacioso mesmo
para um unidade experiente, cada soldado pára-quedista portava Cada uma pistola de 9
mm, algumas granadas e uma pequena faca para cortar as cordas dos pára-quedas. Os
oficiais, os suboficiais e um soldado em cada quatro tinham uma metralhadora. Contavam
também com vários outros equipamentos lançados ao mesmo tempo, bombas, fuzis,
metralhadoras leves, pequenos morteiros e rádios. Na realidade dependiam unicamente das
eficientes pistolas-metralhadoras MP 38, o primeiro ataque foi desfechado sobre o campo de
aviação de Malemea, na parte oeste da Ilha, o fogo das baterias antiaéreas das tropas
neozelandeses que guarneciam o aeroporto, armados com fuzis Lee-Enfield .303, armas de
longo alcance (500-600 metros), os pára-quedistas que não morreram antes de chegar ao
solo foram presas fáceis dos defensores da ilha.

MP38/40

Soldado Alemão portanto uma P38

131
Nesta tentativa de invasão o general alemão Meindl, gravemente ferido veio a
falecer. Uma segunda tentativa foi levada a cabo sobre a cidade de Cannea, onde também
fracassaram em seu objetivo de conquistar o QG neozelandês, como na tentativa anterior
muitos foram mortos ainda durante o salto ou foram prontamente capturados. Pequenos
grupos se reagruparam e atentaram contra os campos de Heraclion e Retimo, que foi
prontamente defendido pelas tropas australianas. Na noite do mesmo dia nova tentativa foi
realizada, porém desta vez por mar através de pequenos barcos de pesca, a frota inglesa
destruiu todas as embarcações causando a morte de 300 homens das brigadas alpinas
alemãs.

Paraquedistas sendo lançados sobre Creta

Na madrugada do dia 22 um grande contingente de pára-quedista foi lançado sobre


a ilha e estabeleceram um ponto de apoio para as demais tropas, entre os dias 22 e 23 de
maio a luftwaffe por meio de seus aviões stukas afundou os barcos ingleses, cruzadores
Gloucester e Fiji e os destróieres Greyhound, Kashmir e Kelly. Tendo o encouraçado
Warspite sofrido graves avarias. O que sem duvida representava um perda substancial para
a real marinha britânica mas que não lhe impediu na missão de proteger e impedir os
alemães de enviar reforços por mar os pára-quedistas entrincheirados na ilha,os pequenos
combates prosseguiram por toda ilha e duraram até o inicio de junho, quando cerca de
23.000 homens já haviam sidos lançados.

Em 28 de maio até 1o de junho, os ingleses conseguiram evacuar por mar cerca de


15.000 soldados, as mortes do lado alemão e italiano chegaram a impressionante entre
3.200 e 6.000 militares, o numero de feridos foi extremante alto, sendo contabilizadas 151
trimotores Junkers abatidos sobre solo da ilha de Creta.

Insignea alemã da Unidade Kreta pertencente a 5th Division Gebirgsjager

132
Forças em Combate.

Forças Aliadas
Comandante-em-chefe: Bernard Freyberg
Guarnição de Creta: 2 brigadas de infantaria neozelandesa; 1 australiana; 2 batalhões de
infantaria britânica; 2 australianos; 11 gregos; 9 tanques pesados, 16 leves; 16 canhões
antiaéreos pesados e 36 canhões antiaéreos Bofors.

Forças Alemãs
Comandante-em-chefe: General Student
Forças de ataque a Creta:
XI Corpo de Aviação (Flieger Korps): 10 grupos de aviões de transporte Junkers 52; 40
planadores; 7a divisão de pára-quedistas; 5a divisão de montanha; 6a de montanha
(reserva); Unidades de apoio (engenheiros pára-quedistas, batalhão de metralhadoras
pesadas, artilharia antitanque, antiaérea leve); VIII Flieger Korps (General Richtofen): 8
grupos de bombardeio (Dorniers 17 e Junkers 88); 3 grupos de Stukas e 3 grupos de caças
(Me 109 e 110)

Começa a invasão a Belgrado

Na manhã de 6 de abril, um inesperado bombardeio foi realizado por aviões da


Luftwaffe contra a cidade Iugoslava de Belgrado, os bombardeios seguem pelos dias 7 e 8
causando a morte 17.000 pessoas, ao mesmo instante em que tanques Panzer II
pertencentes ao exército do general Von Kleist rompe a fronteira ao sul da capital, em
formação de pinça as forças do general Von Weichs entra ao norte e rapidamente chega a
Zagred e dois dias depois se encontra frente à Belgrado, o exército iugoslavo rende-se em
17 de Abril.

Esquadrilha de Bombardeiros da Luftwaffe rumando para missão sobre Belgrado

133
Em 13 de agosto de 1940 tropas italianas invadem e expulsam as tropas britânicas
estacionadas na Somália inglesa, perdendo 2.052 homens.

Tropas Italianas

Fronteira Húngara

A 21 de junho de 1941, o alto comando do exército húngaro vendo a alta


concentração de tropas alemãs e russas próximas a suas fronteiras, por medida de
precaução desloca para tais zonas a 8a Brigada de Guarda-Fronteiras e da 1a Brigada de
Montanha sob o comando do General Ferenc Szombathely. Coloca também em pratica a
mobilização de seu 8o Corpo de Exército. O incidente que causou a entrada das forças
armadas húngaros na guerra empreendida pela Alemanha contra a Rússia deu-se
entretanto na manhã do dia 26 de junho, e foi protagonizado por aviões da VVS ao
atacarem um trem de transporte nas proximidades da cidade de Tiszaborkut, e quase ao
mesmo instante terem lançado bombas sobre a cidade húngara de Kassa. Próxima a
fronteira entre os 2 paises, na manhã do dia 27 após romper relações diplomáticas com o
Kremlin à Hungria apresenta sua declaração de guerra ao embaixador russo em seu país.

Concentração de tropas alemãs na Fronteira Húngara

134
Invasão da Rússia

Meses antes, em Dezembro de 1940, Hitler deternimava em sua diretriz de nº. 21 ao


comande chefe da Whermacht - “Logo após haver assegurado esta tarefa de máxima
prioridade, à qual se deve seguir a ocupação de Leningrado e Kronstadt, continuarão as
operações ofensivas para ocupar o importante centro de comunicações e de indústria de
guerra de Moscou.

O Plano “Barbarrossa”
O Fuhrer e comandante-supremo da Wehrmacht. OKW/WFST/Seção L (I) n° 33 408/40. QG
do Fuhrer, 18 de dezembro de 1940. Ordem n° 21.
Operação “Barbarrossa”
A Wehrmacht alemã deve estar preparada para, inclusive, antes do término da guerra
contra a Inglaterra, aniquilar a URSS no curso de uma rápida campanha (operação
Barbarrossa).
O exército deverá colocar à disposição deste plano todas as unidades com que conta, com
as limitações impostas pelas necessidades de manter protegidas contra surpresas as
regiões ocupadas.
A Luftwaffe se incumbirá de liberar forças tão potentes durante a campanha do Este, para o
apoio do exército e para que se possa contar com uma rápida evolução das operações
terrestres, e se reduzir ao mínimo os danos contra as regiões da Alemanha oriental e
eliminar os ataques aéreos inimigos. A formação do ponto de gravidade do Este terminará
quando todas as zonas de luta e de fabricação de armamento, ocupadas por nós, estejam
suficientemente protegidas contra os ataques aéreos, sem que por isto cessem as ações
bélicas contra a Inglaterra, de modo especial contra as suas vias de abastecimento.
A ordem de desdobramento contra a URSS será dada por mim, oito semanas antes que
comecem as operações previstas. Os preparativos que requeiram um prazo de tempo mais
longo, no caso de que ainda não tenham sido previstas, deverão ser estudados a partir de
já, e terminados antes do dia 15 de maio de 1941.

Os altos-comandos devem começar seus preparativos sobre as seguintes bases:

Objetivo geral: A massa do Exército russo destinado à Rússia ocidental deverá


ser aniquilada no curso de ousadas operações, fazendo avançar cunhas blindadas e
impedindo, ao mesmo tempo, a retirada de unidades de combate para o interior da
Rússia. Numa rápida perseguição, deve-se alcançar uma linha na qual a aviação
russa não possa atacar o território alemão. O objetivo final das operações é a
proteção contra a Rússia asiática, partindo da linha geral Volga-Arcanjo.

Adolf Hitler

135
Inicio da Operação Barbarrossa

Em 06 de Junho de 1941, 162 divisões da Whermacht e cerca de 2.770 aeronaves da


luftwaffe estão meticulosamente distribuídas em 830 caças monoplace; 90 caças bimotores;
310 bombardeiros de mergulho; 775 bombardeiros de longo alcance; 340 aeronaves de
reconhecimento de longo alcance; 370 aeronaves de reconhecimento tático e 55 aviões
costeiros; ao longo dos 3.000 km da fronteira Russo-Germanica.

No dia 10 de junho Stalin assume todo o controle das forças armadas e designa seus
principais comandantes para a defesa do solo russo, O Marechal Voroshilov foi designado
chefe das tropas no norte, postados na costa báltica e Leningrado; o Marechal Timoshenko
passaria a assumir a defesa de Moscou, e o veterano Marechal Budienny comandaria as
tropas localizadas ao sul, na região da Ucrânia.

Ио́ сиф Виссарио́ нович Джугашви́ ли

“Josef Stalin, cujo nome era (Ioseb Besarionis Dze Jughashvili)


nasceu na cidade geórgiana de Gori, em 18 de dezembro de 1878
e veio a felecer de hemorragia cerebral na cidade de Moscou em
5 de março de 1953), filho de mãe costureira e pai sapateiro,
Stalin foi mandado para estudar na capital Georgiana para se
tornar Padre, porém por se pronunciar contra o regime Czarista foi
condenado a varios anos de prisão, ao ser posto em liberdade foi
ser editor do hoje conhecido jornal Pravda (Verdade) na época
pertencente ao partido comunista, em meados de 1922 torna-se
uma figura dominante na politica sovietica, devido sua politica de
industrialização e coletivização e considerado o responsavel pela
morte de pelo menos 7.500 milhões de vitimas pela fome e outras
privações em varios pontos da união sovietica, entre os anos de
1934 e 1938 prende e executa 13 dos 15 generais do exército
vermelho, inclusivo aquele que ra capz de fazer frente aos grandes
generais Rommel, Monty, Patton, e Guderian, o prestigiado
marechal Mikhail Tukhachesvky em 27 de maio de 1937, o que foi
seguido pelo desaparecimento inexplicado de 75.000 a 80.000
oficiais das forças armadas, pelo menos 30.000 foram
encarcerados ou executados. Incluindo 3 de 5 marechais; todos os
11 Comissários Adjuntos de Defesa; todos os comandantes de
distritos militares; os comandantes e chefes de estado maior da
Marinha e da Força Aérea; 14 dos 16 comandantes de exército; 60
dos 67 comandantes de corpo; 136 de 199 comandantes de
divisão; 221 dos 397 comandantes de brigada; e 50% de todos os
comandantes regimentais. E a demissão de outros 10.000. O que
seguramente dava ao exército alemão não só superioridade belica,
como também superioridade tatica

136
A Luftwaffe se prepara para o Ataque.

A Luftwaffe forá dividia em Três grandes frotas aéreas, ficando a Luftflotte 1, sob
comando do General Alfred Keller, que deveria o Grupo de Exércitos Norte através dos
países bálticos. A Luftflotte 2, sob o Marechal-General Albert Kesselring, deveria cobrir a
maior parte do território russo e apoiar o Grupo de Exércitos Centro, cujo objetivo primário
era Smolensk. A Luftflotte 4, comandada pelo General Alexander Löhr, apoiaria o Grupo de
Exércitos Sul, do sul dos Pântanos de Pripet até a fronteira romena.

Whermacht Exército Vermelho

118 divisões de infantaria 118 divisões de infantaria


15 divisões motorizadas 40 brigadas motorizadas
19 divisões Panzer 20 divisões blindadas
Total: 152 divisões Total: 138 divisões e 40 brigadas
3.240.000 Soldados 4.700.000 Soldados

Luftwaffe Força Aérea do Exército Vermelho (VVS)

1.160 bombardeiros 1.800 bombardeiros, 800 de dos mais modernos


720 caças 2.000 caças, 300 dos mais modernos
120 aviões de reconhecimento 800 aviões de reconhecimento,

Na Madrugada do dia 22 de junho de 1941, o então embaixador alemão em Moscou,


conde Fiedrich Von Schulenburg, solicitou uma audiência urgente com Molotov e
inesperadamente entregou a declaração de guerra da Alemanha contra a URSS. Ao mesmo
instante em Berlim o embaixador soviético Vladimir Dekanozov recebia das mãos de
Ribbentrop o mesmo comunicado e lhe entregou uma nota semelhante. Às 3:15, os
canhões alemães abrem fogo contra posições russas na fronteira prussiana. Mais
precisamente ás 05:30 h, um grupo de bombardeiros composto 10 Ju 88A do KG3, 10
Dornier Do 17Z do KG2 e 10 Heinkel He111 do KG53, voando a grande altitude, juntaram-se
centenas de aviões, bombardeiam e metralham sessenta e seis campos de pouso russos. O
foi devastador para a força aérea russa que perdeu em apenas um dia 811 aviões contra
somente 32 aeronaves alemãs abatidas, e assim se seguiram sucessivas perdas: 800 (2º
dia), 557 (3º dia), 351 (4º dia) e 300 (5º dia). Por volta de 5 de outubro, a Força Aérea do
Exército Vermelho já havia perdido mais de 5.000 aviões. Os maiores danos foram causados
ás cidades de Jitomir, Kovno, Kiev e Sebastopol, deixando 200 mortos e feridos. A
Luftwaffe dominava completamente o espaço aéreo russo e podia assim apoiar todas as
forças em terra. Até a data de 10 de Julho o exército russo havia colocado na fronteira 28
divisões de fuzileiros, o 4º, 19º, 21º e 22º exércitos, sendo que a defesa de Moscou ficou a
cargo do 5º exército.

137
Juntamente ao ataque da Luftwaffe cerca de 180 divisões formados por 4.000
veículos e aproximadamente 3,5 milhões de soldados rompem á fronteira e entram em solo
russo.

Declaração de Hitler ao Povo alemão após invadir o território russo:

Proclamação de Hitler

Povo alemão:

Neste preciso momento, realiza-se uma marcha sem precedentes do


exército alemão. A tarefa deste exército é a de salvaguardar a Europa, e,
deste modo, salvar tudo. Por isto, decidi colocar a sorte do povo do Reich e
da Europa, novamente nas mãos de nossos soldados. Para mim era um passo
difícil enviar um embaixador a Moscou a fim de que fizesse todo o possível
para impedir a política de cerco contra a Alemanha. Tinha a esperança de
que, no último momento, seria possível suprimir a tensão.
Há aproximadamente 106 divisões russas sobre nossas fronteiras e, durante
semanas, sua infantaria e sua aviação cometeram constantes violações nas
fronteiras da Alemanha, Finlândia e Romênia.
Se até agora vi-me obrigado pelas circunstâncias a manter, repetidamente, o
silêncio, devo dizer-lhe que chegou o momento em que suportar mais tempo
essa situação, não somente seria uma falta por omissão, como também um
crime contra o povo alemão e, acima de tudo, contra toda a Europa. Por
conseguinte, chegou à hora em que é necessário empreender a marcha
contra essa conspiração judia-anglo-saxônica e também contra as autoridades
semitas do centro bolchevique de Moscou.
Disto conclui-se que o nosso dever nessa frente já não é mais de proteção
das próprias terras, senão o de salvaguardar a Europa e acudir em socorro de
todos. Assim, hoje decidi uma vez mais colocar nas mãos do exército a sorte
e o futuro do Reich alemão e de nosso povo. Que Deus nos ajude nessa luta.

Berlim, aos 22 dias de junho de 1941. Adolf Hitler

Na manhã do mesmo dia após receber do Príncipe de Bismark um longo comunicado


pessoal de Hitler de que a Alemanha interviu militarmente em solo russo, o Duce Benito
Mussolini deu ordem ao Conde Ciano para declarar imediatamente guerra à Rússia e de
oferecer à Wehrmacht um corpo de tropas italianas. O embaixador soviético é comunicado
pelo conde da declaração de guerra e sai do país juntamente com todos os seus auxiliares.

138
Para empreender a operação barbarossa o alto comando alemão designou junto a
fronteira russa 3 grandes grupos de exércitos: o Norte ficou sob o comando do marechal-
de-campo Wilhelm Ritter Von Leeb, ao qual era composto pelo 18o do general Von Kuchler e
o 16o do general Busch e a Guarnição Blindada IV do general Hoeppner. E apoiados pela1a
Luftflotte (Força Aérea) do general Keller, com 400 aviões. sua missão seria ocupar a
Lituânia e Letônia , e empreender a conquista de Leningrado, la se encontrava a maior
fabrica de armas, o que sem duvida proporcionaria maior capacidade bélica para dar
continuidade ao plano de expressão do III Reich, lá também se localizava a base naval de
Fragatas que garneciam o Volga, o exército do Centro, estava sob o comando do
Marechal-de-campo Fedor von Bock, ao seu comando estavam o 4o exército do marechal
Von Kluge, 9o do general Strauss, e posteriormente o 2o exército do general Von Weichs.
Além das Guarnições Blindadas II do general Guderian e II do general Hoth. Apoiados pela
2a Luftflotte do general Kesselring, com 1.500 aviões, e sua missão era a conquista de
Moscou, de grande importância, sua conquista sem duvida representaria inquestionável
importância política. E por fim os campos de trigo da Ucrania, as minas de ferro da Crimeia ,
as ricas minas de carvão de Donetz e as riquissimas reservas de petroleo localizadas no
Cáucaseo ficou a cargo do exército Sul sob o Comando do experiente Marechal-de-campo
Gerd Von Rundstedt. No qual incluia-se o 6o de Von Reichenau, o 17o do general Von
Stulpnagel e o 11o do general Schobert, os 3o e 4o exércitos de infantaria romenos e ainda o
Corpo de Exército Húngaro. Além disso, a Guarnição Blindada I, do general Von Kleist,
contava com o apoio da 4a Luftflotte do general Loehr, com 750 aviões, porém este vasto e
rico território era também o mais fortificado e o mais difícil para sitiar, lá estavam Kursk,
Kharkov, Odessa, Rostov, Sebastapol, Kiev e varias localidades de difícil acesso e
fortificadas. Em apoio aos três grupos iniciais existia ainda um quarto exército baseado na
Finlândia, o qual foi confiado o comando ao general Von Falkenhorst, recebendo apoio de
dois exércitos finlandeses do marechal Mannerheim. O general Von Falkenhorst tinha a
incumbência de conquistar a localidade de Petsamo, estabelecer sua base e avançar para o
porto russo de Murmansk no mar de Barents, as tropas Finlandesas retomariam suas
posições de fronteira e avançariam território adentro pelo isto Carélia até Leningrado.

No mesmo dia da invasão a 6ª Divisão Panzer pertencente ao Grupo de Exércitos


Norte entrou em combate com tropas russas posicionadas na, rompem o bloqueio russo
proximo a localidade e Rossiene na Lituânia e avançam para bloquear as pontes sobre o rio
Dubysa.

Propaganda Anti-nazismo feita pelo Exército Vermelho.

139
Frente Norte
(Popov)
MAR BÁLTICO LETÔNIA

Frente Norte-
Grupo Norte Oeste
(Leeb)
26 divisões LITUÂNIA (Kuznetsov/
Sobennikov)
(3 div. Pz) 24 divisões
I Luftlotte (4 Blindadas)

Frente Oeste
(Pavlov/Timoshenko
Grupo Centro 38 divisões
(Bock) (8 Blindadas)
51 divisões
(9 div. Pz)
II Luftlotte

POLÔNIA
BIELO-RUSSIA

SLOVÁQUIA
Frente Sul-Oeste
(Kirponos/Budenny)
55 divisões
(16 div. Blindadas)
HUNGRIA
Grupo Sul
(Rundstedt) UCRÂNIA
59 Divisões ( 5 div. Pz)
14 divisões Romenas
2 divisões Húngaras
IV Luftflotte

Frente Sul
(Tyeulenev)
16 Divisões
(4 div.Blindadas)

ROMENIA
Mapa do início da Invasão

140
Nos dias 28 e 29 de junho, os russos passavam a enfrentar as tropas invasoras
provenientes do exército húngaro que haviam cruzado suas fronteiras em direção a cidade
de Stanislau onde chegaram no dia 05 e logo estabeleceram suas defesas ás margens do rio
Dniester.

Primeiros Veículos destruídos na Operação Barbarrossa

No inicio do conflito Russo-germanico o exército vermelho mobilizou cerca de 80%


do total de seu efetivo e estava assim distribuído em seu comando: Foi dividido em cinco
frentes cada grupo de exércitos. Frente Norte, General Popov, com o 14o e o 7o exércitos.
Frente Noroeste, General Kusnezov, com o 8o, o 11o e o 27o exércitos. Frente Oeste,
General Pavlov, com o 3o, o 10o e o 4o exércitos. Frente Sudoeste, General Kirponos, com o
5o, o 6o o 12o e o 26o exércitos. Frente Sul, General Tilulenjev, com o 9o Exército, o 2o Corpo
de Cavalaria e o 2o Corpo Motorizado. Metade das divisões disponíveis e operacionais do
exército vermelho foram posicionadas no conhecido celeiro da Europa e faria frente ao
exército do general Von Rundstedt. Muitas das unidades ao longo da fronteira e distante
dos conflitos não chegaram a serem acionadas..

Sua força aérea a VVS (Voyenno-vozdushnye sily - a força aérea soviética), havia
passado pelo expurgo promovido por Stálin anos atrás, seus principais comandantes na
frente de batalha eram inexperientes em comando e as técnicas de combate aéreo dos
pilotos russos haviam se tornado ultrapassadas frente à poderosa luftwaffe e seus pilotos,
esquadrilhas eram abatidas em poucas horas e alguns dos aviões russos jamais alcançaram
os alvos militares alemães, pesava neste instante a qualidade dos comandantes soviéticos.

141
Em 26 de Junho na localidade de Biaulistok colunas de panzers das unidades de
Guderian e Hoth cercam o 3o, o 4o e o 10o exércitos vermelho do general Pavlov, durante o
rápido avanço das unidades blindadas diversas forças da infantaria alemã foi deixadas para
trás, e tais forças foram ás primeiras unidades alemãs desde o inicio do conflito na Europa a
perderem espaço para o inimigo no campo de batalha, apesar do constante bombardeio e
dos ataques da infantaria alemã ás forças russas localizadas em torno de Bialistok e Minsk
não arredavam um passo de suas posições. O combate foi sangrento com grande número
de baixas para ambos os lados e só foi decido a favor das tropas invasoras com a chegada
de apoio do 4o e 9o exércitos de infantaria do marechal Von Kluge e o general Strauss.
Quando em 3 de julho, tendo suas tropas cercadas por todos os lados e não podendo
receber ajuda de outros exércitos russos o General Pavlov capitulou, entregando até o dia 9
na cidade de Minsk cerca de 300.000 homens, 2.500 tanques e 1.400 canhões aos alemães.

Prisioneiro Russo sendo agredido a coronhadas por um soldado alemão após sua rendição (Ucrânia)

142
Artilharia Alemã disparando sobre posições Russas

No mesmo dia 26 as unidades alemãs de Von Rundstedt em marcha ao sul dos


pântanos de Pripet são obrigadas a deterem seu avanço frente ao contra ataque de quatro
poderosos exércitos russos, na tarde do mesmo dia a 1a Guarnição Blindada, de Von Kleist,
na tentativa de romper o bloqueio imposto pelas forças russas, sofre um ataque lateral de
2.500 tanques soviéticos sob o comando do general Kirponos, a batalha prosseguiu por dias
e aos poucos as unidades alemãs foram empurrando o exército vermelho para dentro de
seu território.

Em 1º de julho o restante das tropas húngaras já haviam desbarato as defesas


russas em seu caminho e chegam à cidade de Tartarow no dia 1° de julho e logo depois
avançam sobre Kolomea e no rio Dniester causando severas baixas ao exército vermelho.
Para no dia 09 serem oficialmente incorporadas ao 17o Exército alemão, comandado por
Von Rundstedt, seu objetivo seria a proteção da ponte Dniepropetrowsk.

Ao norte o sucesso das unidades do marechal Von Leeb o 56o Corpo Blindado,
comandado pelo general Von Manstein obtiveram o mesmo sucesso durante o ataque que
suas unidades irmãs dos outros grupos de exércitos.

Nas primeiras horas do raiar do dia 2 de julho. Uma força de ataque liderada pelo
11o Exército alemão, de Von Schobert, e por outros dois pequenos exércitos romenos de
Antonescu atacam, as defesas russas posicionadas ao sul dos Cárpatos,a primeira brecha e
aberta em Pruth, para logo a seguir chegarem vitoriosos a antiga província romana de
Bessarábia, controlada pelos russos desde a assinatura do pacto entre Molotov-Ribbentrop
em agosto de 1939.

143
No cair da tarde o 56o corpo blindado alemão sob o comando do general Erich Von
Manstein, articulador da manobra de Sedan empreendeu um forte avanço sobre as tropas
russas em defesa do vale do rio Dubissa, em 20 dias de duros combates chega nas
proximidades de Dunaburgo e controla as pontes sobre o rio Duna. Tendo em vista as
condições precárias das estradas soviéticas, controlar as pontes era fator primordial para
deslocarem grandes quantidades de tropas.

Na manhã de 10 de julho as unidades Panzer do General Guderian após passarem


pelo rio Beresina, cruzam o rio Dniéper localidade ao sul da cidade de Smolensk. Sendo
empreendida ao norte, nova invasão por uma coluna de tanques do 3o Grupamento Panzer,
comandados pelo General Hoth, que empreenderam rápido avanço rumo a Smolensk para
ajudar as forças do general Guedrian que trovavam os primeiros combates contra unidades
russas de fronteira. A primeira divisão a aproximar-se da cidade foi a 29a Divisão
Motorizada, comandada pelo General Von Boltenstern que em 13 de junho posicionou-se
nas cercanias de Smolensk para preparar o cerco a 300 mil soldados russos dispersos na
fronteira, sendo o ataque final desfechado na madrugada do dia 16.

Os fatos históricos contam que em alguns pontos da fronteira os soldados do


exército vermelho rechaçaram toda e qualquer tentativa da Whermacht de entrar em solo
russo, impediram a 9ª divisão armada do general Model de invadir e ao sul resistiram por
dias frente à 3º corpo Panzer do General Kempf, a 3ª SS Divisão SS Totenkopf comandada
pelo General Hermann Priess com uso de pontes flutuantes atravessa o rio e estabelece à
primeira cabeça de ponte, no mesmo dia o general russo Katukov fazendo uso do 33º Corpo
de fuzileiros e do 10º Grupo de Tanques força as forças alemãs a recuarem, as tropas
alemãs só tiveram êxito no dia 11 quando o 4ª Exército Panzer do general Hoth,
estabeleceu suas forças nas cercanias de Prochorovka, a cidade foi atacada por 2 divisões
sob o comando do Major General Theodore Wisch, na tarde do mesmo dia cruzou o rio na
localidade de Psel e manteve seu avanço sobre Obayan. Pressionado as tropas russas no
povoado de Tretevino. Ao sul para rechaçar o avanço alemão sobre a região as forças
russas colocam em operação toda a força da 5ª Armada de Guardas com o total apoio de
850 tanques, dos quais 500 eram os modernos e poderosos T- 34. Era a chamada operação
Ramyantsev.

Ás 05 horas da manhã do dia 12 ocorreu o primeiro grande embate de tanques,


formações inteiras de tanques soviéticos modelo T-34 e T-70 contra os Tanques panzer
modelo II, sendo que o mais terrível encontra deu-se na região de Villa Bocage entre o 181
regimento blindado soviético e a 13ª Companhia de blindados Pesados, pertencente ao 1º
Regimento Blindado de Leibstandarte, Sob o comando do Segundo Tenente Michael
Wittman, ao cair da tarde todo o regimento soviético estava destruído. Porém as unidades
SS recebem a ordem de se retirarem da frente de combate após receberem a comunicação
que os aliados haviam iniciado a invasão a Cicília e os soviéticos estarem colocando em
pratica uma contra-ofensiva na região Izyum, a retirada das tropas SS e sua transferência
para a Itália deu-se entre os dias 17 e 18 do mesmo mês. Esta atitude do alto comando
alemão deu as forças russas à oportunidade de resgatar e recuperar centenas de blindados
semioperacionais e dezenas de outros equipamentos.

144
Em meados do mês de Julho do ano de 1941 o poderoso exército alemão controlava
toda zona fronteiriça e a guerra agora prosseguia já bem dentro do território soviético.

Militares guardam um tanque Panzer

145
Milhares de Civis russos morreram durante a invasão alemão, aqui aldeões contam seus mortos.

146
Entre os dias 19 e 20 de julho e desde o inicio da segunda guerra ás poderosas
unidades panzer do general Guderian enfrentam um inimigo astuto e capaz, mesmo em
inferioridade bélica o soldados russos pertencentes a 20 divisões sob o comando do
Marechal Timoshenko, golpeiam o flanco sul das unidades de Guderian abrindo caminho
para leste. Existia agora um combatente a altura dos blindados panzer de Guderian, as
unidades russas passavam a receber o poderoso tanque T-34 cuja grossa blindagem resistia
aos projéteis antitanque de 47 mm.

Após o inicio da invasão foram incorporadas ás tropas alemãs 200.000 soldados


romenos, italianos, gregos dissidentes. Húngaros e alguns voluntários espanhóis seguidos
por unidades Finlandesas que haviam fugido após a capitulação para a Rússia.

No mesmo dia 19 através da instrução normativa de nº. 33 Hitler ordena ao


comandante chefe do exército do Centro Marechal–de-campo Von Leeb, que elimine as
unidades russas sitiadas, deixe as unidades de infantaria frente à Moscou e redirecione para
sudeste e nordeste rumo a Leningrado e Kiev todas as suas unidades blindadas, sendo que
os 1o e 2o grupamentos Panzer, de Von Kleist e Guderian, deveriam atacar no sul os campos
petrolífero e os 3o e 4o grupamentos Panzer de Hoth e Hoeppner, deveriam conquistar
Leningrado e controlar o Volga. Durante o avanço para Moscou as tropas alemãs deixaram
atrás de se uma infinidade de atrocidades cometidas contra o povo russo, o que veio a
fortalecer o espírito combativo dos soldados do exército vermelho frente ao invasor
impiedoso. Sendo que quando mais se aproximavam das cercanias de Moscou mais
resistência e ferocidade no combate os soldados da Whermacht encontravam por parte dos
das unidades russos incumbidas da defesa da capital.

Tanque Russo nas cercanias de Moscou

147
O avanço alemão prosseguia de forma espantosa aos olhos dos aliados, sendo que
em meados do mês de julho as tropas da Whermacht controlam a região da cidade de
Minks e fazem cerca de 290.000 soldados russos prisioneiros, não tarda muito e no mesmo
mês as tropas alemãs capturam mais 100.000 soldados que defendiam a cidade de
Smolensk, os meses de setembro e outubro são seguidos por grandes conquistas alemãs
que conseguem eliminar toda resistência do exército vermelho em Kiev e em Vyazma
conseguindo nestas ocasiões capturar aproximadamente 1.300.00 soldados russos.

Em 29 de Julho cai frente ao 18º exército alemão cai à cidade de Riga, antiga capital
da republica independente da Letônia.

Para completar a nova fase de resistência na guerra o General Guderian forma uma
poderosa força de ataque composta por 15 divisões, formadas por 5 blindadas, com 930
carros, o 47o Panzer Korps, do General Lemelsen, o 12o Corpo, do General Schroth, o 24o
Panzer Korps, do General Geyr Von Schweppenburg. Tendo como corpo de reserva o 46o
Panzer Korps, do General Viethinghoff. Guderian coloca todas as suas tropas em marcha na
direção de Slonin e Baranovitch,mais ao centro o Coronel-General Hoth reúne sobre seu
comando sob seu comando o 39o PK do General Rudolf Schmidt, o 57o PK do General
Kuntzen e mais o 5o e o 6o corpos de exércitos, com o total de 250.000 homens e 840
carros blindados. A maior dificuldade de Hoth consistia no fato de estar diretamente
subordinado ao general de infantaria Strauss, comandante do 9o Exército alemão.

Colunas de Blindados Panzer do general Guderian

148
Instrução de Von Bock para Guderian.

- Caro Guderian - para o Fuhrer, a época das grandes batalhas de cerco está
terminada... Sua opinião é que os russos devem ser vencidos em pequenas manobras

No dia 1o de agosto, as unidades Panzer de Guderian ocuparam a cidade de Roslawl


após sofrerem pesados ataques desfechados em seu flanco direito. Começa uma
encarniçada resistência por parte do exercito vermelho.

Em cumprimento ás diretrizes estabelecidos pelo estado maior alemão o general


realizando manobras rápidas ultrapassa o 3o, o 4o e o 10o exércitos russos, e se coloca em
posição de ataque de um lado e outro do Niemen, na região de Lida-Novogrodek. Guderian
em ajuda a Hoth chega de Baranovitch deixando também para trás 4o e 9o exército
soviéticos. E ambos têm pela frente as tropas russas colocadas entre dois grandes rios ao
norte o Duna e ao sul o Dnieper. No dia 11 de julho mas proximidades de Baranovitch,
Lida, Novogodrek ao sul de Minsk as tropas alemãs haviam capturado 328.898 prisioneiros,
1.809 peças de artilharia e 3.332 engenhos blindados.

No dia 11 de Agosto de 1941 o General Halder, Chefe do Estado-Maior alemão,


escreveu em seu diário:

“... subestimamos a força do colosso russo, não só no campo econômico e do


transporte, mas também, e principalmente, na esfera militar. De inicio,
contávamos enfrentar 200 divisões inimigas e já identificamos 360. Quando
destruímos uma dezena dessas divisões, os russos lançam uma outra dezena”.

Em 1º de outubro do mesmo ano começa a operação Furacão, o Fuher alemão Adolf


Hitler ordenou a seus generais no front soviético um ataque maciço contra Moscou. Sob o
comando da Luftflotte 2 o general Kesselring passou a dispor de 1.320 aeronaves de vários
modelos, dispostas entre caças, bombeiros e observação, as tropas estacionadas em terra
frente nas cercanias de Moscou formado por 2 exércitos começavam a abrir em forma de
pinça e manobrava para cercar o exército vermelho que defendia Moscou, com a crescente
resistência por parte do exército vermelho frente ao avanço alemão, o mês de outubro
termina e no inicio do mês de novembro as chuvas torrenciais se intensificam
transformando o solo russo em um mar de lama, sem estradas e meios de locomoção
rápida, o que tornava impossível a rodagem de veículos de rodas ou mesmo lagarta, no
mesmo tempo as tropas alemãs sentiram as dificuldades do avanço e a constante falta de
suprimentos, munição e combustível, no fim do mês de novembro as tropas russas já
contabilizavam a perda de vida de três milhões de soldados, porém as baixas alemãs foram
extremamente altas para um exército experiente e muito bem treinado, as tropas alemãs
somavam agora a perda de 800.00 soldados, o reich alemão tinha agora dois inimigos
implacáveis. A chuva e o constante frio e o pior de todos, a resistência e tenacidade do
soldado russo, que demonstrava lutar melhor quando cercado, acuado e sob constante
ataque.

149
A VVS começa a receber seu melhor e mais poderoso o Ilyushin Il-2 Shturmovik,
aquele posteriormente seria chamado de carrasco das divisões panzer alemãs. Em apoio a
Whermacht ao cerco a Moscou a Luftwaffe contava agora com somente 500 aviões
postados em campos precários e sujeitos ao rigor do inverno, em contra-partida a Força
aérea sovietica tinha na aérea de Moscou cerca de 1.000 aeronaves e pilotos acostumados
ao inverno glacial, desde a invasão a Luftwaffe começava a perder sua supremacia sobre o
espaço aéreo sovietico.

Unidade de produção do Ilyushin Il-2 Shturmovik

No final do mês de outubro após conquistarem ás margens do o rio Donec em um


acordo feito pelo estado maior Húngaro e o comandante-em-chefe da Whermacth os
soldados húngaros que prosseguiam no campo de batalha foram retirados de suas posições
e enviados de volta á Hungria.

150
No fim de Novembro e inicio de Dezembro a Rússia e assolada pelo pior inverno nos
últimos 20 anos que a Europa já havia visto, a temperatura variou de -25 ºC a -40 ºC, o
soldado russo vestia grossos casacos e capuz de feltro, calçava botas grossas botas e couro
e meias de lã o que lhe protegia do frio, seu equipamento havia sido desenhado para
funcionar em baixas temperaturas e tinham farto suprimento de óleo anticongelante para
seus veículos, muitos deles nasceram na neve e das regiões mais gélidas faziam sua
morada, o soldado alemão todo garboso com seus belos uniformes sentia agora desprovido
de agasalho o rigor do inverno russo, seus pés congelavam dentro somente das botas de
couro e a fome constante lhe assolava.

Tropas russas preparadas para o rigoroso inverno

151
Neste ponto da historia russa surge seu maior herói militar, o marechal Georgy
Konstantinovich Zhukov, diferente dos outros altos oficiais russos, Zhukov estava sempre
perto de suas tropas no campo de batalha.

Nascido em 02 de Dezembro de 1896 na cidade de Stelkovka, na província


de Kaluga, em uma família com poucos recursos financeiros. Durante a Primeira
Grande Guerra Mundial serviu ao Exército Imperial na cavalaria. Após a guerra
civil, foi estudar sobre a guerra blindada na Academia Militar de Frunze (hoje
Bishekek). Morreu aos 78 anos em 18 de junho de 1974 em Moscou. Comandou
o exército nas batalhas de Leningrado e de Stalingrado sitiada, Kursk e Berlim, e
conhecido por nunca ter perdido uma batalha, uma frase nos campos de batalha
ficou bastante conhecida e temida pelos alemães.

“Onde você encontrar Zhukov, você encentra a vitória”.

Marechal Georgy Konstantinovich Zhukov

152
Zhukov passa a exercer o comando das forças de defesas de Moscou em 8 de
outubro, encontrando uma situação das mais graves o poderroso exército alemão estava
muito próximo da conquista da capital do imperio sovietico. A Whermacht havia ordenado
que seus exércitos bloquean-se qualquer forma de envio de recursos e ajuda para tropas
sovieticas postadas em defesa da capital, grandes colunas Panzer tinham penetrado e
praticamente o caminho estava bloqueado, neste cenário da guerra foi que o General
Zhukov infligiu aos alemães sua primeira grande derrota terrestre de toda a guerra,
destruindo de tal modo a confiança que Hitler depositava em seus generais, a ponto de
demitir o Comandante-Chefe do Exército, os três Comandantes de Grupo de Exércitos e 31
outros generais. Uma operação lançado pelo alto comando alemão para a conquista e
dstruição de Moscou recebeu o nome de Operação Tufão e foi deflagrada ao mesmo tempo
em que outra operação seria desencadeada na Ucrânia a qual recebeu o nome de operação
Canaa, a primeira operação estva a cargo de três Grupos Panzer: 2 (Guderian), 3 (Hoth) e 4
(Hoeppner). Dos três somente o de Hoth já estava em posição de ser transferido da Frente
de Leningrado (o que, de fato, foi feito durante a segunda quinzena de setembro), e o de
Guderain devia retornar da Ucrânia. No inicio da operação o ex´to dos corpos blindados em
sua progresso foi espantoso, quando o Grupo Panzer 2 foi lançado para noroeste, na
direção de Orel, de onde avançaria para o norte à retaguarda das tropas de Yeremenko,
seguidos de perto pelos Grupos Panzer 3 e 4, mais ao norte.

5 dias após o inicio da operação, o Grupo de Exércitos sovieiticos, o 16o, 19o e 20o
Exércitos e o Grupo Operacional do General Boldin, a oeste de Viazma, enquanto que em
outro bolsão a nordeste de Briansk os três exércitos de Yeremenko (3o, 13o e 50o) estavam
retidos, juntamente com os 24o e 32o Exércitos da Frente de Reserva. Ao todo, 81 divisões
soviéticas estavam cercadas nos bolsões de Viazma-Briansk e toda a frente da defesa
soviética diante de Moscou estava à beira do colapso.

Tropas Russas estacionadas em Moscou

153
Tanques estacionados a frente de moscou

154
Em 10 de Outubro antes da chegada do grosso das tropas alemãs o general Zhukov
inicia os preparativos para estabelecer um linha de defesa estável com quase 206 km e
defendido por 45 batalhões nesla espalhados a cada 5 Km , a linha Volokolamsk-Mozhaysk-
Maloyaroslanets-Kaluga, Em meados de outubro, os 5o, 16o, 43o e 49o Exércitos, totalizavam
apenas 90.000.

Em 13 de outubro frente a uma esmagadora investiva por parte de tropas alemãs na


região de Kaluga os sovietivos sofrem o primeiro rompimento da linha de defesa, os
alemães colocam forças móveis em todos os caminhos que levavam a Moscou. 50 tanques
chegaram à área de Turginovo, cerca de 100 em Lotoshino; uns 100 em Makarovo e
Karagatovo; cerca de 50 em Borovsk e uns 40 em Borodino. Em 19 de outubro o Comitê
Estatal de Defesa declarou estado de sítio para Moscou e para as áreas adjacentes, e Stalin
ordena:

A Linha de Defesa de Volokolamsk-Mozhaysk-Maloyaroslavets-Serpukhov foi ocupada


por forças ainda um tanto deficientes e em alguns lugares o inimigo já a tomara. Para
impedir sua penetração até Moscou, o Conselho Militar da Frente escolheu, como a principal
posição de defesa, a linha desde Novo-Zavidovsky, passando por Klin, pelo reservatório de
Istra, Zhavoronki, Krasnaya Pakhra e Serpukhov, até Alexin. Em vista da importância dessa
decisão, creio que devo expor aqui, detalhadamente, o plano para a retirada dos exércitos
da Frente Ocidental da linha de defesa de Mozhaysk

1.Se for impossível reter a ofensiva inimiga na linha da Frente, resistindo ao ataque inimigo
com os elementos da retaguarda, devem retirar suas forças principais, a começar pela
principal massa de artilharia, para a linha de defesa que está sendo preparada ao longo da
linha Novo-Zavidovsky-Klin, o reservatório de Istra-Zhavoronki-Krasnaya Pakhra-Serpukhov-
Alexin. Toda a força aérea deve ser usada para cobrir a retirada.
2. Até que suas unidades sejam deslocadas para a principal linha de defesa, os exércitos
devem organizar e travar batalhas com poderosas retaguardas, bem abastecidas de armas
antitanques e com unidades móveis para contra-atacar assim que forem mandadas,
mantidas em disponibilidade em cada exército; devem atrasar o inimigo o máximo possível
na linha intermediária de Kozlovo-Gologuzovo-Yelgozino-Novo-Petrovskoye-Kolubyakovo-
Naro-Fominsk-Tarutino-Chernaya e rio Gryaz-Protva.
3. Os exércitos devem recuar para dentro das suas próprias linhas de demarcação,
excetuando-se os 16o e 5o Exércitos: a linha de demarcação entre estes dois é estabilizada
como Zagorsk, Iksha, Pavorovo e Tarkhanovo, todas inclusive para o 16o Exército.
4. Os serviços de retaguarda dos exércitos recuarão para o leste dentro dos seus limites,
exceto os 5o e 33o Exércitos, cujos serviços de retaguarda acompanham estradas que têm
de estar fora de Moscou e do seu complexo, isto é, os serviços de retaguarda do 5o Exército
- ao longo das estradas ao norte de Khimki e Mytishchi, e do 33o Exército ao sul de
Peredelkino e Lyubertsy. Nem uma só carroça ou carro deve ser dirigido para, ou admitido
por, Moscou ou pelo seu complexo. Para assegurar isto, os 5o e 33o Exércitos deverão
estabelecer uma regulamentação firme e oportuna para a retirada e estipularão os
caminhos pelos quais o transporte, as organizações de retaguarda e os soldados devem
movimentar-se. As organizações de retaguarda desnecessárias devem ser retiradas com
antecedência.
5. Se a batalha na linha principal de Istra-Pavlovskaya-Soloboda-Zhavoronki resultar
desfavoravelmente, o 5o Exército tem de recuar não só para o perímetro fortificado em
torno de Moscou, mas para nor-nordeste de Khimki, e seu flanco esquerdo para as unidades
do 33o Exército ao sul de Peredelkino e Lyubertsy. Essas unidades devem ser retiradas para
a reserva do exército, passando em torno da Zona Fortificada de Moscou do sudeste e leste
para a área de Pushkino.

155
6. Em conseqüência disso, a base de abastecimento do 5o Exército tem de ser a Estação de
Pushkino, e a do 33o Exército, a Estação de Ramenskoye. Os 16o, 43o e 49o Exércitos têm de
fixar-se em estações de abastecimento dentro das suas linhas de demarcação.
7. Para cobrir a retirada planejada das unidades dos Exércitos ao longo da rede rodoviária
Novo Petrovskoye-Kubinka-Naro-Fominsk-Vorobya, a defesa antitanques feita por
regimentos de artilharia das forças de defesa deve ser providenciada antecipadamente. Isto
tem de anular qualquer possibilidade de uma penetração Panzer inimiga na retaguarda.
Parte das forças dos Exércitos ocupará previamente a principal linha de defesa nos eixos
mais importantes, com unidades de infantaria e, em especial, com artilharia e baterias de
foguetes.
O 16o Exército deslocará os remanescentes da 126a Divisão de Fuzileiros da linha nas áreas
de Klin e Troitskoye antecipadamente: o 5o Exército fará o mesmo nas áreas de Davidkovo e
Krasnaya Pakhra com a 110a ou a 113a Divisão; e o 43o Exército na área a oeste de Podolsk
e Lopasnya, com a 53a Divisão de Fuzileiros.
8. O Controle dos Exércitos pela Frente durante a retirada será providenciado através da
rede de comunicações do Comissariado Popular de Defesa em Moscou; simultaneamente, se
preparará uma rede de comunicação e localização para o QG da Frente na área de
Orekhovo-Zuyevo ou Likino-Dulevo. (Assinado) Comandante da Frente Ocidental, General-
de-Exército Zhukov; Membro do Conselho Militar da Frente Ocidental, Bulganin; Chefe do
Estado-Maior da Frente Ocidental, Tenente-General Sokolovsky, 19 de outubro de 1941.

Em 22 mês de outubro devido ao desgaste constatnte a que foram submetidos os


soldados alemães o plano do comando nazista no sentido de capturar Moscou foi
destruído,. A ofensiva alemã perdia impulso dia a dia e, pelo final de outubro, parara ao
longo da linha de frente que ia desde Turginovo, passando por Volokolamsk, Dorokhovo,
Naro-Fominsk, a oeste de Serpukhov, até Alexin. Na área de Kalinin, as forças da Frente de
Kalinin já então também tinham estabilizado a defesa.

Declaração de um general alemão ás portas de Moscou

General alemão Tippelskirch

: “Tornou-se impossível caminhar nas estradas”, “a lama gruda-se aos nossos pés, às
patas dos animais. Às rodas das carretas e dos veículos... a ofensiva parou”.

Na defesa de Moscou foram construidos em suas cercanias 1.428 embasamentos e


ninhos de artilharia e de metralhadoras, 160 km de fossos antitanques, 122 km de
alambrados em três fileiras, e grande número de outros obstáculos.

Em novembro do mesmo ano durante quase 30 dias de combates ferozes e


sangrentos, um grupo de motociclistas do 62o Regimento de Sapadores Panzer chega a
apenas 26 km do Kremlin. Este era o local mais próximo de Moscou em que uma unidade
alemã conseguiu chegar ntes do contra-ataque sovietico. A estegia militar de Zhukov era
colocar tropas combatendo os alemães até esgotar-lhes as forças e depois devido a sua
superioridade numerico em relação aos alemães enviar tropas descansadas para novamente
combater as tropas alemãs antes de se reagruparem e descansarem, assim se deu por
varios dias, até que os alemães não conseguissem restir ás investidas do exército vermelho
e os ataques da VVS.

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Artilharia Russa Disparando sobre posições Alemães

Em Novembro de 1941 contando com ás adservidades encontradas pelos exércitos


alemães, Stalin autoriza um poderoso contra-ataque nas zonas do front, para isso nomeia e
direciona o 1º Exército de Choque sob o comando do Tenente-General V. O. Kuznetsov, que
deveria combater ás tropas alemãs proximas a Moscou e com o apoio do 20º e 30º
exércitos os quais deveriam retomar Klin, Teryayena Sloboda e Rogachevo-Borshchevo,
depois rumaria 1º Exército de Choque, para capturar a área de Reshetnikovo-Klin, de
Kostlyakovo e Lotoshino; partes do 20º Exército, 16º exército e atacaria a área de
Krasnaya Polyana- Bely Rast, com a ajuda do 1º de Choque, chegariam a Solnechnogorsk,
e ao sul prosseguiriam na direção de Volokolamsk. A ala direita do 16º Exército deveria
atacar na direção de Kryukovo e prosseguir para Istra; o 50º Exército, em Tula, foi
encarregado de retormar Bolokhovo e Shchekino. O Grupo Operacional de Belov
estacionado na área de Mordves rumaria na direção de Venev, Stalinogorsk
(Novomogorsk) e Dedilovo, onde encontraria o com os 50º e 10º Exércitos. O 10º Exército,
sairia de Derebryanye Prudy-Mikhaykov e atacaria as forças alemãs em Uzlovaya e
Bogoroditsk e depois iria para o sul pelo rio Upa.

Tropas de Infantária da Whermacht

O Soldado Russo

Durante o início das hostilidades e por todo o tempo que durou a invasão alemã ao
solo russo, o soldado do exército vermelho recebeu a dura ordem de: Nenhum passo atrás.

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Mal armado, sem nenhum preparo militar, mais extremante respeitoso á seus superiores e
ao seu líder Maximo Stalin, o soldado cumpria a risca tal ordem, seu moral aumentou ainda
mais comando por experientes generais tais como Rokossovski, Vatutin, Golikov, Chuikov e
Zhukov, certo comentário de um soldado Alemão expressa toda realidade da tenacidade do
soldado russo: e correto afirmar que o soldado russo apanhou, sobreviveu, se refez, e
começou a bater forte até chegar em Berlim, foi um bravo em defesa de sua pátria!

“Eu Já matei mais de 40 russos hoje, e quanto mais mato, mais aparecem outros!
de onde saem? debaixo da terra?!

Soldado Russo morto em um burraco de trincheira

Em 15 de janeiro de 1942, por solicitação do estado maior alemão ao governo


húngaro, a Hungria envia novamente suas tropas para o combate em solo russo, tais forças
eram compostas por 9 divisões ligeiras, 1 divisão blindada e por 7 divisões de ocupação,
faziam parte do 3ª, 4º e 7º corpos pertencentes ao 2o Exército húngaro, tendo sido
nomeado para seu comando o General Gustav Jány. Sua chega deu-se em 27 de julho e

158
passaram a fazer parte do corpo de exércitos do General Von Weichs postados na localidade
de Voronez

Em pleno e rigoroso inverno entre os meses de Janeiro e fevereiro de 1942 as tropas


russas aumentavam dia após dia à pressão ao longo do campo de batalha sobre as forças
alemãs, sendo que no início de fevereiro de 1942 o exército vermelho cercou seis divisões
de um corpo do exército alemão composto por 100.000 homens na localidade de
Demyansk, o cerco só foi rompido em 20 de maio de 1942 após receberem apoio de outras
unidades da Whermacht.

Tropas Russas se deslocando durante o rigoroso inverno

Entre os meses de Novembro e Dezembro as tropas russas localizadas no eixo de


Maloyaroslavets e Serpukhov, e que anteriormente tinha por incumbência a defesa das
estradas e pontes que levariam a Moscou passaram a lograr exito na ofensiva. Sendo que
em novembro houve tremendas lutas nas áreas de Kashira e Mordves, devido aos combates
acorridos nesta região e as seguidas derrotas sofridas pelas tropas alemãs o General
Guderian, Comandante do 2o Exército Panzer, ordenou que suas unidades passasse à
defensiva. Tendo as forças soviéticas repelindo todos os ataques inimigos na área de Tula,
causando-lhe sérios danos e impediram seu avanço na direção de Moscou. Em outras

159
localidades as forças alemães ignoraram as perdas sofridas e continuaram avançando
desenfreadamente, numa tentativa de penetrar a qualquer preço até Moscou, nesta ocasião
os generais russos obedecendo a um esquema da batalha, deslocaram suas unidades
menos utilizadas para setores onde se faziam mais necessárias, tendo as forças russas
lutado com tenacidade, repelindo os constantes ataques das forças da Whermacht. Não
obstante, a Wehrmacht fora rijamente surrada e repelida do seu objetivo, recuando, em
alguns setores, até 400 km . além do mais embora não mais imunes ao frio do que os
alemães, os soldados russos estavam mais acostumados, achavam-se convenientemente
vestidos e dotados de equipamento adequado para as circunstâncias que o Inverno russo
lhes infringia com seus 40 a 50 graus (centígrados) abaixo de zero.

160
Batérias de Foguetes Katyusha sendo lançados sobre tropas alemãs

No campo de batalha o exército vermelho já bem mais equipado resiste bravamente,


conta agora com equipamento capaz de fazer frente aos usados pela Whermacht, lhes são
entrege os primeiros T-34 - de 26 toneladas, armado com um canhão de 676 mm, o T-35,
de 46 toneladas, e os Klim Vorochilov, de 55 e 100 toneladas. Os lançadores Katiuchka com
capacidade de lançamento de até 370 foguetes.

África do Norte

161
Marsa Matruh

Após serem derrotadas na Líbia pelo Afrika Korps os remanescentes do 8º exército


britânico retiram-se para dentro do território egípcio afim de alcançar a localidade de El
Alamein, em 23 de junho de 1942 após se reagruparem no porto de Torkuk duas divisões
Panzer do Afrika Korps com um efetivo de 50 tanques e mais 14 pertencentes ao 20o Corpo
Mecanizado italiano totalizando um efetivo de 5.000 soldados rompe a fronteira libio-egpcia.
Para defender o território egípcio das formações de Rommel, o General Auchinleck, nascido
John Claude Auchinleck, comandante-chefe das forças britânicas no Oriente Médio decidiu
dividir suas tropas, ficando a maior parte na defesa da fortaleza de Marsa Mutruh,
impedindo o acesso ao canal de Suez, e a 30º corpo do 8º exército sob o comando General
Norrie se estabeleceria em El Alamein, tendo seu flanco protegido dos ataques do afrika
korps pelos imensos e intransitáveis areais do Quattara, nesta localidade deveriam se juntar
ao 10º corpo que sob o comando do General Holmes havia partido da Síria, e assim
estabelecer um sólida defesa contra as forças invasoras, por todo o dia 25 de junho as
tropas alemãs em empreendendo sua marcha para sitiar a fortaleza de Marsa Matruh são
duramente castigadas pelos ataques da R.A.F ao qual não sofreu intervenção alguma por
parte da Luftwaffe, no dia 26 estavam posicionadas na defesa da fortaleza partes do 10o
Corpo, integrantes da 50a Divisão britânica e a 10a hindu; e mais ao sul, o 13o Corpo, e a
divisão neozelandesa, comandada pelo General Freyberg, bem como a 1a Divisão Blindada.
O ataque foi desfechado por volta das 2 horas da manhã e foi desfechado pela 21a Divisão
Panzer e 90a Ligeira contra as posições da 1º divisão Blindada. No Amanhecer do dia 28 do
mesmo mês as tropas que guarneciam os acessos para a fortaleza estavam completamente
destruídas, com centenas de corpos destroçados espalhados entre veículos ardendo em
chama, por volta das 12 horas do dia 28 de junho as tropas da Afrika Korps já seguiam
rumo aos portões da fortaleza. Para na madrugada do dia 29 tomar por completa as
fortificações e aprisionando cerca de 1.000 soldados ingleses e um grande numero de
equipamentos militares e víveres. O Restante das tropas britânicas em fuga foram
perseguidos até a localidade de El Daba, onde Rommel deteve suas tropas para preparar o
ataque ás tropas entrincheiradas em El Alamein, após reunir com seus oficiais o General
alemão Erwin Rommel inicia os combates pela conquista do ultimo reduto ocupação pelo 8º
exército britânico, o ataque a El Alamein deu-se ás 3: 00 da manhã do dia 1º de julho de
1942.
Declaração do General Auchinleck a seus oficias frente ás derrotas sofridas perante o
General Rommel.

Declaração do General Auchinleck

“Recomendo agir por todos os meios para apagar a impressão de que


Rommel seja mais do que um simples general alemão. Em primeiro lugar, é
necessário impedir que se empregue constantemente o seu nome para
designar nossos adversários na Líbia. Diremos “os alemães”, os “as forças do
Eixo”, ou simplesmente “o inimigo”, sem colocar constantemente o seu nome
na frente. Vigiai, peço, o estrito cumprimento desta ordem e fazer
compreender a todos os chefes de unidades que se trata de um assunto
sumamente importante do ponto de vista psicológico.
“Assinado: C.J. Auchinleck - Comandante-chefe das forças no Oriente Médio.
“P.S. Declaro que não tenho ciúmes de Rommel”.

162
Em 23 de junho de 1942 o General Ewin Von Rommel foi nomeado marechal do exército
alemão.

Marechal Rommel em inspirção as suas tropas em território Libio

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Estimativa das tropas comandadas por Rommel no início de sua campanha contra o
8º exército britânico.

Afrika Korps

15a Divisão Panzer


Regimento de fuzileiros (300 homens e 10 canhões antitanque)
Regimento de artilharia (7 baterias)
21a Divisão Panzer
Regimento de fuzileiros (300 homens e 10 canhões antitanque)
Regimento de artilharia (7 baterias)
90a Divisão Ligeira (1.500 homens de infantaria, 30 canhões antitanque e 2 baterias)
Batalhões de reconhecimento (3) (15 veículos blindados, 20 transportes blindados e 3
baterias)
Artilharia: 11 baterias pesadas e 4 leves, 26 canhões antiaéreos de 88 mm, 25 canhões
antiaéreos de 20 mm.
Total de carros blindados: 50 tanques

Forças italianas

20o Corpo Motorizado: 14 tanques, 40 canhões antitanque e 6 baterias leves.


10o e 21o Corpos: 2.200 homens (11 batalhões), 30 baterias leves e 11 pesadas.

Tanques PzKpfw - MkII

164
De Volta a Rússia

Stalingrado

A Whermacht através de seus 3 grupos de exércitos formados em linha controla


agora cerca de 2.600 km de extensão dentro do solo russo, o objetivo imediato seria
controlar toda a região em torno do Volga e para isso era necessário ocupar Stalingrado.
Não tendo o exército alemão conseguido destruir o exército vermelho antes da chegada das
tempestades de inverno, restante agora como opção militar empurrar para além da fronteira
natural do Volga e assim controlar o Cáucaso e suas regiões petrolíferas afim de esperar
receber reforços e aguardar a chegada do outono para novamente empreender novo ataque
ao exército vermelho. Durante dias o exército vermelho resiste no Cáucaso, cercados pelo
6º exército alemão sob o comando do general General Friedrich Paulus, divisões inteiras do
exército vermelho se acumulam ao redor de Stalingrado. A 2 de setembro de 1942 iniciou o
cerco às tropas russas que permaneciam em defesa de Stalingrado, por todos os lados se
posicionavam o 6o Exército e o 4o Exército Blindado alemão. Sem comunicação sem meios
de reabastecimento ou a possibilidade de receber reforços parecia que para os russos a
cidade seria conquistada, a única opção seria receber ajuda pelo Volga e isto só duraria
enquanto a marinha russa dominasse a navegação no Volga. O General Lopatine,
comandante do 62o Exército após manifestar a intenção de abandar suas posições de defesa
e cruzar o Volga em direção á outros exércitos russos é substituído no comando pelo
General Tchuikov, e suas ordens são claras: conservar Stalingrado, ou morrer. Em
stalingrado havia diversas fabricas de interesse aos alemães dentre as quais podemos
destacar:. A fábrica de produtos químicos Lazur, a Usina Siderúrgica Outubro Vermelho, a
fundição de canhões Barricada e a fábrica de tratores Djerjinski. O comprimento total dessa
cadeia urbana e industrial ultrapassa 50 km. A primeira grande conquista fora efetuada pela
29a Divisão Motorizada do exército alemão, por dias palmo a palmo da cidade é disputado,
em 15 de outubro o exército alemão já consegue dominar partes da margem do volga
dentro da cidade. Nesta ocasião os soldados russos controlavam apenas o distrito industrial
norte e parte cidade central com seu embarcadouro, o mais tudo era somente ruínas,
durante os dias que se seguem nem as tropas alemãs nem o exército vermelho da um
passo em retirada, esquina após eqüina, casa após casa, metro após metro, tudo e
defendido ou conquistado. Os combates desenrolam-se no meio da confusão da maquinaria
quebrada das fábricas, de pontes rolantes tombadas, de estruturas espatifadas de edifícios.
Da população sem condições de atravessar o Volga milhares morreram de fome. Os
alemães sabem que nada lhes será cedido, a destruição e total, um monte de escombros,
uma fortaleza perfeita para os soldados russos, a casa dos Snipers.

165
Uma Snipers do exército vermelho.

A Maior sniper russa foi Lyudmila Mikhlailovna Pavlichenko, nascida 12 de julho de


1916 na pequena vila de Belaya Tserkov na Ucrânia, sua arma era um rifle de 5 tiros
Mosin Nagent com uma mira P.E. 4-power, capaz de disparar uma bala de 148 gr a
uma velocidade de 853 m/s. Era muito útil para alvos a mais de 550 m, á tenente
Pavlichenko são atribuidas a morte de 36 snipers alemão e um total de 309 outros
militares mortos. A major Lyudmila Pavlichenko morreu em 10 de outubro de 1974 .

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Entre os Homens sem sombra de duvida, aquele que é considerado o maior
sniper russo: Vasily Grigoryevich Zaitsev (Васи́ лий Григо́ рьевич За́йцев),
nasceu no dia 23 de Março de 1915 na cidade de Eliniski, Rússia e veio a falecer
em 15 de Dezembro de 1991, em Kiev capital da Ucrânia) ao soldado russo
Zaitse 284ª Divisão de Fuzileiros sob o comando do general Vasili I. Chuikov,
comandante do 62º Exército, são creditadas 242 mortes entre soldados e oficiais
alemães durante o cerco a Stalingrado, antes de ser cegado pela explosão de
uma mina lhe são atribuidas ao fim da guerra, cerca de 468 mortes.

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A arma preferida pelos Snipers Russos era o fuzil Mosin-Nagant mod. 1891 7.62 mm, alcançe 1.231 mts, velocidade 811 ms

Nacionalidade: União Soviética


Fabricação: 1891-1945
Calibre: 7.62mm x 54.
Dimensões: Longitud total: 1232 mm.; comp. Cano: 729 mm.
Peso: 3,95 Kgs.
Sistema de disparo: Repetição manual a ferrolho.
Sistema de alimentação: Cartuchos de 5 tiros.

Depois de duas guerras e uma revolução, o fuzil Mosin Nagant 1891,


chegou a ter um comprimento de 1,70 m. e se revelou demasiado grande
para as necesidades de uma guerra que se fazia cada vez mais ágil e
"motorizada". O Exército vermelho decidiu, então, fabricar um único
modelo de fuzil apto para todos as unidades , o M.1891/1930, que medía
1,23 m, para simplificar sua elaboração, a culata deixou de ser octogonal e
passou a ser arredondada, a mira se tornou mais robusta e possuia um
sistema de regulagem por metros em vez de por passos, por que a União
Soviética adotou o sistema métrico decimal. Produzido também em versão
de atirador de elite, modelo 91/30 com corpo de mira telescópica, também
foram produzidos outros modelos para sniper tais como o P.E.31; o
P.E.31/37, e o P.U.42, para até 1.300 metros..

Em 20 de novembro do mesmo ano, não se sabe por que ou por quem o general
Paulus recebe a ordem de reter suas tropas e não prosseguir o avanço pelas suas de
Stalingrado. O Exército vermelho em socorro ás tropas cercadas em Stalingrado sob o
comando do General Tchuikov prepara e envia uma força composta por 3 grupos de
exércitos, o primeiro comandado por Vatutin; o segundo comandado por Rokossovski; e o
terceiro comandado por Eremenko. A manobra consistiu em atacar simultaneamente ao
norte e ao sul. O primeiro ataque em grandes proporções vindas das forças russas deu-se
na noite de 18 para 19 quando as 04:00 da manhã a artilharia pesada russa despejou toda
concentração de seus disparos sobre as forças inimigas nas localidades de Serafimovitch e
Kremskaia. O primeiro ataque foi prontamente seguido por blindados e milhares de
soldados d infantaria, os quais por volta de 8 horas da manhã aniquilou o 2o Corpo romeno,
levando a quase aniquilação de 48o Corpo Blindado. Responsabilizado por Hitler pelo
fracasso em defesa das tropas o general Von Heim, foi encarcerado na prisão militar de
Moabit a onde permaneceu até 1945. No final de novembro do mesmo ano as tropas dos
generais Vatutin, Rokossovski e Eremenko, desfecham seu ataque final.. O 6o Exército
estava cercado!

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Ás 14:00 escapando do cerco russo o general Paulus e seu chefe de estado-maior, o
General Arthur Schmidt, levantaram vôo com destino a Nijni-Tchirkaia, na confluência do
Don e do Tchir. Na tarde do mesmo dia após ouvir os conselhos do comandante da 4a
Luftflotte, Wolfram Von Richthofen, do general de DCA Martin Fiebig e do chefe de estado-
maior Schmidt, o General Paulus solicita a Hitler licença para abandonar Stalingrado “caso o
6o Exército não conseguisse fechar seu flanco sul”.

Paulus estava aprisionado entre perder em alguns dias a maior parte de seu valor
combativo ou a perda de considerável material bélico em uma tentativa para abrir caminho,
de sua decisão sairia o melhor meio de evitar um desastre total.

As 10: da manhã de 26 de Novembro em uma ordem direta de Hitler a Paulus. O 6o


Exército é organizado na seguinte frente: Stalingrado - Norte, cota 137, Marinovka,
Zybenko, Stalingrado – Sul. Protegidos apenas pelas lonas se suas barracas teriam agora
que suportar as tempestades de neve, de 40 graus negativos. No final do mês as tropas em
torno do bolsão somam-se o 4o, o 8o, o 11o e o 51o Corpos de Exército, e o 14o Corpo
Blindado; as divisões de infantaria números 44, 71, 76, 79, 94, 100, 113, 295, 297, 305,
371, 376, 384, 389; as divisões motorizadas números 3, 29 e 60; as divisões blindadas
números 14, 16 e 24; o 8o Corpo de DCA; os regimentos de canhões de bombardeio 243 e
245; 12 batalhões de engenharia militar; e mais 149 formações independentes, finalmente,
duas divisões romenas e um regimento croata. Neste mesmo dia o general Paulus recebera
do General Zeitzler que o Marechal Goering abastaceria o 6ªº exército sitiado em leningrado
se acaso onseguissem manter o controle dos aeródromos situados dentro do bolsão, a
Luftwaffe garantia entregar um mínimo de 500 toneladas diárias de material, nesta ordem
Hitler determinava a Von Paulus Hitler que o 6º exécirto sustentasse as posições de
Stalingrado, naquele instante Paulus sabia que o destino de seu exército estava selado,
outros generais, como Seydlitz, Heitz e Jaenicke, temtaram em vão persuiadir Von Paulus a
romper o cerco e rumar para Leste, desafiando as ordens de Hitler, mas foi em vão.

Para elaborar um plano de ajuda ao 6º exército Hitler convocou seu abilidoso


estrategista o O General Erich von Manstein, após inteirar-se da situação no bolsão de
Leningrado Manstein compreendeu que sua missão era praticamente irrealizável, mas em
virtude da ordem de Hitler, decidiu elaborar um plano de ajuda.

General Erich Von Manstein

169
Erich Von Manstein, nasceu como Fritz Erich von Lewinski em 24 de novembro de
1887, em Berlim, filho do general prussiano de Artilharia von de Eduard Lewinski e de
Helene de Sparro, ao completar 9 anos seu pai veio a falecer durante exércicios militares,
no ano de 1900 e aceito como cadete na escola militar de Ploen, e logo após entra na
academia de Guerra, Von de Erich Manstein participou ao processo de criação do
Reichswehr viajou para vários países europeus em visita a suas forças armadas para
adquirir experiência e informações. Em 1936, Manstein é promovido a General, em 01
fevereiro de 1940, recebeu o comando do 38º Corpo de Infantaria e projeta o plano de
invasão a França, Em maio de 1945 Manstein e preso por tropas britânicas no campo da
faculdade de Luneberg, próximo a Nueremberg. Em agosto de 1946, para a Grã Bretanha
e somente voltou à Alemanha em 1948. Em agosto de 1949 Manstein é acusado por crimes
de guerra por um tribunal militar britânico em Hamburgo, sendo portanto condenado a doze
anos de prisão na prisão de Werl, em Westphalia. Manstein foi libertado em 1953, passou a
residir em Irschenhausen, perto de Icking, no Vale Isar na Baviera, viveu os últimos anos
de sua vida, rodeado de sua família. Erich Manstein um dos maiores estrategistas da
Segunda Guerra mundial e do exército alemão, morreu em Irschenhausen, Baviera, em 11
junho de 1973.

Porém em virtude das fortes nevascas que assolaravam a região durante o final do
ano, o general Manstein para deslocar-se até seus comandados diretos foi obrigado a viajar
de trêm, tendo estabeliocido somente no dia 26 de novembro seu quartel general, para
logos após ser informado que o “Comandante do Grupo de Exércitos do Don”, contava
unicamente com uma força compostas pelas reduzidas formações do 4o Exército Panzer e o
4o Exército romeno; perfazendo apenas 5 divisões, logo após hitler passava também ao seu
comando direto o 6o Exército de Paulus e prometia-lhe o envio de 11 divisões, sendo 4
panzeres. Porém com o desenvolver de outros teatros de operações só lhe foram cedidas 3
divisões de tanques e 1 de infantaria. O que para o habilidoso general Manstein tornava a
realização de seu plano impossivel. Devido a varios fatores externos a conclusão de seu
plano apresentado ao general Zeitzler forçava O 6o exército de Von Paulus a combater
somente dentro do bolsão de Stalingrado, de sua resistência frente ao exercito vermelho
dependeria todas as outras unidades da Wermacht em combate nas proximidades do rio
Don as quais teriam que enfrentar cerca de as 60 divisões soviéticas estacionadas na
desembocadura do Don.

operação Saturno
No dia seguinte ao início do avanço dos tanques de Hoth, o General soviético Vatutin,
recebeu ordem para por em marcha a operação Saturno. Seu objetivo: romper a frente
defendida pelo 8o Exército italiano, no curso superior do rio Don, com a finalidade de
avançar para o sul, e cortar, em Rostov, a linha de retirada de todas as unidades alemães
localizadas a leste desse rio: o 4o Exército Panzer, de Hoth, o 6o Exército, de Paulus, e o
Grupo de Exércitos A, cujas forças combatiam no Cáucaso. A mortal ameaça vislumbrada
por Manstein, estava em vias de concretizar-se.

Na manhã de 16 de dezembro uma neblina espessa cobria a frente de combate do Don,


defendida pelas tropas do 8o Exército italiano, comandado pelo General Gariboldi.
Repentinamente, o silêncio que reinara durante vários dias, foi rompido pelo fogo arrasador
da artilharia soviética. Sobre a superfície gelada do rio, centenas de tanques T-34
avançaram, rugindo, contra as posições dos italianos. Estes, à semelhança de seus
camaradas romenos e húngaros, não haviam recebido dos alemães armamentos modernos,
e careciam de canhões antitanques para enfrentar os carros blindados russos. Uma luta
nessas condições estava irremediavelmente condenada ao fracasso.

170
As forças de Vatutin superaram sem dificuldades a frágil defesa dos italianos e no dia 18
de dezembro haviam rompido uma brecha de 50 km em direção ao sul.

Soldados Russos nos escombros de Stalingrado “ A morte em cada esquina”.

171
No dia 1o de dezembro, por ordem direta do General Manstein, a Whermacht deu
incio a Wintergewitter (Tempestade de inverno). O plano consistia no ataque direto do 4o
Exército Panzer (General Hoth) atacaria pelo norte as forças russas. Se obitivessem suceso
no ataque, o 6o Exército deveria romper o cerco ao sul, do sucesso do 4o Exército Panzer,
composto pelas 6ª e 23ª divisões blindadas alemãs e mais 3 divisões romenas, totalizando
200 tanques, do exito destes ataques dependiam a unica chance de salvação das tropas
cercadas em Stalingrado. No decorrer do mês os combates foram duros e intensos, tendo
os alemães obtido vitórias nos primeiros dias, o que não se repetiu nos dia posteriores,
sendo a 14 de dezembro, detidos nas margens do rio Aksai, o maior golpe sobre o palno de
Manstein veio 2 dias depois quando na madrugado do dia 16 rompendo o silêncio reinante
de varios dias a poderosa artilharia pesada soviética lançou suas bombas sobre o 8º
exército italiano, provocando uma brecha de 50 km na qual comecava o avanço de centenas
de tanques T-34. apesar da desesperada situação em que se encontrava o 6º exército suas
tropas conseguiram resistir a o dia 19, depois de duros combates o 4º exécito panzer
apoiado pela 17º divisão consegue romper o bloqueio e chega margens do rio Mayshkova,
estavam agora a 48 km do bolsão de Stalingrado, para os soldados alemães do 4º exército
panzer e as suas divisões de apoio o dia 23 foi indubitavelmente doloroso, visto que se
achavam prontos para resgatar seus companheiros de farda sitiados em Stalingrado e para
isso dependiam somente de um pequeno avaço do 6º exército rumo as margens do
Myshkova, ao longe podiam ver o clarear das explosões da infantaria russa, porém devido
as obsurdas ordens de hitler e a teimosia de Von Paulus em romper o cerco russo, o
General Manstein teve que orenar ao genral Hoth que detivesse seu ataque e abandonasse
as posições conquistadas as margens do Myshkova para garantir-lhe segurança, visto o
general russo Vatutin ter aniquilado o 8º exército Italiano e estar rumando com seus
tanques para as margens do Myshkova para empreender um cerco ao 4º exército.

Conta-se a História que:

Um grupo de soldados alemães pertencentes a uma unidade do 6º exército alemão,


saindo as trincheiras cavadas no grosso gelo, arrastaram-se abaixo do fogo de ninhos de
metralhadoras russas até alcançarem o alto de um pequena colina, na colina colocaram um
pinheiro cercados por varias velas e recortes de papel prateado, uma arvore de natal.
Durante uma hora suas luzes brilharam fracamente na noite invernal, até que, finalmente,
os russos a pulverizaram com um certeiro tiro de morteiro. Para as tropas que viram o
esforço corajoso de seus soldados na impreitada de colocar tal arvore ficou claro naquele
instante que não haveria paz entre os dois lados, era escapar ou morrer.

Durante os meses em que durou o cerco a Stalingrado a Luftwaffe realizou tudo o


que podia para abastecer as tropas do 6º exército alemão, voando com carga máxima,
pousando em condições precárias, enfrentando as gélidas tempestades de neve, porém seu
sacrifício somente prolongou a agonia das tropas sitiadas, no fim da batalha, a Luftwaffe
havia perdido mais de 800 aparelhos e 2.000 aviadores.

172
O destino do 6º exército alemão e de seu comandante o general Von Paulus estava
traçado, na manhã do dia 8 de janeiro de 1943, o General Rokossovski enviou um ultimato
a Paulus, intimando-o à rendição em 24 horas. Vencido o prazo do ultimado ás forças russas
dispostas na área de Stalingrado lançaram-se ao ataque, o assalto contra Stalingrado foi
iniciado pelo fogo arrasador de 5.000 canhões e lança-foguetes, após o primeiro ataque
desfechado pelos canhões os T-34 avançaram a toda velocidade rumo às posições alemães.
Uma luta furiosa se desencadeou em todos os flancos do perímetro. Os artilheiros alemães,
disparando sem trégua, sucumbiram ao pé de seus canhões, depois de abater centenas de
carros blindados soviéticos. Porém, novas ondas de tanques somavam-se incessantemente
à luta. Nada podia deter o avanço avassalador dos russos. Hora após hora, dia após dia as
forças russas atacam, detroem, encurralam. Até que conseguem controlar os aeródromos
de Pitomnik e de Gumrak. Por onde dias antes as tropas alemãs recebiam, combustível,
munição e alimentos.

Piloto da Luftwaffe durante o rigoroso inverno russo

173
Termos do ultimato soviético
8 de janeiro de 1943, Tenente-General Rokossovski:

“Ao comandante-chefe do 6o exército alemão, Coronel-General Paulus, ou seu


representante, e a todos os oficiais e soldados das unidades alemães sitiadas em
Stalingrado.
“O 6o exército alemão, formações do 4o exército panzer, e as unidades enviadas para
reforça-los se encontram totalmente cercados desde 23 de novembro de 1942.
“Os soldados do exército vermelho rodearam o grupo de exército alemão com um anel
inquebrantável. Todas as esperanças de resgate de vossas tropas por uma ofensiva alemã,
do sul, ou do sudoeste, mostraram ser inúteis. As unidades alemães que se encaminhavam
em vosso auxílio foram derrotadas pelo exército vermelho e os restos dessa força se retiram
agora para Rostov.
“A frota aérea de transporte alemã que os provia com uma ração minúscula de
alimentos, munições e combustível foi obrigada, pelo rápido e vitorioso avanço do exército
vermelho, a retirar-se repetidas vezes, para aeródromos cada vez mais distantes das tropas
sitiadas. Devo acrescentar que a frota de transporte aéreo alemã está sofrendo perdas
enormes de máquinas e material, pela ação da Força Aérea russa. A ajuda que ela podia
trazer às forças sitiadas, se vai rapidamente convertendo em ilusão. A situação de vossas
tropas é desesperadora. Sofrem a fome, enfermidades e frio. O cruel inverno acaba de
começar. Geadas tremendas, ventos gélidos e temporais, logo haverão de desencadear-se.
Vossos soldados não contam com vestuário de inverno e estão vivendo em desastrosas
condições sanitárias.
“O Senhor, como comandante-chefe, e todos os oficiais das forças sitiadas, bem sabem
que não tem nenhuma possibilidade de evadir-se. Vossa situação é sem esperança, e
qualquer resistência é insensata. Em vista da desesperadora situação em que está colocado,
e para evitar um derramamento de sangue desnecessário, propomos que aceite os
seguintes termos de rendição:
1. Todas as tropas sitiadas alemães, com o senhor e seus oficiais à frente, devem cessar
a resistência.
2. Entregará o senhor, a pessoas autorizadas por nós, todos os elementos de sua força
armada, todos os materiais de guerra e todo o equipamento do exército sem destruí-lo.
3. Garantimos a segurança de todos os oficiais e soldados que deixem de resistir, e os eu
regresso, no fim da guerra, para a Alemanha, ou para qualquer outro país para o qual estes
prisioneiros de guerra desejem ir.
4. Todo o pessoal das unidades que se renderem poderão ficar de posse de seus
uniformes militares, as insígnias de seus postos, condecorações, objetos pessoais e valores,
e, no caso de oficiais de alta patente, de suas espadas.
5. Todos os oficiais, suboficiais e soldados que se renderem, receberão imediatamente
rações normais.
6. Todos aqueles que estejam feridos, enfermos, ou atingidos pelo congelamento,
receberão tratamento médico.
“Vossa resposta deve ser entregue por escrito, às 10h da manhã, hora de Moscou, do dia
9 de janeiro de 1943. Deve ser entregue por vosso representante pessoal, que viajará num
automóvel equipado com uma bandeira branca, pela estrada que conduz à estação
Kotlubanj. Vosso representante será recebido por oficiais russos, plenamente autorizados,
no distrito B, a 500 metros a sudeste do desvio 564 às 10h de 9 de janeiro de 1943.
“No caso de recusar nossa proposta de depor as armas, pela presente, que as forças do
exército e da aviação russa, se verão obrigadas a levar adiante a destruição das tropas
alemães cercadas. A responsabilidade por este fato recairá sobre o senhor

174
Tenente-General Rokossovski”.
Mensagem de Von Paulus ao QG do Fuhrer:

“As tropas estão sem munições e sem alimentos. Mantemos contato


unicamente com seis divisões... Temos 18.000 feridos e nenhum estoque de
bandagens ou medicamentos... O exército solicita imediatamente autorização para
render-se, a fim de salvar a vida das tropas que restam...”

Resposta do Fuher

“É proibida a rendição.
O 6o exército defenderá suas posições até o último homem e o último cartucho,
e, por intermédio de sua heróica resistência, contribuirá de forma imorredoura para o
estabelecimento de uma frente defensiva e para a salvação do mundo ocidental...”

Os combates proseguiram até o final de janeiro, as tropas alemãs exausta pelo frio e
pela fome já não mais conseguia lutar por suas próprias vidas, o que meses antes elese
infrigiram aos soldados russos que defendiam a cidade neste instante lhes era infingido do
mesmo modo, desejam agora somente a rendição ou a morte.

Ao cair da noite do dia 31 de janeiro de 1942 o primeiro grupo de soldados


soviéticos cercaram o posto de comando de Paulus, situado na Praça Vermelha de
Stalingrado. ao agora marechal Von Paulus, resta somente aceitar os termos de rendição, ás
19:45 h o marechal ordenou ao operador do rádio no posto de comando do 6o Exército que
envia-se ao QG do Fuher a seguinte mensagem:

“Os russos estão na porta do nosso alojamento. Destruímos nosso equipamento...”

Após a rendição alemã, grupos dispersos ainda enfrentaram as tropas russas em


Stalingrado o que custou ao lado alemão até o dia 2 de fevereiro cerca de 4.000 vidas dos
últimos sobreviventes das dizimadas 16a e 24a Divisões Panzer e das 76a, 113a, 389a e 60a
Divisões de Infantaria Motorizada. No final da batalha foram prisioneiros das tropas russas
Perto de 90.000 alemães, entre eles 24 generais, sobreviventes do glorioso 6º exército
alemão com cerca de 300.000 no inicio da batalha por Stalingrado em 23 de agosto de 1942
até seu trágico final em 31 de janeiro de 1943, dos cerca 90.000 sobreviventes, apenas
5.000 regressaram à Alemanha após a guerra.

175
Milhares de corpos foram empilhados fora de Stalingrado depois de cessados os combates, este é o resultado da guerra.

Ao Centro o Marechal Von paulus, agora prisioneiro do exército vermelho

176
. Marechal Friedrich Wilhelm Ernst Paulus

Friedrich Paulus, nasceu em Breitenau, Hesses,


Alemania em 23 de setembro de 1890, ás 21;30, na casa de nº
95 A. filho de Ernst Paulus e de Bertha Nettelbeck de Paulus.
Estudou no Wilhelms-Gymnasium de Kassel, e logo após
tentou em vão ingressar na Armada Imperial Alemã. Iniciou
seus estudos universitarios na Universidade de Marburg, porém
não concluiu o curso de direito por ser sido aceito no exército
Alemão em 1910, casou-se com Elena Rosetti-Solescu, foi
oficial subalterno de Erwin Rommel. Mantinha boa aparência,
era modesto e demasiadamente amigavel, preucupado em
demasia para não ofender ninguém. Paulus recebeu a orden de
preparar os planos de invasão da Russia de Halder - chefe de
Estado Maior de Hitler, por sua meticulosidade e agudez
intelectual, substituiu o general Reichenau no comando do 6º
exército após este ter sofrido um ataque cardiáco. Em 28 de
Junho de 1942 recebeu de Berlim a ordem de ataque a
Stalingrado. O 6º era o exército de maior tamanho entre os 5
corpos de exército, com 14 divisiões, 2 de Infantaría, 2 Panzer
e uma Motorizada. Durante o ataque ao río Don teve éxito em
fazer 40 mil prisioneiros. Mesmo doente . Paulus rodeou a
Stalingrado e se posicionaou para toma-lá, foi promovido por
Hitler a Marechal de Campo, após diversas solicitações para se
reder ao exérito vermelho, foi feito prisioneiro com a
destruição do 6º exército, foi bem tratado sendo libertado em
1953, porém por condição só poderia residir na alemanha, na
cidade de Dresden, 2 anos depois de sua liberdade o Marechal
de Campo Friedrich Paulus desenvolveu distrofia muscular
miotónica, e veio a falecer em uma clínica na cidade de
Dresden em 01 de fevereiro de 1957.

O marechal Friedrich Paulus rendeu-se ao exército russo no dia 31 de janeiro de


1943 após terríveis perdas em combate e sucessivos erros de estratégia impostos pelas
intervenções pessoais de Hitler nas decisões de comando, nesta ocasião perante ao cerco
russo seus soldados encontravam-se famintos e enregelados, a unica forma de salvar suas
tropas era aceitar os termos da rendição. Após render-se ao exército vermelho o alto e
magro marechal apresentava-se de forma combalida e sua face apresentava sinais de um
tique nervoso, tinha barba já grisalha, bem como seu cabelo, vestia um uniforme já
desgastado de cor cinza, foi conduzido a sala de comando do marechal de artilharia
Voronov pelo comissário politico Dyatlentko, também estav presente na sala de Voronov o
comandante da frente do Don , Coronel General Rokossovsky, Paulus de pé saudou cada
um de seus comandantes captores e informou-lhes que no dia nateriro a sua rendição havia
sido promovido a Marechal de campo, o que foi imediatamente comfirmado pelo general
Shumilov.

177
Comunicado do Marechal Voronov ao marechal Paulus:
“Então, Herr General Marechal de Campo – nós solicitamos a sua
assinatura em uma ordem direcionada á parte do seu exército que ainda resiste,
comunicando-os a rendição a fim de poupar uma perda inutil de vidas”.

Do Marechal Paulus ao Marechal Voronov:

Isso seria indgno de um soldado.


.

Soldados Alemães em Stalingrado em 1942

178
Após a rendição de seu comamdante o remanescente do bolsão Norte, composto
pelos remanescentes de seis divisões, sob comando do General Strecker, ainda combatia.
Strecker, cujo quartel-general do XI Corpo localizava-se na fábrica de tratores, telegrafou:

"As tropas estão lutando sem armamentos pesados ou suprimentos. Os homens estão
cedendo pela exaustão. Congelando até a morte com as armas nas mãos. Strecker".

A reposta de hitler veia na tarde do mesmo dia: "Eu espero que o bolsão Norte
mantenha-se até o último homem".

Do lado sovietico uma grande concentração de tropas vindas de formações de quatro


exércitos apoiadas pela presença de 300 peças de artilharia posicionava-se para esmagar o
ultimo bolsão de resistência alemã, no dia 2 de fevereiro após ter recusado de seus
comandados o pedido de permissão para negociar os termos de rendição frente ao exército
vemelho, o general Strecker viu-se obrigado a ceder as apelos dos generais Lenski e
Lattmam, na tarde do mesmo dia o 62º exército sovietico recebia a rendição alemã,
terminava para os civis um cerco enexpugnavel que durou 5 meses, era o fim inesperado,
era dificil de acreditar que a batalha de Stalingrado finalmente terminava, restava agora um
acidade arruinada, deserta e morta, do lado sovieitico 485.751 mortos de militares, para
aqueles que viram a cidade após a rendição stalingrado era agora um esqueleto queimado e
destruido, mas havia se tornado um simbolo da derrota alemã. A importância da rendição
alemã em Stalingrado do ponto de vista miliatr foi enorme, representou a destruição e ou a
dispersão de parte dos cinco exércitos do eixo, sendo a rendição total do 6º Exército, a
maior parte do 4º Exército Panzer, cinco das sete divisões do 3º Exército Romeno, 90% dos
efetivos do 4º Exército Romeno e a totalidade do 8º Exército Italiano. Cerca de 32 divisões
e três brigadas foram completamente destroçadas e outras 16 divisões perderam mais da
metade de seus efetivos, sendo que durante o processo de retirado devido as dificuldades
do terreno muitas outras tiveram que abandonar grande parte de seu equipamento pesado
para poder escapar. As baixas totais do Eixo, em mortos, feridos, desaparecidos ou
capturados estiveram perto de 1.500.000 homens entre agosto de 1942 e fevereiro de
1943. Também perderam-se cerca de 30.500 tanques e canhões de assalto, 12.000 canhões
e morteiros e 3.000 aeronaves. Ao todo, o equipamento perdido no período da batalha de
Stalingrado bastaria para equipar 75 divisões. dos 330.000 soldados aprisionados no bolsão
da operação Urano, somente 91.000 saíram após a capitulação. Estes homens estavam em
estado muito precário, devido ao frio, à falta de alimentos e ao tifo, que já aparecera pouco
antes da rendição.

As chances de sobrevivência no cativeiro provaram-se brutalmente dependentes da


graduação dos prisioneiros. Estima-se que 95% dos soldados e NCOs, 55% dos oficiais
juniores e somente 5% dos oficiais seniores, pereceram nos campos de prisioneiros
soviéticos. Como os jornalistas estrangeiros recordam, poucos dos oficiais seniores
mostravam sinais de inanição após a rendição, logo suas defesas imunológicas estavam
menos debilitadas do que a de seus soldados. O tratamento privilegiado que os generais
receberam era um testemunho revelador do senso de hierarquia soviético. Porém a imagem
dos soldados alemães rendidos, esqueléticos, sujos e ainda atarantados com o cerco de
semanas à cidade está impressionou o mundo, Wehrmacht experimenta pela primeira vez o
gosto da capitulação.

179
Foi a maior derrota militar do Exército alemão em todos os tempos, marcando o fim
da supremacia estratégica e tática da Alemanha, que definitivamente perdeu a iniciativa da
guerra. Dali em diante, os soviéticos passariam a determinar os rumos do conflito. A Batalha
de Stalingrado marca a reviravolta dos destinos da guerra e o princípio do fim da Alemanha
Nazista.

Suburbio da cidade no início de 1943.

180
Relatos de Batalha durante o cerco a Stalingrado.

Combates corpo-a-corpo

A luta na proeminente colina Mamayev Kurgan, que se ergue sobre a cidade, era
particularmente sem piedade. A posição mudava de mãos diversas vezes. Ora nas mãos de
Russos ora na mãos de Alemães. Durante um contra-ataque soviético, eles perderam uma
divisão inteira de 10 mil homens num único dia, a 13ª Divisão de Guardas de Rifle, que
matou número aproximado de inimigos alemães. Em 1944, durante o começo da
restauração da cidade, dois corpos foram encontrados na colina, um alemão e um soviético,
que, aparentemente haviam matado um ao outro simultaneamente a golpes de baioneta no
peito e que haviam sido sepultados por tiros de artilharia na colina. No Grain-Silo, um
grande complexo de processamento de grãos encimado por uma grande silo, o combate era
tão próximo que soldados podiam ouvir a respiração do inimigo lutando. Quando os
alemães finalmente tomaram a posição, apenas quarenta corpos soviéticos foram
encontrados, apensar do número muito maior de combatentes estimado por eles, devido a
ferocidade e a demora do combate, que perdurou por semanas. Todos os grãos estocados
foram queimados pelos soviéticos quando se retiraram. Em outra parte da cidade, um
pelotão de soldados sob o comando do sargento Yakov Pavlov, transformou um edifício de
apartamentos numa fortaleza impenetrável. O prédio, mais tarde conhecido como a "Casa
de Pavlov" dominava uma praça no centro da cidade. Seus soldados a cercaram com minas,
montaram metralhadoras nas janelas e selaram as janelas no porão para melhor
comunicação. Eles não tiveram substituição nem reforços por dois meses e agüentaram a
posição até o fim do conflito. Muito tempo depois, o general Chuikov brincava que talvez
mais alemães tenham morrido tentando capturar a Casa de Pavlov que tentando tomar
Paris. Após cada onda de ataques, durante todo o segundo mês da batalha, os russos
tinham que sair do prédio e chutar e empurrar as pilhas de corpos dos alemães mortos, de
maneira a que a linha de tiro para a praça das metralhadoras e armas antitanques ficasse
livre. Após a batalha, o sargento Pavlov recebeu a medalha e o título de Herói da União
Soviética, maior condecoração militar da URSS, por sua bravura e heroísmo.
Sem possibilidade de vitória rápida à vista, os nazistas começaram a transferir artilharia
pesada para a cidade, incluindo o gigantesco canhão de 800 mm, transportado por estrada
de ferro, Dora. Os atacantes, entretanto, não fizeram grandes esforços para mandar tropas
através do Volga, permitindo aos soviéticos instalar um grande número de baterias de
artilharia ao longo do rio, que continuava a bombardear as posições alemãs. Os defensores,
na cidade, usavam as ruínas resultantes destes bombardeios como posições de defesa. Os
panzers se tornavam inúteis no meio de montes de destroços que chegavam a formavam
pilhas de oito metros de altura e eram varridos pela artilharia antitanque inimiga. O
sacrifício destes homens por Stalingrado foi imortalizado por um soldado do general
Aleksandr Rodimtsev, um dos comandantes locais, que escreveu na parede da estação
ferroviária da cidade – que mudou de mãos quinze vezes durante a batalha – a frase: “os
homens da guarda de Rodimtsev aqui lutaram e morreram pela mãe-pátria”.

A gigantesca estátua Mãe-Patria (85m de altura) domina a colina de Mamayev Kurgan.


Pelo heroísmo de seus defensores, a cidade recebeu o título de Cidade-Herói em 1945. Após
a guerra, nos anos 50, um colossal monumento chamado Mãe Pátria, foi erguido na colina
de Mamayev Kurgan. A enorme estátua faz parte do complexo de um memorial que inclui
paredes e construções arruinadas, conservadas no estado em que se encontravam após a
batalha.

181
O Grain Silo e a Casa de Pavlov, mantida por seus defensores por dois meses contra
os ataques alemães, também podem ser visitados como memorial de guerra. Ainda hoje,
turistas encontram lascas de ossos e pedaços de material enferrujado no terreno da colina,
símbolos do sofrimento humano dos dois lados e da bem sucedida e custosa resistência
soviética ao ataque nazista

Sargento Pavlov

Yakov Fedotovich Pavlov, nasceu em Novgorod em 4 de outubro de 1917 e


veio a falecer 29 de setembro de 1981) foi um soldado condecorado como Herói da
União Soviética por sua bravura e heroísmo durante a Batalha de Stalingrado, na
Segunda Guerra Mundial, Pavlov entrou para o Exército Vermelho aos 21 anos, em
1938 e lutou na Segunda Guerra Mundial. como sargento, foi por três vezes eleito
deputado do Soviete Supremo. Morreu aos 63 anos, em 1981, e foi enterrado em
sua cidade natal

Trecho da carta de um Tenente alemão:

“Stalingrado não é mais uma cidade. Durante o dia nada mais é senão
que uma nuvem queimando, uma fumaça gigante; é uma fornalha
iluminada pelos reflexos das chamas...os animais, espantados, fugiram
daquelas pedras fumegantes, somente os homens ainda suportavam.”

182
Relato do escritor soviético Konstantin Simonov

“todas as casas da cidade queimavam e durante a noite a fumaça delas se


espalhava no horizonte. Dia e noite a terra era sacudida por milhares de
bombas e pela barragem da artilharia. Os destroços provocados pela explosão
das bombas espalhavam-se pelas ruas e o ar achava-se tomado pelo silvo dos
projéteis, mas em nenhum momento o bombardeio parava. Os que a
cercavam tentavam transformar Stalingrado num inferno na terra. Mas era
impossível ficar-se inativo – era preciso lutar, defender a cidade apesar do
fogo, da fumaça e o do sangue. Esta era a única maneira que se poderia ficar
vivo, era a única maneira que se tinha de viver.”

A Mãe Pátria, com 85 metros, chama os patriotas a defendê-la

O Sacrificio de vidas por parte do exército vermelho e da população civil em


stalingrado não foi em vão. Com a derrota em Stalingrado, Hitler não pôde completar seu
plano de conquistar a região do Cáucaso, no Sul da URSS, e seguir adiante para juntar as
tropas com o Afrika Korps, do marechal Erwin Rommel, que havia chegado ao Egipto em
Agosto de 1942. Depois disso, a perspectiva era unir as tropas alemãs com os japoneses,
cuja Armada estava no Oceano Índico nessa época, pronta para invadir a Índia.

183
O general alemão Kurt Guipelskirch no livro "A História da segunda guerra mundial"
escreveu:

"Embora nos marcos da guerra dão um destaque maior em geral aos


acontecimentos na Africa do Norte do que a batalha de Stalingrado, porém a catastrófe de
Stalingrado abalou mais o exército e o povo alemães por que ela tornou-se mais sensetiva
para eles. Lá aconteceu algo inconcebível..."

Transcrição de um diálogo entre Hitler e o General Zeitzler, chefe do Estado-Maior, sobre


a capitulação do 6o Exército, transcrito nos protocolos do QG do Fuhrer:

“Fuhrer - Eles se renderam muito ostensivamente. Num caso desses, deviam ter-se
concentrado, num só bloco, e matar-se com o último cartucho...
Zeitzler - Não posso compreender. Ainda sou da opinião que talvez não seja bem assim.
Ele (Paulus) talvez esteja gravemente ferido.
Fuhrer - Não é verdade. Chegarão logo a Moscou e a GPU e os outros lhes arrancarão as
ordens para que a zona norte também se entregue. Schmidt assinará tudo (Schmidt, chefe
do Estado-Maior de Paulus). Quem não tem a coragem de tomar a decisão que, um dia,
todo homem deve tomar na vida, não terá força para resistir. Entre nós, cultivou-se
demasiadamente o intelecto, e demasiadamente pouco a firmeza de caráter.
Zeitzler - Na realidade, não se pode explicar tudo isso.
Fuhrer - Não diga isso! Eu tinha uma carta... Below a recebeu. Posso mostrar. Nela diz o
remetente (um oficial do 6o Exército): “Segundo a opinião generalizada, cheguei à seguinte
conclusão: Paulus, ponto de interrogação. Seydlitz (chefe de um corpo do 6o Exército)
fogo!; Schmidt, fogo!”
Zeitzler - De Seydlitz também eu ouvi coisas desfavoráveis.
Fuhrer - No Reich, em épocas de paz, cada ano, entre 18 e 20 mil pessoas se
suicidavam, sem estar numa situação como a presente. Neste caso, qualquer um pode
compreender como 45 a 60 mil soldados morrem e se defendem heroicamente até o fim.
Podem, então entregar-se aos bolchevistas? Ah! Isto é...
Zeitzler - É algo que realmente não se pode compreender.
Fuhrer - A primeira dúvida já havia surgido em mi há muito tempo. No momento em que
ele (Paulus) me perguntou o que devia fazer. Como pôde perguntar uma coisa dessas?
Quer dizer que, no futuro, cada vez que uma fortaleza for sitiada e o seu comandante seja
intimado a se render, ele vai perguntar: “O que devo fazer agora?”. “Como ele resolveu
fácil! (parece referir-se ao General Udet, da Luftwaffe, que se suicidou, ou Becker, que se
meteu, numa complicação com seu comércio de armas e depois se deu um tiro). Como é
fácil fazer isso! A pistola é, apesar de tudo uma saída fácil, e ainda que recorrer a ela fosse
uma covardia, ele (Paulus) tirou o corpo! Ah, é preferível se deixar enterrar vivo! Mais
ainda: na sua situação, sabia que a sua morte significaria a resistência de outra zona. Um
exemplo assim evitará que os homens continuem lutando.
Zeitzler - Não há desculpa que caiba no caso. Se os nervos traem um homem, ele se
deve matar.
Fuhrer - Se os nervos fraquejam, só há uma coisa a dizer: “Não agüento mais...” e dar-
se um tiro! O homem deve dar-se um tiro, assim como, em outras épocas, os generais se
arrojavam sobre a espada, se tudo estava perdido. É evidente. O próprio Varo ordenou ao
seu escravo: “Agora, mata-me”.
Zeitzler - Ainda acho que talvez eles tenham feito isso, e que os russos é que estejam
dizendo que se entregaram, prisioneiros.
Fuhrer - Nesta guerra ninguém mais será nomeado marechal-de-campo. Tudo será
decidido quando terminar a guerra. Não se pode enaltecer o dia, antes que chegue a
noite...”

184
Texto estenográfico de Hitler.

“Há que matar-se com a última bala... Desprezo um soldado que se rende, como Giraud...
20.000 pessoas se suicidam por ano na Alemanha e é absurdo que um general não seja
capaz de fazer o mesmo que uma mulher ultrajada...Não farei mais marechais... o heroísmo
de dezenas de milhares de soldados é manchado pela covardia de um só... Verão que antes
de oito dias os russos farão Paulus e Seydlitz falaram no rádio. Eles incitarão os homens do
bolsão, incitarão toda a Wehrmacht a render-se...”

Breve relato sobre Chuikov

Chuikov
12 de setembro de 1942. Stalingrado. A poucos metros da superfície, em um refúgio
parcamente iluminado, dois homens se inclinam sobre uma mesa tosca. Diante deles está
aberto um mapa. Marcas de lápis vermelho se misturam e confundem-se. Outras azuis, se
aproximam das primeiras. O mapa, ensebado, pertence à cidade que um dos homens tem a
responsabilidade de manter em mãos russas: Stalingrado.
Os dois militares consultam-se com o olhar. Depois, um deles, que ostenta insígnias de
tenente-general, traça uma nova linha vermelha. Dirige-se em seguida ao seu companheiro:
- Distribua seus elementos, e reconquiste, a qualquer custo, a colina Mamai... Basil Chuikov,
defensor de Stalingrado, acaba de dar mais um passo na sua tentativa de reter em suas
mãos a importante cidade.
O Tenente-General Basil Chuikov foi um fruto típico da revolução que inverteu as
estruturas de seu país, nos primeiros anos do século. Operário até 1918, incorporou-se ao
Exército Vermelho um ano depois, com a idade de 19 anos. Sem transição, sem experiência,
tendo o seu entusiasmo como único capital, com essa mesma idade assume o comando de
um regimento e participa em muitas ações bélicas. Até 1926, enviado da Rússia à China,
participa ativamente como assessor de Chiang Kai-shek. Voltando à Rússia em 1927,
continua sua carreira ascendente nas fileiras do Exército e alcança, com a idade de 37 anos,
o posto de comandante de brigada. Em 1942, aos 42 anos de idade, Chuikov acha-se em
Stalingrado, à frente de um exército do qual depende, sem dúvida, o destino da guerra.
De costas para o Volga, o exército de Chuikov não pode retroceder. Não há opção
possível para o tenente-general. Se há escolha, ela se resume a duas dramáticas
alternativas: resistir ou perecer. Para Chuikov, Stalingrado assumiu um valor pessoal,
próprio, e lutará por ela até o último alento. Apesar das ordens de Moscou, ou dos
imperativos momentâneos do combate, Chuikov tem uma idéia fixa, obsessiva: manter
Stalingrado em suas mãos. Expressou isso claramente nesse mesmo dia, 12 de setembro,
às 10h da manhã, quando Nikita Kruschev, membro do Conselho de Guerra, lhe entregou o
comando com estas palavras: - Os alemães decidiram tomar Stalingrado a qualquer custo.
Nós não podemos, nem devemos entregar Stalingrado aos fascistas. Não podemos retirar-
nos, e, além disso, não teríamos para onde... Chuikov, sem vacilar, foi curto, mas inflexível:
- Não podemos entregar Stalingrado ao inimigo. É muito querida, a todos, a todo o povo
russo... Serão tomadas todas as medidas para evitar a queda de Stalingrado... Juro que não
abandonarei a cidade... Defenderemos Stalingrado... ou morreremos.
No dia 2 de fevereiro de 1943, às 16h, os últimos sobreviventes do exército alemão
se entregam à unidades russas.

Chuikov cumprira a sua palavra: Stalingrado estava livre.

185
As fotos a seguir as provas incontestaveis dos atos praticados por homens insânos

Hitler caminha por entre milhares de mortos, sua glória logo chegará a fim.

Execução de prisioneiros de Guerra

186
Soldado Morto em combate

Soldados e civis mortos em bombardeios

187
As mãos atadas de uma vitima de guerra

Soldados de uma divisão de infantaria mortos durante o desembarque

188
Soldados mortos em uma trincheira

Vitímas de um bombardeio

189
Execução de Judeus, adultos e crianças

Campônes morto em um esconderijo

190
Corpos de civis em decomposição

Incineração de corpos em um campo de prisioneiros

191
Mulheres sendo executadas

Pssageiros do trêm da morte, achados mortos por tropas aliadas

192
Execução de prisioneiros civis pelo exército alemão

193
Panzer III, este modulo foi o mais usado durante o cerco alemão a Stalingrado

No final dos Conflitos as estradas russas tormaram-se intransitaveis para os veiculos


alemães, o que os obrigava a deixarem para traz todo material pesado quando se sua
retirada.

194
Principais comandantes e unidades pertencentes ao 6º exército Alemão quando de sua
rendição:

Commandantes

• Generalfeldmarschall Walter von Reichenau (10 Outubro 1939 - 1 Dezembro 1941)


• Generalfeldmarschall Friedrich Paulus (1 Janeiro 1942 - 31 Janeiro 1943) (POW)

Chiefs of Staff

• Generalmajor Friedrich Paulus (26 Outubro 1939 - 3 Setembro 1940)


• Generalmajor Ferdinand Heim (3 Setembro 1940 - 15 Maio 1942)
• Generalleutnant Arthur Schmidt (15 Maio 1942 - 31 Janeiro 1943) (POW)

Oficiais de Operações

• Oberst Anton-Reichard Freiherr von Mauchenhe im genannt Bechtolsheim (10


Outubro 1939 - 15 Fevereiro 1941)
• Oberst Helmuth Voelter (15 Fevereiro 1941 - 1 Junho 1942)
• Oberst Hans Elchlepp (1 Junho 1942 - Novembro 1942)
• Major Ernst Henne (Novembro 1942 - Janeiro 1943)
• Oberstleutnant Günter von Below (Janeiro 1943 - 31 Janeiro 1943) (POW)

Ordem de Batalha

21 de Dezembro de 1940

À disposição do 6º Exército

• Division-Kommando z.b.V. 403


• II Corpo de Exército
• 6ª Divisão de Infantaria
• 256ª Divisão de Infantaria
• 216ª Divisão de Infantaria
• XXVIII Corpo de Exército
• 251ª Divisão de Infantaria
• 293ª Divisão de Infantaria
• XXV Corpo de Exército
• 61ª Divisão de Infantaria
• 211ª Divisão de Infantaria
• 290ª Divisão de Infantaria

195
03 de Setembro de 1941

À disposição do 6º Exército

• 6ª Divisão Panzer
• 56ª Divisão de Infantaria
• 62ª Divisão de Infantaria
• 168ª Divisão de Infantaria
• Höheres Kommando z.b.V. XXXIV
• 132ª Divisão de Infantaria
• 294ª Divisão de Infantaria
• XXIX Corpo de Exército
• 95ª Divisão de Infantaria
• 75ª Divisão de Infantaria
• 299ª Divisão de Infantaria
• 99. Leichte Infanterie Division
• 71ª Divisão de Infantaria
• XVII Corpo de Exército
• 298ª Divisão de Infantaria
• 44ª Divisão de Infantaria
• 296ª Divisão de Infantaria
• LII Corpo de Exército
• 111ª Divisão de Infantaria
• 79ª Divisão de Infantaria
• 262ª Divisão de Infantaria
• 113ª Divisão de Infantaria
• 98ª Divisão de Infantaria

02 de Janeiro de 1942

À disposição do 6º Exército

• 62ª Divisão de Infantaria


• LI Corpo de Exército
• 44ª Divisão de Infantaria
• 297ª Divisão de Infantaria
• 2/3 57ª Divisão de Infantaria
• XVII Corpo de Exército
• 294ª Divisão de Infantaria
• 79ª Divisão de Infantaria
• XXIX Corpo de Exército
• 75ª Divisão de Infantaria
• 2/3 168ª Divisão de Infantaria
• 1/3 57ª Divisão de Infantaria
• 2/3 299ª Divisão de Infantaria

196
22 de Abril de 1942

À disposição do 6º Exército

• 454. Sicherungs-Division
• VIII Corpo de Exército
• Gruppe Koch (454. Sicherungs-Division)
• Gruppe Friedrich (Stab 62ª Divisão de Infantaria)
• Hungarian 108th Light Division
• LI Corpo de Exército
• 44ª Divisão de Infantaria
• 297ª Divisão de Infantaria
• XVII. Armeekorps (com o Regimento de Artilharia Eslovaco 31)
• 294ª Divisão de Infantaria
• 79ª Divisão de Infantaria
• XXIX Corpo de Exército
• 75ª Divisão de Infantaria
• Gruppe Kraiß (168ª Divisão de Infantaria)
• 57ª Divisão de Infantaria

24 de Junho de 1942

• À disposição do 6º Exército
• 100. Leichte Infanterie Division + Infanterie Regiment 369 (kroatisch)
• XVII Corpo de Exército
• 294ª Divisão de Infantaria
• 79ª Divisão de Infantaria
• 113ª Divisão de Infantaria
• VIII Corpo de Exército
• 305ª Divisão de Infantaria
• 389ª Divisão de Infantaria
• 376ª Divisão de Infantaria
• XXXX Corpo de Exército
• 336ª Divisão de Infantaria
• 3ª Divisão Panzer
• 23ª Divisão de Panzer
• 29ª Divisão de Infantaria (mot.)
• XXIX Corpo de Exército
• 75ª Divisão de Infantaria
• 168ª Divisão de Infantaria
• 57ª Divisão de Infantaria

197
15 de Novembro de 1942

• LI Corpo de Exército
• 71ª Divisão de Infantaria
• 79ª Divisão de Infantaria
• 295ª Divisão de Infantaria
• 100. Jäger Division + Infanterie-Regiment 369 (kroatisch)
• 24ª Divisão Panzer
• 305ª Divisão de Infantaria
• 14ª Divisão de Infantaria
• 389ª Divisão de Infantaria
• XIV Corpo de Exército
• Luftwaffen-Gruppe Stahel
• 94ª Divisão de Infantaria
• 16ª Divisão de Infantaria
• 6ª Divisão de Infantaria (mot.)
• 6ª Divisão de Infantaria(mot.)
• VIII Corpo de Exército
• 113ª Divisão de Infantaria
• 76ª Divisão de Infantaria
• XI Corpo de Exército
• 384ª Divisão de Infantaria
• 44ª Divisão de Infantaria
• 376ª Divisão de Infantaria

19 de Novembro de 1942

• HQ
• IV Corps
• 29ª Divisão de Infantaria(mot.)
• 297ª Divisão de Infantaria
• 371ª Divisão de Infantaria
• VII Corps
• 76ª Divisão de Infantaria
• 113ª Divisão de Infantaria
• XI Corps
• 44ª Divisão de Infantaria
• 376ª Divisão de Infantaria
• 384ª Divisão de Infantaria
• XIV Corpo Panzer
• 3ª Divisão de Infantaria (mot.)
• 60ª Divisão de Infantaria (mot.)
• 16ª Divisão Panzer
• LI Corps
• 71ª Divisão de Infantaria
• 79ª Divisão de Infantaria
• 94ª Divisão de Infantaria
• 100. Jäger Division
• 295ª Divisão de Infantaria
• 305ª Divisão de Infantaria

198
• 389ª Divisão de Infantaria
• 14ª Divisão de Infantaria
• 24ª Divisão de Infantaria
• 9. Flak Division
• 51º, 53º Mortar Regiment
• 2º, 30º Nebelwerfer Regiment
• 4º, 46º, 64º, 70º Regimento de Artilharia
• 54º, 616º, 627º, 849º Batalhão de Artilharia
• 49º, 101º, 733º Batalhão de Artilharia Pesada
• 6º, 41º Pioneer Battalion

22 de Dezembro de 1942, 1 de Janeiro de 1943

• À disposição do 6º Exército
• 6ª Divisão Panzer
• IV Corpo de Exército
• 20ª Divisão de Infantaria (Romenia)
• 297ª Divisão de Infantaria
• 371ª Divisão de Infantaria
• LI Corpo de Exército
• 71ª Divisão de Infantaria
• 295ª Divisão de Infantaria
• 100. Jäger Division + Regimento de Infantaria 369 (kroatisch)
• 79ª Divisão de Infantaria
• 305ª Divisão de Infantaria
• 389ª Divisão de Infantaria
• XI Corpo de Exército (subordinado ao LI Corpo de Exército)
• 24ª Divisão Panzer + 94ª Divisão de Infantaria (parte)
• 16ª Divisão Panzer + 94ª Divisão de Infantaria(parte)
• 60ª Divisão de Infantaria (mot.)
• VIII Corpo de Exército
• 113ª Divisão de Infantaria
• 76ª Divisão de Infantaria
• 376ª Divisão de Infantaria + ½ 384ª Divisão de Infantaria
• 44ª Divisão de Infantaria + ½ 384ª Divisão de Infantaria
• XXX Corpo Panzer
• 29ª Divisão de Infantaria
• 6ª Divisão de Infantaria (mot.)

199
PATENTES PLAQUETAS DRAGONAS E DIVISAS DE MANGA
P

Mannschaften (Soldados)

Schütze/Grenadier * -----

Oberschütze/
Obergrenadier

Gefreiter
(Gefr.)

Obergefreiter
(Ogfr.)

Hauptgefreiter
(Hptgefr.)
(Obergefreiter + 6 anos)
Até 1943 Após 1943

Stabsgefreiter
(Stabsgefr.)
Até 1943 Após 1943

Unteroffizier ohne Portpee (Graduados Subalternos)

Unteroffizier
(Uffz.)

Unterfeldwebel
(Ufw.)

200
Unteroffizier mit Portpee (Graduados Superiores)

Feldwebel
(Fw.)

Oberfeldwebel
(Obfw.)

Stabsfeldwebel
(Stabsfw.)

Kompanieoffiziere (Oficiais Subalternos)

Leutnant
(Lt.)

OberLeutnant
(Oblt.)

Hauptmann
(Hptm.)

Stabsoffiziere (Oficiais Superiores)

Major
(Maj.)

Oberstleutnant
(Obstl.)

Oberst
(Ob.)

201
Generäle (Generais)

Generalmajor
(GenMaj.)

Generalleutnant
(GenLt.)

General der Artillerie

Generaloberst
(GenOb.)

Generalfeldmarschall
(GenFeldm.)

* Em 1942 o termo Schütze foi substituído por Grenadier.


A insígnia da gola de Generalfeldmarschall foi introduzida em 1942. Antes era igual aos demais generais.
Todas as ilustrações que aparecem nesta tabela referem-se ao pessoal da Artilharia ou Bateria Antiaérea.

Waffenfarben
Cores Serviços
- Generais
Vermelho - Artilharia
- Guarnição de Bateria Antiaérea (Flak)
- Oficiais do Estado-Maior
Carmim - Veterinários
- Unidades Panzer
Rosa - Reconhecimento blindado

Laranja Escuro - Policia Militar

- Especialistas em Guerra Química


Vinho - Justiça Militar

Laranja - Armamento

- Reconhecimento
Amarelo Ouro - Cavalaria

Amarelo Limão - Sinaleiros

- Tropas de montanha
Verde Claro - Infantaria Leve

Verde Capim - Infantaria Mecanizada (Panzergrenadier)

Branco - Infantaria

202
Azul Claro - Transporte e Suprimetos

Azul Escuro - Corpo Médico

Preto - Unidades de engenheiros (pioneiros)

Azul Acinzentado - Oficiais Especialistas

Cinza Claro - Tropas de Propaganda

PATENTES MILITARES RUSSAS

Soldados
-----

рядовой

ефрейтор

-----

203
Graduados

младший сержант

-----

сержант

старший сержант

старшина

Suboficiais
-----

Oficiais Subalternos

младший лейтенант

лейтенант

старший лейтенант

204
Oficiais Superiores

капитан

майор

подполковник

полковник

Generais
-----

генерал-майор

генерал-лейтенант

генерал-полковник

генерал армии

205
O Bolsão de Stalingrado

Situação táctica no inicio de Fevereiro, antes do assalto final soviético contra as posições alemãs na bolsa de Stalingrado

206
O Bolsão de Stalingrado

Redução da frente defensiva: As forças soviéticas aproximam-se do principal aeroporto que abastece a bolsa

207
O Bolsão de Stalingrado

A 20 de Janeiro forças alemãs ficam apenas dependentes de um único aeroporto(Gumrak), mas à medida que avançam as forças
soviéticas, Gumrak cairá cortando o único efectivo leio de ligação com o exterior

208
O Bolsão de Stalingrado

A 26 de Janeiro as forças soviéticas entram em contacto com os redutos que tinham conseguido manter-se na margem esquerda do
Volga e dividem em duas bolsas os resistentes alemães

209
O legado desta fase do conflito, bem como todas as outras fases, foi somente
milhares de mortes e a destruição do respeito entre as nações, uma das nações com o
maior número de intelectuais em seu tempo, foi dominada e corrompida por um homem
cujo nível intelectual era considerado baixo para os padrões da época, a glória de todo seu
apogeu na deve recair somente sobre este personagem mas sim sobre a ganância de toda
uma nação, que viu nesta oportunidade a chance de se tornarem maiores, não com o
propósito de tornarem-se grandes mais com o intuito de subjugarem seus semelhantes
tornando-os menores, no que tangue a invasão da soberania Polonesa e a perseguição de
judeus bem como o envio destes para os campos de extermínio, vê-se claro que o plano de
conquista elaborado pelos generais alemães não iria ter fim nestas duas ocorrências, o que
seguramente deveria ter colocado as demais potencias da época em prontidão militar, a
invasão dos demais paises fronteiriços seriam apenas uma questão de tempo para que a
Whermacht mobiliza-se suas tropas, a França como conhecida inimiga Alemã pecou muito
pela construção e pela sensação de falsa segurança transmitida pelos seus generais quanto
às fortificações da linha Maginot, a Rússia aprendeu a duras penas o preço de atacar sem
conhecer o ambiente de batalha quando invadiu a Finlândia, tendo em vista que seus
generais haviam proibido que os militares de seu exército que havia nascido na zona de
fronteira com a Finlândia fizessem parte das tropas de invasão, quando o exercito alemão
entrou em território russo as tropas do exército vermelho ainda não haviam assimilado as
novas técnicas da guerra moderna, por causa deste desconhecimento e pela inaptidão
militar de seus comandantes locais, visto que a maior parte de seus comandantes terem
sido pegos no expurgo feito por Stalin, às derrotas para os exércitos do eixo foram
constantes e numerosas, chegando até mesmo às portas de sua capital, porém o ponto
chave deste conflito foi a Cidade de Stalingrado, durante meses a resistência russa forço o
exército alemão a mudar de tática inúmeras vezes, nesta fase o exercito alemão deixou de
ignorar os militares russos e passou a ter por eles um respeito em combate, dia após dia o
russo se torna mais tenaz no combate, e sendo conhecedor do ambiente local forçou o
alemão a se retirar varias vezes até que já desgastado e com um animo combalido o
exército alemão viu-se obrigado a render-se incondicionalmente, Milhares de soldados
tornaram-se incapacitados devido às queimaduras proporcionadas pelo frio ou pela
fraqueza. Muitos morriam de inanição. Os russos de seu lado, bem alimentados e
aquecidos, redobravam sua combatividade e recuperavam partes da cidade. Logo, unidades
que haviam ficado dias isoladas eram alcançadas pelos camaradas e crescia o número de
soldados alemães que se rendiam. As colunas de prisioneiros nazistas, manchas escuras e
acabrunhadas contrastando com a paisagem nevada, cruzavam os caminhos sem parar,
desfilando sua miséria sob as vistas dos vitoriosos fuzileiros vermelhos. Contemplando o
espetáculo deviam pensar que desta vez, não eram eles os cercados, os derrotados. Os
rudes camponeses soviéticos assistiam uma cena que revelava que o inimigo amargava o
gosto de seu próprio remédio. Fora batido na guerra de movimento, na luta mecanizada em
que era mestre e assombrara o mundo. Os russos tornaram-se finalmente seus melhores
aprendizes. Alemães e soviéticos combateram tenazmente em Stalingrado por bons e
válidos motivos. Antes de tudo, não tinham escolha, punha-se neste momento fim a uma
triste fase da história humana e selava o destino das forças armadas alemãs.

210
Bruno C. Guerra

Referências Biográficas:

History - World War II reference Library Volume – Almanac – Barbara C. Bigelow -1999
La Segunda Guerra Mundial - História Completa –sgm metropoliglobal – 2003
What Hitler Knew – Zachary Shore – Oxford – 2003
Dirty Little Secrets of World War II – James F. Dunningan/Albert A. Nofi -1994
Atlas of the World War II – Rchard Natkiel – 2000
Battle of Crete – George Forty – 2001
A World at Arms – A Global History of World War II – Cambridge University – Gerhard L.
Weinberg.
História Fotográfica do Grande Conflito – Volume I, II e III – Charles Herridge - Edt. Rideel
Arquivos da Segunda Guerra Mundial – Ricardo Martins de Melo
A Segunda Guerra Mundial – Luta sem quartel na Rússia
Consecuencias de la Segunda Guerra Mundial – Art. Desconhecido
La Segunda Guerra Mundial – Hellmuth Guenther Dahms - 1996
Operaciones Acorazadas de la Segunda Guerra Mundial –Quiron Ediciones – 1999
The Encyclopedia Weapons World War II – Cris Bishop – 1998

Sites para Artigos:

www.memoriasdasegundaguerramundial.blogspot.com
www.segundaguerramundial.com.br
www.grandesguerras.com.br
www.pt.wikipedia.org
www.clubedosgenerais.org
www.worldwar-2.net

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