Técnicas para Confecção de Coleções Zoológicas PDF

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO

GROSSO
CAMPUS AVANÇADO GUARANTÃ DO NORTE
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA NATUREZA – HABILITAÇÃO BIOLOGIA

WANDERSON SOUSA DA SILVA

TÉCNICAS PARA CONFECÇÃO DE COLEÇÕES ZOOLÓGICAS

Guarantã do Norte, MT
2021
Relatório sobre Práticas para o ensino de biologia, técnicas para confecção de
coleções zoológicas

Relatório N 1. Práticas para o Ensino de Biologia I - Professora: Suzana Ursi

Esta atividade tem como finalidade apresentar uma síntese sobre o exposto na
videoaula: Práticas para o Ensino de Biologia I - Aula 04 - Técnicas para confecção
de coleções zoológicas. A aula se inicia por reforçar a importância das coleções
biológicas dentro da linha de estudo da biodiversidade com foco maior na diversidade
zoológica, aprofunda-se na apresentação das técnicas de conservação, sem esquecer
que é importante usar os equipamentos de proteção como: óculos, máscara, luvas,
avental, além de ser conveniente que o laboratório tenha um sistema de exaustão que
é necessário para fazer a retirada do ar contaminado do ambiente, melhorando a
qualidade do ar. Tais recomendações são fundamentais para a preservação das
coleções sem qualquer dano ou interferências que venham danar a qualidade do
material recolhido para a pesquisa e deixado a disposição para a formação da coleção
zoológica.

Os conjuntos de animais coletados, em regra, em ambientes naturais e


preparados para que permaneçam em condições favoráveis para estudo é o que
chamamos de coleções zoológicas (MARANDINO; RODRIGUES; SOUZA, 2014).
Nestas coleções, há acervos biológicos com amostras expressivas da diversidade
animal, auxiliando estudos em diversas áreas da pesquisa científica, exemplos:
sistemática, evolução, ecologia, biogeografia, biologia da conservação, morfologia
comparada, entre outros (SARMENTO-SOARES; MARTINSPINHEIRO, 2014;
PINHEIRO; SCOPEL; BORDIN, 2018).
A primeira técnica apresentada é a “preservação em meio úmido”. Que tem seu
início no trabalho de fixação no qual é preparada a solução de formol, sendo usado 900
ml de água e 100 ml de formol. Após os elementos serem misturados, começa a
aplicação do produto no animal que vem a ser um rato Wistar (rato de laboratório), o
material é inserido na musculatura e nas vértebras cervicais, próximo a escápula, na
parte do fêmur, bacia, no úmero e também nas vísceras. Então, injetam o produto na
parte dorsal do rato, nas vértebras cervicais, na região ventral é importante ter cuidado
com os órgãos para que eles fiquem intactos. A quantidade utilizada de formol é cerca
de 30% do peso do animal. Após aplicar o formol em toda a estrutura do rato, ele ficará
fixado em um recipiente com formol 10%, cobrindo toda a sua pele, em uma posição
anatômica com os membros esticados, já que a finalidade deste material é para a
dissecação, dessa maneira facilitando a visualização das vísceras. O animal
permanece 48 horas no formol, coberto com papel toalha e mais uma camada de formol
por cima do papel toalha.
Decorrido o tempo de descanso, é retirado o excesso do produto da parte externa
em água corrente e é transferido para o álcool 70% em um recipiente cerca de 30 a 60
dias. Esse método também pode ser usado com cobras, rãs e peixes.
A segunda técnica mostrada é a preparação osteológica, que consiste no uso de
dermestes maculatus – besouros que se alimentam do tecido muscular da carcaça do
animal. Nesta prática é utilizada a carcaça de um rato, na qual é retirada a pele e
eviscerado, após esse procedimento o material é levado para uma estufa para ser
desidratado e secar a estrutura muscular, estando seco a carcaça é levada para a
colônia de besouros que irão consumir todo o tecido. Esta técnica simples traz um
bom resultado sem precisar usar arame e cola, porém tendo o cuidado e
monitoramento dos besouros para que eles não consumam toda a cartilagem e osso
do material, muitas vezes sendo utilizado formol 10% em algumas partes para que
eles não ataquem a cartilagem. O técnico Claudemir finaliza as práticas da aula
mostrando outros exemplares desenvolvidos com o método do uso dos dermestes
maculatus.
Neste sentido, as coleções constituem uma base de dados essencial para os
estudos de caracterização e impacto ambiental, não se constituindo apenas de meros
depósitos de animais mortos. Sendo importantes elementos de ensino, treinamento,
inventários faunísticos, pesquisas puras e aplicadas, identificação de exemplares e
corpos de prova de trabalhos científicos (CARAMASCHI, 1987; SARMENTO-
SOARES; MARTINS-PINHEIRO, 2014; PINHEIRO; SCOPEL; BORDIN, 2018). Com
relação a sua aplicação na formação inicial em ciências biológicas, elas se constituem
em uma excelente ferramenta para o entendimento da zoologia e outras áreas que de
forma direta ou indireta estudam a biodiversidade animal. Essas coleções permitem
que os estudantes aprimorem a sua aprendizagem, pois a utilização de imagens no
ensino não consegue demonstrar as características que cada espécie possui em sua
totalidade, dessa forma, o aprendizado se mostra mais efetivo quando o discente se
vê diante do material de estudo, reforçando a importância do emprego destas
coleções nas práticas docentes (RESENDE, 2002; MARICATO, 2007).

Levando–se em conta a apresentação das principais técnicas de conservação,


percebemos que o estudo traz contribuições para as didáticas, nas quais são
ressaltadas a importância das coleções zoológicas para uma aprendizagem mais
eficaz e eficiente no ensino superior, uma vez que através da manipulação,
observação e estudos comparativos, tanto da anatomia e morfologia, como da
biodiversidade e evolução biológica, é possível que o estudante perceba uma
aplicação prática dos conceitos.

REFERÊNCIAS

SILVA, Clécio Danilo Dias-da et...al. As coleções zoológicas e o seu potencial de


formação inicial em ciências biológicas. Disponível em:
https://editorarealize.com.br/editora/ebooks/conedu/2020/ebook1. Acesso em
13.07.2021
URSI, Suzana.Práticas para o Ensino de Biologia I - Aula 04 - Técnicas para
confecção de coleções zoológicas. Licenciatura em Ciências Biológicas - 11º
Bimestre Disciplina: Práticas para o Ensino de Biologia I - SEP – 101 Univesp -
Universidade Virtual do Estado de São Paulo Professora responsável pela
disciplina: Suzana Ursi. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=k09PWUuF-ac. Acesso em 13/07/2021

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