Lei 14.310 CEDM
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dignidade profissional;
II – observar os princípios da Administração Pública, no exercício das
atribuições que lhe couberem em decorrência do cargo;
III – respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV – cumprir e fazer cumprir as leis, códigos, resoluções, instruções e
ordens das autoridades competentes;
V – ser justo e imparcial na apreciação e avaliação dos atos praticados
por integrantes das IMEs;
VI – zelar pelo seu próprio preparo profissional e incentivar a mesma
prática nos companheiros, em prol do cumprimento da missão comum;
VII – praticar a camaradagem e desenvolver o espírito de cooperação;
VIII – ser discreto e cortês em suas atitudes, maneiras e linguagem e
observar as normas da boa educação;
IX – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de assuntos internos
das IMEs ou de matéria sigilosa;
X – cumprir seus deveres de cidadão;
XI – respeitar as autoridades civis e militares;
XII – garantir assistência moral e material à família ou contribuir para
ela;
XIII – preservar e praticar, mesmo fora do serviço ou quando já na
reserva remunerada, os preceitos da ética militar;
XIV – exercitar a proatividade no desempenho profissional;
XV – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter
facilidade pessoal de qualquer natureza ou encaminhar negócios particulares ou de
terceiros;
XVI – abster-se, mesmo na reserva remunerada, do uso das
designações hierárquicas:
a) em atividades liberais, comerciais ou industriais;
b) para discutir ou provocar discussão pela imprensa a respeito de
assuntos institucionais;
c) no exercício de cargo de natureza civil, na iniciativa privada;
d) em atividades religiosas;
e) em circunstâncias prejudiciais à imagem das IMEs.
Parágrafo único – Os princípios éticos orientarão a conduta do militar e
as ações dos comandantes para adequá-las às exigências das IMEs, dando-se
sempre, entre essas ações, preferência àquelas de cunho educacional.
Art. 10 – Sempre que possível, a autoridade competente para aplicar a
sanção disciplinar verificará a conveniência e a oportunidade de substituí-la por
aconselhamento ou advertência verbal pessoal, ouvido o CEDMU.
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TÍTULO II
Transgressões Disciplinares
CAPÍTULO I
Definições, Classificações e Especificações
Art. 11 – Transgressão disciplinar é toda ofensa concreta aos princípios
da ética e aos deveres inerentes às atividades das IMEs em sua manifestação
elementar e simples, objetivamente especificada neste Código, distinguindo-se da
infração penal, considerada violação dos bens juridicamente tutelados pelo Código
Penal Militar ou comum.
Art. 12 – A transgressão disciplinar será leve, média ou grave, conforme
classificação atribuída nos artigos seguintes, podendo ser atenuada ou agravada,
consoante a pontuação recebida da autoridade sancionadora e a decorrente de
atenuantes e agravantes.
Art. 13 – São transgressões disciplinares de natureza grave:
I – praticar ato atentatório à dignidade da pessoa ou que ofenda os
princípios da cidadania e dos direitos humanos, devidamente comprovado em
procedimento apuratório;
II – concorrer para o desprestígio da respectiva IME, por meio da prática
de crime doloso devidamente comprovado em procedimento apuratório, que, por sua
natureza, amplitude e repercussão, afete gravemente a credibilidade e a imagem dos
militares;
III – faltar, publicamente, com o decoro pessoal, dando causa a grave
escândalo que comprometa a honra pessoal e o decoro da classe;
IV – exercer coação ou assediar pessoas com as quais mantenha
relações funcionais;
V – ofender ou dispensar tratamento desrespeitoso, vexatório ou
humilhante a qualquer pessoa;
VI – apresentar-se com sinais de embriaguez alcoólica ou sob efeito de
outra substância entorpecente, estando em serviço, fardado, ou em situação que
cause escândalo ou que ponha em perigo a segurança própria ou alheia;
VII – praticar ato violento, em situação que não caracterize infração
penal;
VIII – divulgar ou contribuir para a divulgação de assunto de caráter
sigiloso de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função;
IX – utilizar-se de recursos humanos ou logísticos do Estado ou sob sua
responsabilidade para satisfazer a interesses pessoais ou de terceiros;
X – exercer, em caráter privado, quando no serviço ativo, diretamente
ou por interposta pessoa, atividade ou serviço cuja fiscalização caiba à Polícia Militar
ou ao Corpo de Bombeiros Militar ou que se desenvolva em local sujeito à sua
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atuação;
XI – maltratar ou permitir que se maltrate o preso ou a pessoa
apreendida sob sua custódia ou deixar de tomar providências para garantir sua
integridade física;
XII – referir-se de modo depreciativo a outro militar, a autoridade e a ato
da administração pública;
XIII – autorizar, promover ou tomar parte em manifestação ilícita contra
ato de superior hierárquico ou contrária à disciplina militar;
XIV – agir de maneira parcial ou injusta quando da apreciação e
avaliação de atos, no exercício de sua competência, causando prejuízo ou
restringindo direito de qualquer pessoa;
XV – dormir em serviço;
XVI – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
XVII – negar publicidade a ato oficial;
XVIII – induzir ou instigar alguém a prestar declaração falsa em
procedimento penal, civil ou administrativo ou ameaçá-lo para que o faça;
XIX – fazer uso do posto ou da graduação para obter ou permitir que
terceiros obtenham vantagem pecuniária indevida;
XX – faltar ao serviço.
Art. 14 – São transgressões disciplinares de natureza média:
I – executar atividades particulares durante o serviço;
II – demonstrar desídia no desempenho das funções, caracterizada por
fato que revele desempenho insuficiente, desconhecimento da missão, afastamento
injustificado do local ou procedimento contrário às normas legais, regulamentares e a
documentos normativos, administrativos ou operacionais;
III – deixar de cumprir ordem legal ou atribuir a outrem, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atividade que lhe competir;
IV – assumir compromisso em nome da IME ou representá-la
indevidamente;
V – usar indevidamente prerrogativa inerente a integrante das IMEs;
VI – descumprir norma técnica de utilização e manuseio de armamento
ou equipamento;
VII – faltar com a verdade, na condição de testemunha, ou omitir fato do
qual tenha conhecimento, assegurado o exercício constitucional da ampla defesa;
VIII – deixar de providenciar medida contra irregularidade de que venha
a tomar conhecimento ou esquivar-se de tonar providências a respeito de ocorrência
no âmbito de suas atribuições;
IX – utilizar-se do anonimato ou envolver indevidamente o nome de
outrem para esquivar-se de responsabilidade;
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necessidade.
§ 3º – A disponibilidade cautelar assegura ao militar a percepção de
vencimento e vantagens integrais do cargo.
CAPÍTULO III
Execução
Art. 28 – A advertência consiste em uma admoestação verbal ao
transgressor.
Art. 29 – A repreensão consiste em uma censura formal ao
transgressor.
Art. 30 – A prestação de serviço consiste na atribuição ao militar de
tarefa, preferencialmente de natureza operacional, fora de sua jornada habitual,
correspondente a um turno de serviço semanal, que não exceda a oito horas, sem
remuneração extra.
Art. 31 – A suspensão consiste em uma interrupção temporária do
exercício de cargo, encargo ou função, não podendo exceder a dez dias, observado
o seguinte:
I – os dias de suspensão não serão remunerados;
II – o militar suspenso perderá todas as vantagens e direitos
decorrentes do exercício do cargo, encargo ou função.
Parágrafo único – A aplicação da suspensão obedecerá aos seguintes
parâmetros, conforme o total de pontos apurados:
I – de vinte e um a vinte e três pontos, até três dias;
II – de vinte e quatro a vinte e cinco pontos, até cinco dias;
III – de vinte e seis a vinte e oito pontos, até oito dias;
IV – de vinte e nove a trinta pontos, até dez dias.
Art. 32 – A reforma disciplinar compulsória consiste em uma medida
excepcional, de conveniência da administração, que culmina no afastamento do
militar, de ofício, do serviço ativo da Corporação, pelo reiterado cometimento de
faltas ou pela sua gravidade, quando contar pelo menos quinze anos de efetivo
serviço.
Parágrafo único – Não poderá ser reformado disciplinarmente o militar
que:
I – estiver indiciado em inquérito ou submetido a processo por crime
contra o patrimônio público ou particular;
II – tiver sido condenado a pena privativa de liberdade superior a dois
anos, transitada em julgado, na Justiça Comum ou Militar, ou estiver cumprindo pena;
III – cometer ato que afete a honra pessoal, a ética militar ou o decoro
da classe, nos termos do inciso II do art. 64, assim reconhecido em decisão de
Processo Administrativo-Disciplinar.
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autoridade superior, com efeito suspensivo, no prazo de cinco dias úteis, contados a
partir do primeiro dia útil posterior ao recebimento da notificação pelo militar.
Parágrafo único – Da decisão que avaliar o recurso caberá novo
recurso no prazo de cinco dias úteis.
Art. 61 – O recurso disciplinar, encaminhado por intermédio da
autoridade que aplicou a sanção, será dirigido à autoridade imediatamente superior
àquela, por meio de petição ou requerimento, contendo os seguintes requisitos:
I – exposição do fato e do direito;
II – as razões do pedido de reforma da decisão.
Parágrafo único – Recebido o recurso disciplinar, a autoridade que
aplicou a sanção poderá reconsiderar a sua decisão, no prazo de cinco dias, ouvido
o CEDMU, se entender procedente o pedido, e, caso contrário, encaminhá-lo-á ao
destinatário, instruído com os argumentos e documentação necessários.
Art. 62 – A autoridade imediatamente superior proferirá decisão em
cinco dias úteis, explicitando o fundamento legal, fático e a finalidade.
TÍTULO VI
Processo Administrativo-Disciplinar
CAPÍTULO I
Destinação e Nomeação
Art. 63 – A Comissão de Processo Administrativo-Disciplinar – CPAD –
é destinada a examinar e dar parecer, mediante processo especial, sobre a
incapacidade de militar para permanecer na situação de atividade ou inatividade nas
IMEs, tendo como princípios o contraditório e a ampla defesa.
Art. 64 – Será submetido a Processo Administrativo-Disciplinar o militar,
com no mínimo três anos de efetivo serviço, que:
I – vier a cometer nova falta disciplinar grave, se classificado no
conceito “C”;
II – praticar ato que afete a honra pessoal ou o decoro da classe,
independentemente do conceito em que estiver classificado.
Paragrafo único – Para fins do disposto no inciso II do caput,
consideram-se atos que afetam a honra pessoal ou o decoro da classe:
I – praticar ato atentatório à dignidade da pessoa ou que ofenda os
princípios da cidadania e dos direitos humanos, devidamente comprovado em
procedimento apuratório;
II – concorrer para o desprestígio da respectiva IME, por meio da prática
de crime doloso, devidamente comprovado em procedimento apuratório, que, por sua
natureza, amplitude e repercussão, afete gravemente a credibilidade e a imagem dos
militares;
III – faltar publicamente, fardado, de folga ou em serviço, com o decoro
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original ficará arquivado na pasta funcional do militar mais graduado ou mais antigo,
arquivando-se também cópia do parecer e da decisão nas pastas dos demais
acusados.
§ 3º – A qualquer momento, surgindo diferenças significativas na
situação pessoal dos acusados, poderá ocorrer a separação dos processos,
aproveitando–se, no que couber, os atos já concluídos.
Art. 73 – Surgindo fundadas dúvidas quanto à sanidade mental do
acusado, o processo será sobrestado pela autoridade convocante que, mediante
fundamentada solicitação do presidente, encaminhará o militar à Junta Central de
Saúde – JCS –, para realização de perícia psicopatológica.
Parágrafo único – Confirmada a insanidade mental, o processo não
poderá prosseguir, e a autoridade convocante determinará seu encerramento,
arquivando-o na pasta funcional do acusado para futuros efeitos e remetendo o
respectivo laudo à Diretoria de Recursos Humanos para adoção de medidas
decorrentes.
CAPÍTULO IV
Decisão
Art. 74 – Encerrados os trabalhos, o presidente remeterá os autos do
processo ao CEDMU, que emitirá o seu parecer, no prazo de dez dias úteis, e
encaminhará os autos do processo à autoridade convocante, que proferirá, nos
limites de sua competência e no prazo de dez dias úteis, decisão fundamentada, que
será publicada em boletim, concordando ou não com os pareceres da CPAD e do
CEDMU:
I – recomendando sanar irregularidades, renovar o processo ou realizar
diligências complementares;
II – determinando o arquivamento do processo, se considerar
improcedente a acusação;
III – aplicando, agravando, atenuando ou anulando sanção disciplinar,
na esfera de sua competência;
IV – remetendo o processo à Justiça Militar ou ao Ministério Público, se
constituir infração penal a ação do acusado;
V – opinando, se cabível, pela reforma disciplinar compulsória;
VI – opinando pela demissão.
§ 1º – Os autos que concluírem pela demissão ou reforma disciplinar
compulsória de militar da ativa serão encaminhados ao Comandante-geral para
decisão.
§ 2º – O Comandante-geral poderá conceder o benefício da suspensão
da demissão pelo período de um ano, caso o militar tenha sido submetido a processo
com base no inciso I do art. 64.
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