Instrumento Do Saber
Instrumento Do Saber
Instrumento Do Saber
EDUCAÇÃO
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar as teorias do dualismo e do materialismo
e as suas relações com os instrumentos do saber. Você também vai ser
apresentado aos instrumentos do saber e às suas características. Além
disso, vai estudar os processos de construção do conhecimento humano,
bem como os estados mentais e físicos.
René Descartes, francês nascido em 1596 e falecido no ano de 1650, foi um impor-
tante matemático e filósofo. Sua maior contribuição para a humanidade foi a obra O
discurso do método. Descartes foi influenciado por diversos filósofos, entre eles Platão,
Aristóteles e Pitágoras. Ele, por sua vez, influenciou grandes matemáticos e filósofos
como Leibiniz, Pascal e Kant. Descartes viu que os costumes, a história de um povo e
a sua tradição cultural influenciam a forma como as pessoas veem o mundo e pensam
sobre aquilo em que acreditam.
Instrumentos do saber
Aqui, você vai ver oito elementos chamados de instrumentos do saber. Para
compreendê-los e identificar as características de cada um, você vai estudá-
-los primeiro individualmente e, em seguida, conjugá-los numa perspectiva
4 Instrumentos do saber
Dessa maneira, ao perceber os elementos que estão à sua volta, você imedia-
tamente forma em sua mente esquemas representativos para esses elementos.
Tais esquemas vão em direção ao que você sabe sobre o mundo e podem ajudar
você a evoluir, oferecendo uma fonte inesgotável de conhecimento, o que esti-
mulará sua inteligência. Mas você sabe o que é inteligência? Você certamente já
ouviu essa palavra muitas vezes durante sua vida, seja de modo positivo — um
elogio — ou de maneira ofensiva — como uma crítica ou uma agressão verbal.
Ser inteligente é ir além de estudar muito: é colocar a percepção das coisas
que o cercam em conjunto com o saber que elas promovem para, então, atingir
um nível maior de conhecimento. Japiassu e Marcondes (2001, p. 105) possuem
uma definição interessante da inteligência:
Termo cujo sentido genérico se aproxima de intelecto, entendimento e
razão. Capacidade humana de solucionar problemas através do pensamento
abstrato, envolvendo memória, raciocínio, seleção de dados, previsão, analogia,
simbolização etc.
Logo, ser inteligente não se trata de ter um dom divino, mas de colocar
em prática todos os instrumentos do saber que você possui à sua disposição,
inclusive a sensação, que é sobretudo o foco no sensitivo, no imperativo, no
categoricamente individual. Assim, a sensação é uma “Impressão subjetiva
e interior advinda dos sentidos e causada por algum objeto que os excita ou
estimula (ex.: sensação de frio). Impressão vaga ou imprecisa que temos acerca
de algo (ex.: sensação de medo)” (JAPIASSU; MARCONDES, 2001, p.27).
A memória, por sua vez, consiste na:
(Continua)
Instrumentos do saber 7
(Continuação)
A imaginação, por sua vez, é a base dos instrumentos do saber. Por meio
dela, é possível ter inspiração e colocar todos os outros elementos em circulação
para avançar cognitivamente no que se pretende fazer.
1. Função ou ato da vida psíquica que tem por efeito tornar um objeto presente
aos sentidos ou à inteligência. 2. Apropriação intelectual de determinado
campo empírico ou ideal de dados, tendo em vista dominá-los e utilizá-los.
O termo “conhecimento” designa tanto a coisa conhecida quanto o ato de
conhecer (subjetivo) e o fato de conhecer.
3. A teoria do conhecimento é uma disciplina filosófica que visa estudar os
problemas levantados pela relação entre o sujeito consciente e o objeto conhecido.
As teorias empiristas do conhecimento (como a de Hume) se opõem às intelec-
tualistas (como a de Descartes) (JAPIASSU; MARCONDES, 2001, p. 49-50).
Todo objeto material que ocupa um espaço e tem por principais propriedades:
a extensão em três dimensões, a impenetrabilidade e a massa. 2. Segundo
Descartes, todos os fenômenos da natureza (os corpos vivos e os corpos
inanimados) são regidos pelas leis da extensão e do movimento (conhecidas
pela razão) e devem ser interpretados segundo o modelo fornecido pelos
dispositivos mecânicos. Em oposição ao vitalismo herdado de Aristóteles,
recorrendo a um princípio explicativo específico (a alma vegetativa), devemos
poder explicar todas as funções corporais de modo puramente mecânico.
Descartes opõe o corpo humano ao espírito ou alma, mas o identifica com
os corpos naturais (substância). 3. Corpo social: metáfora que designa um
organismo no qual circulam diferentes signos (linguagens, moedas etc.) às
leis do Estado, o único a poder conferir vida ao corpo social (JAPIASSU;
MARCONDES, 2001, p. 44).
COELHO, L.; PISONI, S. Vygotsky: sua teoria e a influência na educação. Revista e-Ped,
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JAPIASSU, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editora, 2001.
STOLTZ, T. As perspectivas construtivistas e histórico-cultural na educação escolar. Curitiba:
Intersaberes, 2012.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
Leituras recomendadas
RATIER, R.; MONROE, C. Vygotsky e o conceito de pensamento verbal. Nova Escola, ago.
2011. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/244/vygotsky-conceito-
-pensamento-verbal>. Acesso em: 20 jun. 2018.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Vídeo aula: o processo de construção
do conhecimento, na abordagem de Henri Wallon. Youtube, dez. 2014. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=5Iv1nEr-3zY>. Acesso em: 20 jun. 2018.