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Barras Carregadas Axialmente

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DEMEC/UFSJ

Resistência dos Materiais I

Barras Carregadas Axialmente:

Prof. André Luís Christoforo


Barras Carregadas Axialmente:

 Objetivos: Esforços;
Determinar : Tensões;
Deformações;
Deslocamentos.
 Hipóteses:

Homogêneo;
• Material: Isotrópico;
Elástico Linear.

• Estrutura;
• Pequenos Deslocamentos;
• Válida a Hipótese da Superposição de Efeitos.
Esforços e Tensões:

• Os esforços que surgem nas seções transversais


são ditos “normais” e, conseqüentemente, as
tensões são também normais ou perpendiculares
às seções, não existindo neste modelo a
componente de tensão cisalhante e de momento
fletor.

• Seja a barra da figura a seguir:


Neste curso será utilizada a representação
ilustrada na figura (3). Por convenção da
Resistência dos Materiais, forças que provocam
tração nas fibras longitudinais das barras são
tomadas como positivas.
Exercícios:

1) Dada a viga da figura abaixo, determinar a


variação do esforço normal.
Fx 0 10 RHA 0 RHA 10kN
Fy 0 Re dundante!!!!!!!
M 0 Re dundante!!!!!!!
Determinação dos esforços normais:

• Trecho AB (0 ≤ x ≤ 1,0 m):

Fx 0 N AB x 10 0 N AB x 10kN T
Observação: N AB é constante em todo o trecho.

Representação Gráfica:

Tensões:
N AB 10(kN )
AB 5kN / cm2 T
AAB 2 cm2
 Outra forma de resolução do problema:

Fx 0 N BA x 10kN T

Esta segunda forma de resolução permitiu determinar o


esforço normal sem a necessidade do calculo da reação
horizontal no vínculo A.
2)

Para a determinação dos esforços normais neste


problema são necessários “3 cortes” hipotéticos na
estrutura.
Esforços Solicitantes:

Trecho :

Fx 0 N DC x 30 N DC x 30kN T
Trecho :

Fx 0 NCB x 20 30 0 NCB x 10kN T


Trecho :

Fx 0 N BA x 10 20 30 N BA x 20kN T
Diagrama de Esforços Normais:
 Observação:

Os pontos “B” e “C” o diagrama de esforços


normais apresenta descontinuidade. Se nos pontos
de descontinuidade os esforços forem de mesmo
sinal a diferença entre eles, em módulo, deve ser
igual a força pontual aí aplicada. Caso os esforços
sejam de sinais diferentes, a soma de módulo de
cada uma deve ser igual ao valor da força nele
aplicada.
Método da Superposição de Efeitos:
Exemplos:
1)

x ax b
x 0 p 0 0 b 0
x 1, 0 p 1, 0 40 a 40
p x 40 x kN / m
1, 0

Feq 40 xdx Feq 20 kN


0
Fx 0 RA 10 20 20 0 RA 10kN

• Trecho :

Fx 0 N AB x 10 0
N AB x 10kN
• Trecho :

Fx 0 N BC x 10 10 0
N BC x 0kN

• Trecho :

Fx 0
10 10 20 20 x 2 NCD x 0
NCD x 20 x 2 20
 Diagrama de Esforços Normais:
Deformações e Deslocamentos:

Seja a barra da figura abaixo:

x E x

dx
x
dx
N
A
Combinando-se as equações (I), (II) e
(III), chega-se a equação diferencial que permite
encontrar os deslocamentos longitudinais para
quaisquer pontos da barra:

x E x

N dx N
E dx dx
A dx A E

A função deslocamento é determinante mediante a


integração da última equação.
L x x admitindo:
N
dx dx N cte , E cte , A cte
0 0
E A
x
N N
L x dx L x x
E A0 E A

esboço diagrama
Exemplo (Deslocamento
Relativo e Absoluto):

N
L x x
E A
50
L x x (0 x 200cm)
1000 10
L 100cm LAB 0,50cm (deslocamento absoluto LAB = LB )
L 200cm LAC 1, 00cm (deslocamento absoluto LAC = LC )
LBC LAC LAB 0,50cm (deslocamento relatio do ponto C em relação a A)
LBC LAC LAB LAC LAB LBC
N
L x x
E A
50
LAB 100 0,50cm (absoluto - LAB = LB )
1000 10
50
LBC 100 0,50cm (relativo - LBC )
1000 10
LAC LB LBC 0,50 0,50 1, 00cm (absoluto - LAC = LC )
A construção do diagrama da função deslocamento por trechos é feita utilizando-se
as medidas de deslocamentos absolutas, calculadas sempre com referência
a um ponto fixo
Para uma barra com seção transversal variando
ao longo de x, sendo a força F pontual constante ,
temos que a função deslocamento é expressa por:
x
1 N x
l x dx
E0 A x

Observação: Em todos os problemas aqui estudados aplica-se


o Princípio de Saint-Venant, afirmando
que a “perturbação” do campo das te
tensões tende a se uniformizar c
à medida em que se afasta
da região de perturbação.
Exercícios:

1) Determinar os deslocamentos na viga da figura abaixo.


Dados: A=1c m 2 e E=1000 kN/ cm2.
• Determinação do Diagrama de Esforços Normais:

A=1c m 2
E=1000 kN/ cm2
N
Deslocamentos : L x x
E A
N AB LAB 10 100
LAB 1,0cm
E A 1000 1
N BC LBC ( 20) 100
LBC 2,0cm
E A 1000 1
Observação: ΔLAB significa o quanto os pontos da
seção “B” foram deslocados em relação aos da seção “A”
(Deslocamento Relativo).
LB LAB 1, 0cm
LC LAB LBC 1, 0 2, 0 1, 0cm
Os valores de ΔLB e ΔLc são utilizados na construção do gráfico
dos deslocamentos axiais.

1,0 1,0
100 x x x* 50cm
x 100 x
2)

Dados: , .
Determinamos possíveis valores de “F” de maneira que as
tensões não ultrapassem as admissíveis.
Neste caso, considerar ou
não o sentido de “F”
no problema.
Diagrama:
N AB F 1, 0 (kN )
AB F 1, 0 (kN / cm 2 )
N BC 1, 0 kN
BC 1, 0 cm2
A 1, 0cm2

F 1, 0 10 F 1, 0 10 F 11kN (N AB >0)
AB
F 1, 0 60 F 1, 0 60 F 1, 0 60 F 59kN (N AB <0)

Solução : F  / 59kN F 11kN


Variação de Temperatura:

L L T (dilatação linear)
L
T x T
L
x E x x E T
N
x N x A N E A T
A
Peso Próprio:
Seja a barra constituída por um material de peso específico γ .
O peso da barra é determinado da seguinte forma:
m
m V ( g)
V
m
 g V g P V g ( V)
P

P P
g ou = ( = peso específico)
V V
V A L (volume da barra)
P
P A L (peso da barra)
A L
A reação no apoio é obtida de seguinte forma:

Fx 0 RVA P 0 RVA A L 0
RVA A L
Determinada a reação no apoio, podemos traçar
o gráfico de esforço solicitante. A força normal N
é o único esforço solicitante não-nulo na estrutura.

Corte I (0 ≤ x ≤ L):

RVA

Fx 0 N x A x A L 0
N x A L x
Pela expressão, observamos que esforço varia ao
longo de x. Para traçarmos o diagrama,
dois valores são suficientes.

x 0 N x 0 A L 0 N A L
x L N x L A L L N 0 N x A L x

Diagrama do Esforço Normal:


Como a seção transversal A é constante e a força peso
varia linearmente, o cálculo da tensão normal fica:

N A L x
L x
A A

Para traçarmos o diagrama, dois valores de x são suficientes.

x 0 x 0 L 0 L
x L x L L L 0
A deformação ao longo da barra fica:

x
x E x x x L x
E E

Para determinação do deslocamento longitudinal, temos:


N x A L x
N
dx dx
E A
L x x L x x
N A L x
dx dx dx dx
0 0
E A 0 0
E A
x2
L x L x
E 2
Sendo quadrática a função dos deslocamento,
utiliza-se três valores para o desenho do diagrama
x2
02 L x L x
x 0 L x 0 L 0 L x 0 E 2
E 2
2
L
L L L 2 3 L2
x L x L L x
2 2 E 2 2 8 E

L2 L2
x L L x L L L L x
E 2 2 E
Estruturas Estaticamente Indeterminadas

Nos estudos anteriores, foram avaliadas apenas as


estruturas como isostáticas, ou seja, com o número de
equações igual ao número de incógnitas. Para tanto,
era suficiente trabalhar com as equações de equilíbrio.
Nos problemas da engenharia, é comum depararmos
com problemas hiperestáticos. Para a resolução destes
problemas, fazemos uso também das Equações
Constitutivas e das Equações de Compatibilidade,
compatibilizando-se deslocamentos.

x E x (equação constitutiva)
 Exemplos:
Determinar as Tensões e Deformações na viga.
Fx 0 RA 10 RC 0 RA RC 10
Fy 0 (Re dundante!)
M 0 (Re dundante!)

 Determinação dos Esforços:


• Trecho (0≤ x ≤100cm):

Fx 0 RA N AB x 0 N AB x RA
• Trecho (0≤ x ≤100cm):

Fx 0 RA N BC x 10 0
N BC x RA 10

 Equação de Compatibilidade:
LAC 0 LAB LBC 0
N AB LAB N BC LBC
0
E A E A
RA 100 RA 10 100
0 RA RA 10 0 RA 5,0kN
10000 10 10000 10
N AB 5,0kN T
N AB x RA N BC x RA 10
N BC 5,0kN C
 Deslocamentos:
N AB LAB 5, 0 100 500
LB LAB 5, 0 10 3 cm
E A 10000 10 100000
N BC LBC 5, 0 100
LBC 5, 0 10 3 cm
E A 10000 10
LC LAC LAB LBC 5, 0 10 3 5, 0 10 3 0cm
 Tensões:

N AB 5, 0
AB 0,5kN / cm 2 ou 0,5kN / cm 2 (T)
AAB 10
N BC 5, 0
BC 0,5kN / cm 2 ou 0,5kN / cm 2 (C)
ABC 10

 Deformações:

3
LAB 5, 0 10 5
AB 5, 0 10
LAB 100
3
LBC 5, 0 10 5
BC 5, 0 10
LBC 100
4) Determinar esforço normal na viga da figura abaixo.

vínculo liberado
(situação hipotética)

(deslocamento hipotético)

(força hipotética)

(deslocamento hipotético)
O deslocamento total é a soma do deslocamento
devido à ação do aumento da temperatura e
do deslocamento devido a imposição da força axial. Como
precisamos descobrir F, de modo que o deslocamento seja
nulo, utilizamos a seguinte equação de compatibilidade:

LT LF 0
LT L T
F L
LF Compressão
E A

F L
LT LF 0 L T 0
E A
F
T F E A T
E A
5) Determinar as tensões normais
que surgem em ambos os materiais.
 Esforços:
• Trecho (0≤ x ≤100cm):

Fx 0 10 N BA x 0 N BA x 10kN
N1 N2 10kN

 Equação de Compatibilidade:
L1 L2
N1 L N2 L E1
N1 N2
E1 A E2 A E2
10000
N1 N2 N1 0,5 N 2
20000
Substituindo (II) em (I):
20
0,5 N 2 N 2 10 1,5 N 2 10 N2 kN
3
20
N2 kN
3
10
N1 kN
3

 Tensões:
10
N1 3 kN / cm 2 1
1 kN / cm 2
A1 10 3
20
N2 3 kN / cm 2 2
2 kN / cm 2
A2 10 3
6) Determinar o deslocamento vertical no
ponto “α” da estrutura.
Dados: E=10.000 kN/cm2 e A=10 cm2 .
estrutura isostática

Fx 0 RHA 0kN
Fy 0 RVA N 1, 0 0 RVA N 1, 0
MA 0 N 100 1, 0 200 0 N 2, 0kN
RHA 0kN
RVA 1, 0kN ou 1,0 kN ( )
N 2, 0kN (T)
Por semelhança de triângulos:
Eq. de Compatibilidade:
L
1,5 L
100 150
N L 2, 0 100
1,5 1,5 cm
E A 10.000 10
300
cm 3, 0 10 3 cm
100000
7) Determinar o deslocamento vertical no
ponto “B”:
estrutura isostática

Fx 0 Re dundante!!!!!!
Fy 0 N1 N 2 1,0 0 N1 N 2 1,0
2
MA 0 1,0 200 N 2 300 0 N2 kN
3
2 1
N1 1,0 N1 kN
3 3
 Equação de Compatibilidade:

1 100
N1 L1 3 1,0 102 1
L1 L1 10 3 cm
E1 A1 10000 10 3,0 105 3
2 100
N 2 L2 3 2,0 102 2
L2 L2 10 3 cm
E2 A2 10000 10 3,0 105 3
 Por semelhança de triângulos:

Equação de compatibilidade:

L2 L1 LB L1
300 200
L2 L1 1,5 LB L1
2 3 1 3 1 3
10 10 1,5 LB 10
3 3 3
1 1,5
10 3 1,5 LB 10 3

3 3
2,5 5
10 3 1,5 LB LB 10 3 cm
3 9
8) Determinar o deslocamento vertical no
ponto “C”.
Fx 0 RHB 0kN
Fy 0 N RVB 1, 0 0 N RVB 1, 0
MB 0 N 1, 0 1, 0 2, 0 0 N 2, 0kN ou N=2,0kN C
Deslocamento :
N L 2, 0 1, 0 102
L L 2, 0 10 4 cm ou L 2, 0 10 4 cm (encurtamento)
E A 1, 0 105 10
 Equação de Compatibilidade:

Por semelhança de triângulos:

L c
c 2, 0 L
1, 0 2, 0
4
c 2, 0 2, 0 10 cm
Obs: Medidas dos lados do
triângulo são sempre positivas, c 4, 0 10 4 cm
ou seja, desconsidera-se o sinal
negativo de L .
9) Determinar os esforços normais
nas barras da treliça:
Fx 0 N1 cos 450 N 3 cos 450 0 N1 N3
Fy 0 N1 sen 450 N2 N 3 sen 450 F 0
2 N1 sen 450 N2 F N1 2 N2 F
Nota-se que as barras I, II e III encontram-se
em tração. Sabemos que haverá deslocamento
na direção “y” e que este atinge as três barras. Considerando
pequenos deslocamentos, admite-se que o ângulo entre as
barras pouco varia, por isso é conveniente preservá-lo.
 Equação de Compatibilidade:

N1 L1 N 2 L2 2
E A E A 2

 Analisando a estrutura antes da deformação:

L1 L3 L2 L2 L 2

 (III) em (II):
N1 L 2 N2 L 2
N2 2 N1
E A E A 2
 Em (I):

N1 2 N2 F
N1 2 2 N1 F N1 2 2 F
F
N1
2 2

F
N1 T
2 2
2 F
N2 T
2 2
F
N3 T
2 2
Concentração de Tensões:

Em barras carregadas axialmente a mudança brusca


da geometria e a existência de superfícies angulosas
acarretam em um regiões em que as tensões
apresentam distribuição não uniforme (não-linear).
Seja a figura abaixo:
A tensão máxima (σmáx) pode ser obtida através de ábacos,
conhecendo-se para tanto o fator de concentração de tensões “k” e a
tensão normal ou nominal média “σméd”, calculada na seção do furo.

N F
méd nom
A (w 2 r ) t

máx k méd

k F
máx
(w 2 r ) t
Desde que k seja conhecido e a tensão normal
média tenha sido calculada por σméd = F/A, onde A é a menor
área da seção transversal (veja nas figuras IV), então pela
equação anterior, a tensão máxima na seção transversal é:
F
máx k
A
Valores específicos de K são obtidos graficamente, com base
em carregamento estático, sob a hipótese de que a tensão no
material não exceda o limite de proporcionalidade, sendo que
K independe das propriedades do material, apenas da
geometria da barra e do tipo de descontinuidade.
Se uma barra (figura abaixo) requer mudança brusca
na seção transversal, foi determinado teoricamente
que um canto vivo produz fator de concentração
maior que 3, ou seja, a tensão normal máxima será
três vezes maior que a tensão normal média na seção
menor.
Entretanto, essa tensão se
curva de concordância:
reduzirá a digamos, 1,5,
caso seja introduzida uma
curva de concordância e,
adicionalmente, por meio
de furos ou sulcos. Estes
ajudam na redução da
rigidez do material, de
modo que a deformação e a
tensão sejam mais bem
distribuídas na barra.
Exercícios:

1) Supondo que a tensão


normal admissível para a
barra seja σadm =16,2 ksi,
determinar a força axial
máxima P que pode ser
aplicada à barra.
A tensão normal máxima ocorre na menor
seção transversal, na curva de concordância. O fator de
concentração é determinado a partir dos gráfico para barras com
curvas de concordância, onde:

w 2 pol
2
h 1 pol
k 1, 4
r 0,5 pol
0,5
h 1 pol
Calculando a tensão normal média na
menor seção transversal:

P P
méd 2P
h t 1 pol 0,5 pol

A tensão máxima é, portanto:

máx k méd

adm máx k méd

16, 2ksi 1, 4 2 P
P 5, 79kip
2) A tira de aço mostrada na figura abaixo
está submetida a uma carga axial de 80 kN.
Determinar a tensão normal máxima desenvolvida
na tira e o deslocamento de uma das extremidades
em relação à outra. O aço tem limite de escoamento
σE = 700MPa e Eaço = 200 GPa.
Por inspeção, a tensão normal máxima
ocorre na menor seção transversal, onde
a curva de concordância começa em B ou C. O fator de concentração é
determinado a partir do gráfico para barras com curva de
concordância, onde:

w 40mm
2
h 20mm
k 1,6
r 6mm
0,3
h 20mm
A tensão máxima e o deslocamento ΔLAD
são, portanto:
P
méd
h t P 80 103 N
máx k 1,6 640MPa
k máx h t 0,02m 0,01m
méd

LAD LAB LBC LCD


P LAB P LBC P LCD
LAD
E AAB E ABC E ACD
80 103 N 0,3 m 80 103 N 0,8 m
LAD 2
200 109 N / m2 0, 04m 0, 01m 200 109 N / m 2 0, 02m 0, 01m
LAD 2, 20mm
Material Elastoplástico Perfeito:

São modelos idealizados.

Para níveis de tensões superiores ao da


tensão de escoamento, o material se deforma sem que hajam
novos incrementos de força.
F dA
A
Para níveis de força superiores a F* a seção do furo começa a ser
plastificada.
F F* F F*

F1* F* Fp Flimite
Essa carga de plastiticação FP é determinada pela condição
de equilíbrio:

Fp e dA e A
A
Sendo:

• σe é a tensão de escoamento;

• A, a área da seção transversal da barra.

Obs: Para um nível de força levemente superior a FP , a barra deforma-se


indefinidamente, ou seja, FP é o valor de força limite que o elemento estrutural
suporta.
Exercícios:

1) A barra da figura é feita de aço e supõe-se seja


perfeitamente elástica, com σe = 250 Mpa.
Determinar:
(a) o valor máximo da carga P que pode ser aplicada
sem provocar escoamento do aço;
(b) o valor máximo de P que a barra pode suportar.
(a) Determinando K,com o auxílio do gráfico
para barras com curvas de concordância:

r 4mm
0,125
h 40 8 mm
k 1,75
w 40mm
1, 25
h 40 8 mm

A carga máxima, sem provocar


escoamento, ocorre quando σmáx = σe.
e k méd

Pe
e k
A
6 PP
250 10 Pa 1,75
0,002m 0,032m
Pp 9,14kN

(b)
PP
e
A
6 PP
250 10 Pa
0,002m 0,032m
PP 16,0kN
2) O peso está suspenso por arames de aço e
alumínio de mesmo comprimento inicial, 3 m, e
área de seção transversal de 4 mm2. Supondo que os
materiais sejam elásticos, com (σe)aço=120 MPa e
(σe)alumínio=70 MPa, determinar a força em cada arame se o
peso for (a) 600 N e (b) 720 N. Sabe-se que Ealumínio=70 GPa e
Eaço=200 GPa.
Fy 0 Falumínio Faço W 0
Falumínio Faço W

a) W 600N Falumínio F aço 600

Lalumínio L aço
Falumínio L Faço L F alumínio Faço
Falumínio 0, 35 F aço
Ealumínio A E aço A 70 200
(II) em (I):

Faço 444, 45 N
0,35 Faço Faço 600
Falumínio 155,55 N

Falumínio 155,55
alumínio alumínio 6
MPa 38,88MPa e alumínio 70MPa
A 4 10
Faço 444,45
aço aço 6
MPa 111,11MPa e aço 120MPa
A 4 10

Como a tensão em ambos os fios é menor do que a tensão


elástica máxima admissível, os fios permanecem deformados
elasticamente. Portanto, Faço = 444,45 N e Falumínio = 155,55N.
b) W 720N Falumínio Faço 720

Lalumínio Laço
Falumínio L Faço L Falumínio Faço
Falumínio 0,35 Faço
Ealumínio A Eaço A 70 200

Falumínio Faço 720 Falumínio 186,67 N


Falumínio 0,35 Faço Faço 533,33N
Falumínio 186,67
alumínio 6
MPa 46,67 MPa e alumínio 70MPa
A 4 10
Faço 533,33
aço 6
MPa 133,33MPa e aço 120MPa
A 4 10
A tensão no fio de alumínio é menor que
Sua tensão de escoamento, assim para a
carga de 186,67 N ele permanece deformado
elasticamente. Porém o fio de aço, a tensão é maior
do que a tensão de escoamento, se deformando
plasticamente. Para o aço calculamos uma nova
carga F a partir da sua tensão de escoamento.
Assim:

Faço e aço A
Faço 120 106 4 10 6
480 N
Substituindo na equação (I):

Faço 120 106 4 10 6


Faço 480 N
Falumínio 480 720 Falumínio 240 N
Falumínio 240
alumínio 60MPa e alumínio 70MPa
A 4 10 6

Portanto para um peso de 720 N, Faço = 480 N e


Falumínio = 240N.

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