Relatorio Criação de Chinchila
Relatorio Criação de Chinchila
Relatorio Criação de Chinchila
TÉCNICO EM ZOOTECNIA
TÉCNICO
por
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Estagiário
Nome: Elvis Tolfo Veber
Endereço: Rua Pandiá Calógeras, 1500
Curso: Técnico Agrícola com Habilitação em Zootecnia
Turma: Zôo 10
Fone: (51) 9834-0793
E-mail: [email protected]
Empresa Chillacenter
Endereço: Praça Piratini, 113
Município e estado: Porto Alegre - RS
CEP: 90040-170
Caixa Postal:
Fone: (51) 3223-2408
Fax: (51) 3223-2781
E-mail: [email protected]
Setor de realização de estágio: Ciclo completo
Área de realização do estágio: Chinchila
Responsável na empresa: Rafael Gutierrez Oliveira
Professor Orientador no CEFET-SVS: Gilberto Cardoso Jauris
Coordenador do Curso: Jorge Schafh’a’ User Júnior
Carga horária total do estagio: 556 horas
Data do início do estágio: 26/02/2007
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1. INTRODUÇÃO........................................................................................ 12
2.HISTÓRICO DA EMPRESA.................................................................... 13
3. HISTÓRIA, CLASSIFICAÇÃO E ORIGEM............................................. 14
3.1 Características da espécie....................................................... 14
3.2 Mutações................................................................................... 15
4. ESTRUTURA DA CABANHA E EQUIPAMENTOS............................... 16
4.1 Temperatura.............................................................................. 16
4.2 Ventilação.................................................................................. 17
4.3 Iluminação................................................................................. 18
4.4 Gaiolas....................................................................................... 19
4.5 Equipamentos adicionais........................................................ 20
5. ALIMENTAÇÃO...................................................................................... 21
5.1 Necessidades nutritivas.......................................................... 21
5.2 Fornecimento de água............................................................. 22
6. MANEJO GERAL NA CABANHA.......................................................... 23
6.1 Controle de temperatura.......................................................... 23
6.2 Fornecimento de ração, suplemento e revisão do plantel .. 23
6.3 Verificação da água.................................................................. 24
6.4 Registro dos partos.................................................................. 24
6.5 Fornecimento de alfafa............................................................ 25
6.6 Troca de maravalha e limpeza das gaiolas............................ 26
6.7 Banho dos animais................................................................... 27
6.8 Manuseio dos animais............................................................. 28
6.9 Tratamento dos animais em caso de doença........................ 28
5
LISTA DE ANEXOS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Suplemento............................................................................... 21
Tabela 2 – Natalidade / Mortalidade 2006.................................................. 37
Tabela 3 – Natalidade / Mortalidade 2007.................................................. 38
Tabela 4 – Vendas realizadas no Brasil..................................................... 43
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LISTA DE SIGLAS
1. INTRODUÇÃO
2. HISTÓRICO DA EMPRESA
3.2 Mutações
Atualmente existem vários tipos de mutações, mas as que tem valor comercial
por sua pele são a Black Velvet e Bege, sendo mais valorizada a Black, seguida da
Bege e em terceiro lugar a Standard (fig. 2, 3 e 4) e o restante das mutações
destinadas ao mercado de animais de estimação.
16
4.1 Temperatura
Conforme LINDEN, o frio é bem tolerado, mas os animais recém nascidos não
suportam temperaturas abaixo dos 12ºC durante as primeiras semanas de vida, já o
excesso de calor é uma das principais causas de stress e de morte dos mesmos. A
temperatura máxima permitida na cabanha era de 27,5ºC. As chinchilas suportam
até 30ºC, mas temperaturas acima de 26º já comprometem a saúde dos animais, o
que não acontecia com os animais da cabanha, e para ajudar a manter a
temperatura em casos em que os exaustores não eram suficientes, era utilizado o ar
condicionado conforme figura abaixo.
18
4.2 Ventilação
4.3 Iluminação
4.4 Gaiolas
As gaiolas eram colocadas lado a lado formando filas de seis ou mais por
estrado (figura 10). A fila de baixo ficava sobre um estrado de metal ou madeira,
geralmente com quatro rodas (figura 9). Essas eram empilhadas formando ate cinco
andares. As gaiolas ficavam com o fundo para as outras gaiolas da fila ao lado com
espaço de 15 a 20cm entre o fundo das mesmas. Entre as filas duplas era deixado
um corredor de 1m até a próxima fila dupla ou simples, como pode ser melhor
visualizado na figura 8.
Figura 9. Estrado de metal com rodas. Figura 10. Gaiolas sobre o estrado.
Existem dois tipos de gaiola, a de reprodução e a de peleteria, e na cabanha
eram usados os dois tipos.
Conforme LINDEN as medidas das gaiolas são em média (cm):
● Reprodução: 30/32 largura x 48/50 comprimento x 35/40 altura
● Peleteria: 30 largura x 48 comprimento x 38 altura
As gaiolas de reprodução possuíam um corredor de 12 x 13cm na parte
traseira superior para o transito do macho e ambos os tipos possuíam os seguintes
acessórios:
⮚ Comedouro.
⮚ Alfafeira.
21
5. ALIMENTAÇÃO
Grama
Descrição %
s
38,25
Farelo de trigo 1000
%
26,77
Aveia em flocos 700
%
13,38
Leite em pó 350
%
13,38
Gérmen de trigo 350
%
Vitamina
200 7,65%
(bionate)
Metionina 15 0,57%
Fonte: Manual de criação da cabanha.
Logo pela manhã, era verificada a temperatura interna e caso esta não fosse
superior a 27,5ºC e não estivesse chovendo, os exaustores eram ligados, sendo eles
em número de dois, um na parede frontal e outro na traseira, e com as janelas
abertas. Quando a temperatura atingia os 27,5°C, as janelas eram fechadas e os
exaustores desligados e o ar condicionado era acionado, fazendo com que a
25
Além de verificar a água, conforme o item anterior, no caso dos filhotes, era
feita uma revisão diária do nível da água das garrafas, pois os animais poderiam ter
retirado a pipeta, deixando a garrafa vazia. Cada vez que o nível de água estivesse
26
1985 - P 1997 - F
1986 - R 1998 - H
1987 - S 1999 - J
27
1988 - T 2000 - K
1989 - V 2001 - L
1990 - X 2002 - M
1991 - Z 2003 - N
1992 - A 2004 - P
1993 - B 2005 - R
1994 - C 2006 - S
1995 - D 2007 - T
1996 - E 2008 - V
Quadro 2 – Sistema internacional de identificação.
Fonte:LINDEN, Adriana Remião.Criação comercial de chinchilas.Guaíba:Agropecuária,1999.
A troca da maravalha era feita, com o auxílio de um carrinho (figura 16), uma
vez por semana para as matrizes e para os animais de peleteria era intercalada,
sendo uma semana duas trocas e outra somente uma, se o estado da maravalha
estivesse bom. Estas trocas serviam para evitar odores desagradáveis e manchas
amareladas nos pelos dos animais devido à urina e fezes dos mesmos e para evitar
o aparecimento de doenças e fungos. A cama retirada era depositada em sacos
(figura 17) e vendida aos produtores vizinhos ou depositada em uma área da
propriedade para virar composto (figura 18) que também era vendido aos produtores
e algumas vezes era usada na propriedade.
Figura 16. Carrinho para troca da maravalha. Figura 17. Local temporário da maravalha suja.
7.1 Cio
7.2 Acasalamento
Figura 25. Vista da genital feminina. Figura 26. Vista da genital masculina.
7.3 Gestação
7.4 Parto
O principal problema era de fêmeas que não conseguiam parir seus filhotes,
devido ao tamanho ou má disposição do feto. A fêmea fazia muita força, sangrava
muito e não conseguia expelir o feto como pode ser visto estes sinais na necropsia
(figura 27).
Nestes casos era aplicado 0,1 ml de ocitocina no músculo interno da coxa
posterior e se não adiantasse, após meia hora, repetia-se o procedimento.
Em algumas fêmeas não surtiam o efeito esperado e acabavam morrendo.
Esse procedimento era realizado com freqüência e não houve nenhum caso
de rejeição da fêmea. Geralmente era realizado no caso de ninhadas com quatro ou
mais filhotes em que eram deixados com sua mãe no máximo três e o restante eram
enxertados em fêmeas com apenas um filhote e o adotivo desta deveria ser de sexo
oposto ao seu novo irmão, para ser melhor identificado. Também eram deixados no
máximo dois com a nova mãe. Para que a nova mãe e seu filho aceitassem bem o
adotivo, este era esfregado no seu novo irmão, principalmente genitais e focinhos,
para que o cheiro da mãe adotiva ficasse impregnado no novo membro da família
(figura 31). E na hora de colocá-los na gaiola, era solto primeiro o adotivo e
posteriormente o verdadeiro.
7.9 Desmame
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Era realizado entre trinta e quarenta dias após o parto. Conforme LINDEN a
partir dos cinco dias de idade os filhotes já começam a se interessar pelo alimento
fornecido a mãe. Quando ocorria um parto com apenas um filhote, esse se
desenvolvia muito bem, pois não tinha concorrência para o leite, e atingia um
tamanho ideal para o desmame aos trinta dias.
Os filhotes desmamados eram levados para a peleteria onde eram colocados,
quando irmãos, juntos de dois a dois (figura 32). Quando ocorria o desmame com
três filhotes, os dois menores eram colocados juntos e o maior ficava sozinho. Não
eram colocados mais de dois filhotes por gaiola, pois o mais fraco não tinha
oportunidade para comer. Estes eram separados em gaiolas individuais aos três
meses de idade, pois as disputas por comida acentuavam-se e podia haver
cruzamentos no caso de irmãos machos e fêmeas.
Após os filhotes serem desmamados, o corredor de acesso a gaiola da fêmea
era aberto para permitir a entrada do macho, isto só não acontecia caso ela não
estivesse em boas condições, o que geralmente não acontecia.
Os índices são muito importantes para se ter uma melhor visão dos resultados
(tabela 2 e 3), principalmente os de natalidade e mortalidade, e com isso
enxergarmos onde estamos tendo problemas e tentarmos melhorar cada vez mais.
Abaixo estão alguns índices passados pela cabanha:
A taxa de natalidade em 2006 foi de 2,08 filhotes por fêmea/ano e demais
criadores foi de 2,6 enquanto que até abril/07 a média de filhotes já estava em 0,59
por fêmea/ano.
A taxa de mortalidade em 2006 foi de 12,5% e até abril/07 estava em 12,8%,
que conforme proprietários estava dentro do limite para o tamanho da criação.
maior menor
8. PRODUÇÃO DE PELES
8.2 Abate
Existem alguns métodos mais utilizados para abater o animal, sem que este
venha a sofrer. A eletrocussão, a asfixia e, sem dúvida, o mais utilizado é a fratura
na nuca ou desnucamento. Com uma mão segurava-se o animal pelo rabo e com a
outra firmava-se o focinho na altura dos olhos e com o polegar atrás da nuca do
animal. Nesta posição dáva-se um enérgico puxão, com o qual fraturava as
vértebras cervicais, sendo rápido e fácil e era a maneira utilizada na cabanha.
Alguns materiais eram utilizados para a esfola, sendo eles, o bisturi, uma
vareta de guarda-chuva com ponta arredondada, tesoura, colher e folhas de jornal.
Eram obedecidas as seguintes etapas na hora da extração das peles:
Etapa Descrição
V V
E E
N QUANT. N QUANT.
MÊS/ANO COMPRADOR MÊS/ANO COMPRADOR
D PELES D PELES
A A
S S
1ª Mai/1992 1.500 Angel Orsi – Arg. 21ª Mai/2000 4.000 Poley – Canadá
2ª Jun/1995 4.000 Poley – Canadá 22ª Dez/2000 9.000 Poley – Canadá
3ª Dez/1995 2.700 Angel Orsi – Arg. 23ª Jun/2001 3.000 Poley – Canadá
4ª Mai/1996 4.000 Poley – Canadá 24ª Jun/2001 1.800 Angel Orsi – Arg.
5ª Jul/1996 1.500 Angel Orsi – Arg. 25ª Ago/2001 1.900 Poley - Canadá
6ª Nov/1996 2.100 Angel Orsi – Arg. 26ª Set/2001 500 Poley - Canadá
7ª Jan/1997 2.000 Angel Orsi – Arg. 27ª Dez/2001 5.000 Poley – Canadá
8ª Mai/1997 1.800 Poley – Canadá 28ª Abr/2002 1.600 Orsi – Argentina
9ª Ago/1997 1.300 Angel Orsi – Arg. 29ª Jun/2002 4.300 Poley – Canadá
10ª Set/1997 2.000 Poley – Canadá 30ª Jun/2002 1.650 Orsi – Argentina
11ª Out/1997 1.700 Angel Orsi – Arg. 31ª Dez/2002 1.300 Poley – Poley
12ª Jan/1998 2.700 Angel Orsi – Arg. 32ª Dez/2002 1.700 Orsi – Argentina
13ª Mai/1998 2.500 Angel Orsi – Arg. 33ª Fev/2003 1.600 Poley – Canadá
14ª Mai/1998 1.100 Omar Fucks – Itália 34ª Jun/2003 6.316 Poley - Canadá
15ª Set/1998 3.800 Angel Orsi – Arg. 35ª Out/2003 6.000 Poley - Canadá
16ª Mar/1999 3.000 Angel Orsi – Arg. 36ª Dez/2003 6.500 Poley - Canadá
17ª Mai/1999 4.600 Poley – Canadá. 37ª Abr/2004 2.000 Orsi – Argentina
18ª Dez/1999 1.200 Angel Orsi – Arg. 38ª Abr/2004 4.300 Poley - Canadá
19ª Dez/1999 6.800 Poley – Canadá 39ª Jun/2004 3.500 Poley - Canadá
20ª Mar/2000 600 Omar Fucks – Itália
Tabela 4 – Vendas realizadas no Brasil.
Fonte: Manual de criação da cabanha.
Mundo 170.000
Brasil 15.000
8% da produção mundial 1997
Mundo 190.000
Brasil 20.000
10% da produção mundial 1998
Mundo 200.000
Brasil 24.000
12% da produção mundial 1999
Mundo 210.000
Brasil 27.000
13% da produção mundial 2000
Mundo 210.000
Brasil 30.000
14% da produção mundial 2001
Mundo 215.000
Necessidade mundial de peles/ano 500.000
Quadro 5 – Comparação produção brasileira.
Fonte: Manual de criação da cabanha.
9. MANEJO SANITÁRIO
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Figura 39. Fungo na cara do animal. Figura 40. Fungo nas genitais e arredores.
9.2 Tricofagia
49
9.4 Giardiase
CONCLUSÃO
ANEXOS
54
Anexo 3- Mutações.
Fonte: Cabanha.
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Fonte: Cabanha.
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Fonte: Cabanha.
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Fonte: Cabanha.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS