Relatorio Criação de Chinchila

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO VICENTE DO SUL

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

TÉCNICO EM ZOOTECNIA

ELVIS TOLFO VEBER


2

Viamão, RS, Brasil


2007
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO VICENTE DO SUL

TÉCNICO

por

ELVIS TOLFO VEBER

Relatório de Estágio de Habilitação profissional apresentado como requisito para


obtenção do título de Técnico em Zootecnia do Centro Federal de Educação
Tecnológica de São Vicente do Sul – RS, realizado sob a orientação do professor
Gilberto Cardoso Jauris
3

São Vicente do Sul, RS, Brasil


2007
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO VICENTE DO SUL

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Estagiário
Nome: Elvis Tolfo Veber
Endereço: Rua Pandiá Calógeras, 1500
Curso: Técnico Agrícola com Habilitação em Zootecnia
Turma: Zôo 10
Fone: (51) 9834-0793
E-mail: [email protected]

Empresa Chillacenter
Endereço: Praça Piratini, 113
Município e estado: Porto Alegre - RS
CEP: 90040-170
Caixa Postal:
Fone: (51) 3223-2408
Fax: (51) 3223-2781
E-mail: [email protected]
Setor de realização de estágio: Ciclo completo
Área de realização do estágio: Chinchila
Responsável na empresa: Rafael Gutierrez Oliveira
Professor Orientador no CEFET-SVS: Gilberto Cardoso Jauris
Coordenador do Curso: Jorge Schafh’a’ User Júnior
Carga horária total do estagio: 556 horas
Data do início do estágio: 26/02/2007
4

Data do término do estágio: 31/05/2007

_______________ _______________ ________________


Elvis T. Veber Gilberto C. Jauris Rafael G. Oliveira
Estagiário Orientador Supervisor de Estágio
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................ 12
2.HISTÓRICO DA EMPRESA.................................................................... 13
3. HISTÓRIA, CLASSIFICAÇÃO E ORIGEM............................................. 14
3.1 Características da espécie....................................................... 14
3.2 Mutações................................................................................... 15
4. ESTRUTURA DA CABANHA E EQUIPAMENTOS............................... 16
4.1 Temperatura.............................................................................. 16
4.2 Ventilação.................................................................................. 17
4.3 Iluminação................................................................................. 18
4.4 Gaiolas....................................................................................... 19
4.5 Equipamentos adicionais........................................................ 20
5. ALIMENTAÇÃO...................................................................................... 21
5.1 Necessidades nutritivas.......................................................... 21
5.2 Fornecimento de água............................................................. 22
6. MANEJO GERAL NA CABANHA.......................................................... 23
6.1 Controle de temperatura.......................................................... 23
6.2 Fornecimento de ração, suplemento e revisão do plantel .. 23
6.3 Verificação da água.................................................................. 24
6.4 Registro dos partos.................................................................. 24
6.5 Fornecimento de alfafa............................................................ 25
6.6 Troca de maravalha e limpeza das gaiolas............................ 26
6.7 Banho dos animais................................................................... 27
6.8 Manuseio dos animais............................................................. 28
6.9 Tratamento dos animais em caso de doença........................ 28
5

7. MANEJO REPRODUTIVO DA CABANHA............................................ 30


7.1 Cio.............................................................................................. 30
7.2 Acasalamento........................................................................... 31
7.2.1 Acasalamento pós-parto............................................... 32
7.3 Gestação................................................................................... 32
7.4 Parto.......................................................................................... 32
7.5 Problemas no parto.................................................................. 33
7.6 Cuidados com os filhotes........................................................ 33
7.7 Aleitamento artificial................................................................ 34
7.8 Enxerto dos filhotes................................................................. 35
7.9 Desmame................................................................................... 35
7.10 Índices de natalidade e mortalidade..................................... 36
8. PRODUÇÃO DE PELES......................................................................... 39
8.1 Maturação da pele.................................................................... 39
8.2 Abate.......................................................................................... 39
8.3 Extração da pele....................................................................... 40
8.4 Estaqueamento e conservação da pele.................................. 41
8.5 Venda das peles........................................................................ 41
8.6 Dados de produção.................................................................. 43
9. MANEJO SANITÁRIO............................................................................ 45
9.1 Fungos ou micoses.................................................................. 45
9.2 Tricofagia................................................................................... 46
9.3 Constipação ou prisão de ventre............................................ 47
9.4 Giardiase................................................................................... 47
9.5 Má oclusão dentária................................................................. 47
9.6 Brigas, quedas e traumatismos.............................................. 48
CONCLUSÃO............................................................................................. 49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 61
6

LISTA DE ANEXOS

Anexo 1 – Habitat antigo e atual das chinchilas......................................... 51


Anexo 2 – Produtos feitos com a pele e o pelo da chinchila...................... 52
Anexo 3 – Mutações................................................................................... 53
Anexo 4 – Evolução da chinchila................................................................ 54
Anexo 5 – Identificação da ração............................................................... 55
Anexo 6 – Produto usado no suplemento.................................................. 56
Anexo 7 – Grade de identificação dos animais em produção.................... 57
Anexo 8 – Grade de identificação dos animais para abate........................ 58
Anexo 9 – Planilha de anotação de animais mortos.................................. 59
Anexo 10 – Caderno de anotações de nascimentos.................................. 60
7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Cabanha de criação em Viamão............................................... 13


Figura 2 – Animal Black Velvet................................................................... 15
Figura 3 – Animal Bege.............................................................................. 15
Figura 4 – Animal Standard........................................................................ 15
Figura 5 – Vista da tubulação do ar condicionado..................................... 17
Figura 6 – Vista das janelas e porta........................................................... 18
Figura 7 – Vista do exaustor....................................................................... 18
Figura 8 – Vista da parte interna da cabanha............................................ 18
Figura 9 – Estrado de metal com rodas..................................................... 19
Figura 10 – Gaiolas sobre o estrado.......................................................... 19
Figura 11– Caixas de transporte ou animais para abate............................ 20
Figura 12 – Bicos automáticos e garrafas para os desmamados.............. 22
Figura 13 – Gaiola com fitas e placa com data do nascimento.................. 25
Figura 14 – Cocho e alfafeira da gaiola...................................................... 26
Figura 15 – Alfafa em cubos....................................................................... 26
Figura 16 – Carrinho para troca da maravalha........................................... 26
Figura 17 – Local temporário da maravalha suja....................................... 26
Figura 18 – Local de depósito da maravalha suja...................................... 27
Figura 19 – Banheira tipo poleiro............................................................... 27
Figura 20 – Segurado pelo meio do rabo................................................... 28
8

Figura 21 – Segurado pela orelha.............................................................. 28


Figura 22 – Segurado pelo rabo e uma orelha........................................... 28
Figura 23 – Segurado pelo rabo e duas orelhas........................................ 23
Figura 24– Colares usados nas fêmeas em reprodução............................ 30
Figura 25 – Vista da genital feminina......................................................... 31
Figura 26 – Vista da genital feminina......................................................... 31
Figura 27 – Fêmea que não conseguiu parir.............................................. 33
Figura 28 – Animal sem o rabo e perna traseira........................................ 33
Figura 29 – Vidro colocado para os filhotes recém nascidos..................... 34
Figura 30 – Aleitamento artificial................................................................ 34
Figura 31 – Filhote sendo esfregados para ser enxertado......................... 35
Figura 32 – Irmãos colocados juntos após desmame................................ 36
Figura 33 – Gráfico natalidade 2006.......................................................... 37
Figura 34 – Gráfico mortalidade 2006........................................................ 37
Figura 35 – Gráfico natalidade 2007.......................................................... 38
Figura 36 – Gráfico mortalidade 2007........................................................ 38
Figura 37 – Rolo de extração da pele........................................................ 41
Figura 38 – Sr. Brent Poley à esquerda..................................................... 42
Figura 39 – Fungo na cara do animal......................................................... 45
Figura 40 – Fungo nas genitais e arredores............................................... 45
Figura 41 – Animal esquerdo com tricofagia.............................................. 46
9

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Balanceamento da ração......................................................... 22


Quadro 2 – Sistema internacional de identificação.................................... 25
Quadro 3 – Etapas na extração da pele..................................................... 40
Quadro 4 – Valor da pele........................................................................... 43
Quadro 5 – Comparação produção brasileira............................................ 44
10

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Suplemento............................................................................... 21
Tabela 2 – Natalidade / Mortalidade 2006.................................................. 37
Tabela 3 – Natalidade / Mortalidade 2007.................................................. 38
Tabela 4 – Vendas realizadas no Brasil..................................................... 43
11

LISTA DE SIGLAS

RS – Rio Grande do Sul


E.U.A. – Estados Unidos da América
U$ – Dólar
KIT – Conjunto de gaiolas encima do estrado
PELETERIA – Área em que ficam os animais até o abate
TAG – Presilha numerada de metal para controle
12

1. INTRODUÇÃO

O presente relatório refere-se à criação comercial de chinchilas, sendo


esta uma alternativa de renda extra e uma forma de diversificar a produção na
propriedade, devido ao pouco espaço inicial que necessita. Em uma peça ou
quarto que não esteja sendo usado, é suficiente para iniciar uma criação com
uma família, sendo esta composta por 1 macho e seis fêmeas.
A pesar de ser uma atividade potencialmente lucrativa, mexe com a
ambição, fazendo com que princípios básicos de cuidados na criação sejam
esquecidos levando o criador à desilusão. Mas se levada a sério é como
qualquer outra atividade onde teremos um período inicial de investimentos e
crescimento, um ponto de equilíbrio e finalmente o lucro tão esperado, desde
que o criador procure se informar o mínimo possível sobre a criação
principalmente com criadores mais experientes.
13

O sucesso da criação se da devido ao alto preço adquirido pelas peles


que são destinadas ao mercado internacional, onde o produto é muito
procurado e valorizado.
Neste relatório estão contidas informações sobre o estagio realizado na
Cabanha Chillacenter, empresa que tem como finalidade a produção de peles
e reprodutores para serem vendidos a criadores iniciantes e também aqueles
que queiram melhorar seus planteis, devido à alta qualidade genética dos
animais, bem como assistência técnica para clientes da cabanha que é um
fator obrigatório e que demonstra a seriedade da empresa e da criação.
Além disso o relatório conta com informações sobre o procedimento
diário com os animais, abate, manejo de peles e venda das mesmas.

2. HISTÓRICO DA EMPRESA

A Cabanha Chillacenter iniciou suas atividades no ano de 1988, com a


aquisição de uma família importada da Argentina, proveniente da Cabanha
Eldorado, mundialmente reconhecida pela qualidade de seus animais.
Durante estes últimos dezenove anos, temos realizado um crescimento quantitativo,
e principalmente, qualitativo do nosso plantel, que contava com 3470 animais, sendo
que destes, 1400 eram fêmeas em cria. A qualidade Chillacenter pode ser
comprovada através das exposições, mostras, concursos e vendas públicas
realizadas em todo o Brasil, onde a nossa genética alcança ótimas colocações e
obtêm médias superiores nas cotações das peles.
No decorrer de seu crescimento a Cabanha Chillacenter vem adquirindo
continuamente novas linhagens para um melhoramento da qualidade genética de
seus animais. Tendo incorporado animais de cabanhas americanas, como a
14

Cabanha Shoots e a Cabanha Bowen-Anza, (consideradas hoje como as melhores


do mundo em qualidade) e também de criações nacionais que já desfrutam de
plantéis do mais alto valor genético. Hoje a cabanha Chillacenter conta com o
melhor plantel do Brasil, comprovada através de exposições nacionais e estaduais.
Todo este trabalho de melhoramento é complementado com o cruzamento
correto dos animais na seleção dos reprodutores e matrizes a serem utilizados.
Buscamos todas as características que o mercado peleteiro internacional exige e,
através de um importante e adequado manejo, possibilitamos que os animais
desenvolvam todo seu potencial.
A Cabanha se localiza no município gaúcho de Viamão. A sede da empresa
Chillacenter está situada em Porto Alegre/RS, na Praça Piratini nº 113, estando
ilustrada na figura 1.

Figura 1. Cabanha de criação em Viamão.

3. HISTÓRIA, CLASSIFICAÇÃO E ORIGEM

Conforme manual de criação da Chillacenter, em 1524 conquistadores


espanhóis conhecem a chinchila, que já era utilizada pelos Incas e Chinchas como
vestimenta e alimento. Começava a caça indiscriminada das chinchilas. Em 1899 o
Chile exporta 435.000 peles de chinchila selvagem e em 1910 os governos do Chile,
Peru, Argentina e Bolívia proíbem a caça e venda de peles nestes paises e em 1923
o engenheiro norte-americano Mathias Chapman leva 11 exemplares de chinchila
para a Califórnia, onde foi o início da criação de chinchilas em cativeiro.
A chinchila é um animal da ordem dos roedores e vegetariano, originário da
América do Sul, mais precisamente das altas planícies dos Andes.
15

Existem apenas três espécies de chinchilas, encontradas: lanígera,


brevicaudata e a real, já extinta, sendo criada comercialmente a lanígera.

3.1 Características da espécie

Conforme LINDEN,(1999), atualmente as chinchilas lanígeras criadas em


cativeiro, pesam entre 500g a 600g e medem entorno de 30cm de comprimento. Sua
vida reprodutiva começa aos 8 meses e vai até aos 10 anos em média, quando
deverá ser substituída.
Em média tem dois partos por ano, sendo que algumas podem ter três. O
número de filhotes por parto varia de um a cinco com media de dois.
A gestação é de cento e onze dias. A ovulação tem um ciclo de 28 dias e,
possuem um cio pós-parto, sendo seu momento mais forte, quarenta e oito horas
após o parto.

3.2 Mutações

Atualmente existem vários tipos de mutações, mas as que tem valor comercial
por sua pele são a Black Velvet e Bege, sendo mais valorizada a Black, seguida da
Bege e em terceiro lugar a Standard (fig. 2, 3 e 4) e o restante das mutações
destinadas ao mercado de animais de estimação.
16

Figura 2. Animal Black Velvet. Figura 3. Animal Bege.

Figura 4. Animal Standard.

4. ESTRUTURA DA CABANHA E EQUIPAMENTOS

A Chillacenter é composta por 4 sócios e 8 funcionários. Seus proprietários


são:
17

⮚ Rogério Gutierrez Oliveira: Méd. Vet., Diretor Téc. da Asbrachila,


Superintendente do Conselho Brasileiro, Representante do Conselho Mundial,
Diretor Técnico da Riochila, Diretor Técnico da Ascachila, Assessor Técnico
da Achila, Juiz Nacional e Internacional.
⮚ Ricardo Gutierrez Oliveira: Méd. Vet., Téc. Regional Emater e Juiz Nacional.
⮚ Rafael Gutierrez Oliveira: Méd. Vet., Téc. em curtimento de pele de chinchila.
⮚ Tácito Ney Araújo Oliveira: Sócio.
Além da loja e escritório localizados em Porto Alegre/RS, a empresa possui
em Viamão/RS, uma área de 3 há, sendo 836m² de área construída dividida em 4
ambientes, mais casa do caseiro, casa dos estagiários e a casa sede.
1. Criação: 420m²
2. Abate e deposito de ração, maravalha limpa e suja, pó de
mármore, gaiolas para reposição e outros equipamentos: 160m²
3. Curtume (único do Brasil) e conforme Sr. Brent Poley, que é o
comprador internacional de peles, o curtume é o 1º em estrutura
e o 2º em qualidade a nível mundial: 200m²
4. Loja: 56m²

4.1 Temperatura

Conforme LINDEN, o frio é bem tolerado, mas os animais recém nascidos não
suportam temperaturas abaixo dos 12ºC durante as primeiras semanas de vida, já o
excesso de calor é uma das principais causas de stress e de morte dos mesmos. A
temperatura máxima permitida na cabanha era de 27,5ºC. As chinchilas suportam
até 30ºC, mas temperaturas acima de 26º já comprometem a saúde dos animais, o
que não acontecia com os animais da cabanha, e para ajudar a manter a
temperatura em casos em que os exaustores não eram suficientes, era utilizado o ar
condicionado conforme figura abaixo.
18

Figura 5. Vista da tubulação do ar condicionado.

4.2 Ventilação

As chinchilas necessitam de boa renovação de ar e ventilação sem corrente


de ar diretamente nos animais, para manter sua pele limpa, dispersar o cheiro de
urina e manter o ar agradável. Na cabanha utilizava-se a ventilação natural pelas
janelas juntamente com os exaustores tornando o ambiente arejado caso a
temperatura não fosse superior a 27,5°C, que neste caso, era ligado diretamente o
ar condicionado. Além dos exaustores e janelas, o galpão deve ter ventiladores para
ajudar na ventilação, sendo que os proprietários já estavam cientes deste problema
e tentando resolvê-lo.
As janelas localizavam-se na parte superior e inferior das paredes e os
exaustores localizavam-se nas paredes frontal e traseira e possuíam uma janela
interna, a qual era fechada quando o ar condicionado era ligado, e as janelas
possuíam uma tela fina na parte externa para evitar a entrada de insetos e outros
animais como pode ser visto nas figuras 6 e 7.
19

Figura 6. Vista das janelas e porta. Figura 7. Vista do exaustor.

4.3 Iluminação

A iluminação era muito importante para que eventuais problemas pudessem


ser detectados na criação. Na cabanha era feita através de lâmpadas fluorescentes,
pois não causavam o aquecimento das incandescentes e sua luz branca era melhor
para a visibilidade na verificação diária dos animais, como pode ser visto na figura 8.
Durante a noite ou quando não havia ninguém, as luzes eram desligadas, não
havendo problemas, pois as chinchilas possuem o hábito noturno.

Figura 8. Vista da parte interna da cabanha.


20

4.4 Gaiolas

As gaiolas eram colocadas lado a lado formando filas de seis ou mais por
estrado (figura 10). A fila de baixo ficava sobre um estrado de metal ou madeira,
geralmente com quatro rodas (figura 9). Essas eram empilhadas formando ate cinco
andares. As gaiolas ficavam com o fundo para as outras gaiolas da fila ao lado com
espaço de 15 a 20cm entre o fundo das mesmas. Entre as filas duplas era deixado
um corredor de 1m até a próxima fila dupla ou simples, como pode ser melhor
visualizado na figura 8.

Figura 9. Estrado de metal com rodas. Figura 10. Gaiolas sobre o estrado.
Existem dois tipos de gaiola, a de reprodução e a de peleteria, e na cabanha
eram usados os dois tipos.
Conforme LINDEN as medidas das gaiolas são em média (cm):
● Reprodução: 30/32 largura x 48/50 comprimento x 35/40 altura
● Peleteria: 30 largura x 48 comprimento x 38 altura
As gaiolas de reprodução possuíam um corredor de 12 x 13cm na parte
traseira superior para o transito do macho e ambos os tipos possuíam os seguintes
acessórios:
⮚ Comedouro.
⮚ Alfafeira.
21

⮚ Bandeja tipo gaveta para a maravalha


⮚ Banheira
⮚ Bebedouros
Na cabanha existiam vários tipos de gaiolas, variando seus tamanhos e formatos.
4.5 Equipamentos adicionais

Além dos equipamentos já citados, alguns outros faziam parte da criação,


como:
● Termômetro: para controle da temperatura interna.
● Filtro de água.
● Freezer: para estocar as peles.
● Caixas de abate ou transporte: são feitas de telas ou mistas de madeira
e tela, possuem divisórias com espaço para um animal por divisória e
tela de arame em 1 ou mais lados (figura 11).
● Balcão com pia para manejo e higiene.

Figura 11. Caixas de transporte ou animais para abate.


22

5. ALIMENTAÇÃO

As rações eram em forma de pelets e conservadas em cima de estrados,


distantes do piso, em local seco e arejado e longe do alcance de animais. Eram
adquiridas prontas dos fornecedores. Somente o suplemento era preparado na
propriedade (tabela 1), mas conforme relato dos proprietários, o fabricante da ração,
já estava se preparando para fazer um tipo de ração específico para os animais de
reprodução, o que eliminaria o suplemento.
Tabela 1 – Suplemento.

Grama
Descrição %
s
38,25
Farelo de trigo 1000
%
26,77
Aveia em flocos 700
%
13,38
Leite em pó 350
%
13,38
Gérmen de trigo 350
%
Vitamina
200 7,65%
(bionate)
Metionina 15 0,57%
Fonte: Manual de criação da cabanha.

5.1 Necessidades nutritivas


23

Na cabanha a ração procurava atender essas necessidades (quadro 1),


sendo que o balanceamento das mesmas eram baseadas em estudos e pesquisas
das empresas fornecedoras e com bons resultados. Devido a variações nas
necessidades nutritivas achadas nos livros e manuais, a composição (quadro 1), foi
retirada do manual de criação da cabanha, que conforme os proprietários era o
estudo mais recente sobre as necessidades nutritivas e a mais parecida com a
composição da ração adquirida.
Esta ração era comprada pronta de indústrias e a identificação da
mesma,com sua composição, encontra-se no anexo 5. Conforme Aleandri, (2005),
LINDEN (1999) e manual de criação da cabanha, cada animal come em média 30
gramas de ração.
Descrição %
PB 21%
FB 16%
Graxas 2,5%
Min 9%
Ca 0,9
P 0,5%
Quadro 1 – Balanceamento da ração.
Fonte: Manual de criação da cabanha.

5.2 Fornecimento de água

A qualidade da água é de extrema importância em uma criação, pois a


mesma, sendo contaminada por algas ou bactérias, afeta o desenvolvimento dos
animais podendo levá-los a morte e como são usados alimentos secos na dieta das
chinchilas a água é muito importante.
24

O sistema de fornecimento era automático, várias gaiolas eram interligadas


por uma mangueira de fino diâmetro que captava água de um galão e distribuía para
vários animais, conduzindo a água aos pequenos bicos encaixados em cada gaiola.
Somente em casos de animais jovens era colocado também, garrafa com pipeta
(figura 12), até os mesmos se acostumarem com o sistema automático.
Este sistema era muito pratico e era limpo cada vez que se esvaziava um kit,
para evitar a formação de microorganismos patogênicos.

Figura 12. Bicos automáticos e garrafas com pipetas para os desmamados.

6. MANEJO GERAL NA CABANHA

O manejo é de fundamental importância na criação de chinchilas, sendo este


um fator para produzir peles de boa qualidade e que atendam as exigências do
mercado.

6.1 Controle de temperatura

Logo pela manhã, era verificada a temperatura interna e caso esta não fosse
superior a 27,5ºC e não estivesse chovendo, os exaustores eram ligados, sendo eles
em número de dois, um na parede frontal e outro na traseira, e com as janelas
abertas. Quando a temperatura atingia os 27,5°C, as janelas eram fechadas e os
exaustores desligados e o ar condicionado era acionado, fazendo com que a
25

temperatura baixasse, mas não a menos de 22°C, pois o ar condicionado era


controlado eletronicamente, sendo desligado no final do dia. Mesmo assim eram
feitas verificações diárias na temperatura.
Como na noite as temperaturas eram amenas, após o final das atividades as
janelas eram abertas novamente e ficavam assim até o dia seguinte.

6.2 Fornecimento de ração, suplemento e revisão do plantel

Após a verificação da temperatura no inicio da manhã, as tarefas acima, eram


realizadas ao mesmo tempo, à medida que íamos alimentando os animais. O
fornecimento de ração era realizado sempre no mesmo horário, duas vezes ao dia,
sendo que na segunda vez a ração era colocada somente nos comedouros vazios.
Após este procedimento era fornecido um suplemento para as matrizes. Sobras de
ração e suplemento eram retiradas 2 vezes por mês ou em casos em que
estivessem úmidos ou muito sujos. Durante a revisão eram observadas todas as
gaiolas individualmente. Observava-se o estado de saúde dos animais, através da
vivacidade, pêlos e olhos brilhantes bem como eventuais problemas nas gaiolas. Em
caso de parto colocava-se o banho em cima do kit verticalmente com a gaiola
correspondente e em caso de morte era anotado em uma ficha. Ferimentos ou
animais doentes eram anotados para posterior tratamento. Aproveitava-se também
para verificar a água das garrafas ou os bicos d’água no caso de animais que não
estavam se alimentando.

6.3 Verificação da água

Além de verificar a água, conforme o item anterior, no caso dos filhotes, era
feita uma revisão diária do nível da água das garrafas, pois os animais poderiam ter
retirado a pipeta, deixando a garrafa vazia. Cada vez que o nível de água estivesse
26

baixo eram retiradas às garrafas e colocadas em um engradado e eram levadas ate


a pia onde eram lavadas por fora, completada a água, e as pipetas lavadas com
água pura com o auxilio de uma pequena escova. mas conforme LINDEN (1999), as
garrafas que tivessem um pouco de água, deveriam ser esvaziadas completamente
e as pipetas deveriam ser desinfetadas, mas não foram constatados problemas na
cabanha em decorrência de não fazer este procedimento.

6.4 Registro dos partos

Eram realizados no final da tarde, onde eram anotados em uma ficha os


números do kit, família e gaiola, sexo do animal, data do parto e letra do ano (quadro
2) com o número a ser colocado no filhote. A forma de identificação utilizada pela
cabanha era de grade com mapa, conforme anexos 7 e 8 , mas existem outros tipos
como brinco, chapa na gaiola e tatuagem.
Após este procedimento era pendurada na gaiola uma fita azul para machos e
rosa para fêmeas e uma placa com a data do nascimento (figura 13).

Figura 13. Gaiola com fitas e placa com data do nascimento.

1985 - P 1997 - F
1986 - R 1998 - H
1987 - S 1999 - J
27

1988 - T 2000 - K
1989 - V 2001 - L
1990 - X 2002 - M
1991 - Z 2003 - N
1992 - A 2004 - P
1993 - B 2005 - R
1994 - C 2006 - S
1995 - D 2007 - T
1996 - E 2008 - V
Quadro 2 – Sistema internacional de identificação.
Fonte:LINDEN, Adriana Remião.Criação comercial de chinchilas.Guaíba:Agropecuária,1999.

6.5 Fornecimento de alfafa

Conforme LINDEN, a alfafa é uma leguminosa cujas propriedades nutritivas


indicam-na como o melhor feno a ser utilizado na alimentação das chinchilas.
Era fornecida três vezes por semana aos animais e cada gaiola recebia dois
cubos (figura 14) do tamanho do cubo direito da figura 15. Este tipo de alfafa era
utilizado porque a mesma era prensada em cubos ficando mais firmes para os
animais roerem.

Figura 15. Alfafa em cubos.

Figura 14. Cocho e alfafeira da gaiola.


28

6.6 Troca de maravalha e limpeza das gaiolas

A troca da maravalha era feita, com o auxílio de um carrinho (figura 16), uma
vez por semana para as matrizes e para os animais de peleteria era intercalada,
sendo uma semana duas trocas e outra somente uma, se o estado da maravalha
estivesse bom. Estas trocas serviam para evitar odores desagradáveis e manchas
amareladas nos pelos dos animais devido à urina e fezes dos mesmos e para evitar
o aparecimento de doenças e fungos. A cama retirada era depositada em sacos
(figura 17) e vendida aos produtores vizinhos ou depositada em uma área da
propriedade para virar composto (figura 18) que também era vendido aos produtores
e algumas vezes era usada na propriedade.

Figura 16. Carrinho para troca da maravalha. Figura 17. Local temporário da maravalha suja.

Figura 18. Local de deposito da maravalha suja.

6.7 Banho dos animais


29

O banho dos animais tinha a função de retirar a oleosidade do pêlo e o


produto utilizado era o pó de mármore, devido ao seu custo mais baixo e maior
disponibilidade no mercado, mas, conforme LINDEN, na natureza seu banho era de
areia. O pó era utilizado uma vez por semana para as matrizes e até duas vezes
para os animais destinados ao abate. Era colocado em banheiras automáticas do
tipo poleiro, ficando penduradas na parede lateral da gaiola, conforme figura abaixo.
No caso de matrizes com filhotes recém nascidos, o mesmo era retirado por um
período de dez a quinze dias contados no momento do parto, pois esse tempo era
preciso para que a vagina da fêmea se fechasse e os filhotes estivessem maiores.

Figura 19. Banheira tipo poleiro.


6.8 Manuseio dos animais

O manuseio dos animais era de estrema importância. Na verdade deveriam


ser manuseados o mínimo possível para evitar o stress, clapas e também para que
não se machucassem. Em caso de precisar manuseá-los, pegávamos os animais
pelo rabo ou pelas orelhas ou em ambos, conforme figuras abaixo:
30

Figura 21. Segurado pela orelha.

Figura 20. Segurado pelo meio do rabo.

Figura 22. Segurado pelo rabo e uma orelha.

Figura 23. Segurado pelo rabo e duas orelhas.

6.9 Tratamento dos animais em caso de doença

Se algum animal estivesse doente, tentava-se identificar a doença,


observando os sintomas apresentados pelo mesmo. Em caso de matrizes doentes a
primeira medida a ser tomada era fechar o acesso do macho, pois o contato entre
eles poderia ser prejudicial para elas e no caso dos machos reprodutores, somente
se estivessem extremamente doentes, eram retirados e colocados em gaiolas de
observação. Felizmente a maioria dos problemas encontrados era de fungos com
tratamentos simples ou pequenas brigas. Para maiores informações consultar item
9.
31

7. MANEJO REPRODUTIVO DA CABANHA

Na cabanha era utilizado o método poligâmico, em que uma família é


composta por seis fêmeas e um macho e em casos de baixa fertilidade dos machos
32

eram utilizadas somente três fêmeas. A constatação da baixa fertilidade do macho


era feita com o diagnóstico da quantidade de nascimentos.
Cada fêmea ficava em uma gaiola e eram dispostas lado a lado e somente o
macho tinha acesso a todas, devido a um túnel que ficava na parte superior traseira
das gaiolas e que as matrizes não podiam circular por este túnel porque eram
colocados em seus pescoços um colar rígido (figura 24) que impedia a passagem
das mesmas.
Na formação das famílias, colocavam-se seis gaiolas, mas somente cinco
fêmeas com o túnel fechado e deixava-se uma gaiola para o macho com o acesso
ao túnel aberto para estes estabelecerem contatos preliminares e se acostumarem.
Feito este procedimento era aberto o acesso às fêmeas por volta do sétimo dia, uma
por dia, sendo feito o mesmo procedimento com a outra fêmea que seria colocada
na gaiola onde o macho estava.

Figura 24. Colares usados nas fêmeas em reprodução.

7.1 Cio

Conforme LINDEN, ocorre geralmente a cada mês e tem a duração máxima


de três dias, período este em que a fêmea aceita o macho. Neste período a fenda
vaginal fica aberta e com uma secreção de cor clara. É notado também um cio de
dois dias após o parto aproveitando-se esse período para colocar as fêmeas
33

novamente em acasalamento, com algumas restrições, conforme descrito no item


7.2.1.
O cio das chinchilas pode ocorrer em qualquer época do ano, independente
das condições climáticas, mas conforme LINDEN, ALEANDRI e proprietários, a
chinchila possui um cio mais forte no inverno, o que leva a ter um maior numero de
nascimentos na primavera conforme item 7.10.

7.2 Acasalamento

Conforme LINDEN e ALEANDRI os acasalamentos ocorrem durante a noite.


E a maneira de constatar se havia acontecido o acasalamento, era o achado de
pêlos soltos na maravalha da gaiola, mas também poderiam ser de uma eventual
briga, e como não se utilizava o controle de acasalamento não se tinha problema
com este tipo de dúvida, mas no caso de ela existir era realizado toque nas fêmeas.

Figura 25. Vista da genital feminina. Figura 26. Vista da genital masculina.

7.2.1 Acasalamento pós-parto


34

O cio pós-parto era aproveitado quando a fêmea estava em boas condições


de saúde, parido normalmente e estando em estado normal. Geralmente os casos
de nascimentos de um e no máximo dois filhotes se aproveitava o cio. Nunca era
permitido no caso de nascimentos com mais de dois filhotes e jamais era utilizado
por três vezes consecutivas, o que era recomendado por LINDEN.

7.3 Gestação

O período de gestação é de cento e onze dias aproximadamente. Conforme


LINDEN (1999) e ALEANDRI (2005), as fêmeas prenhes ficam mais tranqüilas,
lentas e sonolentas. Outro sinal de gestação era através das mamas, que passavam
de pálidas a avermelhada e mais salientes.

7.4 Parto

Os partos ocorriam geralmente durante a madrugada e inicio da manhã. Era


prestada assistência às fêmeas somente se fosse constatado algum problema na
hora de parir. As vezes era encontrado algum filhote morto ou vivo com ferimentos e
até mesmo sem alguma parte do corpo, devido a fêmea ter tido algum problema na
hora de parir e tentado arrancá-lo com os dentes, conforme figura 28.
Conforme LINDEN e ALEANDRI, no primeiro sinal de parto ocorre a ruptura
da bolsa d’água, umedecendo o ventre e peito da fêmea. Após o nascimento ela
lambe os filhotes para estimular a circulação sanguínea e enxuga-los. A placenta sai
logo em seguida e geralmente é ingerida pela mãe.
35

7.5 Problemas no parto

O principal problema era de fêmeas que não conseguiam parir seus filhotes,
devido ao tamanho ou má disposição do feto. A fêmea fazia muita força, sangrava
muito e não conseguia expelir o feto como pode ser visto estes sinais na necropsia
(figura 27).
Nestes casos era aplicado 0,1 ml de ocitocina no músculo interno da coxa
posterior e se não adiantasse, após meia hora, repetia-se o procedimento.
Em algumas fêmeas não surtiam o efeito esperado e acabavam morrendo.

Figura 27. Fêmea que não conseguiu parir.


Figura 28. Animal sem o rabo e perna traseira.

7.6 Cuidados com os filhotes

Os filhotes nasciam completos, com pêlos, dentes e olhos abertos.


Alguns cuidados eram muito importantes como:
⮚ Caso a fêmea não aceitasse o filhote este deveria ser enxertado em
outra fêmea com filhotes de mesmo tamanho, conforme item 7.8, mas
neste tempo de realização do estagio não aconteceram casos da
fêmea não aceitar o filhote.
36

⮚ As fêmeas que parissem quatro filhotes ou mais, estes eram ajudados


quando preciso, com aleitamento artificial e pelo menos um era
enxertado em outra fêmea.
⮚ Para o acasalamento pós-parto era colocado um vidro, para que o
filhote se abriga-se, devido a grande movimentação dos pais na gaiola,
ficando este por um período de quatro dias, sendo após, retirado e
fechado o corredor de acesso à fêmea.

Figura 29. Vidro colocado para os filhotes recém nascidos.

7.7 Aleitamento artificial

Era feito com filhotes mais frágeis, geralmente de ninhadas numerosas.


Para o aleitamento artificial era utilizada uma parte de leite em pó e três
partes de água fervida e morna. Era fornecido três vezes ao dia ou até mais, se
necessário.
No aleitamento artificial o filhote era segurado na palma da mão, de barriga
pra cima, posição em que fica quando mama normalmente na mãe, e recebia o leite
gota a gota, através de um conta gotas que era lavado após o uso.
37

Figura 30. Aleitamento artificial.


7.8 Enxerto dos filhotes

Esse procedimento era realizado com freqüência e não houve nenhum caso
de rejeição da fêmea. Geralmente era realizado no caso de ninhadas com quatro ou
mais filhotes em que eram deixados com sua mãe no máximo três e o restante eram
enxertados em fêmeas com apenas um filhote e o adotivo desta deveria ser de sexo
oposto ao seu novo irmão, para ser melhor identificado. Também eram deixados no
máximo dois com a nova mãe. Para que a nova mãe e seu filho aceitassem bem o
adotivo, este era esfregado no seu novo irmão, principalmente genitais e focinhos,
para que o cheiro da mãe adotiva ficasse impregnado no novo membro da família
(figura 31). E na hora de colocá-los na gaiola, era solto primeiro o adotivo e
posteriormente o verdadeiro.

Figura 31. Filhote sendo esfregado para ser enxertado.

7.9 Desmame
38

Era realizado entre trinta e quarenta dias após o parto. Conforme LINDEN a
partir dos cinco dias de idade os filhotes já começam a se interessar pelo alimento
fornecido a mãe. Quando ocorria um parto com apenas um filhote, esse se
desenvolvia muito bem, pois não tinha concorrência para o leite, e atingia um
tamanho ideal para o desmame aos trinta dias.
Os filhotes desmamados eram levados para a peleteria onde eram colocados,
quando irmãos, juntos de dois a dois (figura 32). Quando ocorria o desmame com
três filhotes, os dois menores eram colocados juntos e o maior ficava sozinho. Não
eram colocados mais de dois filhotes por gaiola, pois o mais fraco não tinha
oportunidade para comer. Estes eram separados em gaiolas individuais aos três
meses de idade, pois as disputas por comida acentuavam-se e podia haver
cruzamentos no caso de irmãos machos e fêmeas.
Após os filhotes serem desmamados, o corredor de acesso a gaiola da fêmea
era aberto para permitir a entrada do macho, isto só não acontecia caso ela não
estivesse em boas condições, o que geralmente não acontecia.

Figura 32. Irmãos colocados juntos após desmame.

7.10 Índices de natalidade e mortalidade


39

Os índices são muito importantes para se ter uma melhor visão dos resultados
(tabela 2 e 3), principalmente os de natalidade e mortalidade, e com isso
enxergarmos onde estamos tendo problemas e tentarmos melhorar cada vez mais.
Abaixo estão alguns índices passados pela cabanha:
A taxa de natalidade em 2006 foi de 2,08 filhotes por fêmea/ano e demais
criadores foi de 2,6 enquanto que até abril/07 a média de filhotes já estava em 0,59
por fêmea/ano.
A taxa de mortalidade em 2006 foi de 12,5% e até abril/07 estava em 12,8%,
que conforme proprietários estava dentro do limite para o tamanho da criação.

Tabela 2 – Natalidade / Mortalidade 2006.


    Jan Fev Mar Abr Ma Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
i
Filhote 199 215 186 105 68 33 19 195 39 335 247 267 2268
Natalidade 2006
9
Filhote 37 27 19 14 5 4 3 20 33 54 40 28 284
Desmamado 37 10 8 9 18 6 7 3 1 1 8 19 127
Mortalidade 2006 Adulto 3 3 6 4 4 1 5 10 5 7 8 7 63
% filhote 18, 12, 10, 13, 7,4 12, 15, 10, 8,3 16, 16, 10, 12,5
6 6 2 3 1 8 3 1 2 5

  maior   menor

Figura 33. Gráfico natalidade 2006.


40

Figura 34. Gráfico mortalidade 2006.

Tabela 3 – Natalidade / Mortalidade 2007.


    Jan Fev Ma Abr Total
r
Natalidade 2007 Filhote 294 143 282 109 828
Filhote 46 19 28 13 106
Natimorto 37 20 21 7 85
Desmamado 16 12 22 12 62
Mortalidade 2007
Adulto 11 3 7 7 28
% filhote 15, 13, 9,9 11,9 12,8
6 3

Figura 35. Gráfico natalidade 2007.


41

Figura 36. Gráfico mortalidade 2007.

8. PRODUÇÃO DE PELES

A Chillacenter tinha por finalidade a produção de peles para o mercado


internacional. E para atender a qualidade exigida pelos compradores, havia uma
constante preocupação, pois alguns fatores eram determinantes na qualidade das
peles, como a genética, instalações e o manejo empregado.

8.1 Maturação da pele

O pêlo da chinchila, como o de muitos animais renova-se, formando um ciclo


que inclui períodos de crescimento, maturação e queda.
42

Os animais destinados à peleteria, quando não aproveitados como matrizes e


reprodutores eram abatidos quando suas peles estivessem maturadas.
Uma pele é dita madura quando todo o pêlo terminar seu crescimento e o
pigmento passar do couro para o pêlo e sabendo-se que a primeira maturação da
pele acontece por volta dos oito meses de idade e que após quatro meses, em
média, ocorre uma nova maturação, os animais eram abatidos geralmente entre oito
e quatorze meses de idade.

8.2 Abate

Existem alguns métodos mais utilizados para abater o animal, sem que este
venha a sofrer. A eletrocussão, a asfixia e, sem dúvida, o mais utilizado é a fratura
na nuca ou desnucamento. Com uma mão segurava-se o animal pelo rabo e com a
outra firmava-se o focinho na altura dos olhos e com o polegar atrás da nuca do
animal. Nesta posição dáva-se um enérgico puxão, com o qual fraturava as
vértebras cervicais, sendo rápido e fácil e era a maneira utilizada na cabanha.

8.3 Extração de pele

Alguns materiais eram utilizados para a esfola, sendo eles, o bisturi, uma
vareta de guarda-chuva com ponta arredondada, tesoura, colher e folhas de jornal.
Eram obedecidas as seguintes etapas na hora da extração das peles:

Etapa Descrição

O animal era colocado em cima de um jornal com a barriga para


1 cima e com as patas abertas para os lados. Era feito um pequeno
corte nas genitais.
43

Introduzia-se a vareta do guarda-chuva com a canaleta para cima


no corte feito nas genitais, saindo através do lábio inferior. Com
2 aponta arredondada a vareta não furará o couro. Era centralizada
a vareta e o couro era cortado deslizando o bisturi pela canaleta
com a parte do fio para cima.
Colocava-se novamente a vareta entrando pelo corte nas genitais
até a altura dos tornozelos da pata traseira. Segurando a outra
3
pata com a vareta, cortava-se o couro com o bisturi, correndo
sobre a canaleta. Repetia-se o procedimento para a outra pata.
Eram cortadas as orelhas e a cola rente ao corpo, as patas
4 dianteiras logo abaixo dos cotovelos e as traseiras na altura dos
tornozelos.
A pele era desprendida de baixo para cima, com movimento do
5 centro para as laterais. Eram utilizados pedaços de jornal para
que os dedos não deslizassem e rasgassem a pele.
Com ajuda do bisturi era solta a pele na altura da cabeça, um
pouco acima dos olhos. Colocava-se a pele com os furos dos
6
olhos no rolo de extração da pele (figura 37), puxando somente o
corpo do animal de cima pra baixo.
A pele era limpa com a ajuda de uma colher, raspando o carnal e
7 retirando a gordura e algumas membranas e colocada a tag no
furo das orelhas retiradas.
Quadro 3 – Etapas na extração da pele.
44

Figura 37. Rolo de extração da pele.

8.4 Estaqueamento e conservação da pele

Logo após a retirada da pele esta era estaqueada e seca. O estaqueamento


era feito em uma pequena tábua onde a pele era fixada com alfinetes.
A pele quando bem estaqueada equivalia de 3,5 a 4 vezes a largura de sua
base. O pelo ficava para baixo, ficando em local seco e arejado por três dias. Depois
desse período, as peles eram enroladas em jornais e levadas ao freezer até o seu
curtimento.

8.5 Venda das peles

As vendas das peles ocorriam a cada três meses e era realizado na


Chillacenter em Viamão, pois o curtume localizava-se no mesmo local.
Ela era realizada diretamente entre produtor e comprador que no caso era o
canadense Sr. Brent Poley, que comprava somente peles curtidas. Este colocava
algumas peles padrões trazidas por ele em cima de uma mesa bem iluminada e
conforme os produtores iam colocando suas peles na mesa ele ia comparando-as
com as dele e colocando os preços uma por uma e ao final de cada venda ele
entregava uma lista com o número de cada pele e o valor para controle do produtor
e posterior pagamento. O total de peles compradas por ele em cada venda girava
em torno de 7.000 a 10.000 e a compra ocorria em torno de três dias e em finais de
semana. O preço médio adquirido nas peles da cabanha foi de U$ 40,00, mas na
venda geral que acompanhei teve uma pele avaliada em U$ 90,00 e outra em U$
120,00.
O sistema de venda organizado pela cabanha funcionava da seguinte
maneira:
45

⮚ Os criadores eram atendidos por ordem de chegada.


⮚ O comprador Brent Poley (figura 38) cobrava uma taxa de U$ 0,60 por pele
comprada que era repassada a Empress (U$ 0,50) e o Council (U$ 0,10) que
são as entidades que cuidam dos interesses da industria da chinchila a nível
mundial.
⮚ A Chillacenter descontava por pele vendida um valor de U$ 0,80 dos
associados, devidamente em dia da Asbrachila, Achila, Ascachila, Aparchila e
Riochila para custear as despesas de exportação das peles e os não
associados pagavam uma taxa de U$ 1,20.
⮚ O pagamento para os criadores era realizado em trinta dias e os mesmos
deveriam preferencialmente fornecer um numero de conta no Banco do Brasil,
para que fosse feito o deposito do valor das peles.

Figura 38. Sr. Brent Poley à esquerda.


O total de peles vendidas da própria cabanha em 2006 foi de 1.420, sendo
350 em abril, 250 em julho, 380 em setembro e 440 em dez, com o preço médio de
U$ 35,00 e custo médio de U$ 19,00 estando incluído o custo de U$ 3,65 por pele
curtida.
O total de peles curtidas pela Chillacenter neste mesmo ano foi de 28.000
peles, sendo nestes 2,5 anos de funcionamento 70.000 peles.
QUALIDADE U$
Ruim 1-15
Boa 15-30
Muito Boa 30-50
Excelente acima de 50
Quadro 4 – Valor da pele.
46

Fonte: Manual de criação da cabanha.

V V
E E
N QUANT. N QUANT.
MÊS/ANO COMPRADOR MÊS/ANO COMPRADOR
D PELES D PELES
A A
S S
1ª Mai/1992 1.500 Angel Orsi – Arg. 21ª Mai/2000 4.000 Poley – Canadá
2ª Jun/1995 4.000 Poley – Canadá 22ª Dez/2000 9.000 Poley – Canadá
3ª Dez/1995 2.700 Angel Orsi – Arg. 23ª Jun/2001 3.000 Poley – Canadá
4ª Mai/1996 4.000 Poley – Canadá 24ª Jun/2001 1.800 Angel Orsi – Arg.
5ª Jul/1996 1.500 Angel Orsi – Arg. 25ª Ago/2001 1.900 Poley - Canadá
6ª Nov/1996 2.100 Angel Orsi – Arg. 26ª Set/2001 500 Poley - Canadá
7ª Jan/1997 2.000 Angel Orsi – Arg. 27ª Dez/2001 5.000 Poley – Canadá
8ª Mai/1997 1.800 Poley – Canadá 28ª Abr/2002 1.600 Orsi – Argentina
9ª Ago/1997 1.300 Angel Orsi – Arg. 29ª Jun/2002 4.300 Poley – Canadá
10ª Set/1997 2.000 Poley – Canadá 30ª Jun/2002 1.650 Orsi – Argentina
11ª Out/1997 1.700 Angel Orsi – Arg. 31ª Dez/2002 1.300 Poley – Poley
12ª Jan/1998 2.700 Angel Orsi – Arg. 32ª Dez/2002 1.700 Orsi – Argentina
13ª Mai/1998 2.500 Angel Orsi – Arg. 33ª Fev/2003 1.600 Poley – Canadá
14ª Mai/1998 1.100 Omar Fucks – Itália 34ª Jun/2003 6.316 Poley - Canadá
15ª Set/1998 3.800 Angel Orsi – Arg. 35ª Out/2003 6.000 Poley - Canadá
16ª Mar/1999 3.000 Angel Orsi – Arg. 36ª Dez/2003 6.500 Poley - Canadá
17ª Mai/1999 4.600 Poley – Canadá. 37ª Abr/2004 2.000 Orsi – Argentina
18ª Dez/1999 1.200 Angel Orsi – Arg. 38ª Abr/2004 4.300 Poley - Canadá
19ª Dez/1999 6.800 Poley – Canadá 39ª Jun/2004 3.500 Poley - Canadá
20ª Mar/2000 600 Omar Fucks – Itália
Tabela 4 – Vendas realizadas no Brasil.
Fonte: Manual de criação da cabanha.

8.6 Dados de produção

Conforme proprietários, os principais estados produtores eram:


⮚ Rio Grande do Sul............ 220 criadores
⮚ São Paulo......................... 80 criadores
⮚ Santa Catarina.................. 40 criadores

⮚ Paraná ............................. 50 criadores


⮚ Rio de Janeiro .................. 20 criadores

2% da produção mundial 1988 Sem dados


Brasil
Brasil 10.000
6% da produção mundial 1995
47

Mundo 170.000
Brasil 15.000
8% da produção mundial 1997
Mundo 190.000
Brasil 20.000
10% da produção mundial 1998
Mundo 200.000
Brasil 24.000
12% da produção mundial 1999
Mundo 210.000
Brasil 27.000
13% da produção mundial 2000
Mundo 210.000
Brasil 30.000
14% da produção mundial 2001
Mundo 215.000
Necessidade mundial de peles/ano   500.000
Quadro 5 – Comparação produção brasileira.
Fonte: Manual de criação da cabanha.

9. MANEJO SANITÁRIO
48

É importante ressaltar que animais sadios possuem olhos límpidos, grandes e


brilhantes, suas orelhas são retas e são animais vivazes quando incomodados. A
chinchila é um animal muito rústico e é raro aparecerem pragas ou surtos de
doenças.
Porém alguns problemas podem acontecer na criação, sendo estes
acompanhados e tratados da melhor maneira possível.

9.1 Fungos ou micoses

O fungo atacava diretamente o pêlo dos animais que acabavam caindo.


Afetavam qualquer região do corpo sendo mais comum nos olhos, nariz e genitais.
Conforme LINDEN, os fungos são altamente transmissíveis e podem permanecer no
ambiente por vários meses, por isso a limpeza é essencial, tanto na gaiola como nas
instalações, mas na cabanha os animais permaneciam nas mesmas condições dos
demais, mas recebendo tratamento.
Conforme proprietário em períodos mais úmidos com pouca ventilação e
muito calor, pode aumentar o índice de micoses.
O tratamento era feito com spray e pomadas à base de cetoconazol, sendo o
primeiro usado para o corpo e o segundo em volta de mucosas e olhos. Eram
aplicados no local atacado pelos fungos, uma vez ao dia durante três dias.

Figura 39. Fungo na cara do animal. Figura 40. Fungo nas genitais e arredores.
9.2 Tricofagia
49

Não se sabe ainda quais as causas deste problema. Conforme LINDEN e


ALEANDRI, estudos citam fatores genéticos ou deficiências nutricionais e também o
stress causado por superlotação, pouca ventilação, calor e gaiolas pequenas e
sujas.
Os animais que apresentavam tricofagia eram eliminados logo que apareciam
os primeiros sintomas.
O animal começava a roer o próprio pêlo em uma pequena região que logo se
estendia pelo corpo todo, exceto na cabeça e pescoço. Caso estes não estivessem
em reprodução, era observado para que se soubesse o motivo, pois se não fosse
stress poderia ser um fator genético.
As fêmeas podiam até mesmo roer os pêlos do macho, ou de seus filhotes,
sendo que estes deveriam ser separados de sua mãe.
O melhor tratamento era a prevenção, observando as condições ambientais e
eliminando animais que apresentassem tricofagia hereditariamente.

Figura 41. Animal esquerdo com tricofagia.


50

9.3 Constipação ou prisão de ventre

A prisão de ventre é causada pelo excesso de alimentos concentrados, bem


como falta de água. Houveram alguns casos na cabanha de animais com falta de
água que vieram a óbito.
Quando não era detectado a tempo os animais morriam devido à
desidratação e obstrução do intestino.
Os animais paravam de se alimentar e as fezes ficavam pequenas, escuras e
bastante ressequidas, por isso a água era sempre revisada quando os animais não
estavam se alimentando.

9.4 Giardiase

Conforme LINDEN, a giárdia é um protozoário flagelado que habita o intestino


de muitas espécies animais, inclusive o homem e a chinchila e bastante comum no
ambiente em que vivemos.
A detecção correta deve ser feita através de exame laboratorial das fezes
frescas.
Em casos isolados de suspeita, o tratamento era feito com medicamento via
oral a base de metronidazol (Flagyl) na dose de 0,5ml para filhotes e 1ml para
adultos durante três dias e em casos de muitos animais era colocado 5g de
metromidazol em pó em um Kg de mistura de aveia e farelo de trigo e dado aos
animais por 7 dias e após uma semana de intervalo repetia-se o tratamento por mais
sete dias.

9.5 Má oclusão dentária


51

Foram detectados alguns casos de ma oclusão dentária na cabanha, sendo


estes animais eliminados, pois não existe tratamento.
Conforme LINDEN, isto é uma anormalidade dentaria que provoca um
crescimento exagerado dos dentes e pode ocorrer tanto nos incisivos como nos
molares e impede o animal de se alimentar. Pode ser hereditário quando os
sintomas aparecem em animais jovens não estando em produção.

9.6 Brigas, quedas e traumatismos

Os problemas encontrados foram de brigas e em alguns casos na troca da


maravalha em que os animais das gaiolas de baixo mordiam os pés dos de cima e
em ambos os casos era utilizado spray a base de oxitetraciclina e hidrocortizona ou
oxitetraciclina injetável.
52

CONCLUSÃO

Neste período de estagio conclui que a criação de chinchilas pode ser


considerada uma outra alternativa de renda para o produtor, desde que levada a
sério como qualquer outra atividade, o que acaba sendo difícil para muitos.
Por se tratar da pele mais fina e cara do mundo, o produto é exportado, sendo
os principais consumidores das peles de chinchila os habitantes de paises ricos e de
clima mais frio como os E.U.A., Canadá, paises da Europa, Japão e, atualmente
despontando de maneira promissora a China.
O preço de uma boa pele pode variar de U$ 30.00 a U$ 120.00, atingindo
valores de ganho de até 90%, o que não é qualquer atividade que se pode conseguir
isso, mas requer um cuidado maior em relação, principalmente, ao clima.
O estágio foi muito produtivo, pois enxerguei uma nova oportunidade de
negócio num mercado onde à procura ainda esta maior que a oferta e mesmo que a
Argentina seja o maior produtor mundial, existe uma tendência para que cresçamos
mais do que eles em virtude de termos condições de produzir a um custo mais
reduzido porque no sul do Brasil só temos que climatizar os criatórios em alguns
dias de verão, por que o calor é mais intenso, e principalmente porque sua
mão-de-obra é mais cara do que a nossa. E o que esta levando, além do custo de
produção, a Argentina e Brasil a serem os maiores produtores mundiais, foi o fato de
o E.U.A. estarem substituindo sua produção de peles por animais de estimação.
53

ANEXOS
54

Anexo 1- Habitat antigo e atual das chinchilas.

Fonte:LINDEN, Adriana Remião.Criação comercial de chinchilas.Guaíba:Agropecuária,1999.


55

Anexo 2- Produtos feitos com a pele e o pelo da chinchila.


56

Fonte: ALEANDRI,Fernando.Mil preguntas y mil respuestas sobre la crianza y comercialización de la


chinchila.1ª ed., Buenos Aires:Ed. el autor, 2005

Anexo 3- Mutações.

Fonte: ALEANDRI,Fernando.Mil preguntas y mil respuestas sobre la crianza y comercialización de la


chinchila.1ª ed., Buenos Aires:Ed. el autor, 2005
57

Anexo 4- Evolução da chinchila.


58

Fonte: ALEANDRI,Fernando.Mil preguntas y mil respuestas sobre la crianza y comercialización de la


chinchila.1ª ed., Buenos Aires:Ed. el autor, 2005
59

Anexo 5- Identificação da ração.


60

Anexo 6- Produto usado no suplemento.


61

Anexo 7- Grade de identificação dos animais em produção.

Fonte: Cabanha.
62

Anexo 8- Grade de identificação dos animais para abate.


63

Fonte: Cabanha.
64

Anexo 9- Planilha de anotação de animais mortos.

Fonte: Cabanha.
65

Anexo 10- Caderno de anotações de nascimentos.

Fonte: Cabanha.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LINDEN,Adriana Remião.Criação comercial de chinchilas. Guaíba: Agropecuária,


1999.
66

ALEANDRI,Fernando.Mil preguntas y mil respuestas sobre la crianza y


comercialización de la chinchila.1ª ed., Buenos Aires:Ed. el autor, 2005

Manual de criação da Chillacenter

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