Metodologia Do Ensino de Geografia
Metodologia Do Ensino de Geografia
Metodologia Do Ensino de Geografia
Conteúdos Básicos de
História e Geografia
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof. Carlos Odilon da Costa
Profª. Edith Weiduschat
C837m
ISBN 978-85-515-0194-8
CDD 907
Impresso por:
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a), queremos nos apresentar como interlocutores
diante da nova disciplina que você passa a estudar, a partir desse momento,
e desejar-lhe uma boa compreensão e interação no decorrer desta.
Um abraço,
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA................................................................................... 1
TÓPICO 2 – A CARTOGRAFIA............................................................................................................ 13
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 13
2 A ESCRITA DA TERRA..................................................................................................................... 14
3 O TESOURO DOS MAPAS................................................................................................................. 16
4 REPRESENTAÇÃO DO PERCURSO CASA-ESCOLA.................................................................. 20
5 AS REDUÇÕES UTILIZADAS NAS ESCALAS............................................................................ 25
5.1 ATIVIDADE PRÁTICA I.................................................................................................................. 26
5.2 SÍMBOLOS, LEGENDAS OU CONVENÇÕES............................................................................ 27
5.3 ATIVIDADE PRÁTICA II................................................................................................................ 27
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 28
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 30
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 31
VII
TÓPICO 2 – CAMINHOS DA HISTÓRIA.......................................................................................... 53
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 53
2 PERÍODO MITOLÓGICO E O MUNDO GREGO......................................................................... 53
3 A HISTÓRIA NA IDADE MÉDIA..................................................................................................... 55
4 HISTÓRIA NO PERÍODO MODERNO........................................................................................... 56
5 A HISTÓRIA NO PERÍODO CONTEMPORÂNEO...................................................................... 59
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 61
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 63
VIII
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta Unidade, o(a) acadêmico(a) estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta Unidade está dividida em três tópicos, sendo que no final de cada um
deles você encontrará atividades que o(a) ajudarão a refletir e a fixar os
conhecimentos abordados.
TÓPICO 2 – A CARTOGRAFIA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
As constantes transformações vividas e percebidas no mundo e na
organização da sociedade têm reflexos em todas as áreas científicas, mas
principalmente nas ciências humanas. A revolução técnico-científica, expressão
utilizada por muitos geógrafos, tem acelerado as mudanças vertiginosas que se
apresentam diante de nossos olhos. Encontramo-nos diante de uma sociedade
contemporânea, pautada em novas relações, produções e organização social.
3
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
NOTA
As modificações que a sociedade humana produz em seu espaço são hoje mais
intensas do que no passado.
Há assim uma única sociedade humana, embora seja uma sociedade plena de
desigualdades e diversidades.
Muito do que acontece em áreas distantes acaba nos afetando de uma forma
ou de outra, mesmo que não tenhamos consciência disso, por isso o estudo de
Geografia.
5
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
NOTA
6
TÓPICO 1 | A CIÊNCIA GEOGRÁFICA E O ENSINO DE GEOGRAFIA
LEITURA COMPLEMENTAR
7
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
8
TÓPICO 1 | A CIÊNCIA GEOGRÁFICA E O ENSINO DE GEOGRAFIA
para que compreendam a si mesmos e àqueles que estão em seu entorno, suas
histórias de vida e as diferenças dos grupos sociais com os quais se relacionam. O
processo de aprendizagem deve levar em conta, de forma progressiva, a escola, a
comunidade e o Estado. É importante também que os alunos percebam as relações
com o ambiente e a ação dos seres humanos com o mundo que os cerca, refletindo
sobre os significados dessas relações.
LEITURA COMPLEMENTAR 2
9
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
Hoje, mais do que nunca, a Geografia serve, sobretudo, para fazer a guerra.
Pôr em prática novos métodos de guerra implica uma análise extremamente precisa
das combinações geográficas, das relações entre os homens e das “condições
naturais” que é necessário destruir ou modificar para tornar determinada região
inabitável ou para levar a cabo um genocídio. A Guerra do Vietnã fornece
numerosas provas de que a Geografia serve para fazer a guerra de maneira mais
global. Um dos mais célebres e mais dramáticos exemplos foi posto em prática
em 1965, 1966,1967 e sobretudo, em 1972, em um plano de destruição sistemática
da rede de diques que protegem as planícies extremamente populosas do Vietnã
do Norte. A escolha dos locais a bombardear resultou de um estudo geográfico
em vários níveis de análise espacial.
FONTE: Adaptado de: LACOSTE, Y. A Geografia - Isso Serve, em Primeiro Lugar, para Fazer a Guerra.
São Paulo: Papirus Editora, 2005. p. 21-30.
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
A
revolução técnico-científica e a globalização têm acelerado mudanças
significativas na sociedade contemporânea, que se refletem nas formas de
produção, consumo e relações sociais.
A
Geografia, percebendo estas mudanças, estuda e procura se adaptar no
sentido de fornecer novas análises e interpretações da realidade.
A
Geografia Tradicional vai sendo substituída pela Geografia Crítica,
influenciada pelo francês Yves Lacoste, que escreve e discute sobre o saber
estratégico utilizado na ocupação e no domínio dos espaços geográficos.
Muitos
geógrafos propõem uma nova abordagem geográfica, que leva o
estudante a dominar dialeticamente conceitos e conhecimentos organizados e
desorganizados pelo homem e, assim, melhor compreender as questões locais e
globais.
Yves
Lacoste é quem expõe a questão – “a quem serve a Geografia”, ao publicar
livros e artigos que analisam a ocupação de determinados locais e espaços para
fins político-militares. Em outras palavras, Lacoste considera os conhecimentos
geográficos instrumentos de poder.
Novas
abordagens da ciência geográfica têm buscado práticas pedagógicas que
permitam apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno
em diferentes momentos da escolaridade, de modo que os alunos possam
construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito.
Segundo
os PCN, as produções musicais, a fotografia e até mesmo o cinema
são fontes que podem ser utilizadas por professores e alunos para obter
informações, comparar, perguntar e inspirar-se para interpretar as paisagens e
construir conhecimentos sobre o espaço geográfico.
11
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Observação e descrição.
b) ( ) Experimentação e analogia.
c) ( ) Memorização e decoreba.
d) ( ) Analogia e síntese.
12
UNIDADE 1
TÓPICO 2
A CARTOGRAFIA
1 INTRODUÇÃO
A cartografia é um ramo da ciência geográfica responsável pela confecção
de mapas e representações espaciais. Nas séries iniciais, trabalha-se a noção de
espaço representativo através de desenhos simples, como a disposição da sala de
aula, da escola, do trajeto percorrido pelo estudante de sua casa à escola ou de
um passeio qualquer, até que se avance para a representação da Terra.
13
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
2 A ESCRITA DA TERRA
14
TÓPICO 2 | A CARTOGRAFIA
O espaço geográfico
15
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
Paola Gentile
"Saber ler mapas faz com que a pessoa consiga pensar sobre territórios
e regiões que não conhece", afirma Rosângela Doin de Almeida, professora da
Universidade Estadual Paulista, membro do Grupo de Pesquisa em Cartografia
Escolar e representante brasileira da International Cartography Association
(ICA). Ela afirma ainda que a tecnologia tem produzido representações
cartográficas cada vez mais sofisticadas. Sua linguagem é usada no ensino não
só da Geografia, mas também da História e das Ciências em geral. "Conhecê-
la significa adquirir boa parte do suporte necessário para a construção do
conhecimento", enfatiza.
Geografia
16
TÓPICO 2 | A CARTOGRAFIA
Linguagem visual
17
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
Educação Infantil
Regras de proporção
18
TÓPICO 2 | A CARTOGRAFIA
Pelo menos uma vez por semana os próprios estudantes mudam os brinquedos
de lugar, o que os obriga a refazer, no pátio, a maquete. É uma introdução para
o aprendizado de escala: as crianças começam a perceber que a representação
é diferente do real, mas obedece a regras de proporção e localização. Martha
aproveita para ensinar também o significado de paisagem, que é tudo aquilo
que o olhar pode apreender.
Ensino Fundamental
Criação de legenda
O primeiro contato com mapas reais é feito com o da cidade de São Paulo.
Um cartaz com o perímetro é colocado na parede da classe. Ele é abastecido
de símbolos e legendas pelas próprias crianças, estimuladas a representar os
lugares da cidade que conhecem (parques, praças, shopping centers etc.). Na
4ª série, a turma vai poder elaborar um mapa mais completo do bairro e do
município.
19
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
Por isso, uma das recomendações é refazer, com os estudantes das séries
iniciais, o trajeto percorrido por eles de suas casas até a escola. Eles devem ser
orientados para uma observação mais criteriosa dos espaços, ruas, bairros,
construções, vegetação, terrenos desocupados, trânsito, meios de transportes
que se encontram ao longo do seu trajeto. Em seguida, eles devem descrever
oralmente essas observações, para depois representar por meio de desenhos
esses lugares. Posteriormente, ainda, pode-se propor a confecção de maquetes.
Aqui também não se pode esquecer de conduzir a criança para que observe
e distinga os espaços naturais dos espaços sociais ou humanizados.
E
IMPORTANT
20
TÓPICO 2 | A CARTOGRAFIA
Dados da Aula
21
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
22
TÓPICO 2 | A CARTOGRAFIA
23
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
24
TÓPICO 2 | A CARTOGRAFIA
Materiais sugeridos:
1. Caixa de sapato
2. Papelão
3. Caixa de pasta de dente
4. Palito de picolé
5. Palito de Churrasco e muitos outros
Assim, a reflexão que fica é que:
A Geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar (conhecer)
o espaço produzido pelo homem e, enquanto matéria de ensino, ela
permite que o aluno se perceba como participante do espaço que situa,
onde os fenômenos que ali ocorrem são resultados da vida e do trabalho
dos homens e estão inseridos num processo de desenvolvimento
(CALLAI, 1998, p. 56 apud CAVALCANTI, 2002, p. 13).
FONTE: Disponível em: <https:// portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.
html?aula=1229>. Acesso em: 26 abr. 2018.
25
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
Noção de escala II
Pegue um barbante.
Suponha que você dobrou o barbante doze vezes; você também deve reduzir
doze vezes o tamanho, por exemplo, de uma mesa que está na sala.
A partir disto, você pode partir para mapas e explorar as diferentes escalas.
Exemplo: uma escala de 1:200.000 (“um para duzentos mil”) indica que o
espaço nele representado foi reduzido em 200 mil vezes do tamanho natural.
E
IMPORTANT
Todo mapa deve apresentar a escala que foi utilizada na sua confecção (você
a encontrará em algum ponto do mapa). No caso do mapa-múndi que apresentar a escala
1:30.000.000, (lê-se: 1 centímetro deste mapa equivale a 30.000.000 [milhões] de centímetros
no espaço real). Para sabermos as distâncias aproximadas entre duas cidades deste mapa,
medimos inicialmente com uma régua quantos centímetros há entre elas e, em seguida,
multiplicamos pela escala, cortando cinco casas de zero (isto porque estas casas se referem
a centímetro, decímetro, metro, decâmetro e hectômetro), para se chegar a quilômetro,
medida mais comumente utilizada. Exemplo: se a medida com a régua entre as duas cidades
escolhidas é de 4 cm, calcula-se: 300 x 4 = 1.200 km.
26
TÓPICO 2 | A CARTOGRAFIA
Outra atividade que também pode ser efetuada é a criação de símbolos para a
escola ou para a própria sala de aula. Aqui deve se usar uma planta do colégio
ou da sala. Com isto eles notarão que as plantas arquitetônicas são espécies de
representação de um espaço, tais quais os mapas.
27
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
LEITURA COMPLEMENTAR
28
TÓPICO 2 | A CARTOGRAFIA
FONTE: VEJA. Educação e a gente ainda goza dos americanos. São Paulo: Abril, n. 44, 07 nov.
2007. p. 108-109.
29
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
Representar a Terra não é fácil. Por isso, o professor também deve compreender
a representação espacial da Terra como uma imagem incompleta.
Nas Séries Iniciais, o trabalho com espaço envolve, ainda, a noção de orientação
e localização: em cima/embaixo, ao lado/entre, esquerda/direita, direções
cardeais etc. Implica também a sua representação (uso de mapas, globo,
maquetes) e estudo dos elementos do espaço, sejam eles naturais (clima,
vegetação, relevo) ou culturais (cidade, bairro, meio rural, migrações, indústria)
além de sua distribuição no espaço, isto é, a localização desses elementos.
30
AUTOATIVIDADE
1 Defina a cartografia.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
31
32
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Ler e interpretar mapas, representações pequenas e abstratas dos espaços
constitui-se num trabalho que vai prescindir de noções de localização e orientação.
Portanto, a noção primeira de espacialidade exige um reconhecimento ou uma
percepção mais detalhada e criteriosa de cada espaço ocupado e vivido pelas
crianças na Educação Infantil e Séries Iniciais. Muitos geógrafos e professores têm
discutido esta questão, como podemos ler no texto que segue:
33
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
3 OS PONTOS CARDEAIS
Para se orientar no espaço, as pessoas procuram estabelecer pontos de
referência. Na área rural, elas se guiam por uma árvore mais alta, uma estrada,
uma construção de destaque etc., enquanto na cidade utilizam-se, como ponto de
referência, as praças, as igrejas, os edifícios e shopping centers mais importantes.
Entretanto, no meio do oceano, de uma floresta ou de um deserto, como se
orientar? Para isso, foram criados e convencionados internacionalmente os
pontos universais de referência, os chamados pontos cardeais. São eles: NORTE
(N), SUL (S), LESTE (L), OESTE (O ou W). Também temos os pontos colaterais,
que são intermediários – entre dois cardeais surge um colateral. Exemplo: Entre
o Sul e o Leste tem-se o SUDESTE; entre o Leste e o Norte tem-se o NORDESTE;
entre o Norte e o Oeste tem-se o NOROESTE; e entre o Oeste e o Sul, tem-se o
SUDOESTE. Temos ainda os pontos subcolaterais, que se encontram entre os
cardeais e colaterais, que podemos visualizar na rosa dos ventos.
NO NE
NNO NNE
ONO ENE
O E
OSO ESE
SSO SSE
SO SE
34
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO
NOTA
Na verdade, o Sol não nasce nem se põe; então não há nascente, nem poente.
Entretanto, estas expressões já fazem parte do uso cotidiano das pessoas, por isso não são
menosprezadas. Neste momento explica--se ao aluno que o movimento da Terra se dá ao
redor do Sol e não ao contrário. O nascente aparente é, na verdade, o lado da Terra que se
expõe primeiramente ao Sol, enquanto esta faz o giro sobre si mesma, completando-o até o
anoitecer, onde é o poente aparente. Não se deve esquecer que a Terra leva 24 horas (até a
meia-noite) para completar todo o seu giro. Neste momento é muito importante trabalhar o
movimento de rotação da Terra (sobre si mesma) e o movimento de translação (que a Terra
faz ao redor do Sol).
DICAS
35
UNIDADE 1 | GEOGRAFIA: UMA CIÊNCIA
<http://www.jogosdaescola.com.br/play/index.php/geografia>;
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html>;
<https://novaescola.org.br/guias/1427/jogos>.
Antes de mais nada, Lindaura, não peça aos alunos para decorarem os
pontos cardeais e colaterais. Em segundo lugar, tire a rosa dos ventos do mapa
e coloque-a no espaço real das crianças. Não, não estou pedindo para você
estragar seu mapa! Só para pegar o giz e desenhar a rosa no chão da sala ou do
pátio (ainda sem a localização dos pontos).
36
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO
37
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
38
AUTOATIVIDADE
39
40
UNIDADE 2
A NOVA HISTORIOGRAFIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta Unidade, o(a) acadêmico(a) estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta Unidade está dividida em três tópicos, sendo que no final de cada um
deles você encontrará atividades que o(a) ajudarão a refletir e a fixar os co-
nhecimentos abordados.
41
42
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Para compreender o nosso estudo de Metodologia do Ensino de História,
situando esta disciplina e ciência em um quadro mais geral das Ciências
Humanas, verificaremos, a seguir, como estas ciências, em especial a História,
têm-se configurado no Ensino Fundamental (nos Anos Iniciais) e na Educação
Infantil, e qual a contribuição que podem dar na formação dos sujeitos envolvidos
no processo escolar.
43
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
44
TÓPICO 1 | HISTÓRIA, UMA DISCIPLINA ESCOLAR
3 A TEORIA HISTÓRICO-CRÍTICA
Mas existe alguma outra maneira de ver as coisas? Existiria outra teoria,
que implicasse uma outra cosmovisão, uma outra maneira de se ver, entender e
explicar o mundo? Pensamos que sim, apesar de ser pouco divulgada, pois ela
é muito perigosa, principalmente em nossa sociedade.
Que nomes a gente poderia dar a essa outra teoria? Um dos melhores
nomes é o da teoria histórica e vamos ver por quê. Quando se fala em história,
ou histórico, a primeira coisa que vem à mente da gente é algo que passa, de
algo transitório. História é o que tem a ver com antes, durante ou depois. Mas
qual é o pressuposto dessa teoria? O pressuposto é que tudo que é criado é
histórico. O que é criado não é eterno, apareceu e vai desaparecer, por isso
mesmo é precário, transitório, isto é, histórico. [...] Um outro nome muito bom
para essa teoria é o de teoria crítica. Crítica vem do grego kritein, que significa
julgar. Pois bem, possui uma visão crítica aquela pessoa que, de antemão,
antes mesmo de ver, ouvir ou ler qualquer coisa, tem essa convicção íntima e
profunda de que tudo o que é histórico possui ao menos dois lados; que nada é
absoluto, total; que é preciso ver os dois lados da coisa. Essa teoria tem também
mais alguns nomes. Um deles é teoria utópica, utópico ou acrônico, é algo que
não existiu ainda no tempo, mas poderia existir. A realidade, portanto, não se
restringe ao aqui e o agora, mas também a tudo o que existirá. [...] As pessoas
de mentalidade histórico-crítica são pessoas que incorporam na definição
de realidade o futuro e a esperança. A mudança faz parte da própria teoria.
Para essa teoria, a mudança é sempre possível, na medida em que a coisa se
completa. Sendo que as coisas não estão nunca prontas ou acabadas, elas vão
mudando na medida em que vão se aperfeiçoando, em que vão superando
a contradição interna que existe em todas as coisas, pelo fato mesmo de não
serem totais e acabadas. Agora você mesmo pode responder a uma pergunta
bem simples: a quem interessa uma teoria histórico-crítica? É evidente que
45
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
interessa à toda pessoa que deseja ver a coisa global, à toda pessoa que não está
contente com que está aí apenas, à toda pessoa que deseja algo diferente, de
melhor. Nós, que lutamos por algo melhor, só poderíamos nos guiar com uma
teoria que incorpore a mudança e a esperança de algo diferente. Quem deseja
um mundo novo, encontra nesta cosmovisão elementos necessários para um
trabalho e uma luta de renovação e transformação. Dentro do presente, já estão
em gestação as sementes de uma nova sociedade.
46
TÓPICO 1 | HISTÓRIA, UMA DISCIPLINA ESCOLAR
Para que estes objetivos sejam alcançados, são imprescindíveis ações por
parte do professor de individualizar as situações de aprendizagem oferecidas às
crianças, considerando suas capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas
assim como os conhecimentos que possuem dos mais diferentes assuntos e suas
origens socioculturais diversas. Isso significa que o professor deve planejar uma
gama variada de experiências que responda, simultaneamente, às demandas do
grupo e às individualidades de cada criança.
47
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
48
TÓPICO 1 | HISTÓRIA, UMA DISCIPLINA ESCOLAR
LEITURA COMPLEMENTAR
49
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
50
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
As
Ciências Humanas compreendem uma área do conhecimento humano
alimentada pelo saber produzido por várias ciências, como, por exemplo:
Sociologia, Antropologia, Economia, Política, História e Geografia, entre outras.
Todas têm como objeto de estudo o homem em suas relações: entre si, com o
meio natural, com os recursos já criados por outros homens através dos tempos.
A História é a ciência que nos permite conhecer o nosso passado, entender bem o
nosso presente, para transformá-lo em um futuro melhor. A História se interessa
por todas as atividades do ser humano, por tudo aquilo que a humanidade em
grupo faz durante a vida. Entretanto, a História não é apenas isso, a História é
o estudo do ser humano em processo de constante transformação.
A
concepção de história na história humana não é homogênea, ou seja, igual
para todo mundo, existem maneiras diferentes de interpretar e vivenciar a
história, bem como de compreender e aplicar a ciência denominada História,
o que acarreta para nós, educadores, formas diversas de se conceber a História
enquanto disciplina.
A
visão positivista-funcionalista é caracterizada como a visão de mundo
dentro de um enorme sistema, no qual tudo o mais são peças de uma imensa
engrenagem que é a sociedade humana; tudo já está pronto, basta cumprir bem
seu papel nessa história, ser uma peça que não estraga e que se move junto com
as outras nessa engrenagem.
A
visão histórico-crítica, ou dialética, ou utópica, concebe a história humana
como um palco de muitos conflitos que são a fonte das transformações
sociais. A partir da dialética de conflitos, a humanidade pode transformar seu
cotidiano; somente pelos conflitos e a sua superação, poderá haver um outro
mundo possível. Segundo essa concepção, tudo à sua volta é construído pela
ação humana do trabalho. O trabalho humano é que molda as diversas feições
da humanidade em sociedade. Nesta abordagem tudo é incompleto, inacabado,
nada nasce pronto, tudo é construído e aprendido na história humana.
A
Educação Infantil foi pensada de forma mais global e não fragmentada, ela
não está dividida em disciplinas, mas, mesmo assim, a disciplina de História
é contemplada principalmente nas questões envolvendo a diversidade e a
socialização da criança.
Individualizar
a Educação Infantil, ao contrário do que se poderia pensar, não
é marcar e estigmatizar as crianças pelo que diferem, mas levar em conta suas
singularidades, respeitando-as e valorizando-as como fator de enriquecimento
pessoal e cultural. A disciplina de História, nesse sentido, apresenta-se como um
componente pedagógico de grande importância para o pleno desenvolvimento
das crianças.
51
AUTOATIVIDADE
52
UNIDADE 2 TÓPICO 2
CAMINHOS DA HISTÓRIA
1 INTRODUÇÃO
A história, como as outras formas de conhecimento da realidade, está
sempre se constituindo: o conhecimento que ela produz nunca é perfeito ou
acabado. Se o conhecimento é inacabado, não está pronto. Por sua vez, o próprio
ser humano, que depende dele para sua construção enquanto ser, também é
inacabado, incompleto, precisamos buscar o conhecimento para a construção
humana, para Freire (1999, p.58-59) seria o mesmo que dizer:
Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que minha passagem
pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que o meu
destino não é um dado, mas algo que precisa ser feito e de cuja
responsabilidade não posso me eximir. Gosto de ser gente porque a
história em que me faço com os outros e de cuja feitura tomo parte é
um tempo de possibilidades e não de determinismo.
53
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
Na Grécia, por volta do primeiro milênio antes da era cristã, o mito começa a
ter uma conotação diferente: vamos encontrá-lo na poesia, por exemplo, na Ilíada,
poema épico atribuído a Homero. A explicação mítica não vai, evidentemente,
desaparecer, continuando até hoje em quase todas as manifestações culturais, não
como uma única forma de explicação da realidade, mas paralela às outras, como
a história. Ao recontar essas explicações em certo momento, os seres humanos
passam a refletir sobre elas. É especialmente um estudioso dos mitos, Hecateu
de Mileto, que analisa os mitos e lendas do mundo grego e resolve escrever
aquilo que ele considera verdadeiro nessas narrações. A História, como forma
de explicações, nasce unida à Filosofia e desde o início elas são bastante ligadas.
Heródoto, de acordo com Hecateu, se propõe a fazer investigações, a procurar
a verdade. Assim, Heródoto é considerado o pai da História. De acordo com
Beseelaar (1962, p. 23):
54
TÓPICO 2 | CAMINHOS DA HISTÓRIA
55
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
56
TÓPICO 2 | CAMINHOS DA HISTÓRIA
57
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
com uma enorme influência até no presente momento. Segundo essa forma de
pensamento, cabe à história um levantamento científico dos fatos, sem procurar
interpretá-los, cabe à sociologia sua interpretação. Para realizar trabalhos que
consideram realmente científicos, esses historiadores acham que é preciso ver o
passado como algo morto, com o qual o presente em que se vive nada tem a ver,
e que é possível, se houver uma atitude neutra em relação ao objeto do passado
que se estuda.
58
TÓPICO 2 | CAMINHOS DA HISTÓRIA
59
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
DICAS
60
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
Não se pensa mais a história dos seres humanos como algo absoluto, objetivo,
que está tudo pronto e basta buscar o assunto para compor a história. A partir
do que determinado objeto ficou representado, o historiador, por sua vez,
elabora sua própria representação, a história se faz com documentos e fontes,
imaginação e ideias.
62
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Perfeito e acabado.
b) ( ) Perfeito e inacabado.
c) ( ) Imperfeito e acabado.
d) ( ) Imperfeito e nunca acabado.
3 O que pesquisou Tucídides, outro historiador grego, que tem seu foco
principal de investigação histórica?
a) ( ) Marxista.
b) ( ) Positivista.
c) ( ) Antropológica.
d) ( ) Francesa ou de Annales.
63
64
UNIDADE 2 TÓPICO 3
MÉTODOS EM HISTÓRIA
1 INTRODUÇÃO
Após estudarmos, nos tópicos 1 e 2, um pouco da História como
ciência e disciplina, no terceiro tópico escreveremos acerca dos procedimentos
metodológicos na disciplina de História, ou seja, abordaremos de forma breve,
mas consistente, os principais métodos de investigação e aprendizagem dentro da
disciplina escolar denominada História: o método tradicional, o método dialético
e o método da complexidade.
65
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
E, por último, uma terceira via que não é proveniente do mundo europeu,
que diz: tudo está em todos e todos estão no tudo, a visão da complexidade, da
abordagem holística, proveniente do mundo oriental.
66
TÓPICO 3 | MÉTODOS EM HISTÓRIA
A história, que tem como base o método tradicional, muitas vezes inculca
nas cabeças dos alunos que a solução para os problemas ou a busca da verdade
passa por um líder, muitas vezes conhecido como herói ou santo, místico. Um
método histórico assim está a favor de quem? Para que ele foi e é usado esse
método? Se você perceber, caro(a) acadêmico(a), o método que usar em suas
aulas de História, será um dos elementos mais importantes para que o ensino e
aprendizagem possam acontecer. A pergunta que se faz neste momento é: Qualquer
método? Ou perguntando de outra forma: Usar qualquer método em qualquer
realidade? Ou não seria usar métodos que possibilitem, naquela realidade que
estou vivenciando, uma melhor qualidade de ensino-aprendizagem?
67
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
4 MÉTODO DIALÉTICO
As críticas sobre o método tradicional levaram os educadores, no fim da
década de 60 do século XX, a dar maior ênfase a esse aspecto e a renovação do ensino
recaiu assim nas questões metodológicas. No decorrer dos anos 70, as inovações
nas técnicas educacionais foram tidas como sinônimos de métodos de ensino
inovadores. Assistiu-se ao crescimento do uso de audiovisuais para as áreas de
ciências humanas. Não há dúvida de que tais recursos precisavam ser introduzidos
na escola, mas não podiam ser utilizados sem que fosse repensada a concepção
de método de ensino e verificar se o computador, o filme e outros instrumentos
pedagógicos não reproduziam o tão criticado método tradicional de ensino.
NOTA
Para entender melhor, caro(a) acadêmico(a), ainda segundo Marx e Engels (1992):
a sociedade humana é fruto de três elementos importantes, a saber: ideologias, condições
materiais e relações de poder. Esse conjunto de três elementos fundamenta a base social
humana, por meio das normas, leis, preceitos, textos sagrados, fábulas, mitos, construídos
para sustentar as verdades dos grupos que dominam as relações existentes. Por meio das
instituições, como por exemplo, a Religião, a Educação, a Política, a Cultura e a Economia,
essas verdades são proclamadas, mas qual é a base que impulsiona essas instituições? Para
Marx e Engels (1992) é a economia, pois a partir da economia, ou seja, o modo de produção,
é que vai ser configurada a sociedade que temos.
69
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
5 MÉTODO DA COMPLEXIDADE
A era planetária vem provocando um caos geral nas relações sociais de
difícil superação. Joga a irreversibilidade da vida nos porões de um progresso
comandado pelas tecnologias de informação e da comunicação, convertidas
em paradigmas determinantes. O despertar de uma sociedade mundo,
verdadeiramente digna desse nome, exige o repensar de uma nova sociedade,
em que o ideal desejável seja aquele no qual o ser humano busque uma cidadania
planetária, ou seja, em que todos nós somos filhos de um mesmo e único cosmo. É
mais do que óbvio que a educação tem papel crucial nessa mudança de paradigma.
70
TÓPICO 3 | MÉTODOS EM HISTÓRIA
71
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
NOTA
Passamos a ver, a partir da obra de Morin (2003), o que seria de fato esse
método. O método da complexidade é obra de seres inteligentes, que ensaiam
estratégias para responder incertezas, portanto, aquilo que serve para aprender
e, ao mesmo tempo, é aprendizagem, é aquilo que nos permite conhecer o
conhecimento. Por essas razões, é possível afirmar que todo discurso do método
é um discurso de circunstâncias, não existe um método fora das condições em que
se encontra o sujeito. O método da complexidade não parte de crenças seguras
de si mesmas, aprendidas e encarnadas, como adversários que se alimentam de
nossa sede de certezas e da ambição de conhecimentos absolutos e inalteráveis.
O método é o que ensina a aprender. É uma viagem que não se inicia com um
método, inicia-se com a busca do método.
72
TÓPICO 3 | MÉTODOS EM HISTÓRIA
que crêem que tudo é determinista ou que tudo é aleatório. Uma educação que
tem como objetivo uma concepção complexa da realidade e que efetivamente
conduzisse a ela, estaria colaborando com os esforços que visam atenuar a
crueldade do mundo.
LEITURA COMPLEMENTAR
Edgar Morin
73
UNIDADE 2 | A NOVA HISTORIOGRAFIA
Assim, todas as disciplinas, tanto das ciências naturais como das ciências
humanas, podem ser mobilizadas, hoje, de modo a convergir para a condição
humana.
74
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
75
AUTOATIVIDADE
a ( ) Método dialético.
b) ( ) Método marxista.
c) ( ) Método complexo.
d) ( ) Método tradicional.
76
4 A partir do pensamento que são as ciências humanas que, no momento
atual, oferecem a mais fraca contribuição ao estudo da condição humana,
Lévi-Strauss acreditava que:
77
78
UNIDADE 3
ABORDAGENS CURRICULARES NO
ENSINO DE HISTÓRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta Unidade, o(a) acadêmico(a) estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta Unidade está dividida em três tópicos, sendo que no final de cada um
deles você encontrará atividades que o(a) ajudarão a refletir e a fixar os co-
nhecimentos abordados.
79
80
UNIDADE 3
TÓPICO 1
CURRÍCULO EM HISTÓRIA
1 INTRODUÇÃO
A questão central que serve de pano de fundo para qualquer teoria do
currículo é a de saber qual o conhecimento que deve ser ensinado. Nas discussões
que envolvem currículo, a pergunta “o que” nunca está separada de uma pergunta
importante, “o que eles ou elas devem ser”, ou melhor, “o que eles ou elas devem
se tornar”.
2 TEORIAS TRADICIONAIS
O currículo aparece pela primeira vez como um objeto de estudo e
pesquisa, nos Estados Unidos, pelo ano de 1920, em conexão com o processo de
industrialização e os movimentos imigratórios, que intensificaram a massificação
da escolarização. Houve uma iniciativa, por parte de administradores
educacionais, para racionalizar o processo de construção, desenvolvimento
e testagem de currículos, que resultou em um processo de racionalização de
resultados educacionais, cuidadosa e rigorosamente especificados e medidos.
Essas ideias são originárias, sobretudo, do livro The curriculum (1918), de Bobbitt.
O modelo institucional dessa concepção é a fábrica.
81
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
82
TÓPICO 1 | CURRÍCULO EM HISTÓRIA
Ainda de acordo com Silva (2002), é preciso fazer uma distinção entre
as teorizações críticas mais gerais como, por exemplo, o ensaio de Althusser
sobre a ideologia, ou o livro de Bourdieu e Passeron, “A Reprodução” e, de outro
lado, aquelas teorizações centradas de forma mais localizada em questões de
currículo, como, por exemplo, a nova sociologia da educação. O famoso ensaio
de Althusser, “A Ideologia e os Aparelhos Ideológicos de Estado”, iria fornecer as
bases para as críticas marxistas da educação que se seguiriam. Nesse ensaio, iria
fazer a importante conexão entre educação e ideologia, que seria um importante
elemento para as críticas da educação e do currículo, baseadas na análise marxista
da sociedade.
83
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
atua através de seu currículo, seja de forma mais direta, através das matérias
mais suscetíveis ao transporte das crenças explícitas sobre a desejabilidade das
estruturas sociais existentes como História, Geografia, por exemplo, seja de uma
forma mais indireta, através de disciplinas mais técnicas. Além disso, a ideologia
atua de forma discriminatória, ela inclina as pessoas das classes subordinadas à
submissão e à obediência, enquanto as pessoas das classes dominantes aprendem
a comandar e a controlar, ou seja, a escola contribui para a reprodução da
sociedade capitalista ao transmitir, através das matérias escolares, as crenças que
nos fazem ver os arranjos sociais existentes, como bons e desejáveis.
84
TÓPICO 1 | CURRÍCULO EM HISTÓRIA
Para essas perspectivas não havia nada de errado com o currículo, que
deixava de ser problematizado. Foi apenas a partir de uma segunda fase, que
o próprio currículo começou a ser problematizado como sendo racialmente
enviesado. É através do vínculo entre conhecimento, identidade e poder que os
temas de raça e de etnia ganham seu lugar na teoria curricular, o texto curricular,
entendido aqui de forma ampla, o livro didático e paradidático, as lições orais,
as orientações curriculares oficiais, os rituais escolares, as datas festivas e
comemorativas.
85
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
NOTA
86
TÓPICO 1 | CURRÍCULO EM HISTÓRIA
DICAS
Acesse o texto das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13448-
diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192>. E o texto da Base Nacional
Comum Curricular, disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>.
87
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
A questão central que serve de pano de fundo para qualquer teoria do currículo
é a de saber qual o conhecimento que deve ser ensinado. Nas discussões que
envolvem currículo, a pergunta “o que” nunca está separada de uma pergunta
importante, “o que eles ou elas devem ser”, ou melhor, “o que eles ou elas
devem se tornar”.
No
fundo das teorias do currículo está, pois, uma questão de identidade ou
de subjetividade. Se recorrermos à etimologia da palavra currículo, que vem
do latim, curriculum, “pista de corrida”, podemos dizer que, no curso dessa
corrida, é o currículo que nos transforma no que somos. Precisamos, portanto,
conhecer a origem e as teorias curriculares existentes.
Na
perspectiva de Bobbitt, a questão curricular se transforma em uma questão
de organização. O currículo é simplesmente uma mecânica. A atividade
supostamente científica do especialista em currículo não passa de uma atividade
burocrática, o currículo se resume a uma questão de desenvolvimento, a
uma questão técnica. O modelo de currículo de Bobbitt iria encontrar sua
consolidação definitiva em um livro de Ralph Tyler, publicado em 1949.
As
teorias críticas desconfiam do status quo, responsabilizando-o pelas
desigualdades e injustiças sociais. As teorias tradicionais eram teorias de
aceitação, ajuste e adaptação. As teorias críticas são teorias de desconfiança,
questionamento e transformação radical. Para as teorias críticas, o importante
não é desenvolver técnicas de como fazer o currículo, mas desenvolver
conceitos que nos permitam compreender o que o currículo faz.
88
As
teorias pós-críticas também estenderam a compreensão dos processos de
dominação a partir da dinâmica de poder envolvendo as relações de gênero,
etnia, raça e sexualidade, que fornece um mapa muito mais amplo, completo
e complexo das relações sociais de dominação do que aquele que as teorias
críticas, com sua ênfase quase exclusiva na classe social, tinham anteriormente
oferecido.
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AUTOATIVIDADE
a) Teoria tradicional:
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__________________________________________________________________
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b) Teoria crítica:
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c) Teoria pós-crítica:
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
90
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Como podemos notar após o estudo do tópico anterior, a teorização crítica
e pós-crítica sobre currículo são processos contínuos de análise e reformulação.
A teoria crítica e a pós-crítica do currículo são movimentos de constantes
problematizações e questionamentos da sociedade; nesses processos, novas
questões e temas vêm se incorporar àqueles que, desde o início, estiveram no
centro de sua preocupação. É isso que constitui sua vitalidade e seu potencial.
Essa é uma história que evidentemente não terminou, na verdade, talvez esteja
apenas começando. Abordaremos, a partir de agora, dentro de uma concepção
mais crítica, aquilo que é denominado como uma história de resistência. Em outras
palavras, começaremos a estudar três temáticas importantes dessa concepção
crítica em história, que é a abordagem da história oral, local e do cotidiano.
2 HISTÓRIA ORAL
Há uma forte tendência, que perdurou durante muito tempo, de excluir
os povos não europeus das narrativas do campo da história. Tal exclusão foi
justificada por uma ideia da inexistência de fatos notáveis nas sociedades não
européias, antes do contato com os brancos. Percebe-se que, mesmo no início do
século XIX, a problemática do europocentrismo (pensar que a cultura europeia é
a melhor e superior às outras), permanece atual e muito presente. A maneira de
proliferar tal concepção provavelmente surge do fato em que a história escrita (a
história adotada como oficial para os europeus e que foi imposta para os povos
e nações colonizadas na história humana), durante muito tempo, era dita como
a única de fato a ser respeitada. Ao passo que a história oral, aquela em que as
gerações mais novas recebiam seus ensinamentos dos mais velhos e experientes
das comunidades e sociedades em que viviam, não era aceita como fato ou
fenômeno histórico.
dos textos escritos para estudar o passado. Também possibilita que indivíduos
pertencentes a categorias sociais geralmente excluídas da história oficial possam
ser ouvidos, deixando registradas, para análises futuras, sua própria visão de
mundo e aquela do grupo social ao qual pertencem. Esse método apresenta um
caráter novo e envolvente, porque pressupõe uma parceria entre informante e
pesquisador, construída ao longo do processo de pesquisa e através de relações
baseadas na confiança mútua, tendo em vista objetivos comuns. Constrói-se,
assim, uma imagem do passado muito mais abrangente e dinâmica. Uma história
cujo objetivo é resgatar e valorizar a história dos vencidos, sobretudo preocupada
com as diversas minorias, é uma história dos excluídos.
92
TÓPICO 2 | HISTÓRIA ORAL, HISTÓRIA DO COTIDIANO E LOCAL
NOTA
Como fazer uma boa pesquisa oral? Seguem alguns passos importantes para o
futuro pesquisador. Obs.: Ao fazer uma entrevista (gravada, escrita, fotos) para ser publicada,
devemos ter por escrito uma autorização assinada pelo entrevistado para evitar problemas
futuros.
A Entrevista
O local e horário são definidos pelo entrevistado.
Idade?
Endereço?
Profissão?
Não esqueça:
93
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
evitar interrupções;
Muito importante
idade;
profissão;
grau de instrução;
residência;
data e local;
DICAS
94
TÓPICO 2 | HISTÓRIA ORAL, HISTÓRIA DO COTIDIANO E LOCAL
95
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
96
TÓPICO 2 | HISTÓRIA ORAL, HISTÓRIA DO COTIDIANO E LOCAL
4 HISTÓRIA LOCAL
A valorização da história local na produção historiográfica levou à
supervalorização, dessa perspectiva, nas novas propostas curriculares. Os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, na área de
História, foram construídos a partir de uma ótica na qual a história local e do
cotidiano são eixos teóricos que devem ser tomados como referência para
trabalhar a experiência do aluno e os contextos mais amplos. A história local tem
sido indicada como necessária para o ensino por possibilitar a compreensão do
entorno do aluno, identificando o passado sempre presente nos vários espaços de
convivência, escola, casa, comunidade, trabalho e lazer, e igualmente por situar
os problemas significativos da história presente. Para Bittencourt (2004, p.168-
169), a história local, quanto à sua elaboração, pode se apresentar de diversas
maneiras:
97
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
A História local no ensino não deve ser tratada apenas como um conteúdo
a ser ensinado, mas se constituir em uma estratégia pedagógica, que trate
metodologicamente os conteúdos a partir da realidade local. Enquanto estratégia
de aprendizagem, pode garantir o domínio do conhecimento histórico, ademais,
o trabalho com a História local no ensino possibilita a construção de uma História
mais plural, que não silencia as multiplicidades das realidades.
Dados da Aula
98
TÓPICO 2 | HISTÓRIA ORAL, HISTÓRIA DO COTIDIANO E LOCAL
Atividade 2
99
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
Atividade 3
• Por que alguns moram em lugares tão bons e outros em lugares tão ruins?
• O que gostaria que melhorasse na minha cidade?
• E no meu bairro?
• O que gosto na minha cidade?
• E no meu bairro?
• Se eu não fizer nada para ajudar minha cidade e/ou bairro o que poderá
acontecer?
O professor passará de grupo em grupo mediando as discussões,
trazendo considerações, valorizando as perspectivas dos alunos, e, sempre que
possível, deixando eles pensarem por si mesmos, estimulando seu pensamento
crítico. Não é preciso dar uma resposta definitiva aos problemas e desigualdades
encontrados, cabendo ao professor expor diversas possibilidades.
Atividade 4
100
TÓPICO 2 | HISTÓRIA ORAL, HISTÓRIA DO COTIDIANO E LOCAL
Recursos Complementares
• Livro didático
• Jornais
• Revistas
• Site sobre evolução urbana
Avaliação
101
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
A História local no ensino não deve ser tratada apenas como um conteúdo
a ser ensinado, mas se constituir em uma estratégia pedagógica, que trate
metodologicamente os conteúdos a partir da realidade local, enquanto estratégia
de aprendizagem pode garantir o domínio do conhecimento histórico.
102
AUTOATIVIDADE
a) ( ) História Local.
b) ( ) História Tradicional.
c) ( ) História do Cotidiano.
d) ( ) História Oral.
103
104
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Os novos métodos e concepções em história, que se configuram a partir
de discussões, sobretudo abordando as temáticas de etnias, culturas e questões
ambientais, tiveram origem nos movimentos sociais (feministas, homossexuais,
negros, jovens e pobres) da década de 1950 em diante, dentro do cenário político,
cultural, econômico das nações denominadas ricas do hemisfério norte.
105
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
obras da literatura e das artes em geral. Nessa visão burguesa e elitista, a cultura
era intrinsecamente privilégio de um grupo restrito de pessoas: havia uma
incompatibilidade fundamental entre cultura e democracia. A reação do Centro
a essa concepção de cultura se baseava, sobretudo, em duas obras que viriam se
tornar centrais no campo dos estudos culturais: Culture and society, de Raimond
Williams, de 1958, e Uses of literacy, de Richard Hoggart, publicada em 1957 (apud
SILVA, 2002).
NOTA
106
TÓPICO 3 | A HISTÓRIA NO SÉCULO XXI
Tipos de Multiculturalismo
108
TÓPICO 3 | A HISTÓRIA NO SÉCULO XXI
3 HISTÓRIA E AFRICANIDADE
Para viver na perspectiva da alteridade em uma sociedade plural, é
preciso reconhecer e valorizar a diversidade étnica e cultural que a constitui.
No contexto da constituição do povo brasileiro contemporâneo, esse aspecto é
de capital importância pelo fato dele ser formado com a agregação de múltiplas
matrizes culturais e étnicas.
NOTA
109
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
Os nagô, mina, gêge, entre outros povos que foram escravizados e trazidos
em grandes contingentes para o Brasil, aqui se tornaram “africanos”, ganhando,
junto com o termo “africano” para sua identificação, outros dois: o de “negro”,
identificador de sua condição racial, e o de “escravo”, descrevendo sua condição
social. Entender, no processo de constituição do país, o engendramento e a
dinâmica das relações sociais que resultam da mestiçagem, como um fenômeno
particularmente integrante no nosso percurso histórico, é uma tarefa complexa.
111
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
112
TÓPICO 3 | A HISTÓRIA NO SÉCULO XXI
NOTA
113
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
DICAS
Relacionamos alguns materiais e sites que valem a pena serem conferidos, são
eles:
Livro História e cultura africana e afro-brasileira na educação infantil. Disponível em: <http://
unesdoc.unesco.org/images/0022/002270/227009por.pdf>.
Museu Afro Brasil. Disponível em: <http://www.museuafrobrasil.org.br/>.
Fundação Palmares. Disponível em: <http://www.palmares.gov.br/>.
Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiro. Disponível em: <http://ipeafro.org.br/>.
Jogos Africanos e Afro-Brasileiro. Disponível em: <http://www.laabufpa.com/jogos-africanos.
html>.
Ludicidade Africana. Disponível em: <http://www.laabufpa.com/>.
Livro Modos de Brincar. Disponível em:
<http://www.acordacultura.org.br/sites/default/files/kit/MODOSBRINCAR-WEB-CORRIGIDA.
pdf>.
Museu do índio. Disponível em: <http://www.museudoindio.gov.br/>.
Índio Educa. Disponível em: <http://www.indioeduca.org/>.
Livro O que você precisa saber sobre os indígenas no Brasil. Disponível em: <http://unesdoc.
unesco.org/images/0015/001545/154565por.pdf>.
Educação infantil, igualdade racial e diversidade: aspectos políticos, jurídicos,
conceitual. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=11283-educa-infantis-conceituais&category_slug=agosto-
2012-pdf&Itemid=30192>.
114
TÓPICO 3 | A HISTÓRIA NO SÉCULO XXI
LEITURA COMPLEMENTAR
Princípio do Axé – ENERGIA VITAL – tudo que é vivo e que existe tem
axé, tem energia vital: planta, água, pedra, gente, bicho, ar, tempo, tudo é sagrado
e está em interação. Imaginem se nosso olhar sobre nossas crianças de Educação
Infantil forem carregados da certeza de que elas são sagradas, divinas, cheias de
vida. Podemos trabalhar a potencialização deste princípio nas nossas crianças,
se nosso olhar, nosso coração, nosso corpo senti-las verdadeiramente assim.
Elogios, um afago, brincadeiras de faz de conta, nas quais elas se sintam a mais
bela estrela do mundo, a mais bela flor, alguém que cuida, alguém que é cuidado.
Um espelho para que elas se admirem, para que brinquem com o espelho, e se
habituem a se olhar e a serem olhadas com carinho e respeito.
115
UNIDADE 3 | ABORDAGENS CURRICULARES NO ENSINO DE HISTÓRIA
FONTE: Tecendo Fazeres e Saberes Afro-Brasileiros na Educação Infantil. Disponível em: <http://
www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2005/vab/tetxt2.htm>. Acesso em: 20 maio 2008.
116
RESUMO DO TÓPICO 3
117
O interculturalismo propõe uma dimensão dinâmica ao contato, interação,
troca, na qual a diversidade conta com locutor ativo. O termo intercultura é
usado pelo Conselho Europeu desde 1980 e, por isso, adotado na linguagem
dos documentos ministeriais quando se decidiu enfrentar a questão dos
estrangeiros nas escolas.
118
AUTOATIVIDADE
a) Estudos Culturais
__________________________________________________________________
_________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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b) Multiculturalismo
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
c) Interculturalidade
__________________________________________________________________
_________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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__________________________________________________________________
d) Africanidade
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
119
REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
DUARTE, Lindaura Alves R. Novos usos para velhos materiais. Disponível em:
<http://www.ensino.net/novaescola/125_set99/html/comcerteza_geografia.htm>.
Acesso em: 18 abr. 2008.
120
FALTERI, Paola. Interculturalismo e culturas no plural. In: FLEURI, (org).
Intercultura e Movimentos Sociais. Florianópolis: MOVER/NUP, 1998.
FLUPSOPHIA. Disponível em: <http://www.flupsophia.com/filosofia/
hermeneutica/dilthey.htm>. Acesso em: 10 nov. 2007.
FRANÇA, Ronaldo. E a gente ainda goza dos americanos... Revista Veja, São
Paulo, n. 44, p. 108-109, nov. 2007.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Cortez, 1992.
121
MCLAREN, Peter. Multiculturalismo Crítico. São Paulo: Cortez, 2000.
NEMI, Ana Lúcia Lana; MARTINS, João Carlos. Didática de História: o tempo
vivido: uma outra história. São Paulo: FTD, 1996.
______. Sociedade e Espaço: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2000.
122