A Roupa Feminina Através Da Pintura ...
A Roupa Feminina Através Da Pintura ...
A Roupa Feminina Através Da Pintura ...
Moda e Arte:
A roupa feminina através da pintura da segunda metade do século
XIX
Pelotas, 2015
Camila dos Santos Cardoso
Moda e Arte:
A roupa feminina através da pintura da segunda metade do século
XIX
Pelotas, 2015
Dedico este trabalho primeiramente à
minha família, que sempre me apoiou e
nunca poupa esforços para me ajudar. À
minha avó Eva Célia, que contribuiu para
minha formação e que apesar de seu
estado atual, com doença de Alzheimer,
continua me ensinando muito sobre a
vida. Dedico, também, à minha tia Ana
Maria Cardoso (in memorian) que sempre
esteve presente em minha vida e
acompanhou de perto esta trajetória.
Resumo
CARDOSO, Camila dos Santos. Moda e Arte: a roupa feminina através da pintura
da segunda metade do século XIX. 2015. Monografia (Especialização) - Programa
de Pós-Graduação em Artes, na Terminalidade de Ensino e Percursos Poéticos,
Centro de Artes, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015.
Figura 1
Figura 1.1 As respigadeiras, Jean-François Millet, 1857.....................................12
Figura 1.2 O quebra-pedras, Gustave Courbet, 1849..........................................12
Figura 2
Figura 2.1 Catedral de Rouen, Claude Monet, 1894............................................14
Figura 2.2 Monte de feno no inverno, Cloude Monet, 1891.................................14
Figura 3
Figura 3.1 Saint-Tropez, Paul Signac, 1895........................................................16
Figura 3.2 O Circo, Georges Seurat,1888............................................................16
Figura 4
Figura 4.1 Marie Sèthe, Henry Van de Velde,1898. ............................................17
Figura 4.2 Broche Libélula, René Lalique, c. 1898. ............................................17
Figura 5
Figura 5.1 Cartaz publicitário do Moulin Rouge, Paris..........................................18
Figura 5.2 Cartaz publicitário de Theco Alphonse Mucha, Paris...........................18
Figura 6
Figura 6.1 Vestidos para o dia, 1853....................................................................26
Figura 6.2 Fragmento de pintura anônima de uma jovem comprando flores,
s/d...............................................................................................................................26
Figura 7
Figura 7.1 Em um camarote na ópera, in Le Follet, 1857.....................................27
Figura 7.2 No teatro, Auguste Renoir, 1874..........................................................27
Figura 8
Figura 8.1 Costureiras deixando o ateliê de moda Paquin, pintura de Jean Béraud,
1900...........................................................................................................................28
Figura 9
Figura 9.1 A moda em primeiro lugar, c. anos 1860.............................................31
Figura 9.2 Revista Punch, 1851............................................................................31
Figura 10
Figura 10.1 Moças à margem do Sena: Verão, Gustave Courbet, 1857................33
Figura 10.2 Vestido de noite, c. 1855.....................................................................33
Figura 10.3 Anágua, 1850-1860.............................................................................33
Figura 11
Figura 11.1 Senhorita com um leque, Édouard Manet, 1862................................34
Figura 11.2 Colocando uma crinolina, 1857..........................................................34
Figura 12
Figura 12.1 Mulheres no Jardim, Claude Monet, 1866-67....................................36
Figura 12.2 Vestido de dia, final da década de 1860............................................36
Figura 12.3 Crinolina, 1865 - 1869........................................................................36
Figura 13
Figura 13.1 Retrato da Senhora Georges Harmann, Auguste Renoir, 1874........37
Figura 13.2 Vestido de festa, Charles Frederick Worth, hacia 1874.....................37
Figura 13.3 Polisón, corsé, camisola y calzones largos, década de 1870 y
1880...........................................................................................................................37
Figura 14
Figura 14.1 Vestido de dia, Emile Pingat, c. 1883.................................................38
Figura 14.2 Anquinhas, década de 1880...............................................................38
Fonte 14.3 Anquinha científica, 1884...................................................................38
Figura 18
Figura 18.1 Vestido, Vitor Prouvé e Fernand Couteix, 1900................................42
Figura 18.2 O espartilho da saúde, 1890.............................................................42
Sumário
Introdução .................................................................................................................. 4
Introdução
Para além de cobrir o corpo, uma peça de roupa pode reunir vários
significados. Podemos classificar como algumas razões para o vestir: a proteção em
relação às intempéries, o pudor, a atração dos olhares, o status social. Flügel (1966)
afirma que a comunicação é um dos motivos pelo qual cobrimos o corpo, e que as
roupas são como uma espécie de mensagem enviada pelo emissor (o observado),
que passam informações para um receptor (quem observa). Sendo assim, a moda é
o reflexo das mentalidades e dos anseios dos indivíduos e das sociedades. De modo
que podemos considerá-la um fenômeno cultural e histórico, capaz de uma
identificação no tempo e no espaço (CIDREIRA, 2005).
1
Lilian Machado, autora do blog e Graduada em História pela Universidade Veiga Almeida, UVA/RJ.
Especialista em Arte e Cultura pela Universidade Cândido Mendes, UCAM. Aborda a História da
Moda por meio de telas de pinturas do Gótico ao Impressionismo.
6
moda na sociedade do século XIX e XX; e de Gilda de Mello e Souza (1987), que
abordou a moda do século XIX e seu contexto histórico.
Figura 2 - Na imagem à esquerda, 1: Catedral de Rouen, Claude Monet, 1894. Fonte: BECKTT, 1997,
p. 295. Na imagem à direita, 2: Monte de feno no inverno, Claude Monet, 1891. Fonte: MULLER,
1983, p. 56.
objetos não possuem contorno linear, e que as formas são obtidas e determinadas
através das superfícies coloridas, sendo a linha uma abstração criada pelo homem
para representar as coisas do mundo. Afirmavam também que as sombras não eram
negras ou escuras, pois, segundo a teoria: "as sombras, como a cor local, são
compostas, não de um, mas de vários matizes, e que o colorido das sombras inclui
as cores complementares do objeto que as projetou" (REYNOLDS, 1986, p. 88).
Figura 4 - Na imagem à esquerda, 1: Marie Sèthe, Henry Van de Velde, 1898. Fonte: FRAMPTON,
1997, p. 111. Na imagem à direita, 2: Broche Libélula (diamantes, crisópraso, ortoclásio, esmalte e
ouro), René Lalique, 1898. Fonte: MALLALIEU, 1999, p. 384.
Figura 5 - Na imagem à esquerda, 1: Cartaz publicitário do Moulin Rouge, Paris. Fonte: CHADYCH,
2012. p. 102. Na imagem à direita, 2: Cartaz publicitário do Theco Alphonse Mucha, Paris. Fonte:
Cartão postal.
Sua trajetória artística iniciou quando renegou o desejo de seu pai de tornar-
se engenheiro, descobrindo aptidão para as artes. Ainda aprendiz, mostrou ter
talento, e se destacou por suas pinturas com massas de cores. Desenvolveu a
técnica na qual utilizava uma camada generosa de tinta de maneira pastosa sobre a
tela, passando a trabalhar apenas com a espátula de aço (MESTRES DA PINTURA,
1978). Em 1855, pintou o quadro que viria a ser sua obra-prima, denominada como
O Ateliê do Artista. Enviou a obra junto com outros trabalhos ao Salão de Outono de
Paris, mostra oficial anual da capital francesa, e todos foram recusados. Decidido a
expor suas pinturas, com a ajuda de amigos Courbet montou sua própria exposição,
e colocou na entrada da mostra uma placa com a frase: "Le réalism, Gustave
16
2
Doença que causa a acumulação de líquido seroso de forma anormal nas cavidades do corpo ou no
tecido celular. Fonte: Dicionário Michaelis. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br//moderno/
portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=hidropisia. Acessado em: 04/10/2015
17
Nascido em Paris no ano de 1859, Georges Seurat teve uma vida breve,
morreu com trinta e dois anos de idade (BECKETT, 1997). Era um jovem solitário,
que acreditava ser possível a aplicação das leis da química e da física na produção
em arte. Direcionou seus estudos científicos para a compreensão da combinação e
da composição química e óptica das cores, na técnica do divisionismo (GÊNIOS DA
PINTURA, 1968). Diferente da pintura impressionista de Claude Monet e Auguste
Renoir, por exemplo, ele não buscava captar o momento transitório que é mutável e
rapidamente se transforma em uma nova superfície luminosa. O que Georges
Seurat pretendia era aprender e extrair do impressionismo a inovação e o valor das
cores, como também, a representação dos temas ao livre inspirados no cotidiano
francês. Assim, acreditava que cabia a sua estética perpetuar a natureza e as
pessoas em uma composição geometrizada e científica, que caracteriza essa
atmosfera sólida e rígida do divisionismo, o qual desenvolveu e teorizou
(GOMPERTZ, 2013).
Segundo CRANE (2006, p. 199): "As roupas da moda, apoiadas por outras
instituições sociais, ilustravam a doutrina das esferas separadas e favoreciam os
papéis submissos e passivos que as mulheres deveriam desempenhar". Para a
construção desse perfil idealizado, uma série de elementos acompanhava os longos
e rodados vestidos usados pelas damas durante a década 1850.
3
O estilo dominante, assim denominado por Crane (2006), compreende aos estilos usados pela
maioria das mulheres de classe abastada.
23
ficou em voga o uso de luvas e golas postiças ou lenços ornados com camafeus,
que envolviam os pescoços das damas (Figura 6.1).
Figura 6 - Na imagem à esquerda, 1: Vestidos para o dia, 1853. Fonte: LAVER, 1989, p. 176. Na
imagem à direita, 2: Fragmento de pintura anônima de uma jovem comprando flores, s/d. Fonte:
CHADYCH, 2012. p. 3.
Figura 7 - Na imagem à esquerda, 1: No teatro, pintado por Renoir em 1874. Fonte: Mestres da
Pintura, 1977, p. 7. Na imagem à direita, 2: Em um camarote na ópera, in Le Follet, 1857. Fonte:
LAVER, 1989, p. 181.
4
De acordo com Souza (1987) as revistas Le Follet, Nouveau Paris e The Young English Woman, se
tornaram populares logo após a invenção dos figurinos de moda. Substituíram as pequenas bonecas
que eram vestidas com a finalidade de ilustrar as últimas tendências de Paris e, consequentemente,
eram exportadas para outras cidades europeias.
25
A roupa feminina era exagerada e luxuosa até mesmo durante o dia, frívola,
assim como deveriam ser as mulheres da época. Que de acordo com Souza (1987),
adquiriram esse perfil com a ascensão da burguesia. O gênero feminino era
descartado das atividades fabris, cabendo às mulheres a organização dos espaços
domésticos, "a mulher burguesa viu-se mais ou menos sem ter o que fazer, e seu
único objetivo [...] era casar" (SOUZA, 1987). As jovens eram instruídas a fazerem
um bom matrimônio. Para isso, se dedicavam a uma série de estudos, dentre eles a
música, as artes e as regras de etiqueta e o culto da boa aparência, explorado pelo
sistema da moda.
Figura 8 - Na imagem à esquerda, 1: Costureiras deixando o ateliê de moda Paquin, pintura de Jean
Béraud, 1900.
26
5
Segundo Danielle Chadych (2012) Eugênia de Montijo foi casada com Carlos Luís Napoleão
Bonaparte, eleito pelo voto universal em dezembro de 1848 com o título de Napoleão III, para um
mandato de quatro anos. O golpe de dezembro de 1851 estendeu seu mandato para dez anos.
6
Maria Antônia foi rainha da França no século XVIII. De acordo com Weber (2008), desde que a
jovem rainha chegou à corte francesa, o vestuário e a aparência se tornaram essenciais em
Versalhes.
27
uso das roupas alternativas não se encaixam no grupo estudado. Muitas eram
independentes e frequentavam às universidades públicas. Ao contrário da
indumentária das damas passivas e submissas, o vestuário dessas mulheres era
simples e sem exageros. O que exemplifica que existia uma diferença no modo de
vestir dentro da mesma classe social, que era influenciado pelos diferentes
comportamentos femininos da época. Os trajes dominantes simbolizavam "a
dependência econômica dos maridos ou parentes do sexo masculino" (CRANE,
2006, p. 200).
Não havendo muita aceitabilidade social, poucas mulheres com esses estes
trajes aparecem nas pinturas da época, "pois posar para um retrato em pintura era
muito mais formal que tirar uma fotografia" (CRANE, 2006, p. 206). O estilo
alternativo contrariava as regras do vestuário feminino tradicional, mas não foi
ousado o bastante para aderir ao uso de calças. Este ato emergiu entre outro grupo
em questão: o Movimento Bloomer. De acordo com Stevenson (2012), outras
mulheres já haviam vestido calças para atividades como a caça, antes da
consolidação do movimento. Porém, quem defendeu a causa foi a feminista
americana Amélia Jenks Bloomer. Com a tentativa de reformar o vestuário da
mulher, Amélia tinha o objetivo de libertar as damas dos desconfortáveis vestidos e
"procurou criar um traje mais razoável, que consistia em saia não tão ampla,
cobrindo apenas os joelhos e, sob ela, ceroulas fofas até os tornozelos" (NERY,
2004, p.178).
A técnica do pintor permite a análise dos vestidos com precisão. É visível que
as mulheres não pertencem ao meio rural. Elas são identificadas por Seraphin
(2008) como prostitutas (e/ou lésbicas), o que possivelmente explique a exposição
dos braços, dos colos e de parte das costas. Visto que, o uso desse tipo de
vestuário não era comum durante o dia, mesmo em estações quentes como o verão.
Pois mangas curtas e decotes eram usados em vestidos para noite, como menciona
30
Figura 10 - Na imagem à esquerda, 1: Moças à margem do Sena: Verão, Gustave Courbet, 1857.
Fonte: ARGAN, 1992, p. 93. Na imagem no centro, 2: Vestido de noite, 1855. Fonte: FUKAI, Akiko et
al., 2012, p. 188. Na imagem à direita, 3: Anágua, 1850-1860. Fonte: Site, T he Metropol itan
7
Mus eum of Ar t .
7
Disponível em: http://metmuseum.org/collection/the-collection-online/search/158172. Acessado em:
22/09/2015.
31
A criada sugere à Bya que vista mais uma anágua. Durante a trama o autor
descreve uma cena em que a sinhá precisa ser despida por três escravas, pois toda
a sua roupa pesava cerca de vinte quilos, incluindo as peças não visíveis. O número
e o peso das anáguas e dos vestidos dificultavam a mobilidade das mulheres. O que
incentivou a criação de uma nova saia de armação denominada como crinolina8
(Figura 11.2), mais leve e capaz de sustentar as saias e, que ao mesmo tempo,
permitia os deslocamentos com maior facilidade. A invenção surgiu no final da
década de 1850, mas tornou-se característica do decênio seguinte.
Figura 11 - Na imagem à esquerda, 1: Senhorita com um leque, Édouard Manet, 1862. Fonte: Site do
9
Museum Of Fine Arts . Na imagem à direita, 2: Colocando uma crinolina, 1857. Fonte: Site do
10
National Museum Scotland .
8
De acordo com Anette Fischer (2010), a saia de armação crinolina era feita com um tecido de
mesma denominação, que poderia receber durante o processo de tecelagem crinas de cavalo, o que
dava estrutura ao tecido.
9
Disponível em: http://www.szepmuveszeti.hu/adatlap_eng/lady_with_fanedouard_manet_551.
Acessado em: 16/10/2015.
32
10
Disponível em: http://www.nms.ac.uk/explore/search-our-collections/collection-
item/search.axd?command=getcontent&server=Detail&value=MO1059059&width=1024&height=1024.
Acessado em: 01/12/2015.
33
Figura 12 - Na imagem à esquerda, 1: Mulheres no Jardim, Claude Monet, 1866-67. Fonte: LAVER,
1989, p. 189. Na imagem central, 2: Vestido diurno, final da década de 1860. Na imagem à direita, 3:
Crinolina, 1865 - 1869. Fonte: FUKAI, Akiko et al, 2012, p. 204 e 245.
11
Tecido de fibra natural de espessura fina, popularmente usado no século XIX (FUKAI et tal., 2012).
34
Figura 13 - Na imagem à esquerda, 1: Retrato da Senhora Georges Harmann, Auguste Renoir, 1874.
Fonte: Site da exposição, Impressionismo: Paris e a Modernidade. Na imagem central: Vestido de
festa, Charles Frederick Worth, hacia 1874. Na imagem à direita, 3: Polisón, corsé, camisola y
calzones largos, década de 1870 y 1880. Fonte: FUKAI, Akiko et al, 2012, p. 212 e 249.
No século XIX, grande parte das mulheres tinha como único objetivo o
casamento. Assim, eram usadas todas as formas de sedução, desde que não
infringissem as regras de etiqueta (SOUZA, 1987). Na França, o casamento era
realizado por meio de dote, diferente dos Estados Unidos e da Inglaterra, onde as
12
Charles Frederick Worth é considerado uma das primeiras figuras a serem reconhecidas como
estilista. Escolhido para vestir a imperatriz Eugênia, foi o criador da primeira casa de alta-costura, e
consequentemente o primeiro alfaiate a criar coleções sazonais de moda, e diferente dos demais
alfaiates e costureiras que estavam sempre à disposição das damas, Worth era visitado e só saia de
sua Maison para vestir a imperatriz Eugênia (STEVENSON, 2012).
35
Figura 14 - Na imagem à esquerda, 1: Vestido diurno, Emile Pingat, 1883. Na imagem central,2::
Anquinhas, década de 1880. Fonte: FUKAI, Akiko et al, 2012, p. 246, e 249. Na imagem à direita, 3:
Anquinha científica, 1884. Fonte: STEVENSON, 2012, p.67.
Figura 15 - Um domingo de verão na Grande Jatte, Georges Seurat, 1884-6. Fonte: JANSON, 1996,
p. 344.
13
Disponível em: http://www.augustins.org/les-collections/peintures/xixe-debut-xxe/panorama-des-
oeuvres/-/oeuvre/51165. Acessado em: 17/10/2015
38
Figura 17 - No Moulin Rouge, Henri de Toulouse Lautrec, 1892. Fonte: JANSON, 1996, p. 351.
interior do cabaré ilustra os vestidos usados nas noites parisienses da época. Nas
duas mulheres representadas ao fundo, em frente aos espelhos, como na figura que
aparece no primeiro plano, podemos notar dois detalhes predominantes na época, a
gola alta e as mangas, que no início eram cheias nos ombros e ajustaram-se depois
(LAVER, 1989). Em meados da última década do século XIX, esses elementos
adquiriram proporções enormes.
Figura 18 - Na imagem à esquerda, 1: Vestido, Vitor Prouvé e Fernand Couteix, 1900. Fonte: Cartão
postal do Museu da Escola de Artes de Nancy. Na imagem à direita, 2: O espartilho da saúde, 1890.
Fonte: STEVENSON, 2012, p.68.
40
3. Considerações Finais
Referências
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Ltda, 2008.
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Morumbi, 2004
CAVALCANTI, Carlos. História das Artes. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1978.
CRANE, Diana. A moda e seu papel social: classe, gênero e identidade das
roupas. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006.
COBRA, Marcos. Marketing & moda. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007.
FLÜGEL, J.C. A Psicologia das Roupas. São Paulo, SP: Mestre Jou, 1966.
FREYRE, Gilberto. Vida social no Brasil nos meados do século XIX. Rio de
Janeiro: Artenova, Recife : Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, 1977.
FUKAI, Akiko et al. MODA: una historia desde el siglo XVIII al siglo XX - Tomo I:
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GOMPERTZ, Will. Isso é arte?: 150 anos de Arte moderna. Do impressionismo aos
dias de hoje. Rio de Janeiro, Zahar, 2013.
HAUSER, Arnold. História social da literatura e da arte. Tomo II. São Paulo:
Mestre Jou, 1982.
HURLBURT, Allen. Layout: o design da página impressa. São Paulo: Nobel, 2002.
JANSON, H. W.. Iniciação à história da arte. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes,
1996.
LAVER, James. A roupa e a moda: uma história concisa. São Paulo: Companhia
das Letras, 1989.
MALLALIEU, Huon. História ilustrada das antiguidades. São Paulo: Nobel, 1999.
MENEZES, Paulo Roberto Arruda de. A Trama das Imagens: Manifesto e Pinturas
no Começo do Século XX. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1997.
MORAES, Dijon De. Limites do design. São Paulo: Studio Nobel, 1999.
POLLINI, Denise. Breve História da Moda. Editora Claridade: São Paulo, 2007.
SERAPHIM, Mirian N.. Eros adolescente: No verão de Eliseu Visconti. São Paulo:
Editora Autores Associados LTDA, 2008.
UPJOHN, Everard M.; WINGERT, Paul S.; MAHLER, Jane Gaston. História
mundial da arte: artes primitivas, artes modernas. Volume 6. São Paulo: Difusão
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PESAVENTO, Sandra Jatahy. Este mundo de verdade das coisas de mentira: entre
arte e a história. Competência: revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, nº
30, p. 56-75, 2002.
47
Referências Eletrônicas