LUHNING e TUGNY Etnomusicologia-Brasil
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reflexões introdutórias
Angela Lühning
Rosângela Pereira de Tugny
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1 Ver as discussões de: Carvalho (2005/2006), Santos (2012), Santos e Queiroz (2005/2006)
e Segato (2005/2006).
2 Optamos, neste texto, por uma escrita não sexista como escolha consciente e política.
Assim, evitamos, dentro do possível, o uso de termos generalizantes no gênero mascu-
lino e, quando inevitável referir a gêneros, usamos o “x” para indicar a possibilidade da
diversidade de gênero.
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3 Processos parecidos foram abordados e experimentados nos dois volumes da revista The
World of Music, referentes a etnomusicologia na Austrália e, em parte, em alguns outros
números. Damos destaque aos textos de Corn (2009) e Mungie, Tunstill e Ellis (1994).
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4 Esse espaço geográfico específico no Rio de Janeiro, em geral definido como conjunto
de favelas, também foi abordado no texto de Cambria, Fonseca e Guazina, comentado
anteriormente.
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6 Essa situação pode ser comparada com a discutida por Deborah Wong (2006) no seu
texto sobre etnomusicólogos na universidade de Pomona (Califórnia), incluindo como
agravante ainda a questão de gênero no perfil de etnomusicólogos e etnomusicólogas
abordada no seu texto.
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7 Embora não exista ainda nenhuma bibliografia específica sobre essa questão, podemos
mencionar os exemplos de várixs colegas: Cássio Nobre e Ivan Vilela, tocam estilos
locais de viola com e em comunidades tradicionais de samba, e Climério Oliveira Santos
toca gêneros musicais nordestinos como maracatu e forró. Além disso, esses colegas
tocam suas próprias composições, como o fazem também outrxs etnomusicólogxs,
como Edilberto (Dil) Fonseca, Carlos Sandroni e Laila Rosa, entre outros exemplos.
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8 Além disso, busca-se (e exige-se) cada vez aproximações a setores produtivos especí-
ficos na indústria para garantir financiamentos de pesquisa, embora seja uma questão
bastante discutida no Brasil nos últimos anos.
9 Só após a publicação da revista em inglês, ocorreram as bruscas transformações no
cenário político brasileiro em 2016, levando ao desmonte do referido ministério e sua
fusão com o das comunicações.
10 O CNPq ainda é o órgão que mais financia pesquisas científicas no Brasil.
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11 Há outros exemplos: “Mapeando corpos e territórios nas práticas musicais maxakali” foi
um projeto subvencionado no âmbito do edital “Saúde dos povos indígenas” do CNPq
(2006) e do edital universal da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas
Gerais (Fapemig) (2007), pesquisando noções de corpo e territorialidade dos povos
maxakali por meio dos seus cantos e das práticas musicais. O projeto foi desenvolvido
entre 2006 e 2008 em interlocução com experiências do cotidiano maxakali em suas
relações com os serviços públicos de saúde.
12 Já outros projetos e experiências têm se situado na discussão sobre violência (ARAÚJO,
2006) ou políticas educacionais e culturais dirigidas a escolas e instituições do terceiro setor,
dialogando com as áreas de segurança pública e educação. (LUHNING, 2013, 2010)
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referências
ARAÚJO, S. A violência como conceito na pesquisa musical: reflexões
sobre uma experiência dialógica na Maré, Rio de Janeiro. Trans:
Transcultural Music Review, Barcelona, n. 10, 2006. Disponível em:
<http://www.sibetrans.com/trans/trans10/araujo.htm>.
Acesso em: 20 mar. 2015.
ARAÚJO, S.; CAMBRIA, V. Sound Praxis, Poverty and Social
Participation: Perspectives from a Collaborative Study in Rio de Janeiro.
Yearbook for Traditional Music, Ljubljana, v. 45, n. 1, p. 28-42, 2013.
CARVALHO, J. J. O confinamento racial do mundo acadêmico brasileiro.
Revista USP, São Paulo, n. 68, p. 88-103, 2005/2006.
13 Quando finalizamos, no início de 2015, o texto para a publicação em inglês, não pode-
ríamos imaginar o tamanho das profundas e crescentes incertezas que pairam agora, no
final de 2016, sobre as universidades e as discussões decorrentes sobre o lugar da pes-
quisa e do conhecimento no cenário atual do país.
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