Cartilha Controle Interno - Final

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO.................................................................................................. 5 10.1.2. Precisão e confiabilidade dos informes e relatórios.........................25


10.1.3. O estímulo à eficiência operacional........................................................ 25
2. HISTÓRICO............................................................................................................ 6 10.1.4. A aderência às políticas existentes.................................................... 26
2.1. NORMAS GERAIS RELATIVAS AO CONTROLE NO ÂMBITO NACIONAL....6 11. MOMENTO EM QUE A UNIDADE DE CONTROLE INTERNO DEVE
2.2. NORMAS INTERNACIONAIS DA INTOSAI APLICÁVEIS AOS CONTROLES ATUAR................................................................................................................................... 26
INTERNOS............................................................................................................................. 8
12. DEFINIÇÃO DO ESCOPO DE ATUAÇÃO DA UNIDADE DE CONTROLE
2.3. RECOMENDAÇÕES EDITADAS PELO COSO SOBRE CONTROLE
INTERNO.............................................................................................................................. 28
INTERNO......................................................................................................................... 8
2.4. NORMATIZAÇÕES EXISTENTES NO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO 12.1. TÉCNICA PARA ELABORAÇÃO DE PLANO ANUAL DE AUDITORIA
DO PARANÁ.......................................................................................................................... 9 INTERNA................................................................................................................ 29

3. CONTROLE......................................................................................................... 11 13. CONCLUSÃO................................................................................................... 31


4. CONTROLE INTERNO..................................................................................... 12
1. APÊNDICE I – CONTROLES A SEREM OBSERVADOS PELO SISTEMA DE
5. SISTEMA DE CONTROLE INTERNO...........................................................14 CONTROLE INTERNO.................................................................................................... 32
6. UNIDADE DE CONTROLE INTERNO.......................................................... 15 2. APÊNDICE II – AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS PELA
7. PRINCÍPIOS GERAIS NORTEADORES DA UNIDADE DE CONTROLE METODOLOGIA COSO....................................................................................... 43
INTERNO.................................................................................................................. 19 2.1. OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS............................................................... 43
8. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS NORTEADORES DO SISTEMA DE
2.2. COMPONENTES DO CONTROLE INTERNO........................................... 44
CONTROLE INTERNO........................................................................................ 20
2.2.1. Ambiente de Controle.......................................................................... 44
9. NATUREZA DA FISCALIZAÇÃO DA UNIDADE DE CONTROLE
2.2.2. Avaliação de Risco................................................................................. 45
INTERNO................................................................................................................. 20
2.2.3. Atividades de Controle..........................................................................47
10. OBJETIVOS DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO....................... 22 2.2.4. Informação e Comunicação................................................................ 48
10.1. MEIOS QUE CONTRIBUEM PARA O CUMPRIMENTO DOS OBJETIVOS DO 2.2.5. Monitoramento..................................................................................... 49
CONTROLE INTERNO.................................................................................................... 24
10.1.1. Salvaguarda dos interesses da administração pública.................... 24
DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

CONTEÚDO TÉCNICO TRIBUNAL DE CONTAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO


Ely Celia Corbari ESTADO DO PARANÁ AO TRIBUNAL DE CONTAS
Cristhian Carla Bueno de Albuquerque
Presidente Procurador-Geral
Colaboração Conselheiro José Durval Mattos do Amaral Flávio de Azambuja Berti
Controlaria Interna do Tribunal
Escola de Gestão Pública Vice-Presidente Procuradores
Coordenadoria de Fiscalização Municipal Conselheiro Nestor Baptista Célia Rosana Moro Kansou
Coordenadoria de Fiscalização Estadual Eliza Ana Zenedin Kondo Langner
Corregedor-Geral Elizeu de Moraes Correa
Coordenadoria de Fiscalização de Atos de Pessoal Conselheiro Fabio de Souza Camargo
Coordenadoria de Fiscalização de Transferências Gabriel Guy Léger
e Contratos Realização Conselheiros Juliana Sternadt Reiner
Artagão de Mattos Leão Kátia Regina Puchaski
Produção Gráfica Michael Richard Reiner
Fernando Augusto Mello Guimarães
Núcleo de Imagem Valéria Borba
Ivan Lelis Bonilha
Fotos Ivens Zschoerper Linhares
Arquivo TCE/PR
Cordenador-Geral
Mauro Munhoz

Diretora-Geral
Célia Cristina Arruda

Auditores
Sérgio Ricardo Valadares Fonseca
Thiago Barbosa Cordeiro
Claudio Augusto Canha
Tiago Alvarez Pedroso

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1. APRESENTAÇÃO
Na qualidade de agente de Controle Externo, o Tribunal de Contas do Estado do
Paraná – TCEPR tem em sua finalidade institucional a busca pela efetividade dos
controles internos existentes nos órgãos e entidades sob sua jurisdição.
Para tanto, as presentes Orientações sobre Controle Interno visam dar
concretude à função pedagógica e preventiva da Corte, norteando os
jurisdicionados acerca da importância e necessidade da efetiva implantação do
Sistema de Controle Interno, como instrumento de melhoria da gestão pública.
A implantação do controle interno visa dotar a administração pública de
mecanismos que assegurem, entre outros aspectos, o cumprimento das
exigências legais, a fidedignidade das informações divulgadas, a proteção do
erário e a otimização na aplicação dos recursos públicos, garantindo, ainda,
tanto segurança jurídica para atuação dos gestores como melhores resultados
à sociedade.
Com um controle interno efetivo, a Administração Pública garante à sociedade
que os recursos públicos estão sendo aplicados de forma eficiente e nos termos
previstos nas leis e regulamentos, além de aprimorar a parceria com o Tribunal
de Contas no exercício de sua missão institucional.
Vale frisar, contudo, que os controles internos devem existir em todos os
setores do órgão ou entidade, pois são inerentes à função administrativa. Os
controles internos devem ser instituídos pelo chefe da entidade. Ao controlador
interno incumbe, essencialmente, a função de verificar se existem controles nas
diversas fases do processo administrativo e, existindo, se são efetivos ou não.
Nesta ótica, estarão dispostos a seguir, além de conceitos e aspectos legais,
princípios e diretrizes aplicáveis ao controle interno, na ordem apresentada no
sumário. Além disso, exercendo a função pedagógica, este Tribunal apresentada
uma lista de controles mínimos a serem verificados, pelos controles internos,
em diversas áreas essenciais da Administração Pública.
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2. HISTÓRICO
Os controles internos da Administração Pública vêm ganhando cada
vez mais notoriedade e relevância no ordenamento jurídico brasileiro.
O histórico a seguir apresenta os marcos relevantes nos quais o
controle foi se consolidando normativamente.

1988 A Constituição Federal


de 1988 criou a expressão
Sistema de Controle Interno, o qual deve ser
2.1. NORMAS GERAIS RELATIVAS AO mantido, de forma integrada, por cada Poder
CONTROLE NO ÂMBITO NACIONAL da Federação. Dentre as funções atribuídas
aos responsáveis pelo Controle Interno
está a de apoiar o Controle Externo no
exercício de sua missão institucional, dando 1993 A Lei Federal
nº 8666/93 que
institui normas para licitações
ciência ao Tribunal de Contas de qualquer

1964 A Lei Federal


nº. 4.320/64,
1967 O Decreto-
Lei nº.
200/67 prevê a atuação do
irregularidade ou ilegalidade observada na
gestão dos recursos públicos, sob pena de
e contratos da Administração
Pública, dispõe sobre o
que contém normas gerais responsabilidade solidária (art. 70 e art. 74, papel do controle interno
controle das atividades da IV, § 1º, CF/88). no controle das despesas
de Direito Financeiro, criou as
Administração Federal decorrentes dos
expressões Controle Interno A Constituição Federal prevê, ainda, que
em todos os níveis e contratos e demais
e Controle Externo e dispõe será realizada, pelos sistemas de controle
em todos os órgãos, para instrumentos regidos
sobre controle interno no interno, a fiscalização contábil, financeira,
fiscalizar a utilização de pela referida lei, incluindo
âmbito da Administração em orçamentária, operacional e patrimonial dos
recursos e a execução de a obrigação de informar o
seus art. 75 a 81. poderes/órgãos e de todas as entidades
programas. Ministério Público de crimes
da administração direta e indireta, quanto
definidos na lei, caso os
aos aspectos de legalidade, legitimidade e
agentes de controle interno
economicidade (arts. 70, CF/88).
tomem conhecimento.
Para os municípios, a Carta Maior previu, ainda,
de forma específica, que a fiscalização será
exercida pelo Poder Legislativo municipal,
mediante controle externo, e pelos sistemas
de controle interno do Poder Executivo
municipal, na forma da lei (art.3, CF/88).

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

2008 A Norma
Brasileira de
Contabilidade - NBC T 16.8
estabeleceu que o controle

2010
interno é o conjunto de recursos, As Diretrizes
métodos e processos adotados

2000
para Controle

2014
A Lei de pela entidade governamental Interno no Setor Público A Resolução
Responsabilidade visando assegurar, entre outros, são lançadas pelo Conselho nº 05/2014
Fiscal – LRF, Lei Complementar a execução dos planos e políticas Nacional dos órgãos de da Associação dos Membros
nº. 101/2000 estabeleceu da administração, a proteção Controle Interno dos dos Tribunais de Contas
a obrigatoriedade da aos ativos, a legalidade Estados Brasileiros e do Brasil – ATRICON,
participação do responsável e regularidade das do Distrito Federal – apresenta diretrizes de
pelo controle interno nos transações, a confiabilidade CONACI, constituindo controle interno voltado
relatórios de gestão fiscal (art. do sistema de informações, marco referencial para a para os Jurisdicionados dos
54, parágrafo único e art. 59). garantir a integridade, a exatidão atuação do Controle Interno Tribunais de Contas.
dos registros contábeis e nos âmbitos municipais e
a aderência aos princípios estaduais;
contábeis, prevenir práticas
ineficientes e antieconômicas
e possibilitar a eficácia da
gestão e garantir a qualidade da
informação.

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2.2. NORMAS INTERNACIONAIS DA INTOSAI ÁÁ Capítulo 3: Independência, Objetividade e Imparcialidade;


APLICÁVEIS AOS CONTROLES INTERNOS ÁÁ Capítulo 4: Segredo profissional;
ÁÁ Capítulo 5: Competência profissional.
Não se pode olvidar que as normas brasileiras que se referem a controle estão
balizadas em normas internacionais, a exemplo das editadas pela Organização
Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI). 2.3. RECOMENDAÇÕES EDITADAS PELO COSO
A INTOSAI é a organização central de auditoria externa, reunindo as Entidades SOBRE CONTROLE INTERNO
Fiscalizadoras Superiores – EFS – dos países membros da ONU. Sua finalidade Mapear o ambiente interno, verificar o cumprimento dos objetivos da instituição,
é a de desenvolver atividades que propiciem o intercâmbio, a disseminação e identificar a existência de atividades de controle e o modo como a comunicação
o aprimoramento de técnicas gerais de fiscalização relacionadas ao Controle e o fluxo de informações acontecem são tarefas que devem ser realizadas nas
Externo governamental. organizações que buscam, efetivamente, realizar sua missão institucional.
Ela é um organismo autônomo, independente e sem cunho político, cujas O mesmo acontece com o monitoramento das ações recomendadas e
decisões visam ao atendimento das necessidades dos seus membros. No Brasil, deflagradas pela instituição.
o Tribunal de Contas da União (TCU) é o representante do país na INTOSAI, pois, Uma das metodologias disponíveis para fazer este acompanhamento denomina-se
aqui, somente esse Tribunal se enquadra na definição de EFS. COSO , atualmente referência mundial no estudo e na aplicação dos controles internos.
A INTOSAI editou as seguintes normas como referência para estruturação COSO significa Committee of Sponsoring Organizations, da National Comission
e funcionamento do Sistema de Controle Interno, as quais servem como on Fraudulent Financial Reporting. Criado em 1985, é uma entidade do setor
orientações para a atuação da unidade de controle interno: privado, independente, sem fins lucrativos, criada com o fim de aperfeiçoar
• ISSAI GOV 9100 - Guia para as normas de controle interno; a qualidade de relatórios financeiros, estudando as causas da ocorrência de
fraudes em relatórios financeiros.
• ISSAI GOV 9110 - Diretrizes referentes aos informes sobre a eficácia dos
controles internos; As recomendações do COSO são referência para todos os controles internos.
De acordo com o Comitê, no modelo COSO I, controle interno é “o processo
• ISSAI GOV 9120 - Controle interno: fornecendo uma base para a prestação conduzido pela Diretoria, Conselhos ou outros empregados de uma companhia,
de contas do governo; no intuito de fornecer uma garantia razoável de que os objetivos da entidade
• ISSAI GOV 9130 - Informação adicional sobre a administração de riscos da estão sendo alcançados, com relação às seguintes categorias: (a) eficácia e
entidade; eficiência das operações; (b) confiabilidade dos relatórios financeiros; e (c)
• ISSAI GOV 9140 - Independência da auditoria interna no setor público; conformidade com a legislação e regulamentos aplicáveis.”
• ISSAI GOV 9150 - Coordenação e cooperação entre os Tribunais de Contas Em 1992, o COSO publicou um trabalho denominado “Controle Interno: um
e os auditores internos do setor público. modelo integrado”, apresentando os componentes descritos abaixo, que
passaram a ser referência sobre o tema Controle Interno:
Ressalte-se que estas não são as únicas normativas editadas pela INTOSAI, pois
ela editou, inclusive, um Código de Ética a ser seguido pelos órgãos de controle, I. Ambiente de Controle;
o qual é dividido em cinco capítulos: II. Avaliação de Riscos;
ÁÁ Capítulo 1: Introdução; III. Atividades de Controle;
ÁÁ Capítulo 2: Integridade; IV. Informações e Comunicações;
V. Monitoramento.

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• Parecer conclusivo do controle interno (art. 7º);


SAIBA MAIS • Falta de instituição do sistema de controle interno poderá sujeitar as contas
Esta cartilha traz, no Apêndice II, uma síntese da ou o relatório objeto do julgamento à desaprovação ou recomendação de
Metodologia COSO para Avaliação dos Controles Internos. desaprovação (art. 8º);
ACESSE AQUI
• Relatório do controle interno como parte integrante das Contas do
Governador e dos demais administradores estaduais (art. 21, § 2°).

Ainda, em 2004 foi divulgado um novo trabalho sobre o “Gerenciamento RESOLUÇÃO Nº. 01/2006 – Regimento Interno do Tribunal de Contas
de Riscos Corporativos – Estrutura Integrada” (COSO II), com foco no do Estado do Paraná;
gerenciamento de riscos, não abordado anteriormente pelo COSO I. • Relatório do controle interno como parte integrante das Contas dos
Assim, no COSO II os componentes passaram a serem os seguintes: Prefeitos e do Governador (art. 211, § 2°, art. 215, § 2°-A e § 2°);
• Responsabilização civil e criminal na garantia da fidelidade dos dados
• Ambiente de Controle; • Respostas a Risco;
enviados ao Tribunal por meio de sistema eletrônico (art. 239, Parágrafo
• Fixação de Objetivos; • Atividade de Controle; Único);
• Identificação de Eventos; • Informações e Comunicações;
• Responsabilidade solidária do controle interno (art. 236,§ 3° e 248, § 3°);
• Avaliação de Riscos; • Monitoramento.
• Aplicação de sanções ao controle interno (art. 418, parágrafo único).

2.4. NORMATIZAÇÕES EXISTENTES NO TRIBUNAL CONSULTAS RESPONDIDAS COM FORÇA NORMATIVA:


DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ • ACÓRDÃO Nº. 921/07 – Tribunal Pleno – Retificado pelo Acórdão
Baseando-se nas normas gerais, tanto nacionais como internacionais, que 1369/07 (PROCESSO N°. 107966/07). Consulta. Implantação de sistema/
definiram as diretrizes sobre o tema Controle Interno, o Tribunal de Contas do unidade de controle interno. Possibilidade de câmaras possuírem sistema
Estado do Paraná editou, entre outras, as seguintes orientações normativas: separado do executivo, devendo, porém, haver plena integração entre os
sistemas. Desnecessidade de criação de sistema por meio de lei, exceto
LEI COMPLEMENTAR Nº. 113/2005 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas se implicar em outros aspectos, V.G. Criação de cargos. A escolha de um
do Estado do Paraná funcionário, comissão ou unidade para desenvolver o controle interno
depende apenas de escolha da própria administração. A acumulação
• Instituição do sistema de controle interno por todos os jurisdicionados e de funções e a necessidade de nomeação de funcionários também tão
respectiva finalidade (art. 4º e art. 8º); somente dependem de escolha administrativa.
• Finalidades do controle interno (art. 4º, I a IV);
• Atividades a serem desenvolvidas pelo controle interno (art. 5º, I a III);
• Responsabilidade solidária do controle interno (art. 6º, § 1° e § 2°);

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• ACÓRDÃO Nº. 97/08 – Tribunal Pleno (PROCESSO Nº. 449824/07). Municipal. Aumento de remuneração de servidores em ano eleitoral.
Consulta. Cargo em comissão para chefe de setor de controle interno. Implantação do Plano de Cargos e Salários da Câmara. Criação de
Possibilidade considerando que os responsáveis pelo controle interno gratificação de função. Possibilidade.
devem ser servidores efetivos, os quais devem ocupar o cargo por tempo
• ACÓRDÃO Nº. 356/11 – Tribunal Pleno (PROCESSO Nº. 508875/08).
previamente definido.
Consulta. O controle interno do Executivo não pode incidir sobre o
• ACÓRDÃO Nº. 265/08 – Tribunal Pleno (PROCESSO Nº. 522556/07). Legislativo. Quanto ao instituto de previdência municipal, é possível que lei
Consulta. Controlador Interno. Imprescindível que seja exercido por preveja que o controle interno do Poder Executivo abranja o mesmo, ou que
servidor público efetivo mediante alternativas que visem a propiciar a seja instituído controle próprio. Os cargos de controle interno devem ser
necessária imparcialidade para o exercício da atividade e a não sujeição a preenchidos observando-se o previsto nos artigos 37 e 38 da CF/88, sendo
pressões políticas. que a natureza e a complexidade dos mesmos, em face das atribuições do
artigo 74 da CF/88, indica a preferência por composição pelo menos parcial
• ACÓRDÃO Nº. 867/10 – Tribunal Pleno (PROCESSO Nº. 402949/09).
por servidor(es) com curso superior completo. A chefia do controle interno
Consulta. Controle interno. Lapso temporal para o desempenho das
admite cargo de confiança e cargo em comissão, dando-se preferência ao
funções de controlador. Exercício por servidor efetivo. Possibilidade de
preenchimento deste por servidores efetivos e que tiver curso superior
criação de cargo em comissão para a figura do controlador geral a ser
completo. É recomendável a adoção de sistema de mandato do chefe
desempenhada, preferencialmente, por servidor público efetivo, com o
do controle interno. A cumulação com outros cargos públicos é possível,
propósito de chefiar equipe composta por servidores com a função de
dependendo do caso concreto, desde que seja observado o disposto no
controladores internos.
art. 37 da CF/88. A cumulação com atividades privadas deve observar, no
• ACÓRDÃO Nº. 1604/10 – Tribunal Pleno (PROCESSO Nº. 161607/09). que couber, o que dispõe o § 7º do artigo 37 da CF/88, e eventual limitação
Consulta. Acumulação de cargos. Controlador Interno ocupante de cargo prevista no ordenamento jurídico da respectiva classe profissional.
efetivo eleito para o cargo de vereador. Compatibilidade de horários. Artigo
Realizada a apresentação das principais normas vigentes sobre o tema Controle
38, inciso III, da Constituição da República. Impossibilidade.
Interno, as quais direcionam todo o estudo, sistemática, organização e modo
• ACÓRDÃO Nº. 1024/15 – Tribunal Pleno (PROCESSO Nº. 568635/12). de atuação das Controladorias Públicas, seguem alguns conceitos básicos para
Consulta. Implantação do sistema de controle interno do Legislativo melhor compreensão:

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3. CONTROLE
A essência do nosso Estado Democrático de Direito encontra-se na legalidade, A Constituição Federal de 1988 dispõe, dentre as formas de controle que podem
interesse público e dignidade da pessoa humana, visando a garantia das ter exercício sobre a administração pública, as seguintes: (i) sistema de controle
liberdades civis. Neste contexto, a ideia de controle está ligada à noção de poder, interno de cada ente; (ii) controle parlamentar, como aquele exercido pelos
uma vez que, como assevera Montesquieu apud Fernandes (2003, p.226), “temos mandatários do povo, dividindo-se em duas espécies: (a) controle político, realizado
a experiência eterna de que todo homem que tem em mãos o poder é sempre pelas Casas Parlamentares: Senado e Câmara dos Deputados; Assembleias
levado a abusar dele, e assim irá seguindo, até que encontre algum limite”. Legislativas; Câmaras de Vereadores, seus órgãos e comissões parlamentares; (b)
controle financeiro, efetivado por órgãos especializados, ou seja, pelos Tribunais de
A palavra “controle” deriva do latim rotulum e designava a relação existente entre
Contas; e (iii) controle exercido pela sociedade, denominado controle social.
os contribuintes. Por esta razão, Castro (2011, p.254) defende que o termo
controle sempre esteve ligado à noção de finanças e que, na língua francesa, Os controles realizados tanto pela Unidade de Controle Interno quanto pelos
“controler” significa registrar, inspecionar, examinar; a palavra é originada de Tribunais de Contas e pela sociedade devem funcionar como uma engrenagem
contre-rôle, registro efetuado em confronto com o documento original, com a interdependente, com vistas a apoiar a administração pública na realização de seus
finalidade de verificação da fidedignidade dos dados. planos e metas, no cumprimento das leis, normas e regulamentos, na precisão e
confiabilidade dos relatórios financeiros e no estímulo à eficiência operacional.
A finalidade do controle é a de assegurar que a administração atue em consonância
com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico como os da Destarte, a principal finalidade do controle na Administração Pública é a de
legalidade, moralidade, finalidade pública, publicidade, motivação, impessoalidade; garantir o cumprimento das normas e o atingimento das metas governamentais,
em determinadas circunstâncias, abrange também o controle chamado de mérito e para fins de garantir a criação e execução eficiente de políticas públicas,
diz respeito aos aspectos discricionários da atuação administrativa (Di Pietro, 2005). assegurando a primazia dos serviços públicos em direção ao bem comum.

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• Conformidade com leis e regulamentos aplicáveis;


4. CONTROLE INTERNO • Salvaguarda de recursos contra perdas.
Entende-se como controle interno aquele realizado pela própria organização, por Coaduna com essa ideia o Comitê das Organizações Patrocinadoras – COSO,
meio de uma unidade que integra a sua estrutura administrativa, com a atribuição de para o qual os controles internos são um conjunto de processos projetados
vigilância, orientação e correção da atuação das demais unidades administrativas. para fornecer segurança razoável quanto à consecução de objetivos nas
No entanto, é preciso compreender o controle interno em uma concepção mais seguintes categorias:
ampla, como uma atividade que envolve toda a administração. • Confiabilidade de relatórios financeiros;
• Cumprimento de leis, normas e regulamentos aplicáveis (compliance);
Controle Interno compreende um conjunto de atividades e • Eficácia e eficiência de operações.
procedimentos de controle incidentes sobre o processo de
trabalho da organização com o objetivo de salvaguardar seu
patrimônio, conferir exatidão e fidelidade nas demonstrações Os controles internos visam assegurar a conformidade
financeiras, promover a eficiência operacional e encorajar a dos relatórios financeiros, a aderência às leis e aos
obediência às diretrizes traçadas pela administração. regulamentos aplicáveis, o alcance da eficiência e a eficácia
na execução das atividades operacionais da entidade.

A American Institute of Certified Public Accoutant – AICPA (1995) conceitua o


controle interno da seguinte forma: Neste contexto, a unidade central de controle interno é responsável pela
avaliação da eficácia dos controles internos mantidos pelas unidades integrantes
O controle interno compreende o plano de organização e o conjunto
coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para da estrutura administrativa, a fim de mitigar riscos e melhorar processos.
proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de A unidade central de controle interno funciona como uma estrutura
seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar orientadora de políticas de controles internos instituídas pela entidade, as quais
a adesão à política traçada pela administração. estão presentes nas diversas unidades operacionais e são executadas por todo
Neste sentido, o controle interno é composto de inúmeras atividades de corpo funcional, independentemente do nível hierárquico ou da função exercida.
procedimentos que envolvem aprovações, autorizações, registros, formulários Assim, cada Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) deverá criar e implementar
e vias, layout da operação e do formulário, necessidades de relatórios, arquivos, o seu próprio Sistema de Controle Interno, salvaguardando a sua autonomia
capacidade técnica e outros (Attie, 2010). Daí vem a acepção da palavra e independência, com uma estrutura condizente ao porte e à complexidade de
controles internos. cada Poder, vinculada diretamente ao chefe máximo, evitando subordinação
A Organização Internacional de Entidades Superiores de Fiscalização – INTOSAI hierárquica a qualquer outro órgão ou unidade da Administração Pública.
(2004) defende que os controles internos referem-se a um processo integral, Deste modo, indaga-se:
que vai além dos aspectos legais realizados pela entidade, projetado para
I. A unidade de Controle Interno (UCI) pode estar vinculada a outro
fornecer segurança razoável de que, na busca da missão da entidade, todos os
responsável na Administração que não seja o dirigente máximo?
objetivos serão atingidos, em especial:
Não. A UCI deve estar vinculada diretamente ao dirigente máximo do órgão/
• Execução das operações de modo organizado, ético, econômico, eficiente entidade, sem qualquer tipo de vinculação intermediária, para melhor
e efetivo; desempenho de suas competências constitucionais e legais.
• Cumprimento das obrigações inerentes à responsabilização;

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5. SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
Sistema é um conjunto de partes coordenadas (articuladas entre si) com O sistema de controle interno é o conjunto de métodos, normas, princípios e
vistas ao alcance dos objetivos determinados, em que cada parte é peça procedimentos, coordenados de forma a propiciar a avaliação da gestão pública em
fundamental para o todo. seus aspectos orçamentário, financeiro, patrimonial e operacional, verificando a
legalidade, eficácia, eficiência e economicidade dos atos da Administração Pública.

CHEFE DA ENTIDADE/PODER
Responsável por instituir o sistema de controle interno.
DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

Assim, o sistema de controle interno é composto pelas atividades e


procedimentos de controle incidentes sobre os processos de trabalho da 6. UNIDADE DE CONTROLE
organização, envolvendo todas as unidades, todos os níveis, todas as funções e
executados por todo o corpo funcional da organização. É formado pelo conjunto INTERNO
de unidades técnicas integradas e articuladas a partir de uma unidade central Todas as unidades integrantes da estrutura organizacional são responsáveis
de controle interno, criada na estrutura organizacional. pela execução dos processos de trabalho da entidade, pela identificação
A INTOSAI (2001) definiu sistema de controle interno como: e avaliação dos riscos inerentes a esses processos e pela normatização e
execução das rotinas de trabalho e dos procedimentos de controle destinados à
Todo sistema de controles financeiros e de qualquer outra natureza
da entidade, [...] incluindo a estrutura organizacional, os métodos,
mitigação dos riscos (ATRICON, 2014).
os procedimentos e a auditoria interna, estabelecidos pelos No entanto, faz-se necessário que a organização mantenha uma Unidade
administradores segundo os objetivos da entidade, que contribuem para Central do Sistema de Controle Interno, independente e legalmente criada
que ela seja regularmente administrada de forma econômica, eficiente como responsável pela avaliação e acompanhamento do Sistema de Controle
e eficaz, garantindo, assim, a observância das políticas determinadas
Interno.
pela administração, salvaguardando bens e recursos, assegurando
a fidedignidade e integridade dos registros contábeis e produzindo
informações financeiras e gerenciais confiáveis e tempestivas. Para que seja efetiva em suas funções, a unidade central de controle
interno deve:
Na mesma linha, a ATRICON (2014) define como Sistema de Controle
Interno o processo conduzido pela estrutura de governança e executado pela • Estar vinculada diretamente ao chefe do poder/entidade;
administração e por todo o corpo funcional da entidade, integrado ao processo • Possuir estrutura física para realização das atividades;
de gestão em todas as áreas e em todos os níveis de órgãos da entidade, e
estruturado para enfrentar riscos e fornecer razoável segurança de que, na • Ter um corpo técnico composto por funcionários concursados;
consecução da missão, dos objetivos e das metas institucionais, os princípios • Quantidade adequada de funcionários para a realização das atividades;
constitucionais da administração pública serão obedecidos e os seguintes • Funcionários treinados e com qualificação adequada para o exercício de
objetivos gerais de controle serão atendidos: suas atividades.
• Eficiência, eficácia e efetividade operacional, mediante execução ordenada,
ética e econômica das operações; Assim, a Unidade Central do Sistema de Controle Interno acompanha o
• Integridade e confiabilidade da informação produzida e sua disponibilidade funcionamento das atividades do Sistema de Controle Interno. Avalia se
para a tomada de decisões e para o cumprimento de obrigações de existem controles internos nas diversas fases do processo administrativo e,
accountability; existindo, se eles são efetivos.
• Conformidade com leis e regulamentos aplicáveis, incluindo normas,
políticas, programas, planos e procedimentos de governo e da própria
instituição;
• Adequada salvaguarda e proteção de bens, ativos e recursos públicos contra
desperdício, perda, mau uso, dano, utilização não autorizada ou apropriação
indevida.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

• revisar e emitir parecer acerca de processos de Prestação de Contas e


Tomadas de Contas Especiais.
Neste contexto, importante citar orientação emanada por esta Corte de
O profissional que atua pela Unidade Central de
Contas Estadual, no que tange ao provimento e composição funcional das
Controle Interno não consegue, pessoalmente,
Controladorias Internas, por meio do ACÓRDÃO Nº. 265/08 - Tribunal Pleno,
realizar todos os controles sobre todos os
Processo nº. 522556/07, de Consulta, no qual se concluiu que o Controlador
produtos (bens e serviços) desenvolvidos pelas
Interno deve ser servidor efetivo com as seguintes alternativas:
diversas unidades administrativas. Dessa forma, o
controlador interno deve adotar as providências para que • Pode o administrador acrescer às atribuições regulares do servidor
a função de confiança de Controlador, desde que por período
o gestor da entidade institua controles internos nas diversas
previamente definido;
fases do processo administrativo. Estes controles devem
ser periodicamente avaliados pelo controlador interno por • Pode, da mesma forma, criar o cargo em comissão de Controlador
para ser ocupado exclusivamente por servidores efetivos, também
meio de procedimentos de auditorias internas.
por prazo certo;
• Pode, ainda, instituir sistema de mandato entre os servidores
ocupantes de cargo efetivo, para que haja continuidade e
O foco de atuação da Unidade Central de Controle Interno deve ter caráter alternância, havendo a preferência por esta última possibilidade.
orientador e preventivo, auxiliar a gestão e atender a todos os níveis hierárquicos
da Administração. Em qualquer uma das três hipóteses deve haver as seguintes prerrogativas:
• Nenhum processo, documento ou informação poderá ser
Compete à Unidade de Controle Interno, dentre outras finalidades: sonegado;
• Acompanhar o funcionamento das atividades do Sistema de Controle • Possibilidade de impugnar, mediante representação, atos sem
Interno, zelando pela sua independência; fundamentação legal;
• apoiar o Controle Externo; • O Controlador Interno não pode ser afastado de suas funções
antes do encerramento do mandato ou do período para o qual foi
• assessorar a Administração; designado, exceto na hipótese de cometimento de ato irregular
que, mediante apuração em processo administrativo, assim
• comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à economicidade, justifique.
eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira, operacional e
patrimonial das unidades que compõem a estrutura do órgão; Finalmente, não pode o Controlador Interno:
• Estar em estágio probatório;
• realizar auditorias internas, inclusive de avaliação do controle interno;
• Realizar atividade político partidária;
• avaliar o cumprimento e a execução das metas previstas no Plano Plurianual, • Exercer outra atividade profissional.
na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual;
• Ter sofrido penalização administrativa, cível ou penal, por decisão
• avaliar as providências adotadas pelo gestor diante de danos causados definitiva.
ao erário, especificando, quando for o caso, as sindicâncias, inquéritos,
processos administrativos ou tomadas de contas;

16
Para melhor compreensão, observe-se: Sobre esta temática, importante frisar que o cargo de controlador interno não
admite cumulações de funções com alguns cargos da administração pública,
I. Os cargos da Unidade de Controle Interno podem ser providos por meio em face da natureza de suas atribuições, mesmo havendo compatibilidade de
de contratação temporária ou contratação com base na Lei 8666/93? horário. Como exemplo, pode-se citar o controlador interno ocupante de cargo
Os cargos da UCI devem ser efetivos, logo, terão de ser preenchidos por efetivo que foi eleito para o cargo de vereador (Acórdão nº 1604/10 – Tribunal
servidores contratados por meio de concurso público. Os casos excepcionais Pleno – TCE/PR).
serão dirimidos por medidas discricionárias do gestor e estarão sujeitas à
Ainda, há de se ter cuidado quando da nomeação do Controlador Interno para
análise e apreciação isolada por parte do Tribunal de Contas. Ressaltando que o
fins de nomear servidor capacitado para as funções, sendo razoável a exigência
Controlador Geral (chefe do órgão) seguirá as regras previstas nos Acórdãos nºs
de formação de nível superior para provimento do cargo, com previsão em lei
265/08, 356/11 e 1156/16, todos do Tribunal Pleno do TCE/PR.
local, em face da natureza das funções a serem desempenhadas.
II. Há possibilidade de o Controlador Interno ser cargo exclusivamente
comissionado?
Se o Controlador Interno for chefe do setor é possível, considerando que os
demais servidores do órgão sejam efetivos (Acórdãos nºs 97/08 e 867/10,
ambos do Tribunal Pleno – TCE/PR).

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

• Controles sobre as transações: acompanhamento prévio, concomitante


7. PRINCÍPIOS GERAIS e subsequente dos atos e fatos contábeis, financeiros, orçamentários,
patrimoniais e operacionais, com vistas a avaliar se as transações foram
NORTEADORES DA UNIDADE revestidas de fidedignidade.
DE CONTROLE INTERNO
Os princípios gerais norteadores da Unidade de Controle Interno estão
dispostos a seguir:
• Segregação das funções: separação das funções de controle das demais
funções operacionais, evitando que o pessoal que exerce o controle realize
outra função administrativa, como contabilidade, tesouraria, assessoria
jurídica, recursos humanos, orçamento ou licitação, sob pena de não realizar
o controle com independência. Deve haver segregações de funções de
autorização, execução, contabilização e controle das operações.
• Independência técnico-funcional: aquele que exerce as atividades de controle
deve possuir independência funcional para realizar suas funções, verificar e
analisar documentos e provas e emitir relatórios sobre os achados e conclusões.
• Relação custo/benefício: o custo de um controle não deve exceder os
benefícios que ele possa proporcionar;
• Qualificação adequada, treinamento e rodízio de funcionários: a
pessoa que exerce o controle deve deter conhecimento suficiente para
o desempenho de suas funções e comportamento ético. O rodízio de
funcionário deve ser garantido para evitar erros e fraudes.
• Aderência a diretrizes e normas: as ações dos funcionários que exercem
o controle devem ser realizadas em observância ao fiel cumprimento das
normas, leis e diretrizes organizacionais.
• Definição de responsabilidades: existência de normas que definam a
autoridade e, consequentemente, a responsabilidade e competência dos
agentes do controle interno;
• Instruções devidamente formalizadas: os procedimentos e
instruções devem ser disciplinados e formalizados por meio de instrumentos
eficazes, claros e objetivos, emitidos pela autoridade competente;

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

8. PRINCÍPIOS 9. NATUREZA DA
CONSTITUCIONAIS FISCALIZAÇÃO DA UNIDADE
NORTEADORES DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
DE CONTROLE INTERNO A Constituição Federal de 1988, no art. 70, atribuiu ao controle interno a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, no que
O controle interno deve estabelecer mecanismos de controle para que a tange à legalidade, legitimidade e economicidade.
administração não se desvie da observância aos princípios constitucionais
previstos no art. 37 da Constituição Federal, que são:
• Legalidade: todos os atos da administração pública devem estar sujeitos
aos mandamentos da lei e deles não se pode desviar, sob pena de praticar
ato inválido.

E
AD

LE
G
ID
• Impessoalidade: visa à neutralidade do agente político em relação aos

IT
L

IM
GA
seus atos, ou seja, que haja ausência de marcas pessoais e particulares do

ID
LE
agente que esteja no exercício da atividade administrativa, pois os méritos

AD
não são do administrador. Tem como objetivo, ainda, que as atividades

E
administrativas estejam voltadas para o interesse público.
• Moralidade: exige que, além da legalidade, o agente público aja com ética e ECONOMICIDADE
honestidade.
• Publicidade: significa que o Poder Público deve agir com transparência, para 1. LEGALIDADE 2. LEGITIMIDADE 3. ECONOMICIDADE
que o cidadão tenha acesso a todas as informações. verifica se a conduta do gestor constata se o ato atende analisa a relação custo/
• Eficiência: todas as ações administrativas precisam ser executadas de guarda consonância com as ao interesse público benefício da despesa pública,
forma econômica, com agilidade, utilizando os recursos disponíveis de normas aplicáveis, de qualquer à impessoalidade e à isto é, se o gasto foi realizado
forma proveitosa, e que as ações sejam executadas com qualidade. espécie – leis, regimentos, moralidade. com minimização dos custos
resoluções, portarias, etc. e sem comprometimento dos
padrões de qualidade.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

Com base nesses três pilares, é exercida a fiscalização dos registros contábeis,
dos aspectos financeiros, do patrimônio da entidade do setor público e das
operações relacionadas à eficiência e à eficácia alcançada na execução das
políticas públicas.

Fazendo uma analogia com uma edificação, pode-se entender que cada pilar
levantado representa um tipo de controle e a somatória compõe a edificação
como um todo. Para dar sustentação à edificação, todos os pilares devem
Os atos que resultam em transações contábeis, financeiras, orçamentárias, estar sob a proteção do telhado, composto pelos princípios da legalidade,
operacionais e patrimoniais devem estar sempre abrigados pela legalidade, pela legitimidade e da economicidade. Se estiverem fora do alcance do telhado que
legitimidade e pela economicidade. as protege, as operações não estão aderentes aos princípios constitucionais.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e


10. OBJETIVOS DO SISTEMA eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
DE CONTROLE INTERNO públicos por entidades de direito privado;
O art. 74 da Constituição Federal dispõe que os Poderes Legislativo, Executivo III. Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a dos direitos e haveres da União;
finalidade de:
IV. Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
I. Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
O diagrama a seguir permite visualizar, de forma mais clara, as finalidades citadas
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
na Constituição Federal:

Fonte: Guimarães (2006)

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

A Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T 16.8-Controle Interno – estabelece • salvaguarda dos recursos contra perdas provenientes de
que o controle interno é o conjunto de recursos, métodos e processos adotados desperdício, abuso administrativo, desordem administrativa, erros
pela entidade governamental, com a finalidade de: e fraudes e outras irregularidades administrativas;
• aderência às leis, regulamentações e diretrizes da administração
a) Assegurar a proteção dos ativos e a veracidade dos componentes superior; e
patrimoniais; • desenvolvimento e manutenção de dados financeiros e
b) garantir a observância da validade, legalidade e regularidade das gerenciais confiáveis, revelando, razoavelmente, tais dados em
transações; relatórios oportunos.
c) promover e manter a confiabilidade do sistema de informações contábeis; O diagrama a seguir sintetiza estes objetivos do controle interno:
d) comprovar atos e fatos que afetem ou possam afetar o patrimônio;
e) garantir a integralidade e exatidão dos registros contábeis;
f) prevenir práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes,
malversação, abusos, desvios e outras inadequações;
g) possibilitar a eficácia da gestão e garantir a qualidade da informação;
h) garantir a execução dos planos e políticas definidas pela administração;
i) garantir aderência das demonstrações contábeis aos princípios
fundamentais e normas brasileiras de contabilidade.
A orientação da INTOSAI (2004) propõe que a função do controle interno seria a de:
prevenir erros (por exemplo, segregando funções e requisitos para
autorizações); detectar erros (por exemplo, estabelecendo padrões
de produção para detectar variações nos resultados finais); corrigir
erros que tenham sido detectados (por exemplo, cobrando um
pagamento a maior feito a um fornecedor); e compensar controles
débeis, onde os riscos de perda são elevados e sejam necessários
controles adicionais.
A INTOSAI (2004) complementa que “estruturas de controle interno são
definidas como planos de uma organização, incluindo atitude gerencial, Os objetivos do controle interno estão alinhados à observância das leis, normas
métodos, procedimentos e medidas que proporcionem uma segurança razoável e regulamentos e à confiabilidade dos relatórios, ou seja, ao fiel registro contábil
de que os objetivos estão sendo alcançados”. Ela propõe, ainda, os seguintes das informações. Eles voltam-se, ainda, para a eficiência na realização das
objetivos do controle interno: atividades e programas de governo e à proteção do patrimônio contra possíveis
perdas, erros e irregularidades.
• promover operações ordenadas, econômicas, eficientes, eficazes,
produtos de qualidade e serviços em consonância com os objetivos
da organização;

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

10.1. MEIOS QUE CONTRIBUEM FORMAS DE


PARA O CUMPRIMENTO DOS ASSEGURAÇÃO
DESCRIÇÃO

OBJETIVOS DO CONTROLE Não concentrar todas as fases inerentes a uma operação sob inteira responsabilidade de um único
INTERNO Segregação de funções funcionário. As atividades de execução operacional, custódia física e contabilização, por exemplo,
devem, preferencialmente, ser executadas por pessoas e setores independentes entre si.
Devido às limitações da Unidade de Controle Interno,
é impossível realizar o controle de todos os produtos Sistema de autorização Estabelecer procedimentos de autorização e aprovação das operações, observando, na medida do
(bens/serviços) gerados pelas diversas unidades. e aprovação possível, a segregação de funções, ou seja, a pessoa que autoriza não deve ser a que aprova.
Desta forma, cabe ao controlador interno avaliar a
existência de controles nas diversas fases do processo Determinação
Instituir organogramas com definições claras das funções e das responsabilidades e autoridades
administrativo, a fim de garantir, com razoável de funções e
que compõe o cargo.
segurança, o cumprimento das leis e regulamentos, a responsabilidades
precisão e confiabilidade das informações, o estímulo
Estabelecer alçadas progressivas, com dupla assinatura de pessoas independentes entre si,
à eficiência operacional e a proteção dos ativos da
fornecendo maior segurança na realização das operações, permitindo, também, que as principais
entidade. Alçadas progressivas
decisões, de acordo com os riscos e os valores envolvidos, fiquem centralizadas nos principais
administradores.
Para tanto, são listados, a seguir, alguns meios que
contribuem para o cumprimento dos objetivos do Promover o revezamento de funcionários designados para cada atividade, a fim de reduzir as
controle interno: Rotação de funcionários
oportunidades de fraudes e obter novas ideias de trabalho para as funções.

10.1.1. Salvaguarda dos interesses da Manutenção de contas


Manter saldos das contas detalhadas, preferencialmente controladas por outros funcionários,
visando a confrontação permanente entre os saldos detalhados e o saldo sintético e a
administração pública de controle comprovação da exatidão dos registros.
Refere-se à forma pela qual são protegidos e
defendidos os bens e direitos da entidade (patrimônio Contagens físicas Realização de contagem física de bens e valores, de modo periódico, por meio de indivíduo
público) contra quaisquer perdas e riscos devidos a independentes independente ao que possui a custódia.
erros ou irregularidades.
Manutenção de apólice de seguros dos bens e valores a que está sujeita a entidade, a valores
Seguro
Os principais meios para se salvaguardar os interesses adequados de reposição.
das entidades são os seguintes:
Manter as normativas da entidade atualizadas, visando à redução de riscos de não observância da
Legislação
legislação que está em vigor.

Diminuição de erros e Estabelecer a divisão racional do trabalho, com a identificação clara e objetiva das normas,
desperdícios procedimentos e números de subordinados compatíveis, possibilitando a supervisão adequada.

Fonte: Adaptado de Attie (2010, p. 156-157).

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10.1.2. Precisão e confiabilidade dos informes e relatórios Os principais meios que podem estimular a eficiência operacional são:
A geração de informações adequadas e oportunas, sejam elas destinadas
aos usuários internos ou para divulgação externa, deve ser precisa e confiável. FORMAS DE
DESCRIÇÃO
Para tanto, os registros devem manter observância às normas e regulamentos ASSEGURAÇÃO
relacionados aos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais.
Seleção de pessoal qualificado para exercer com eficiência as
Seleção de pessoal
Os meios mais utilizados no suporte à precisão e confiabilidade dos informes e funções específicas.
relatórios contábeis, financeiros e operacionais são os seguintes:
Capacitação de funcionário para as atividades a serem executadas
Treinamento resulta em melhores rendimentos, menores custos e pessoal
FORMAS DE atento e ativo à própria função.
DESCRIÇÃO
ASSEGURAÇÃO
Estabelecimento de políticas de pessoal quanto às possibilidades
Utilização de documentação apta para o registro das transações, Plano de carreira de remuneração e promoção, incentivando o entusiasmo e a
Documentação utilização de provas independentes a fim de manter a comprovação satisfação do pessoal.
fidedigna mais segura de que as operações e os registros estão em forma exata
e que a documentação é confiável. Avaliação individual de cada funcionário, em que identifiquem
Relatório de
virtudes e deficiências, a fim de sugerir alternativas necessárias ao
Comparação das informações entre diversas fontes de informação,
desempenho aperfeiçoamento pessoal e profissional.
Conciliação
identificando diferenças e eliminando possíveis pendências.
Mensuração de horas despendidas pelo pessoal para a realização
Relatório de horas
Identificação da composição analítica dos itens em estudo, de modo a de atividades, permite a administração do tempo e indica mudanças
Análise trabalhadas
permitir a constatação de sua constituição. necessárias ou correção das metas de trabalho.

Classificação dos dados dentro de uma organização formal de contas, Estabelecimento de tempo e métodos para a realização das
Plano de conta tendo por base um plano de contas bem definido, assegurando a atividades possibilitando o acompanhamento mais eficiente de
Tempo e métodos
consistência nos registros das transações ao longo dos tempos. execução das atividades e a identificação de possíveis ineficiências
do pessoal.
Registros de transações dentro do período de competência e no
Tempo hábil
menor intervalo de tempo possível. Acompanhamento permanente do custo de produção dos bens
Custo-padrão e serviços, identificando benefícios e ineficiências do processo de
Utilização de equipamentos eletrônicos com objetivo de facilitar trabalho.
Equipamentos
e agilizar os registros das transações e proporcionar a divisão de
eletrônicos trabalho. Exposição dos procedimentos internos, possibilitado práticas
Manuais internos uniformes, normatização e eficiência dos atos e a prevenção de
Fonte: Adaptado de Attie (2010, p. 157) ocorrência de erros e desperdícios.

Instituição de instruções formais a serem seguidas pelo funcionário,


10.1.3. O estímulo à eficiência operacional Instruções formais evitando interpretações dúbias, mal-entendidos e a possibilidade de
cobranças e follow-up intempestivos.
Estimular a eficiência operacional é promover os meios necessários à condução das
tarefas, de forma a obter entendimento, aplicação e ação tempestiva e uniforme. Fonte: Adaptado de Attie (2010, p. 158)

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10.1.4. A aderência às políticas existentes


Refere-se à execução das atividades em observância aos princípios, leis, 11. MOMENTO EM QUE A
normas, regulamentos e políticas da administração. UNIDADE DE CONTROLE
A aderência às normas e políticas existentes pode ser obtida, entre outros,
pelos seguintes meios:
INTERNO DEVE ATUAR
A atuação da unidade de controle interno é realizada antes, durante e depois
FORMAS DE dos atos administrativos, com a finalidade de acompanhar o planejamento
DESCRIÇÃO realizado, garantir a legitimidade frente aos princípios constitucionais, verificar
ASSEGURAÇÃO
as melhores práticas de gestão e garantir que as informações sejam fidedignas.
Instituir supervisão permanente e adequada com o número de
funcionários visando o melhor rendimento pessoal e à manutenção Nos termos do art. 77 da Lei nº. 4320/64, a verificação dos atos de execução
Supervisão orçamentária será prévia, concomitante e subsequente, conforme demonstrada
da eficiência operacional, pois permite corrigir rapidamente
possíveis desvios e dúvidas decorrentes da execução das atividades. no diagrama a seguir:

Instituir método de revisão e de aprovação, com vistas a identificar


Sistema de revisão
e aprovação
se as políticas e os procedimentos estabelecidos pela entidade MOMENTO DE ATUAÇÃO DO CONTROLE INTERNO
estão sendo adequadamente seguidos.

Estabelecimento de auditorias internas a fim de identificar


Auditoria interna transações realizadas que não estejam em consonância com as
políticas determinadas pela administração.

Fonte: Adaptado de Attie (2010, p. 159)


A priori A posteriori
Os objetivos do controle interno aqui expostos visam à configuração de (anterior, prévio) (subsequente)
Concomitante
segurança adequada às atividades praticadas ao longo de toda a administração
(simultâneo)
pública, sejam atividades praticadas de forma vertical ou horizontal.
Quando o ato é submetido previamente à análise do órgão de controle, o controle
é considerado a priori, pois antecede a prática do ato. O controle concomitante
corresponde à verificação do ato simultaneamente a sua execução. Já o controle a
posteriori ou subsequente é aquele que se efetiva após a ocorrência do fato.
A unidade de controle interno possui competências para atuação em qualquer dos
três momentos do controle. No entanto, deve priorizar ações de controle prévio
e concomitante, a partir de critérios de materialidade, relevância e risco. Dessa
forma, espera-se que a unidade de controle interno alcance maior efetividade.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

12. DEFINIÇÃO DO ESCOPO DE SAIBA MAIS


ATUAÇÃO DA UNIDADE DE Esta cartilha apresenta, no Apêndice I, pontos de
CONTROLE INTERNO controle a serem observados pela Unidade de Controle
Interno. Vale frisar que a atuação do controlador interno
O art. 74, § 1º, da Constituição Federal dispõe que “os responsáveis pelo controle
não se esgota nos itens lá elencados.
interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela
darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária”. ACESSE AQUI
A Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (Lei Complementar
nº 113/05), em seu art. 6º, dispõe também sobre a responsabilidade solidária
dos responsáveis pelo controle interno quando, ao tomarem conhecimento Sendo assim, à luz da Administração Pública Gerencial vigente, focada em
de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dão imediato conhecimento ao resultados efetivos, na qual sobressai a necessidade do planejamento estratégico,
Tribunal. Os agentes de controle interno estão sujeitos às sanções previstas em a Unidade de Controle Interno deverá planejar as suas auditorias, adequando os
lei caso seja provada a sua omissão. procedimentos e suas ações às características do ente auditado, de forma objetiva
Assim, o responsável pela Unidade de Controle Interno, nos termos das normas e transparente, a fim de obter resultados máximos de sua atuação, garantindo o
e procedimentos de controle em vigência, poderá comunicar, primeiramente, a desenvolvimento e a melhoria das áreas sensíveis da entidade auditada.
autoridade imediata do órgão/secretaria onde foi constatada a irregularidade, Para esta finalidade, entende-se que o instrumento adequado para indicar
para que providencie as correções necessárias, ou cientificar diretamente a as auditorias, as unidades auditadas, o escopo e o cronograma de trabalho é
autoridade superior máxima, para que solicite ao responsável do setor auditado o Plano Anual de Auditoria Interna, conhecido também como Plano de Ação,
as providências corretivas. Plano de Atividades ou Plano de Trabalho.
Ato contínuo, caso a autoridade superior não tome as providências para adoção A auditoria é um dos instrumentos para realização da fiscalização financeira,
de medidas saneadoras, a Unidade de Controle Interno deverá comunicar o orçamentária, operacional, contábil e patrimonial da administração pública e que
TCE/PR sobre as irregularidades que configurarem grave infração à norma cabe ao sistema de controle interno, por determinação constitucional (art. 70,
legal e/ou causarem danos ao erário, cuja omissão poderá resultar em sua caput, CF/88).
responsabilidade solidária, nos termos das legislações inicialmente citadas (art.
74, §1º da CF/88 e art. 6º do RITCE/PR).
Auditoria governamental é a função do controle interno que tem por
No entanto, cediço que abarcar todas as transações da entidade em um só finalidade avaliar os controles internos administrativos dos órgãos e
tempo não é possível, principalmente em face da amplitude do campo de entidades jurisdicionados, examinar a legalidade, legitimidade e avaliar
atuação do controle interno, da periodicidade e da diversidade de tarefas os resultados da gestão contábil, financeira, orçamentária, operacional
realizadas pelo ente, bem como, das limitações de estrutura enfrentadas pela e patrimonial, quanto à economicidade, eficiência, eficácia e efetividade
Unidade de Controle Interno. na aplicação dos recursos públicos.
(CONACI , 2010)

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

Recomenda-se que o Plano Anual de Auditoria Interna esteja, no que for c) Criticidade: representa o quadro de situações críticas efetivas ou potenciais
possível, alinhado ao escopo de análise definido anualmente pelo Tribunal de a ser controlado, identificadas em uma determinada unidade organizacional
Contas do Estado do Paraná nas demais normativas desta Corte de Contas, a ou programa de governo. Trata-se da composição dos elementos
fim de propiciar maior diálogo entre os órgãos de controle, com contribuições referenciais de vulnerabilidade, das fraquezas, dos pontos de controle com
mútuas, garantindo maior efetividade na fiscalização. riscos operacionais latentes, etc. A criticidade é, ainda, a condição imprópria,
Objetivamente, o Plano Anual de Auditoria Interna constitui-se no escopo da por não conformidade às normas internas, por ineficácia ou por ineficiência,
Unidade de Controle Interno, definindo suas principais ações dentre as áreas mais de uma situação de gestão. Expressa a não-aderência normativa e os riscos
sensíveis da entidade, ou seja, aquelas mais suscetíveis a erros/desvios ou de maior potenciais a que estão sujeitos os recursos utilizados. Representa o perfil
complexidade, ou que consumam expressivo volume de recursos financeiros. organizado, por área, dos pontos fracos de uma organização.
Para tanto, além dos pontos em que a legislação exige manifestação expressa Vale destacar que, na elaboração do Plano Anual de Auditoria Interna, deve ser levada
do controle interno, o processo de planificação dos trabalhos da unidade de em conta a estrutura da Unidade de Controle Interno, a fim de incluir, no escopo de
controle interno deve considerar as seguintes variáveis: fiscalização, objetos de auditorias compatíveis com a capacidade de realização.
a) Materialidade: refere-se ao montante de recursos orçamentários ou Ademais, na definição do escopo de fiscalização deve-se verificar se os
financeiros alocados por uma gestão, num específico ponto de controle objetivos pretendidos com a execução das auditorias/inspeções selecionadas
(unidade, sistema, área, processo, programa ou ação) objeto de avaliação atendem ao princípio da relação custo/benefício, uma vez que o custo do
pela Unidade de Controle Interno. Essa abordagem leva em consideração controle não deve exceder os benefícios que pode proporcionar, ou seja, o custo
o caráter relativo dos valores envolvidos. de quem controla não pode ser mais caro do que aquilo que é controlado.

b) Relevância: representa a importância relativa ou papel desempenhado por uma


determinada questão, situação ou unidade, existentes em um dado contexto.

12.1. TÉCNICA PARA ELABORAÇÃO DE PLANO ANUAL DE AUDITORIA INTERNA


O Plano Anual de Auditoria Interna deve contemplar, entre outros pontos, Normalmente, utiliza-se a técnica 5W2H para estruturar um plano de ação,
o objetivo geral a ser alcançado, uma lista de atividades a serem realizadas, a qual consiste em uma ferramenta extremamente simples e prática, que
os responsáveis pela execução de cada ação, a data de início e fim de cada considera os seguintes aspectos:
atividade relacionada, os métodos empregados para realizar atividades.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

Seguindo esta técnica, o Plano Anual de Auditoria Interna conterá: interno, por meio de ato próprio, com a finalidade de definir temas e
macroprocessos a serem trabalhados no exercício seguinte;
a) Descrição de temas e macroprocessos a serem auditados/inspecionados,
contendo a descrição dos objetivos pretendidos; 2. Na sua elaboração deverão ser considerados o planejamento estratégico, a
estrutura da entidade, o gerenciamento de riscos, os controles existentes, os
b) Considerações quanto ao motivo da escolha do objeto, quanto ao risco
planos, metas, objetivos específicos, os programas e políticas da entidade;
inerente ao objeto a ser auditado/inspecionado, bem como a relevância do
objeto selecionado em relação à entidade; 3. Contenha a relação de macroprocessos ou temas que serão trabalhados,
devidamente classificados por meio de uma matriz de riscos, estipulando
c) Local de realização dos trabalhos de auditoria/inspeção;
prazos, recursos disponíveis e os objetivos propostos;
d) Cronograma contendo a data estimada de início e término dos trabalhos;
4. Nos relatórios de auditoria estejam descritos, no mínimo, os objetivos da
e) Recursos humanos a serem empregados, considerando os conhecimentos auditoria, o escopo do trabalho; os critérios de análises utilizados, as causas,
específicos que serão requeridos na realização dos trabalhos; as consequências, as recomendações de aprimoramento para saneamento
f) Descrição dos métodos a serem empregados na realização de cada de impropriedade ou irregularidades porventura identificadas em cada
auditoria/inspeção; achado de auditoria e a conclusão dos trabalhos, com encaminhamento de
cópia, nos casos de irregularidades, ao Tribunal de Contas Estadual.
g) Quanto custará para executar a auditoria/inspeção, em especial daquelas que
demandarão custos adicionais a estrutura de controle interno já instituída; Os resultados dos trabalhos de Auditoria deverão ser apresentados por meio
do Relatório Anual de Atividades do Controle Interno, que conterá o relato sobre
Ademais, sugere-se que:
as atividades de orientação, controladoria e auditoria, em função das ações
1. O Plano anual de auditoria interna das entidades da administração direta e planejadas constantes do Plano Anual de Auditoria Interna, bem como das ações
indireta seja regulamentado e elaborado pela unidade central de controle críticas ou não planejadas, mas que exigiram atuação da unidade.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília, 165 DF: Senado Federal, 1988.
13. CONCLUSÃO Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná – TCE/PR, exercendo uma para a responsabilidade na gestão fiscal e da outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
função pedagógica, com a disseminação das informações constantes na 05 mai. 2000.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm. Acesso em: 07/05/2017.
presente cartilha, objetiva orientar os jurisdicionados acerca da importância
e necessidade da efetiva implantação do sistema de controle interno como CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria, Contabilidade e Controle Interno no Setor Público:
instrumento de melhoria da gestão pública. integração das áreas do ciclo de gestão: contabilidade, orçamento e auditoria e organização dos
controles internos, com suporte à governança corporativa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
A efetividade do sistema de controle interno nos entes municipais, em parceria
com o controle externo exercido pelo TCE/PR, possibilita a correta aplicação dos CFC. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº. 1.135/2008 – Controle Interno.
recursos públicos, além de proporcionar maior transparência da administração, Disponível em: http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2008/001135. Acesso
convertendo-se em imprescindível ferramenta para o controle social exercido em: 07/05/2017.
pela participação popular, de maneira democrática. CONACI. CONSELHO NACIONAL DOS ÓRGÃOS DE CONTROLE INTERNO DOS ESTADOS
Na forma de Apêndice, é apresentada uma estrutura recomendável para BRASILEIROS E DO DISTRITO FEDERAL. Diretrizes para o Controle Interno no Setor Público.
Disponível em: http://conaci.org.br/wp-content/uploads/2012/05/
implementação e/ou aperfeiçoamento de um sistema de controle interno
DiretrizesparaControleInternonoSetorPublico.pdf. Acesso em 28/05/2017.
municipal, elencando os subsistemas e as respectivas sugestões de ações e
pontos de controle necessários, além de outras fontes de consulta sobre a CORBARI, Ely Célia; MACEDO, Joel de Jesus. Controle Interno e Externo na Administração Pública.
temática do Controle Interno. Curitiba: Intersaberes, 2012.

COSO. COMMITTE OF SPONSORING ORGANIZATIONS OF THE TREADWAY COMMISSION.


Internal Control – Integrated Framework. 1992.
Disponível em: http://www.snai.edu/cn/service/library/book/0-framework-final.pdf. Acesso em:
REFERÊNCIAS 10/07/2011.

ATRICON. ASSOCIAÇÃO DOS MEMBROS DOS TRIBUNAIS DE CONTAS DO BRASIL. Resolução COSO. COMMITTE OF SPONSORING ORGANIZATIONS OF THE TREDWAY COMIISSION – COSO.
ATRICON nº. 05/2014 – Controle Interno dos Jurisdicionados. Enterprise Risk Management - Integrated Framework. 2004.
Disponível em: http://www.ATRICONº. org.br/normas/resolucao-ATRICON-no-052014-controle- Disponível em: http://www.coso.org/documents/COSO_ERM_ExecutiveSummary_Portuguese.pdf.
interno-dos-jurisdicionados/. Acesso em 30 abr 2017. Acesso em 10/06/2011.

BRASIL. Lei 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito financeiro para FERNANDES, Jorge Ulysses Jacoby. Tribunal de Contas do Brasil: jurisdição e competência. Belo
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Horizonte: Fórum, 2003.
Distrito Federal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 mar. 1964.
Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm. Acesso em: 07/05/2017. GUIMARAES, Fernando Augusto Mello. Controle Interno Municipal: encontro para prefeitos
municipais. Curitiba: FIEP, 2006.
Decreto-Lei nº. 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da Administração
Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências. Diário Oficial da INTOSAI. INTERNATIONAL ORGANIZATION OF SUPREME AUDIT INSTITUTIONS. Guidelines for
União, Brasília, DF, 27 mar. 1967. Internal Control Standards for the Public Sector. Bruxelas, 2004.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm. Acesso em: 07/05/2017. Disponível em: http://www.tce.ba.gov.br/files/publicacoes/serie_traducoes/intosai_diretrizes_p_
controle_interno.pdf. Acesso em 10/07/2011.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

APÊNDICE I
1.
CONTROLES A SEREM OBSERVADOS PELO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

• Avaliação da estrutura administrativa e organizacional da entidade, verificando


seus processos, sua eficiência administrativa e compatibilização com os
Administração diplomas legais;
• Verificação da existência das normatizações dos processos e das atribuições
das unidades executoras.

• Verificação do PPA para o quadriênio seguinte e avaliação do PPA vigente, com


proposição, se necessário, de revisões nas diretrizes estabelecidas no plano,
principalmente quanto à indicação por programa de governo das metas físicas
e os custos dos projetos;
• Verificação da proposta de LDO para o exercício seguinte e controle da
execução do orçamento anual corrente, inclusive as modificações realizadas
através da abertura de créditos adicionais e adequação do conteúdo da LDO
ao exigido na Constituição e LRF, como por exemplo: contempla o anexo de
metas e prioridades e de critérios para limitação de empenhos e subvenções
de entidades do terceiro setor.
• Verificação da proposta da LOA e acompanhamento / controle de sua
execução; acompanhamento da programação financeira e do cronograma
de execução mensal de desembolsos; e verificação se a LOA está detalhada
até o elemento de despesa e se está permitindo, de forma genérica, alteração
Planejamento pelos mecanismos da transposição, remanejamento e transferência, os quais
e orçamento dependem de lei formal específica.
• Organização e acompanhamento de audiências públicas durante a fase de
elaboração / proposição do PPA, LDO e LOA;
• Controle na limitação de empenhos e na movimentação financeira, quando
necessário, nas situações condicionadas pelas limitações impostas pela LC
101/2000 (LRF);
• Acompanhamento dos estudos para estimativa do impacto orçamentário
e financeiro, quando da concessão de benefícios fiscais dos quais decorram
renúncia de receitas (art. 14 - LRF), geração de novas despesas (art. 16 - LRF),
ou no caso de aumento das despesas de caráter continuado (art. 17 - LRF);
• Acompanhamento das despesas com pessoal, ações para redução do limite
no caso de alertas, acompanhamento da necessidade e regularidade de
pagamento de horas extras e necessidades de recursos humanos;
• Avaliação do cumprimento e a execução das metas previstas no PPA, LDO e LOA.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

• Manutenção de cadastro imobiliário atualizado: urbano e rural;


• Manutenção de cadastro mobiliário e econômico do município
atualizado: empresas, profissionais autônomos e sociedades
prestadoras de serviços;
• Revisão e atualização do Código Tributário Municipal: compatibilidade • Definição de normas e regulamentos e os respectivos controles aplicáveis
normativa com as normas nacionais (CTN, Lei Complementar nº à concessão de adiantamentos, como também aos pagamentos de
116/2003, Lei Complementar nº 123/2006) e jurisprudência dominante diárias;
dos Tribunais Superiores; • Contratação e controle de operações de crédito, avais e garantias;
• Definição de normas, regulamentos e acompanhamento das ações • Controles de receitas e despesas relacionados com o FUNDEB;
de previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento de tributos da • Acompanhamento dos saldos por fontes de recursos;
competência do Município (ISS, ITBI, ITR, IPTU, taxas e contribuições);
• Acompanhamento de saldos bancários negativos;
• Clareza e adequação na descrição do fato gerador, os critérios para
• Acompanhamento do pagamento de encargos financeiros decorrentes
definição das bases de cálculo e as correspondentes alíquotas
de atraso no pagamento das obrigações;
aplicáveis;
• Verificação da existência de pagamentos sem prévio empenho;
• Clareza e adequação na descrição do sujeito passivo e dos responsáveis
tributários, quando existirem; • Acompanhamento das conciliações bancárias e regularização dos saldos;
• Manutenção e aperfeiçoamento da estrutura de fiscalização dos • Verificação da obediência da ordem cronológica de pagamentos por
Receita e Financeiro
tributos municipais; fontes;
arrecadação
• Controle da decadência do lançamento dos créditos tributários; • Verificação e cobrança de solução nas pendências de conciliações
bancárias;
• Controle da dívida ativa, com inscrição tempestiva dos contribuintes
devedores e a promoção da respectiva cobrança; • Verificação das pendências de prestações de contas de repasses as
entidades privadas (subvenções e termos de parceria);
• Controle da prescrição da dívida ativa regularmente inscrita;
• Verificação das aplicações financeiras em especial dos recursos do
• Verificação da consistência entre o valor dos registros do setor de
Fundo Previdenciário;
arrecadação, tributação e dívida ativa e os valores registrados na
contabilidade; • Verificação do correto fluxo de documentos relacionados a pagamentos
evitando a retenção de Notas Fiscais em setores da administração.
• Controle e realização de estudos para concessão de benefícios fiscais;
• Acompanhamento das retenções de tributos e impostos nos
• Segregação entre as funções de lançamento, arrecadação, fiscalização,
pagamentos quando devidos;
procuradoria fazendária e contabilidade;
• Acompanhamento da verificação da regularidade fiscal do fornecedor
• Verificação das baixas de impostos e tributos sem entradas em caixa e
quando dos pagamentos.
daqueles recebidos com desconto mediante processo administrativo;
• Verificação da consistência dos arquivos retorno dos bancos e entrada
financeira e contábil com a correta identificação do contribuinte;
• Verificação periódica mediante auxilio da TI dos logs de acesso, visando
identificar anomalias e alterações da base de dados.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

• Atuação junto ao registro da execução orçamentária e extraorçamentária;


• Verificação da existência, atualização e adequação dos registros dos Livros ou
Fichas de controle orçamentário, do Diário, do Razão, do Caixa, dos Boletins de
Tesouraria e dos livros da Dívida Ativa, em conformidade com as normas legais;
• Verificação sobre a obrigatoriedade da guarda dos livros nos arquivos do órgão
e/ou entidade;
• Verificação se os livros informatizados estão devidamente assinados
digitalmente, de modo a garantir que os dados não sejam mais alterados;
• Atuação na geração e consolidação dos demonstrativos contábeis, bem
como a finalização da prestação de contas anual a ser encaminhada ao TCE,
Contabilidade observando os prazos estabelecidos;
• Atuação na geração e consolidação dos demonstrativos exigidos pela
LRF - LC N.º 101/2000, assim como o controle dos prazos regulamentares
estabelecidos para a sua divulgação e remessa ao TCE;
• Controle dos registros das despesas não empenhadas por competência.
• Verificação da classificação orçamentária dos empenhos para repasse aos
consórcios conforme o contrato de rateio;
• Atuação junto às unidades responsáveis para o correto fluxo de documentos;
• Atuação junto às unidades para solução de pendências que impliquem na
distorção dos balanços e informações contábeis.

• Registro, controle e inventário de bens móveis e imóveis;


• Controle e procedimentos para alienação, cessão de bens e desapropriação
de imóveis;
• Definição de normas e regulamentos para os casos de extravio e furto de bens;
• Criação de regime de almoxarifado, com os controles de entrada e saída de
Patrimônio e materiais;
almoxarifado • Quando da extinção de alguma entidade da administração municipal, verificar
o processo de incorporação dos bens ao patrimônio do Poder Executivo
Municipal;
• Promover a implantação de controle de entradas e saídas individualizadas
de materiais de consumo (pneus/medicamentos/combustíveis e outros
relevantes) verificando a consistência permanente dos registros e possíveis
anomalias de consumo.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

• Averiguação da existência, manutenção e adequação das normas e


procedimentos para aquisição de bens e serviços, observados os requisitos
legais para realização de licitação, inclusive os parâmetros para os casos de
dispensa e inexigibilidade;
• Manutenção de cadastro atualizado de fornecedores e controle de preços
sobre os principais produtos e serviços consumidos e contratados;
• Verificação da existência dos processos devidamente formalizados,
notadamente os registros e atas pertinentes aos processos licitatórios;
• Acompanhamento da execução dos contratos celebrados pela administração,
notadamente o cumprimento das obrigações dos contratados;
Compras, • Verificar as minutas contratuais objetivando a mitigação de riscos para a
licitações e administração pública;
contratos • Acompanhamento das alterações contratuais.
• Receber de qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica
representação contra vícios ou irregularidades licitatórios e/ou contratuais,
nos termos do art. 113, § 1º da Lei nº 8.666/1993;
• Apurar editais com cláusulas restritivas, que afastem possíveis concorrentes;
• Investigar editais que não respeitam os termos da Lei Complementar nº
147/2014, no que pertine à priorização à micro e pequena empresa;
• Examinar a expedição de Convites sempre para os mesmos proponentes;
• Pesquisar a configuração de eventuais fracionamentos licitatórios;
• Analisar a contratação direta por emergência não caracterizada.

• Existência de cadastro atualizado de pessoal - servidores efetivos, à


disposição, cedidos, comissionados e contratados temporariamente;
• Manutenção de controles de processos de admissão, exoneração e
aposentadoria de servidores efetivos e comissionados;
• Manutenção de controle sobre concessão de vantagens pessoais, direitos,
adicionais à remuneração e promoções;
• Existência de Plano de Cargos e Salários compatível com a legislação vigente;
Recursos
• Geração e encaminhamento dos demonstrativos legais dos atos de pessoal
Humanos
ao Tribunal de Contas, em conformidade com os instrumentos normativos
vigentes;
• Controle dos registros que se relacionem com a folha de pagamento de
pessoal, bem como administrar as retenções legais pertinentes;
• Manutenção de programas para avaliação de desempenho dos servidores;
• Capacitação e treinamento de servidores conforme a demanda das unidades
administrativas.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

• Acompanhamento do limite das despesas com pessoal e em caso de


extrapolação medidas adotadas para recondução aos limites – redução de 1/3;
• Acompanhamento da elaboração, revisão e publicação dos Relatórios de
Gestão Fiscal;
• Acompanhamento da elaboração, revisão e publicação dos Relatórios
Resumidos de Execução Orçamentária;
• Acompanhamento da elaboração, revisão e publicação das informações de
natureza orçamentária e financeira – lei da transparência;
• Acompanhamento do limite fixado para dívida consolidada;
Gestão fiscal • Acompanhamento do limite das operações de crédito – financiamentos;
• Acompanhamento dos limites constitucionais de aplicação em saúde e
educação;
• Realização de audiências públicas para avaliação das metas fiscais;
• Acompanhamento do resultado orçamentário/financeiro;
• Acompanhamento do resultado nominal e primário;
• Acompanhamento da emissão de Alertas pelo TCE/PR, com verificação das
medidas saneadoras adotadas;
• Verificação da correta contabilização das despesas com contratos de
terceirização de mão de obra.

• Planejamento e gerenciamento do ensino infantil e fundamental no município mediante formulação de planos e diretrizes;
• Acompanhamento e controle das Metas e Estratégias dos Planos de Educação
• Gerenciamento e acompanhamento das ações voltadas para oferecimento de merenda escolar (Aquisição, armazenamento, preparação e fornecimento);
• Gerenciamento e acompanhamento das ações voltadas para oferecimento de transporte escolar;
• Monitoramento e controle dos gastos com ensino infantil e fundamental para garantia da aplicação no Estado, de 30% das suas receitas resultantes de impostos, somadas as
Transferências, em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) e, nos Municípios, de 25% da receita de impostos e transferências;
• Monitoramento e controle dos gastos decorrentes das receitas do FUNDEB, com vistas à aplicação de 60% dos recursos na remuneração dos profissionais do magistério e de 95% dos
recursos no exercício do recebimento;
• Aplicação, no ano seguinte, do valor cancelado de restos a pagar;
Educação
• Acompanhamento do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB – ato de nomeação dos membros, composição em conformidade com a legislação específica,
funcionamento/regularidade das reuniões, qualidade das informações prestadas, parecer sobre as contas a serem encaminhadas ao TCE, incluindo a aplicação dos 60% e 95%;
• Acompanhamento do Conselho Municipal de Educação - ato de nomeação dos membros, composição em conformidade com a legislação específica, funcionamento/regularidade das
reuniões, qualidade das informações prestadas;
• Acompanhamento do Comitê Municipal do Transporte Escolar – lei de criação, ato de nomeação dos membros e parecer em relação às competências descritas no art. 17 da Resolução
nº 777/2013-GS/SEED;
• Acompanhamento de eventuais desvios de finalidades no uso da frota destinada ao transporte escolar;
• Acompanhamento da documentação da frota e demais exigências das normas relacionadas ao transporte escolar;
• Acompanhamento da otimização de rotas, obediência à elas e aos horários nos casos de terceirização do transporte.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

• Acompanhamento do contido na Constituição Estadual que dispõe que o


Ciência e
Estado deve aplicar, no mínimo, 2% da Receita Tributária na pesquisa científica
tecnologia e tecnológica.

• Planejamento e gerenciamento das ações públicas de saúde na esfera do município, inclusive com a verificação do
acompanhamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde dos indicadores municipais de saúde, evitando subnotificação
de morbidades e óbitos;
• Definição e regulamentação de normas e procedimentos voltados para a execução das ações públicas de saúde para as
unidades de atendimento municipais;
• Monitoramento e controle dos gastos com ações públicas de saúde, com vistas a garantir aplicação mínima de 12% para
o Estado e de 15% do montante dos recursos oriundos de impostos e transferências, verificando, também, a aderência
dos gastos com as necessidades de saúde introduzidas no Plano Municipal;
• Distribuição e controle de medicamentos e de material médico-clínico (aquisição, armazenamento e fornecimento);
• Estabelecimento de normas aplicáveis à destinação de resíduos (lixo hospitalar);
• Aplicação, no ano seguinte, do valor cancelado de restos a pagar;
• Repasses aos Consórcios intermunicipais de saúde;
• Movimentação dos recursos da saúde através do Fundo Municipal de Saúde.
• Acompanhamento do Conselho Municipal de Saúde, notadamente no que diz respeito à participação nas esferas
obrigatórias (conferências de saúde e elaboração do Plano Municipal, conforme Leis Federais 8.142 e 8080, bem como
da Lei Complementar 141/2011) – ato de nomeação dos membros, composição em conformidade com a legislação
Saúde
específica, funcionamento/regularidade das reuniões, qualidade das informações prestadas, parecer sobre as contas a
serem encaminhadas ao TCE;
• Acompanhamento da rotina de comparecimento e do cumprimento da jornada de trabalho dos profissionais da saúde;
• Acompanhamento da rotina de comparecimento e do cumprimento da jornada de trabalho dos contratados para plantões
especialmente terceirizados;
• Acompanhamento das condições de salubridade e da estrutura dos imóveis sede de unidades de saúde;
• Acompanhamento do recebimento e execução dos recursos recebidos pelo Município, referentes ao PAB fixo e, se houver,
ao PAB variável, sobretudo com relação à adequação do número de profissionais às normas editadas pelo Ministério da
Saúde, evitando-se a perda de recursos do PAB variável, ante a não completude das equipes de saúde cadastradas;
• Acompanhamento da Central de Regulação Municipal, a fim de aferir a regularidade e respeitabilidade das filas para
consultas especializadas e encaminhamentos para leitos hospitalares;
• Acompanhamento das auditorias realizadas, por amostragens, nos Hospitais, com a finalidade de verificar a regularidade
da utilização dos leitos comprados pelo Sistema Único de Saúde;
• Verificação do funcionamento dos fluxos e processos de trabalho relativos aos encaminhamentos, pela Atenção Básica,
à atenção secundária e terciária, de modo a aferir se o usuário retorna para o acompanhamento de seu tratamento pela
equipe da Atenção Básica.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

• Definição de ações voltadas para políticas públicas na área do bem-estar


social;
• Controle dos gastos com assistência social, em especial dos recursos
Assistência vinculados recebidos pelo município;
Social • Existência de cadastro atualizado para controle no atendimento a beneficiários
das ações de assistência social.
• Existência de normas e procedimentos voltados para a execução das ações de
bem-estar social e prestação de atendimento na esfera da assistência social.

• Manutenção da base cadastral atualizada dos beneficiários segurados, com a


devida adequação às normas emanadas pelo Ministério da Previdência Social
- MPS;
• Manutenção de mecanismos de controle para a concessão de benefícios
previdenciários;
• Estabelecimento de mecanismos de controle da receita previdenciária e das
aplicações financeiras;
• Acompanhamento dos processos de credenciamento das instituições
financeiras nas quais os recursos previdenciários estão aplicados;
• Estabelecimento de normas aplicáveis aos controles na realização de
despesas administrativas para adequação aos limites estabelecidos na
Regime legislação previdenciária dos RPPS;
Próprio de • Acompanhamento regular dos critérios adotados pelo MPS para emissão de
Previdência certidões e do Certificado de Regularidade Previdenciária, promovendo as
Social ações necessárias no caso de saneamento de irregularidades impeditivas de
(RPPS) sua emissão;
• Avaliação contínua das disponibilidades e das obrigações do RPPS, com
acompanhamento gerencial pelos balancetes mensais e a consequente
prestação de contas anual encaminhada ao TCE.
• Realização de avaliação atuarial e respectivas reavaliações em cada exercício
financeiro;
• Verificação da adequação dos percentuais de contribuição previdenciária
(patronal / servidor) estabelecidos no cálculo atuarial com a legislação
específica pertinente.
• Acompanhamento dos repasses das contribuições previdenciárias e dos
aportes para cobertura de déficit previdenciário;
• Acompanhamento dos parcelamentos das dívidas com a previdência própria.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

• Atendimento à Agenda de Obrigações – Instrução Normativa emitida pelo TCE/


PR anualmente;
• Acompanhamento da entrega da prestação de contas anual ao TCE/PR – parte
documental;
• Acompanhamento da entrega dos dados eletrônicos ao Sistema SIM/AM;
• Fidelidade dos dados enviados ao TCE/PR em relação ao Sistema de
Informações Municipais – SIM/AM;
• Encaminhamento pelo Poder Executivo da prestação de contas anual para a
Gestão Câmara Municipal;
administrativa • Acompanhamento dos julgamentos das prestações de contas – decisões do
TCE/PR e no caso do Poder Executivo Municipal pelas respectivas Câmaras;
• Verificação do cadastro da entidade junto ao TCE/PR;
• Interlocução entre a Procuradoria Municipal e as áreas de interesse na solução
de desvios e desobediência às normas detectados pelo Tribunal de Contas em
processos de apuração (PCA, Inspeções, Auditorias, Representações e outros);
• Fidelidade ao compromisso da função, exercendo-a com imparcialidade e
independência, comunicando os fatos relevantes aos órgão de controle, TCE/
PR, MP/PR, tempestivamente.

• Gerenciamento da execução dos contratos de prestação de serviços


terceirizados (telefonistas, recepcionistas, copa, manutenção, vigilância,
segurança patrimonial, motoristas);
• Manutenção e atualização permanente de normas e procedimentos para o
controle dos gastos com telefonia, energia elétrica, água;
• Prestação de serviços gerais de apoio às unidades administrativas (mensageiros,
Serviços Gerais correios, entregas de correspondências, etc.);
• Gerenciamento e controle do uso da frota de veículos e de outros equipamentos
utilizados nos serviços de apoio;
• Realização de manutenções preventivas e corretivas em veículos e
equipamentos utilizados nos serviços de apoio;
• Existência de controles de peças e pneus utilizado, bem como do consumo de
combustíveis e de quilometragem percorrida.

• Existência de normas e procedimentos de segurança física e lógica de


Tecnologia da
equipamentos (hardware), sistemas informatizados (software), dados e
Informação informações.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

• Controle da tramitação de processos administrativos e judiciais;


Jurídico • Existência de formalização da cobrança da dívida ativa;
• Manifestação e acompanhamento dos procedimentos de sindicâncias internas.

• Controle do repasse orçamentário pelo Executivo;


• Acompanhamento dos limites decorrentes da Emenda Constitucional 25/00
(limite da despesa total e dos gastos com a folha de pagamento).
• Controle sobre subsídios dos agentes políticos – fixação, superação dos limites
constitucionais, pagamentos irregulares, acumulação indevida de cargos,
concessão de reposição inflacionária, etc;
• Controle das despesas de custeio da Câmara Municipal - Existência de despesas
impróprias à atividade legislativa;
• Manutenção e adequação de normas e requisitos para concessão de
Gestão do Poder adiantamentos e pagamento de diárias;
Legislativo • Controle dos registros inerentes às atividades legislativas (livro de presença,
livro de atas, atos legais, publicações);
• Controle para evitar pagamento de horas extras desnecessárias e de
gratificações em desacordo com as normas;
• Controle para evitar contratação de assessorias que desrespeitem o prejulgado
nº 06;
• Controle das despesas reembolsadas pelo exercício da atividade legislativa
evitando excessos (combustíveis e refeições);
• Controle para evitar despesas sem interesse legislativo (coroa de flores, placas
de homenagens e outras de privilégio e interesse particular).

• Verificação da proposta do Plano de Ação de Conjunta de Interesse Comum (PLACIC) para o exercício seguinte e controle da execução do orçamento corrente, inclusive as modificações
realizadas através de créditos adicionais;
• Verificação da proposta de Orçamento do Consórcio e acompanhamento / controle de sua execução, acompanhamento da programação financeira e do cronograma de execução
mensal de desembolso;
• Verificação da proposta de Contrato de Rateio a ser firmado com os entes consociados;
• Acompanhamento e controle do cumprimento do Contrato de Rateio pelos entes consorciados e das medidas adotadas quando inadimplente;
• Acompanhamento e controle do parcelamento de Contrato de Rateio firmado com os entes consorciados;
Consórcios
• Verificação da existência de registros contábeis evidenciando a origem dos créditos a receber decorrente de contratos de rateio / parcelamento;
intermunicipais
• Verificação da realização de prestação de contas do Consórcio para os entes consorciados das despesas executadas com os recursos entregues por meio do Contrato de Rateio;
• Acompanhamento quanto ao fornecimento das informações necessárias para consolidação nas contas dos entes consorciados de todas as despesas realizadas com recursos oriundos
do Contrato de Rateio;
• Acompanhamento da elaboração, revisão e publicação dos Relatórios de Gestão Fiscal aplicáveis aos Consórcios;
• Acompanhamento da elaboração, revisão e publicação dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária aplicáveis aos Consórcios;
• Acompanhamento da divulgação realizada pelo Consórcio do Estatuto, do Orçamento; do Contrato de Rateio, das demonstrações contábeis; do Relatório de Gestão Fiscal e do
Relatório Resumido da Execução Orçamentária, para fins de transparência.

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DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

• Acompanhamento e controle da execução dos planos e políticas propostos pela


Administração;
• Verificação dos indicadores econômico-financeiros;
• Acompanhamento da programação financeira e do fluxo financeiro;
• Verificação das conciliações bancárias e regularização dos saldos;
Empresas • Controle dos recebimentos e acompanhamento entre o valor devido e o
públicas, efetivamente recebido;
sociedades de • Controle dos pagamentos e acompanhamento entre o valor devido e o
economia mista efetivamente pago;
e fundações • Manutenção do cadastro de clientes com todas as informações necessárias
públicas de (nome completo, dados pessoais, endereço, etc.);
direito privado • Acompanhamento e controle dos créditos a receber e das medidas
implementadas para cobrança desses créditos;
• Segregação de funções entre a custódia de valores, contabilização, autorização
e aprovação para pagamento;
• Acompanhamento do cumprimento das obrigações trabalhistas, fiscais /
tributárias e sociais.

• Estabelecimento e cumprimento de normas e procedimentos para


planejamento, celebração, controle e prestação de contas de convênios e
parcerias, tanto na condição de concedente de recursos como na de tomador;
• Certificar-sedo funcionamento do fluxo da formalização dos acordos
(apreciação dos setores jurídico e contábil);
• Avaliação da capacidade operacional da administração pública para celebrar
convênios e parcerias;
• Capacitação de fiscais de convênios e gestores de parcerias;
• Estabelecimento e cumprimento de normas e procedimentos para a tomada de
Convênios e contas de convênios e parcerias;
parcerias • Acompanhamento de impropriedades detectadas na execução de convênios e
parcerias.
• Avaliação da capacidade da administração publica para acompanhar a execução
da parceria;
• Avaliação da vantajosidade para a administração pública em firmar a parceria:
• Avaliar se as parcerias foram adequadamente planejadas com objetivos
claramente, etapas bem dimensionadas, as despesas previstas guardam
relação direta com o objeto da parceria;
• Avaliação da regular execução da parceria, plano de trabalho, movimentação
financeira, comprovante de despesas;

41
DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES SOBRE CONTROLE INTERNO PARA JURIDISCIONADOS | 2017

1 2
• Verificação da capacitação, competência e regularidade do exercício da atividade dos profissionais técnicos envolvidos no planejamento,
execução, fiscalização e recebimento do setor ou órgão responsável por obras.
• Definição de responsabilidades e normas de procedimentos quanto ao planejamento, execução (elaboração), fiscalização e recebimento de
obras;
• Aferição do cumprimento das etapas relacionadas à existência do Programa de Necessidades do Município:
• Identificação das carências/ordenação de prioridades/ características básicas do empreendimento/área de influência / restrições legais e sociais
quanto ao empreendimento/ estimativa de custos, passando pela escolha do terreno (local); estudo de viabilidade; anteprojeto;
• Acompanhamento dos procedimentos e adequação de rotinas dos atos relacionados à Fase Interna da Licitação com foco no desenvolvimento
e transparência do devido Processo Administrativo;
• Estabelecimento de normas e procedimentos para a elaboração de Projeto Básico do empreendimento com base na Resolução nº. 04/2006
TCE/PR e Orientação Técnica OT-IBR 001/2006 do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas – IBRAOP, com ênfase nas essências de
especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma físico financeiro;
• Acompanhamento dos procedimentos e adequação de rotinas dos Editais de Licitação das obras com ênfase no art. 21, § 4º, da Lei 8.666/93 e
em específico a modalidades, fracionamento, regime de execução, tipos de licitação e dispensa ou inexigibilidade de licitação;
• Acompanhamento dos procedimentos e adequação de rotinas dos atos relacionados à Fase Externa da Licitação com foco nos procedimentos,
publicação, critérios de julgamento, recebimento das propostas, homologação e adjudicação;
• Verificação quanto a existência das cláusulas mínimas listadas no art. 55 da Lei 8.666/93 relacionadas ao instrumento “Contrato” para o caso de
Obras Públicas1 obras;
• A existência de procedimentos e sistemáticas definidas quanto ao exercício da atividade de fiscalização de obras, abordando responsabilidades,
atribuições, observando-se aspectos quanto a materiais adequados, especificações técnicas, alterações contratuais, subcontratações, reajuste
e reequilíbrioeconômico-financeiro, recebimento provisório e definitivo, responsabilidade civil, garantias dos serviços executados e manutenção;
• Acompanhamento e controle dos registros de acordo com a Instrução Normativa nº. 084/2012, especificamente para o Módulo de Obras
Públicas com ênfase nas informações de cada obra quanto ao orçamento base, planilha orçamentária, medições, registros fotográficos, termos
de paralisação, recebimentos provisório e definitivo exprimindo com confiança e fidedignidade a real situação da licitação, da contratação e da
execução da obra.

Sistema de Informações Municipais – SIM/AM – Módulo de Obras


• Conhecimento da documentação do SIM-AM/Atoteca e do relacionamento entre seus diversos módulos com o de Obras Públicas;
• Acompanhamento no envio das informações de obras ao SIM-AM, que deve ocorrer de forma integrada com os demais módulos (Contábil,
Licitações e Contratos, Convênios. Patrimônio), dentro das normas2 vigentes. A organização desses registros relevantes sobre a obra é de suma
importância e deve refletir a real situação da mesma, principalmente no que diz respeito à documentação anexada na Atoteca e aos pagamentos
efetuados até a data do envio dessas informações ao SIM-AM, de maneira atualizada e fidedigna. A conferência dessas informações pode ser
efetuada no PIT (Portal Informação para Todos);
• Acompanhamento e assessoramento das demandas referentes a Obras nos canais oficiais do TCE-PR: Canal de Comunicação (“Obras e
Serviços de Engenharia”) e SGA-Proar, providenciando as respostas de forma tempestiva, quando necessário.

1 Recomenda-se que cada município tenha um órgão ou departamento responsável pelo planejamento, elaboração de projetos, orçamentos, especificações de serviços e materiais, acompanhamento
e fiscalização das obras ou serviços de engenharia. Essas atividades devem ser desenvolvidas por profissionais cadastrados nos respectivos conselhos profissionais: engenheiros (as) registrados (as) no
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR) ou arquitetos (as) registrados (as) no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/PR).
2 Todos os municípios, por meio de suas Administrações direta e indireta, devem seguir o disposto na Instrução Normativa n.º 084/2012, que regulamenta a forma de organização dos dados enviados
ao SIM-AM. Não seguir estes procedimentos configura irregularidade formal, que pode acarretar multas ao ordenador de despesas, bem como irregularidades nas prestações de contas e o consequente
bloqueio da certidão negativa junto ao TCE-PR.

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2. APÊNDICE II 2.1. OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS


AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS Objetivos organizacionais são o fim desejado que a entidade
pretende atingir e que orientam o seu comportamento em relação ao futuro
PELA METODOLOGIA COSO e ao ambiente interno e externo. Desta forma, a definição dos objetivos
Em 2001, em reunião do Congresso Internacional das Entidades Fiscalizadoras organizacionais deve estar alinhada à missão do ente público.
Superiores – EFS’s, assim denominados os órgãos e instituições responsáveis Os objetivos organizacionais podem estar reunidos nas seguintes
pelo exercício do controle externo em cada país, foi reconhecida a necessidade categorias:
de se atualizar as diretrizes da INTOSAI de 1992 e estabelecido que, para
essa tarefa, deveria ser considerado o trabalho do Committee On Sponsoring • Estratégicos – Relacionados às metas gerais, alinhadas de forma a dar
Organizations of the Treadway Commission´s (COSO) como o marco referencial suporte à missão da organização.
sobre controle interno, levando em consideração todos os avanços recentes e • Correlatos - Visam à utilização eficiente e eficaz dos recursos, à confiabilidade
mais significativos. dos relatórios e ao cumprimento de leis e regulamentos, sendo:
Ao incorporar o modelo COSO às diretrizes, o Comitê objetivou não apenas ÁÁ Operacionais: Refere-se à utilização eficaz e eficiente dos recursos.
atualizar o conceito de controle interno, mas, também, contribuir para uma ÁÁ De comunicação: Relativos à confiabilidade dos relatórios.
compreensão unificada de controle interno entre as Entidades Fiscalizadoras
ÁÁ De conformidade: Voltados ao cumprimento de leis e regulamentos
Superiores (EFS’s), definindo um arcabouço recomendado para o controle
aplicáveis.
interno do setor público e oferecendo uma base para que este possa ser avaliado.

Os objetivos correlatos (operacionais, de comunicação e de conformidade) dão suporte aos objetivos estratégicos, a fim de garantir a sua consecução.

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O controle interno deve estar orientado a fim de garantir que os objetivos da b) A integridade pessoal e profissional;
organização sejam efetivamente alcançados. c) Os valores éticos da direção e do corpo funcional;
d) Compromisso com a competência;
Ao cumprir os objetivos – estratégicos, operacionais, de e) Atribuição de alçadas e responsabilidade;
comunicação e de conformidade – assegura-se que os recursos f) Definição de níveis hierárquicos e a segregação de funções;
públicos estão sendo bem empregados.
g) Políticas e práticas de recursos humanos (treinamentos, a avaliação, a
Assim, a sociedade terá a garantia de que os objetivos
promoção, medidas corretivas, etc).
estratégicos da administração pública estão sendo alcançados, O ambiente interno refere-se à disciplina e à estrutura da Administração Pública
que os recursos empregados nas ações públicas estão sendo que influenciam na qualidade do controle interno em seu conjunto, incluindo
geridos com eficiência e eficácia, que a administração pública integridade, valores éticos, comprometimentos com a competência, estrutura
está obedecendo às leis e aos regulamentos e, por fim, que as organizacional, designação de autoridade e de responsabilidade e políticas e
informações disponibilizadas são íntegras e tempestivas. práticas de recursos humanos.
Um ambiente interno bem estruturado na Administração Pública garante a
Os objetivos principais do controle interno são auxiliar e proporcionar à entidade salvaguarda dos ativos contra erros, roubo, fraudes, irregularidades, entre outros
garantia razoável de que seus objetivos serão atingidos. Como tal, é ferramenta fatores que podem afetar negativamente a sua preservação.
que compõe o processo de gestão, cuja responsabilidade é comum a todos
os que integram a organização. Daí afirmar-se que a garantia proporcionada é Cabe ao controle interno mapear o ambiente de controle, para
relativa, nunca absoluta, posto que dependente de atuação conjunta. entender quais os riscos que podem afetar o cumprimento dos
2.2. COMPONENTES DO CONTROLE INTERNO objetivos estratégicos, operacionais (eficiência e eficácia), de
comunicação e de cumprimento às leis.
O controle interno deve ser estruturado para oferecer segurança razoável de
que os objetivos gerais do órgão/entidade estão sendo alcançados. Para isso, Algumas perguntas para serem respondidas são:
devem-se observar os seguintes componentes:
A organização demonstra ter comprometimento com a
2.2.1. Ambiente de Controle integridade e os valores éticos?
O ambiente de controle consiste no ambiente interno da entidade e, por isso, A organização estabelece níveis hierárquicos e atribuições de
configura-se como a base de todo sistema de controle interno. alçadas e responsabilidades?
Por ser formado por pessoas, o ambiente interno engloba a bagagem cultural, A organização obedece à segregação de funções?
os valores éticos, a competência do pessoal e a filosofia de gestão de riscos
de uma entidade. Sendo assim, é influenciado diretamente pelos aspectos A organização demonstra comprometimento para atrair,
individuais e coletivos de cada indivíduo, a exemplo da integridade, dos valores desenvolver e reter talentos competentes?
éticos e da competência. A organização faz com que as pessoas assumam
responsabilidade por suas funções de controle interno?
Seus elementos são:
(ATRICON, 2014)
a) A filosofia de direção e o estilo gerencial;

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2.2.2. Avaliação de Risco


EVENTOS EXTERNOS
A função dos administradores públicos é utilizar, de forma econômica, eficiente
e eficaz, os recursos ao seu dispor para a consecução das metas que lhes Relacionados ao ambiente econômico, a exemplo das oscilações de
foram determinadas, devendo ser observado, nesse aspecto, em sentido Econômicos preços dos produtos adquiridos, a queda na arrecadação, maior demanda
amplo, o conceito de governança, cuja finalidade é atingida por meio da técnica por serviços públicos de saúde e educação em função de crise financeira.
denominada análise de risco.
Meio Refere-se aos riscos decorrentes de eventos ambientais, a exemplo de
A avaliação de risco é o processo de identificação e análise dos riscos relevantes ambiente incêndios, inundações ou terremotos.
para o alcance dos objetivos do órgão ou entidade e para determinar uma
resposta apropriada. Envolve: Políticos
Aqueles relacionados com o ambiente político, tais como a eleição de
governo de partido contrário, edição de novas leis e regulamentos.
a) Identificação do risco;
b) mensuração do risco; Dizem respeito aos riscos decorrentes das alterações nas condições
Sociais demográficas, nos costumes sociais, nas estruturas da família, nas
c) avaliação da tolerância da organização ao risco; prioridades de trabalho/vida, entre outras.

d) desenvolvimento de respostas.
São aqueles relacionados à defasagem tecnológica, ou à subutilização ou
Tecnológicos
O primeiro passo é identificar o risco, ou seja, conhecer os eventos internos utilização inadequada dos recursos tecnológicos existentes.
e externos à entidade que possam afetar positivamente (oportunidades) ou
negativamente (ameaça) o cumprimento de seus objetivos estratégicos, EVENTOS INTERNOS
operacionais, de comunicação e de cumprimento às leis.
Aqueles que podem colocar em risco a vida e a execução das atividades
Infraestrutura organizacionais em função da não realização de manutenções preventivas
em prédios, veículos, elevadores, entre outros.

Relacionados a acidentes de trabalho, à ausência de qualificação,


treinamentos, entre outros, que podem ocasionar redução de pessoal
Pessoal
disponível, danos pessoais, monetários ou afetar a reputação da
organização.

Risco de erros de execução de processos em virtude de modificações


Processo destes sem alteração adequada nos protocolos administrativos e da
terceirização de atividades sem uma supervisão adequada.
Os eventos que podem impactar direta ou indiretamente a execução das
políticas públicas podem ser de natureza interna ou externa. Alguns exemplos: Refere-se ao riscos advindos da inexistência de proteção necessária
Tecnologia contra violações da segurança, transações fraudulentas e processos
inadequados.

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Para que o controle interno possa dar segurança de que os objetivos


organizacionais estão sendo atingidos, deve-se, antes, identificar quais são
os eventos potenciais que podem afetar negativamente a concretização dos
objetivos da entidade e mapear a probabilidade de sua ocorrência.
Os questionamentos que devem ser feitos são:
• Qual a probabilidade (frequência) de os riscos ocorrerem?
• Em caso de ocorrência de riscos, qual seria o impacto (efeito) que esse
evento provocará?
Após o mapeamento dos riscos – perda financeira, fraudes, danos, roubo, furto,
entre outros –, considerando sua probabilidade de ocorrência e seu impacto,
faz-se necessário o seu gerenciamento, ou seja, exige-se que a organização
pública responda aos riscos.
As respostas ao risco se classificam nas seguintes categorias:
• Evitar – interromper os eventos que oferecem riscos, considerando
que esta atitude pode, muitas vezes, paralisar projetos ou atividades
desenvolvidas pelo poder público.
• Reduzir – adotar medidas para reduzir a probabilidade de ocorrência de um
evento negativo ou o seu impacto, ou ambos.
• Compartilhar – reduzir a probabilidade ou o impacto dos riscos por meio do
compartilhamento (transferência) a terceiros, a exemplo de seguros.
• Aceitar – não tomar nenhuma medida para diminuir a probabilidade ou o
grau de impacto dos riscos. Ao evitar o risco, assume-se que não há possibilidade de redução, a um
nível aceitável, do impacto e da probabilidade de um evento correr e afetar
Para saber qual é a resposta que o gestor público deve dar ao risco, leva-se em
negativamente os objetivos organizacionais. A redução ou compartilhamento
consideração a probabilidade de sua ocorrência e o seu impacto. A matriz a
do risco é feito quando a ação consegue reduzir o risco a um nível aceitável,
seguir dá indicativo das ações a serem tomadas.
que não comprometa o alcance dos objetivos estabelecidos. Ao aceitar o
risco, assume-se que ele, possivelmente, apresentará baixa probabilidade de
ocorrência e, se ocorrer, baixo impacto nos resultados da organização pública.

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5) conciliações;
O controle interno avalia se a administração realiza gestão de 6) avaliação de desempenho operacional;
risco, respondendo às seguintes perguntas:
7) avaliação das operações, processos e atividades;
a) A organização especifica os objetivos com clareza suficiente, 8) supervisão (alocação, revisão e aprovação, orientação e capacitação).
a fim de permitir a identificação e a avaliação dos riscos
associados aos objetivos?
O controle interno avalia se existem atividades de controle,
b) A organização identifica os riscos à realização de seus respondendo os seguintes questionamentos:
objetivos por toda a entidade e analisa os riscos como uma
A organização seleciona e desenvolve atividade de controle
base para determinar a forma como devem ser gerenciados?
que contribui para a redução, a níveis aceitáveis, dos riscos à
c) A organização considera o potencial para fraude na avaliação realização dos objetivos?
dos riscos à realização dos objetivos?
A organização seleciona atividades gerais de controle sobre a
d) A organização identifica e avalia as mudanças que poderiam tecnologia para apoiar a realização dos objetivos?
afetar, de forma significativa, o sistema de controle interno?
A organização estabelece atividades de controle por
(ATRICON, 2014) meio de políticas que estabelecem o que é esperado e os
procedimentos que colocam em prática essas políticas?
(ATRICON, 2014)
2.2.3. Atividades de Controle
Os procedimentos de controle compreendem políticas e procedimentos
implementados para diminuir os riscos e alcançar os objetivos do órgão ou entidade. Entre as diversas atividades de controle, vamos relacionar as descritas pelo
COSO (2004) e por Pereira (2009). A meta dessas atividades é reforçar
Para serem efetivos, os procedimentos de controle devem ser apropriados; o cumprimento de planos de ação estabelecidos e, também, manter as
funcionar consistentemente, de acordo com um plano de longo prazo; ter um organizações direcionadas ao cumprimento de seus objetivos.
custo adequado; ser compreensíveis, razoáveis e diretamente relacionados aos
objetivos de controle. • Revisão da alta administração (detecção) – A alta direção compara
o desempenho atual em relação ao desempenho obtido em períodos
A atividade de controle inclui uma gama de procedimentos de controle de anteriores.
detecção e prevenção, tais como:
• Administração funcional direta ou de atividade (detecção) – Exame dos
1) procedimentos de autorização e aprovação; relatórios de desempenho pelos gerentes ou diretores.
2) segregação de funções (autorização, execução, registro, controle); • Processamento da informação (prevenção e detecção) – Uma variedade
3) controles de acesso a recursos e registros; de controles é realizada para verificar a precisão, a integridade e a
4) verificações; autorização das transações. Os dados inseridos ficam sujeitos à verificação
de edição on-line ou à combinação com arquivos aprovados de controles.

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• Controles físicos (segurança e detecção) – Os valores de uma entidade 2.2.4. Informação e Comunicação
devem ser protegidos contra uso, compra ou venda não autorizados. Para As informações são vitais para que a organização pública conduza e controle
isso, devem ser estabelecidos controles de acesso, controles de entrada suas operações. Sem informações fidedignas e disponibilizadas em tempo hábil,
e saída de colaboradores e materiais e senhas para arquivos eletrônicos. será difícil identificar proativamente e agir em relação à área de risco.
Incluem-se neste controle os processos de inventário dos itens físicos.
Por exemplo: os equipamentos, os estoques, os títulos, o dinheiro e outros A informação relevante deve ser identificada, armazenada e comunicada de
bens que devem ser protegidos fisicamente, contados periodicamente e uma forma e em determinado prazo, que permita que os funcionários realizem
comparados com os valores apresentados nos registros de controle. o controle interno e suas outras responsabilidades (comunicação tempestiva
às pessoas adequadas). Por esse motivo, o sistema de controle interno
• Indicadores de desempenho (detecção) – relacionam diferentes conjuntos propriamente dito e todas as transações e eventos significativos devem ser
de dados, sejam eles operacionais ou financeiros, em conjunto com a análise completamente documentados.
dos relacionamentos e das medidas de investigação e de correção.
Para assegurar a qualidade da informação, o sistema de controle interno deve
• Segregação de funções (prevenção) – as responsabilidade e obrigações avaliar se todas as transações e os eventos significativos estão corretos e
são atribuídas entre pessoas distintas, objetivando reduzir o risco de claramente documentados, identificando as seguintes qualidades em relação à
erro ou de fraude. A segregação é essencial para a efetividade dos informação.
controles internos, por isso a contabilidade e conciliações, as informações
e autorizações, a custódia e inventário, a contratação e pagamento, a
administração de recursos próprios e de terceiros, as normatizações e VERIFICAR SE: QUESTIONAMENTO
fiscalização, por exemplo, devem estar segregadas entre os colaboradores.
O conteúdo é
• Alçadas (prevenção) – Limites determinados a um funcionário quanto Está no nível de detalhes adequados?
apropriado.
à possibilidade de ele aprovar valores ou assumir posições em nome da
instituição. As informações
Estarão disponíveis quando necessário?
são oportunas.
• Autorizações (prevenção) – Definição de atividades e de transações que
necessitam de aprovação de um supervisor para que sejam efetivadas. As informações
São as mais recentes?
• Conciliações (detecção) – Confrontação de mesma informação com são atuais.
dados oriundos de bases diferentes, adotando-se as ações corretivas,
As informações
quando necessário. são exatas.
Os dados estão corretos?

• Normatização interna (prevenção) – Definição formal das regras internas


necessárias ao funcionamento da entidade, definindo as responsabilidades, As informações
São de fácil obtenção por aqueles que as necessitam?
as políticas corporativas, os fluxos operacionais, as funções e os são de fácil acesso.
procedimentos.

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Além das comunicações internas, a administração deve se assegurar da ações contra os sistemas de controle interno irregulares, antiéticos,
existência de meios adequados de comunicação. A comunicação eficaz é antieconômicos, ineficientes e ineficazes.
aquela que flui em todas as direções da organização (para baixo, para cima e
• Avaliações independentes – Referem-se às avaliações específicas
através) e que transmitam com clareza as funções e responsabilidades de cada
sobre determinado evento. A abrangência e a frequência das avaliações
agente envolvido em determinado processo.
específicas dependem, primeiramente, do monitoramento contínuo.
Quanto maior for a abrangência do monitoramento contínuo, menor será a
O controle interno avalia as informações e comunicações por
necessidade de avaliações independentes.
meio das respostas às seguintes perguntas:

A organização obtém ou gera e utiliza informações significativas O controle interno avalia o monitoramento por meio dos
e de qualidade para apoiar o funcionamento do controle interno? seguintes pontos:

A organização transmite internamente as informações A organização seleciona, desenvolve e realiza avaliações


necessárias para apoiar o funcionamento do controle interno, contínuas e/ou independentes para certificar-se da presença e
inclusive os objetivos e responsabilidades pelo controle? do funcionamento dos componentes do controle interno?

A organização comunica-se com os públicos externos sobre A organização avalia e comunica deficiências no controle interno
assuntos que afetam o funcionamento do controle interno? em tempo hábil aos responsáveis por tomar ações corretivas?

(ATRICON, 2014) (ATRICON, 2014)

2.2.5. Monitoramento
Os sistemas de controle interno devem ser monitorados para assegurar que
os controles estejam operando de forma apropriada e que o gerenciamento de
riscos mantenha a sua eficácia ao longo do tempo.
O monitoramento é obtido por meio de atividades contínua (monitoramento
contínuo), avaliações pontuais (avaliações independentes) ou a combinação
de ambas.
• Monitoramento contínuo – Realizado por meio de operações normais
e de natureza contínua da organização, a exemplo de atividades de
administração, de supervisão e outras executadas pelo corpo técnico
no exercício de suas funções. As atividades de monitoramento contínuo
abrangem cada um dos componentes do controle interno e envolvem

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