Obsessão, Processo de Cura de Casos Graves-Ebook
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processo de cura de
casos graves
(Versão 12)
Paulo Neto
Copyright 2020 by
Paulo da Silva Neto Sobrinho (Paulo Neto)
Belo Horizonte, MG.
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Revisão:
Hugo Alvarenga Novaes
Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Rosana Netto Nunes Barroso
Diagramação:
Paulo Neto
site: www.paulosnetos.net
e-mail: [email protected]
2
Índice
Prefácio......................................................................4
Introdução..................................................................6
Importantes explicações na Codificação Espírita.....12
Cura de obsessão – 1º caso.....................................27
Cura de obsessão – 2º caso.....................................39
Conclusão................................................................ 59
Referências bibliográficas........................................61
Dados biográficos do autor......................................64
3
Prefácio
4
devido a sua comprovada eficácia, são a evocação
do obsessor, a prece em favor dos envolvidos e a
aplicação de passes na vítima.
5
Introdução
6
Eu te peço, não me atormentes!' O homem
falou assim, porque Jesus tinha mandado que
o Espírito mau saísse dele. De fato, muitas
vezes o Espírito tinha tomado posse dele.
Para protegê-lo, o prendiam com correntes e
algemas; ele, porém, arrebentava as
correntes, e o demônio o levava para
lugares desertos. Então Jesus lhe perguntou:
'Qual é o seu nome?' Ele respondeu: 'Meu
nome é Legião.' Pois muitos demônios
tinham entrado nele. Os demônios pediam
que Jesus não os mandasse para o abismo.”
(1) (Nas transcrições e no texto normal todos
os grifos em negrito são nossos. Quando
ocorrer de não ser, avisaremos.)
7
os quais nos informa:
8
Era ponto teológico comum, entre os judeus
(sendo ensinado nas escolas teológicas judaicas
dos fariseus e de outros), que os demônios,
capazes de possuir e de controlar um corpo
vivo, são espíritos de mortos partidos deste
mundo, especialmente aqueles de caráter vil e de
natureza perversa. (Ver Josefo, de Bello Jud. VII.
6.3). […]. (2) (itálico do original)
9
propósito de realizarem ou continuarem suas
missões. (ver esta doutrina em Mat. 16:14). Os
essênios, dos quais João Batista parece ter
sido membro, também mantinham crenças
idênticas. É um equívoco cercarmos as doutrinas
de muralhas, supondo em vão que somente nós,
da moderna igreja cristã do século XX, temos as
corretas interpretações das verdades bíblicas.
Ainda temos muito a aprender, sobre muitas
questões, e convém que guardemos nossas
mentes abertas, pelo menos o suficiente para
permitirmos a entrada de uma réstia de luz.
Sabemos pouquíssimo sobre o mundo
intermediário dos espíritos e supomos que o
estado “eterno” já existe, o que todas as evidências
mostram não ser ainda assim. (3)
10
como Justino (cerca de 150 d.C.) e Atenágoras.
Tertuliano foi o primeiro a mudar de ideia na
igreja, aceitando que os demônios são anjos
caídos, e não espíritos humanos. Finalmente,
Crisóstomo (407 d.C.) rejeitou a ideia de que os
demônios são espíritos humanos, e a igreja
aceitou que os demônios são outros espíritos,
talvez pertencentes à ordem dos anjos. Mas até
hoje existem estudiosos que acreditam que,
pelo menos, alguns demônios possam ser
espíritos humanos. Lange, por exemplo,
acreditava que talvez os demônios fossem
espíritos de pessoas que já morreram, e que agora
fazem parte da ordem dos anjos caídos. (4) (itálico
do original)
11
Importantes explicações na Codificação
Espírita
12
de ideia quanto a existência da possessão física, que
em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns os
Espíritos disseram não ocorrer.
13
Espíritos maus saciem sua raiva nos inocentes,
diremos que não há sofrimento imerecido, e
aquele que hoje é inocente e sofre, por certo
ainda tem alguma dívida a pagar. Esses Espíritos
maus servem, neste caso, de instrumento à
expiação. Além disso, sua malevolência é uma
provação para a paciência, a resignação e a
caridade. (7)
14
aos Espíritos evoluídos moralmente que, por missão,
aqui encarnam para prestar ajuda aos retardatários
desse planeta de provas e expiações.
15
Cabe a todos nós não alimentar vícios que
certamente atrairão Espíritos maus, como resultado
da lei “O semelhante atrai o semelhante” (10).
16
Percebe-se que a cura das obsessões graves,
na maioria das vezes, é um processo demorado, ou
seja, não acontece de um dia para o outro, em razão
disso “requer muita paciência, perseverança e
devotamento”, uma vez que a experiência comprou
“a completa ineficácia dos exorcismos, fórmulas,
palavras sacramentais, amuletos, talismãs, práticas
exteriores, ou quaisquer sinais materiais”.
17
E quanto à influência que dá causa à
perturbação das faculdades mentais, em item mais à
frente, nesse mesmo capítulo, lemos:
48. […].
Quando o Espírito possessor é mau, as
coisas se passam de outro modo. Ele não toma
moderadamente o corpo do encarnado, antes se
apodera dele, se este, que é o titular, não possui
bastante força moral para lhe resistir. E o faz por
maldade para com este, a quem tortura e
martiriza de todas as formas, indo ao extremo
de tentar exterminá-lo, seja por estrangulação,
seja atirando-o ao fogo ou a outros lugares
perigosos. Servindo-se dos órgãos e dos
membros do infeliz paciente, blasfema, injuria e
maltrata os que o cercam; entrega-se a
excentricidades e a atos que apresentam todas
as características da loucura furiosa.
Os fatos deste gênero, posto que em diferentes
graus de intensidade, são muito numerosos, e
muitos casos de loucura não resultam de outra
causa. Com frequência a eles se juntam
desordens patológicas, que são meras
consequências e contra as quais nada adiantam os
tratamentos médicos, enquanto subsiste a causa
originária. O Espiritismo, dando a conhecer essa
fonte de onde provém uma parte das misérias
humanas, indica o remédio a ser aplicado: atuar
sobre o autor do mal que, sendo um ser inteligente,
deve ser tratado por meio da inteligência. ( 13)
18
(itálico do original)
19
cerebral, mas da subjugação que Espíritos
malévolos exercem sobre certos indivíduos, e
que, muitas vezes, têm as aparências da loucura
propriamente dita. Esta afecção, muito frequente,
é independente de qualquer crença no Espiritismo
e existiu em todos os tempos. Neste caso, a
medicação comum é impotente e mesmo
prejudicial. (15) (itálico do original)
20
seu estado normal; na subjugação, essa causa
é externa, e tem-se necessidade de libertar o
doente de um inimigo invisível, não lhe opondo
remédios materiais, porém uma força moral
superior à dele. A experiência prova que nunca,
em tal caso, os exorcismos produziram resultado
satisfatório: antes agravaram que minoraram a
situação. Indicando a verdadeira fonte do mal, só o
Espiritismo pode dar os meios de combatê-lo,
fazendo a educação moral do Espirito
obsessor; por conselhos prudentemente dirigidos,
chega-se a torná-lo melhor e a fazê-lo renunciar
voluntariamente à atormentação do enfermo, que
então fica livre. […]. (16) (itálico do original)
21
Nossos guias, consultados sobre a identidade
do Espírito, nos respondeu: “Sim, meus amigos,
ele sofre de ver o mal que causa a doutrina
errônea que publicou; mas já tinha expiado, sobre
a Terra, esse erro, porque estava obsidiado, e a
doença da qual morreu foi o fruto da obsessão.”
(17)
Na sequência, lemos:
22
que por si mesma já é um gênero de provação,
pode manifestar-se de todas as formas. Mas isto
não quer dizer isenção de culpabilidade. O homem
dispõe sempre do seu livre-arbítrio e, por
conseguinte, é livre para ceder ou resistir às
sugestões a que o submetem. Quando sucumbe,
o faz sempre por assentimento da sua vontade.
[…]. (19) (caixa alta e itálico do original)
Leu-se no Droit.
“O senhor Jean-BaptisteSadoux, fabricante de
canoas em Joinville-le-Ponts, percebeu ontem um
jovem que, depois de ter errado durante algum
tempo sobre a ponte, subiu no parapeito e se
precipitou no Marne. Logo dirigiu-se em seu
socorro, e, ao cabo de sete minutos ele o traz de
novo. Mas já a asfixia era completa, e todas as
tentativas feitas para reanimar este infortunado
foram infrutíferas.
“Uma carta encontrada com ele fê-lo
reconhecer pelo senhor Paul D..., com a idade de
22 anos, morando na rua Sedaine, em Paris. Essa
carta, dirigida pelo suicida ao seu pai, era
extremamente tocante. Pedia-lhe perdão por
abandoná-lo e lhe dizia que desde os dois anos
era dominado por uma ideia terrível, por um
23
irresistível desejo de se destruir. Parecia-lhe,
acrescentava, ouvir fora da vida uma voz que o
chamava sem descanso, e, apesar de todos os
seus esforços, não podia se impedir de ir para ela.
Encontrou-se igualmente num bolso de paletó uma
corda nova na qual tinha feito um nó cortante. O
corpo, depois do exame médico-legal, foi entregue
à família.”
A obsessão é aqui bem evidente, e o que não
o é menos, é que o Espiritismo lhe é
completamente estranho, nova prova que este mal
não é inerente à crença. Mas se o Espiritismo não
está por nada no fato, só ele pode lhe dar a
explicação. Eis a instrução dada a este respeito por
um de nossos Espíritos habituais e da qual ressalta
que, apesar do arrastamento ao qual esse
jovem se deu para a sua infelicidade, ele não
sucumbiu à fatalidade; tinha o seu livre arbítrio, e,
com mais vontade, poderia resistir. Se fosse
Espírita, teria compreendido que a voz que o
solicitava não poderia ser senão a de um mau
Espírito, e as consequência terríveis de um
instante de fraqueza.
24
seus medos, porque esperava no fim encontrar, do
outro lado da vida, o repouso que este lado lhe
recusava. Enganou-se: o repouso não veio. As
trevas o cercaram, sua consciência lhe desaprova
seu ato de fraqueza, e o Espírito que o arrastou
ri ao seu redor, e o criva de uma ironia
constante. O cego não o vê, mas ouve a voz que
lhe repete: Vem! vem! e depois zomba de suas
torturas.
A causa deste fato de obsessão está no
passado, como acabo de dizer; o próprio
obsessor foi levado ao suicídio por aquele que
acaba de fazer cair no abismo. Foi sua mulher
numa existência precedente, e ela havia sofrido
consideravelmente do deboche e das brutalidades
de seu marido. Muito fraca para aceitar a situação
que lhe era feita, com resignação e coragem, pediu
à morte um refúgio contra seus males. Ela se
vingou depois; sabeis como. Mas, no entanto, o
ato desse infeliz não era fatal; ele tinha aceito
os riscos da tentação; ela era necessária para
seu adiantamento, porque, só ela poderia fazer
desaparecer a mancha que tinha sujado sua
existência precedente. Disto tinha aceito os riscos
com a esperança de ser o mais forte, enganou-se:
ele sucumbiu. Recomeçará mais tarde; resistirá?
Isto dependerá dele.
Pedi a Deus por ele, a fim de que lhe dê a calma
e a resignação de que tem tanta necessidade, a
coragem e a força para que não falhe nas provas
que terá que suportar mais tarde.
Louis NIVARD. (20)
25
Portanto, não há que duvidar da possibilidade
de um Espírito “arrastar” um desafeto ao suicídio,
esse é um típico caso de obsessão grave.
26
Cura de obsessão – 1º caso
27
exercer sobre esta uma magnetização mental. As
reuniões ocorriam todas as noites e na sexta-feira,
15, a menina sofreu a última crise. Não lhe resta
mais senão a fraqueza da convalescença,
consequência de tão longas e tão violentas
convulsões, e que se manifesta pela tristeza, pela
languidez e pelas lágrimas, como nos havia sido
anunciado. Éramos informados diariamente,
pelas comunicações dos Espíritos bons, das
diversas fases da moléstia.” (21)
28
E aqui cabe um alerta aos que se incumbem da
tarefa de dialogar, deve-se fazer com que suas
palavras estejam calcadas em vibrações de amor,
não procurem agir como juiz e nem como carrasco
de ninguém.
29
meses, a chamada Thérèse B…; fui,
acompanhado pelo Sr. L…, médium, em 11 de
janeiro último, às quatro horas e meia, numa casa
vizinha à da doente, para procurar ser testemunha
da crise que, segundo o que havia ocorrido cada
dia, deveria chegar às cinco horas. Encontramos lá
a jovem e sua mãe, em conversa com os vizinhos.
A meia hora logo decorreu; vimos, de repente, a
jovem se levantar de sua cadeira, abrir a porta,
atravessar a rua e entrar em sua casa seguida de
sua mãe que a toma e a coloca habilmente sobre
sua cama. As convulsões começaram; seu
corpo se dobrava; a cabeça tendia a se juntar
aos calcanhares; seu peito se inchava; em uma
palavra, fazia mal vê-la. O médium e eu entramos
na casa vizinha, perguntamos ao Espírito de
Louis David, guia espiritual do médium, se era
uma obsessão ou um caso patológico. O
Espírito respondeu:
“Pobre criança! ela se acha com efeito, sob uma
fatal influência, muito perigosa mesmo; vindes em
sua ajuda. Renitente e mau, esse Espírito resistirá
por muito tempo. Evitai, tanto quanto isto esteja
em vosso poder, deixá-la tratar por
medicamentos que prejudicariam o organismo.
A causa é toda moral; tentai a evocação desse
Espírito; moralizai-o com comedimento: nós vos
secundaremos. Que todas as almas sinceras que
conheceis se reúnam para orar e combater a
grande influência perniciosa desse Espírito mau.
Pobre pequena vítima de um ciúme! LOUIS
DAVID.” (22)
30
Logo no início Allan Kardec diz “É tudo, ao
mesmo tempo, como se verá, um curso de ensino
teórico e prático, um guia para os casos análogos, e
uma fonte fecunda de observações para o estudo do
mundo invisível em geral, em suas relações com o
mundo visível”.
31
Esse procedimento, evitará ao médium o
dissabor de ser acusado de exercício ilegal da
medicina. A direção das instituições espíritas deve
ficar a postos, pois, por tabela, também elas poderão
ser processadas.
32
essas coincidências, que não podiam deixar
nenhuma dúvida sobre a causa do mal.
A partir dessa noite, e sob a recomendação
dos bons Espíritos que nos assistem em nossos
trabalhos espíritas, nos reunimos cada noite, até
a cura completa.
No mesmo dia, 11 de janeiro, recebemos a
comunicação seguinte do Espírito protetor de
nosso grupo:
“Guardião vigilante da infância infeliz, venho me
associar aos vossos trabalhos, unir meus esforços
aos vossos para livrar essa jovem dos
constrangimentos cruéis de um mau Espírito. O
remédio está em vossas mãos; velai, evocai e pedi
sem jamais vos deixar cansar, até a completa cura.
PEQUENA CÁRITA.”
Esse Espírito, que toma o nome de Pequena
Cárita, é o de uma jovem que conheci, morta na
flor da idade, e que, desde sua terna infância, tinha
dado as provas do caráter mais angélico e de uma
bondade rara. (23)
33
vítima, é feita de forma natural. Mas uma ideia nos
surgiu quanto à necessidade de avaliarmos bem
quem nos assiste, pois pode ser somente um Espírito
bom, podendo lhe faltar sabedoria – experiência e
conhecimento.
34
possessão se deve a afirmação de que “Esta
obsessão, toda física de início” e do relato do que o
Espírito, provocava no corpo da jovem nos
momentos de “crise”.
35
vontade ela dirige, e o perispírito, de maneira
semimaterial, é o instrumento do qual ela se
serve.
“O mal físico é aparente, mas a combinação
fluídica que vossos sentidos não podem perceber
esconde um número infinito de mistérios, que se
revelarão com o progresso da Doutrina
considerada do ponto de vista científico.
“Quando o Espírito abandona sua vítima, sua
vontade não age mais sobre o corpo, mas a marca
que recebeu o perispírito pelo fluido estranho do
qual foi carregado, não se apaga de repente, e
continua ainda algum tempo a influir sobre o
organismo. No caso de vossa jovem doente:
tristezas, lágrimas, apatia, insônias, perturbações
vagas, tais são os efeitos que poderão produzir em
seguida a essa libertação, mas tranquilizai-vos,
tranquilizai a criança e sua família, porque essas
consequências serão para ela sem perigo.
“Meu dever me chama de maneira especial a
conduzir a bom fim o trabalho que comecei
convosco; é preciso agora agir sobre o próprio
Espírito da criança, por uma doce e salutar
influência moralizadora.
“Quanto a vós, meus amigos, continuai a pedir e
a observar atentamente todos esses fenômenos;
estudai sem cessar; o campo está aberto, é vasto.
Fazei conhecer e compreender todas estas coisas,
e as ideias espíritas se introduzirão pouco a pouco
no espírito de vossos irmãos, que o aparecimento
da Doutrina encontrou incrédulos ou indiferentes.
PEQUENA CÁRITA.” (25)
36
Eis um ponto sobre o qual, pelo que já
pesquisamos (26) e não concordamos; não há uma
espécie de sobreposição, vamos assim dizer, do
perispírito do Espírito sobre o da vítima, mas, sim,
afastamento do perispírito do obsidiado, que
possibilita ao obsessor assenhorear-se do corpo dele.
37
no mês de fevereiro, março e junho de 1864,
relativos à jovem obsedada de Marmande;
enfim, sobre os nºs 325 a 335 de A Imitação do
Evangelho. Encontrar-se-ão ali as instruções
necessárias para se guiar nas circunstâncias
análogas. (28)
38
Cura de obsessão – 2º caso
Desde os
primeiros dias
de setembro
de 1864, não
eram motivo
de questão,
em certo
quarteirão da
cidade, as
crises convulsivas experimentadas por uma
jovem, Valentine Laurent, com a idade de treze
anos. Essas crises, que se renovavam várias
vezes por dia, eram de uma violência tal que
cinco homens tomando-a pela cabeça, os
braços e as pernas, tinham dificuldade para
mantê-la em sua cama. Ela achava bastante
força para agitá-los, e algumas vezes mesmo se
libertar de seus constrangimentos. Então suas
mãos se agarravam em tudo; as camisas, as
roupas, os cobertores da cama eram prontamente
dilacerados; seus dentes também desempenhavam
39
um papel muito ativo em seus furores, dos quais
temiam com razão as pessoas que a cercavam. Se
não fosse mantida, ela quebraria a cabeça
contra as paredes, e apesar de todos os esforços
e as precauções, não se isentou de rasgões e de
contusões.
Os recursos da arte não lhe faltaram; quatro
médicos a viram sucessivamente; porções de
éter, pílulas, medicamento de toda natureza, ela
tomava tudo sem repugnância; as sanguessugas
atrás da orelha, os vesicatórios nas coxas não lhe
foram poupados, mas sem sucesso. Durante as
crises, o pulso era perfeitamente regular; depois
das crises, a menor lembrança de seus
sofrimentos, de suas convulsões, mas muita
admiração de ver a casa cheia de gente, e sua
cama cercada de homens sem fôlego, dos quais
alguns tinham a lamentar uma camisa ou um colete
rasgado.
O cura de X…… paróquia situada a dois ou três
quilômetros de Marmande, gozava na região de
uma celebridade nascente, entre um certo povo,
como curador de todas as espécies de males, foi
consultado pelo pai da jovem. O cura, sem se
explicar sobre a natureza do mal, lhe deu
gratuitamente um pouco de pó branco para
fazer a doente tomar; ofereceu-lhe em seguida
para dizer uma missa. Mas, ah! Nem o pó nem a
missa preservaram a jovem Valentine de catorze
crises que ela teve no dia seguinte, o que jamais
lhe tinha acontecido.
Tanto insucesso nos cuidados de todas as
espécies, necessariamente, deveram fazer nascer
40
no espírito do vulgo ideias supersticiosas. As
comadres, com efeito, falaram altamente de
malefício, de sortilégio lançado sobre a criança.
Durante esse tempo, consultamos no silêncio
da intimidade nossos guias espirituais sobre a
natureza dessa doença, e eis o que nos
responderam:
“É uma obsessão das mais graves, cujo
caráter mudará frequentemente de fisionomia. Agi
friamente, com calma; observai, estudai e chamai
Germaine.”
[…] Essa primeira sessão teve lugar em 16 de
setembro de 1864. Antes da evocação de
Germaine, nossos guias nos deram a instrução
seguinte:
“Levai muito cuidado, muita observação e muito
zelo. Tereis negócio com o Espírito mistificador que
junta a astúcia, a habilidade hipócrita a um caráter
muito mau. Não cesseis de estudar, de trabalhar
na moralização desse Espírito e de orar para
esse fim. […]. (30)
41
Como uma adolescente de treze anos agiu com
“uma violência tal que cinco homens tomando-a pela
cabeça, os braços e as pernas, tinham dificuldade
para mantê-la em sua cama. Ela achava bastante
força para agitá-los, e algumas vezes mesmo se
libertar de seus constrangimentos”.
42
debatiam sob sua bênção.” (31)
43
posse física, mas poucos se atentam para esse fato.
44
desenrolada. A boca entreaberta deixava ver duas
fileiras de dentes brancos e sobretudo
ameaçadores. O olhar era completamente
perdido e as duas pupilas, das quais não se via
senão a borda, estavam alojadas no ângulo do
lado do nariz. Ajuntai a isto uma espécie de grito
selvagem, e julgai o quadro.
Observei um instante a força dos abalos, e me
inclinando para o rosto da criança, pousei minha
mão esquerda sobre a sua fronte e minha mão
direita sobre seu peito; instantaneamente os
movimentos e os esforços convulsivos
cessaram, e a cabeça se colocou calma sobre o
travesseiro. Dirigi os dedos da mão direita sobre a
boca que afiz nela roçar, e logo o sorriso retornou
sobre seus lábios; suas duas grandes pupilas
negras retomaram seu lugar no meio do olho; a
essa figura satânica sucedeu o rosto mais
gracioso.
A criança manifestou seu espanto de ver
tantas pessoas ao seu redor, em dizendo que ela
não estava doente; era sempre suas primeiras
palavras depois das crises. Elevei minha alma a
Deus, e senti sobre minhas pálpebras duas
lágrimas de entusiasmo e de reconhecimento. (33)
45
Vejamos agora um trecho de uma explicação
de Allan Kardec, a respeito do questionamento de
Germaine, quanto ao não lhe terem dito mais cedo o
que lhe estavam esclarecendo nas reuniões:
46
Espíritos sofredores, sobretudo nos casos de
obsessão. A dos bons Espíritos, seguramente,
basta, mas a caridade dos homens para com
seus irmãos da erraticidade é, para eles
mesmos, um meio de adiantamento que Deus
lhes reservou. (34)
47
A quem se interessar por esse tema
recomendamos o nosso ebook
Reuniões Mediúnicas de
Desobsessão (Doutrinação ou
Esclarecimento de Espíritos),
disponível em nosso site:
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48
Numa outra sessão, fez-se a evocação do
Espírito que obsidiava, há dez anos, um operário
chamado Joseph, agora em vias de cura. Jamais
fiquei tão penosamente emocionado quanto em
presença das dores do paciente no momento da
evocação; calmo de início, foi tomado de repente
de sobressaltos, de espasmos e de tremores
nervosos; assim tomado por seu inimigo invisível
e se agitou em convulsões terríveis; o peito se
enche, sufoca, depois, retomando sua respiração,
se contorce como uma serpente, rola na terra,
se levanta de um pulo, se bate na cabeça. Não
pronunciava senão palavras entrecortadas,
sobretudo a palavra: Não! não! O médium, que é
uma senhora, estava em prece; ela tomou a pena,
e eis que o invisível deixando sua presa por um
instante, se apoderou de sua mão, e o teria
assassinado se o deixasse fazê-lo.
Depois de quinze dias que se evocou esse
Espírito da pior espécie, jamais quis dizer o motivo
de sua vingança; pressionado por mim com
perguntas, nos confessou, enfim, que esse Joseph
lhe tinha arrebatado aquela que ele ama. Fizemo-lo
compreender que se quisesse não atormentar mais
Joseph, e testemunhasse o menor sinal de
arrependimento, Deus lhe permitiria revê-la. - Por
ela, disse ele, farei tudo. - Pois bem! dizei: Meu
Deus, perdoai a mim as minhas faltas. - Depois de
hesitar, ele nos disse: “Vou tentar; mas cuidado
com ele se não ma fizerdes vê-la!” e escreveu:
“Meu Deus, perdoai-me as minhas faltas.” O
momento era crítico; que iria advir? Consultamos
os guias que disseram: tendes a chave para
conduzi-lo a vós. Ele verá aquela que ama mais
49
tarde; nada temais; é uma confissão da qual deveis
aproveitar para conduzi-lo ao bem. Depois desta
cena, Joseph, esgotado como um lutador,
extenuado de cansaço, se ressente da terrível
possessão de seu inimigo invisível. O Sr. B…,
operando então passes magnéticos enérgicos,
acabou por acalmá-lo completamente. Deus
quer que esta cura seja tão estrepitosa quanto a
precedente.
Eis no que se aplicam esses caros irmãos! Que
energia, que convicção, que coragem não é
preciso para fazer semelhantes curas! Somente a
fé, a esperança e sobretudo a caridade podem
vencer tão grandes obstáculos e afrontar tão
temerariamente uma matilha de tão terríveis
adversários. Saí cansado! (37)
50
nervosa; outros, que era loucura. O mesmo
sintoma se repetia em cada gravidez, isto é, os
acidentes cessavam durante a gestação e
recomeçavam após o parto.
Isso já durava há vários anos. O pobre casal
estava cansado de consultar a uns e outros e a
fazer uso de remédios que não davam o menor
resultado. Essa gente simples estava no limite da
paciência e dos recursos, pois, algumas vezes, a
mulher ficava meses inteiros sem poder dedicar-se
aos trabalhos domésticos. Por vezes, sentia ligeira
melhora, que fazia supor uma cura, mas, após
algumas semanas de trégua, o mal reaparecia com
terrível recrudescência.
Como algumas pessoas os persuadissem de
que um mal tão rebelde deveria ser obra do
demônio, eles recorreram aos exorcismos e a
paciente se dirigiu a um santuário distante vinte
léguas, de onde voltou aparentemente tranquila;
mas, ao cabo de alguns dias o mal voltou com
nova intensidade. Ela partiu para outro retiro, onde
permaneceu quatro meses, durante os quais ficou
tão tranquila que a julgaram curada. Voltou, então,
à sua família, alegre por se ver, enfim, livre da cruel
doença; contudo, após algumas semanas, suas
esperanças novamente foram por água a baixo, já
que os acessos voltaram com mais força que
nunca. Marido e mulher estavam desesperados.
(38)
51
Das explicações de Allan Kardec, ressaltamos o
seguinte trecho:
52
O Sr. Dombre elenca alguns exemplos de cura;
destacaremos os relacionados a obsessão que é o
nosso tema:
53
“Nossos guias nos disseram: Que cesse todo
tratamento médico: os remédios seriam inúteis;
que o marido elevasse sua alma a Deus, que
impusesse as mãos sobre a fronte de sua
mulher e lhe fizesse passes fluídicos com amor
e confiança; que observasse pontualmente as
recomendações que iríamos fazer-lhe, embora
qualquer contrariedade que disso possa sentir
(seguem essas recomendações que são todas
pessoais), e se compenetre bem da ideia de que
são necessárias ao proveito de sua pobre aflita, ele
terá logo a sua recompensa.
“Disseram-nos também para chamar e
moralizar o Espírito obsessor, sob o nome de
Lucie Cédar. Este Espírito revela a causa que o
levava a atormentara Sra. D… Essa causa se
ligava precisamente às recomendações feitas ao
marido. Este último estando conforme com tudo,
teve a satisfação de ver sua mulher
completamente livre, no espaço de dez dias. Ele
me disse: Uma vez que os Espíritos se
comunicam, não me admiro que tenham vos dito
que não era conhecido de mim, mas estou bem
mais admirado de que nenhum remédio tenha
podido curar minha mulher; se estivesse me
dirigido a vós desde o início, teria 150 fr. em meu
bolso, que ali não estão mais, e que despendi em
medicamentos.” (41)
54
Todas as pessoas mencionadas que sofriam
essas obsessões graves eram tomadas à conta de
loucas, alienadas mentais.
55
que está curada, a várias léguas de distância,
por pessoas que jamais a viram, sem nenhum
medicamento nem tratamento médico, e
unicamente pela moralização do Espírito
obsessor. Há, pois, Espíritos obsessores cuja
ação pode ser perniciosa para a razão e a
saúde. Não é certo que se a loucura tivesse sido
ocasionada por uma lesão orgânica qualquer, esse
meio teria sido impotente? Se se objetasse que
essa cura espontânea pode ser devida a uma
causa fortuita, responderíamos que se não tivesse
a citar senão um único fato, sem dúvida, seria
temerário disso deduzir a afirmação de um
princípio tão importante, mas os exemplos de curas
semelhantes são muito numerosos; não são o
privilégio de um indivíduo, e se repetem todos os
dias em diversas regiões, sinais indubitáveis de
que repousam sobre uma lei natural.
Citamos várias curas deste gênero,
notadamente nos meses de fevereiro de 1864 e
janeiro de 1865, que contêm duas relações
completas eminentemente instrutivas. […]. (42)
(itálico do original)
56
golpes de forcado para matá-las, e que na falta
de pessoas, atacava os animais do galinheiro. Ele
corria sem cessar pelos campos e não voltava
mais para sua casa. Sua presença era perigosa;
assim, obteve-se sem dificuldade a autorização
de interná-lo na casa dos alienados de Cadillac.
Não foi sem um vivo desgosto que a sua família se
viu forçada a tomar essa decisão. Antes de levá-lo,
um de seus parentes tendo ouvido falar das curas
obtidas em Marmande, em casos semelhantes,
veio procurar o Sr. Dombre […]. (43)
57
mesmo tempo, os meios de remediá-la: aí está um
de seus benefícios. Mas como essa causa pode
ser reconhecida se não for pelas evocações?
As evocações, são, pois, boas para alguma
coisa, o que quer que digam delas seus
detratores. (44)
41% curados;
25% falecidos;
16% melhorados;
12% transferidos;
4% em tratamento; e
2% retirados. (45)
58
Conclusão
59
as instituições espíritas, especialmente, porque os
resultados positivos foram confirmados.
60
Referências bibliográficas
61
KARDEC, A. Revista Espírita 1863. Araras (SP): IDE,
2000.
KARDEC, A. Revista Espírita 1864 (pdf). Brasília: FEB,
2008.
KARDEC, A. Revista Espírita 1864. Araras (SP): IDE,
1993.
KARDEC, A. Revista Espírita 1865 (pdf). Rio de Janeiro:
FEB, 2008.
KARDEC, A. Revista Espírita 1865. Araras (SP): IDE,
2000.
KARDEC, A. Revista Espírita 1866. Araras (SP): IDE,
1993.
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PIRES, J. H. Na Hora do Testemunho. São Paulo: Paideia,
1978.
Internet:
62
Imagens:
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https://albertomacorano.com.br/wp-content/uploads/20
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A mulher possessa: https://static.independent.co.uk/s3fs-
public/thumbnails/image/2015/04/14/20/Exorcism.jpg?
w968h681. Acesso em: 08 mai. 2020.
Possesso de Gerasa:
https://rsanzcarrera2.files.wordpress.com/2017/07/end
emoniado-de-gerasa_-william-hole_-s_-xix.jpg. Acesso
em: 24 out. 2022.
63
Dados biográficos do autor
64
Reencarnação Tá na Bíblia; 6) Manifestações de Espírito
de Pessoa Viva (Em Que Condições Elas Acontecem); 7)
Homossexualidade, Kardec Já Falava Sobre Isso; 8) Os
Nomes dos Títulos dos Evangelhos Designam os Seus
Autores?; 9) Apocalipse: Autoria, Advento e a
Identificação da Besta; 10) Chico Xavier e Francisco de
Assis Seriam o Mesmo Espírito?; 11) A Mulher na Bíblia;
12) Todos Nós Somos Médiuns?; 13) Os Seres do Invisível
e as Provas Ainda Recusadas Pelos Cientistas; 14) O
Perispírito e as Polêmicas a Seu Respeito; 15) O Fim dos
Tempos Está Próximo?; 16) Obsessão, Processo de Cura
de Casos Graves; 17) Umbral, Há Base Doutrinária Para
Sustentá-lo?; 18) A Aura e os Chakras no Espiritismo; 19)
Os Quatro Evangelhos, Obra Publicada por Roustaing,
Seria a Revelação da Revelação?; 20) Espiritismo:
Religião Sem Dúvida; 21) Allan Kardec e Suas
Reencarnações; 22) Médiuns São Somente os Que
Sentem a Influência dos Espíritos?; 23) EQM: Prova da
Sobrevivência da Alma; 24) A Perturbação Durante a Vida
Intrauterina; 25) Os Animais: Percepções, Manifestações e
Evolução; 26) Reencarnação e as Pesquisas Científicas;
27) Reuniões de Desobsessão (Momento de Acolher
Espíritos em Desarmonia); 28) Haveria Fetos Sem
Espírito?; 29) Trindade: O Mistério Imposto Por Um Leigo e
Anuído Pelos Teólogos; e 30) Herculano Pires diante da
Revista Espírita.
65
1 Bíblia Sagrada – Pastoral, p. 1323.
2 CHAMPLIN, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo – Vol. 1, p. 694-695.
3 CHAMPLIN, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo – Vol. 3, p. 250.
4 CHAMPLIN e BENTES, Enciclopédia de bíblia, teologia e
filosofia – Vol. 5, p. 342-343.
5 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 53.
6 PIRES, Na Hora do Testemunho, p. 19.
7 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 14.
8 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 303.
9 KARDEC, O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 341.
10 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 329.
11 KARDEC, O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 373.
12 KARDEC, A Gênese, p. 308.
13 N.T.: Exemplos de cura de obsessões e de possessões:
Revista Espírita – dezembro de 1863; janeiro de 1864;
janeiro e junho de 1865; fevereiro de 1866; junho de 1867.
14 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 273.
15 KARDEC, O Que é o Espiritismo, p. 113-114.
16 KARDEC, O Que é o Espiritismo, p. 176-177.
17 KARDEC, Revista Espírita 1862, p. 121.
18 KARDEC, O Céu e o Inferno, p. 286.
19 KARDEC, O Céu e o Inferno, p. 286.
20 KARDEC, Revista Espírita 1869, p. 26-28.
21 KARDEC, Revista Espírita 1864, FEB, p. 69-70.
22 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 168-169.
23 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 169-170.
24 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 170.
25 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 177-178.
66
26 SILVA NETO SOBRINHO, Possessão: Espíritos Possuindo
Fisicamente os Encarnados, link:
https://paulosnetos.net/article/possessao-espiritos-
possuindo-fisicamente-os-encarnados-ebook
27 O termo correto é Morzine, sem “s”, conforme consta em
https://fr.wikipedia.org/wiki/Morzine.
28 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 232.
29 KARDEC, Revista Espírita 1863, p. 373-377.
30 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 6-7.
31 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 227.
32 KARDEC, A Gênese, p. 309-310.
33 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 9.
34 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 13-14.
35 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 333-334.
36 SILVA NETO SOBRINHO, Reuniões Mediúnicas de
Desobsessão (Doutrinação ou Esclarecimento de Espíritos),
link: https://paulosnetos.net/article/reunioes-de-
desobsessao-momento-de-acolher-de-espiritos-em-
desarmonia-ebook
37 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 143-144.
38 KARDEC, Revista Espírita 1865, FEB, p. 236-237.
39 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 179.
40 KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 174.
41 KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 175-176.
42 KARDEC, Revista Espírita 1866, p. 39-40.
43 KARDEC, Revista Espírita 1866, p. 40.
44 KARDEC, Revista Espírita 1866, p. 41.
45 FERREIRA, Novos Rumos à Medicina, 1º Vol., p. 206.
46 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 18.
67