Vocacao Sucessoria
Vocacao Sucessoria
Vocacao Sucessoria
FACULDADE DE DIREITO
A VOCAÇÃO SUCESSÓRIA
NAMPULA
2020
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE DIREITO
A VOCAÇÃO SUCESSÓRIA
NAMPULA
2020
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 1
Conclusão ................................................................................................................................... 7
Art. – Artigo
Ed. – Edição
P. – Página
Vol. Volume
Ss – Seguintes
Cap. – Capítulo
Ex.- Exemplo
III
Introdução
O presente trabalho da Cadeira de Direito das Sucessões, intitulado “a vocação legítima”,
visa fazer uma abordagem sintética e esgotada do tema acima referido, e como nota
introdutória é indispensável ter em conta que a expressão vocação sucessória, configura uma
terminologia imprecisa. Este facto exige que se tenha bem distintas as outras expressões que
se usam nesta matéria. Doutrinariamente, de facto, existe a preocupação de se pôr bem
patentes e diferenciadas as seguintes expressões: designação sucessória, vocação sucessória e
devolução sucessória.
Objectivo Geral:
Analisar a vocação sucessória.
Objectivos Específicos:
Trazer os conceitos de vocação, de chamamento e de devolução.
Descreve os pressupostos relactivos a vocação sucessória;
Dar a conhecer os modos da vocação sucessória;
Descrever o funcionamento do Direito de Representação;
Mostrar o dinamismo do direito de acrescer;
Descrever o funcionamento da Substituição Directa;
Compreeender a Substituição fideicomissária;
Descrever o conteúdo da vocação.
Quanto aos métodos usados na pesquisa é o método dedutivo, uma vez que visa
descobrir conhecimentos particulares através do conhecimento geral, é um processo de análise
de informação que nos leva a uma conclusão. E, para melhor compreensão do trabalho este
obedece a seguinte estrutura: Introdução, Desenvolvimento, Conclusão e Bibliografia.
1
1.A vocação Sucessória
Antes de mais, há que dizer que a expressão vocação sucessória, configura uma
terminologia imprecisa. Este facto exige que se tenha bem distintas as outras expressões que
se usam nesta matéria. Doutrinariamente, de facto, existe a preocupação de se pôr bem
patentes e diferenciadas as seguintes expressões: designação sucessória, vocação sucessória e
devolução sucessória. 1
1
SACRAMENTO, Luís Filipe, AMARAL, Aires José Mota do, Direito das sucessões, 2ª.ed., Maputo, 1997. p.
130.
2
CAMPOS, Diogo Leite de Campos, Lições de Direito da Família e das sucessões, 2ª ed., Almedina, Coimbra,
1997. p. 231.
3
CAMPOS, Diogo Leite de Campos, Lições de Direito da Família e das sucessões, 2ª ed., Almedina, Coimbra,
1997. p. 232.
2
Não seria de estranhar que houvesse uma certa ilação de que a abertura da
sucessão e a vocação sucessória sejam coincidentes no tempo, visto que ambas se dão no
momento da morte do autor da sucessão.
4
ASCENSÃO, José de Oliveira, Direito Civil Sucessões, 4ª ed., Coimbra Editora, 1989, p. 524.
5
VENOSA, Sílvio de Salvo, Direito Civil: Direito das sucessões, Vol. VII, 11ª Ed., Editora Atlas, São Paulo,
2011.
6
CAMPOS, Diogo Leite de Campos, Lições de Direito da Família e das sucessões, 2ª ed., Almedina, Coimbra,
1997. p. 233.
7
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei no 23/2019 de 23 de Dezembro: aprova a lei das sucessões, I serie no
247 in Boletim da República.
3
Este art. 6, da LS. Contém os princípios gerais, que se estabelecem nos termos
que se segue: têm capacidade sucessória: o Estado, todas as pessoas nascidas ou concebidas
ao tempo da abertura da sucessão, mas que não sejam exceptuadas pela lei.
8
SOUSA, Rabindranath Capelo De, Lições de Direito das sucessões,3ª Ed., Coimbra editora,1997. p. 56.
4
Directa ou indirecta.
9
CAMPOS, Diogo Leite de Campos, Lições de Direito da Família e das sucessões, 2ª ed., Almedina, Coimbra,
1997. p. 233.
10
Idem, p. 234.
11
CAMPOS, Diogo Leite de Campos, Lições de Direito da Família e das sucessões, 2ª ed., Almedina, Coimbra,
1997. p. 287.
5
sucessão legal, que abrange tanto a sucessão legítima como a sucessão legitimaria, bem como
a sucessão testamentária.12
4. O direito de acrescer
Na temática das formas de vocação concluímos que existem diversas, nos
termos do nº 1 do art. 22º da LS, que diz o seguinte: Se dois ou mais herdeiros forem
instituídos em partes iguais na totalidade ou numa quota dos bens, seja ou não conjunta a
instituição, e algum deles não puder ou quiser aceitar a herança, acrescerá a sua parte à dos
outros herdeiros instituídos na totalidade ou na quota. Mas, mesmo assim sendo, através do
nº. 2 do mesmo artigo, percebe-se que se as quotas dos co-herdeiros forem desiguais, a parte
do que não pode ou não quis aceitar a herança será dividida pelos residentes, mas respeitando-
se, para esse efeito, a devida proporção.13
5. Substituição fideicomissária
Como viemos reflectiu-se de que existem diversas formas ou tipos de vocação,
sendo uma delas a vocação indirecta. Assim, aponta-se como sendo uma dessa vocação
indirecta a substituição directa ou vulgar. Pode-se inferir que a lei admite a possibilidade de
haver pluralidade de substituições, por outras palavras, possibilidade de serem indicadas
várias pessoas para substituírem o herdeiro ou, pelo contrário, de ser apontada uma única
pessoa para substituir os vários herdeiros, nos seguintes termos: A própria lei, também prevê a
possibilidade de substituição recíproca de co-herdeiros, nestes termos: “O testador pode
determinar que os co-herdeiros se substituam reciprocamente, assim, em caso de ocorrer esta
última situação, sempre se deverá ter presente os princípios.14
12
SACRAMENTO, Luís Filipe, AMARAL, Aires José Mota do, Direito das sucessões, 2ª.ed., Maputo, 1997. p.
234.
13
Idem, 287.
14
SACRAMENTO, Luís Filipe, AMARAL, Aires José Mota do, Direito das sucessões, 2ª.ed., Maputo, 1997. P
233.
15
Idem, p. 234.
6
Conclusão
Depois de ter feito o trabalho em referencia, cujo seu objectivo geral é analisar
a vocação sucessória, antes de mais vale ainda lembrar que a vocação sucessória é o
chamamento de herdeiros ou legatários à titularidade das relações jurídicas transmissíveis do
falecido e vem regulada na nossa lei das sucessões, o facto tem uma explicação histórica (mas
o que importa reter é que a abertura da sucessão e a vocação sucessória, apesar de
normalmente ocorrerem ambas no momento da morte do autor do sucessão, se distinguem
entre si. Há uma anterioridade lógica sobre esta, uma vez que só apos declarada aberta a
sucessão, com a extinção do sujeito de uma das posições das relações jurídicas
sucessoriamente transmissíveis e o consequente estado de Vinculação de tais relações
jurídicas
Falar do objecto da devolução sucessória traduz-se na procura de apurar que
direitos do autor da sucessão são devolvidos a quem é chamado a suceder-lhe. Procurar apurar
o tipo de direitos que poderão ser transmitidos aos chamados, deve-se ter sempre presente
certos conceitos.
A vocação sucessória distingue-se claramente da designação sucessória, que é
uma situação anterior a aquela. Como vimos, a ordem jurídica prevê que por lei, testamento
ou contrato se estabeleça, antes de ocorrer a abertura da sucessão, um quadro de designados
sucessíveis, mas que está sujeito a constantes mutações (alteração da lei, revogação do
testamento, pré-morte, indignidade do designado, etc.) e que só se fixa no momento da morte
do de cujus.
7
Referencias Bibliográficas
Legislação:
Doutrina
ASCENSÃO, José de Oliveira, Direito Civil Sucessões, 4ª ed., Coimbra Editora, 1989, p.
CAMPOS, Diogo Leite de Campos, Lições de Direito da Família e das sucessões, 2ª ed.,
Almedina, Coimbra, 1997. p.
SACRAMENTO, Luís Filipe, AMARAL, Aires José Mota do, Direito das sucessões, 2ª.ed.,
Maputo, 1997.
VENOSA, Sílvio de Salvo, Direito Civil: Direito das sucessões, Vol. VII, 11ª Ed., Editora
Atlas, São Paulo, 2011.