PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO - EA-09-07-0-0 Volume II
PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO - EA-09-07-0-0 Volume II
PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO - EA-09-07-0-0 Volume II
Volume II / II
JULHO - 2007
EA-09-07-0-0
2
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
e-mail [email protected]
[email protected]
3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 6
1. INTRODUÇÃO 7
1.1 Objetivo 7
1.2 Contratante 7
1.3 Responsabilidade e Autoria do Projeto 7
2. MEMORIAL DESCRITIVO 7
2.1 Situação atual do município 7
2.2 Caracteristicas gerais da área do aterro 8
2.2.1 Localização 8
2.2.2 Dimensão da área 8
2.2.3 Topografia 8
2.2.4 Jazida de terra para a cobertura de resíduos 8
2.2.5 Caracterização geológica e geotécnica 9
2.3 Memorial descritivo novo aterro sanitário 9
2.3.1 Resíduos a serem dispostos 9
2.3.2 Previsão das quantidades e volumes de resíduos a serem dispostos 10
2.3.3 Alternativa construtiva e configuração do aterro 10
2.3.4 Normas de referência 11
2.3.5 Formação das camadas do aterro 11
2.3.6 Encerramento do aterro 13
2.3.7 Capacidade volumétrica do aterro 14
2.3.8 Estimativa de vida útil do aterro 15
2.3.9 Cálculo da célula otimizada 18
2.3.10 Seqüência de implantação e de operação do aterro 19
2.3.11 Área de emergência 19
2.4 Sistemas de proteção ambiental 20
2.4.1 Barreira vegetal no perímetro da área do aterro 20
2.4.2 Impermeabilização do solo 21
2.4.3 Drenagem de líquidos percolados 21
2.4.4 Tratamento de líquidos percolados 26
2.4.5 Sistema de drenagem de gases 26
2.4.5.1 Geração de Biogás 32
2.4.5.2 Volume de gases a serem gerados 35
2.4.5.3 Dreno de gás a ser implantado 35
2.4.6 Drenagem de águas pluviais 36
2.4.7 Tratamento do esgoto gerado nas edificações de apoio 36
2.4.8 Sistema de retenção de sólidos e óleos 38
2.4.9 Sistema de monitoramento 39
2.4.9.1 Monitoramento de águas superficiais e subterrâneas 39
2.4.9.2 Monitoramento geotécnico 40
4
3. MEMORIAL EXECUTIVO 53
3.1 Implantação 53
3.1.1 Serviços preliminares 53
3.1.2 Terraplenagem 53
3.1.3 Sistema de drenagem sub-superficial 57
3.1.4 Poços de monitoramento 58
3.1.5 Geomembrana (manta de pead) 58
3.1.6 Proteção superior da manta 67
3.1.7 Sistemas de drenagem de percolados 69
3.2 Operação do aterro 70
3.2.1 Equipamentos para operação do aterro 71
3.2.2 Mão de obra 73
3.3 Sistemas de drenagem superficial 73
3.4 Encerramento 74
3.5 Monitoramento 76
3.5.1 Monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas 76
3.5.2 Monitoramento geotécnico 78
3.6 Manutenção das estruturas de apoio e de proteção ambiental 79
3.7 Serviços complementares 80
4. MEMORIAL TÉCNICO 80
5. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS 80
5.1 Condições gerais 80
5.2 Disposições gerais 80
5.3 Objetivo das especificações técnicas 81
5.4 Das leis e regulamentos 81
5.5 Da proteção às obras e ao pessoal 81
5.6 Da vigilância 82
5.7 Da direção e andamento das obras 82
5.8 Materiais a serem empregados nas obras 82
6. CRONOGRAMA 98
5
9. ANEXOS:
ANEXO I: ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART / CREA)
ANEXO II: SONDAGENS GEOLÓGICAS E ENSAIOS DE PERMEABILIDADE
ANEXO III: MEMORIAL DE TÉCNICO / CÁLCULO
ANEXO IV: LEVAMENTO PLANIALTIMÉTRICO DE ÁREA SITUADA NO
DISTRITO INDUSTRIAL DE SÃO JOAQUIM
ANEXO V: PLANTAS DO PROJETO DA PRIMEIRA ETAPA DO ATERRO
6
APRESENTAÇÃO
Este Estudo é parte integrante do Estudo Ambiental composto por 2 volumes, sendo
eles:
1. INTRODUÇÃO
1.1 - Objetivo
1.2 - Contratante
2. MEMORIAL DESCRITIVO
2.2.1 - Localização
A área total disponibilizada para a CTRCI é de cerca de 53,2 ha, sendo que será o
ocupado para implantação da célula emergencial uma área aproximada de 14,5 há,
conforme mostra o Anexo IV.
2.2.3 - Topografia
Estima-se que para a implantação do aterro será necessário escavar 270.000 m3, sendo
que cerca de 55.000 m3 serão utilizados na a obra aterro de base e 42.900 m3 como
9
No Anexo II, deste projeto, são apresentados os resultados obtidos das sondagens e dos
ensaios de permeabilidade realizados na área do futuro aterro sanitário.
Os resíduos sólidos são classificados quanto a sua origem ou fonte e quanto ao seu grau
de periculosidade em relação a determinados padrões de qualidade ambiental e de saúde
pública. A classificação determina a disposição final desses resíduos e cada país adota
sua classificação particular.
Para o caso em estudo será adotado um aterro com camadas de quatro metros de altura.
No total serão cinco camadas (cota superior das camadas: 154,0; 158,0; 162,0; 166,0 e
170,0) com uma declividade final de mais de 1,0%.
11
As camadas de resíduos terão 4,0 metros de altura, conforme indicado nas Plantas 3 e 4
(ANEXO V). A Figura 2.3.5-1 apresenta, esquematicamente, a operação prevista para o
aterro sanitário de Cachoeiro de Itapemirim.
12
Figura 2.3.5 – 1 - Operação Prevista para o Novo Aterro Sanitário de Cachoeiro de Itapemirim
- O trator de esteira recobrirá, ao fim do dia de trabalho, os resíduos com uma camada
de 20 a 30 cm de material de cobertura (argila).
Apôs o término da vida útil do aterro a área será transformada em uma área de lazer,
para tanto todo aterro será recoberto com duas camadas, uma primeira de 30 cm de
14
argila compactada e outra com 30 cm de solo vegetal. Sobre o solo vegetal será
implantado um revestimento vegetal conforme especificado a seguir.
Para a cobertura vegetal da área do aterro, será utilizada grama tipo São Carlos
(Axonopus compressus) ou batatais (Paspalum notatum). Tratam-se de espécies de
gramíneas rasteiras que, além de serem extremamente resistentes às secas, pragas e
doenças, mostram-se eficientes em evitar o crescimento natural de espécies arbóreas
invasoras, possuidoras de raízes que atingem profundidade superior a 1,0 metro, o que
poderia romper a camada de argila disposta sob o solo vegetal.
No topo das camadas serão utilizadas mudas (propagação vegetativa), as quais serão
plantadas em linhas de sulcos com dimensões de 0,10 por 0,10 metro, abertas
perpendicularmente à declividade do terreno, com distância de 0,30 metro entre linhas.
As mudas terão aproximadamente 0,10 metro de comprimento, devidamente enraizadas,
plantadas com espaçamento de 0,15 metro.
Nos taludes das camadas serão utilizadas placas das mesmas espécies de gramíneas, as
quais terão formato retangular com aproximadamente 0,40 X 0,20 m e 0,06 m de
espessura.
Para o cálculo do volume disponível para a destinação final de resíduos sólidos, adotou-
se os seguintes parâmetros:
A Tabela 2.3.8-1, mostrada a seguir, apresenta uma estimativa do volume a ser ocupado
com a disposição de resíduos no futuro aterro de Cachoeiro de Itapemirim, para um
período de 24 meses, visto que a célula a ser implantada terá caráter emergencial.
16
Tabela 2.3.8-1 - Estimativa do Volume a ser Ocupado com a Disposição de Resíduos para o aterro de Cachoeiro de Itapemirim
Resíduos Dispostos no Aterro em Peso Resíduos Dispostos no Aterro em Volume Material de Cobertura Volume Total
Mês Diária Mensal Acumu- Diária Mensal Acumu- Diário Mensal Acumu- Acumulado
(t/dia) (t/mês) Lado (t) (m3/dia) (m3/mês) Lado (m3) (m3/dia) (m3/mês) lado (m3) (m3)
1 120 3600 3600 171,4286 5.143 5.143 34,28571 1.029 1.029 6.171
2 120 3600 7200 171,4286 5.143 10.286 34,28571 1.029 2.057 12.343
3 120 3600 10800 171,4286 5.143 15.429 34,28571 1.029 3.086 18.514
4 120 3600 14400 171,4286 5.143 20.571 34,28571 1.029 4.114 24.686
5 120 3600 18000 171,4286 5.143 25.714 34,28571 1.029 5.143 30.857
6 120 3600 21600 171,4286 5.143 30.857 34,28571 1.029 6.171 37.029
7 120 3600 25200 171,4286 5.143 36.000 34,28571 1.029 7.200 43.200
8 120 3600 28800 171,4286 5.143 41.143 34,28571 1.029 8.229 49.371
9 120 3600 32400 171,4286 5.143 46.286 34,28571 1.029 9.257 55.543
10 120 3600 36000 171,4286 5.143 51.429 34,28571 1.029 10.286 61.714
11 120 3600 39600 171,4286 5.143 56.571 34,28571 1.029 11.314 67.886
12 120 3600 43200 171,4286 5.143 61.714 34,28571 1.029 12.343 74.057
13 120 3600 46800 171,4286 5.143 66.857 34,28571 1.029 13.371 80.229
14 120 3600 50400 171,4286 5.143 72.000 34,28571 1.029 14.400 86.400
15 120 3600 54000 171,4286 5.143 77.143 34,28571 1.029 15.429 92.571
16 120 3600 57600 171,4286 5.143 82.286 34,28571 1.029 16.457 98.743
17 120 3600 61200 171,4286 5.143 87.429 34,28571 1.029 17.486 104.914
17
Continuação da Tabela 2.3.8-1 - Estimativa do Volume a ser Ocupado com a Disposição de Resíduos para o aterro de Cachoeiro de Itapemirim
Resíduos Dispostos no Aterro em Peso Resíduos Dispostos no Aterro em Volume Material de Cobertura Volume total
Diária Mensal Acumula- Diária Mensal Acumula- Diária Mensal Acumula- Acumulado
Mês (t/dia) (t/mês) do (t) (m³/dia) (m³/mês) do (m³) (m³/dia) (m³/mês) do (m³) (m³)
18 120 3600 64800 171,4286 5.143 92.571 34,28571 1.029 18.514 111.086
19 120 3600 68400 171,4286 5.143 97.714 34,28571 1.029 19.543 117.257
20 120 3600 72000 171,4286 5.143 102.857 34,28571 1.029 20.571 123.429
21 120 3600 75600 171,4286 5.143 108.000 34,28571 1.029 21.600 129.600
22 120 3600 79200 171,4286 5.143 113.143 34,28571 1.029 22.629 135.771
23 120 3600 82800 171,4286 5.143 118.286 34,28571 1.029 23.657 141.943
24 120 3600 86400 171,4286 5.143 123.429 34,28571 1.029 24.686 148.114
18
Com base na Tabela anterior, elaborou-se a Tabela 2.3.8-2 e conclui-se que a vida útil
da primeira etapa do aterro será de aproximadamente 35 meses.
Tabela 2.3.8-2 - Cálculo da Vida Útil da Primeira etapa Aterro Sanitário de Cachoeiro de
Itapemirim
Cota Superior Nº de Meses
Camada
da Camada de Operação
1 154 13
2 158 9
3 162 7
4 166 5
5 170 1
v
h=3
p2
Sendo:
considerando-se, em média:
v = 206 m3/dia
p=2
resulta h = 3,7 m
Adotou-se como célula padrão, uma célula de três dimensões iguais (largura, profundidade e
altura) a 4,0 m.
19
Por precaução será mantida na própria área do aterro, uma frente de trabalho que
servirá, em situação de emergência, para o despejo dos resíduos em dias de chuvas
20
Com o objetivo de reduzir a dispersão de odores e ruídos pelo vento para as áreas
circunvizinhas ao aterro, bem como reduzir a degradação da paisagem, será implantada
uma barreira vegetal em toda área limítrofe da área prevista a ser ocupada pela obra do
aterro.
Juntamente com o eucalipto, para a formação de uma cerca-viva será utilizada a espécie
Sansão-do-Campo.
Esta barreira vegetal deverá ser implantada imediatamente após a aprovação do órgão
competente, sendo executadas manutenções durante todo o período de operação do
aterro.
Os líquidos que percolam dos aterros são líquidos com grande potencial poluidor pela
presença de altos valores de DBO e DQO, os quais podem reduzir drasticamente o teor
de oxigênio livre nas águas receptoras, impossibilitando a vida de peixes e outras
formas aeróbias de vida aquática.
Também exercem uma ação poluidora pelos compostos de amônia neles concentrados,
os quais, em ambientes com pH superior a 7, se transformam em amoníaco
extremamente tóxico à vida da flora e da fauna aquática.
22
Nas águas de percolação os fenômenos usuais observados são absorção, troca iônica,
filtração, coagulação, etc..
23
Os líquidos que percolam pelo aterro podem vir a infiltrar-se no solo natural, atingindo
assim as águas subterrâneas.
A drenagem de líquidos percolados terá por finalidade a coleta dos líquidos oriundos do
aterro sanitário (água de chuva percolada e chorume) evitando assim uma eventual
poluição do aqüífero e garantindo uma melhor estabilidade da massa de resíduos.
A vazão diária máxima (mês de Dezembro) de líquido percolado foi calculada a partir
da expressão abaixo:
PER X A
Qm = L/s
2.592.000
Portanto:
Qm = (8,8 x 150.000) / 2.592.000 = 0,51 l/s = 44,1 m3 / dia.
O líquido resultante desta drenagem será encaminhado para uma lagoa acumulação e
posteriormente transportado para o sistema de tratamento de esgoto do Município de
Cachoeiro de Itapemirim.
Para verificação das dimensões adotadas para os drenos de líquidos percolados utilizou-
se a fórmula de Darcy.
Q = K.i.A
Onde: Q = vazão do escoamento, em cm3/s
K = permeabilidade do dreno (adotada 45 cm/s para rachão)
25
Considerando-se:
Para um dreno secundário cego na base do aterro:
K = 45 cm/s
i = 0,005 m/m
A = 8.100,00 cm2
Para este dreno cego a vazão máxima de líquido percolado será de:
Para este dreno cego a vazão máxima de líquido percolado será de:
Q = 810,00 cm3/s, cerca de duas vazes a vazão total máxima prevista para todo o
aterro.
Para os drenos de líquidos principais (com tubo de drenagem de Ǿ = 170 mm )
considero-se, conforme catálogos de fabricantes, para uma declividade de 0,5 %, uma
vazão máxima de 9,07 L/s, muito superior a vazão total de líquidos percolados prevista
para o aterro.
26
Projeta-se que o todo o líquido percolado coletado no aterro sanitário será encaminhado
e armazenado em uma lagoa de contenção com um volume útil de 9.000 m3, conforme
ilustrado nas Plantas 1 e 7 do Anexo V. Esse volume que equivale à geração máxima de
líquidos percolados por um período de aproximadamente 200 dias.
Por precaução será mantido um sistema de bombas (duas bombas de no mínimo 2 HP)
que, em caso de emergência ou quando for realizada a manutenção na lagoa de
contenção, recirculará o líquido percolado sobre o aterro.
Uma vez que nesta fase da degradação das matérias orgânicas o oxigênio está presente a
mesma denomina-se fase da aeróbia. Participam do processo de decomposição das
matérias orgânicas na fase aeróbia microorganismos (bactérias) que existem
normalmente na natureza, portanto, no meio dos resíduos, e que necessitam de oxigênio
para a sua sobrevivência.
Quando falta o oxigênio essas bactérias não sobrevivem, entretanto, a natureza supre
uma outra forma de vida, são as bactérias anaeróbias, microorganismos que podem
sobreviver sem o oxigênio. Dessa forma distinguem-se duas fases de decomposição: a
fase aeróbia e a fase anaeróbia, cujos detalhes estão a seguir descritos.
Fase aeróbia
Os principais fatores que influenciam a duração da fase aeróbia são aqueles que afetam
as atividades biológicas, entre os quais destacam-se: teor de umidade, aeração, relação
carbono-nitrogênio, teores de fósforo e de potássio e a presença de materiais tóxicos aos
microorganismos, tais como metais pesados e demais substâncias bactericidas.
A presença de água é fundamental para a atividade microbiológica, podendo ocorrer
condições de anaerobiose se houver excesso de umidade e a conseqüente expulsão do
oxigênio da massa de resíduos, com o decorrente desprendimento de odores
desagradáveis.
28
A fase aeróbia se encerra quando for consumido o oxigênio existente nos resíduos. O
tempo de ocorrência dessa fase depende da compactação dos resíduos no aterro; em
lixões, onde os resíduos não são compactados, é maior o tempo de duração da fase
aeróbia uma vez que existem interstícios maiores e assim ficam retidos maiores volumes
de oxigênio.
Nesta fase é gerado um gás com altos teores de dióxido de carbono – CO2 e pouco ou
nenhum metano – CH4.
29
Em meio ácido as bactérias aeróbias não conseguem sobreviver, seja pela falta
nutrientes seja devido à acidez e assim o processo de degradação biológica tende a
estagnar. Felizmente, a natureza provê a solução graças à entrada em ação de
microorganismos que podem viver sem a presença de oxigênio, são as bactérias
anaeróbias, também denominadas de metanogênicas.
Fase anaeróbia
Na Figura 2.4.5-1, idealizado pelo Eng. Fernando Sodré da Motta, a seguir, apresenta as
fases de degradação das matérias orgânicas.
31
CÉLULAS
PROTEÍNAS
BACTERIAIS:
AMÔNIA METANOGÊNICAS E
AMINOÁCIDOS
FACULTATIVAS METANO
CARBOHIDRATO
ÁCIDOS ACETATOS
VOLÁTEIS BUTIRATOS e DIÓXIDO DE
AÇÚCARES
outros CARBONO
ACÉTICO
PROPIÔNICO
GORDURAS HIDROGÊNIO
BUTÍRICO
OUTROS
ALDEÍDOS GASES
MONÓXIDO E
ÁCIDOS DIÓXIDO DE
GRAXOS ÁLCOOIS
CARBONO
Fonte: SODRÉ, F., Curso de Aterros Sanitários – Licenciamento, Projeto, Operação e Custos / ABLP - Associação Brasileira de Limpeza Pública.- 2005
A duração da fase anaeróbia pode ser de algumas dezenas de anos e neste período o
terreno onde foram dispostos os resíduos não pode ser utilizado para a construção de
residências em vista da possibilidade de acúmulo de gases explosivos no interior dos
cômodos. No gráfico da Figura 2.4.5.1-1 é mostrada a evolução da formação dos gases
em aterros e lixões de resíduos urbanos.
90
80
PERCENTUAL (% volume)
70
CO2
60 55%
50 2
40%
40
30 CH4
20
O2
O2
N2
10 H2 4%
H2 N2
0
1
4
7
10
13
16
19
22
25
28
31
34
37
40
43
46
49
52
55
58
61
64
67
70
73
76
79
DIAS
Fonte: “Landfill off-gas collection and treatment systems”, US Army Corps of Engineers, USA – 1995.
Figura 2.4.5.1-1 - Evolução dos Gases Componentes do Biogás Gerado em Aterros Sanitários
34
1.600.000
1.400.000
1.200.000
1.000.000
CH4 (m3/ano)
800.000
600.000
400.000
200.000
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
ANO
Figura IV.2.4.5.2- 1 - Evolução da Geração de Metano Estimada para o Futuro Aterro Sanitário de
Cachoeiro de Itapemirim
O sistema de drenagem superficial da área ocupada pelo aterro sanitário, foi concebido a
partir da geometria dos taludes das camadas do aterro (Anexo V – Planta 5).
Deste modo, previu-se que a maior parte do sistema será constituído por canaletas de
concreto pré-fabricadas de seção meia cana, situadas nas bermas dos taludes, as quais
encaminharão as águas de chuva para as escadas hidráulicas, bacias de acumulação /
detenção e dispositivos de dissipação estrategicamente dispostos, que conduzirão as
águas, para a drenagem natural da área. Este sistema de drenagem deverá ser
implantado à medida que as camadas sejam concluídas.
O sistema será formado por uma caixa de remoção de sólidos, na parte inicial, seguidas
de uma caixa de remoção de óleos.
Os resíduos sólidos retirados deverão ser encaminhados para o aterro. Os óleos retirados
serão encaminhados para empresas recicladoras licenciadas para este fim.
Recomenda-se que sejam realizadas coletas de amostras a cada dois meses, sendo que
em cada amostra deverão ser determinados os parâmetros físico-químicos e
microbiológicos apresentados nas Tabelas 2.4.9.1-1 e 2.4.9.1-2.
Ainda, poderão ser analisados outros parâmetros que serão definidos em função da
caracterização da composição físico-química dos líquidos percolados ou de acordo com
as orientações do órgão de controle ambiental.
Quando constatada qualquer uma destas feições, ou outra entendida como anômala,
deve ser feita sua descrição, documentação fotográfica, registro do local de ocorrência
(cadastramento topográfico) e fenomenologia (mecanismos e processos de formação).
b) Instrumentação Geotécnica
As leituras destes instrumentos são feitas de forma sistemática e periódica por meio de
levantamento topográfico eletrônico de precisão ("estação total"). Os resultados das
leituras e o acompanhamento das movimentações em superfície permitem obter o rumo
e a intensidade dos deslocamentos horizontais e a variação de magnitude e a velocidade
dos deslocamentos verticais ao longo do tempo.
A análise conjunta dos resultados das leituras dos marcos superficiais permite
identificar os locais do maciço onde podem estar ocorrendo movimentações mais
acentuadas e ou rápidas, orientando as inspeções visuais (vistoria de verificação ou
consolidação).
- Refeitório / Vestiário: este edifício terá for função oferecer aos trabalhadores do
aterro condições adequadas para sua alimentação e sua higiene pessoal.
- Acessos Internos: deverão ser interligados aos diversos pontos da área do aterro.
estes acessos serão executados com largura mínima de 6 (seis) metros e
declividade máxima de 10 %.
2.6 - Mão-de-obra
O aterro sanitário operará 24 horas por dia, sete dias por semana.
2.7 - Equipamentos
• Trator de Esteiras
Este equipamento terá por finalidade o manuseio e a compactação dos resíduos além de
realizar cobertura de terra.
• Pá Carregadeira
Com base na natureza do serviço optou-se por uma pá carregadeira Caterpillar 930 ou
similar.
• Retroescavadeira
• Caminhão Basculante
Terá como função principal o transporte da terra e materiais para a frente de operação
do aterro.
O caminhão tipo pipa terá como finalidade umedecer os acessos, auxiliar a lavagem dos
equipamentos e transportar os líquidos percolados para estação de tratamento de esgoto.
• Veículos de Apoio
Para dar apoio à obra previu-se dois veículos leva tipo Pick-Up.
• Balança
Será utilizada uma balança tipo rodoviária, com capacidade mínima de 30 t, para o
controle de entrada no aterro de resíduos, terra e materiais em geral (areia, brita, etc.).
- 02 Tratores de esteiras;
- 01 Retro escavadeira;
- 02 Pás-carregadeiras;
- 04 Caminhões basculantes;
- 02 Veículos leva tipo Pick-Up.
A água para o abastecimento das caixas de água dos edifícios de apoio, lavagem de
equipamentos, etc. terá como origem um poço artesiano que será perfurado a montante
50
Cabe ressaltar, ainda, que o abastecimento de água potável para consumo humano se
dará por meio de galões de água mineral de 20 litros, com origem controlada. As
principais estruturas do canteiro de obras haverá um bebedouro com suporte para os
galões de 20 litros. de água mineral. Estes sistemas de abastecimento de água
perdurarão durante as etapas de implantação e operação do empreendimento.
2.8.4 - Telecomunicações
3. MEMORIAL EXECUTIVO
3.1 - Implantação
3.1.2 - Terraplenagem
54
- Preparativos da área
O controle visual deverá ser efetuado por pessoal orientado, de modo a garantir que
somente seja utilizado o material especificado (argila) reconhecido pela cor e textura
características, e não contaminados por restos vegetais.
Em locais estreitos onde não seja possível o uso do rolo compactador, a argila será
lançada em camadas com até 10 cm de espessura para compactação com equipamento
de pneus ou para compactação manual.
- Controle da Compactação
O controle da compactação será exercido por inspeção visual e verificado, para efeito de
registro, por ensaios de controle tecnológico;
O controle visual será efetuado por pessoal treinado para esse fim. Deverão ser
observados os seguintes aspectos:
Regularização da área
Esta especificação técnica tem por objetivo estabelecer normas e recomendações quanto
à regularização da área onde será implantado o aterro sanitário.
- Limpeza da área
Os limites das áreas a serem limpas estender-se-ão, pelo menos, 2,0 m além das linhas
de demarcação das escavações.
Uma inspeção visual das superfícies dos fundos do futuro aterro, que deverão estar
niveladas conforme previsto no projeto, isenta de qualquer tipo de material contundente,
depressões e mudanças abruptas de inclinação do terreno.
Esta especificação técnica tem por objetivo estabelecer normas e recomendações quanto
à implantação do sistema de drenagem sub-superficial a ser implantado no futuro aterro
sanitário de Cachoeiro de Itapemirim.
- Preparativos da área
O controle visual deverá ser efetuado por pessoal orientado, de modo a garantir que
somente seja utilizado o material especificado (pedra britada,areias e geotextil), tubo de
PEAD e de concreto, concreto armado e alvenaria.
Superfície de apoio:
Ancoragem:
Interferências:
c) Instalação
Emendas:
Ensaio de pressurização:
Deverá ser executado no espaço livre entre as duas linhas de solda por
cunha quente ou ar quente, através de um equipamento capaz de suprir e
sustentar uma pressão de 70 a 205 kPa, a qual depende da espessura e da
rigidez da geomembrana. Realiza-se o ensaio da seguinte forma:
- Ensaios Destrutivos:
Resistência ao Cisalhamento:
Resistência ao Descolamento:
Esta especificação técnica tem por objetivo estabelecer normas e recomendações quanto
à implantação da camada de argila a ser implantada para a proteção superior da
geomembrana (manta de PEAD) no aterro.
- Preparativos da área
O controle visual deverá ser efetuado por pessoal orientado, de modo a garantir que
somente seja utilizado o material especificado (argila) reconhecido pela cor e textura
características, e não contaminados por restos vegetais.
Em locais estreitos onde não seja possível o uso do rolo compactador, a argila será
lançada em camadas com até 10 cm de espessura para compactação com equipamento
de pneus ou para compactação manual.
- Controle da Compactação
O controle da compactação será exercido por inspeção visual e verificado, para efeito de
registro, por ensaios de controle tecnológico;
O controle visual será efetuado por pessoal treinado para esse fim. Deverão ser
observados os seguintes aspectos:
Esta especificação técnica tem por objetivo estabelecer normas e recomendações quanto
à implantação do sistema de drenagem de líquidos percolados.
- Preparativos da área
O controle visual deverá ser efetuado por pessoal orientado, de modo a garantir que
somente seja utilizado os materiais especificados (pedra britada, tubo e manta de PEAD
e de concreto, concreto armado e alvenaria).
No caso da ocorrência de materiais diferentes daqueles especificados, esses deverão ser
desprezados.
Os resíduos deverão ser compactados por um trator de esteiras formando taludes que
deverão variar de 1(H):3(V) a 1(H):2(V). Esta compactação será executada criando-se
camadas de resíduos, de aproximadamente 0,3 m, e sobre as quais o trator de esteiras
passará de 3 a 5 vezes.
71
- Trator de esteiras
- Pá carregadeira
- Retroescavadeira
No mínimo será necessário uma retroescavadeira no período de abertura das valas com
potência de 75 HP e rendimento na abertura de drenos por dia de 400 metros.
72
- Caminhão basculante
O caminhão tipo pipa terá como finalidade umedecer os acessos, auxiliar a lavagem dos
equipamentos e transportar os líquidos percolados para a rede de esgoto.
- Veículos de apoio
Para dar apoio à obra previu-se, no mínimo, dois veículos leva tipo Pick-Up.
- Balança
Será utilizada uma balança tipo rodoviária, com capacidade mínima de 30 t, para o
controle de entrada no aterro de resíduos, terra e materiais em geral (areia, brita, etc.).
- 02 Tratores de esteiras;
- 01 Retro escavadeira;
- 02 Pás-carregadeira;
- 04 Caminhões basculantes;
- 02 Veículos leva tipo Pick-Up.
73
A operação do aterro será de 24 horas por dia, sete dias por semana.
1ª Etapa do Aterro
Implantação Operação
- 01 Engenheiro civil; - 01 Engenheiro civil;
- 01 Administrador; - 01 Administrador;
- 01 Auxiliar de escritório; - 01 Auxiliar de escritório;
- 02 Operadores de trator de esteiras; - 04 Operadores de trator de esteiras;
- 01 Operador de retro escavadeira; - 01 Operador de retro escavadeira;
- 02 Operadores de pá-carregadeira; - 01 Operador de pá-carregadeira;
- 4 Motoristas de Caminhão; - 02 Motoristas de Caminhão;
- 8 Vigias; - 8 Vigias;
- 18 Auxiliares - 6 Auxiliares (balança, manutenção, etc.).
Total: 38 postos de trabalho Total 24 postos de trabalho
Nota-se que esta proposta de sistema de drenagem deverá ser revista antes de sua
implantação, no encerramento das etapas dos aterros, pois as cotas obtidas nas etapas
encerradas do aterro deverão apresentar diferenças em relação às previstas
originariamente no projeto.
3.4 - Encerramento
Prevê-se, quando do encerramento total do aterro, a criação de uma área verde. Para
tanto a cobertura da camada de revestimento deverá ter, no mínimo, 0,30 m de
espessura de terra vegetal não compactada.
Para melhorar a capacidade de absorção dos nutrientes pelo solo, prevê-se promover a
correção do pH, que deverá estar próximo da neutralidade, ou seja, entre 5,5 e 7,5,
sendo o ideal entre 6,8 e 7,0.
75
Após desenvolver uma análise no solo vegetal, havendo necessidade de elevar o pH,
deverá ser aplicado calcário dolomítico. A quantidade adequada de calcário a ser
aplicado no solo será definida através da análise de laboratório. Em geral cada 150
gramas de calcário dolomítico, incorporado a 1 m2 solo, eleva o nível de pH em 1
ponto.
Após 4 – 5 meses do plantio da grama, será efetuada uma adubação de cobertura com
aproximadamente 500 kg/ha na fórmula 10-15-5 (NPK). Na ocasião dessa adubação o
solo deverá estar livre de umidade.
- Irrigação
Até o efetivo pegamento das mudas, a irrigação será freqüente. Serão evitados, jatos
fortes de água, que provocam a formação de sulcos e o arrancamento de mudas. A
irrigação será realizada na forma de chuvisco leve e realizada nos períodos mais frescos
do dia.
No plantio dos taludes serão utilizadas placas de grama. As placas terão formato
retangular, com aproximadamente 0,40 x 0,20 m e 0,06 m de espessura, não devendo
apresentar sementes ou material vegetativo de ervas daninhas.
3.5 – Monitoramento
Deverão ser realizadas coletas de amostras a cada dois meses, sendo que em cada
amostra deverão ser determinados os parâmetros físico-químicos e microbiológicos
apresentados nos Quadros a seguir.
Quando constatada qualquer uma destas feições, ou outra entendida como anômala, será
feita sua descrição, documentação fotográfica, registro do local de ocorrência
(cadastramento topográfico) e fenomenologia (mecanismos e processos de formação).
Instrumentação Geotécnica
4. MEMORIAL TÉCNICO
5. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Serão mantidos seguros contra roubo dos materiais depositados nas obras e cumpridas
as exigências da legislação que institui a "Anotação de Responsabilidade Técnica" na
prestação de serviços de engenharia, arquitetura e agronomia, apresentando-se
comprovação do recolhimento da taxa fixada pelo CONFEA.
O executor das obras será o único responsável, por quaisquer danos que vier a causar,
em conseqüência do serviço, a materiais, bens ou pessoas, quer sejam próprios ou de
terceiros.
Nos trechos das obras que apresentarem riscos de acidentes, deverá ser mantida
adequada sinalização diurna e noturna, respondendo o executor das obras pelos danos
causados por falhas no cumprimento deste dispositivo.
82
5.6 - Da vigilância
Logo após o início das obras, o responsável pela obra realizará seu cronograma físico-
financeiro, com a indicação das datas de início e conclusão de cada serviço, ajustadas ao
período efetivo de execução das obras. Correções poderão ser feitas posteriormente
nesse cronograma, a fim de adequá-lo às condições reais de execução. A não ser em
conseqüência de trabalhos extraordinários não previstos nestas especificações ou no
projeto, decorrentes de condições meteorológicas desfavoráveis.
O executor das obras deverá arquivar, para futuro controle por parte do órgão de
controle ambiental, mensalmente, em uma via, fotografias do andamento das obras. As
obras deverão ser fotografadas no dia 30 de cada mês. O executor das obras deverá
estudar modificações ou alterações do projeto original não podendo porém executar
qualquer destas modificações ou alterações, no todo ou em parte, sem prévia
autorização, por escrito do órgão de controle ambiental.
Água
compressão de mais de 10%, em qualquer idade, serão suficientes para rejeição da água.
Areia
Nas faixas indicadas na NBR-07211, serão tomados os seguintes valores como limites
aceitáveis de material nocivo, para concreto e para argamassa:
- argila em torrões ............ 1,5%
- materiais carbonosos...... 1,0%
- material pulverulento....... 5,0%.
A areia será aceita como boa, ainda que sua granulometria não se enquadre em uma das
faixas da NBR-07211, se estudos prévios de dosagem (seguida de ensaios) mostrarem
que com ela pode-se obter concreto com as características definidas no Projeto
Executivo. Serão observados todos os demais dispositivos da NBR-07211, além dos das
seguintes normas NBR: 6468, 6465, 6467, 7271, 7218, 7219, 7220, 7221, 7251, 7809,
9773, 9917, 9937, 9938, 12695.
Pedra Britada
A pedra britada - ou brita – que será usada como agregado graúdo do concreto e na
confecção de base de pisos. Ela poderá resultar do britamento de rocha granítica,
basáltica ou gnáissica, ou, menos comumente, do britamento de seixos rolados.
85
Seixo
O concreto também poderá ser preparado com seixos rolados, se devidamente dosado
para esse material. É vedado o uso de seixos rolados em concreto dosado para pedra
britada, sem prévio reestudo de dosagem.
Para as telas em aço soldado, será utilizado aço CA-60, atendendo as características
prescritas pela ABNT e pelo IBTS (Instituto Brasileiro de Telas Soldadas).
O aço para concreto armado deverá satisfazer a todas as condições estabelecidas pela
NBR 07480. Deverão ser tomadas precauções especiais para se evitar o contato da
armadura com óleos e antiadesivos eventualmente usados nas formas.
Poderão ser exigidos ensaios periódicos do material, segundo as NBR 06152 e 06153.
Antes de sua colocação, as barras de aço deverão estar limpas de pintura, óleos ou
ferrugem.
86
Formas de Madeira
No caso de madeira serrada, em bruto ou aparelhada, esta não poderá ter espessura
inferior a 25 mm.
Concreto Estrutural
A dosagem racional do concreto, para início da obra, será realizada para tensões de
ruptura por compressão axial, por tração na compressão diametral ou por tração na
flexão, de acordo com o padrão de execução indicado a seguir:
300
Tc28 =
0,84 + CV
1 +
100
onde:
CV é o coeficiente de variação obtido
Tc28 é a tensão média de ruptura, por compressão, aos 28 dias, para a dosagem
adotada.
A dosagem experimental terá por meta concreto de fck = 18 MPa, além de levar em
consideração a agressividade do meio ambiente tanto ao cimento como ao aço que será
o CA-50.
Antes do lançamento do concreto, as superfícies das formas que ficarão em contato com
o concreto serão limpas, convenientemente molhadas, calafetadas e tomar-se-ão as
demais precauções preconizadas pelo art 9.5 da NBR-6118.
Antes do lançamento do concreto, as superfícies das formas que fiquem em contato com
o concreto, serão limpas, convenientemente molhadas, calafetadas e tomar-se-ão as
demais precauções preconizadas pelo art. 9.5 da NBR-6118.
O aço para as armaduras, bem como sua montagem, deverá atender às prescrições das
Normas Brasileiras NB 01310, NBR 07480, NBR 07481.
88
As barras de aço deverão ser limpas e isentas de crostas soltas de ferrugem e de barro,
óleos ou graxa e de outros elementos inconvenientes ou prejudiciais.
A cura do concreto estará sujeita a exame de modo que se atente a que não haja perda de
água de hidratação.
Se prevista no Projeto Executivo, será adotada a cura acelerada a vapor, sob controle
especial e rigoroso, por meio de ensaios programados.
O grau de controle de qualidade dos concretos será fixado dentro do estipulado nos
artigos correspondentes na NBR 6118. Uma vez escolhido o grau e após sua aprovação,
este será mantido até a execução completa dos diferentes serviços, só sendo admitida
mudança para um controle inferior com autorização prévia. O controle, eventualmente
fixado pelo projeto, em partes da fundação ou em sua totalidade, deverá ser
rigorosamente observado.
Em cada concretagem, serão retirados três corpos de prova para cada metro cúbico de
concreto, como estipula a NBR 6118. Esse número será aumentado para seis corpos a
cada metro cúbico, no início de cada etapa da obra, e, quando houver mudanças no traço
ou alteração das características dos materiais constituintes da mistura, no sentido de
permitir, rapidamente e com maior precisão, o controle estatístico da qualidade obtida.
Cal Hidratada
As argamassas contendo cimento deverão ser utilizadas até 2,5 horas, no máximo, a
contar do primeiro contato do cimento com a água.
Nas argamassas de cal, contendo pequena proporção de cimento, este será adicionado
91
no momento do emprego.
Impermeabilizante
O Impermeabilizante a ser aplicado nas lajes será do tipo tratamento especial HEY'DI,
de qualidade igual ou superior, no seguinte traço:
Os tijolos serão bem cozidos, sonoros, duros, faces planas, arestas vivas e dimensões
uniformes, da melhor qualidade que se encontrar na praça e deverão atender a todos os
requisitos da NBR 05711, 07170 e 08041.
92
Madeiras
A madeira não deverá ficar estocada durante muito tempo ao ar livre, sujeita a secagens
e umedecimento alternadamente.
Para emprego provisório em escoramentos, será usado o pinho, devendo, também, ser
usadas peças em madeira de lei ou madeira roliça, dependendo dos esforços a que forem
submetidas.
Esquadrias
Toda a madeira a ser empregada deverá ser seca e isenta de defeitos que comprometam
sua utilização, como sejam rachaduras, nós, escoriações, falhas e empenamentos.
As esquadrias deverão satisfazer as Normas NBR 07007 e 09763.
Vidros
Peças cerâmicas
Ladrilhos, rodapés, soleiras e peitoris deverão ser bem cozidos, de massa homogênea e
perfeitamente planos.
Quando fraturados, para serem examinados, não deverão apresentar camadas ou
folhelhos.
93
Azulejos
Rede de água
Os tubos e conexões deverão ser de PVC, classe 20, tipo ponta e bolsa, de acordo com a
NBR 05626.
O corte de tubulações só será feito em seção reta, sendo apenas rosqueada a parte que
ficará dentro da conexão. A junta, na ligação de tubulações, será executada de maneira a
garantir uma perfeita estanqueidade, tanto para passagem de líquidos como de gases. As
94
Os tubos e conexões deverão ser de PVC, do tipo ponta e bolsa, com anel de vedação,
de primeira qualidade , conforme as normas NBR-05688, 07362, 07372, 07670, 10569.
A estação de tratamento de esgoto deverá ser do tipo compacta formada por elementos
em fibra de vidro, de primeira qualidade.
Os tubos para drenagem, com diâmetro superior a 0,60 m, inclusive, deverão ser de
concreto armado, classe CA-2, especificação NBR-09794.
Tinta Látex
Deverá ser usada tinta a base de P.V.A., da SUVINIL ou similar, para exteriores e para
interiores.
Tinta a óleo
Deverá ser utilizada a tinta bruta composta por alvaiade, aguarrás e secante, seguida de
tinta brilhante. As tintas só poderão ser diluídas ou afinadas com solventes apropriados,
de acordo com as especificações do fabricante.
96
Manta Geotextil
Instalações Elétricas
Os eletrodutos deverão ser instalados de modo a constituir uma rede contínua, na qual
os condutores possam em qualquer tempo ser enfiados e desenfiados, sem prejuízo para
o seu isolamento e sem precisar intervir na tubulação. Para os cabos de baixa tensão, os
dutos deverão ser de 4”, de polietileno de alta resistência.
As caixas que contiverem interruptores e/ou tomadas deverão ser fechadas pelos
espelhos que completam a ligação destes dispositivos. As caixas deverão ser colocadas
de modo que as placas e espelhos fiquem rigorosamente a prumo e em nível. Durante a
execução da obra, as caixas deverão ser preenchidas com papel, para evitar obturações.
A colocação de aparelhos e espelhos de interruptores e tomadas só será realizada depois
da pintura da edificação.
Demais Materiais
Todos os materiais que não foram especificados e que eventualmente, vierem a ser
aplicados, deverão satisfazer as normas NBR que se lhes relacionarem.
98
6. CRONOGRAMA
Figura 6-1 - Cronograma Físico de Execução da Primeira Etapa do Futuro Aterro Sanitário do
Município de Cachoeiro de Itapemirim
Etapa Camada Cota Superior Mês
da Camada 0 A 2 3 A 9 10 A 13 14 A 17 18 A 19 20 21 A 24
Implantação
Operação
1 154
1º 2 158
3 162
4 166
5 170
Monitoramento
Encerramento
Deve-se ressaltar que os valores monetários referem-se ao mês de Maio / 2.007 (Fonte: Revista
Construção São Paulo – PINI e/ou fornecedores), não tendo sido computado o valor do terreno e
o BDI – Benefícios e Despesas Indiretas.
Tabela 7-1 - Custos da Primeira Etapa do Futuro Aterro sanitário de Cachoeiro de Itapemirim
Atividade Custo (1.000 R$)
Implantação 2.883,84
Operação -
1º camada (cota 154) 1.245,46
2º camada (cota 158) 862,24
3º camada (cota 162) 670,63
4º camada (cota 166) 479
5º camada (cota 170) 96
Monitoramento 397,00
Encerramento 12,63
Custo Total (1.000 R$) 6.646,62
99
A Figura 8-1 apresenta o cronograma físico-financeiro das obras de implantação, operação, manutenção e encerramento do futuro aterro sanitário de Cachoeiro de
Itapemirim.
9. ANEXOS
101
ANEXO I
ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE
TÉCNICA (ART / CREA)
102
ANEXO II
SONDAGENS GEOLÓGICAS E ENSAIOS
DE PERMEABILIDADE
103
ANEXO III
MEMORIAL DE TÉCNICO / CÁLCULO
104
PER . A
Qm = (l/s)
2.592.000
Onde :
Qm = vazão percolada (em l/s)
PER = altura percolada, (em mm)
A = área de contribuição da seção considerada (em m2)
ES= C’ x P ⇒ C’= α x C
onde:
O valor obtido para ASc, representa a quantidade máxima de água armazenada no solo, não
devendo portanto, ser ultrapassado;
Para os meses que apresentam valores negativos de (I - EP) , o valor de AS é obtido pela Tabela
03;
Em seguida, soma-se o valor de AS do último más que apresenta ΣNeg (I - EP), diferente de
zero ao valor positivo de (I - EP), do mês seguinte, obtendo-se AS para o mês; procedimento é
repetido para todos os meses que apresentam ΣNeg (I -EP) igual a zero, até que seja atingido o
valor máximo de Asc, que não deve ser ultrapassado.
ER = Evapotranspiração Real.
Representa a quantidade real de perda de água durante dado mês. Para os meses em que a
infiltração é maior que a evapotranspiração potencial (I - EP) > 0, a evapotranspiração ocorre
em seu nível máximo, sendo ER = EP. Nos meses em que a infiltração é menor que a
evapotranspiração potencial (I - EP)< 0, a evapotranspiração real é condicionada ao grau de
umidade do solo.
ER = EP + [ ( I - EP ) - ∆AS ]
ER=I - ∆AS
PER = P - ES - ∆AS - ER
BALANÇO HÍDRICO
PARÂMETRO MÊS
(mm) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ANUAL
EP 147,0 142,0 136,0 100,0 80,0 67,0 71,0 90,0 99,0 122,0 122,0 131,0 1.307,0
P 163,0 109,0 118,0 64,0 24,0 20,0 22,0 9,0 28,0 92,0 182,0 238,0 1.069,0
C` 0,17 0,17 0,17 0,13 0,13 0,13 0,13 0,13 0,13 0,13 0,17 0,17 -
ES 28,0 18,7 20,3 8,4 3,2 2,6 2,9 1,2 3,7 12,1 31,3 40,9 173,5
I 135,0 90,3 97,7 55,6 20,8 17,4 19,1 7,8 24,3 79,9 150,7 197,1 895,5
I - EP -12,0 -51,7 -38,3 -44,4 -59,2 -49,6 -51,9 -82,2 -74,7 -42,1 28,7 66,1 -
∑ NEG (I-EP) -12,0 -63,8 -102,1 -146,5 -205,7 -255,3 -307,2 -389,4 -464,1 -506,3 - 0,0 -
AS 88,0 52,0 35,0 23,0 12,0 7,0 4,0 4,0 4,0 4,0 32,7 90,0 -
∆ AS -2,0 -36,0 -17,0 -12,0 -11,0 -5,0 -3,0 0,0 0,0 0,0 28,7 57,3 -
ER 137,0 126,3 114,7 67,6 31,8 22,4 22,1 7,8 24,3 79,9 122,0 131,0 886,7
PER 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 8,8 8,8
Para a vazão de gás calculada adotou-se, como dreno de gás, tubos de concreto perfurados com
diâmetro de 0,50 m.
Foram desenvolvidas equações para estimar a geração de gás a partir da decomposição dos
resíduos, a qual depende do teor de carbono e da temperatura na massa de resíduos. A
estimativa da geração de gás por tonelada de resíduos é expressa pela equação a seguir:
Esta equação pode apresentar variações que dependem das características dos resíduos
depositados e das temperaturas no interior do maciço de resíduos no aterro.
Todavia, a geração de metano em aterros sanitários, onde são dispostos resíduos ao longo de
vários anos, é influenciada pela taxa de disposição ao longo dos anos e pela temperatura.
111
Foram desenvolvidos vários modelos matemáticos para prever a produção de gás em aterros
sanitários. A maioria dos modelos matemáticos requer medições reais de produção de gás para
determinar os valores das constantes que integram as suas equações.
Onde:
QCH4 - volume, em m3/ano, de metano gerado no aterro no ano (t);
t -tempo em anos desde o início da operação, sendo t = 0, o tempo inicial;
L - potencial de metano gerado em m3/t resíduos;
R - quantidade média anual, em toneladas/ano, de resíduos dispostos durante a vida útil
do aterro;
k - taxa de geração de metano/ano que depende das características dos resíduos
dispostos no aterro;
c - tempo desde que o aterro foi, ou será fechado, em anos. O valor de (c) será zero
enquanto o aterro estiver em operação.
A geração média de gás em aterros sanitários em países industrializados varia de 64 a 440 m3/t
de resíduos dispostos e a extração média anual de gases é de 1,19 até 6,8 m3 gás/tonelada de
resíduos dispostos durante o ano. O maior volume da produção de gás se verifica nos anos
iniciais durante a operação do aterro e diminui gradualmente a partir do encerramento do
mesmo.
Os parâmetros L e k são os mais importantes, posto que refletem as influências locais tais como:
temperatura, umidade, composição dos resíduos etc. O fator k é adimensional e representa a
velocidade de degradação das matérias orgânicas presentes nos resíduos, pode variar desde
0,003 a 0,21 (USEPA-1991), onde 0,003 é atribuído a resíduos com pouca matéria orgânica e
0,21 para resíduos com alto teor de matéria orgânica. Adota-se para o fator k o valor de 0,15,
para o aterros sanitários onde são dispostos resíduos domiciliares.
O valor da produção de biogás, composto por metano e dióxido de carbono, num aterro sanitário
113
pode situar-se entre 62 e 270 m3/t (USEPA-1991) em média, 182 m3/tonelada. Ressalta-se que
em aterros sanitários localizados em regiões úmidas são gerados volumes de metano 2,6 maiores
que os volumes de metano gerados em aterros situados em regiões áridas, segundo a IFC - EPA
– 1999.
1.600.000
1.400.000
1.200.000
1.000.000
CH4 (m3/ano)
800.000
600.000
400.000
200.000
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
ANO
114
ECTE - 01
REFEITÓRIO E VESTIÁRIO– GALPÃO RECICLAGEM
EDIFÍCIO:
OBJETIVO: ESGOTO SANITÁRIO E EFLUENTES DE COZINHA
POPULAÇÃO: 40 HABITANTES TEMPORÁRIOS
RESTAURANTE: 40 REFEIÇÕES / DIA
CONSUMO DE ÁGUA: 4,0 m3 / DIA
CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTO: 3,2 m3 / DIA
REMOÇÃO EXIGIDA: 80% DBO 5
LANÇAMENTO: SISTEMA DE TRATAMENTO DE LÍQUIDOS PERCOLADOS DO ATERRO
ESTIMATIVA DE CONTRIBUIÇÃO DA
UNIDADE
CONSUMO DE ÁGUA:
40 FUNCIONÁRIOS X 0,8 l/HAB./DIA = 3200 L/DIA
40 REFEIÇÕES X 0,25 L/REF./DIA = 1000 L/DIA
4200 L/DIA
CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTO:
4200 L/DIA X 0,8 = 3360 L/DIA
DBO 5 AFLUENTE = 380 mg/DIA
PICOS DE CONTRIBUIÇÃO;
4200 L/DIA X 1,2 X 0,8 = 4032 L/DIA
EQUIPAMENTO
ADOTADO ALTURA PESO DIÂMETRO CARGA VOLUME
EQUIPAMENTO (m) (kg) (m) ORGÂNICA ÚTIL
(DBO5/L) (m3)
O sistema a ser implantado deverá funcionar junto edifício do almoxarifado e oficina para
atender a vazão média de 14,4 m3/dia (1,0 l/s).
Dados do Projeto
Separador de Óleos
NOTAS: 1- Custos apresentados não incluem o bdi - benefícios e despesas indireta e o valor do terreno
2- Fonte dos custos unitários adotados: revista construção / mercado - editora pini - maio/07 e
fornecedores existentes no mercado;
3- Na operação do aterro está compreendido: compactação e recobrimento dos resíduos, ampliação
dos sistemas de drenagem (percolados, gás e águas pluviais) e cobertura vegetal es.
119
ANEXO IV
120
LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO
DE ÁREA SITUADA NO DISTRITO
INDUSTRIAL DE SÃO JOAQUIM
121
ANEXO V
PLANTAS DO PROJETO DA PRIMEIRA
ETAPA DO ATERRO
122
PLANTA 01 -
INFRA–ESTRUTURA DE APOIO E
ATERRO COM TODAS AS ETAPAS
CONCLUÍDAS
123
PLANTA 02 -
POSICIONAMENTO DA 1º ETAPA EM
RELAÇÃO AO ATERRO CONCLUÍDO
124
PLANTA 03 -
1º ETAPA – IMPLANTAÇÃO E
OPERAÇÃO DA CAMADA 154
125
PLANTA 04 -
1º ETAPA –OPERAÇÃO DAS CAMADAS
158, 162, 166 170 E ATERRO
CONCLUÍDO
126
PLANTA 05 -
SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS
PLUVIAIS
127
PLANTA 06 -
DETALHAMENTO DO SISTEMA DE
DRENAGEM SUB-SUPERFICIAL, DE
LÍQUIDOS PERCOLADOS, DE GÁS E DE
IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE E
CÉLULA PADRÃO
128
PLANTA 07 -
DETALHAMENTO DA LAGOA DE
ACUMULAÇÃO DE PERCOLADOS,
FIXAÇÃO DA GEOMEMBRANA,
SEPARADOR DE SÓLIDOS E LÍQUIDOS,
POÇO DE MONITORAMENTO E
TRATAMENTO DE ESGOTO
129
PLANTA 08 -
INFRAESTRUTURA DE APOIO –
ESCRITÓRIO E LABORATÓRIO,
VESTIÁRIO E REFEITÓRIO, CAIXA
D’ÁGUA ELEVADA, GUARITA, CANCELA
E ALMOXARIFADO E OFICINA
130
PLANTA 09 -
INFRA-ESTRUTURA DE APOIO –
GALPÃO DE SEPARAÇÃO DE
MATERIAIS RECICLÁVEIS, BARREIRA
VEGETAL, ACESSO E CERCAMENTO
131
PLANTA 10 -
CORTES DA 1º ETAPA DO ATERRO