PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO - EA-09-07-0-0 Volume II

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 131

CTRCI

PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO


_________________________________________

CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE


CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Volume II / II

JULHO - 2007
EA-09-07-0-0
2

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

Razão Social CTRVV - Central de Tratamento de Resíduos Vila


Velha Ltda

Endereço da Rodovia Cachoeiro x Rio Novo do Sul, Urtiga Km


Atividade 1,5 , Bairro Coronel Borges, Cachoeiro de
Itapemirim
CNPJ 01.656.808/0004-37

Inscrição Estadual Insento

Inscrição Municipal 27.152-0

Representante Legal Valdir Damo

Telefone (028) 3518-4777

Pessoa de Contato Marivaldo Ganzella / Telmyr

e-mail [email protected]
[email protected]
3

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 6

1. INTRODUÇÃO 7
1.1 Objetivo 7
1.2 Contratante 7
1.3 Responsabilidade e Autoria do Projeto 7

2. MEMORIAL DESCRITIVO 7
2.1 Situação atual do município 7
2.2 Caracteristicas gerais da área do aterro 8
2.2.1 Localização 8
2.2.2 Dimensão da área 8
2.2.3 Topografia 8
2.2.4 Jazida de terra para a cobertura de resíduos 8
2.2.5 Caracterização geológica e geotécnica 9
2.3 Memorial descritivo novo aterro sanitário 9
2.3.1 Resíduos a serem dispostos 9
2.3.2 Previsão das quantidades e volumes de resíduos a serem dispostos 10
2.3.3 Alternativa construtiva e configuração do aterro 10
2.3.4 Normas de referência 11
2.3.5 Formação das camadas do aterro 11
2.3.6 Encerramento do aterro 13
2.3.7 Capacidade volumétrica do aterro 14
2.3.8 Estimativa de vida útil do aterro 15
2.3.9 Cálculo da célula otimizada 18
2.3.10 Seqüência de implantação e de operação do aterro 19
2.3.11 Área de emergência 19
2.4 Sistemas de proteção ambiental 20
2.4.1 Barreira vegetal no perímetro da área do aterro 20
2.4.2 Impermeabilização do solo 21
2.4.3 Drenagem de líquidos percolados 21
2.4.4 Tratamento de líquidos percolados 26
2.4.5 Sistema de drenagem de gases 26
2.4.5.1 Geração de Biogás 32
2.4.5.2 Volume de gases a serem gerados 35
2.4.5.3 Dreno de gás a ser implantado 35
2.4.6 Drenagem de águas pluviais 36
2.4.7 Tratamento do esgoto gerado nas edificações de apoio 36
2.4.8 Sistema de retenção de sólidos e óleos 38
2.4.9 Sistema de monitoramento 39
2.4.9.1 Monitoramento de águas superficiais e subterrâneas 39
2.4.9.2 Monitoramento geotécnico 40
4

2.5 Infra-estrutura de apoio 45


2.6 Mão-de-obra 46
2.7 Equipamentos 47
2.8 Insumos para implantação e operação 49
2.8.1 Abastecimento de água 49
2.8.2 Uso de combustíveis 50
2.8.3 Energia elétrica 51
2.8.4 Telecomunicações 51
2.9 Plano de emergência 51
2.10 Plano de segurança e higiene do trabalho 52

3. MEMORIAL EXECUTIVO 53
3.1 Implantação 53
3.1.1 Serviços preliminares 53
3.1.2 Terraplenagem 53
3.1.3 Sistema de drenagem sub-superficial 57
3.1.4 Poços de monitoramento 58
3.1.5 Geomembrana (manta de pead) 58
3.1.6 Proteção superior da manta 67
3.1.7 Sistemas de drenagem de percolados 69
3.2 Operação do aterro 70
3.2.1 Equipamentos para operação do aterro 71
3.2.2 Mão de obra 73
3.3 Sistemas de drenagem superficial 73
3.4 Encerramento 74
3.5 Monitoramento 76
3.5.1 Monitoramento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas 76
3.5.2 Monitoramento geotécnico 78
3.6 Manutenção das estruturas de apoio e de proteção ambiental 79
3.7 Serviços complementares 80

4. MEMORIAL TÉCNICO 80

5. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS 80
5.1 Condições gerais 80
5.2 Disposições gerais 80
5.3 Objetivo das especificações técnicas 81
5.4 Das leis e regulamentos 81
5.5 Da proteção às obras e ao pessoal 81
5.6 Da vigilância 82
5.7 Da direção e andamento das obras 82
5.8 Materiais a serem empregados nas obras 82

6. CRONOGRAMA 98
5

7. ESTIMATIVA DE QUANTITATIVOS E DE CUSTOS 98

8. CRONOGRAMA FÍSICO - FINANCEIRO 99

9. ANEXOS:
ANEXO I: ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART / CREA)
ANEXO II: SONDAGENS GEOLÓGICAS E ENSAIOS DE PERMEABILIDADE
ANEXO III: MEMORIAL DE TÉCNICO / CÁLCULO
ANEXO IV: LEVAMENTO PLANIALTIMÉTRICO DE ÁREA SITUADA NO
DISTRITO INDUSTRIAL DE SÃO JOAQUIM
ANEXO V: PLANTAS DO PROJETO DA PRIMEIRA ETAPA DO ATERRO
6

APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta o projeto básico da célula emergencial da Central de


Tratamento de Resíduos de Cachoeiro de Itapemirim, sendo parte integrante do Estudo
Ambiental. Especificamente esta central contemplará inicialmente uma célula
emergencial para disposição de resíduos sólidos domiciliares do município, projetada
com base nas normas brasileiras referentes ao assunto, e terá capacidade para receber
aproximadamente 120 toneladas de resíduos por dia, em um período previsto de 24
meses. Além da célula para disposição de resíduos sólidos domésticos, a central
possuirá instalações auxiliares, tais como: balança para pesagem dos caminhões, oficina
para pequenos reparos e sede administrativa.

Neste projeto são apresentadas as informações necessárias para a construção do aterro


tendo como referência as normas.

Este Estudo é parte integrante do Estudo Ambiental composto por 2 volumes, sendo
eles:

Volume I / II – Estudo Ambiental; e


Volume II / II – Projeto do Aterro Sanitário.

A Central de Tratamento de Resíduos de Cachoeiro de Itapemirim, de propriedade da


CTRVV, estará localizada na Fazenda Santo Antônio, Rodovia ES 482, no Bairro
Morro Grande, Município de Cachoeiro de Itapemirim / ES, sendo esta localidade em
área para fins industriais.
7

1. INTRODUÇÃO

1.1 - Objetivo

O presente projeto apresenta o Projeto Executivo do futuro Aterro Sanitário de


Cachoeiro de Itapemirim / ES.

1.2 - Contratante

A CTRVV contratou a EQUILIBRIUM, para a realização do Projeto do futuro aterro


sanitário de Cachoeiro de Itapemirim .

1.3 - Responsabilidade e autoria do projeto

A seguir é apresentada a equipe técnica que participou da elaboração deste projeto:

- Eng. Mário Guilhem de Almeida – CREA nº 060144584-1


- Eng. Eduardo Cassius de Souza Amaral, M.Sc., CREA-ES 4683-D

No Anexo I é apresentada a Anotaçâo de Responsabilidade Técnica (ART) do


responsável pela elaboração do projeto.

2. MEMORIAL DESCRITIVO

2.1 - Situação atual da disposição dos resíduos doméstico

Atualmente os resíduos sólidos domésticos coletados no Município de Cachoeiro de


Itapemirim são encaminhados para uma estação de transbordo, onde são transferidos
para veículos de maior capacidade, e enviados para o Aterro Sanitário de Vila Velha
para sua disposição final.
8

2.2 - Características gerais da área do aterro

2.2.1 - Localização

O futuro aterro de Cachoeiro de Itapemirim será implantadona Fazenda Santo Antônio,


S/Nº, CEP - 29.300-000, no Bairro Morro Grande, Município de Cachoeiro de
Itapemirim / ES.

2.2.2 - Dimensões da área

A área total disponibilizada para a CTRCI é de cerca de 53,2 ha, sendo que será o
ocupado para implantação da célula emergencial uma área aproximada de 14,5 há,
conforme mostra o Anexo IV.

2.2.3 - Topografia

Para a determinação da topografia local realizou-se um levantamento planialtimétrico,


em Abril de 2007, de uma área de aproximadamente 53,2 ha (Anexo IV). Da área total
levantada, somente 14,5 ha serão efetivamente ocupados com a primeira etapa do aterro
sanitário.

2.2.4 - Jazida de terra para a cobertura de resíduos

Na operação do aterro será utilizado, como material de cobertura, terra (argila),


proveniente das obras de implantação. No Anexo V, Planta 3, é apresentada o
movimento de terra a ser realizado.

Estima-se que para a implantação do aterro será necessário escavar 270.000 m3, sendo
que cerca de 55.000 m3 serão utilizados na a obra aterro de base e 42.900 m3 como
9

material de cobertura dos resíduos, a ser utilizado durante a operação do


empreendimento.

2.2.5 - Caracterização geológica e geotécnica

No Anexo II, deste projeto, são apresentados os resultados obtidos das sondagens e dos
ensaios de permeabilidade realizados na área do futuro aterro sanitário.

2.3 - Memorial descritivo novo aterro sanitário

2.3.1 - Resíduos a serem dispostos

Os resíduos sólidos são classificados quanto a sua origem ou fonte e quanto ao seu grau
de periculosidade em relação a determinados padrões de qualidade ambiental e de saúde
pública. A classificação determina a disposição final desses resíduos e cada país adota
sua classificação particular.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da NBR (Norma


Brasileira Registrada) 10.004:1987 (substituída recentemente pela NBR 10004:2004),
define resíduos sólidos como os “resíduos nos estados sólidos e semi-sólido, que
resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços e de varrição”,

A NBR 10004:2004, estabelece os critérios de classificação e os códigos para a


identificação dos resíduos de acordo com suas características e, para efeito da mesma,
os resíduos sólidos foram classificados em:

- RESÍDUOS CLASSE I Perigosos

- RESÍDUOS CLASSE II Não Perigosos Resíduos Classe II A (Não inertes)


Resíduos Classe II B (Inertes)
10

Destaca-se que o projeto do Aterro Sanitário de Cachoeiro de Itapemirim prevê que o


mesmo deverá receber resíduos sólidos domésticos do Município de Cachoeiro de
Itapemirim classificado como Classe II (Não Perigosos) pela Norma NBR 10004:2004,
da ABNT.

As características médias dos resíduos sólidos domésticos, segundo análises realizadas


no Município de São Paulo e que podem ser consideradas para o Município de
Cachoeiro de Itapemirim, são:

Tabela 2.3.1-1-Características Médias dos Resíduos Sólidos Domésticos de Grandes Cidades


Descrição %
Matéria Orgânica 69,5
Papel / Papelão 18,8
Plástico 22,9
Material / Lata 3,0
Trapos / Couro 3,0
Vidros 1,5

2.3.2 - Previsão das quantidades e volumes de resíduos a serem dispostos

Com base em informações coletadas junto a Prefeitura Municipal de Cachoeiro de


Itapemirim e empresas ligadas com a limpeza pública conclui-se que, em média, para os
próximos anos o aterro deverá receber 120 toneladas por dia (171 m3 dispostos no
aterro) de resíduos sólidos doméstico.

2.3.3 - Alternativa construtiva e configuração do aterro

Para aterros que recebem quantidades de resíduos inferiores a 10 t/dia recomenda-se a


disposição em valas e para aterros de maior capacidade de recebimento a alternativa em
camadas.

Para o caso em estudo será adotado um aterro com camadas de quatro metros de altura.
No total serão cinco camadas (cota superior das camadas: 154,0; 158,0; 162,0; 166,0 e
170,0) com uma declividade final de mais de 1,0%.
11

2.3.4 - Normas de referência

Na concepção e dimensionamento do aterro foram consultadas e observadas as


disposições das seguintes normas técnicas:

- PN 1:603.06-008 - Resíduos Sólidos – classificação (Revisão);


- NBR 10.004 - Resíduos Sólidos – classificação;
- NBR 10.007 - Amostragem de Resíduos;
- NBR 13.896 - Aterro de Resíduos não Perigosos – Critérios para Projetos,
Implantação e Operação;
- NBR 8419 - Apresentação de Projetos de Aterros Sanitários de Resíduos
Sólidos Urbanos;
- NBR 3893 - Aterro de Resíduos Classe II – Critérios de Projeto
- NBR 13.895 - Construção de Poços de Monitoramento e Amostragem –
Procedimento
- L1.030 - Manta Polimétricas e Resíduos, Determinação de Compatibilidade
– Método de Ensaio.

2.3.5 - Formação das camadas do aterro

As camadas de resíduos terão 4,0 metros de altura, conforme indicado nas Plantas 3 e 4
(ANEXO V). A Figura 2.3.5-1 apresenta, esquematicamente, a operação prevista para o
aterro sanitário de Cachoeiro de Itapemirim.
12

Figura 2.3.5 – 1 - Operação Prevista para o Novo Aterro Sanitário de Cachoeiro de Itapemirim

A operação das camadas do aterro deverá seguir a seqüência a seguir:

- Os caminhões de coleta descarregarão os resíduos no sopé do talude da frente de


trabalho;
13

- Os resíduos serão empurrados, com auxílio de um trator de esteira, contra a camada


em formação, formando uma rampa com inclinação variando de 1(v):3(H) a 1(v):
2(H);

- Os resíduos serão espalhados sobre a rampa pelo trator de esteira, empurrando-os de


baixo para cima;

- Os resíduos espalhados, em forma de camadas, serão compactados pelo trator que


deverá subir e descer de 3 a 5 vezes sobre a rampa;

- O trator de esteira recobrirá, ao fim do dia de trabalho, os resíduos com uma camada
de 20 a 30 cm de material de cobertura (argila).

2.3.6 - Encerramento do aterro

Apôs o término da vida útil do aterro a área será transformada em uma área de lazer,
para tanto todo aterro será recoberto com duas camadas, uma primeira de 30 cm de
14

argila compactada e outra com 30 cm de solo vegetal. Sobre o solo vegetal será
implantado um revestimento vegetal conforme especificado a seguir.

Para a cobertura vegetal da área do aterro, será utilizada grama tipo São Carlos
(Axonopus compressus) ou batatais (Paspalum notatum). Tratam-se de espécies de
gramíneas rasteiras que, além de serem extremamente resistentes às secas, pragas e
doenças, mostram-se eficientes em evitar o crescimento natural de espécies arbóreas
invasoras, possuidoras de raízes que atingem profundidade superior a 1,0 metro, o que
poderia romper a camada de argila disposta sob o solo vegetal.

No topo das camadas serão utilizadas mudas (propagação vegetativa), as quais serão
plantadas em linhas de sulcos com dimensões de 0,10 por 0,10 metro, abertas
perpendicularmente à declividade do terreno, com distância de 0,30 metro entre linhas.
As mudas terão aproximadamente 0,10 metro de comprimento, devidamente enraizadas,
plantadas com espaçamento de 0,15 metro.

Nos taludes das camadas serão utilizadas placas das mesmas espécies de gramíneas, as
quais terão formato retangular com aproximadamente 0,40 X 0,20 m e 0,06 m de
espessura.

As placas serão colocadas justapostas e alternando as emendas. Os espaços vazios entre


as placas serão preenchidos com terra vegetal.

2.3.7 - Capacidade volumétrica do aterro

A Tabela 2.3.7-1, mostrada adiante, apresenta a capacidade volumétrica de cada uma


das camadas da primeira etapa do futuro aterro.
15

Tabela 2.3.7-1- Capacidade Volumétrica da Primeira Etapa do Aterro

Camada Cota Superior Área Média Volume


(m) da Camada (m2) (m3)
1 154 20.057 80.229
2 158 13.886 55.543
3 162 10.800 43.200
4 166 7.714 30.857
5 170 1.543 6.171
Volume Total (m3) 216.400
Nota: Volume total incluindo o volume de material de cobertura.

2.3.8 - Estimativa de vida útil do aterro

Para o cálculo do volume disponível para a destinação final de resíduos sólidos, adotou-
se os seguintes parâmetros:

- recebimento diário de resíduos: 120 t


- material de cobertura: 20% do volume total do aterro;
- densidade dos resíduos compactados (no aterro): 0,7 t/m3;
- material de cobertura proveniente das escavações a serem realizadas na implantação
do aterro.

A Tabela 2.3.8-1, mostrada a seguir, apresenta uma estimativa do volume a ser ocupado
com a disposição de resíduos no futuro aterro de Cachoeiro de Itapemirim, para um
período de 24 meses, visto que a célula a ser implantada terá caráter emergencial.
16

Tabela 2.3.8-1 - Estimativa do Volume a ser Ocupado com a Disposição de Resíduos para o aterro de Cachoeiro de Itapemirim

Resíduos Dispostos no Aterro em Peso Resíduos Dispostos no Aterro em Volume Material de Cobertura Volume Total
Mês Diária Mensal Acumu- Diária Mensal Acumu- Diário Mensal Acumu- Acumulado
(t/dia) (t/mês) Lado (t) (m3/dia) (m3/mês) Lado (m3) (m3/dia) (m3/mês) lado (m3) (m3)
1 120 3600 3600 171,4286 5.143 5.143 34,28571 1.029 1.029 6.171
2 120 3600 7200 171,4286 5.143 10.286 34,28571 1.029 2.057 12.343
3 120 3600 10800 171,4286 5.143 15.429 34,28571 1.029 3.086 18.514
4 120 3600 14400 171,4286 5.143 20.571 34,28571 1.029 4.114 24.686
5 120 3600 18000 171,4286 5.143 25.714 34,28571 1.029 5.143 30.857
6 120 3600 21600 171,4286 5.143 30.857 34,28571 1.029 6.171 37.029
7 120 3600 25200 171,4286 5.143 36.000 34,28571 1.029 7.200 43.200
8 120 3600 28800 171,4286 5.143 41.143 34,28571 1.029 8.229 49.371
9 120 3600 32400 171,4286 5.143 46.286 34,28571 1.029 9.257 55.543
10 120 3600 36000 171,4286 5.143 51.429 34,28571 1.029 10.286 61.714
11 120 3600 39600 171,4286 5.143 56.571 34,28571 1.029 11.314 67.886
12 120 3600 43200 171,4286 5.143 61.714 34,28571 1.029 12.343 74.057
13 120 3600 46800 171,4286 5.143 66.857 34,28571 1.029 13.371 80.229
14 120 3600 50400 171,4286 5.143 72.000 34,28571 1.029 14.400 86.400
15 120 3600 54000 171,4286 5.143 77.143 34,28571 1.029 15.429 92.571
16 120 3600 57600 171,4286 5.143 82.286 34,28571 1.029 16.457 98.743
17 120 3600 61200 171,4286 5.143 87.429 34,28571 1.029 17.486 104.914
17

Continuação da Tabela 2.3.8-1 - Estimativa do Volume a ser Ocupado com a Disposição de Resíduos para o aterro de Cachoeiro de Itapemirim
Resíduos Dispostos no Aterro em Peso Resíduos Dispostos no Aterro em Volume Material de Cobertura Volume total
Diária Mensal Acumula- Diária Mensal Acumula- Diária Mensal Acumula- Acumulado
Mês (t/dia) (t/mês) do (t) (m³/dia) (m³/mês) do (m³) (m³/dia) (m³/mês) do (m³) (m³)
18 120 3600 64800 171,4286 5.143 92.571 34,28571 1.029 18.514 111.086
19 120 3600 68400 171,4286 5.143 97.714 34,28571 1.029 19.543 117.257
20 120 3600 72000 171,4286 5.143 102.857 34,28571 1.029 20.571 123.429
21 120 3600 75600 171,4286 5.143 108.000 34,28571 1.029 21.600 129.600
22 120 3600 79200 171,4286 5.143 113.143 34,28571 1.029 22.629 135.771
23 120 3600 82800 171,4286 5.143 118.286 34,28571 1.029 23.657 141.943
24 120 3600 86400 171,4286 5.143 123.429 34,28571 1.029 24.686 148.114
18

Com base na Tabela anterior, elaborou-se a Tabela 2.3.8-2 e conclui-se que a vida útil
da primeira etapa do aterro será de aproximadamente 35 meses.

Tabela 2.3.8-2 - Cálculo da Vida Útil da Primeira etapa Aterro Sanitário de Cachoeiro de
Itapemirim
Cota Superior Nº de Meses
Camada
da Camada de Operação
1 154 13
2 158 9
3 162 7
4 166 5
5 170 1

No Anexo III (Cálculos de Estimativa da Vida Útil do Aterro Sanitário) é apresentada,


detalhadamente, a estimativa da vida útil do aterro.

2.3.9 - Cálculo da célula otimizada

No cálculo da célula otimizada adotou-se a seguinte fórmula:

v
h=3
p2

Sendo:

v = volume da célula de resíduos a ser compactada com o material de cobertura (m3).


p = talude da rampa de trabalho

considerando-se, em média:

v = 206 m3/dia
p=2
resulta h = 3,7 m

Adotou-se como célula padrão, uma célula de três dimensões iguais (largura, profundidade e
altura) a 4,0 m.
19

2.3.10 - Seqüência de implantação e de operação do aterro

A primeira etapa do aterro deverá seguir a seguinte seqüência de implantação /


operação:

• aprovação da primeira etapa do aterro junto aos órgãos competentes;


• implantação da infra-estrutura de apoio (cerca, portaria, escritório, oficina,
almoxarifado, vestiário, refeitório, galpão,acessos, poços de monitoramento,
etc.);
• implantação da barreira vegetal;
• implantação da lagoa de retenção de líquidos percolados;
• implantação dos sistemas de proteção ambiental previstos (sistemas de
drenagens, impermeabilização da base do aterro, etc.);
• operação das camadas (cotas 154, 158, 162, 166 e 170);
• transporte dos líquidos percolados para a rede de esgoto;
• implantação de marcos geotécnicos;
• acompanhamento dos marcos geotécnicos;
• coleta e analise de águas superficiais e subterrâneas;
• adaptação e ampliação dos sistemas de proteção ambiental no decorrer da
evolução das camadas;
• adaptação dos acessos internos da área no decorrer da evolução das camadas;
• manutenção da infra-estrutura de apoio;
• plantio de grama;
• elaboração de “diário de obra”.

2.3.11 - Área de emergência

Os acessos internos às frentes de trabalho deverão ser mantidos sempre em condições


que permitam o trânsito de veículos sob quaisquer condições climáticas.

Por precaução será mantida na própria área do aterro, uma frente de trabalho que
servirá, em situação de emergência, para o despejo dos resíduos em dias de chuvas
20

intensas ou quando, por qualquer motivo, à frente de operação normal estiver


bloqueada. Os resíduos depositados nesta área deverão ser transferidos para frente
normal de disposição assim que for regularizada a operação do aterro.

2.4 - Sistemas de proteção ambiental

2.4.1 - Barreira vegetal no perímetro da área do aterro

Com o objetivo de reduzir a dispersão de odores e ruídos pelo vento para as áreas
circunvizinhas ao aterro, bem como reduzir a degradação da paisagem, será implantada
uma barreira vegetal em toda área limítrofe da área prevista a ser ocupada pela obra do
aterro.

Nesta barreira deverá ser utilizado eucalipto da espécie Eucalyptus citriodora. Os


indivíduos deverão atingir, quando adultos, cerca de 20 metros de altura.

Optou-se por esta espécie tendo em vista a mesma apresentar as seguintes


características:

- folhas permanentes (espécies perenifólias);


- apresentam alta densidade de folhas;
- crescimento rápido;
- adaptação ao clima regional;
- adaptação ao solo local.

Juntamente com o eucalipto, para a formação de uma cerca-viva será utilizada a espécie
Sansão-do-Campo.

As mudas de Sansão-do-Campo serão plantadas em uma única fileira, disposta ao longo


da cerca de limite da obra do aterro, sendo plantadas 3,0 mudas/metro linear.
21

Esta barreira vegetal deverá ser implantada imediatamente após a aprovação do órgão
competente, sendo executadas manutenções durante todo o período de operação do
aterro.

2.4.2 - Impermeabilização do solo

Após a realização da terraplanagem da base do aterro será implantada, sobre o terreno,


uma manta de PEAD (geomembrana), com 2,0 mm de espessura e sobre esta manta uma
camada de 0,60 metro de argila (Anexo V - Planta 3).

Para detectar e drenar eventuais vazamentos que possam ocorrer no sistema de


impermeabilização de fundo será implantado um sistema de drenagem sub-superficial
(dreno testemunho). Este sistema de drenagem terá forma de “espinha de peixe” sendo
formado por drenos principais (tubo perfurado de PEAD de 170 mm revestidos com
rachão e envelopados com manta geotextil) e secundários (rachão e envelopados com
manta geotextil) conforme indicado no Anexo V – Planta 3.

2.4.3 - Drenagem de líquidos percolados

Os líquidos que percolam nos aterros podem atingir as águas de superfície e


subterrânea, ocasionando a poluição das mesmas.

Poluição das águas superficiais

Os líquidos que percolam dos aterros são líquidos com grande potencial poluidor pela
presença de altos valores de DBO e DQO, os quais podem reduzir drasticamente o teor
de oxigênio livre nas águas receptoras, impossibilitando a vida de peixes e outras
formas aeróbias de vida aquática.

Também exercem uma ação poluidora pelos compostos de amônia neles concentrados,
os quais, em ambientes com pH superior a 7, se transformam em amoníaco
extremamente tóxico à vida da flora e da fauna aquática.
22

O teor de poluentes ou a carga poluidora dos líquidos percolados nos aterros é


diretamente influenciada pelos fenômenos químicos e biológicos anteriormente
descritos.

Nos aterros em que o resíduo preponderantemente esteja na fase inicial de degradação,


na qual a decomposição metanosa ácida seja mais expressiva, pode-se contar com
grande concentração de ácidos orgânicos e, portanto, altos teores de DBO e DQO,
enquanto que na fase metanosa estável, há sensível redução do teor de ácido e redução
dos valores de DBO e DQO.

Ao atingir a fase metanosa, o pH do percolado se eleva passando de ácido a básico.

A produção destes líquidos depende basicamente dos seguintes parâmetros:

- grau da trituração prévia do resíduo;


- grau de adensamento do aterro;
- ambiente em que se dá a degradação biológica, ou seja, a temperatura, a
umidade, etc.;
- geometria ou disposição do aterro.

Em conseqüência dos processos micro-biológicos já descritos, há também a liberação de


elementos orgânicos, os quais são dissolvidos ou lixiviados pelos líquidos em
percolação. A solubilidade dos elementos orgânicos dos líquidos que percolam depende
dos valores do pH e do potencial REDOX, sendo que estes valores são dependentes do
grau e do tipo de degradação dos resíduos. A capacidade de solubilidade das águas
também é influenciada pela presença ou não do O2, CO2, sulfetos e outros gases comuns
na degradação da matéria orgânica.

Nas águas de percolação os fenômenos usuais observados são absorção, troca iônica,
filtração, coagulação, etc..
23

Poluição das águas subterrâneas

Os líquidos que percolam pelo aterro podem vir a infiltrar-se no solo natural, atingindo
assim as águas subterrâneas.

A falta de estudos, a dificuldade de determinar o volume de líquidos percolados a serem


gerados no aterro e os processos de filtração, troca iônica, diluição, dissipação e
floculação que ocorrerão no solo dificultam a determinação quantitativa e qualitativa do
efluente a ser gerado e as conseqüências para as águas do subsolo.

Sistema de drenagem de líquidos percolados

A drenagem de líquidos percolados terá por finalidade a coleta dos líquidos oriundos do
aterro sanitário (água de chuva percolada e chorume) evitando assim uma eventual
poluição do aqüífero e garantindo uma melhor estabilidade da massa de resíduos.

O Anexo III apresenta o cálculo do Balanço Hídrico da região do aterro sanitário de


Cachoeiro de Itapemirim.

Da análise do Balanço Hídrico apresentado conclui-se que haverá percolação no mês de


Dezembro.

A vazão diária máxima (mês de Dezembro) de líquido percolado foi calculada a partir
da expressão abaixo:

PER X A
Qm = L/s
2.592.000

Onde: Qm = vazão de percolados (L/s)


PER = altura mensal percolada em mm;
A = área contribuinte em m2 (considerado todas as escapas do aterro
concluídas).
24

Portanto:
Qm = (8,8 x 150.000) / 2.592.000 = 0,51 l/s = 44,1 m3 / dia.

Especificações do Sistema de Drenagem de Percolados

Na base do aterro, sobres à camada de proteção da manta, e entre as camadas de


resíduos serão implantados drenos de coleta de líquidos percolados. Estes drenos,
garantirão o escoamento dos percolados para fora da massa de resíduos reduzindo,
assim, a poluição. As Plantas 3 e 6 (Anexo V) apresentam este sistema de drenagem.

Os drenos de percolado da base do aterro serão em forma de losango, sendo formado


por rachão envelopado com manta geotextil sobre uma tira de manta de PEAD, sendo
que os drenos denominados como principal terão um tubo de PEAD perfurado em seu
interior.

Entre as camadas serão implantados drenos de percolados, em forma retangular,


constituídos de rachão envolto por manta geotextil. Os denominados drenos principais
terão, em seu interior, um tubo perfurado de PEAD.

O sistema de drenagem de líquidos percolados será interligado ao sistema de drenagem


de gases, permitindo assim um melhor escoamento dos líquidos e gases.

O líquido resultante desta drenagem será encaminhado para uma lagoa acumulação e
posteriormente transportado para o sistema de tratamento de esgoto do Município de
Cachoeiro de Itapemirim.

Para verificação das dimensões adotadas para os drenos de líquidos percolados utilizou-
se a fórmula de Darcy.

Q = K.i.A
Onde: Q = vazão do escoamento, em cm3/s
K = permeabilidade do dreno (adotada 45 cm/s para rachão)
25

i = declividade do dreno, em m/m;


A = área da seção transversal do dreno, em cm2 ; (I x N)
I = largura do dreno;
N = altura do dreno.

Considerando-se:
Para um dreno secundário cego na base do aterro:

K = 45 cm/s
i = 0,005 m/m
A = 8.100,00 cm2
Para este dreno cego a vazão máxima de líquido percolado será de:

Q = 1.823,00 cm3/s, cerca de três vazes a máxima prevista para o aterro


concluído.

Para um dreno secundário entre camadas:


K = 45 cm/s
i = 0,005 m/m
A = 3.600,00 cm2

Para este dreno cego a vazão máxima de líquido percolado será de:

Q = 810,00 cm3/s, cerca de duas vazes a vazão total máxima prevista para todo o
aterro.
Para os drenos de líquidos principais (com tubo de drenagem de Ǿ = 170 mm )
considero-se, conforme catálogos de fabricantes, para uma declividade de 0,5 %, uma
vazão máxima de 9,07 L/s, muito superior a vazão total de líquidos percolados prevista
para o aterro.
26

2.4.4 - Tratamento de líquidos percolados

Da análise do Balanço Hídrico, apresentado no Anexo III, concluiu-se que haverá


percolação no aterro, no volume demonstrado, nos meses de Dezembro.

Projeta-se que o todo o líquido percolado coletado no aterro sanitário será encaminhado
e armazenado em uma lagoa de contenção com um volume útil de 9.000 m3, conforme
ilustrado nas Plantas 1 e 7 do Anexo V. Esse volume que equivale à geração máxima de
líquidos percolados por um período de aproximadamente 200 dias.

Da lagoa de contenção o percolado será transportado, através de um caminhão tipo pipa,


para a ETE - Estação de Tratamento de Esgoto Cachoeiro de Itapemirim, da CITÁGUA.

Por precaução será mantido um sistema de bombas (duas bombas de no mínimo 2 HP)
que, em caso de emergência ou quando for realizada a manutenção na lagoa de
contenção, recirculará o líquido percolado sobre o aterro.

2.4.5 - Sistema de drenagem de gases

Segundo o Eng. Fernando Sodré da Motta (Curso de Aterros Sanitários –


Licenciamento, Projeto, Operação e Custos / ABLP - Associação Brasileira de Limpeza
Pública - 2005) quando as atividades nutricionais dos microorganismos existentes nos
resíduos agem sobre as matérias orgânicas provocam diferentes reações bioquímicas.
Identificam-se três tipos de reações: produção da biomassa, produção de metabólitos e
reações de manutenção. A primeira corresponde à formação da matéria unicelular dos
microorganismos, a segunda refere-se à geração dos metabólitos, que são os
subprodutos da nutrição dos microorganismos, ente eles o gás metano e a última
verifica-se entre as substâncias químicas intermediárias geradas no processo de
fermentação. Muito embora não seja possível identificar todas reações que tem lugar
durante a fermentação das matérias orgânicas, devido, principalmente, à diversidade da
colônia bacteriana e à sua complexidade e a variedade das matérias orgânicas lançadas
em aterros sanitários, é possível isolar algumas reações mais comuns.
27

As reações se iniciam com oxidação das substâncias orgânicas que se verifica em


decorrência do oxigênio existente nos interstícios dos resíduos e graças às ações de
microorganismos.

Uma vez que nesta fase da degradação das matérias orgânicas o oxigênio está presente a
mesma denomina-se fase da aeróbia. Participam do processo de decomposição das
matérias orgânicas na fase aeróbia microorganismos (bactérias) que existem
normalmente na natureza, portanto, no meio dos resíduos, e que necessitam de oxigênio
para a sua sobrevivência.

Quando falta o oxigênio essas bactérias não sobrevivem, entretanto, a natureza supre
uma outra forma de vida, são as bactérias anaeróbias, microorganismos que podem
sobreviver sem o oxigênio. Dessa forma distinguem-se duas fases de decomposição: a
fase aeróbia e a fase anaeróbia, cujos detalhes estão a seguir descritos.

Fase aeróbia

São as bactérias aeróbias e facultativas, que necessitam de oxigênio e estas sobrevivem


com ou sem oxigênio, que hidrolisam a parcela orgânica mais facilmente putrescível a
partir de enzimas produzidas pelas próprias bactérias. Uma parte do oxigênio participa
de reações diretas de oxidação.

Os principais fatores que influenciam a duração da fase aeróbia são aqueles que afetam
as atividades biológicas, entre os quais destacam-se: teor de umidade, aeração, relação
carbono-nitrogênio, teores de fósforo e de potássio e a presença de materiais tóxicos aos
microorganismos, tais como metais pesados e demais substâncias bactericidas.
A presença de água é fundamental para a atividade microbiológica, podendo ocorrer
condições de anaerobiose se houver excesso de umidade e a conseqüente expulsão do
oxigênio da massa de resíduos, com o decorrente desprendimento de odores
desagradáveis.
28

Os microorganismos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica necessitam


de carbono para o seu desenvolvimento e de nitrogênio para a síntese das proteínas
intracelulares. A quantidade de nitrogênio requerida por unidade de matéria orgânica
varia com os tipos de microorganismos envolvidos no processo, contudo, a relação
carbono/nitrogênio (C/N) é geralmente aceita como fator determinante do grau de
decomposição da matéria. Uma parte do carbono é usada para a produção das células
microbianas, enquanto, o restante provê energia e é convertido em dióxido de carbono –
CO2, que é liberado para a atmosfera. Quando o teor de nitrogênio é baixo, os
microorganismos devem reciclá-lo através de muitas gerações, enquanto as matérias
com carbono se decompõem. Isto ocorre quando a relação C/N está acima de 30/1, no
início da decomposição, até alcançar 20/1, ou menor, em função da liberação de CO2.
Contudo, apenas uma parcela do nitrogênio é necessária para a estrutura da célula e o
excesso passa a ser liberado na forma de amônia.

A fase aeróbia se encerra quando for consumido o oxigênio existente nos resíduos. O
tempo de ocorrência dessa fase depende da compactação dos resíduos no aterro; em
lixões, onde os resíduos não são compactados, é maior o tempo de duração da fase
aeróbia uma vez que existem interstícios maiores e assim ficam retidos maiores volumes
de oxigênio.

A hidrólise das matérias orgânicas e o metabolismo bacteriano produzem substâncias


parcialmente degradadas e ácidas, tais como: ácido acético, propriônico, butírico e,
principalmente, grande volumes de dióxido de carbono e água. A duração dessa fase é
de alguns dias e a acidificação do meio é caracterizada por pH ácido entre 5,5 e 6,5. As
reações que se verificam nessa fase podem ser representadas pela equação abaixo.

M.O = novos microorganismos + M.O. parcialmente degradada + CO2 + H2O

Nesta fase é gerado um gás com altos teores de dióxido de carbono – CO2 e pouco ou
nenhum metano – CH4.
29

Em meio ácido as bactérias aeróbias não conseguem sobreviver, seja pela falta
nutrientes seja devido à acidez e assim o processo de degradação biológica tende a
estagnar. Felizmente, a natureza provê a solução graças à entrada em ação de
microorganismos que podem viver sem a presença de oxigênio, são as bactérias
anaeróbias, também denominadas de metanogênicas.

Fase anaeróbia

Conforme mencionado, devido ao consumo de oxigênio a Fase Aeróbia termina, porém,


deixando um meio acidificado pela presença, principalmente, de ácido acético
(CH3COOH) e matéria orgânica parcialmente degradada. Inicia-se, então, a segunda
fase do processo com a predominância de organismos que sobrevivem sem oxigênio.
Estes microorganismos são as bactérias anaeróbias que geram metano, dióxido de
carbono, água e algum calor. São bactérias que se nutrem das substâncias liberadas na
primeira fase e assim tem continuidade o processo de degradação das matérias
orgânicas.

As bactérias metanogênicas, produtoras de metano, que operam na segunda fase, obtém


energia a partir de duas reações:

- redução do dióxido de carbono, produzido na primeira fase, pela adição de


hidrogênio com a geração de metano e água;
- decomposição do ácido acético em metano e dióxido de carbono.

As equações das duas reações estão abaixo indicadas.

CO2 + 4H2 = CH4 + 2H2O


CH3COOH = CH4 + CO2

Na segunda fase o meio apresenta-se neutro com pH entre 5,5 e 7,5.


30

As principais bactérias responsáveis pelas fases Ácidas e Metanogênicas identificadas


na fermentação das matérias orgânicas estão relacionadas na Tabela 2.4.5-1.

Tabela 2.4.5-1 - Principais Microorganismos Responsáveis Pela Fermentação das


Matérias Orgânicas
Fase Ácida Fase Metanogênica
Alcalígenes
Clostridiuns
Enterobactérias
Metanosarcinas
Escherichias
Matanococcus
Flavobactérias
Metanoespirillus
Lactobacilos
Desulfovibrios
Streptococcus
Pseudomonas
Fonte: NIELSSEN et al, Waste Management & Research, Vol 16 no.-1998 e
”SODRÉ, F., “Produza Sua Energia – Biodigestores anaeróbios”, Recife, PE –
1986.

Na Figura 2.4.5-1, idealizado pelo Eng. Fernando Sodré da Motta, a seguir, apresenta as
fases de degradação das matérias orgânicas.
31

CÉLULAS
PROTEÍNAS
BACTERIAIS:

AMÔNIA METANOGÊNICAS E
AMINOÁCIDOS
FACULTATIVAS METANO

CARBOHIDRATO
ÁCIDOS ACETATOS
VOLÁTEIS BUTIRATOS e DIÓXIDO DE
AÇÚCARES
outros CARBONO
ACÉTICO

PROPIÔNICO
GORDURAS HIDROGÊNIO
BUTÍRICO
OUTROS
ALDEÍDOS GASES
MONÓXIDO E
ÁCIDOS DIÓXIDO DE
GRAXOS ÁLCOOIS
CARBONO

FASE ÁCIDA AÇÃO ENZIMÁTICA FASE METANOGÊNICA

Fonte: SODRÉ, F., Curso de Aterros Sanitários – Licenciamento, Projeto, Operação e Custos / ABLP - Associação Brasileira de Limpeza Pública.- 2005

Figura 2.4.5-1 - Biodecomposição das Matérias Orgânicas Pela Ação de Microorganismos


32

2.4.5.1 - Geração de Biogás

Ainda, Segundo o Eng. Fernando Sodré da Motta (Curso de Aterros Sanitários –


Licenciamento, Projeto, Operação e Custos / ABLP - Associação Brasileira de Limpeza
Pública - 2005), na Fase Metanogênica ocorre à produção de uma mistura gasosa,
denominada biogás, composta, principalmente, por metano – CH4 e dióxido de carbono
– CO2. O biogás gerado no processo anaeróbio apresenta a composição da Tabela
2.4.5.1-1.

A produção de biogás situa-se entre 80 e 190 m3/tonelada úmida de matéria orgânica –


MO em 10 a 20 anos de vida do aterro sanitário. Pesquisas realizadas na Suécia, em
1998, por Akessan e Nilsson, revelaram a geração de 18 ± 1 m3/t.ano de matéria seca de
resíduos urbanos.

Tabela 2.4.5.1-1 - Composição do Biogás


Componente Fórmula Química Percentual em Volume (%)
Metano CH4 50 – 70
Dióxido De Carbono CO2 35 – 45
Hidrogênio H2 1 – 10
Nitrogênio N2 0,5 – 3
Oxigênio O2 0,1 – 1
Monóxido De Carbono CO 0,1
Gás Sulfídrico H2S 0,1
Vapor D’água H2O Variável
Traços de Outros Gases variável 0,1
Fonte: SODRÉ, F., “Produza Sua Energia –Biodigestores anaeróbios”, Recife, PE – 1986.

A decomposição anaeróbia propícia condições não desejáveis, como a produção de


ácidos graxos, aldeídos, álcoois, gás sulfídrico e monóxido carbono. O gás sulfídrico,
por exemplo, é um gás muito reativo que se combina freqüentemente com material
orgânico parcialmente degradado, formando compostos de cor escura, geralmente
associados com os maus odores do processo. O gás metano pode provocar explosões e
combustão espontânea, uma vez que entre 5% e 15% de metano no ar ambiente forma
misturas explosivas.

Estudos realizados com o biogás gerado em aterros sanitários localizados em países da


Europa revelaram a existência no biogás de mais que 100 componentes, dentre eles
33

compostos orgânicos cancerígenos. Na Tabela 2.4.5.1-2, relaciona-se os compostos


orgânicos encontrados no biogás.

A duração da fase anaeróbia pode ser de algumas dezenas de anos e neste período o
terreno onde foram dispostos os resíduos não pode ser utilizado para a construção de
residências em vista da possibilidade de acúmulo de gases explosivos no interior dos
cômodos. No gráfico da Figura 2.4.5.1-1 é mostrada a evolução da formação dos gases
em aterros e lixões de resíduos urbanos.

90

80
PERCENTUAL (% volume)

70
CO2
60 55%

50 2
40%
40

30 CH4
20
O2
O2
N2
10 H2 4%
H2 N2
0
1
4
7
10
13
16
19
22
25
28
31
34
37
40
43
46
49
52
55
58
61
64
67
70
73
76
79

DIAS

Fonte: “Landfill off-gas collection and treatment systems”, US Army Corps of Engineers, USA – 1995.
Figura 2.4.5.1-1 - Evolução dos Gases Componentes do Biogás Gerado em Aterros Sanitários
34

Tabela 2.4.5.1-2 - Compostos Orgânicos Encontrados no Biogás


Designação do Composto Concentração Média (ppm)
Dimetil- benzeno 588
Xileno 333,85
Etano 252,63
Metilciclohexana 99,7
Metilpentano 84
Tolueno 59,34
Cloreto de metileno 24,5
Etil-benzeno 21,73
Propano 13,59
Tetracloroetano 8,43
Metil-etil-cetona 8,17
Cloreto de vinila 7,71
Acetona 5,94
Pentano 5,64
Hexano 5,33
Triclocloroetano 3,98
Butano 3,68
Benzeno 3,6
Dicloroetano 3,51
Clorometano 2,03
Tetracloreto de carbono 1,85
Metilisobutilcetona 1,38
til isobutil cetona 1,38
Clorodifluorometano 1,35
Dicloroetano 1,3
Diclorodifluorometano 1,2
Triclorofluorometano 0,99
Tricloroetano 0,84
Bromodicloroetano 0,71
Cloro benzeno 0,38
Acrilonitrila 0,32
Dicloropropeno 0,12
Tetracloroetano 0,1
Cloroetilvinil Eter 0,08
Fonte: LANDFILL OFF-GAS COLLECTION AND TREATMENT SYSTEMS DEPARTMENT OF THE
ARMY - U.S. Army Corps of Engineers. Technical Letter – EUA, April 1995.

Em vista do seu potencial explosivo, o metano dispersa no ar ambiente forma uma


mistura explosiva e dos seus componentes agressivos à saúde pública faz-se necessário
drenar e eliminar o biogás por combustão. A drenagem é realizada por meio dos drenos
de biogás, que consistem em tubos perfurados de concreto inseridos na massa de
resíduos dispostos no aterro.
35

2.4.5.2 - Volumes dos Gases a ser Gerado

No Anexo III é apresentado o cálculo da estimativa de geração de gás do futuro aterro


sanitário de Cachoeiro de Itapemirim. A Figura 2.4.5.2-1 apresenta evolução da geração
de metano estimada para o futuro aterro sanitário.

1.600.000

1.400.000

1.200.000

1.000.000
CH4 (m3/ano)

800.000

600.000

400.000

200.000

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
ANO
Figura IV.2.4.5.2- 1 - Evolução da Geração de Metano Estimada para o Futuro Aterro Sanitário de
Cachoeiro de Itapemirim

2.4.5.3 - Dreno de gás a ser implantado

As Plantas 3, 4 e 6 (Anexo V) apresentam a localização e o detalhamento dos drenos de


gás a serem implantados no futuro aterro sanitário de Cachoeiro de Itapemirim.

Os drenos serão formados por tubos de concreto, de diâmetro de 0,5 m, perfurados,


revestidos por uma "camisa" de rachão com largura de 0,30 m conforme apresentado na
Figura 2.4.5.3-1 que representa, esquematicamente, o posicionamento dos drenos de gás
a serem implantados no aterro.
36

Figura 2.4.5.3-1 - Sistema de Drenagem de Gás a ser Implantado no Aterro

2.4.6 - Drenagem de águas pluviais

O sistema de drenagem superficial da área ocupada pelo aterro sanitário, foi concebido a
partir da geometria dos taludes das camadas do aterro (Anexo V – Planta 5).

Deste modo, previu-se que a maior parte do sistema será constituído por canaletas de
concreto pré-fabricadas de seção meia cana, situadas nas bermas dos taludes, as quais
encaminharão as águas de chuva para as escadas hidráulicas, bacias de acumulação /
detenção e dispositivos de dissipação estrategicamente dispostos, que conduzirão as
águas, para a drenagem natural da área. Este sistema de drenagem deverá ser
implantado à medida que as camadas sejam concluídas.

2.4.7 - Tratamento do esgoto gerado nas edificações de apoio

As edificações de apoio terão sistemas de tratamento de esgoto individuais (estações


compactas de tratamento de esgoto).

Estas estações compactas de tratamento de esgoto (ECTE) serão formadas por um


Reator Ascendente de Manta Anaeróbica (RAMA) e um Reator de Manta de Lodo Fixo
37

(HÍBRIDO) (Figura 2.4.7-1). O RAMA, que substituí o filtro anaeróbio convencional,


será formado por uma unidade cilíndrica de sedimentação e digestão (fluxo ascendente)
e um defletor de gases e materiais flutuantes. O Reator Híbrido de fluxo ascendente,
equivalente ao filtro anaeróbio, será formado de uma unidade cilíndrica equipada com
um dispositivo que preserva a biomassa e um leito fixo de brita nº 04.

No Anexo III são apresentados os dimensionamentos dos equipamentos a serem


adotados. Deve-se notar que estes sistemas de tratamento de esgoto foram super
dimensionados para garantir que sejam utilizados Reatores Ascendentes e Reatores de
Manta de Lodo Fixo padronizados existentes no mercado.

Figura 2.4.7-1 - Estação Compacta de Tratamento de Esgoto (ECTE)

As dimensões do RAMA e do Reator Híbrido variam em função da população atendida.


A Tabela 2.4.7-1 apresenta as dimensões dos sistemas a serem adotados nas edificações
do aterro sanitário.
38

Tabela 2.4.7-1 - Características do Sistema Compacto de Tratamento de Esgoto


Rama Reator Híbrido
Edifício Altura Diâmetro Volume Peso Altura Diâmetro Volume Peso
(m) (m) (m3) (kg) (m) (m) (m3) (kg)
Vestiário /
1,45 1,60 1,87 95,00 1,80 1,60 1,87 115,00
Refeitório
Escritório /
1,30 0,75 0,63 20,00 1,30 0,75 0,83 25,00
laboratório
Almoxarifado /
1,30 0,75 0,63 20,00 1,30 0,75 0,83 25,00
Oficina
Gabão
1,45 1,60 1,87 95,00 1,80 1,60 1,87 115,00
recicláveis

A eficiência na remoção do DBO5 do sistema é da ordem de 80%, o que possibilita que


os efluentes, após o tratamento, possam, caso necessário, ser lançados na lagoa de
contenção de líquidos percolados do aterro.

2.4.8 - Sistema de retenção de sólidos e óleos

No dimensionamento do sistema de retenção de sólidos e de óleos, a ser implantado


junto ao edifício da oficina / almoxarifado, foi previsto, a favor da segurança, que
ocorra lavagem de equipamentos durante 4,0 horas por dia, com uma vazão de 0,5 L/s
(14,4 m3/dia).

O sistema será formado por uma caixa de remoção de sólidos, na parte inicial, seguidas
de uma caixa de remoção de óleos.

A memória de cálculo, apresentada no Anexo III, mostra o dimensionamento do sistema


de remoção de sólidos e óleos, baseado na metodologia apresentada no “Manual de
Tratamento de Águas Residuais Industriais”, editado pela CETESB em 1979. A Planta 7
do Anexo V apresenta os detalhes da caixa de remoção de sólidos e óleos.

O sistema de retenção de sólidos e de óleos deverá ser inspecionado mensalmente


verificando-se a quantidade de material retido. No máximo a cada quatro meses,
independente das caixas estarem cheias de material, será realizado uma limpeza geral
em cada uma das unidades do sistema.
39

Os resíduos sólidos retirados deverão ser encaminhados para o aterro. Os óleos retirados
serão encaminhados para empresas recicladoras licenciadas para este fim.

2.4.9 - Sistema de monitoramento

2.4.9.1 - Monitoramento de águas superficiais e subterrâneas

Com o objetivo de monitorar as características físico-químicas das águas superficiais e


subterrâneas, bem como as possíveis alterações em decorrência da operação do aterro,
será implantada no local uma rede de poços tubulares para monitoramento
hidrogeológico (ANEXO V - Planta 3, 4 e 7), concebidos de acordo com as normas
vigentes.

Recomenda-se que sejam realizadas coletas de amostras a cada dois meses, sendo que
em cada amostra deverão ser determinados os parâmetros físico-químicos e
microbiológicos apresentados nas Tabelas 2.4.9.1-1 e 2.4.9.1-2.

Tabela 2.4.9.1-1 - Parâmetros a serem determinados no monitoramento das águas superficiais e


subterrâneas
(Exames Físico – Químicos)

Parâmetros Unidades L.D.


Alumínio mg Al/L 0,08
Arsênio mg As/L 0,010
Bário mg Ba/L 0,30
Cádmio mg Cd/L 0,004
Cobre mg Cu/L 0,010
Chumbo mg Pb/L 0,05
Cromo Total mg Cr/L 0,016
Dureza mg CaCO3/L 1,0
Ferro Total mg Fe/L 0,012
Manganês mg Mn/L 0,012
Mercúrio mg Hg/L 0,001
Prata mg Ag/L 0,009
Selênio Mg Se/L 0,003
Zinco mg Zn/L 0,001
Aspecto - -
Cor mg Pt/L 5
Odor - -
Turbidez N.T.U. 0
Alumínio Solúvel mg Al/L 0,08
Chumbo Solúvel mg Pb/L 0,05
Ferro Solúvel mg Fe/L 0,012
40

Parâmetros Unidades L.D.


Manganês Solúvel mg Mn/L 0,012
Cianeto mg CN/L 0,017
Sulfato mg SO4/L 2
Fluoreto mg F/L 0,10
Fenóis mg C6H5OH/L 0,001
Orto-Fosfato mg P/L 0,011
Surfactantes mg LAS/L 0,07
Nitrato mg N/L 0,02
Cloreto mg Cl/L 0,5
Sólidos Dissolvidos Totais mg/L 1
TOC mg C/L 1,0
OBS.: L.D.:Limite de detecção do método.

Tabela 2.4.9.1-2 - Parâmetros a serem determinados no monitoramento das águas superficiais e


subterrâneas
(Exames Microbiológicos)
Parâmetros Unidades
Contagem Padrão de Bactérias UFC/mL a 35ºC 48h
Coliformes Totais NMP / 100 mL
Escherichia COLI NMP / 100 mL
Referências: - AWWA – APHA – WPCI – Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater
– 20ª Edição - Guia de coleta e preservação de amostras de água – 1ª Edição – CETESB 1988

Ainda, poderão ser analisados outros parâmetros que serão definidos em função da
caracterização da composição físico-química dos líquidos percolados ou de acordo com
as orientações do órgão de controle ambiental.

Além do monitoramento das águas subterrâneas, será monitorada a qualidade da água


superficial (segundo a legislação vigente) dos cursos d’água próximos da área do aterro.
Os parâmetros a serem analisados serão os mesmos acima relacionados e a
periodicidade de coleta e análise das amostras será quadrimestral.

2.4.9.2 - Monitoramento geotécnico

O monitoramento geotécnico de um aterro sanitário tem por objetivo analisar o


comportamento deformacional do maciço e identificar feições de degradação, de
instabilidade e de situações de risco quanto à perda ou redução da estabilidade global do
maciço e de seus taludes.
41

Os resultados do monitoramento geotécnico orientam os serviços de conservação e


manutenção e permitem a adoção, em tempo hábil, de medidas preventivas e corretivas
das áreas afetadas e potencialmente instáveis.

As atividades do monitoramento geotécnico de um aterro sanitário devem ser


estruturadas e sistematizadas em um plano operacional que, por sua vez, deverá
considerar os seguintes parâmetros básicos: os deslocamentos horizontais e verticais, os
níveis piezométricos, as pressões de gás, as vazões de chorume e os índices
pluviométricos. São utilizados ainda indicadores das feições de degradação, como
erosões, trincas e rachaduras, surgências e vazamentos de chorume etc..

O monitoramento geotécnico será realizado por meio de vistorias sistemáticas e


periódicas e da utilização de uma rede de instrumentação constituída, no mínimo,
marcos superficiais de deslocamentos verticais e horizontais, medidores de nível d’água
e piezômetros.

O comportamento deformacional do maciço é acompanhado e analisado por meio das


observações das vistorias periódicas e dos resultados das leituras dos marcos
superficiais, interpretados de forma integrada, para se verificar a persistência e/ou
magnitude dos valores dos deslocamentos horizontais e verticais ao longo do tempo e,
também, a necessidade de investigações específicas, da ampliação da rede de
monitoramento ou de medidas corretivas.

a) Vistorias - Inspeções Visuais

As vistorias compreendem exames visuais das condições superficiais do maciço do


aterro, através de suas bermas e taludes e das áreas adjacentes. As vistorias ou inspeções
visuais constituem o procedimento básico para a execução do monitoramento
geotécnico, devendo ser realizadas em base contínua e de forma sistemática, por técnico
experiente e treinado, que deve percorrer toda a extensão do maciço do aterro e
arredores verificando a existência de indícios de comportamento anômalo do maciço. A
42

lista de verificação básica compreende a presença, origem e causas das seguintes


feições:

- Trincas, deformações ou outros problemas no solo de cobertura e superfície do maciço


do aterro;
- Trincas, desarranjos, alterações no caimento, endossamentos, assoreamentos,
transbordamentos ou outros problemas estruturais e funcionais dos dispositivos de
drenagem superficial;
- Abaulamentos ou abatimentos (afundamentos) da superfície do aterro;
- Endossamentos de águas pluviais na superfície do aterro;
- Processos erosivos em formação e ou em desenvolvimento;
- Condições de umidade anômalas, surgências ou vazamentos de chorume.

Quando constatada qualquer uma destas feições, ou outra entendida como anômala,
deve ser feita sua descrição, documentação fotográfica, registro do local de ocorrência
(cadastramento topográfico) e fenomenologia (mecanismos e processos de formação).

b) Instrumentação Geotécnica

A rede de instrumentação geotécnica é normalmente constituída por instrumentos que


permitem determinar em superfície as deformações do maciço, traduzidas pelos
parâmetros de deslocamentos verticais e horizontais e, internamente, as pressões de
percolados e gases.

Os instrumentos básicos utilizados são os marcos superficiais de deslocamentos, os


medidores de nível d’água, os piezômetros e, eventualmente, os manômetros de gás.

 Marcos superficiais de deslocamentos: os marcos superficiais de deslocamentos


correspondem a pontos de referência fixos para controle dos deslocamentos horizontais
e verticais do maciço, sendo que a distribuição espacial dos marcos superficiais de
deslocamentos no aterro é definida em função das necessidades de avaliação e
interpretação do comportamento deformacional do maciço.
43

As leituras destes instrumentos são feitas de forma sistemática e periódica por meio de
levantamento topográfico eletrônico de precisão ("estação total"). Os resultados das
leituras e o acompanhamento das movimentações em superfície permitem obter o rumo
e a intensidade dos deslocamentos horizontais e a variação de magnitude e a velocidade
dos deslocamentos verticais ao longo do tempo.

A análise conjunta dos resultados das leituras dos marcos superficiais permite
identificar os locais do maciço onde podem estar ocorrendo movimentações mais
acentuadas e ou rápidas, orientando as inspeções visuais (vistoria de verificação ou
consolidação).

 Piezômetros associados a manômetros padrão: os piezômetros associados a


manômetros padrão, mostrados adiante através da Figura 2.4.9.2-1, constituem
instrumentos que permitem identificar os valores ou níveis de pressões neutras (níveis
piezométricos) no interior do maciço do aterro, devido à presença de percolados e gases.

O conhecimento da distribuição das pressões neutras no interior do maciço do aterro


permite verificar a eficiência dos sistemas de drenagem interna, e constitui importante
subsídio para a análise de estabilidade dos seus taludes.

Os poços de monitoramento instalados para coleta de amostras de água para análise da


qualidade das águas subterrâneas podem ser também utilizados para medir os níveis
piezométricos do aqüífero freático.
44

Figura 2.4.9.2-1 - Detalhes Construtivos do Piezômetro


45

2.5 - Infra-estrutura de apoio

Para apoio a operação do futuro aterro sanitário de Cachoeiro de Itapemirim será


implantada e mantida a seguinte infra-estrutura apresentada a seguir e detalhada no
Anexo VII, Plantas 1,8 e 9:

- Guarita / Cancela: a função da portaria e da cancela será de controlar a entrada


e a saída de veículos autorizados a circular na área do aterro, supervisionando a
chegada dos resíduos destinados a aterramento, exercendo fiscalização sobre a
entrada de resíduos, uma vez a entrada de resíduos não autorizados pelos
órgãos ambientais poderiam prejudicar a execução do empreendimento.

- Balança: a função da balança será de registrar as quantidades de resíduos que


serão dispostos no aterro.

- Escritório / Laboratório: a função desse edifício é a de propiciar as condições


adequadas para se efetuar as atividades administrativas do aterro e para realizar
analise simples de materiais que possam a vir a entrar no aterro (resíduos e
materiais de construção).

- Refeitório / Vestiário: este edifício terá for função oferecer aos trabalhadores do
aterro condições adequadas para sua alimentação e sua higiene pessoal.

- Almoxarifado / Oficina: será construído um galpão coberto onde os


equipamentos do aterro poderão ser reparados e mantidos.

- Galpão para triagem / estocagem de material reciclável: visará proporcionar


segurança e conforto na operação do material proveniente da coleta seletiva e
dos pontos de entrega voluntária.

- Caixa d’água elevada: para o fornecimento de água para as edificações e


manutenção dos equipamentos será implantada uma caixa d’água elevada.
46

- Sistema de retenção de sólidos e líquidos: junto à oficina será implantado um


sistema de coleta e separação dos efluentes gerados na manutenção dos
equipamentos que operam no aterro.

- Sistema de tratamento de esgoto: cada edifício terá seu sistema independente


de tratamento de esgoto.

- Pátio de Estocagem de Materiais: este pátio se configurará como local de


armazenamento temporário de canaletas, pedras, tubos e outros materiais
indispensáveis ao desenvolvimento das obras e à operação do aterro.

- Pátio de Estocagem de material de cobertura: terá por finalidade estocagem


do material escavado na primeira e na segunda fase de implantação do aterro
para ser utilizado posteriormente como material de cobertura.

- Portão / Cerca: o cerceamento da área do aterro visará impedir a entrada de


pessoas não autorizadas na obra.

- Acessos Internos: deverão ser interligados aos diversos pontos da área do aterro.
estes acessos serão executados com largura mínima de 6 (seis) metros e
declividade máxima de 10 %.

- Barreira Vegetal: para reduzir os impactos causados pela operação do aterro


será implantada uma barreira vegetal em todo o seu perímetro.

2.6 - Mão-de-obra

O aterro sanitário operará 24 horas por dia, sete dias por semana.

A Tabela 2.6-1 apresenta a quantidade e a especialização da mão-de-obra que será


utilizada durante a implantação e a operação das etapas propostas.
47

Tabela 2.6-1 - Quantidade e Especialização da Mão-de-Obra Utilizada nas Etapas do


Empreendimento
1ª Etapa do Aterro
Implantação Operação
- 01 Engenheiro civil; - 01 Engenheiro civil;
- 01 Administrador; - 01 Administrador;
- 01 Auxiliar de escritório; - 01 Auxiliar de escritório;
- 02 Operadores de trator de esteiras; - 04 Operadores de trator de esteiras;
- 01 Operadores de retro escavadeira; - 01 Operador de retro escavadeira;
- 02 Operadores de pá-carregadeira; - 01 Operador de pá-carregadeira;
- 4 Motoristas de Caminhão; - 02 Motoristas de Caminhão;
- 8 Vigias; - 8 Vigias;
- 18 Auxiliares - 6 Auxiliares (balança, manutenção, etc.).
Total: 38 postos de trabalho Total 24 postos de trabalho

Estima-se que para realizar a separação do material reciclável, proveniente da coleta


seletiva e dos pontos de entrega voluntária, serão necessários dois turnos de 15
separadores (30 postos de trabalho).

2.7 - Equipamentos

Na operação do aterro considerou-se necessários, no mínimo, os seguintes


equipamentos:

• Trator de Esteiras

Este equipamento terá por finalidade o manuseio e a compactação dos resíduos além de
realizar cobertura de terra.

Considerou-se um tempo adicional de 20% para serviços diversos como melhoria de


acessos, arraste de materiais e outros serviços.

A Tabela 2.7-1 apresenta o rendimento, deste equipamento, quando operado em aterros


sanitários.
48

Tabela 2.7-1 - Rendimento de Tratores de Esteira em Aterros Sanitários


Quantidade de Lixo (t/dia) Potência (hp)
Até 50 40 a 50
De 50 a 250 70 a 90
De 250 a 500 140 a 160

Optou-se, por um trator de esteiras D6-CATERPILLAR ou similar (potência entre 140 a


160 HP) para a operação do aterro.

• Pá Carregadeira

A pá carregadeira terá a função principal de carregar os caminhões com material de


cobertura (terra) e materiais em geral (areia, rachão, tubos, etc.).

Com base na natureza do serviço optou-se por uma pá carregadeira Caterpillar 930 ou
similar.

• Retroescavadeira

Terá como principal função à abertura de drenos de águas pluviais e líquidos


percolados.

Será necessário uma retroescavadeira na obra, com potência de 75 HP e rendimento de


400 metros por dia na abertura de drenos.

• Caminhão Basculante

Terá como função principal o transporte da terra e materiais para a frente de operação
do aterro.

Na operação do aterro será utilizado um caminhão basculante.


49

• Caminhão Tipo Pipa

O caminhão tipo pipa terá como finalidade umedecer os acessos, auxiliar a lavagem dos
equipamentos e transportar os líquidos percolados para estação de tratamento de esgoto.

Na operação do aterro será utilizado um caminhão tipo pipa.

• Veículos de Apoio

Para dar apoio à obra previu-se dois veículos leva tipo Pick-Up.

• Balança

Será utilizada uma balança tipo rodoviária, com capacidade mínima de 30 t, para o
controle de entrada no aterro de resíduos, terra e materiais em geral (areia, brita, etc.).

Durante implantação das etapas do aterro deverão ser mobilizados os seguintes


equipamentos:

- 02 Tratores de esteiras;
- 01 Retro escavadeira;
- 02 Pás-carregadeiras;
- 04 Caminhões basculantes;
- 02 Veículos leva tipo Pick-Up.

2.8 - Insumos para implantação e operação

2.8.1 - Abastecimento de água

A água para o abastecimento das caixas de água dos edifícios de apoio, lavagem de
equipamentos, etc. terá como origem um poço artesiano que será perfurado a montante
50

da área do aterro. O poço artesiano bombeará a água para um reservatório d’água


elevado para que seja possível distribuir água para as demais estruturas por gravidade,
sem o uso de bomba ou qualquer outro maquinário.

Cabe ressaltar, ainda, que o abastecimento de água potável para consumo humano se
dará por meio de galões de água mineral de 20 litros, com origem controlada. As
principais estruturas do canteiro de obras haverá um bebedouro com suporte para os
galões de 20 litros. de água mineral. Estes sistemas de abastecimento de água
perdurarão durante as etapas de implantação e operação do empreendimento.

2.8.2 - Uso de combustíveis

A lavagem e a troca de óleo dos veículos e equipamentos e o abastecimento de


combustível dos veículos do empreendimento serão realizadas em local com infra-
estrutura adequada, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, dada a sua proximidade com
o empreendimento.

Quanto ao abastecimento de combustíveis dos equipamentos, o mesmo será feito por


uma distribuidora da região (a ser selecionada em época oportuna), que o realizará com
veículo próprio e adequado, segundo um calendário pré-estabelecido entre as partes.
Para tanto, será construída, junto ao edifício da oficina, uma estrutura adequada para
esta atividade, a qual ocupará área igual ou superior a 100 m2, com piso impermeável
(piso em concreto, com espessura de 20 cm) e canaletas (12,5 cm de largura X 12,5 cm
de profundidade) nos seus limites. Estas canaletas têm como função conter eventuais
vazamentos que ocorram no abastecimento, impedindo que os combustíveis
contaminem as áreas adjacentes.

Haverá no canteiro de obras um estoque de serragem para que, em caso de acidentes


com combustíveis, óleos e graxas se faça à imediata contenção e sucção do fluído.
Posteriormente, esta serragem deverá ser acondicionada, em tambores de 60 litros, e
disposta em local adequado.
51

2.8.3 - Energia elétrica

O local é provido de energia elétrica trifásica, e portanto o prolongamento desta será


solicitado pelo empreendedor. Este suprimento de energia elétrica será necessário para
garantir os sistemas de iluminação previstos. Foram previstos dois sistemas de
iluminação, um fixo que garantirá a segurança do aterro e outro provisório que se
deslocará à medida que à frente de trabalho evolua.

2.8.4 - Telecomunicações

A região já possui cabos telefônicos a extensão até o empreendimento poderá ser


solicitada pelo empreendedor, assim que necessário. Estes cabos atenderão ao escritório
de apoio onde haverá no mínimo uma linha telefônica. Também é previsto um sistema
de comunicação entre a frente de trabalho e o escritório que será realizada através de
rádios intercomunicadores e telefones celulares.

2.9 - Plano de emergência

O plano de emergência do aterro comporta os aspectos ligados aos acidentes ambientais


e ocupacionais.

Para o caso de acidentes ambientais foram elaborados programas de monitoramento e


medidas mitigadoras que estão propostas neste projeto.

Em caso de acidentes dessa natureza os órgãos ambientais serão devidamente


informados.

Para o caso de acidente ocupacional será acionado o sistema de saúde do município,


podendo também se solicitar o auxílio do corpo de bombeiros e da defesa civil.
52

Os equipamentos ligados à segurança ocupacional a serem utilizados, são: EPIs,


extintores de incêndio e estojo de primeiros socorros.
2.10 - Plano de segurança e higiene do trabalho

Será previsto um responsável habilitado para segurança do trabalho no aterro sanitário,


de acordo com a legislação vigente, secundado por auxiliares e atuação em todos os
setores da
obra, visando à prevenção de acidentes pessoais e patrimoniais. Este profissional é
responsável pelas atividades seguintes:

Pelo fornecimento dos equipamentos individuais de segurança aos empregados, bem


como pela correta utilização dos mesmos;

- PROTEÇÃO PARA A CABEÇA: todos os empregados deverão usar capacetes de


segurança, independentemente de suas atividades específicas.
- PROTETORES FACIAI: para trabalhos que ofereçam perigo de lesão por projeção de
fragmentos e respingos de líquidos.
- ÓCULOS DE SEGURANÇA CONTRA IMPACTO: para trabalhos que possam causar
irritações nos olhos e outras decorrentes da ação de líquidos agressivos.
- PROTEÇÃO PARA MÃOS E BRAÇOS: luvas e/ou mangas de proteção, para trabalhos
que tenham contato com resíduos;
- PROTEÇÃO PARA OS PÉS E PERNAS: botas de borracha para os trabalhos
executados em locais molhados ou lamacentos, especialmente quando da presença de
resíduos.

Em qualquer tipo de atividade no local do aterro, os empregados deverão usar calçados


seguros e adequados, não sendo permitido o uso de tamancos, sandálias ou calçados de
pano.

O responsável pela segurança deverá programar palestras de integração para os


empregados, orientando-os sobre o uso adequado dos equipamentos individuais de
proteção e a observância das normas de segurança.
53

Deverão ser verificadas, diariamente, de acordo com o programa estabelecido, as


condições em que são realizados os trabalhos, sendo solicitadas, em caráter de urgência,
as providências necessárias.

Todos os edifícios de apoio deverão, obrigatoriamente, ser equipados com extintores de


incêndio, em perfeitas condições de uso.

Durante a operação do aterro, os funcionários terão disponíveis instalações sanitárias


adequadas, consistindo de lavatórios, vasos sanitários, bebedouros e chuveiros, em
quantidade suficiente ao atendimento de seu pessoal. Tais instalações deverão ser
conservadas e mantidas de forma satisfatória ao bom uso.

3. MEMORIAL EXECUTIVO

A seguir são apresentadas, resumidamente, as diretrizes construtivas que deverão ser


seguidas na implantarão e operação do futuro aterro sanitário de Cachoeiro de
Itapemirim.

3.1 - Implantação

A implantação do novo aterro sanitário de Cachoeiro de Itapemirim será constituída das


obras que deverão ser realizadas antes do inicio da disposição dos resíduos.

3.1.1 - Serviços preliminares

O presente item engloba os trabalhos iniciais relativos à mobilização e instalação de


canteiro e execução das instalações provisórias de obra.

3.1.2 - Terraplenagem
54

Os trabalhos de terraplenagem constituirão nos serviços de escavação e aterramento na


área do futuro aterro.
ATERRO

- Preparativos da área

Deverá ser realizada a limpeza da superfície imediatamente antes da colocação da


camada de aterro (argila).

Toda a superfície deverá ser cuidadosamente inspecionada imediatamente antes da


colocação da camada do aterro, verificando se atende as condições do projeto.

- Controle do material construção do aterro

O controle do material de construção do aterro poderá ser limitado à inspeção visual


seguindo os seguintes critérios:

O controle visual deverá ser efetuado por pessoal orientado, de modo a garantir que
somente seja utilizado o material especificado (argila) reconhecido pela cor e textura
características, e não contaminados por restos vegetais.

No caso da ocorrência de materiais diferentes daqueles especificados, esses deverão ser


desprezados.

O controle da espessura da camada de argila será realizado topograficamente.

- Normas Gerais de Compactação

Os lançamentos deverão ser executados em camadas horizontais na praça liberada, após


demarcação de espessuras em toda faixa lateral com cruzetas de 20 em 20 m.
55

A argila lançada deverá ser espalhada e nivelada convenientemente de maneira a obter


uma superfície plana e de espessura constante da camada a ser compactado.

Durante as operações de lançamento e espalhamento, deverá ser mantido pessoal


necessário para remoção de raízes, detritos e outros materiais estranhos à argila.

A argila será compactada por rolo compactador (Porton Normal 95%).

A passada será definida como uma cobertura completa, abrangendo a totalidade da


superfície e com uma superposição de 0,30 m entre faixas de compactação adjacentes.

Em locais estreitos onde não seja possível o uso do rolo compactador, a argila será
lançada em camadas com até 10 cm de espessura para compactação com equipamento
de pneus ou para compactação manual.

- Controle da Compactação

O controle da compactação será exercido por inspeção visual e verificado, para efeito de
registro, por ensaios de controle tecnológico;

O controle visual será efetuado por pessoal treinado para esse fim. Deverão ser
observados os seguintes aspectos:

- tipo de material lançado;


- origem do material;
- homogeneidade do material lançado;
- espessura da camada antes e após a compactação;
-número de passadas e cobertura adequada da faixa compactada pelo
equipamento compactador.

Caso a inspeção visual indique a ocorrência de grau de compactação abaixo do


esperado, será indicada a execução de duas ou mais passadas adicionais.
56

Regularização da área

Esta especificação técnica tem por objetivo estabelecer normas e recomendações quanto
à regularização da área onde será implantado o aterro sanitário.

- Limpeza da área

A limpeza da área do futuro aterro sanitário consistirá na remoção de todo o material


que não seja solo;

Os limites das áreas a serem limpas estender-se-ão, pelo menos, 2,0 m além das linhas
de demarcação das escavações.

A limpeza superficial compreende a remoção dos detritos de origem vegetal, resíduos


sólidos, entre outros, em toda da área do futuro aterro sanitário.

- Cotas e declividades a serem obtidas

A Planta 3 (Anexo V) indica as cotas e as declividades a serem obtidas quando da


realização da implantação da base do aterro prevista para o aterro sanitário.

As declividades do fundo do aterro será sempre iguais ou superiores a 1,0 %.

A área escavada e as áreas aterradas, que irá receber os drenos sub-superficiais


(testemunho), terão declividade igual ou superior a 1,0 %.

- Controle da execução do serviço

O controle da execução do serviço será realizado através de levantamentos topográficos.


57

Uma inspeção visual das superfícies dos fundos do futuro aterro, que deverão estar
niveladas conforme previsto no projeto, isenta de qualquer tipo de material contundente,
depressões e mudanças abruptas de inclinação do terreno.

3.1.3 - Sistema de drenagem sub-superficial

Esta especificação técnica tem por objetivo estabelecer normas e recomendações quanto
à implantação do sistema de drenagem sub-superficial a ser implantado no futuro aterro
sanitário de Cachoeiro de Itapemirim.

- Preparativos da área

A superfície de apoio do sistema de drenagem sub-superficial deverá estar nivelada


conforme estabelecido no projeto. Deverá ser realizada a limpeza da superfície
imediatamente antes da implantação da caixa de passagem, do poço de acumulação e da
colocação da brita.

Toda a superfície deverá ser cuidadosamente inspecionada imediatamente antes da


colocação da camada de brita, verificando se são atendidas as condições do projeto.

- Controle dos materiais para a implantação da drenagem sub -superficial

O controle dos materiais de construção da drenagem sub-superficial poderá ser limitado


à inspeção visual seguindo as seguintes recomendações:

O controle visual deverá ser efetuado por pessoal orientado, de modo a garantir que
somente seja utilizado o material especificado (pedra britada,areias e geotextil), tubo de
PEAD e de concreto, concreto armado e alvenaria.

No caso da ocorrência de materiais diferentes daqueles especificados, esses deverão ser


desprezados.
58

- Normas gerais de implantação

Após a realização da terraplenagem deverão ser implantadas as caixas de passagem


(alvenaria com base e tampa em concreto armado) e o poço de acumulação (base e
tampa em concreto armado e anéis em concreto) conforme apresentado na Plantas 3 e 6
do Anexo V.

Antes da colocação geomembrana deverão ser implantados os drenos sub superficial


constituído de drenos horizontais, revestido com geotêxtil (no mínimo 300g/m2),
preenchido com rachão e uma tubulação corrugada e perfurada (drenos principais), em
PEAD (Planta 30 do Anexo V).

3.1.4 - Poços de monitoramento

A construção dos poços de monitoramento das águas subterrâneas a serem implantados


na área do futuro aterro deverá seguir as recomendações da Norma Brasileira NBR
13895 - Construção de Poços de Monitoramento e Amostragem.

3.1.5 - Geomembrana (manta de pead)

A seguir são apresentados os procedimentos a serem adotados quando da estocagem,


movimentação e colocação da manta de PEAD de 1,5 mm de espessura. Estes
procedimentos seguem as recomendações da Associação Brasileira de Geossintéticos –
IGSBRASIL (IGSBR IGMT 01 - Instalação de Geomembranas Termoplásticas –
Recomendações para Projetos).

a) Recepção e armazenagem das geomembranas


- Recebimento: Cada lote de bobinas ou painéis, recebido na obra, deverá
estar identificado de acordo com a norma NBR 12592.
- Certificados de qualidade: Cada lote de bobinas ou painéis recebidos na
obra deverá estar acompanhado do certificado de qualidade de fabricação
da geomembrana fornecido pelo fabricante.
59

- Descarregamento das bobinas: O descarregamento na obra deverá ser feito,


por empilhadeiras ou equipamento equivalente, como caminhões Munck,
tratores com pá, etc., os quais permitam o seu içamento e a
movimentação segura. O içamento deverá ser efetuado utilizando-se,
cintas de poliéster, içando-os através de no mínimo dois pontos de
sustentação, para evitar deformações.

- Inspeção visual externa das bobinas: Deverá ser inspecionado visualmente


a parte externa do material recebido na obra. O exterior deverá estar livre
de perfurações, bolhas, cortes ou rachaduras.

- Superfície de armazenamento: As bobinas deverão ser colocados sobre


tablados de madeira ou sobre um colchão de areia, para evitar o contato
direto com o solo, sendo que a superfície deverá ser plana, lisa e livre de
pedras e materiais pontiagudos que possam danificar a geomembrana.
Deverá-se evitar o armazenamento próximo a agentes químicos e fontes
de calor.

- Empilhamento: Deverão ser seguidas as recomendações do fabricante que


acompanham o produto, conforme indica a NBR 12592. Na falta destas
recomendações é aconselhável o empilhamento em no máximo três
níveis de bobinas.

- Encunhamento: O deslocamento das bobinas armazenadas em pilhas


deverá ser restringido pelo uso de cunhas dispostas em cada um dos rolos
inferiores antes da colocação do segundo nível, sendo que a cunha deverá
ser lisa e de dimensões tais que não danifique a geomembrana.

- Posicionamento: As bobinas e painéis deverão ser armazenados


considerando-se a ordem de retirada, conforme a modulação prevista, e o
processo de abertura dos mesmos.
60

- Deslocamento e manuseio: O deslocamento das bobinas na obra, assim


como o seu manuseio, deverão seguir as recomendações citadas no item
descarregamento.

b) Preparação das superfícies

Superfície de apoio:

- A preparação da superfície de apoio deverá ser executada previamente, de


acordo com as especificações do projeto.

- A superfície de apoio (fundo e taludes) deverá estar nivelada, compactada


e isenta de qualquer tipo de material contundente, depressões e mudanças
abruptas de inclinação do terreno não previstas no projeto. Deve-se
promover a limpeza da superfície imediatamente antes da colocação da
geomembrana.

- A colocação da geomembrana deverá ser realizada imediatamente após os


serviços de preparação da superfície de apoio para evitar a deterioração do
terreno produzida por chuva, vento, perda de umidade do solo e transito
local.

- Toda a superfície deverá ser cuidadosamente inspecionada imediatamente


antes da colocação da geomembrana, verificando se atende as condições
do projeto.

Ancoragem:

- As canaletas de ancoragem deverão ser executadas previamente, porém


com um mínimo de defasagem da colocação da geomembrana, para evitar
a diminuição da sua seção por desbarrancamento dos lados, pelo efeito da
chuva.
61

- As canaletas deverão ser escavadas nas dimensões indicadas no projeto,


sendo recomendados os seguintes valores mínimos: distância da borda do
talude de 60 cm, largura de 30 cm e profundidade de 50 cm.

Interferências:

- As interferências com tubos, caixas de entrada / saída e com outras


superfícies deverão ser tratadas como sugerem os esquemas apresentados
no projeto, ou de forma similar, desde que seja garantida uma perfeita
vedação.

c) Instalação

Imediatamente antes do início da instalação da geomembrana, deverão ser


verificadas as condições da superfície de apoio e das canaletas de
ancoragem.

Registro dos trabalhos de instalação:

- Deverá ser registrado, em forma de relatório de toda a seqüência executiva


o número, a localização e a data de colocação de cada painel e o “as built”
diário de toda a geomembrana instalada.

Abertura e posicionamento da geomembrana:

- A abertura da bobina deverá ser iniciada a partir da crista dos taludes e


feita mecanicamente, de preferência.

- A geomembrana deverá ser aplicada no sentido da máxima inclinação do


talude.
62

- A geomembrana deverá ser posicionada de forma a ter o mínimo possível


de rugas ou ondas.

- Deverão ser previstas ancoragens temporárias, tipo sacos de areia ou


pneus, que não causem danos a geomembrana, para evitar o levantamento
dos painéis pelo efeito do vento.

- Caso seja inevitável o trânsito de veículos sobre a geomembrana instalada,


deverá ser prevista uma proteção, que pode ser feita por exemplo, com um
geotêxtil espesso ou ser executada através de uma via de circulação, de tal
forma que o equipamento avance sobre a camada já colocada.

Emendas:

- As emendas deverão sempre ser executada no sentido da máxima


inclinação do talude.

- Nos cantos e interseções o número de soldas deverá ser minimizado.

- Não deverão ser realizadas emendas horizontais nos finais e no início de


painéis ao longo do talude, na parte superior do talude e a uma distância
menor que 1,50 m do pé do talude, no fundo.

- Os transpasses entre painéis a serem emendados deverão ser de


aproximadamente 10 cm para soldas por termofusão.

- Antes do inicio da solda os transpasses deverão estar limpos e isentos de


umidade.

- Teste de avaliação das soldas:

- As máquinas de solda por termofusão e seus operadores deverão ser


63

testadas imediatamente antes do início de cada jornada de trabalho


(pela manhã e à tarde) e sempre que houver quaisquer mudanças nas
condições do serviço (por exemplo, quando a máquina é desligada e
esfria completamente), através de testes que avaliem as soldas
executadas em tiras da geomembrana nas mesmas condições das
soldas dos painéis.
- Os testes das soldas serão feitos em tiras de aproximadamente 1,0 m
de comprimento por 0,30 m de largura, com a solda centrada ao
longo do comprimento.
- Da tira soldada para teste deverão ser cortados dois corpos de prova,
para serem ensaiados no tensiômetro de obra, para a verificação das
suas resistências ao cisalhamento e ao descolamento. Esses corpos
de prova deverão ter uma ruptura tipo FTB. Caso haja ruptura da
solda, todo o teste deverá ser refeito e a máquina de solda com o
respectivo operador não deverão ser aceitos até que as deficiências
sejam corrigidas e duas soldas teste sejam executadas com sucesso.
- Quando durante a soldagem, por termofusão, o transpasse apresentar
rugas ou ondas estas deverão ser cortadas de modo a tornar plana a
área para passagem da máquina. Caso as áreas cortadas fiquem com
transpasses inadequados, estes deverão receber “manchões” com
formato oval ou redondo, da mesma geomembrana aplicada,
soldados a ela por extrusão ou solda química, com tamanho de no
mínimo 15 cm além da área cortada.
- Todo cruzamento de solda por termofusão deverá ter uma solda por
extrusão, para a garantia da estanqueidade naquele ponto, nas
geomembranas de PEAD. O transpasse superior da geomembrana
deverá ser cortado na área que receberá a solda por extrusão e a nova
solda deverá ser paralela a anterior.

Verificação da estanqueidade global para obras:

- Ensaios não destrutivos:


64

Todas as soldas deverão ter a estanqueidade verificada ao longo do seu


comprimento, através de ensaios não destrutivos. Esses ensaios deverem ser
realizados simultaneamente com os serviços de solda.

Ensaio de pressurização:

Deverá ser executado no espaço livre entre as duas linhas de solda por
cunha quente ou ar quente, através de um equipamento capaz de suprir e
sustentar uma pressão de 70 a 205 kPa, a qual depende da espessura e da
rigidez da geomembrana. Realiza-se o ensaio da seguinte forma:

- Selam-se os dois extremos da linha de solda.


- Coloca-se, em um dos extremos do canal, um dispositivo no qual
com uma agulha conectada a uma válvula com manômetro, e injeta-
se ar até alcançar uma pressão entre 70 e 205 kPa, de acordo com a
espessura e a rigidez da geomembrana.
- Espera-se dois minutos aproximadamente, para que haja
estabilização do sistema e faz-se a leitura do manômetro.
- Aguarda-se por um período de cinco minutos, e faz-se uma segunda
leitura do manômetro. A máxima queda de pressão, que também é
relacionada à espessura e a rigidez da geomembrana, deverá ser de
14 a 35 kPa. Caso a perda seja superior, a solda terá que ser
reparada.

- Ensaios Destrutivos:

Deverão ser feitos para avaliar estatisticamente a qualidade das soldas, em


corpos de prova de 2,54 cm de largura por 15 cm de comprimento. Estes
ensaios deverão seguir, por exemplo, as recomendações das normas ASTM
O 4437, D 413, D 3083 e O 638, e atender a duas propriedades básicas:
65

Resistência ao Cisalhamento:

Ensaio que consiste em submeter o corpo de prova, com a geomembrana


superior presa a uma das garras do tensiômetro e a inferior presa à outra
garra, a um esforço de cisalhamento direto e registrar a sua máxima
resistência e o local onde ocorreu à ruptura. Esta propriedade é verificada
segundo a norma ASTM O 3083, modificada segundo o apêndice A da
recomendação NSF 54. Neste ensaio, para considerar a resistência
adequada, costuma-se recomendar que os resultados sejam superiores a 80 a
95% do valor da tensão de escoamento da geomembrana.

Resistência ao Descolamento:

Neste ensaio o corpo de prova será preso às garras do tensiômetro do


mesmo lado da solda, de forma a tentar abri-la. Esta propriedade será,
verificada segundo a norma ASTM D 413 modificada, segundo o apêndice
A da recomendação NSF 54. Para considerar atendida a resistência, o
resultado deverá ser maior que 70% do valor da tensão de escoamento da
geomembrana.

Tanto os ensaios de cisalhamento como de descolamento deverão ser


repetidos em cinco amostras.

Quatro das cinco amostras deverão ser consideradas aprovadas.

Todas as amostras deverão romper por rasgamento da geomembrana FTB


(Film Tear Bond).

d) Controle da qualidade da instalação

O instalador deverá comprovar a qualidade dos serviços de instalação da


geomembrana através da apresentação de planilhas do registro dos trabalhos
66

de instalação para obras e dos relatórios dos ensaios não destrutivos e


destrutivos realizados durante os serviços.

e) Fiscalização para obras

A fiscalização deverá verificar todas as etapas da instalação, ao mesmo


tempo em que são realizadas, checando se satisfazem às especificações de
projeto e às normas pertinentes. Sugere-se que a fiscalização verifique, no
mínimo, os seguintes itens:
- Condições da superfície de apoio.
- Colocação e modulação dos painéis.
- Ancoragem temporária.
- Ancoragem definitiva.
- Equipamentos necessários para soldas.
- Equipamentos de ensaios de controle de qualidade.
- Reparos das soldas (por danos diversos, por eliminação de rugas, por
parada de máquina, etc.).
- Acabamentos das soldas em interferências (tubos, paredes, etc.).
- Cruzamento de soldas.
- Elaboração do “as built” (esquema da modulação, interferências e reparos).
- Preenchimento das planilhas.
- Preenchimento do diário de obra.

f) Relatório de entrega para obra

Este relatório deverá conter no mínimo os seguintes itens:


- “As built” da área impermeabilizada, contendo além da modulação, a
localização de todas as interferências e reparos.
- Planilhas da modulação.
- Planilhas do controle das soldas.
- Planilhas de todos os ensaios não destrutivos e destrutivos do controle de
qualidade.
67

3.1.6 - Proteção superior da manta

Esta especificação técnica tem por objetivo estabelecer normas e recomendações quanto
à implantação da camada de argila a ser implantada para a proteção superior da
geomembrana (manta de PEAD) no aterro.

- Preparativos da área

Deverá ser realizada a limpeza da superfície imediatamente antes da colocação da


camada de argila.

Toda a superfície deverá ser cuidadosamente inspecionada imediatamente antes da


colocação da camada de argila, verificando se atende as condições do projeto.

- Controle do material construção da camada superior de proteção da


geomembrana

O controle do material de construção da camada superior de proteção da geomembrana


(manta de PEAD) poderá ser limitado à inspeção visual seguindo os seguintes critérios:

O controle visual deverá ser efetuado por pessoal orientado, de modo a garantir que
somente seja utilizado o material especificado (argila) reconhecido pela cor e textura
características, e não contaminados por restos vegetais.

No caso da ocorrência de materiais diferentes daqueles especificados, esses deverão ser


desprezados.

O controle da espessura da camada de argila será realizado topograficamente.


68

- Normas Gerais de Compactação

Os lançamentos deverão ser executados em camadas horizontais na praça liberada, após


demarcação de espessuras em toda faixa lateral com cruzetas de 20 em 20 m.

A argila lançada deverá ser espalhada e nivelada convenientemente de maneira a obter


uma superfície plana e de espessura constante da camada a ser compactado.

Durante as operações de lançamento e espalhamento, deverá ser mantido pessoal


necessário para remoção de raízes, detritos e outros materiais estranhos a argila.

A argila será compactada por rolo compactador (Porton Normal 95%).

A passada será definida como uma cobertura completa, abrangendo a totalidade da


superfície e com uma superposição de 0,30 m entre faixas de compactação adjacentes.

Em locais estreitos onde não seja possível o uso do rolo compactador, a argila será
lançada em camadas com até 10 cm de espessura para compactação com equipamento
de pneus ou para compactação manual.

- Controle da Compactação

O controle da compactação será exercido por inspeção visual e verificado, para efeito de
registro, por ensaios de controle tecnológico;

O controle visual será efetuado por pessoal treinado para esse fim. Deverão ser
observados os seguintes aspectos:

- tipo de material lançado;


- origem do material;
- homogeneidade do material lançado;
- espessura da camada antes e após a compactação;
69

-número de passadas e cobertura adequada da faixa compactada pelo


equipamento compactador.

Caso a inspeção visual indique a ocorrência de grau de compactação abaixo do


esperado, será indicada a execução de duas ou mais passadas adicionais.

3.1.7 - Sistemas de drenagem de percolados

Esta especificação técnica tem por objetivo estabelecer normas e recomendações quanto
à implantação do sistema de drenagem de líquidos percolados.

- Preparativos da área

Os drenos destinados à coleta de líquidos percolados, a serem implantados na base do


aterro, serão em forma de losango, sendo formado por rachão envelopado com manta
geotextil sobre uma tira de manta de PEAD, sendo que os drenos denominados como
principal terão um tubo de PEAD perfurado em seu interior. Estes drenos deverão estar
nivelados, conforme estabelecido no projeto. Deverá ser realizada a limpeza, da
superfície de contato entre a camada de argila de proteção da manta e o dreno,
imediatamente antes de sua implantação.

Toda a superfície de contato entre a camada de argila de proteção da manta e o dreno


deverá ser cuidadosamente inspecionado imediatamente antes da implantação do
sistema de drenagem, verificando se atende as condições do projeto.

- Controle dos materiais drenagem de percolados

O controle dos materiais de construção da drenagem de percolados poderá ser limitado à


inspeção visual seguindo as seguintes recomendações:
70

O controle visual deverá ser efetuado por pessoal orientado, de modo a garantir que
somente seja utilizado os materiais especificados (pedra britada, tubo e manta de PEAD
e de concreto, concreto armado e alvenaria).
No caso da ocorrência de materiais diferentes daqueles especificados, esses deverão ser
desprezados.

- Normas gerais de implantação

Antes da implantação dos drenos de percolados propriamente dito deverão ser


implantadas as caixas de passagem (alvenaria com base e tampa em concreto armado)
indicadas e detalhadas na Planta 4 e 6 do Anexo V.

Os drenos de percolados, propriamente ditos, serão horizontais em forma de losango,


sendo formado por rachão envelopado com manta geotextil (no mínimo 300g/m2) sobre
uma tira de manta de PEAD, sendo que os drenos denominados como principal terão
um tubo de PEAD perfurado, com diâmetro de 0,17 m, em seu interior. Estes drenos
deverão ser implantados após as caixas de passagem estarem implantadas.

3.2 - Operação do aterro

Após a realização da terraplanagem da área do futuro aterro e dos sistemas de proteção


ambiental previstos no projeto, os resíduos são descarregados, de baixo para cima, na
base do talude localizado no fundo da área escavada.

Os resíduos deverão ser compactados por um trator de esteiras formando taludes que
deverão variar de 1(H):3(V) a 1(H):2(V). Esta compactação será executada criando-se
camadas de resíduos, de aproximadamente 0,3 m, e sobre as quais o trator de esteiras
passará de 3 a 5 vezes.
71

3.2.1 - Equipamentos para operação do aterro

Na operação rotineira do aterro será necessária a mobilização de no mínimo os


seguintes equipamentos:

- Trator de esteiras

Este equipamento terá por finalidade o manuseio, organização e compactação dos


resíduos além da manutenção dos acessos internos do futuro aterro.

No mínimo será necessário um trator de esteiras D6 - CATERPILLAR ou similar


(potência entre 140 a 160 HP) para realização dos trabalhos.

- Pá carregadeira

A pá carregadeira terá a função principal de carregar os caminhões com material de


cobertura (terra) e materiais em geral (areia, rachão, tubos, etc.).

Com base na natureza do serviço recomenda-se uma pá carregadeira Caterpillar 930 ou


similar.

- Retroescavadeira

A retroescavadeira, em tempo parcial, terá como principal função a abertura de drenos


de águas pluviais e líquidos percolados quando da abertura das valas de drenagem.

No mínimo será necessário uma retroescavadeira no período de abertura das valas com
potência de 75 HP e rendimento na abertura de drenos por dia de 400 metros.
72

- Caminhão basculante

Terá como função principal o transporte da terra e materiais para o aterro.

Na operação do aterro deverá ser utilizado, no mínimo, um caminhão basculante.

- Caminhão tipo pipa

O caminhão tipo pipa terá como finalidade umedecer os acessos, auxiliar a lavagem dos
equipamentos e transportar os líquidos percolados para a rede de esgoto.

Na operação do aterro deverá ser utilizado, no mínimo, um caminhão tipo pipa.

- Veículos de apoio

Para dar apoio à obra previu-se, no mínimo, dois veículos leva tipo Pick-Up.

- Balança

Será utilizada uma balança tipo rodoviária, com capacidade mínima de 30 t, para o
controle de entrada no aterro de resíduos, terra e materiais em geral (areia, brita, etc.).

Durante implantação desta primeira etapa do aterro deverão ser mobilizados os


seguintes equipamentos:

- 02 Tratores de esteiras;
- 01 Retro escavadeira;
- 02 Pás-carregadeira;
- 04 Caminhões basculantes;
- 02 Veículos leva tipo Pick-Up.
73

3.2.2 - Mão de obra

A operação do aterro será de 24 horas por dia, sete dias por semana.

A Tabela 3.2.2-1 apresenta a quantidade mínima e a especialização da mão-de-obra que


será utilizada durante a implantação e a operação das duas etapas propostas.

Tabela 3.2.2-1 - Quantidade e Especialização da Mão de Obra Utilizada nas Etapas do


Empreendimento

1ª Etapa do Aterro
Implantação Operação
- 01 Engenheiro civil; - 01 Engenheiro civil;
- 01 Administrador; - 01 Administrador;
- 01 Auxiliar de escritório; - 01 Auxiliar de escritório;
- 02 Operadores de trator de esteiras; - 04 Operadores de trator de esteiras;
- 01 Operador de retro escavadeira; - 01 Operador de retro escavadeira;
- 02 Operadores de pá-carregadeira; - 01 Operador de pá-carregadeira;
- 4 Motoristas de Caminhão; - 02 Motoristas de Caminhão;
- 8 Vigias; - 8 Vigias;
- 18 Auxiliares - 6 Auxiliares (balança, manutenção, etc.).
Total: 38 postos de trabalho Total 24 postos de trabalho

3.3 - Sistemas de drenagem superficial

O sistema de drenagem de águas pluviais tem como finalidade interceptar e desviar o


escoamento superficial das águas pluviais da massa de resíduos, descarregando-as à
jusante com controle de seu poder erosivo e reduzindo, ao máximo, a formação de
líquidos percolados.

As canaletas encaminharão as águas coletadas para as descidas de água, escadas


dissipadoras. Os efluentes das decidas de água serão direcionados para as lagoas de
contenção e em seguida para os dissipadores de energia e em seguida para o terreno
natural.

Nas bermas serão implantadas travessias com tubulação de concreto armado,

O sistema de drenagem proposto está representado nas Planta 5 do Anexo V.


74

Nota-se que esta proposta de sistema de drenagem deverá ser revista antes de sua
implantação, no encerramento das etapas dos aterros, pois as cotas obtidas nas etapas
encerradas do aterro deverão apresentar diferenças em relação às previstas
originariamente no projeto.

Deverá também ser implantada uma drenagem, de caráter provisória, constituída de


mais uma camada de concreto (diâmetro de 60 cm), no entorno da área do aterro
propriamente dito.

3.4 - Encerramento

Prevê-se, quando do encerramento total do aterro, a criação de uma área verde. Para
tanto a cobertura da camada de revestimento deverá ter, no mínimo, 0,30 m de
espessura de terra vegetal não compactada.

Para evitar o empoçamento de água na superfície, o que seria prejudicial para o


desenvolvimento da vegetação, foi previsto uma declividade de no mínimo 1,0 % na
cobertura do aterro.

Na cobertura vegetal do aterro, deverá ser utilizada a grama batatais (Paspalum


notatum) ou grama São Carlos (Axonopus sp), espécies rasteiras que além de serem
extremamente resistentes às secas, pragas e doenças, mostram-se eficientes em evitar o
crescimento natural de espécies arbustivas, possuidoras de raízes que atingem
profundidade superior a 0,5 metro.

Visando o desenvolvimento adequado das gramíneas, será necessário adicionar, ao solo


vegetal, macronutrientes através de adubo químico tipo NPK, de fórmula 15-10-5 + 5%
de enxofre.

Para melhorar a capacidade de absorção dos nutrientes pelo solo, prevê-se promover a
correção do pH, que deverá estar próximo da neutralidade, ou seja, entre 5,5 e 7,5,
sendo o ideal entre 6,8 e 7,0.
75

Após desenvolver uma análise no solo vegetal, havendo necessidade de elevar o pH,
deverá ser aplicado calcário dolomítico. A quantidade adequada de calcário a ser
aplicado no solo será definida através da análise de laboratório. Em geral cada 150
gramas de calcário dolomítico, incorporado a 1 m2 solo, eleva o nível de pH em 1
ponto.

No geral, a taxa de aplicação de calcário no solo é de 1,5 – 2,0 t/ha.

Para melhorar o condicionamento do solo, prevê-se a aplicação de composto orgânico


estabilizado (esterco de bovinos ou de galinha, dentre outros).

Após 4 – 5 meses do plantio da grama, será efetuada uma adubação de cobertura com
aproximadamente 500 kg/ha na fórmula 10-15-5 (NPK). Na ocasião dessa adubação o
solo deverá estar livre de umidade.

O Quadro apresentado a seguir apresenta um resumo dos adubos e corretivos a serem


empregados.

Adubação inicial 15-10-5 + 5% S 1 t/ha


Adubação de cobertura 10-15-5 ou 10-10-10 500 kg/ha
Correção do pH do solo Calcário Dolomitico 1,5 – 2,0 t/ha

O plantio será efetuado através de mudas (propagação vegetativa) da seguinte forma:

- Abertura de linhas de sulco

Após a incorporação do adubo químico e calcário dolomítico ao solo, se procederá à


abertura de linhas de sulco, com dimensões de 10 por 10 cm, perpendiculares à
declividade do terreno, com distância de 0,30 m entre linhas. O composto orgânico, será
colocado dentro dos sulcos.
76

- Preparo e plantio de mudas

As mudas terão aproximadamente 0,10 m de comprimento, devidamente enraizada, as


quais serão plantadas ao longo dos sulcos, com espaçamento, entre mudas, de 0,15 m.
Serão evitados os meses de inverno para o plantio das mudas e será dada preferência
para os meses onde costuma chover com regularidade.

- Irrigação

Até o efetivo pegamento das mudas, a irrigação será freqüente. Serão evitados, jatos
fortes de água, que provocam a formação de sulcos e o arrancamento de mudas. A
irrigação será realizada na forma de chuvisco leve e realizada nos períodos mais frescos
do dia.

No plantio dos taludes serão utilizadas placas de grama. As placas terão formato
retangular, com aproximadamente 0,40 x 0,20 m e 0,06 m de espessura, não devendo
apresentar sementes ou material vegetativo de ervas daninhas.

As placas serão colocadas sobre a superfície dos taludes, justapostas e alterando as


emendas. Os espaços vazios entre as placas serão preenchidos com terra. O plantio será
feito no período de chuvas em que não haja necessidade de irrigação. No entanto, na
falta de chuvas, o procedimento de irrigação será o mesmo descrito anteriormente.

3.5 – Monitoramento

3.5.1 - Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e Subterrâneas

Com o objetivo de monitorar as características físico-químicas das águas superficiais e


subterrâneas, bem como as possíveis alterações em decorrência da operação do aterro,
será implantada no local uma rede de poços tubulares para monitoramento
hidrogeológico, concebidos de acordo com as normas vigentes
77

Deverão ser realizadas coletas de amostras a cada dois meses, sendo que em cada
amostra deverão ser determinados os parâmetros físico-químicos e microbiológicos
apresentados nos Quadros a seguir.

Parâmetros a serem determinados no monitoramento das águas superficiais e subterrâneas


(Exames Físico – Químicos)
Parâmetros Unidades L.D.
Alumínio mg Al/L 0,08
Arsênio mg As/L 0,010
Bário mg Ba/L 0,30
Cádmio mg Cd/L 0,004
Cobre mg Cu/L 0,010
Chumbo mg Pb/L 0,05
Cromo Total mg Cr/L 0,016
Dureza mg CaCO3/L 1,0
Ferro Total mg Fe/L 0,012
Manganês mg Mn/L 0,012
Mercúrio mg Hg/L 0,001
Prata mg Ag/L 0,009
Selênio Mg Se/L 0,003
Zinco mg Zn/L 0,001
Aspecto - -
Cor mg Pt/L 5
Odor - -
Turbidez N.T.U. 0
Alumínio Solúvel mg Al/L 0,08
Chumbo Solúvel mg Pb/L 0,05
Ferro Solúvel mg Fe/L 0,012
Manganês Solúvel mg Mn/L 0,012
Cianeto mg CN/L 0,017
Sulfato mg SO4/L 2
Fluoreto mg F/L 0,10
Fenóis mg C6H5OH/L 0,001
Orto-Fosfato mg P/L 0,011
Surfactantes mg LAS/L 0,07
N nítrato mg N/L 0,02
Cloreto mg Cl/L 0,5
Sólidos Dissolvidos Totais mg/L 1
TOC mg C/L 1,0
OBS.: L.D.:Limite de detecção do método.
78

Parâmetros a serem determinados no monitoramento das águas superficiais e subterrâneas


(Exames Microbiológicos)
Parâmetros Unidades
Contagem Padrão de Bactérias UFC/mLa 35ºC 48h
Coliformes Totais NMP / 100 mL
Escherichia COLI NMP / 100 mL
Referências: - AWWA – APHA – WPCI – Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater
– 20ª Edição - Guia de coleta e preservação de amostras de água – 1ª Edição – CETESB 1988

Além do monitoramento das águas subterrâneas, será monitorada a qualidade da água


superficial (segundo a legislação vigente) de curso d’água do entorno da área do aterro.
Os parâmetros a serem analisados serão os mesmos acima relacionados e a
periodicidade de coleta e análise das amostras será quadrimestral.

3.5.2 - Monitoramento Geotécnico

As atividades do monitoramento geotécnico do aterro sanitário deverão considerar os


seguintes parâmetros básicos: os deslocamentos horizontais e verticais, os níveis
piezométricos, as pressões de gás, as vazões de chorume e os índices pluviométricos.

O monitoramento geotécnico será realizado por meio de vistorias sistemáticas e


periódicas e da utilização de uma rede de instrumentação constituída, no mínimo,
marcos superficiais de deslocamentos verticais e horizontais, medidores de nível d’água
e piezômetros.

O comportamento deformacional do maciço é acompanhado e analisado por meio das


observações das vistorias periódicas e dos resultados das leituras dos marcos
superficiais, interpretados de forma integrada, para se verificar a persistência e/ou
magnitude dos valores dos deslocamentos horizontais e verticais ao longo do tempo e,
também, a necessidade de investigações específicas, da ampliação da rede de
monitoramento ou de medidas corretivas.

Vistorias - Inspeções Visuais

As vistorias compreendão exames visuais das condições superficiais do maciço do


aterro, através de suas bermas e taludes e das áreas adjacentes. As vistorias ou inspeções
79

visuais constituirão o procedimento básico para a execução do monitoramento


geotécnico, devendo ser realizadas em base contínua e de forma sistemática, por técnico
experiente e treinado, que deverá percorrer toda a extensão do maciço do aterro e
arredores verificando a existência de indícios de comportamento anômalo do maciço. A
lista de verificação básica compreende a presença, origem e causas das seguintes
feições:

• Trincas, deformações ou outros problemas no solo de cobertura e superfície do


maciço do aterro;
• Trincas, desarranjos, alterações no caimento, empoçamentos, assoreamentos,
transbordamentos ou outros problemas estruturais e funcionais dos dispositivos
de drenagem superficial;
• Abaulamentos ou abatimentos (afundamentos) da superfície do aterro;
• Endossamentos de águas pluviais na superfície do aterro;
• Processos erosivos em formação e ou em desenvolvimento;
• Condições de umidade anômalas, surgências ou vazamentos de chorume.

Quando constatada qualquer uma destas feições, ou outra entendida como anômala, será
feita sua descrição, documentação fotográfica, registro do local de ocorrência
(cadastramento topográfico) e fenomenologia (mecanismos e processos de formação).

Instrumentação Geotécnica

Os instrumentos básicos utilizados serão os marcos superficiais de deslocamentos, os


medidores de nível d’água, os piezômetros e, eventualmente, os manômetros de gás.

3.6 - Manutenção das estruturas de apoio e de proteção ambiental

Durante toda a operação do aterro serão verificadas, semanalmente, as condições dos


sistemas de drenagem e de monitoramento. Caso constate-se problema em algum dos
sistemas, deverá ser acionada imediatamente a equipe responsável pela manutenção.
80

Após o encerramento da operação do aterro, por um período a ser definido em conjunto


com o órgão de controle ambiental, será mantida uma equipe de manutenção disponível
para efetuar obras na área desativada.

3.7 - Serviços complementares

Finalizando os trabalhos executivos do aterro, o construtor deverá proceder a limpeza


geral da área de atuação visando a entrega da obra, seguida da desmobilização do
canteiro e recuperação da vegetação local caso tenha sido danificada.

4. MEMORIAL TÉCNICO

No Anexo III, deste projeto, são apresentadas as seguintes memórias de cálculo:

- Balanço hídrico da região do aterro.


- Drenagem de gás do aterro.
- Vida útil do aterro.
- Estações compactas de tratamento de esgoto dos edifícios de apoio.
- Sistema de retenção de sólidos e de óleos.

5. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

5.1 - Condições gerais

As normas e especificações a seguir apresentadas serão obedecidas nas obras do aterro


sanitário de Cachoeiro de Itapemirim.

5.2 - Disposições gerais

As obras compreendem terraplenagem, operação de aterro sanitário, implantação e


manutenção do sistema de proteção ambiental e cobertura vegetal.
81

5.3 - Objetivo das especificações técnicas

As presentes especificações têm por objetivo o estabelecimento das normas gerais de


implantação e de execução do futuro aterro sanitário de Cachoeiro de Itapemirim.

5.4 - Das leis e regulamentos

Serão cumpridos todos os encargos da legislação social, trabalhista e fiscal vigentes, a


saber: contribuições e recolhimento ao Instituto Nacional de Previdência Social, ao
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, ao Programa de Integração Social e às
Entidades autorizadas por lei.

Serão mantidos seguros contra roubo dos materiais depositados nas obras e cumpridas
as exigências da legislação que institui a "Anotação de Responsabilidade Técnica" na
prestação de serviços de engenharia, arquitetura e agronomia, apresentando-se
comprovação do recolhimento da taxa fixada pelo CONFEA.

5.5 - Da proteção às obras e ao pessoal

O executor das obras será o único responsável, por quaisquer danos que vier a causar,
em conseqüência do serviço, a materiais, bens ou pessoas, quer sejam próprios ou de
terceiros.

Nos trechos das obras que apresentarem riscos de acidentes, deverá ser mantida
adequada sinalização diurna e noturna, respondendo o executor das obras pelos danos
causados por falhas no cumprimento deste dispositivo.
82

5.6 - Da vigilância

Os serviços de vigilância e a responsabilidade da guarda de materiais, ferramentas e


equipamentos, nas áreas dos trabalhos, serão de inteira e única responsabilidade do
executor das obras.

5.7 - Da direção e andamento das obras

Logo após o início das obras, o responsável pela obra realizará seu cronograma físico-
financeiro, com a indicação das datas de início e conclusão de cada serviço, ajustadas ao
período efetivo de execução das obras. Correções poderão ser feitas posteriormente
nesse cronograma, a fim de adequá-lo às condições reais de execução. A não ser em
conseqüência de trabalhos extraordinários não previstos nestas especificações ou no
projeto, decorrentes de condições meteorológicas desfavoráveis.

O executor das obras deverá arquivar, para futuro controle por parte do órgão de
controle ambiental, mensalmente, em uma via, fotografias do andamento das obras. As
obras deverão ser fotografadas no dia 30 de cada mês. O executor das obras deverá
estudar modificações ou alterações do projeto original não podendo porém executar
qualquer destas modificações ou alterações, no todo ou em parte, sem prévia
autorização, por escrito do órgão de controle ambiental.

5.8 - Materiais a serem empregados nas obras

Todos os materiais deverão satisfazer as normas da Associação Brasileira de Normas


Técnicas (ABNT) que lhes forem pertinentes. Os materiais serão submetidos a ensaios
de conformidade. Os resultados desses ensaios serão, antes da aplicação do material,
submetidos ao exame da fiscalização, que rejeitará os que não satisfizerem às Normas,
autenticando-se as amostras que forem aprovadas, as quais deverão ser conservadas no
canteiro de obras até o final dos trabalhos, de forma a facilitar, a qualquer tempo, a
verificação de sua perfeita correspondência aos materiais fornecidos ou já empregados.
83

Cimento Portland Comum (NBR-05732 e 07215)

a - perda ao fogo...................... 4,3% (máximo)


b - resíduo insolúvel.................. 1,0% (máximo)
c - anidrido sulfúrico................ 2,65% (máximo)
d - óxido de magnésio............... 6,4% (máximo)

Cimento Portland de Alto Forno (NBR 05735)

a - perda ao fogo....................... 4,3% (máximo)


b - resíduo insolúvel................... 1,0% (máximo)
c - anidrido sulfúrico.................. 3,0% (máximo)
d - óxido de cálcio..................... 5,5% (máximo)

Poderão, a qualquer instante, ser solicitadas análises complementares, caso ocorram


dúvidas a respeito da qualidade do material aplicado, rejeitando-se eventuais partidas
que não venham a satisfazer as especificações.

Cimento Portland Branco

Deverá ser empregado cimento, de primeira qualidade e de marca conhecida.

Água

A água destinada ao amassamento de concreto deverá obedecer ao disposto na NBR


06118, considerando-se, satisfatória em princípio, a água potável fornecida pela rede
pública de abastecimento domiciliar.

As águas suspeitas quanto à possibilidade de emprego em concreto armado, deverão ser


submetidas a ensaios comparativos em corpos de prova especialmente moldados
utilizando-se para tanto, águas de qualidade reconhecidamente satisfatórias. Qualquer
indicação de expansão, variação do tempo de pega ou redução da resistência à
84

compressão de mais de 10%, em qualquer idade, serão suficientes para rejeição da água.

Areia

A areia será usada no preparo do concreto (NBR-07211), no das argamassas e como


base do pavimento de blocos. Será usada, de preferência, areia de rio.

Nas faixas indicadas na NBR-07211, serão tomados os seguintes valores como limites
aceitáveis de material nocivo, para concreto e para argamassa:
- argila em torrões ............ 1,5%
- materiais carbonosos...... 1,0%
- material pulverulento....... 5,0%.

A areia será aceita como boa, ainda que sua granulometria não se enquadre em uma das
faixas da NBR-07211, se estudos prévios de dosagem (seguida de ensaios) mostrarem
que com ela pode-se obter concreto com as características definidas no Projeto
Executivo. Serão observados todos os demais dispositivos da NBR-07211, além dos das
seguintes normas NBR: 6468, 6465, 6467, 7271, 7218, 7219, 7220, 7221, 7251, 7809,
9773, 9917, 9937, 9938, 12695.

Os torrões de argila deverão apresentar concentração inferior a 3% e a matéria orgânica


inferior a 2%. Eventualmente, a critério da fiscalização, far-se-ão ensaios de qualidade
conforme a NBR 07211. As areias que apresentarem visivelmente torrões de terra,
gravetos, grãos friáveis e impurezas desse gênero, serão rejeitadas automaticamente,
independentemente de ensaios. No tocante à sua granulometria, a areia deverá
apresentar módulo de finura superior a 2,30.

Pedra Britada

A pedra britada - ou brita – que será usada como agregado graúdo do concreto e na
confecção de base de pisos. Ela poderá resultar do britamento de rocha granítica,
basáltica ou gnáissica, ou, menos comumente, do britamento de seixos rolados.
85

Como agregado graúdo de concreto, a brita terá de obedecer as exigências da NBR-


07211, assim como as das demais normas relacionadas.

A granulometria deverá, de preferência, aproximar-se da faixa II -12,5/90 mm - da


NBR-07174, assim como o que nesta norma está consignado para "pedra britada".

Seixo

O concreto também poderá ser preparado com seixos rolados, se devidamente dosado
para esse material. É vedado o uso de seixos rolados em concreto dosado para pedra
britada, sem prévio reestudo de dosagem.

Nas demais exigências os seixos rolados deverão satisfazer as mesmas especificações


exigidas para a brita.

Aço em Tela Soldada Para Concreto Armado

Para as telas em aço soldado, será utilizado aço CA-60, atendendo as características
prescritas pela ABNT e pelo IBTS (Instituto Brasileiro de Telas Soldadas).

A execução de painéis de tela, soldados no canteiro, será feita sobre estrados de


madeira, de forma a isolá-los do contato direto com o solo.

Aço para Concreto Armado

O aço para concreto armado deverá satisfazer a todas as condições estabelecidas pela
NBR 07480. Deverão ser tomadas precauções especiais para se evitar o contato da
armadura com óleos e antiadesivos eventualmente usados nas formas.

Poderão ser exigidos ensaios periódicos do material, segundo as NBR 06152 e 06153.
Antes de sua colocação, as barras de aço deverão estar limpas de pintura, óleos ou
ferrugem.
86

As emendas serão realizadas em obediência ao disposto na NBR 06118, sendo vetadas


as emendas por solda em barra de categoria B.

Os eventuais ferros de espera deixados para a continuação de execução de estruturas em


etapas futuras, deverão ser pintados com zarcão e envelopados em concreto magro.

Formas de Madeira

Poderão ser executadas em madeira serrada, em bruto ou aparelhada e em chapas de


madeira compensada.

No caso de madeira serrada, em bruto ou aparelhada, esta não poderá ter espessura
inferior a 25 mm.

Será permitido o reaproveitamento de peças desde que se realize a conveniente limpeza


e se verifique estarem os materiais isentos de deformações.

Concreto Estrutural

A dosagem racional do concreto, para início da obra, será realizada para tensões de
ruptura por compressão axial, por tração na compressão diametral ou por tração na
flexão, de acordo com o padrão de execução indicado a seguir:

- Condição de obra: presença permanente de engenheiro na obra; todos os materiais


medidos em peso; umidade dos materiais comparados freqüentemente por métodos
precisos;
- Coeficiente de variação (CV) 15%
- Tensões de ruptura aos 28 dias:

- tensão de compressão 38 MPa


- tensão de tração por compressão axial 3,4 MPa
- tensão de tração por flexão 5,1 MPa
87

Na obra, a partir da chegada dos primeiros certificados oficiais de controle de qualidade


de execução do concreto, com coeficientes de variação diferentes dos fixados
preliminarmente, a tensão de ruptura aos 28 dias, para a dosagem do traço, será
determinada pela expressão:

300
Tc28 =
0,84 + CV
1 +
100
onde:
CV é o coeficiente de variação obtido
Tc28 é a tensão média de ruptura, por compressão, aos 28 dias, para a dosagem
adotada.

As granulometrias dos agregados graúdo e miúdo obedecerão o prescrito na norma


NBR-07211. As porcentagens de cada um, assim com a de cimento e de água, será
determinada por dosagem experimental, tendo em vista amostras dos agregados
disponíveis localmente, recolhidas conforme a NBR-09941.

A dosagem experimental terá por meta concreto de fck = 18 MPa, além de levar em
consideração a agressividade do meio ambiente tanto ao cimento como ao aço que será
o CA-50.

Antes do lançamento do concreto, as superfícies das formas que ficarão em contato com
o concreto serão limpas, convenientemente molhadas, calafetadas e tomar-se-ão as
demais precauções preconizadas pelo art 9.5 da NBR-6118.

Antes do lançamento do concreto, as superfícies das formas que fiquem em contato com
o concreto, serão limpas, convenientemente molhadas, calafetadas e tomar-se-ão as
demais precauções preconizadas pelo art. 9.5 da NBR-6118.

O aço para as armaduras, bem como sua montagem, deverá atender às prescrições das
Normas Brasileiras NB 01310, NBR 07480, NBR 07481.
88

As barras de aço deverão ser limpas e isentas de crostas soltas de ferrugem e de barro,
óleos ou graxa e de outros elementos inconvenientes ou prejudiciais.

Para manter a armadura no lugar, durante todas as operações de lançamento do concreto


e adensamento, será permitido o uso de fixadores e espaçadores que, entretanto, deverão
ser colocados de maneira a não manchar ou deteriorar o concreto.

No transporte do concreto para os locais de lançamento, serão empregados métodos e


equipamentos que evitem a segregação e as perdas dos materiais componentes. O
transporte deverá ter a menor duração possível, não excedendo de 60 minutos o prazo
máximo entre o início da mistura e o lançamento, a menos que o Projeto Executivo
preveja longas durações de transporte, no qual caso serão utilizados, por ocasião da
mistura, aditivos retardadores de pega.

O lançamento do concreto deverá obedecer ao plano prévio específico e aprovado pela


fiscalização, não se tolerando juntas de concretagem não previstas no referido plano. A
altura máxima de queda livre do concreto não poderá exceder 2,5 m, não se tolerando
também, o emprego de calhas, nem o lançamento em locais onde exista água
acumulada.

As juntas de concretagem, que deverão ser no menor número possível, serão


rigorosamente limpas, com auxílio de ar comprimido e lavagem com água. Essa
operação será feita quando o concreto estiver ainda em fase de endurecimento.

Se eventualmente, a operação só puder processar-se após o endurecimento do concreto,


a limpeza da junta far-se-á mediante o emprego de jato de ar comprimido e areia.

O concreto deverá ser adensado por meio de equipamentos mecânicos: de vibradores de


imersão, de configuração e dimensões adequadas às várias peças a serem preenchidas.
Vibradores de forma só serão empregados, usando-se medidas especiais, visando
assegurar indeslocabilidade das formas e/ou sua indeformabilidade.
89

Após o prazo necessário para o endurecimento do concreto de todas as peças


envolvidas, deverão ser providenciadas a desformas, obedecendo ao art. 14.2 da NBR-
6118. Afim de facilitar a desforma, será facultada a aplicação de óleo ou outros
antiadesivos nas superfícies das formas em contato com o concreto, desde que seja
demonstrada a inocuidade do material.

Os prazos para desforma, citados no art. 14 da NBR-6118, poderão ser reduzidos


mediante comprovação de suficiência por meio de ensaio em corpos de prova do
concreto aplicado.

Os materiais destinados ao preparo do concreto serão armazenados de forma a evitar-se


sua contaminação com elementos estranhos ou a alteração de suas características.

No caso de utilização de concretos pré-misturados, será feito pela fiscalização o


controle direto do preparo das misturas nas centrais de produção, com o objetivo de se
conseguir a fiel observância dos traços, da qualidade e da uniformidade das misturas,
bem como da realização dos testes necessários. Far-se-á a adição da água sempre na
central, após o controle da umidade da areia. Na obra, a fiscalização receberá o material
somente após a execução de teste de abatimento.

A utilização de concreto pré-misturado estará condicionada à possibilidade de garantir o


atendimento das condições acima especificadas.

A cura do concreto estará sujeita a exame de modo que se atente a que não haja perda de
água de hidratação.

Se prevista no Projeto Executivo, será adotada a cura acelerada a vapor, sob controle
especial e rigoroso, por meio de ensaios programados.

No caso de falhas nas peças concretadas, deverão ser providenciadas medidas


corretivas, compreendendo demolição, remoção do material demolido e recomposição
com emprego de adesivos estruturais tipo Colma-Fix e materiais adequados, aprovados.
90

O grau de controle de qualidade dos concretos será fixado dentro do estipulado nos
artigos correspondentes na NBR 6118. Uma vez escolhido o grau e após sua aprovação,
este será mantido até a execução completa dos diferentes serviços, só sendo admitida
mudança para um controle inferior com autorização prévia. O controle, eventualmente
fixado pelo projeto, em partes da fundação ou em sua totalidade, deverá ser
rigorosamente observado.

O traço a ser empregado será acompanhado do controle estatístico dos testes de


resistência em corpos de prova, conforme determinam as Normas Brasileiras. Os testes
serão feitos em laboratório com aparelhamento calibrado por laboratório oficial e
assistidos pela fiscalização.

Em cada concretagem, serão retirados três corpos de prova para cada metro cúbico de
concreto, como estipula a NBR 6118. Esse número será aumentado para seis corpos a
cada metro cúbico, no início de cada etapa da obra, e, quando houver mudanças no traço
ou alteração das características dos materiais constituintes da mistura, no sentido de
permitir, rapidamente e com maior precisão, o controle estatístico da qualidade obtida.

Cal Hidratada

Não há restrição ao emprego de cal hidratada em pó, em substituição à cal virgem


extinta no canteiro. Deverá obedecer às Normas NBR 07175 e 10791.
Argamassas

As argamassas deverão ser preparadas em masseiras, tabuleiros, estrados ou superfícies


planas, impermeáveis e resistentes. Deverão seguir as Normas NBR 07200, 11801 e
12041.

As argamassas contendo cimento deverão ser utilizadas até 2,5 horas, no máximo, a
contar do primeiro contato do cimento com a água.

Nas argamassas de cal, contendo pequena proporção de cimento, este será adicionado
91

no momento do emprego.

Serão adotados, conforme o fim a que se destinam, os seguintes tipos de argamassas


definidos pelos seus traços volumétricos.

- Para chapisco, 1:3 cimento e areia grossa.


- Para emboço e alvenaria de tijolos comuns: uma parte de cimento para cada 12
partes de argamassa 1:4 de cal e areia.
- Para reboco, 1:2 cal em pasta e areia;
- Para assentamento de ladrilhos cerâmicos, argamassa de cimento e areia, traço
1:3, com uma camada de pó de cimento para aplicação das peças.
- Para assentamento de azulejos, argamassa de cimento, cal e areia, traço 1:1:6.

Impermeabilizante

O Impermeabilizante a ser aplicado nas lajes será do tipo tratamento especial HEY'DI,
de qualidade igual ou superior, no seguinte traço:

- Pó N.º. 1......................Consumo mínimo 1,4 kg/m²


- Pó N.º. 2......................Consumo mínimo 1,6 kg/m²
- Líquido celador...........Consumo mínimo 0,6 kg/m²

Os impermeabilizantes para adição à argamassa e para pinturas de superfícies, deverão


ser de marca reconhecida e comprovadamente eficientes.

Tijolos Comuns e Tijolos Furados

Os tijolos serão bem cozidos, sonoros, duros, faces planas, arestas vivas e dimensões
uniformes, da melhor qualidade que se encontrar na praça e deverão atender a todos os
requisitos da NBR 05711, 07170 e 08041.
92

Madeiras

- A madeira serrada e beneficiada deverá satisfazer a NBR 7203.


- A madeira para estruturas obedecerá à NBR-07203.
- Os ensaios de madeira, se necessários, regular-se-ão pela NBR-06230.

A madeira não deverá ficar estocada durante muito tempo ao ar livre, sujeita a secagens
e umedecimento alternadamente.

Para emprego provisório em escoramentos, será usado o pinho, devendo, também, ser
usadas peças em madeira de lei ou madeira roliça, dependendo dos esforços a que forem
submetidas.

Esquadrias

Toda a madeira a ser empregada deverá ser seca e isenta de defeitos que comprometam
sua utilização, como sejam rachaduras, nós, escoriações, falhas e empenamentos.
As esquadrias deverão satisfazer as Normas NBR 07007 e 09763.

Vidros

Deverão ser claros, sem manchas ou bolhas, de espessura uniforme e perfeitamente


plana, satisfazendo a todas as prescrições da NBR-11706. Amostras dos vidros deverão
ser submetidas à fiscalização. Os vidros terão 3 mm de espessura, foscos ou martelados
nos sanitários e transparentes nas demais aplicações.

Peças cerâmicas

Ladrilhos, rodapés, soleiras e peitoris deverão ser bem cozidos, de massa homogênea e
perfeitamente planos.
Quando fraturados, para serem examinados, não deverão apresentar camadas ou
folhelhos.
93

Serão de marca reconhecida, dimensões regulares e, tanto quanto possível,


impermeáveis, devendo satisfazer a norma NBR 6465.

Os ladrilhos serão de 15x15 ou 20 x 20 cm e os rodapés de 7,5 cm X 15 cm. Os peitoris


terão pingadeiras. Os rodapés e peitoris serão peças boleadas.

A cor e a tonalidade das peças cerâmicas deverão ser perfeitamente uniformes.

Azulejos

Os azulejos serão planos, brancos, lisos, e com dimensões 15 cm x 15 cm de igual


qualidade, tudo de acordo com a NBR 05641 e 08045.

As peças serão primeiramente selecionadas por bitola, refugando-se as defeituosas ou


empenadas.

Rede de água

Os tubos e conexões deverão ser de PVC, classe 20, tipo ponta e bolsa, de acordo com a
NBR 05626.

Tubulações embutidas, até o diâmetro de 1 1/2”inclusive, serão fixadas pelo enchimento


total do vazio resultante dos rasgos, com argamassa de cimento e areia no traço 1:5. As
de diâmetro superior, além do referido enchimento, levarão grapas de ferro redondo
3/16” em quantidade e espaçamentos adequados para manter inalterada a posição do
tubo.

Os registros, torneiras e válvulas serão de metal cromado, sem canopla.

O corte de tubulações só será feito em seção reta, sendo apenas rosqueada a parte que
ficará dentro da conexão. A junta, na ligação de tubulações, será executada de maneira a
garantir uma perfeita estanqueidade, tanto para passagem de líquidos como de gases. As
94

deflexões das canalizações serão executadas com auxílio de conexões apropriadas.

As canalizações de distribuição nunca serão inteiramente horizontais, devendo


apresentar declividade mínima de 2% no sentido de escoamento.

As deflexões e derivações das tubulações serão executadas com conexões apropriadas


para cada caso. A vedação das extremidades das canalizações se dará por plugs
apropriados. As instalações serão executadas com emprego de materiais e peças
adequadas, sendo vedadas improvisações.

Rede de Esgoto Sanitário

Os tubos e conexões deverão ser de PVC, do tipo ponta e bolsa, com anel de vedação,
de primeira qualidade , conforme as normas NBR-05688, 07362, 07372, 07670, 10569.

As caixas-ralos, ralos, sifões, e tubulações dos sanitários, serão de plástico PVC, de


primeira qualidade.

A estação de tratamento de esgoto deverá ser do tipo compacta formada por elementos
em fibra de vidro, de primeira qualidade.

Louças e Metais Sanitários

Todas as louças e metais sanitários, deverão satisfazer a NBR-10256, submetidos à


fiscalização antes da sua aplicação. As louças serão brancas, vitrificadas e auto
sifonadas, e, os metais segundo a NBR-10281, deverão ser latonados, lisos. Os ralos
deverão ter grelhas aparafusadas com parafusos de latão.

Todo aparelho sanitário, na sua ligação ao ramal de descarga ou ao ramal de esgoto,


será protegido por um desconector (sifão, ralo sinfonado ou caixas sinfonadas).

A colocação de aparelhos e das peças complementares obedecerá a estas especificações


95

e às do fabricante. O perfeito estado de cada aparelho será cuidadosamente verificado


antes da sua colocação, devendo o mesmo ser novo.

Tubos de Concreto Simples Centrifugado

Os tubos para a coleta de águas pluviais até o diâmetro de 30 cm serão de concreto


simples, centrifugados. Os tubos de concreto simples deverão satisfazer às prescrições
das Especificações Brasileiras NBR-09793 classe Cl.

Tubos de Concreto Armado

Os tubos para drenagem, com diâmetro superior a 0,60 m, inclusive, deverão ser de
concreto armado, classe CA-2, especificação NBR-09794.

Materiais para Pintura

Tinta Látex

Deverá ser usada tinta a base de P.V.A., da SUVINIL ou similar, para exteriores e para
interiores.

- Tinta com Pigmento de Alumínio


Antes da aplicação da tinta com pigmento de alumínio, que deverá ser de primeira
qualidade, deverão ser passadas 2 demãos de zarcão, da melhor qualidade existente na
praça.

Tinta a óleo

Deverá ser utilizada a tinta bruta composta por alvaiade, aguarrás e secante, seguida de
tinta brilhante. As tintas só poderão ser diluídas ou afinadas com solventes apropriados,
de acordo com as especificações do fabricante.
96

Manta Geotextil

As Mantas Geotextil deverão atender, no mínimo, as seguintes especificações:


Propriedade Unidade Valor
Densidade Superficial g/m2 300
Espessura - -
Pressão 0,0 kPa mm 3,5
Pressão 2,0 kPa mm 2,7
Porosidade % 92
Flexibilidade KN-1m-1 67
Resistência a Tração KN 1,32
Alongamento % 70 a 80

Membrana de Polietileno de Alta Densidade (PEAD)

As membranas de PEAD deverão atender, no mínimo, as seguintes especificações:


Propriedade Método Ensaio Espessura Nominal
Densidade DIN 53479 0,95
Índice de Fluidez DIN 53635 1
Propriedades Mecânicas DIN 53455
- Tensão no Escoamento (N/mm2) 17
- Tensão na Ruptura (N/mm2) 35
- Elongação no Escoamento % 8
- Elongação na Ruptura % 700
- Módulo de Elasticidade (N/mm2) 420
Dureza Shore D DIN 53505 58
Temperatura Fragilização ASTM D 746 B -75
Estabilidade Dimensional ASTM D 1204 1,5
Resistência Tenso Fissuramento ASTM D 1693 5.000
Resistência ao Puncionamento FTMS 101 530
Coef. Dil. Térmica Linear DIN 53328 1,8
Tempo Indução Oxidativa ASTM D 3895 140
Obs: Os valores são típicos de ensaios, exceto quando indicados como mínimo ou máximo.

Instalações Elétricas

As instalações elétricas deverão ser executadas de acordo com os projetos aprovados


pela NB-3. A mão de obra utilizada nos serviços será sempre de alto padrão técnico,
sendo as instalações elétricas executadas com esmero e bom acabamento, sempre
visando a facilidade de inspeção e conservação.
97

Condutores, canalizações e todo o equipamento deverão ser cuidadosamente fixados e


firmemente ligados aos respectivos pertences e executados com ferramentas
apropriadas.

Os eletrodutos deverão ser instalados de modo a constituir uma rede contínua, na qual
os condutores possam em qualquer tempo ser enfiados e desenfiados, sem prejuízo para
o seu isolamento e sem precisar intervir na tubulação. Para os cabos de baixa tensão, os
dutos deverão ser de 4”, de polietileno de alta resistência.

Os condutores deverão ser introduzidos depois de a rede de eletrodutos estar


completamente terminada e concluídos todos os serviços de construção que os possam
danificar (emboço, reboco, etc.). Fios ou fitas de aço destinados a facilitar a introdução
dos condutores na rede de eletrodutos deverão ser usados, desde que introduzidos
somente depois de terminada a respectiva tubulação.

As caixas que contiverem interruptores e/ou tomadas deverão ser fechadas pelos
espelhos que completam a ligação destes dispositivos. As caixas deverão ser colocadas
de modo que as placas e espelhos fiquem rigorosamente a prumo e em nível. Durante a
execução da obra, as caixas deverão ser preenchidas com papel, para evitar obturações.
A colocação de aparelhos e espelhos de interruptores e tomadas só será realizada depois
da pintura da edificação.

Demais Materiais

Todos os materiais que não foram especificados e que eventualmente, vierem a ser
aplicados, deverão satisfazer as normas NBR que se lhes relacionarem.
98

6. CRONOGRAMA

A Figura 6-1, apresenta o cronograma de implantação e operação do futuro aterro


sanitário de Cachoeiro de Itapemirim.

Figura 6-1 - Cronograma Físico de Execução da Primeira Etapa do Futuro Aterro Sanitário do
Município de Cachoeiro de Itapemirim
Etapa Camada Cota Superior Mês
da Camada 0 A 2 3 A 9 10 A 13 14 A 17 18 A 19 20 21 A 24
Implantação
Operação
1 154
1º 2 158
3 162
4 166
5 170
Monitoramento
Encerramento

7. ESTIMATIVA DE QUANTIDADES E DE CUSTOS

As Tabelas 7-1 apresenta um resumo da estimativa orçamentária para a implantação e operação,


monitoramento e encerramento do aterro. No Anexo III são apresentados, detalhadamente, os
quantitativos e o custos adotados.

Deve-se ressaltar que os valores monetários referem-se ao mês de Maio / 2.007 (Fonte: Revista
Construção São Paulo – PINI e/ou fornecedores), não tendo sido computado o valor do terreno e
o BDI – Benefícios e Despesas Indiretas.
Tabela 7-1 - Custos da Primeira Etapa do Futuro Aterro sanitário de Cachoeiro de Itapemirim
Atividade Custo (1.000 R$)
Implantação 2.883,84
Operação -
1º camada (cota 154) 1.245,46
2º camada (cota 158) 862,24
3º camada (cota 162) 670,63
4º camada (cota 166) 479
5º camada (cota 170) 96
Monitoramento 397,00
Encerramento 12,63
Custo Total (1.000 R$) 6.646,62
99

8. CRONOGRAMA FÍSICO - FINANCEIRO

A Figura 8-1 apresenta o cronograma físico-financeiro das obras de implantação, operação, manutenção e encerramento do futuro aterro sanitário de Cachoeiro de
Itapemirim.

Figura 8-1 - Cronograma Físico Financeiro

Etapa Camada Cota Superior Mês / Custo (1.000 R$)


da Camada 0A2 3A9 10 A 13 14 A 17 18 A 19 20 21 A 24
Implantação 2.883,84
Operação
1 154 1.245,46
1º 2 158 862,24
3 162 670,63
4 166 479
5 170 96
Monitoramento 24,80 118,32 81,91 63,71 45,51 9,10 53,65
Encerramento 12,63

Custo Por Perído


2.908,63 1.363,78 944,15 734,34 524,53 104,91 66,28
(1.000 R$)
Custo Por Período Acumulado
2.908,63 4.272,41 5.216,56 5.950,91 6.475,44 6.580,34 6.646,62
(1.000 R$)
100

9. ANEXOS
101

ANEXO I
ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE
TÉCNICA (ART / CREA)
102

ANEXO II
SONDAGENS GEOLÓGICAS E ENSAIOS
DE PERMEABILIDADE
103

ANEXO III
MEMORIAL DE TÉCNICO / CÁLCULO
104

CÁLCULO DO BALANÇO HÍDRICO

Para o cálculo do Balanço Hídrico adotou-se a metodologia proposta na publicação “Resíduos


Sólidos Industriais” – Volume I/Convênio CETESB/ACETESB descrita a seguir.

PER . A
Qm = (l/s)
2.592.000

Onde :
Qm = vazão percolada (em l/s)
PER = altura percolada, (em mm)
A = área de contribuição da seção considerada (em m2)

O valor de PER foi obtido conforme demonstrado a seguir:

P = Índice de Precipitação Pluviométrica.


EP = Evapotranspiração Potencial, obtida através de evaporímetros.
ES = Escoamento Superficial

ES= C’ x P ⇒ C’= α x C

onde:

C’= escoamento superficial (Tab. 1)


C = depende do tipo de solo e da declividade

α = depende da estação do ano


I = Infiltração
I = P - ES
I - EP = Diferença entre as quantidades de água infiltrada e evapotranspirada.

Se valores negativos, significam perda potencial de água armazenada no solo.


105

Se valores positivos, representam a recarga de água no solo, podendo resultar em


percolação, se for ultrapassada a capacidade de campo do solo.

Σ Neg (I - EP) = Perda potencial de água acumulada.

Representa a quantidade de água armazenada no solo, que é perdida pela


Evapotranspiração. É obtida somando-se mês a mês apenas os valores negativos de (I - EP).
Para os meses que apresentarem valores positivos para (I- EP), é atribuído o valor 0 (zero) para

Σ Neg (I- EP).

AS = Armazenamento de água no Solo.

É obtida da seguinte forma:

Inicialmente calcula-se a quantidade de água disponível pela capacidade de campo da camada


de solo de cobertura (ASc), que é obtida multiplicando-se a água disponível por metro de solo
pela profundidade da zona de razões (considerada igual a 36 cm). A Tabela 02 apresenta a
quantidade de Água disponível em função do tipo do solo de cobertura;

O valor obtido para ASc, representa a quantidade máxima de água armazenada no solo, não
devendo portanto, ser ultrapassado;

Para os meses que apresentam valores negativos de (I - EP) , o valor de AS é obtido pela Tabela
03;

Em seguida, soma-se o valor de AS do último más que apresenta ΣNeg (I - EP), diferente de
zero ao valor positivo de (I - EP), do mês seguinte, obtendo-se AS para o mês; procedimento é

repetido para todos os meses que apresentam ΣNeg (I -EP) igual a zero, até que seja atingido o
valor máximo de Asc, que não deve ser ultrapassado.

∆AS = Troca de Armazenamento de água no Solo.


106

Representa a variação da quantidade armazenada no solo mês a mês. É a diferencia entre as


quantidades de água armazenada em um determinado mês e o mês anterior.

∆AS = ASn - ASn-1

ER = Evapotranspiração Real.

Representa a quantidade real de perda de água durante dado mês. Para os meses em que a
infiltração é maior que a evapotranspiração potencial (I - EP) > 0, a evapotranspiração ocorre
em seu nível máximo, sendo ER = EP. Nos meses em que a infiltração é menor que a
evapotranspiração potencial (I - EP)< 0, a evapotranspiração real é condicionada ao grau de
umidade do solo.

ER = EP + [ ( I - EP ) - ∆AS ]

ER=I - ∆AS

PER = percolação (mm).

PER = P - ES - ∆AS - ER

Tabela 1 - Valores de C e de α em função da declividade e do tipo de solo


Tipo de solo Declividade (%) Coeficiente α
Estação Seca Estação Úmida
Arenoso 0a2 0,17 0,34
C = 0,30 2a7 0,34 0,50
Siltoso 0a2 0,25 0,39
C = 0,35 2a7 0,40 0,53
Argiloso 0a2 0,33 0,43
C = 0,40 2a7 0,45 0,55

Tabela - 2 QUANTIDADE DE ÁGUA DISPONÍVEL (mm H2O DE SOLO)


Tipo de solo Capacidade de campo Ponto de Água disponível
murchamento
Solo arenoso 200 50 150
Solo siltoso 300 100 200
Solo argiloso 375 125 250
107

Tabela - 3 ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO SOLO (AS) EM FUNÇÃO


DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO POTENCIAL ACUMULADA Σ NEG (I -
EP) (ASC = 90 mm)
Σ NEG (I-EP) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 100 99 98 97 96 95 94 93 92 91
10 90 89 88 88 87 86 85 84 83 82
20 81 81 80 79 78 77 77 76 75 74
30 74 73 72 71 71 70 69 68 68 67
40 66 66 65 64 64 63 62 62 61 60
50 60 59 59 58 58 57 56 56 55 54
60 54 53 53 52 52 51 51 50 50 49
70 49 48 48 47 47 46 46 45 45 44
80 44 44 43 43 42 42 41 41 40 40
90 40 39 39 38 38 38 37 37 36 36
100 36 35 35 35 34 34 34 33 33 33
110 32 32 32 31 31 31 30 30 30 30
120 29 29 29 28 28 28 27 27 27 27
130 26 26 26 26 25 25 25 24 24 24
140 24 24 23 23 23 23 23 22 22 22
150 22 21 21 21 21 20 20 20 20 20
160 19 19 19 19 19 18 18 18 18 18
170 18 17 17 17 17 17 16 16 16 16
180 16 16 15 15 15 15 15 15 14 14
190 14 14 14 14 14 14 13 13 13 13
200 13 13 12 12 12 12 12 12 12
210 12 11 11 11 11 11 11 11 11 11
220 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
230 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
240 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
250 8 8 8 7 7 7 7 7 7 7
260 7 7 7 7 7 7 6 6 6 6
270 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
280 6 6 6 6 6 5 5 5 5 5
290 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
300 5 5 4 4 4 4 4 4 4 4
310 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
109

BALANÇO HÍDRICO

PARÂMETRO MÊS
(mm) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ANUAL

EP 147,0 142,0 136,0 100,0 80,0 67,0 71,0 90,0 99,0 122,0 122,0 131,0 1.307,0
P 163,0 109,0 118,0 64,0 24,0 20,0 22,0 9,0 28,0 92,0 182,0 238,0 1.069,0
C` 0,17 0,17 0,17 0,13 0,13 0,13 0,13 0,13 0,13 0,13 0,17 0,17 -
ES 28,0 18,7 20,3 8,4 3,2 2,6 2,9 1,2 3,7 12,1 31,3 40,9 173,5
I 135,0 90,3 97,7 55,6 20,8 17,4 19,1 7,8 24,3 79,9 150,7 197,1 895,5
I - EP -12,0 -51,7 -38,3 -44,4 -59,2 -49,6 -51,9 -82,2 -74,7 -42,1 28,7 66,1 -
∑ NEG (I-EP) -12,0 -63,8 -102,1 -146,5 -205,7 -255,3 -307,2 -389,4 -464,1 -506,3 - 0,0 -
AS 88,0 52,0 35,0 23,0 12,0 7,0 4,0 4,0 4,0 4,0 32,7 90,0 -
∆ AS -2,0 -36,0 -17,0 -12,0 -11,0 -5,0 -3,0 0,0 0,0 0,0 28,7 57,3 -
ER 137,0 126,3 114,7 67,6 31,8 22,4 22,1 7,8 24,3 79,9 122,0 131,0 886,7
PER 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 8,8 8,8

LEGENDA: EP: EVAPOTRANSPIRAÇÃO POTENCIAL I INFILTRAÇÃO


P: PRECIPITAÇÃO AS: ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS NO SOLO
C’: COEFICIENTE DE ESCOAMENTO ER: EVAPOTRANSPIRAÇÃO REAL
ES: ESCOAMENTO SUPERFICIAL PER: PERCOLAÇÃO
110

DRENAGEM DE GÁS DO ATERRO

Segundo o Eng. Fernando Sodré da Motta (Curso de Aterros Sanitários – Licenciamento,


Projeto, Operação e Custos / ABLP - Associação Brasileira de Limpeza Pública - 2005) estima-
se que são gerados entre 1,19 e 6,8 m3 de biogás/t de resíduos domiciliares e considerando-se o
caso do aterro sanitário de Cachoeiro de Itapemirim onde serão depositados aproximadamente
de 126.000 toneladas de resíduos em cerca de 35 meses de sua vida útil, tem-se, adotando-se um
valor médio de geração de biogás 4 m3/t, que serão gerados (4 m3/t x 126.000 t = 504.000 m3)
504.000 m3 em 35 meses de vida útil deste aterro (0,006 m3/s). Considerando-se, ainda, que no
aterro de Cachoeiro de Itapemirim serão instalados 14 drenos de verticais de biogás, estima-se
que cada dreno será responsável por uma vazão de 0,0004 m3/s.

Para a vazão de gás calculada adotou-se, como dreno de gás, tubos de concreto perfurados com
diâmetro de 0,50 m.

Estimativas da geração de biogás

Foram desenvolvidas equações para estimar a geração de gás a partir da decomposição dos
resíduos, a qual depende do teor de carbono e da temperatura na massa de resíduos. A
estimativa da geração de gás por tonelada de resíduos é expressa pela equação a seguir:

Vgas = 1,868 C(0,014 T + 0,28)


Onde:

Vgas) - volume total de gás em (m3/t resíduo);


C - conteúdo total de carbono nos resíduos, expresso em kg/tonelada;
T - temperatura em oC graus centígrados.

Esta equação pode apresentar variações que dependem das características dos resíduos
depositados e das temperaturas no interior do maciço de resíduos no aterro.

Todavia, a geração de metano em aterros sanitários, onde são dispostos resíduos ao longo de
vários anos, é influenciada pela taxa de disposição ao longo dos anos e pela temperatura.
111

Foram desenvolvidos vários modelos matemáticos para prever a produção de gás em aterros
sanitários. A maioria dos modelos matemáticos requer medições reais de produção de gás para
determinar os valores das constantes que integram as suas equações.

A Environmental Protection Agency - EPA recomenda a utilização de um modelo matemático,


denominado “School Canyon Model”, de decaimento de 1a. ordem expresso pela equação a
seguir:

QCH4 = L * R * ( e-kc – e-kt)

Onde:
QCH4 - volume, em m3/ano, de metano gerado no aterro no ano (t);
t -tempo em anos desde o início da operação, sendo t = 0, o tempo inicial;
L - potencial de metano gerado em m3/t resíduos;
R - quantidade média anual, em toneladas/ano, de resíduos dispostos durante a vida útil
do aterro;
k - taxa de geração de metano/ano que depende das características dos resíduos
dispostos no aterro;
c - tempo desde que o aterro foi, ou será fechado, em anos. O valor de (c) será zero
enquanto o aterro estiver em operação.

A geração média de gás em aterros sanitários em países industrializados varia de 64 a 440 m3/t
de resíduos dispostos e a extração média anual de gases é de 1,19 até 6,8 m3 gás/tonelada de
resíduos dispostos durante o ano. O maior volume da produção de gás se verifica nos anos
iniciais durante a operação do aterro e diminui gradualmente a partir do encerramento do
mesmo.

Na Tabela 1 apresentam-se as taxas médias de extração de gás em aterros sanitários localizados


em paises onde é gerada energia elétrica, ou vapor, a partir de gás extraído em aterros sanitários.
112

Tabela 1 - Taxa de Extração de Gás em Aterros Sanitários


Unidade Extração
Pais
(número) (m³/t.ano)
USA 354 2,95
Canadá 16 6,31
Austrália 18 3,79
África do Sul 4 3,5
Brasil 7 2,92
Áustria 15 2,8
Tchecoslováquia 6 2,96
Dinamarca 20 2,59
França 20 3,1
Finlândia 14 2,85
Alemanha 180 1,81
Grécia 1 3,24
Holanda 47 2,33
Itália 135 4,2
Noruega 30 3,99
Suíça 6 3,27
Espanha 13 3,56
Portugal 1 5,09
Suécia 61 3,24
Polônia 19 2,92
Reino Unido 150 3,94
Hong Kong 8 4,64
China 4 4,73
Taiwan 4 4,81
Korea 3 4,54
Média 1.136 3,6
Fonte: H., WILLUMSEN, "Landfill gas plants - number and types worldwide", Ninth International Waste
Management and Landfill Symposium. Sardinia, oct, 2003.

A estimativa do volume de metano gerado em aterros de resíduos domiciliares é efetuada com a


utilização da equação apresentada anteriormente.

Os parâmetros L e k são os mais importantes, posto que refletem as influências locais tais como:
temperatura, umidade, composição dos resíduos etc. O fator k é adimensional e representa a
velocidade de degradação das matérias orgânicas presentes nos resíduos, pode variar desde
0,003 a 0,21 (USEPA-1991), onde 0,003 é atribuído a resíduos com pouca matéria orgânica e
0,21 para resíduos com alto teor de matéria orgânica. Adota-se para o fator k o valor de 0,15,
para o aterros sanitários onde são dispostos resíduos domiciliares.

O valor da produção de biogás, composto por metano e dióxido de carbono, num aterro sanitário
113

pode situar-se entre 62 e 270 m3/t (USEPA-1991) em média, 182 m3/tonelada. Ressalta-se que
em aterros sanitários localizados em regiões úmidas são gerados volumes de metano 2,6 maiores
que os volumes de metano gerados em aterros situados em regiões áridas, segundo a IFC - EPA
– 1999.

Portanto, considerando-se que o metano representa 50 % do volume do biogás, tem-se que o


valor de L é de 91 m3 metano/t de resíduo.

O valor de R é estimado calculando-se a média, expressa em toneladas de resíduos por ano


dispostos no aterro durante a sua vida útil. O futuro aterro de Cachoeiro de Itapemirim onde
serão dispostos resíduos durante cerca de 3 anos, com uma média de disposição de 43.200
t/ano. Admitiu-se que em apôs 3 anos a primeira etapa do aterro será encerrada.

Substituindo os valores acima na equação apresentada tem-se a captação de metano, a partir do


inicio do ano 4. No Desenho 1 estão apresentados os volumes gerados de gás metano desde o
ano inicial de disposição dos resíduos até o ano 15.

Desenho 1 - Evolução da Geração de Metano Estimada para o Futuro Aterro Sanitário de


Cachoeiro de Itapemirim

1.600.000

1.400.000

1.200.000

1.000.000
CH4 (m3/ano)

800.000

600.000

400.000

200.000

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
ANO
114

CÁLCULO DA VIDA ÚTIL DO ATERRO

Resíduo Disposto no Resíduo Disposto no Aterro em Volume


Aterro em Peso Volume Material De Cobertura Total
Cama- Cota Mês Diária Mensal Acumu- Diária Mensal Acumu- Diário Mensal Acumu- Acumu-
3 3 3 3 3 3
da (t/dia) (t/mês) Lado (t) (m /dia) (m /mês) Lado (m ) (m /dia) (m /mês) lado (m ) lado (m3)
1 154 1 120 3.600 3.600 171 5.143 5.143 34 1.029 1.029 6.171
1 154 2 120 3.600 7.200 171 5.143 10.286 34 1.029 2.057 12.343
1 154 3 120 3.600 10.800 171 5.143 15.429 34 1.029 3.086 18.514
1 154 4 120 3.600 14.400 171 5.143 20.571 34 1.029 4.114 24.686
1 154 5 120 3.600 18.000 171 5.143 25.714 34 1.029 5.143 30.857
1 154 6 120 3.600 21.600 171 5.143 30.857 34 1.029 6.171 37.029
1 154 7 120 3.600 25.200 171 5.143 36.000 34 1.029 7.200 43.200
1 154 8 120 3.600 28.800 171 5.143 41.143 34 1.029 8.229 49.371
1 154 9 120 3.600 32.400 171 5.143 46.286 34 1.029 9.257 55.543
1 154 10 120 3.600 36.000 171 5.143 51.429 34 1.029 10.286 61.714
1 154 11 120 3.600 39.600 171 5.143 56.571 34 1.029 11.314 67.886
1 154 12 120 3.600 43.200 171 5.143 61.714 34 1.029 12.343 74.057
1 154 13 120 3.600 46.800 171 5.143 66.857 34 1.029 13.371 80.229
2 158 14 120 3.600 3.600 171 5.143 5.143 34 1.029 1.029 6.171
2 158 15 120 3.600 7.200 171 5.143 10.286 34 1.029 2.057 12.343
2 158 16 120 3.600 10.800 171 5.143 15.429 34 1.029 3.086 18.514
2 158 17 120 3.600 14.400 171 5.143 20.571 34 1.029 4.114 24.686
2 158 18 120 3.600 18.000 171 5.143 25.714 34 1.029 5.143 30.857
2 158 19 120 3.600 21.600 171 5.143 30.857 34 1.029 6.171 37.029
2 158 20 120 3.600 25.200 171 5.143 36.000 34 1.029 7.200 43.200
2 158 21 120 3.600 28.800 171 5.143 41.143 34 1.029 8.229 49.371
2 158 22 120 3.600 32.400 171 5.143 46.286 34 1.029 9.257 55.543
3 162 23 120 3.600 3.600 171 5.143 5.143 34 1.029 1.029 6.171
3 162 24 120 3.600 7.200 171 5.143 10.286 34 1.029 2.057 12.343
3 162 25 120 3.600 10.800 171 5.143 15.429 34 1.029 3.086 18.514
3 162 26 120 3.600 14.400 171 5.143 20.571 34 1.029 4.114 24.686
3 162 27 120 3.600 18.000 171 5.143 25.714 34 1.029 5.143 30.857
3 162 28 120 3.600 21.600 171 5.143 30.857 34 1.029 6.171 37.029
4 162 29 120 3.600 25.200 171 5.143 36.000 34 1.029 7.200 43.200
4 166 30 120 3.600 3.600 171 5.143 5.143 34 1.029 1.029 6.171
4 166 31 120 3.600 7.200 171 5.143 10.286 34 1.029 2.057 12.343
4 166 32 120 3.600 10.800 171 5.143 15.429 34 1.029 3.086 18.514
4 166 33 120 3.600 14.400 171 5.143 20.571 34 1.029 4.114 24.686
4 166 34 120 3.600 18.000 171 5.143 25.714 34 1.029 5.143 30.857
5 170 35 120 3.600 3.600 171 5.143 5.143 34 1.029 1.029 6.171
115

CÁLCULO DAS ESTAÇÕES COMPACTAS DE


TRATAMENTO DE ESGOTO DOS EDIFÍCIOS DE APOIO

ESTAÇÃO COMPACTA DE TRATAMENTO DE ESGOTO


ECTE

ECTE - 01
REFEITÓRIO E VESTIÁRIO– GALPÃO RECICLAGEM
EDIFÍCIO:
OBJETIVO: ESGOTO SANITÁRIO E EFLUENTES DE COZINHA
POPULAÇÃO: 40 HABITANTES TEMPORÁRIOS
RESTAURANTE: 40 REFEIÇÕES / DIA
CONSUMO DE ÁGUA: 4,0 m3 / DIA
CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTO: 3,2 m3 / DIA
REMOÇÃO EXIGIDA: 80% DBO 5
LANÇAMENTO: SISTEMA DE TRATAMENTO DE LÍQUIDOS PERCOLADOS DO ATERRO

ESTIMATIVA DE CONTRIBUIÇÃO DA
UNIDADE
CONSUMO DE ÁGUA:
40 FUNCIONÁRIOS X 0,8 l/HAB./DIA = 3200 L/DIA
40 REFEIÇÕES X 0,25 L/REF./DIA = 1000 L/DIA
4200 L/DIA
CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTO:
4200 L/DIA X 0,8 = 3360 L/DIA
DBO 5 AFLUENTE = 380 mg/DIA

PICOS DE CONTRIBUIÇÃO;
4200 L/DIA X 1,2 X 0,8 = 4032 L/DIA

TDH- TEMPO DE DETENÇÃO


HIDRÁULICA
TDH = V / Q T em DIAS, V em m3, Q em m3/DIA
TDH PARA PROCESSO DE TRATAMENTO BIOLÓGICO:
CONTRIBUIÇÃO BÁSICA: 1870 / 3360 = 0,5565 X 24 = 13,0 HORAS
CONTRIBUIÇÃO DE PICO: 1870 / 4032 = 0,4637 X 24 = 11,0 HORAS

ESTIMATIVA MÁXIMA ADMITIDA NOS EQUIPAMENTOS


PROPOSTOS
REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE 2,0 / 0,25
REATOR HÍBRIDO 2,0 / 0,25- MANTA DE LODO ATIVADO
ESTIMATIVA DO CONSUMO DE ÁGUA:
25 X 160 L/DIA = 4000 L/DIA
CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTO:
4000 X 0,8 = 3200 L/DIA
DBO 5 AFLUENTE = 330mg/DIA
PICO DE CONTRIBUIÇÃO:
4000 X 1,2 X 0,8 = 3840 L/DIA

EQUIPAMENTO
ADOTADO ALTURA PESO DIÂMETRO CARGA VOLUME
EQUIPAMENTO (m) (kg) (m) ORGÂNICA ÚTIL
(DBO5/L) (m3)

REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO


1,45 95 1,6 480 1,87
ASCENDENTE 2,0 / 0,25
REATOR HÍBRIDO 2,0 / 0,25 1,8 115 1,6 480 1,87
116

CÁLCULO DO SISTEMA DE RETENÇÃO DE SÓLIDOS E


DE ÓLEOS

O sistema a ser implantado deverá funcionar junto edifício do almoxarifado e oficina para
atender a vazão média de 14,4 m3/dia (1,0 l/s).

Dados do Projeto

- Funcionamento da lavagem de veículos (hora/dia) = 4


- Vazão (litros/segundo) = 1,00
- Consumo diário (litros/dia) = 14.400
- Temperatura média (ºC) = 20

Separador de Óleos

- Área mínima horizontal (m2): Ah= F.Qm/vh= 0.11


Velocidade de sedimentação (cm/s): vh= 1.51
3
Vazão – Qm – (m /s) : 0.0010
Coeficiente F : 1. 644

- Área mínima transversal (m2) : Ac = Qm/vh = 0.07


Velocidade de sedimentação (cm/s) : vh = 1.51
Vazão – Qm – (m3/s) : 0.0010
117

ESTIMATIVA DE QUANTITATIVOS E CUSTOS


1ª ETAPA DO ATERRO SANITÁRIO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Item Serviço Uni- Quan- Custo (R$)


dade tidade Unitário Total
1 1ª Etapa do Aterro
1.1 TOPOGRAFIA DA ÁREA há 5 1.628,46 7.816,61
1.2 CONSTRUÇÃO ACESSOS - - - -
1.2.1 NIVELAMENTO DO ACESSO m2 7.200 9,16 65.923,20
1.2.2 BRITA Nº 4 m3 1.440 26,16 37.670,40
1.2.3 MEIA CANA DE CONCRETO (D= 0,30m) m3 2.400 13,29 31.889,04
1.3 INFRA-ESTRUTURA DE APOIO - - - -
1.3.1 GUARITA vb 1 3.000,00 3.000,00
1.3.2 CANCELA vb 1 2.500,00 2.500,00
1.3.3 EDIF, ESCRITÓRIO / LABORTÓRIO m2 74 931,90 68.960,27
1.3.4 EDF. REFEITÓRIO / VESTIÁRIO m2 91 931,90 84.802,49
1.3.5 EDF. ALMOXARIFADO / OFICINA m2 73 835,38 60.982,45
1.3.6 GALPÃO P/ SEPARAÇÃO DE MATERIAIS m2 300 584,76 175.428,96
1.3.8 CAIXA D'ÁGUA ELEVADA und.. 1 5.995,00 5.995,00
1.3.9 CERCA m 1.150 10,54 12.121,35
1.3.10 BARREIRA VEGETAL m 1.150 32,70 37.605,00
1.3.11 BALANÇA RODOVIÁRIA C/ OBRAS CIVIL und.. 1 35.534,00 35.534,00
1.4 TERRAPLANAGEM - - - -
1.4.1 ESCAVAÇÃO m3 270.000 3,27 882.900,00
1.4.2 ATERRO m3 55.000 3,27 179.850,00
1.5 MONITORAMENTO - - - -
1.5.1 IMPLANTAÇÃO DE POÇOS unid. 5 2.670,50 13.352,50
1.5.2 IMPLANTAÇÃO MARCOS SUPERFICIAIS unid. 36 39,97 1.438,80
1.6 DRENOS SUB-SUPERFICIAIS - - - -
1.6.1 PRINCIPAIS - - - -
1.6.1.1 ESCAVAÇÃO DE VALA m3 192 37,06 7.115,52
1.6.1.2 MANTA GEOTEXTIL m2 1.200 2,70 3.243,84
1.6.1.3 TUBO DE DRENAGEM PEAD D = 0,17m m 400 16,71 6.683,88
1.6.1.4 RACHÃO m3 144 26,71 3.845,52
1.6.1.5 AREIA m3 48 26,00 1.248,00
1.6.1.6 TUBO DE CONCRETO (D = 0,30 m) m 6 17,97 107,84
1.6.1.7 CAIXA DE PASSAGEM unid. 5 660,54 3.302,70
1.6.2 SECUNDÁRIOS - - - -
1.6.2.1 ESCAVAÇÃO DE VALA m3 325 37,06 12.044,50
1.6.2.2 MANTA GEOTEXTIL m2 3.250 2,70 8.785,40
1.6.2.3 RACHÃO m3 325 26,71 8.679,13
1.6.3 POÇO DE ACUMULAÇÃO - - - -
1.6.3.1 ESCAVAÇÃO POÇO DE ACUMULAÇÃO m3 14 37,06 523,97
1.6.3.2 ANEL DE CONCRETO (1,0 m X 0,5m) unid. 20 41,59 831,89
1.6.3.3 TAMPA P/ ANEL DE CONCRETO unid. 4 54,28 217,13
1.6.3.4 TUBO DE PEAD (D = 0,15m) m 20 37,79 755,81
118

1.7 IMPERMEABILIZAÇÃO DE FUNDO - - - -


1.7.1 MANTA DE PEAD DE 2,00 mm m2 33.220 23,47 779.596,99
1.7.2 COBERTURA C/ ARGILA (0,60 m) m3 30.200 3,27 98.754,00
1.8 DRENOS DE PERCOLADO - - - -
1.8.1 PRINCIPAIS DE BASE - - - -
1.8.1.1 ESCAVAÇÃO m3 150 37,06 5.559,00
1.8.1.2 TUBO DE DRENAGEM PEAD D=0,17m m 500 16,71 8.354,85
1.8.1.3 MANTA GEOTEXTIL m2 2.500 2,70 6.758,00
1.8.1.4 BRITA Nº 4 m3 140 26,16 3.662,40
1.8.1.5 RACHÃO m3 250 26,71 6.676,25
1.8.1.6 TUBO DE CONCRETO (D = 0,30 m) m 5 17,97 89,87
1.8.1.7 CAIXA DE PASSAGEM unid. 13 660,54 8.587,02
1.8.2 SECUNDÁRIOS BASE - - - -
1.8.2.1 ESCAVAÇÃO m3 315 37,06 11.673,90
1.8.2.2 MANTA GEOTEXTIL m2 5.250 2,70 14.191,80
1.8.2.3 RACHÃO m3 851 26,71 22.712,60
1.8.3 LAGOA DE RETENÇÃO - - - -
1.8.3.1 ESCAVAÇÃO m3 6.990 3,27 22.857,30
1.8.3.2 ATERRO m3 2.330 3,27 7.619,10
1.8.3.3 MANTA DE PEAD DE 2,00 mm m2 3.270 23,47 76.739,38
1.8.3.4 CAIXA DE PASSAGEM und.. 1 660,54 660,54
1.8.3.5 ANEL DE CONCRETO (1,0 m X 0,5m) und.. 5 41,59 207,97
1.8.3.6 TAMPA P/ ANEL DE CONCRETO und.. 1 54,28 54,28
1.8.3.7 TUBO DE PEAD (D = 0,15m) m 6 37,79 226,74
1.9 DRENOS DE GÁS - - - -
1.9.1 BASE DE CONCRETO und.. 14 1.388,95 19.445,36
1.9.2 TUBO CONCRETO PERFURADO (D=1,00 m) m 14 132,24 1.851,34
1.9.3 RACHÃO m3 11 26,71 299,10
1.9.4 TELA DE GABIÃO m2 49 6,85 335,41
1.10 OPERAÇÃO DO ATERRO - -
DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS C/
1.10.1 COBERTURA m3 216.000 15,26 3.296.160,00
1.11 ACOMPANHAMENTO DA OBRA - - - -
1.11.1 TOPOGRAFIA mês 45 1.628,46 73.280,70
ENSAIOS DE ACOMPANHAMENTO
1.11.2 IMPLANTAÇÃO mês 5 2.725,00 13.625,00
1.12 MONITORAMENTO - - - -
1.12.1 ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS mês 45 4.959,50 223.177,50
1.12.2 ESTABILIDADE DO ATERRO mês 40 1.308,00 52.320,00
1.12.3 ESTRUTURAS DE APOIO mês 40 2.834,00 113.360,00
3.5 COBERTURA DA ULTIMA CAMADA - - - -
3.5.1 ARGILA COMPACTADA (0,30 cm) m3 1.800 3,27 5.886,00
3.5.2 TERRA VEGETAL (0,30 cm) m3 1.800 3,75 6.741,00
TOTAL PARA A IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DA PRIMEIRA ETAPA (35 MESES) 6.646.618,60

NOTAS: 1- Custos apresentados não incluem o bdi - benefícios e despesas indireta e o valor do terreno
2- Fonte dos custos unitários adotados: revista construção / mercado - editora pini - maio/07 e
fornecedores existentes no mercado;
3- Na operação do aterro está compreendido: compactação e recobrimento dos resíduos, ampliação
dos sistemas de drenagem (percolados, gás e águas pluviais) e cobertura vegetal es.
119

ANEXO IV
120

LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO
DE ÁREA SITUADA NO DISTRITO
INDUSTRIAL DE SÃO JOAQUIM
121

ANEXO V
PLANTAS DO PROJETO DA PRIMEIRA
ETAPA DO ATERRO
122

PLANTA 01 -
INFRA–ESTRUTURA DE APOIO E
ATERRO COM TODAS AS ETAPAS
CONCLUÍDAS
123

PLANTA 02 -
POSICIONAMENTO DA 1º ETAPA EM
RELAÇÃO AO ATERRO CONCLUÍDO
124

PLANTA 03 -
1º ETAPA – IMPLANTAÇÃO E
OPERAÇÃO DA CAMADA 154
125

PLANTA 04 -
1º ETAPA –OPERAÇÃO DAS CAMADAS
158, 162, 166 170 E ATERRO
CONCLUÍDO
126

PLANTA 05 -
SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS
PLUVIAIS
127

PLANTA 06 -
DETALHAMENTO DO SISTEMA DE
DRENAGEM SUB-SUPERFICIAL, DE
LÍQUIDOS PERCOLADOS, DE GÁS E DE
IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE E
CÉLULA PADRÃO
128

PLANTA 07 -
DETALHAMENTO DA LAGOA DE
ACUMULAÇÃO DE PERCOLADOS,
FIXAÇÃO DA GEOMEMBRANA,
SEPARADOR DE SÓLIDOS E LÍQUIDOS,
POÇO DE MONITORAMENTO E
TRATAMENTO DE ESGOTO
129

PLANTA 08 -
INFRAESTRUTURA DE APOIO –
ESCRITÓRIO E LABORATÓRIO,
VESTIÁRIO E REFEITÓRIO, CAIXA
D’ÁGUA ELEVADA, GUARITA, CANCELA
E ALMOXARIFADO E OFICINA
130

PLANTA 09 -
INFRA-ESTRUTURA DE APOIO –
GALPÃO DE SEPARAÇÃO DE
MATERIAIS RECICLÁVEIS, BARREIRA
VEGETAL, ACESSO E CERCAMENTO
131

PLANTA 10 -
CORTES DA 1º ETAPA DO ATERRO

Você também pode gostar