O documento discute o constitucionalismo e a tipologia das constituições. Apresenta a evolução histórica do constitucionalismo em três fases: antigo, moderno e neoconstitucionalismo. Também descreve sete critérios para classificar constituições: alterabilidade, origem, forma, modo de elaboração, estrutura, princípios e objetivos. A Constituição Brasileira de 1988 é rígida, promulgada, escrita e dogmática.
O documento discute o constitucionalismo e a tipologia das constituições. Apresenta a evolução histórica do constitucionalismo em três fases: antigo, moderno e neoconstitucionalismo. Também descreve sete critérios para classificar constituições: alterabilidade, origem, forma, modo de elaboração, estrutura, princípios e objetivos. A Constituição Brasileira de 1988 é rígida, promulgada, escrita e dogmática.
Descrição original:
REsumo voltado para concursos de procuradoria. baseado em aulas de cursinho
Título original
DIREITO CONSTITUCIONAL - Resumo para concurso de procuradoria
O documento discute o constitucionalismo e a tipologia das constituições. Apresenta a evolução histórica do constitucionalismo em três fases: antigo, moderno e neoconstitucionalismo. Também descreve sete critérios para classificar constituições: alterabilidade, origem, forma, modo de elaboração, estrutura, princípios e objetivos. A Constituição Brasileira de 1988 é rígida, promulgada, escrita e dogmática.
O documento discute o constitucionalismo e a tipologia das constituições. Apresenta a evolução histórica do constitucionalismo em três fases: antigo, moderno e neoconstitucionalismo. Também descreve sete critérios para classificar constituições: alterabilidade, origem, forma, modo de elaboração, estrutura, princípios e objetivos. A Constituição Brasileira de 1988 é rígida, promulgada, escrita e dogmática.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
AULAS 01 E 02
CONSTITUCIONALISMO E TIPOLOGIA DAS CONSTITUIÇÕES
1. Constitucionalismo A expressão constitucionalismo refere-se ao estudo da evolução do direito constitucional ao longo do tempo. O marco temporal inicial do constitucionalismo moderno ou contemporâneo (e que deve servir de base para compreender o direito constitucional atual) é o advento da Constituição dos Estados Unidos da América no final do século XVIII (1787). Desde a promulgação da Constituição dos Estados Unidos, o direito constitucional passou a ser compreendido como sendo a área do direito público que tem por finalidades principais: organizar o Estado (disciplinar a separação de poderes, a forma de Estado, a forma de governo, o sistema de governo, etc.) e limitar o poder estatal (instituindo e positivando direitos e garantias fundamentais). 1.1. Evolução Histórica A doutrina majoritária apresenta 3 fases de evolução do direito constitucional ao longo do tempo. 1ª fase: Constitucionalismo antigo ou clássico. O constitucionalismo antigo ou clássico ocupava-se apenas de organizar o poder do Estado. Seu primeiro registro foi com o povo hebreu, que se organizou em torno de um líder. O ápice ocorreu na idade média com o absolutismo, em que o Estado estava tão organizado e tão centralizado nas mãos do monarca, que tal concentração de poder gerava arbítrios. 2ª fase: Constitucionalismo moderno ou contemporâneo. Surgiu no século XVIII, com a promulgação da Constituição dos Estados Unidos da América em 1787. Desde então, o direito constitucional passou a ter 2 funções principais: organizar o Estado e limitar o poder estatal. 3ª fase: Neoconstitucionalismo. O neoconstitucionalismo surgiu na Europa após 1945, como uma resposta do direito constitucional ao holocausto nazista. A principal proposta do neoconstitucionalismo é promover a interpretação da Constituição à luz dos valores universais presentes em normas internacionais, como proteção integral da pessoa humana, respeito aos postulados democráticos, respeito aos postulados da ética e promoção da paz. Como conclusão, tem-se que o neoconstitucionalismo confere papel de destaque ao órgão estatal responsável por interpretar a Constituição (Tribunal Constitucional), pois é ele que promoverá a adequação das normas constitucionais aos mencionados valores universais. 2. Tipologia das Constituições A doutrina majoritária adota 7 critérios classificatórios principais para explicar as características tipológicas da Constituição. 2.1. Quanto à Alterabilidade, Estabilidade ou Mutabilidade A Constituição Federal de 1988 é RÍGIDA, uma vez que exige procedimento solene e dificultoso para ser alterada. Para alterar a Constituição, faz-se imperiosa a vigência de uma Emenda à Constituição, cujo procedimento de elaboração é mais complexo do que aquele previsto para a alteração das leis. É necessária a votação nas duas casas do Congresso Nacional, com aprovação em dois turnos por 3/5 (três quintos) dos votos dos respectivos membros. ***Observação: O Brasil teve apenas uma constituição que não era rígida. Foi a Constituição do Império de 1824, que era do tipo semirrígida ou semiflexível, ou seja, parte era alterável por lei e parte era alterável por Emenda. ATENÇÃO: Parte da doutrina defende que a Constituição seria superrígida quanto à estabilidade, em virtude de possuir cláusulas pétreas, de conteúdo inalterável. Ocorre, entretanto, que esta não é a posição do Supremo Tribunal Federal, que entende, com base no art. 60, § 4º, IV da Constituição, que as cláusulas pétreas não podem ser abolidas por Emenda à Constituição. Logo, é possível que Emenda à Constituição realize alterações em cláusulas pétreas, desde que preservem o núcleo essencial e intangível contido naquela norma de direito fundamental. 2.2. Quanto à origem A Constituição é PROMULGADA, pois o povo atuou no processo de criação das normas constitucionais, ainda que indiretamente, por meio de representantes que integraram a Assembleia Nacional Constituinte. 2.3. Quanto à forma A Constituição é ESCRITA. A doutrina aponta outro tipo de constituição quanto à forma: é a constituição costumeira, consuetudinária ou não escrita, que é aquela em que a maior parte das normas constitucionais advém do costume (hábitos reiterados no tempo e no espaço). Ex.: Inglaterra. A Magna Carta de 1215 faz parte da atual constituição inglesa porque o costume constitucional a abraçou. Não é vedado que constituições costumeiras possuam um arcabouço normativo mínimo exposto na forma escrita. 2.4. Quanto ao modo de elaboração A Constituição é dogmática, uma vez que foi elaborada por um órgão constituinte que tomou decisões conscientes baseadas em dogmas da ciência política. Ex.: para atingir o objetivo constitucional de redemocratização brasileira e afastar eventuais autoritarismos, a Ciência Política aponta como dogma a ampla previsão de direitos fundamentais. ATENÇÃO: A doutrina apresenta outro tipo de Constituição quanto ao modo de elaboração. É a Constituição histórica, que é elaborada a partir da sedimentação das tradições políticas de um povo. Ex.: fazer breve vênia na presença da rainha é uma tradição inglesa incorporada ao direito constitucional.