Wilson Sitoe - TGDC - Dolo Do Menor
Wilson Sitoe - TGDC - Dolo Do Menor
Wilson Sitoe - TGDC - Dolo Do Menor
Faculdade de Direito
2º ano - Laboral
Docentes:
Discente:
O artigo 126 do código civil dispõe que "não tem o direito de arguir a anulabilidade o menor que para
praticar o acto tenha usado de dolo como o fim de se passar por maior ou emancipado". Este regime só
é aplicável se houver, da parte do menor, o recurso a sugestões ou artifícios fraudulentos que visem
levar a outro contraente a convencer-se de que ele (o menor) é capaz (nº. 1 do art. 253 CC). Só neste
caso a conduta do menor prevalece sobre o ónus geral da diligência doutro contraente que em face de
uma simples de uma simples declaração deve certificar-se da veracidade da afirmação.
Da interpretação literal depreende-se que só o menor fica impedido de invocar a anulabilidade, mas
sabe-se que este, o literal, não é o único elemento na interpretação das normas jurídicas, aqui se pode
chamar a interpretação teleológica, isto é, a finalidade desta disposição. Ao meu entender esta norma
tem a finalidade de proteger o interesse doutro contraente, que se vai frustrar caso se admita a
anulabilidade. A norma visa afastar a invocação de anulabilidade de quem quer que seja.
Referências bibliográficas:
1
FERNANDES, Luís A. Carvalho. Teoria geral do direito civil. 5ª ed. Lisboa:
Universidade Católica Editora. 2009. Vol. I. pág. 330
FERNANDES, Luís A. Carvalho. Teoria geral do direito civil. 5ª ed. Lisboa:
Universidade Católica Editora. 2009. Vol. I