Eixo III - Atividades Rítmicas

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Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu

ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO FÍSICA
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA TRABALHAR COM O
ENSINO FUNDAMENTAL I

ATIVIDADES RÍTMICAS
E EXPRESSIVAS

Colaboração/pesquisa:
Coordenador Equipe Pedagógica: Prof. Theodorico M. dos Santos.
Coordenadora de área de Ed. Física: Profª Rosane A. B. Alves.

SMED / 2015
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EXPRESSÃO CORPORAL

Os benefícios que a expressão corporal propicia à criança


são muitos, quando estimulados precocemente pelo professor. O
movimento corporal é responsável pelo desenvolvimento físico e
motor do ser humano e, consequentemente, pela autonomia da
própria criança. A criança exposta a essas atividades estará apta a
crescer bem mais desinibida e mais preparada para resolver
conflitos relacionados ao seu meio social. Contudo, é importante
que o educador seja consciente sobre os benefícios que a
expressão corporal pode trazer para o desenvolvimento da criança
e do adolescente e esteja aberto a criar e a oferecer mais
condições e atividades para que isso ocorra.

Conceitos e procedimentos: das atividades rítmicas e expressivas


o Percepção dos limites corporais na vivência dos movimentos rítmicos e expressivos.
o Expressão corporal partindo de possibilidades individual e coletiva (explorando
movimentos corporais, mímicas, representações de cenas do cotidiano, danças...).
o Percepção do ritmo pessoal e grupal (brinquedos cantados é uma ótima opção, danças
circulares).
o Compreensão dos aspectos histórico-sociais das danças.
o Desenvolvimento da noção espaço/tempo vinculada ao estímulo musical.
o Vivências das danças folclóricas e regionais, compreendendo seus contextos de
manifestação (carnaval, escola de samba e seus integrantes, frevo, capoeira, bumba-
meu-boi etc.).
o Reconhecimento e apropriação dos princípios básicos para construção de desenhos
coreográficos e coreografias simples.
o Vivência das manifestações das danças urbanas mais emergentes e compreensão do
seu contexto originário.
o Vivência das danças populares regionais, nacionais e internacionais e compreensão do
contexto sociocultural onde se desenvolvem.
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ATIVIDADES:
Objetivo: Desenvolver o esquema corporal, capacidade de
expressão, corporal, criatividade e socialização.

MÍMICA TEATRAL
Desenvolvimento: Separe a turma em dois grupos. Num primeiro momento um grupo
fará a mímica e outro grupo apenas assistirá. O professor antes de iniciar o jogo deve preparar
um material com gravuras, fotografias que tenha relação uma com a outra. Como um animal e
uma floresta, foto de uma criança e de um parque de diversão ou corte as gravuras ao meio.
Distribua as gravuras entre os alunos (em número par). Ao sinal, todos terão que achar seus
pares. Quando isso acontecer terá que imitar o que está na fotografia. Os outros participantes
vão tentar descobrir. Quando o primeiro grupo tiver apresentado todas as mímicas, o que
apenas assistiu irá fazer o mesmo.

IMITANDO OS BICHOS
Desenvolvimento: O professor coloca a música “Arca de Noé”. Em seguida o professor
e os alunos começam a fazer coreografia que imita os bichos de acordo com a música.
Obs.: a música “Arca de Noé” pode ser substituída por outra música que fala também de
animais.

Arca De Noé
Ora vai, na porta aberta Afinal com muito custo
Sete em cores, de repente De repente, vacilante Em longa fila, aos casais
O arco-íris se desata Surge lenta, longa e incerta Uns com raiva, outros com susto
Na água límpida e contente Uma tromba de elefante. Vão saindo os animais.
Do ribeirinho da mata.
E de dentro do buraco Os maiores vêm à frente
O sol, ao véu transparente De uma janela aparece Trazendo a cabeça erguida
Da chuva de ouro e de prata Uma cara de macaco E os fracos, humildemente
Resplandece resplendente Que espia e desaparece. Vêm atrás, como na vida.
No céu, no chão, na cascata.
"Os bosques são todos meus!" Longe o arco-íris se esvai
E abre-se a porta da arca Ruge soberbo o leão E desde que houve essa história
Lentamente surgem francas "Também sou filho de Deus!" Quando o véu da noite cai
A alegria e as barbas brancas Um protesta; e o tigre - "Não!" Erguem-se os astros em glória
Do prudente patriarca.
A Arca desconjuntada Enchem o céu de seus caprichos.
Vendo ao longe aquela serra Parece que vai ruir Em meio à noite calada
E as planícies tão verdinhas Aos pulos da bicharada Ouve-se a fala dos bichos
Diz Noé: que boa terra Toda querendo sair. Na terra repovoada. 2
Pra plantar as minhas vinhas.
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ESPELHO
Desenvolvimento: O professor separa a turma em duplas. Em seguida um dos alunos
da dupla, deve começar a brincadeira onde deve fazer movimentos de expressão corporal e o
outro vai tentar fazer exatamente igual como se fosse um espelho. Após alguns minutos o
professor sugere a troca de funções e de duplas.

ESTÓRIA SERIADA
Objetivo: Desenvolver a desinibição, capacidade de expressão corporal, criatividade e
socialização.
Desenvolvimento: O professor antes de iniciar a aula, organiza algumas fichas com
figuras diversas. Em círculo distribui as fichas para os alunos e começa uma história. A criança
que ele apontar deve continuar a estória incluindo sua figura, quando parar de narrar sua parte
o alunos que está ao seu lado direito segue a narração incluindo sua figura, assim
sucessivamente até que todos os alunos tenham oportunidade de criar sua parte da história
conforme sua figura.
Obs. É muito divertido se o professor conseguir gravar todas as falas e no final todos
possam ouvir e realizar os movimentos propostos na história criada.

MOVIMENTO COTIDIANO
Cada aluno irá representar através de mímica um movimento do cotidiano como: escovar os
dentes, pentear os cabelos, fazer refeição, andar de bicicleta, etc. Após criarem esses
movimentos expressivos o professor explora a aula da seguinte forma:
 Um aluno executa o movimento e todos os outros repetem a ação.
 Todos executam os movimentos ao mesmo tempo.
 Cada aluno executa o movimento na sequência, formando uma coreografia com os
movimentos de todos.
Colaboração: do grupo de professores na formação inicial do dia 04 de fev. 2015.

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DANÇA

A dança escolar tem como objetivo principal à formação dos sujeitos, propiciando o
conhecimento sobre si, e sobre o outro. Estimula vivências da corporeidade, incentiva a
expressividade dos indivíduos, possibilita a comunicação não verbal, proporciona a liberdade
de criar, inventar e reinventar, fazendo uso da imaginação e dos diálogos corporais, (Barreto,
2004).
A dança na escola precisa recorrer a algumas brincadeiras, ou
melhor, vivências corporais. Além de apresentar para os alunos os tipos de
dança, ritmos, história da dança, coreografias, etc., o professor precisa
explorar os movimentos corporais de seus alunos, não adianta somente
apresentar coreografias prontas, precisa ir além oportunizando
movimentos, sentimentos, emoções. A dança apenas ocorre quando o
corpo executa movimentos a partir de um determinado ritmo, logo, o que
se espera da dança na escola é que o corpo se movimente no ritmo da
música e que haja expressão de sentimentos a partir do próprio
movimento.
Para despertar nos alunos o interesse pela dança, é preciso levar
em consideração o repertório artístico que eles têm e deixar bem claro que
homem também dança e, claro, convidar a turma toda para participar.
Trabalhar com as danças populares sempre dá mais certo, saber o que
seus alunos gostam é essencial para cativá-los.

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Uma atividade bacana é o bolo humano - a atividade tem início com todos sentados em
um grande círculo, aos poucos, eles vão se arrastando para o centro da roda, orientados pelo
professor que indica como vão se movimentar. Quando todos estão juntos, simulam com
braços e pernas adicionar os ingredientes à massa do bolo. Em seguida, eles se chacoalham,
imitando uma batedeira, e voltam para o lugar de origem, também se movendo pelo chão.
Outra atividade é a dança do saci - a professora conta a história do saci-pererê. A ideia
é que, com sombrinhas de frevo, os alunos interpretem como o saci faria para atravessar uma
floresta, cruzar um rio, desviar de cobras e onças com pulos e rolar pelo chão. Assim, as
crianças aprendem os passos básicos do frevo de uma maneira divertida.
Desenhando figuras geométricas - os alunos desenham com o corpo figuras
geométricas no espaço, somente para esquentar: em pé, um ao lado do outro, eles fazem retas
com os braços ou, individualmente, formam triângulos com as pernas, entre outros
movimentos. Em seguida, propõe para turma escolher uma música e montar uma coreografia.

Quais são os objetivos que queremos ao trabalhar a dança na escola?


 Descrever, demonstrar e adaptar danças conhecidas.
 Conhecer seus contextos de criação e de prática.
 Identificar a gestualidade das danças e dar significados a elas.
 Reconhecer a atividade como um patrimônio cultural.

Como vamos trabalhar?


 Proporcionando o conhecimento sobre a origem e as características
das danças.
 Possibilitando vivências corporais rítmicas e expressivas.
 Apresentar as técnicas específicas das danças e oportunizar a vivência para os alunos.

Propostas de trabalho
Esta proposta de trabalho pode durar algumas aulas, conforme as etapas a seguir:
 Inicie uma conversa com os alunos para saber quais os tipos de danças que eles
conhecem.

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 Apresente alguns ritmos e veja se eles conseguem


identificar, relacionar com época, local onde o ritmo é mais
tocado, os trajes, etc.
 Peça que tentem uma movimentação criando alguns
passos seguindo o ritmo apresentado.
 Você pode trazer gravuras, apresentar imagens no
multimídia, passar vídeos com diversidade de dança para que
vejam como se dança.
 Distribua a turma em grupos e organize a vivência de
diferentes danças. Dê a cada grupo um tipo de dança e peça
que cada grupo crie movimentos e formem uma coreografia para apresentar para os
demais.
 Consulte a turma sobre seus interesses. Coletivamente,
elabore questões. Exemplos: Qual a origem da dança? Por
que se dança desse modo? O que significam esses
movimentos? Por que as pessoas ocupam algumas
posições na dança? Converse sobre os meios de encontrar
as respostas, algumas delas podem ser obtidas na própria
aula, outras por meio da internet, de livros, de familiares e
de amigos. Oriente o formato dos registros (caderno,
gravador, máquina fotográfica etc.) e combine uma data
para a socialização das descobertas. Isso pode ser feito em pequenos painéis e
exposição de trabalhos.
 Uma parte das informações será obtida com a ajuda de pessoas que estão ou já
estiveram em contato com as danças. É possível agendar uma visita a um local onde se
dança um dos ritmos sugeridos ou receber convidados para uma entrevista. Assim, os
estudantes têm a chance de dialogar com eles e reconhecer outras pessoas como
agentes da cultura. Os alunos devem estar preparados para fazer perguntas: Quem
participa dessa dança? Como é a aprendizagem? Existem ensaios? Como ocorrem? O
que significam os trajes? e registrar as informações coletadas. Depois, ajude-os a

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identificar semelhanças e diferenças entre seus conhecimentos iniciais e os recém-


adquiridos.

Avaliação
Organize uma conversa com os alunos e identifique possíveis
modificações nos modos como concebiam as danças estudadas.
Proponha uma análise coletiva dos registros e peça que todos falem
sobre eventuais mudanças no modo de ver as danças.

História da Dança

Na história da dança, pode-se verificar que ela é uma das maneiras


encontradas pelo ser humano de expressar sua arte e movimentos e
ainda é essencial para a contribuição na história da arte. Ainda na pré-
história, a dança e a música eram usadas para representar situações e
muitas delas ficaram registradas nas paredes de cavernas rupestres.

A dança já era executada durante o antigo Egito, por meio


da dança do ventre, para homenagear deuses e na Ásia ela tinha
cunho religioso. Além disso, poderia significar a cura, a morte ou o
nascimento de uma pessoa.

Na Grécia Antiga, a dança ainda podia representar algo


muito importante na educação e no culto de algumas religiões.
O teatro nessa época também passou a contar com cenas
onde os atores dançavam durante os atos. Surgiram também
as sátiras e comédias gregas. Quando o território grego foi
tomado pelos romanos, suas danças também passaram a
influenciar esse povo.

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Na Idade Média, a influência da Igreja Católica proibiu


algumas danças que continham coreografias que infringiam
as diretrizes católicas. Durante o século XIV, predominavam
as danças religiosas feitas pelos artesãos. Nas festas em
família, essa expressão artística era muito usada pelas
pessoas.

O Rei Luís XIV incentivou o balé na França e deu apoio para


manifestações culturais. No início dos anos 1900, a dança
contemporânea começou a ser inserida nos salões e escolas de
dança. Atualmente, não existe apenas um estilo crescendo
sozinho, ele acaba sofrendo influência ritmos como o rock e o
jazz. Além disso, existe a influência das danças típicas no
cotidiano de milhões de pessoas no mundo que expressam sua
cultura por meio da dança.

Benefícios das Dança

Flexibilidade
Para praticar a dança, é importante muita flexibilidade. Por esse motivo, a pessoa deve
realizar uma boa série de alongamentos antes de começar a praticar. Durante a própria dança,
é exigido do dançarino que ele busque trabalhar o extremo de cada músculo de seu corpo e
como isso pode causar dores musculares, o importante é estar preparado.

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Força
Quando a pessoa dança, ela está forçando seu corpo para que ele resista ao peso
corporal. Os saltos de alguns tipos de dança exigem o uso de muita força.

Resistência
Para quem pretende praticar a dança, é importante acostumar o seu músculo com a
série de exercícios feita durante a coreografia. Com o corpo cada vez mais adaptado a prática
de dança, você sentirá menos dores e desconforto muscular.

Bem-Estar
Com a dança, as pessoas podem criar um convívio com as pessoas e estabelecer
contatos. A sensação de bem-estar é adquirida com as conversas e a convivência com outras
pessoas que compartilham a pratica. Dançar acima de tudo te ajuda a manter uma vida
saudável e feliz.

Estilos de Dança

Dança Clássica

Balé
O balé surgiu na corte italiana durante a Renascença no
século XV. Depois a dança passou a ser executada em países
como França, Rússia e Inglaterra ao som de músicas
clássicas. O destaque fica para a França, pois o rei Luís XIV
influenciou a prática do balé e a língua francesa é usada para
denominar diversos passos da dança. No início da Primeira
Guerra Mundial, essa dança passou a ser mais praticada na
Europa Ocidental através de uma companhia russa
chamada Ballets Russes.

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É uma dança que exige bastante prática e é ensinada em escolas específicas instaladas
em diversos países. As principais exigências do balé são os movimentos dos membros
superiores, leveza, harmonia, a postura ereta e a simetria dos bailarinos.
Balé Clássico: É uma das vertentes dessa dança e a que mais utiliza as técnicas mais
tradicionais do balé. É um gênero que surgiu em países como França, Dinamarca e Rússia.
Balé Neoclássico: É um balé bem parecido com o clássico, mas possui menos rigidez em
seus passos. É mais estruturada e teve como precursor o balé Apollo, em 1928.
Balé Contemporâneo: É a mistura da dança contemporânea com o balé clássico. Utiliza
movimentos distintos dos que são usados no balé clássico. O precursor desse gênero
é George Balanchine.

Dança Moderna
A dança moderna começou no século XX e surgiu
como forma de expressar o sentimento das pessoas que
queriam desvincular-se das danças clássicas. Esse tipo de
dança busca trabalhar com movimentos parecidos com o
cotidiano da vida contemporânea. Os principais nomes da
dança moderna foram Émile Jaques-Dalcroze, François
Delsarte, Isadora Duncan, Ruth St. Denis e Rudolf von Laban.
Émile Jaques-Dalcroze criou um sistema chamado eurritmia em que os movimentos
corporais eram transformados em uma espécie de ginástica. Nesse estilo de dança, o
dançarino tem a opção de se expressar de uma maneira mais livre e atual. Trabalha com o
ritmo, dinamismo, movimentos inspirados na natureza e espontaneidade.
No Brasil, a dança moderna começou a ser mais divulgada após a Segunda Guerra
Mundial quando os artistas abandonaram o estilo mais clássico e propuseram novas formas.
As cidades mais influenciadas por esse estilo foram São Paulo e Rio de Janeiro.

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Dança de Rua
Conhecida também como street dance, a
dança de rua é um estilo que conta com movimentos
com o corpo e expressões faciais.
As primeiras influências surgiram na época da
grande crise econômica dos EUA, em 1929, quando
os músicos e dançarinos que trabalhavam nos
cabarés ficaram desempregados e foram para as ruas
fazer seus shows. Em 1967, o cantor James
Brown lançou essa dança através do Funk (não confundir com o Funk Carioca.), estilo musical
que tem entre seus expoentes Michael Jackson, Paula Lima, Le Gusta, Funk N' Lata, Olodum,
Sandra de Sá, Thaide e DJ Hum, Aretha Franklin, Marvin Gaye, Funkadelic, entre outros.
O Breaking, uma das vertentes dos Street Dances, explodiu nos EUA em 1981 e se
expandiu mundialmente. No Brasil, os dançarinos incorporaram novos elementos à dança.

Existem dois tipos de street dances:


1. Street dances vinculada a Cultura Hip Hop, grupos ou crews;
2. Street dances vinculada às academias e estúdios de dança.

Podemos caracterizar o Street Dance como:


 Um trabalho de coordenação motora com ritmo e musicalidade;
 Um Ritmo, onde se dá mais atenção aos movimentos fortes e enérgicos executados
pelos braços, pernas, movimentos acrobáticos coreografados, saltos e saltos mortais.
 Uma dança com maioria de dançarinos homens, porém hoje se encontra um maior
espaço para as mulheres.
 São usadas músicas que tenham batidas fortes e marcantes, algumas músicas
eletrônicas e em geral músicas cantadas em cima dos breakbeats.
A Street Dances quando vinculada ao movimento Hip Hop (Hip do inglês - quadril; Hop -
pulo) toma um outro sentido na história e em sua formação.

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Existem vários estilos de dança dentro do Hip Hop, entre eles temos:
1. O Breaking, executados pelos B.Boys ou B.Girls.
2. O Locking, executados por lockers.
3. O Popping, executado por poppers.
4. O Hip Hop Dance (New School Hip Hop Dance),
executado pelos hip hoppers.
5. As Social Dances (passinho de dança de dançeteria).

O "Break Beat" é a batida de fundo repetitiva muito conhecida pelos Mcs em seus shows, os
Djs entram e tocam a música e os dançarinos (b.boys ou b.girls) fazem a sua dança nessa
batida da música.
Difere-se do Hip Hop Dance que neste caso utiliza-se das danças sociais conhecidas
como, harlem shake, happy feet, monastery e etc. Em outras palavras, o Hip Hop é um estilo
de dança mais dinâmico, já que este veio de outras danças sociais.
Uma das grandes características vinculada ao Hip Hop é a improvisação, que algo
momentâneo e acontece com mistura de linguagens entre, encenação teatral, mímica e dança.
Tem o seu nascimento nos Estados Unidos da América, o leste e o oeste norte americano tem
expoentes diferentes de estilos e de representantes no Street Dances.

Dança de Rua - Origem e conceitos


 Hip Hop - Conjunto de quatro formas artísticas distintas chamadas de elementos (DJ,
MC, GRAFITE, DANÇA). Daí a sua complexidade, uma cultura híbrida, sempre em
movimento, em evolução constante.
Estas formas artísticas foram surgindo no ambiente urbano de Nova York, cidade dos
Estados Unidos, na passagem dos anos 60 para os anos 70. O termo foi criado pelo então DJ
Afrika Bambaataa, fundador da organização Zulu Nation, referindo-se ao movimento dos
quadris.
 Breakdance – Termo lançado pela mídia quando esta dança teve seu boom nos anos
80 nos EUA.
 Street Dance é uma denominação para se identificar os estilos de dança que surgiram
nos guetos americanos.
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A Dança de rua é formada pôr vários estilos, todos eles influenciados pela dança funk.
Tudo que não é Clássico (acadêmico) é Street. Street apesar de significar Rua, não quer dizer
que todos os estilos surgiram exatamente nas ruas. Quer dizer apenas que veio do povo da
cidade, que não é acadêmico. Como Street Wear, à moda das Ruas; ela está lá, mas não é
feita lá.
Dos estilos de dança urbana, apenas o B.Boying foi criado exatamente nas ruas,
durante as Block Partys (festas de rua), que deram origem à Cultura Hip Hop. Os demais
estilos de dança tiveram diferentes ambientes para sua criação como, Clubs (danceterias),
programas de TV, etc…
Nos dias de hoje quando se diz Street Dance ou Dança Urbana Americana você
entende por: Locking, Up Rocking, Popping, Boogalooing, B.Boying, Freestyle Hip Hop e
House Dance.

Danças de Salão
Pode-se dizer que dança de salão é toda a dança social,
ou seja, que se dança a dois. Os mais variados ritmos são
englobados pela dança de salão. Segundo historiadores, as
danças de casais tornaram-se populares no início do século XIX,
embora tenham surgido no século XIV, e evoluído nos séculos
seguintes (apenas entre os nobres).
A dança de salão foi introduzida no Brasil em 1914, a princípio com a valsa e a mazurca.
Os ritmos mais presentes nos salões do Brasil, assim como nas academias de dança são:
soltinho, forró, samba de gafieira, tango, bolero e salsa.
Devido à riqueza de ritmos, as danças de salão podem ser classificadas como latinas ou
clássicas.

São danças de salão latinas:


 Samba – surgiu no Rio de Janeiro, com base na cultura africana, em ritmos como o
lundu, umbigadas (semba) e pernadas de capoeira.
 Rumba – surgiu em Cuba, levada pelos escravos contrabandeados para aquele país.
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 Merengue – é a dança tradicional da república Dominicana, embora seja popular em


outros países da América Central (Haiti e Costa Rica) e América do Sul (Colômbia e
Venezuela).
 Cha-cha-cha – ligado ao mambo, o cha-cha-cha é originário na Rumba. Surgiu em
Cuba.
 Paso - doble – surgiu na Espanha, tem grande semelhança com o One-Step.

São danças de salão clássicas:


 Tango – surgiu nos bordeis da Argentina.
 Valsa Vienense – surgiu na Áustria.
 Valsa Inglesa – uma variação mais lenta da valsa vienense.
 Slow Fox – surgiu em Nova York, com base em outro ritmo, o Foxtrot É considerado
uma das danças mais difíceis.
 Quickstep – surgiu nos Estados Unidos, com base no Foxtrot. É mais rápida e fácil que
o Slow Fox.

Breve histórico de algumas dessas danças

Valsa
A valsa é uma dança que surgiu nas regiões da Alemanha e
da Áustria no início do século XIX e a palavra significa 'dar
voltas'/'girar'/'deslizar'. Buscou referências em danças como o laendler e
o minueto. Primeiramente, ela era conhecida como uma dança vulgar e
depois foi transformada em algo nobre e das altas classes. Entrou de vez
nas altas sociedades após uma festa dos nobres na Áustria, na cidade de
Viena, em 1776.
Surgiram partes diversificadas da dança como a valsa vienense,
a valsa original, peruana e a inglesa. Como os pares dançam muito próximos, ela era chamada
de proibida, mas, atualmente, as valsas são mais praticadas em festas de casamentos,
formaturas e aniversários de debutantes.
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Mazurca
Muito difundida na Europa do período romântico, a
mazurca foi estilizada por Frédéric Chopin em mais de
cinquenta peças musicais, o que dá a medida da popularidade
do gênero à época do compositor.
Dança folclórica polonesa da região centro-oriental da
Mazúria (ou Masúria), a mazurca surgiu no século XVI. Logo
adotada pela corte da Polônia, ainda com traços camponeses,
difundiu-se pelos salões russos e alemães e, por volta de 1830,
havia chegado à Inglaterra e à França. Também no século XIX, foi dança de salão no Brasil.
Composta em compasso 3/4, com forte acento no segundo tempo, e tradicionalmente
acompanhado por gaita de foles, a mazurca era dançada por uma roda de quatro a oito pares,
ou por um só destes, e apresentava como características coreográficas batidas de pés no chão
e entre os dois calcanhares.

Letra da música Mazurca de Luiz Gonzaga


Mazurca, velha mazurca
Mazurca, velha mazurca Dança grossa do meu sertão
Inda se dança no meu sertão Quando toca uma mazurca
Quando toca uma mazurca Véio macho cai no salão
Na latada, no salão Dança duro batendo o pé
Os meninos com as meninas Balança a casa, balança o chão
Vão desatando com pé no chão Tocador que não for tocador
Toca, toca e é bom cantador Perde o compasso e num toca mais não
Toca mazurca lá no meu sertão }bis

Forró
O nome forró deriva da palavra 'forrobodó' e já era dançada
ainda no século XIX nas cidades nordestinas. Sofreu grande
influência dos africanos e europeus. É uma dança típica realizada
entre casais que executam várias evoluções durante os passos. Na
década de 80, surgiu um tipo de forró que utilizava instrumentos
musicais eletrônicos e atraíram um público mais diversificado para
esse estilo.

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Um dos passos mais básicos do forró é o que o homem abraça sua parceira colocando
uma de suas mãos na cintura dela e segurando a outra mão um pouco acima da cintura dos
dois. Enquanto isso, a mão dela se posiciona nas costas do parceiro e seu rosto também se
aproxima. Posteriormente, são dados dois passos com o pé esquerdo para o lado esquerdo e
depois repetir o gesto para o lado direito. O casal deve girar pelo salão repetindo esses passos.

Samba
O samba é um gênero musical, do qual deriva um tipo
de dança, de raízes africanas (Angola). É considerada uma
das principais manifestações culturais populares brasileiras.
Dentre suas características originais, está uma forma onde a
dança é acompanhada por pequenas frases melódicas e
refrãos de criação anônima, alicerces do samba de
roda nascido no Recôncavo Baiano e levado, na segunda
metade do século XIX, para a cidade do Rio de
Janeiro pelos negros que trazidos da África e se instalaram
na então capital do Império. O samba de roda baiano, que
em 2005 se tornou um Patrimônio da Humanidade da UNESCO, foi uma das bases para o
samba carioca. Apesar de existir em várias partes do país - especialmente
nos Estados da Bahia, do Maranhão, de Minas Gerais e de São Paulo - sob a forma de
diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do batuque, o samba como
gênero musical é entendido como uma expressão musical urbana do Rio de Janeiro, onde esse
formato de samba nasceu e se desenvolveu entre o final do século XIX e as primeiras décadas
do século XX. Foi no Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil, que a dança praticada pelos
escravos libertos entrou em contato e incorporou outros gêneros musicais tocados na cidade
(como a polca, o maxixe, o lundu, o xote, entre outros), adquirindo um caráter totalmente
singular. Desta forma, ainda que existissem diversas formas regionais de samba em outras
partes do país, samba carioca urbano saiu da categoria local para ser alçado à condição de
símbolo da identidade nacional brasileira durante a década de 1930.

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Um marco dentro da história moderna e urbana do samba


ocorreu em 1917, no próprio Rio de Janeiro, com a gravação
em disco de "Pelo Telefone", considerado o primeiro samba a ser
gravado na Brasil (segundo os registros da Biblioteca Nacional). A
canção tem a autoria reivindicada por Ernesto dos Santos, mais
conhecido como Donga, com co-autoria atribuída a Mauro de
Almeida, um então conhecido cronista carnavalesco. Na
verdade, "Pelo Telefone" era uma criação coletiva de músicos que
participavam das festas da casa de tia Ciata, mas acabou registrada
por Donga e Almeida na Biblioteca Nacional. "Pelo Telefone" foi a primeira composição a
alcançar sucesso com a marca de samba e contribuiria para a divulgação e popularização do
gênero. A partir daquele momento, esse samba urbano carioca começou a ser difundido pelo
país, inicialmente associado ao carnaval e posteriormente adquirindo um lugar próprio no
mercado musical. Surgiram muitos compositores como Heitor dos Prazeres, João da
Baiana, Pixinguinha e Sinhô, mas os sambas destes compositores eram amaxixados,
conhecidos como sambas-maxixe.

Os contornos moderno desse samba urbano carioca viriam


somente no final da década de 1920, a partir de inovações em duas
frentes: com um grupo de compositores dos blocos carnavalescos
dos bairros do Estácio de Sá e Osvaldo Cruz e com compositores dos
morros da cidade como em Mangueira, Salgueiro e São Carlos. Não
por acaso, identifica-se esse formato de samba como "genuíno" ou
"de raiz". À medida que o samba no Rio de Janeiro consolidava-se
como uma expressão musical urbana e moderna, ele passou a ser
tocado em larga escala nas rádios, espalhando-se pelos morros
cariocas e bairros da zona sul do Rio de Janeiro. Inicialmente
criminalizado e visto com preconceito, por suas origens negras, o samba conquistaria o público
de classe média também.

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O samba moderno urbano surgido a partir do início


do século XX tem ritmo basicamente 2/4 e andamento variado,
com aproveitamento consciente das possibilidades dos estribilhos
cantados ao som de palmas e ritmo batucado, e aos quais seriam
acrescentados uma ou mais partes, ou estâncias, de versos
declamatórios. Tradicionalmente, esse samba é tocado
por instrumentos de corda (cavaquinho e vários tipos de violão) e
variados instrumentos de percussão, como o pandeiro, o surdo e
o tamborim. Por influência das orquestras norte-americanas em voga a partir da Segunda
Guerra Mundial, e pelo impacto cultural da música dos EUA no
pós-guerra, passaram a serem utilizados também
instrumentos como trombones e trompetes, e, por influência
do choro, flauta e clarineta. Com o passar dos anos, surgiram
mais vertentes no seio desse samba "nacional" urbano
carioca, que ganharam denominações próprias, como
o samba de breque, o samba-canção, a bossa nova, o samba-
rock, o pagode, entre outras.

Origem e história das escolas de samba do Brasil


As escolas de samba nasceram entre as décadas de 20 e 30 e formaram-se com base
nos Ranchos Carnavalescos, mas logo tomaram identidades próprias. As escolas de samba
eram primitivas e rígidas e, ao longo do tempo, tornaram-se flexíveis, dando oportunidades
para jovens e crianças.
A Deixa Falar foi a primeira escola e samba do Brasil. Ela foi fundada em 18 de agosto
de 1928, na cidade do Rio de Janeiro. As cores oficiais desta escola de samba eram o
vermelho e branco e sua estreia no carnaval carioca ocorreu no ano seguinte a sua fundação.
O termo “escola de samba” foi usado, pois na Rua Estácio, onde aconteciam os ensaios,
havia uma Escola Normal. A escola de samba Deixa Falar funcionava ao lado desta Escola
Normal. A Deixa Falar fez muito sucesso entre os moradores da região. Ela acabou por
estimular a criação, nos anos seguintes, de outras agremiações de samba. Surgiram assim,

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posteriormente, as seguintes escolas de samba: Cada Ano Sai Melhor, Estação Primeira
(Mangueira), Vai como Pode (Portela), Vizinha Faladeira e Para o Ano sai Melhor.
Nestas primeiras décadas, as escolas de samba não possuíam toda estrutura e
organização como nos dias de hoje. Eram organizadas de forma simples, com poucos
integrantes e pequenos carros alegóricos. A competição entre elas não era o mais importante,
mas sim a alegria e a diversão.
Atualmente as escolas de samba têm a tranquilidade de ter entidades que as
representam; nesse caso é preciso ter seus estatutos sociais registrados em cartório, possuir
uma sede administrativa, quadra para ensaios, uma diretoria constituída, licença de
funcionamento na polícia e ser filiada a uma dessas entidades representantes.

“Não deixe o samba morrer" é um samba composto por Edson Conceição e Aloísio Silva. Foi
gravado em 1975 pela cantora Alcione, que ganharia as paradas de sucesso no início do ano
seguinte com essa canção, faixa de seu primeiro álbum de estúdio A Voz do Samba.

Não Deixe O Samba Morrer (Alcione)


Eu vou ficar Antes de me despedir
No meio do povo, espiando Deixo ao sambista mais
Minha escola novo
Perdendo ou ganhando O meu pedido final...
Mais um carnaval Não deixe o samba
Antes de me despedir morrer
Deixo ao sambista mais novo Não deixe o samba
O meu pedido final... acabar
Quando eu não puder O morro foi feito de
Pisar mais na avenida samba
Quando as minhas pernas De Samba, prá gente
Não puderem aguentar sambar...(2x)
Levar meu corpo Quando eu não puder
Junto com meu samba Pisar mais na avenida
O meu anel de bamba Quando as minhas pernas Deixo ao sambista mais novo
Entrego a quem mereça Não puderem aguentar O meu pedido final...
usar...(2x) Levar meu corpo Antes de me despedir
Eu vou ficar Junto com meu samba Deixo ao sambista mais novo
No meio do povo, espiando O meu anel de bamba O meu pedido final...
Minha escola Entrego a quem mereça usar... Não deixe o samba morrer
Perdendo ou ganhando Eu vou ficar Não deixe o samba acabar
Mais um carnaval No meio do povo, espiando O morro foi feito de samba
Antes de me despedir A Mangueira De Samba, prá gente
Deixo ao sambista mais novo Perdendo ou ganhando sambar...(4x)
O meu pedido final... Mais um carnaval
Antes de me despedir

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Maxixe
Dança de salão que surgiu com os negros no Brasil durante o
século XIX. Foi uma das primeiras danças realizadas nas cidades do
país. Inicialmente, foi criticada pela igreja, pela polícia e pelas
famílias devido à forma sensual com que era executada pelas
pessoas. É conhecido como o tango brasileiro.

Merengue
Essa é uma dança que surgiu na República Dominicana e também
criou raízes em países como Porto Rico, Haiti, Venezuela e
Colômbia. Utiliza instrumentos musicais como os saxofones,
acordeão, trompeta e teclado. um dos pés marca o tempo da dança e
o outro segue a coreografia. Já os membros superiores não se
movimentam muito deixando o ritmo apenas para as pernas e os pés.

Salsa
A salsa é uma dança que surgiu em Cuba e fez sucesso após
outras danças latinas como o Cha Cha Cha, a Rumba e o Mambo.
Por onde passou, a salsa foi agregando valores de países como
Venezuela, Brasil, Colômbia, Venezuela, Estados Unidos e República
Dominicana. Usa as batidas do ritmo da salsa e muitos rodopios.

Bolero
Esse tipo de dança surgiu na Europa e chegou a Cuba ainda
no século XIX. A base desse ritmo é o dois pra lá, dois pra cá;
porém, ocorrem também os giros, as caminhadas e evoluções
durante o bolero. O nome da dança é explicado por causa dos
vestidos usados por algumas bailarinas. As peças continham bolas
(chamadas de boleiras).

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Cha-cha-cha
É uma dança que surgiu em Cuba, durante os anos 50.
Conta com três passos rápidos e outros dois mais lentos. Quando
os dançarinos executavam os passos mais rápidos, o som ouvido
era parecido com cha, cha,cha, por isso o nome dessa dança. O
casal não precisa ficar tão próximo durante a execução e a mulher
coloca a mão sobre o ombro do seu parceiro enquanto ele realiza o
mesmo procedimento.

Rumba
É uma das danças de salão com estilo mais lento, surgiu
por meio dos ritmos africanos e chegou a Cuba após a chegada
dos espanhóis. E, em 1925, foi banida do país, pois foi
considerada inapropriada para os costumes da época. Entretanto,
a rumba conseguiu sobreviver a todas as objeções. Os passos
são simples e a mulher utiliza a coreografia para seduzir o
homem. Eles estabelecem um jogo na pista de dança.
São movimentos agressivos, insistentes e românticos. Além disso, há um extenso trabalho com
os pés e a utilização de instrumentos musicais como tambores, percussão e maracas.

Tango
O tango surgiu nos bairros mais humildes da Argentina e se
tornou uma das danças mais admiradas no mundo. Assim como a
valsa, o casal de dançarinos está bem próximo e pode-se
improvisar mais do que as outras modalidades. Apesar do
surgimento no país portenho, o tango argentino
sofreu influências de países como Itália, França e Espanha. Uma
das origens é que a dança e a música do tango estão ligadas aos
homens argentinos, que faziam filas nos bordéis e, para que não
ficassem esperando tanto, os donos desses estabelecimentos contratavam músicos de tango.

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No início do século XX, a dança chegou a Europa. Atualmente, a dança é dividida


de três estilos: argentino, americano e internacional. O ombro esquerdo conduz o casal que
deve manter seu corpo inclinado. São basicamente oito passos principais que são realizados
com movimentos cheios de intensidade e dramaticidade. Os dançarinos devem manter a
proximidade e o olhar intenso.

Zouk
O zouk é um movimento musical que nasceu nas ilhas
caribenhas de colonização francesa, durante as décadas de 60 e 70.
A palavra significa festa e é dançada analisando o tempo da música.
Porém, nos seus lugares de origem existe uma forma de dançar o
ritmo zouk que não é a mesma que se dança no Brasil. No Brasil se
dança o zouk como se dançava lambada, só que de forma mais lenta
e sensual, mas os passos e movimentos são basicamente os
mesmos, só que contém mais giros e movimentos com os membros
superiores. É claro que como qualquer dança, os passos estão em constante evolução,
sofrendo influencias de outros ritmos, o que traz algumas diferenças entre a lambada-zouk
proporciona outras modificações e novos movimentos.

Soltinho
O soltinho é comparado a danças que surgiram
nos Estados Unidos, mas ele possui passos básicos tanto para a
direita como para a esquerda. Além disso, não há uma música
específica para ele e sim canções que se encaixam perfeitamente
para dançar soltinho. No Brasil, começou a ser mais praticado a
partir da década de 80.

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Filmes de Dança

Os Embalos de Sábado à Noite (1977) - O filme conta a história de Tony Manero (John
Travolta), um mecânico que se torna um dançarino nas noites de sábado da década de 70. Ele
conhece a personagem chamada Stephanie (Karen Lynn Gorney) e passam a dançar juntos
em competições de dança e nas discotecas. Participam de um concurso de dança e seu
personagem representou uma geração.
Flashdance (1983) - Esse clássico retrata a história de Alex Owens (Jennifer Beals) que
possui uma vida dupla: durante o dia trabalha como soldadora e a noite realiza trabalho
noturno como dançarina. Seu grande sonho é a entrada em uma companhia de dança.
Dirty Dancing, Ritmo Quente (1987) -Esse filme é considerado um clássico da década de 80
e conta o encontro de Frances Baby Houseman (Jennifer Grey) e Johnny Castle (Patrick
Swayze). Ela é uma jovem rica que ao passar as férias com a família, acaba se apaixonando
pelo seu professor de dança, o Johnny.
No Balanço do Amor (2001) - Após a morte de sua mãe, a dançarina Sara (Julia Stiles) passa
a morar com seu pai em uma região com população maioria negra. A bailarina se sente
culpada por sua mãe ter morrido quando estava indo para uma de suas apresentações. Ela
conhece Derek (Sean Patrick Thomas), que é um dançarino de hip-hop. Eles acabam se
envolvendo e misturando o ritmo do balé com o hip-hop.
Dança Comigo? (2004) - Conta a história de John Clarck (Richard Gere), um homem que ao ir
pra casa do trabalho, sempre vê uma dançarina em um estúdio. Devido ao seu interesse, ele
acaba se inscrevendo nas aulas de dança. Lá, ele tem aulas com a Miss Mitzi (Anita Gilette)e a
mulher misteriosa, que se chama Paulina (Jennifer Lopez). Ele descobre a paixão pela dança e
treina com a Paulina para uma competição. Tudo isso escondido de seus amigos e da sua
família.
Se ela dança, eu danço (2006) - Esse filme retrata a vida do garoto Tyler Gage (Channing
Tatum), um infrator que acaba cumprindo pena alternativa em uma escola de arte. Lá ele
conhece a bailarina Nora Clark (Jenna Dewan) que o ajuda a descobrir o mundo da dança.
Cantando na Chuva (1952) - Cantando na Chuva retrata a história de uma produtora de
cinema que não consegue transformar os filmes mudos em filmes com sons. Considerado um
dos clássicos do cinema, conta com a presença do ator Gene Kelly.
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Billy Elliot (2000) - O filme fala sobre um garoto de 11 anos chamado Jimmy Bell que vive em
uma cidade da Inglaterra. Ele passa a ter aulas de ballet escondido de seu pai que acredita que
ele esteja treinando boxe. Consegue transmitir as dificuldades e o preconceito em relação ao
garoto.
Footloose – Ritmo Louco (1984) - “Footlose” é a história de um rapaz chamado Ren
McCormack (Kevin Bacon) que se muda da cidade grande, para uma cidade do interior.
Apaixonado por música e dança, Ren descobre que dançar não é permitido na cidade. Ele
acaba se apaixonando por Ariel Moore, filha do conservador reverendo da cidade, o
responsável pelo banimento de atividades que envolvam dança. O filme ganhou um remake em
2012.
A Última Dança (2003) - “Última Dança” é a história de uma companhia de dança chamada
Dance Motive, que ao perder seu diretor artístico, está por pouco de encerrar suas atividades.
Para manter o legado da companhia, três daçarinos fundadores são convocados: Travis
McPhearson (Patrick Swayze), Chriss Lindh (Lisa Niemi) e Max Delgado (Delapena). A união
dos três tentará revitalizar o tempo perdido e os relacionamentos mal resolvidos. O objetivo é
treinar novamente a mesma coreografia que pôs fim, de forma traumática, em suas carreiras.

Danças Folclóricas do Brasil


Antes de falar sobre danças regionais brasileiras e
outras manifestações, faz-se necessário explicar
o folclore, termo criado em 1846, pelo arqueólogo
inglês William Thoms que significa saber popular.
As danças folclóricas
são uma forma de desenvolver
essa expressão artística com
base em tradições e costumes de um povo. Elas podem ser
executadas de várias formas com pares ou em grupos e a forma
original de dançar e cantar permanece praticamente a mesma.
Em diversos países, a dança folclórica é a expressão daquele
povo.
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No Brasil, as danças folclóricas sofreram influências das tradições dos estados, dos
povos africanos e europeus. Dessa forma, dependendo do estado, as danças podem ser mais
influenciadas pelos africanos, indígenas ou europeus.
A igreja Católica desempenhou importante papel no processo de formação do folclore
brasileiro, criando acompanhamentos religiosos de contos, músicas e danças indígenas que
acabaram se desligando da Igreja e até hoje persistem criando cortejos com dança e
representações de vários tipos como: a congada, o reisado, maracatu, bumba-meu-boi, samba
de roda, frevo, candomblé, afoxé, caboclinho, maculelê, capoeira, maxixe, samba, xaxado,
fandango, carimbo e danças Indígenas.
Caracterizadas por um conjunto de danças sociais, peculiares de cada estado brasileiro,
oriundas de antigos rituais mágicos e religiosos, as danças folclóricas possuem diversas
funções como: comemoração de datas religiosas, homenagens, agradecimentos, saudações às
forças espirituais, dentre outras.

As principais danças do Brasil

 Afoxé - Cortejo de rua que normalmente sai no carnaval. As


melodias, quase todas em Yorubá, são puxadas em solo e repetidas em
coro. Tem sua fundamentação nos preceitos religiosos ligados ao culto
dos Orixás. Sua maior representação se apresenta nos festejos
carnavalescos de Salvador, na Bahia, onde grupos de afoxés
conseguem arrastar multidões de foliões.

 Baião - O Baião é uma dança e canto típicos do nordeste


brasileiro que recebeu, em suas origens, influências das danças
indígenas e da música caipira. Com movimentos que se aproximam do
Forró, o Baião é dançado em pares e sua temática é baseada no cotidiano e nas
dificuldades da vida dos nordestinos.
Curiosidade: Luís Gonzaga (1912-1989), sanfoneiro pernambucano e compositor
popular brasileiro, o grande divulgador do Baião, do Xote e do Xaxado. Por isso, é
popularmente conhecido com o “Rei do Baião.
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 Bumba meu Boi - Esta dança folclórica, conhecida em outras regiões brasileiras como
o Boi-bumbá, é típica do norte e do nordeste. O Bumba meu
Boi possui uma origem diversificada, pois apresenta traços
das culturas: espanhola, portuguesa, africana e indígena.
Além disso, o Bumba meu Boi é uma dança na qual a
representação teatral é um fator marcante, posto que a
história da vida e da morte do boi é declamada enquanto os
personagens realizam suas danças.

 Cabaçais do Cariri - As bandas cabaçais tiveram origem dos escravos africanos.


Apesar de pouca contribuição do negro na formação do Cariri, estes costumes perduram
no Brasil até hoje. As bandas cabaçais não estão mais circunscritas a músicas de
caráter regional, atualmente executam marchas carnavalescas que seus componentes
ouvem e aprendem “de ouvido” nas amplificadoras de som que se encontram em vilas,
povoados e cidades do interior. Pifeiros e Zabumbeiros não só tocam, mas dançam
principalmente quando tocam músicas matutas. As bandas cabaçais não se extinguiram
do Cariri, ainda hoje trabalhadores dos sítios e engenhos praticam suas melodias e
dança. É a expressão da arte do povo, conjunto musical primitivo, a banda cabaçal se
compõe de dois instrumentos de batuque – zabumbar e caixa – e um de sopro – o
pífano. As bandas saem as ruas na época dos festejos a Santo Antônio, nas festas
natalinas e nas renovações das casas populares principalmente na zona rural.

 Caboclinho - Considerada uma das mais aprimoradas danças do Nordeste, com partes
coreografadas - conhecidas por "manobras" - que exigem muita agilidade e habilidade
de execução. As danças, ricas em mímicas, ora simulam lutas guerreiras, ora rituais de
caça ou trabalhos agrícolas dos indígenas. A dança se faz presente em algumas das
principais capitais do Nordeste e também tem grande força no interior.

 Candomblé - Cerimônia religiosa de origem Bantu, na qual são evocados os Orixás


através de batidas de atabaque. A ordem de chamada dos deuses varia em cada
terreiro, mas sempre se inicia por Exu - o mensageiro dos deuses - e termina com Oxalá
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- o Senhor do Céu. Cada divindade recebe, no mínimo, três cânticos com danças que
representam suas histórias e mitos.

 Caninha Verde - Dança-cordão de origem portuguesa, introduzida no Brasil durante o


ciclo da cana-de-açúcar. No Ceará começou a ser conhecida no início do presente
século, nas praias de Aracati e passou a ser comum nas colônias de pescadores,
estendendo-se aos festejos mominos e eventos diversos.

 Capoeira - Jogo embalado por som de berimbau e pandeiro, com características de luta,
em que os adversários não se agarram, mas desferem uma sucessão de golpes com os
pés, experimentando a guarda do oponente, de forma
bastante acrobática. Sua origem vem dos quilombos,
onde os negros desenvolveram sua movimentação
como defesa pessoal e mesmo para atacar os
inimigos, a partir da imitação de animais como gatos,
macacos, cavalos, cobras ou aves. É hoje uma dança
difundida nas principais capitais brasileiras e uma das
mais conhecidas e praticadas no exterior.

 Carimbó - Dança e música típicas do Pará. Seu principal instrumento é o que lhe
empresta o nome: um tambor feito de tronco cavado com um couro de veado bem
esticado, onde seu tocador se senta e bate com as duas mãos. Enquanto os homens
vestem camisas e calças lisas, as mulheres utilizam blusas com ombros à mostra e
saias rodadas. Os casais ficam em fileiras e o homem se aproxima de seu par batendo
palmas. Seguem-se passos de volteio e as mulheres também jogam um lenço no chão
para que seu parceiro possa pegar como forma de respeito.

 Catira - A Catira ou Cateretê é uma dança folclórica, presente em vários estados


brasileiros. Há controvérsias em relação à sua origem, entretanto, acredita-se que a
Catira contém influência indígena, africana, espanhola e portuguesa. Ela apresenta

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muitos elementos ligados à cultura caipira caracterizada pelo figurino dos dançarinos
acompanhados ao som das violas.

 Chegada dos caboclos - A Igreja Matriz de Parangaba, distrito de Fortaleza, construída


no início do século XIX, ainda hoje cuida por realizar, próximo a comemoração do Natal,
a festa da “Chegada dos caboclos”. Trata-se de uma peregrinação, durante a qual
esmolas são pedidas, em nome do Bom Jesus, padroeiro da Vila, e cuja imagem teria
sido doada, segundo a tradição local, por D. João VI, aos índios porangabas (ou
parangabas).

 Coco - Na praia de Majorlândia, município de Aracati, ainda se


pode presenciar exibições de dança do Coco, também
denominada de pagode, zambé, bambelô. É apresentado ao
som de caixas, pandeiros, ganzás, íngonos, numa batida
contagiante. Homens e mulheres reúnem-se em roda, com um
solista no centro, fazendo passos ritmados, “puxando o côco”, e
ao cumprimentar e a despedir-se dos parceiros com
umbigadas, fazendo vênia ou com batida do pé.

 Congada - A dança dos congos foi trazida pelos escravos negros e usada pelos jesuítas
para sublimar o instinto guerreiro do negro, criando uma luta irreal entre cristãos e
pagãos.

 Dança de São Gonçalo - Como parte integrante da bagagem cultural do colonizador


lusitano, a dança que integrava o culto a São Gonçalo do Amarante, bastante popular
em Portugal, foi introduzida no Brasil, sendo, talvez, um dos ritmos mais difundidos do
catolicismo rural brasileiro. No município de São Gonçalo do Amarante (Ceará) a dança
é realizada durante a festa do santo padroeiro e apresentada em nove jornadas, num
ambiente de muita fé e animação. São Gonçalo é o protetor dos violeiros e das donzelas
casamenteiras.

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 Fandango - Essa dança chegou à região sul do Brasil por volta


de 1750 e foi trazida por portugueses. Os dançarinos recebiam o
nome de folgadores e folgadeiras dançavam em festas
executando diversos passos. Atualmente, permanece
preservado na região com passos, música e canto. Os
instrumentos mais usados são as violas, a rabeca, o acordeão e
o pandeiro. Os dançarinos vestem roupas típicas da região e rodam próximo ao seu par,
mas sem se tocar. Eles se movimentam para atrair a atenção do outro e os homens
sapateiam de forma contínua. A dança contém traços de valsas e bailes.

 Frevo - O Frevo é uma dança típica do carnaval


pernambucano surgida no século XIX. Diferente de outras
marchinhas carnavalescas, o Frevo é caracterizado pela
ausência de letras na qual os dançarinos seguram pequenos
guarda-chuvas coloridos como elemento coreográfico. A palavra
"Frevo" é originária do verbo “ferver”, representando, desta
maneira, particularidades desta dança demasiadamente
frenética.

 Jongo - Dança folclórica de origem africana, em alguns lugares conhecida pelo nome
"caxambu". O Jongo é uma dança da zona rural, acompanhada de instrumentos de
percussão, e muitas vezes considerada uma variante do samba.

 Maculelê - Dança pertencente ao folclore da Bahia representa uma luta em que os


homens, providos de um bastão ou facão, fazem com que estes se cruzem com uma
batida que obedece ao ritmo marcado pelo acompanhamento musical.

 Maneiro-Pau - Dança com maior influência no estado do Ceará, Maneiro-Pau conta com
dançarinos que realizam os passos em rodas e com pedaços de pau nas mãos. Esses
pedaços são batidos no chão formando o ritmo da dança. Durante toda a coreografia,

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alguns participantes duelam enquanto outros batem no chão. É dança oriunda do


cangaço, possivelmente da região caririense.

 Maracatu - O Maracatu é uma dança folclórica de origem afro-brasileira, típica do


estado de Pernambuco. Surgiu em meados do século XVIII, a partir da miscigenação
musical das culturas portuguesa, indígena e africana. É uma dança de cortejo associada
aos reis congos. Os maracatus, tradicionalmente, surgiram e se desenvolveram ligados
às irmandades negras do Rosário. Nos maracatus há um forte componente religioso.
Como as irmandades foram, com o passar do tempo, perdendo força, os maracatus
passaram a fazer suas apresentações durante o Carnaval, principalmente o de Recife.
Existem dois tipos de maracatus: Maracatu Rural, também conhecido como maracatu de
baque solto e o Maracatu Nação, também conhecido como maracatu de baque virado. A
coreografia dos maracatus - dançam ao som dos seguintes instrumentos musicais: tarol,
zabumba e ganzas. As danças são marcadas por coreografias específicas, parecidas
com danças do candomblé. Os participantes representam personagens históricos (reis,
embaixadores, rainhas).

 Maxixe - O maxixe era uma dança extremamente sensual em seus requebros,


repudiada durante muito tempo pelos salões burgueses que só a aceitaram depois, com
reservas, porém impondo uma discreta figuração do ritmo. O primeiro compositor
brasileiro a estilizar o ritmo do maxixe foi o pianista Ernesto Nazareth (1863 - 1934).
Como dança o maxixe morreu ao longo da década de 1930 e, como canção, um
pequeno exemplo contemporâneo foi dado em 1968, quando Chico Buarque de Holanda
aproveitou seu ritmo na Segunda parte do samba "Bom Tempo", segundo colocado na I
Bienal do Samba da TV-Record. O maxixe chegou a ser estilizado e lançado como
dança pelo coreógrafo americano Hermes Pan, no filme "Voando para o Rio". (1934).

 Pastoril - São encenações dos dramas litúrgicos, popularizados, das festas natalinas.
Processam-se com vários atos, chamados "jornadas", começando com a presença do
anjo anunciando a concepção de Maria. Aparece a Estrela-Guia, com a divisão sempre
entre o azul e o encarnado.

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 Pau-da-bandeira - É festa da Barbalha (Crato), anualmente realizada próximo à


comemoração do Dia de Santo Antônio. Um enorme tronco de árvore, antecipadamente
escolhido, é conduzido ao pé da serra do Araripe até a igreja da cidade, por mãos de
fortes caboclos. À passagem do séquito, as mulheres solteiras procuram tocar no tronco
que passa, debaixo da crença segundo a qual caso consiga, cedo casará.

 Quadrilha - A Quadrilha foi popularizada no Brasil a partir do


Século XIX mediante influência da Corte Portuguesa. É uma
dança típica das Festas Juninas, bailada em duplas de casais
caracterizados com vestimenta tipicamente caipira.
Atualmente, a quadrilha abrange todas as regiões do Brasil.

 Reisado - Dança popular que ocorre entre a véspera de natal e o dia seis de janeiro, Dia
de Reis. Também chamada de folia de Reis, essa dança envolve cantores e músicos
que vão até as casas para anunciar a chegada de um Messias. As pessoas que
participam possuem diversos personagens e são acompanhados por instrumentos como
o violão, a sanfona, o triângulo e a zabumba.

 Samba - Como dança, tem suas origens possivelmente em Angola e no Congo e foi
trazida para o Brasil pelos escravos destas regiões. O nome supõe-se, seja proveniente
da palavra *semba que era a umbigada, ponto culminante da dança. Era inicialmente
dançado nos terreiros das senzalas, à noite, após o dia de labor dos escravos.
Primeiramente foi difundida no Maranhão e Bahia, chegou ao Rio de Janeiro em fins do
século XIX. Era uma dança coreográfica com ritmo compassado marcado com batidas
de pé e animada por violentos sons de percussão, e somente a partir da primeira
década do século XX passou a ter um aproveitamento estilizado. Depois da abolição, os
negros se espalharam pelas cidades mas continuaram com seus usos e costumes.
reuniões musicais, que surgiram as primeiras composições.
*Semba é um dos estilos musicais angolanos mais populares. A palavra semba significa umbigada em
quimbundo (língua de Angola). Foi também chamado batuque, dança de roda, lundu, chula, maxixe,
batucada, entre outros, muitos deles convivendo simultaneamente.

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 Samba de Roda - O Samba de Roda surgiu no estado da Bahia no século XIX e


representa uma dança associada à capoeira e ao culto dos orixás. Surgiu como forma
de preservação da cultura dos escravos africanos. O Samba de roda é uma variante do
samba, que embora tenha se disseminado por várias partes do Brasil, é tradicional da
região do Recôncavo Baiano.

 Tiração de reis - Aqui estou em vossa porta... / em figura de raposa, em figura de


raposa / nós queremos qualquer coisa... Cantando assim, grupos de pessoas, no Dia de
reis - 6 de janeiro - percorrem as cidades, ao som de instrumentos musicais, pedindo
prendas e comes-e-bebes das famílias conhecidas em meio a grande dosagens de
bebidas. Há famílias que abrem as portas para confraternizarem com aqueles que estão
"tirando reis".

 Torém - A dança consiste na imitação de animais, uma espécie de pantomímica onde,


segundo os próprios índios Tremembés é uma forma de imitar os animais que os
ensinaram a sobreviver. Ao sabor do mocororó – aguardente do caju – cerca de 20
caboclos (homens e mulheres) iniciam a dança ao ritmo do “aguaim”, espécie de
maracá, empunhado pela figura do “chefe”.

 Vaquejada - A princípio, o termo vaquejada era a reunião do gado das fazendas, para
as castrações, a ferra, o tratamento das possíveis bicheiras. E das apartações. Para
tanto havia a derrubada do boi. As fazendas, nos tempos mais modernos já não juntam
tanto gado. Mas o espetáculo continua. Há vaquejadas em muitos municípios, em
parques construídos para tal, inclusive em Fortaleza.

 Xaxado - É ao grupo de Lampião, o Rei do Cangaço, que se deve o


fato de todo o Nordeste conhecer o Xaxado. Essa dança sertaneja
marca a época em que os "cabras machos" afrontavam a polícia com
um canto chamado "parraxaxá". Da dança do Xaxado, os
cangaceiros fazem de seus rifles suas damas e, em fila, seguem,

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sem volteios, arrastando suas alpargatas pelo chão. Avançando com o pé direito em três
ou quatro movimentos laterais e puxando, em seguida o pé esquerdo, produzem o "xá,
xá, xá" das alpargatas (cuja onomatopéia deu origem ao nome Xaxado), fazendo o
acompanhamento originário do som da viola. Tudo resulta em um bailado rápido e
vigoroso. A música é simples e de fácil aprendizado. No início, era executada sem
acompanhamento instrumental. Hoje, no entanto, há a sanfona, o zabumba e o
triângulo.

Música Xaxado de Luiz Gonzaga

Xaxado
Compositor: (Luiz Gonzaga E Hervé Cordovil)

Xaxado é dança macha


Dos cabra de Lampião
Xaxado, xaxado, xaxado
Vem lá do sertão

Xaxado, meu bem, xaxado


Xaxado vem do sertão
É dança dos cangaceiros
Dos cabras de Lampião

Quando eu entro no xaxado


Ai meu Deus
Eu num paro não
Xaxado é dança macha
Primo do baião

Danças Indígenas
Criados em contato íntimo com a natureza – em meio a florestas
exuberantes, rios caudalosos, fauna e flora ricas e diversificadas – os índios
brasileiros são impregnados pelos seus mistérios onde paira o misticismo.
Nos seus rituais e crenças, a dança e a música têm um papel fundamental e
uma grande influência na sua vida social. O índio dança para celebrar atos,
fatos e feitos relativos à vida e aos costumes. Dançam enquanto preparam
a guerra; quando voltam dela; para celebrar um cacique, safras, o

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amadurecimento de frutas, uma boa pescaria; para assinalar a puberdade de adolescentes ou


homenagear os mortos em rituais fúnebres; espantar doenças, epidemias e outros flagelos.
As danças indígenas podem ser realizadas por um único
individuo ou em grupo e, salvo raras exceções no alto Xingu, não
é executada em pares. As mulheres não participam de danças
sagradas, executadas pelos pajés ou grupos de homens. São
utilizados, ainda, símbolos mágicos, totens, amuletos, imagens e
diversos instrumentos musicais e guerreiros em danças
religiosas, dependendo do objetivo da cerimônia. Em algumas
delas muitos usam máscaras, denominadas dominós, que lhes
cobrem o corpo todo e lhes servem de disfarce. A linguagem do
corpo em movimento, sua organização estética e coreográfica,
além do canto, ocupam um lugar fundamental no desempenho do
ritual indígena.
Entre os rituais e danças mais conhecidos dos índios
brasileiros estão o toré e okuarup.
A dança do toré apresenta variações de ritmos e toadas dependendo de cada povo. O
maracá, chocalho indígena feito de uma cabaça seca, sem miolo, na qual se colocam pedras
ou sementes marca o tom das pisadas e os índios dançam, em geral, ao ar livre e em círculos.
O ritual do toré é considerado o símbolo maior de resistência e união entre os índios
do Nordeste brasileiro.
A dança do kuarup (nome de uma árvore sagrada) um ritual de reverência aos mortos é
própria de povos indígenas do Alto Xingu, em Mato Grosso. Iniciada sempre aos sábados pela
manhã, os índios dançam e cantam em frente a troncos de kuarup, colocados no local onde os
mortos homenageados foram enterrados.
Há inúmeras danças executadas pelos índios do Brasil, entre as quais podem ser
destacadas:
Acyigua, uma dança mística destinada a resgatar a alma do índio que morre
assassinado. Característica dos índios Guarani, é executada pelo pajé auxiliado pelo melhor
guerreiro caçador da tribo.
Atiaru executada para afugentar os maus espíritos e chamar os bons.
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Buzoa, uma tradição do povo Pankararú, município de Tacaratu, Pernambuco. Utilizam a


gaita e o rabo de tatu como instrumentos musicais, obtendo um vibrante resultado.
Da onça, realizada pelos índios Bororo, em Mato Grosso, onde o dançarino, que
representa a alma da onça que matou com as próprias mãos, não deve ser identificado, por
isso cobre-se com a pele desse anima.
Do Jaguar é uma dança guerreira, da qual,
por exceção, as mulheres também participam. É
característica dos índios Coroado, do Rio Grande
do Sul.
Kahê-Tuagê é dançada pelos índios
Kanela, da região do rio Tocantins, na época da
seca, onde predomina o elemento feminino.
Uariuaiú é dedicada ao macaco guariba, do
qual algumas tribos se consideram descendentes.
Como de origem indígena, podem ser citadas também as seguintes danças do folclore
brasileiro:
Cateretê, considerada uma das mais genuínas danças rurais brasileiras, cujo nome vem
da língua tupi. É uma espécie de sapateado com bate-pé ao som de palmas e violas, sendo
bastante conhecida nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás (onde é denominada
catira).
Caiapós, muito dançada antigamente no litoral paulista. Com a chegada da civilização,
os índios Caiapós foram recuando para as margens do rio Xingu, passando pelos estados de
Minas Gerais, Mato Grosso e Pará, onde a disseminaram;
Cururu, dança sagrada de origem tupi-guarani, executada unicamente por homens, cuja
coreografia é formada por duas filas indianas.
Jacundá, dança muito popular no Pará, que representa a pesca do peixe do mesmo
nome.
O gato, mais conhecida no sul do Brasil, é uma história totêmica, onde o gato
(homem) corteja a perdiz (mulher) com um sapateado.

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RÍTMO
Ao final da sequência de atividades propostas a seguir, as crianças deverão ser
capazes de:
 Reconhecer a existência de elementos rítmicos e expressivos nas
brincadeiras vivenciadas.
 Reconhecer a possibilidade de variações e adaptações nas regras
originais de uma brincadeira.
 Realizar os movimentos básicos de saltar com um e dois pés,
agachar, girar e equilibrar-se e suas relações com o ritmo em que
esses movimentos são executados.
 Projetar e construir sequências de movimentos levando em conta
os seus limites corporais e os dos colegas.

Desenvolvimento
A intenção principal desta sequência didática é promover a vivência das brincadeiras e
por meio delas, abordar conteúdos relacionados ao Ritmo, Expressão Corporal.
Essa sequência de atividades se justifica também como uma
interessante e divertida forma de cultivo e valorização da cultura lúdica
tradicional de nosso país. Também se mostra importante como forma
de promover situações de ensino e aprendizagem ricas no sentido da
construção de habilidades corporais básicas, no desenvolvimento de
dinâmicas de produção em pequenos grupos e ainda como
possibilidade de introduzir e desenvolver a ideia de diversificação e
transformação de estruturas lúdicas convencionais.
Em todas as aulas, inicie a atividade fazendo uma explicação
das regras e da distribuição dos grupos pelo espaço físico. Em todas
as aulas realize uma roda de conversa no final para avaliar junto com as crianças os avanços
conquistados e as dificuldades que foram enfrentadas durante a vivência das brincadeiras.

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Atividade 1 - Pular corda


"Um homem bateu à sua porta..."
"Com que você pretende se casar..."
"Rei, capitão, soldado, ladrão..."
"Salada, saladinha..."

Existe uma enorme diversidade de brincadeiras de pular corda em nosso país. Essas
sequências variam de região para região em relação aos gestos que compõem as sequencias
e às músicas cantadas durante a realização. No entanto, o princípio geral é basicamente o
mesmo, ou seja, sequencias de movimentos realizados em torno de uma corda em movimento
(principalmente saltos e giros), acompanhados de uma música cantada por todos. Percorra os
grupos durante a atividade, observando se o ritmo de movimentação da corda é condizente
com a capacidade de saltar dos participantes e oriente as crianças fazendo ajustes quando for
necessário.

Ritmo individual e em grupo


Distribua as cordas e proponha para os alunos os seguintes desafios:
 Cada aluno deve saltar a corda individualmente, num ritmo lento, e contar qual o número
de repetições de saltos que consegue realizar em sequência, sem errar.
 Cada aluno deve fazer a mesma contagem, agora com a corda sendo batida num ritmo
rápido.
 É importante ressaltar que a definição de ritmo lento e rápido é realizada por critérios
individuais de cada aluno.

Ao final, convide os alunos a refletir e a relatar suas experiências e ajustes necessários na


vivência dos diversos ritmos propostos e comente o quanto existe de diversidade individual na
determinação dos mesmos.

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Atividade 2 - Passar a bola no ritmo


Criar um ritmo para passagem da bola de um aluno para
o outro, explorando várias formações e posições: fileiras,
círculo, em pé, sentado, deitado. O objetivo é passar a bola um
para o outro dentro de um ritmo criado para esta passagem.
Variar a passada da bola: por cima da cabeça, do lado direito,
lado esquerdo, por baixo da perna, etc.

Atividade 3 – Dançando e quando parar?


As crianças dançam algumas músicas. Enquanto dançam, a professora dará algum
comando que deverá ser feito quando a música parar. Por exemplo: deitar no chão e juntar os
pés com o do amiguinho, dar um abraço no amigo, colocar a mão no joelho do amigo, fazer
massagem no ombro do amigo, sentar e encostar as costas com as costas do amigo, e assim
por diante. Em seguida, para finalizar a atividade, as crianças dançarão em duplas uma música
do mesmo CD, escolhida por elas, mas terão que segurar uma bola com seus troncos até
finalizar a canção, fazendo o possível para não deixá-la cair.

Atividade 4 – História da Serpente


Apresentar para as crianças a música A Serpente. Ao apresentá-la, a professora poderá
iniciar uma serpente dançando pela quadra e, cada vez que a música chegar no trecho "você
também faz parte do meu rabão" , uma criança passa no meio das pernas de todos que
estiverem na serpente até chegar no fim.

Letra da música - A História da Serpente


Esta é a história da serpente
Que desceu do morro
Para procurar um pedaço do seu rabo
Você também, você também,
Faz parte do seu rabão

A Serpente – Palavra Cantada - http://www.youtube.com/watch?v=8ifwvJIjHJU

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Atividade 5 — Dança do bambolê:


Para cada criança, haverá um bambolê
no chão e, ao som de músicas, elas dançarão
livremente pela quadra. Quando a professora
parar a música, as crianças devem entrar no
bambolê. A cada nova rodada, a professora tira
um bambolê da brincadeira e, quando a música
parar novamente, a criança que ficou sem
bambolê deve entrar em outro bambolê, mesmo que já esteja ocupado. A brincadeira será
finalizada quando sobrarem três bambolês no chão, para evitar que as crianças se apertem
demais e acabem se machucando.

Atividade 6 — Brincar de ovelhas e lobos:


Uma criança é o lobo e as outras são as ovelhas. Ao som de uma música rápida, as
ovelhas saem de seus refúgios (bambolês) para passear. Quando o ritmo mudar para o som de
uma música lenta, sai o lobo para capturar as ovelhas, que devem voltar correndo para seus
refúgios.

Atividade 7 — Quem canta seus males espanta


As crianças formarão uma roda e, no centro, haverá uma bola. Ao som das músicas do
CD Quem Canta Seus Males Espanta, as crianças dançarão de mãos dadas e, ao mesmo
tempo, deverão chutar a bola uns para os outros, tomando cuidado para não deixar a bola sair
de dentro da roda.

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BRINQUEDOS CANTADOS / CANTIGAS DE RODA

Brinquedos cantados ou brincadeiras cantadas são formas mais elementares de dança,


nas quais existem ritmo e movimento. A educação através da música, além de trabalhar para o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor das crianças, contribui também para a formação da
personalidade do ser humano. É uma atividade completa de grande valor educativo, na qual a
criança se envolve integralmente.
A dança e a música no ensino fundamental formam uma dupla indispensável para o
desenvolvimento da criança, representam a natural expressão de uma infância feliz e
contribuem para o desenvolvimento rítmico, corporal, lateralidade, respiração, percepção visual
e auditiva. Além disso, a dupla ajuda a desenvolver a organização temporal e espacial.
Na escola, o papel do professor é fundamental para a divulgação dos brinquedos
cantados, vale lembrar que é exatamente na fase inicial da escolarização de 4 a 7 anos que as
crianças aceitam melhor estas brincadeiras pelo fato da criança experimentar de maneira
autêntica suas emoções, e por ser a criança nesta idade mais receptiva a estas atividades.
É impossível determinar com exatidão a data que apareceram os brinquedos cantados,
mas há registros bastante antigos de povos nessa encantadora prática, que faz parte do
cancioneiro folclórico infantil, juntamente com os acalantos ou cantigas de ninar, os estribilhos,
musicais que integram as histórias cantadas, as toadas ou melodias para ensino da soletração
e da tabuada e as cantigas avulsas.
Os Brinquedos Cantados podem ser assim divididos: brinquedos de roda; brinquedos de
grupos opostos; brinquedos de marcha; brinquedos de palmas; brinquedos de pegar;
brinquedos de esconder; brinquedos historiados; cantigas para selecionar jogadores, entre
outros.
É comum algumas pessoas confundirem brinquedos cantados com brinquedos ou
cantigas de roda. O brinquedo de roda é uma subdivisão dos brinquedos cantados e podem
representar o primeiro passo para a socialização da criança. Dá à sensação de união, de um
todo ao qual se pertence, daí a satisfação que a criança sente em estar de mãos dadas com
seus colegas, de cantar e movimentar-se ao som de uma melodia, de participar de um grupo
em que todos fazem mesmos gestos. As atividades musicais oferecem inúmeras oportunidades
para que a criança aprimore sua habilidade motora, aprenda a controlar seus músculos e
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mova-se com desenvoltura. O ritmo tem um papel importante na formação e equilíbrio do


sistema nervoso, isto porque toda expressão musical ativa age sobre a mente, favorecendo a
descarga emocional, a reação motora e aliviando as tensões. Qualquer movimento adaptado a
um ritmo é resultado de um conjunto completo de atividades coordenadas, por isso atividades
como cantar fazendo gestos, dançar, bater palmas, pés, são experiências importantes para a
criança, pois elas permitem que se desenvolva o senso rítmico, a coordenação motora, fatores
importantes também para o processo de aquisição da leitura e da escrita.
O conteúdo da letra dos Brinquedos Cantados pode ser de temas da vida social, temas
da natureza, temas instrutivos, temas do romanceiro e muitas vezes como é de se estranhar a
letra de vários brinquedos de roda, não exprimem pensamento puramente infantil. Isso se dá
pois estes são originados, de folguedos, jogos e danças que se realizavam nos salões e nos
quais tomavam parte moças e rapazes de nossa sociedade.
As cantigas de roda, também conhecidas como cirandas são brincadeiras que consistem
na formação de uma roda, com a participação de crianças, que cantam músicas de caráter
folclórico, seguindo coreografias. São muito executadas em escolas, parques e outros espaços
frequentados por crianças. As músicas e coreografias são criadas por anônimos, que adaptam
músicas e melodias. As letras das músicas são simples e trazem temas do universo infantil.

Alguns Brinquedos Cantados e Cantigas de Roda

YEBÔ
Yebô
Que tata Yebô
Que tuque tuque Yebô
Que tata – Yebôooo
Repetir várias vezes a melodia alterando a intensidade, entonação, etc.

O GIGANTE E O ANÃO
Voz de gigante é grave
Voz de anão é agudinha
Gigante fala grosso
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Anão fala fininho


Voz de gigante é grave
Voz de anão é agudinha
Gigante é muito grande
Anão é pequenininho
Voz de gigante é grave
Voz de anão é agudinha
Gigante anda pesado
Anão anda levinho
Recomeçar ...

UIPI AIA
Uipi - aia - uipe - uipe – ê
Uipi - aia - uipe - uipe – ê
Uipi - aia - uipe - uipe – uipe – uipe – ê
Uipi - aia - uipe - uipe – ê

SE VOCÊ É FELIZ
Se você é feliz bata palmas (bis)
Se você é feliz e quiser comunicar. Se você é feliz bata palmas.
Se você é feliz mande beijos (bis)
Se você é feliz e quiser comunicar. Se você é feliz mande beijos.
Se você é feliz bata os pés (bis)
Se você é feliz e quiser comunicar. Se você é feliz bata os pés
Se você é feliz diga OK ( bis )
Se você é feliz e quiser comunicar. Se você é feliz diga OK
Se você é feliz (palmas, beijos, pés, ok - fazer os gestos) - ( bis )
Se você é feliz e quiser comunicar. Se você é feliz ( palmas, beijos, pés, ok - fazer somente os
gestos )

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ATENÇÃO, CONCENTRAÇÃO
Atenção, concentração, ritmo, vai começar, a brincadeira: diga um nome, de (um animal, uma
fruta,...) que não seja repetido.

REVOLUÇÃO
Essa brincadeira é uma variação da brincadeira citada acima. Todos em círculo, com uma mão
posta por cima e outra por baixo do colega que esta ao seu lado, os alunos devem batendo nas
mãos como adoletá, seguindo o ritmo da seguinte canção: Atenção vai haver revolução, se
você não me disser o nome de ... (pode ser uma fruta, animal, carro, cidade, etc).
Quando para a música o movimento das mãos termina em um aluno que deve dizer o que se
pede. Segue até que outros alunos também tenham que dar segmento a música. Não vale
repetir o que o outro fala e não vale demorar para responder.

BONECA DE LATA
Minha boneca de lata
Bateu com a cabeça no chão
Levou mais de uma hora
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui pra ficar boa
Minha boneca de lata
Bateu com o nariz lá no chão
Levou mais de duas horas
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui
Desamassa aqui
Pra ficar boa...

EU CONHEÇO UM JACARÉ:
Eu conheço um jacaré que gosta de comer, esconda seus olhinhos senão o jacaré come seus
olhinhos e o dedão do pé.

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Vai repetindo outras partes do corpo no lugar dos olhinhos (as crianças escondem a parte
citada).

CAVALO GULOSO:
Eu tinha um cavalo
Muito veloz e guloso por capim
De tanto comer capim
Sua barriga ficou assim
Assim, assim, assim (bis)
Trocar as partes do corpo e criar gestos para se movimentar.

GALINHA E O PATO
Uma galinha e um pato inventaram uma maneira
De entrar em um sapato azul, em um sapato azul de bolinha amarelinha,
De fitinha cor de rosa, que a mamãe comprou
E o papai gostou, que a vovó jogou, que o lixeiro levou, e a história acabou.

IP OP
(Palavra Cantada)
Fui visitar minha tia em Marrocos, ip, op (2x)
Fui visitar minha tia, fui visitar minha tia
Fui visitar minha tia em Marrocos
No caminho eu encontrei um camelo, ondulado (2x)
No caminho eu encontrei um camelo, ondulado
No caminho eu encontrei, no caminho eu encontrei
No caminho eu encontrei um camelo ondulado
Ip au au au ip au/ ip op, ondulado
Ip au au au ip au/ ip op, ondulado
Ip au au au, ip au au au
Ip au au au ip au/ip op, ondulado
No caminho eu bebi um guaraná, glup, glup...
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Ip au au au ip au/ ip op, ondulado, glup, glup...


No caminho eu comi um biscoito, que delícia...
Ip au au au ip au / ip op, ondulado, glup glup, que delícia...
No caminho eu sofri um assalto, mãos ao alto...
Ip au au au ip au / ip op, ondulado, glup glup, que delícia mãos ao alto.
No caminho eu encontrei um doutor, ai que dor...
Ip au au au ip au / ip op, ondulado, glup glup, que delícia mãos ao alto, ai que dor.
No caminho eu encontrei uma serpente, ssssssssssss...
Ip au au au ip au / ip op, ondulado, glup glup, que delícia mãos ao alto, ai que dor, ssssssss.
No caminho eu encontrei uma galinha, cócócó...
Ip au au au ip au / ip op, ondulado, glup glup, que delícia mãos ao alto, ai que dor, ssssssss,
cócócó.
No caminho eu encontrei um monstro, uuuuuuuu...
Ip au au au ip au / ip op, ondulado, glup glup, que delícia mãos ao alto, ai que dor, ssssssss,
cócócó, uuuuuuuu.
Confira o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=4wadm1no8ww

LENGA LA LENGA
A dupla fica de mãos dadas, balançando os braços da esquerda para a direita enquanto canta
a cantiga abaixo. Cada parte da letra exige uma ação coordenada:
Lenga la lenga – balançam as mãos dadas
Latuxa – batem palmas
La duê – jogam dedos de 0 a 5
Latuxa – batem palmas
La em papa – quem colocou número maior, palmas para cima
La em mama – quem colocou número menor, palmas para baixo
La em gogo – em caso de empate, batendo a mão na boca
Latuxa – batem palmas
La duê – jogam dedos novamente
Quanto mais rápido a cantiga for entoada, mais agilidade exigirá dos participantes.

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ESCATUMBARARIBÊ
Escatumbararibê faz parte do livro/cd-rom "lenga lalenga: jogos de mãos e copos", publicado
no Brasil pela editora Ciranda Cultural.

Escatumbararibê
Zum zum zum
Escatumbararibê
Escatumbararibê
Escatumbatinga
Auê sarubê abá
Escatumbararibê
Escatumbatinga.
Confira o vídeo uma sugestão de movimentos com copos que podemos brincar com a
garotada. https://www.youtube.com/watch?v=ft6Kg7S-LBE
Outra sugestão de vídeo para trabalhar o ritmo com copos é o ABC dos Copos com
Palavra Cantada. Esta sequência de movimentos é mais simples para as crianças aprenderem.
https://www.youtube.com/watch?v=fFo1i8EIS74

BATOM
Batom, batom tira o bá, fica tom.
Um dia desses, eu conheci uma velha que se chamava dona léa
Velha caiu, o velho viu calcinha dela, verde amarela cor do Brasil
Quem bater palma imita a velha.
Brincadeira em dupla, batendo as mãos.
Confira o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5SdoVBHMtXo

DUM DUM
Dum dum escatun gará escatun garavidê escatunga é dia oeste de veli veli escatun garavidê
escatunga é dia dum dum dati dará dum dum dati dará dum dum dá
Confira a sugestão de movimentos que podemos trabalhar com as crianças.
https://www.youtube.com/watch?v=zIXU1DESxes
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ARATATÁ
Aratatá Aratatá, aratatá, guli, guli, ratatá
Auê, auê, guli, guli, guli, ratatá.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=VTnSFmAwOEo

LARANJA COM LARANJA


(Edinho Paraguassú)
Laranja com laranja deixa o suco amarelo
Laranja com laranja deixa o suco amarelo
Troca o para fica o par, meu amor aqui cá quero
Troca o para fica o par, meu amor aqui cá quero
Meu amor aqui cá quero meu amor eu cá queria
Meu amor aqui cá quero meu amor eu cá queria
Não me sai do pensamento nem de noite nem de dia
Não me sai do pensamento nem de noite nem de dia
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=16XD6fB9dfY

PIPOCA POC POC


O poc-poc
Da pipoca pipocando
O poc-poc
Da pipoca pipocando
É som curtinho
Que vai logo acabando: POC!
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=vomVWOpMMNU

POC POC POC


Uma pipoca estourando na panela
Outra pipoca começou a responder
E era um tal de po-poc poc poc
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Que não dá pra entender


E era um tal de po-poc poc poc
E era um tal de po-poc poc poc
E era um tal de po-poc poc poc
Que não dá pra entender
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=FRh8PG6XL10

A CAMINHO DE VISEU
Indo eu, indo eu
A caminho de Viseu
Indo eu, indo eu
A caminho de Viseu
Encontrei o meu amor
Ai Jesus, que lá vou eu
Encontrei o meu amor
Ai Jesus, que lá vou eu!

Refrão
Ora truz, truz, truz,
Ora tráz, tráz, tráz,
Ora chega, chega, chega
Ora arreda lá prá trás

Indo eu, indo eu


A caminho de Viseu
Escorreguei, torci um pé
Ai que tanto me doeu!
(Refrão)

Vindo eu, vindo eu


da cidade de Viseu
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Deixei lá o meu amor,


O que bem me aborreceu!
(Refrão)
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=U2Qrt1WXstI

DE ABÓBORA FAZ MELÃO


De abóbora faz melão, de melão, faz melancia.
De abóbora faz melão, de melão, faz melancia.
Faz doce, sinhá!
Faz doce, sinhá!
Faz doce, sinhá Maria!
Quem quiser aprender a dançar, vá na casa do seu Juquinha!
Quem quiser aprender a dançar, vá na casa do seu Juquinha!
Ele pula, ele roda, Ele faz requebradinha.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=2AocnrcqsNs

CANTIGAS DE RODA MAIS CONHECIDAS

CAPELINHA DE MELÃO CARANGUEJO ATIREI O PAU NO GATO


Capelinha de melão Caranguejo não é peixe Atirei o pau no gato, tô
É de São João Caranguejo peixe é mas o gato, tô tô
É de cravo, é de rosa, Caranguejo não é peixe não morreu, reu, reu
É de manjericão Na vazante da maré. dona Chica, cá cá
São João está dormindo Palma, palma, palma, admirou-se, se se
Não acorda, não Pé, pé, pé do berrô, do berrô, que o
Acordai, acordai, Caranguejo só é peixe, na gato deu, Miau!
Acordai, João! vazante da maré!

MEU LIMÃO, MEU LIMOEIRO ESCRAVOS DE JÓ


Meu limão, meu limoeiro, Escravos de Jó
Meu pé de jacarandá, Jogavam caxangá
Uma vez, tindolelê, Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar.
Outra vez, tindolalá. Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá.

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PEIXE VIVO FUI NO ITORORÓ


Como pode o peixo vivo, viver fora da água fria. Fui na fonte do Itororó
Como pode o peixe vivo, viver fora da água fria. Beber água e não achei.
Como poderei viver, como poderei viver. Achei linda morena
Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia. Que no Itororó deixei.
Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia. Aproveite minha gente
Os pastores desta aldeia, já me fazem zombaria. Que uma noite não é nada.
Os pastores desta aldeia, já me fazem zombaria. Se não dormir agora
Por me verem assim chorando, por me verem Dormirá de madrugada.
assim chorando. Ó Mariazinha!
Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia. Ó Mariazinha!
Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia. Entre nesta roda
E dançara sozinha.
A CANOA VIROU Sozinha eu não danço
A Canoa virou Nem devo dançar
Pois deixaram ela virar Porque tenho o boto
Foi por causa da (nome da pessoa) Para ser meu par.
Que não soube remar
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar CIRANDA CIRANDINHA
Eu tirava a (nome da pessoa) Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar,
Do fundo do mar vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos dar
Siri pra cá O anel que tu me deste era vidro e se quebrou
Siri pra lá O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou
Por isso, D. Fulano entre dentro dessa roda
MARCHA SOLDADO Diga um verso bem bonito,
Marcha Soldado diga adeus e vá-se embora
Cabeça de Papel A ciranda tem três filhas
Se não marchar direito Todas três por batizar
Vai preso pro quartel A mais velha delas todas
O quartel pegou fogo Ciranda se vai chamar.
A polícia deu sinal
Acorda, acorda, acorda
A Bandeira Nacional.

Observação: Mais algumas letras de outros brinquedos cantados, brincadeiras de roda,


podem ser encontradas no material de apoio do 2º semestre de 2014 pesquisado pela SMED e
a disposição no portal NTM. Outras sugestões de vídeos com brinquedos cantados, cantigas
de roda, encontramos no youtube.

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