Modelo de Relatório de Auditoria Trabalhista

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MODELO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA TRABALHISTA

Sr. ......
EMPRESA....

Destacamos, a seguir, os principais pontos levantados por ocasião de nossos trabalhos


de auditoria na área trabalhista, realizados nos dias ..../.../... a .../..../....

Atenciosamente,

José Franco
Auditor

1. ITENS RELATIVOS À DOCUMENTAÇÃO

1.1 Ficha de registro dos funcionários

A empresa não vem atualizando as Fichas de Registros dos funcionários, como


exemplo citamos:

FUNCIONÁRIO PENDÊNCIA NO LIVRO DE REGISTRO

José Reajustes salariais.

Pedro Reajustes salariais;


Férias;
Contribuição Sindical.

Paulo Reajustes salariais;


Férias;
Contribuição Sindical.

Renato Reajustes salariais;


Férias;
Contribuição Sindical.

De acordo com as normas de registro dos empregados, alguns destes quesitos são
indispensáveis para a correta análise da situação trabalhista individual, e outros são
necessários à manutenção atualizada do cadastro do funcionário.

Infração:
- Falta de atualização do registro de funcionários.

Penalidade:
- Multa administrativa de 189,1424 UFIR’s por caso detectado pela fiscalização,
dobrada na reincidência.

1.2 Salário família – documentação


Verificamos a existência de pendências, quanto à documentação necessária para
concessão do benefício do salário família, como exemplo citamos:

FUNCIONÁRIO DOCUMENTAÇÃO PENDENTE

Anderson - Falta ficha de salário família


- Não possui Termo de Responsabilidade para fins
de Salário Família
- Não apresentada caderneta de vacinação

Carlos Alberto  Não apresentado comprovante da frequência


escolar do filho com idade a partir de 07 anos

Marcos  Não apresentado comprovante da frequência


escolar do filho com idade a partir de 07 anos

Roberto Carlos  Não apresentado comprovante da frequência


escolar do filho com idade a partir de 07 anos

Sula  Não apresentada anualmente a caderneta de


vacinação do filho menor de 06 anos

Gisele - Falta ficha de salário família

Conforme o disposto nos artigos 81 a 92 do Decreto 3.048/99, o pagamento da cota do


salário família é devido quando da apresentação da cópia da certidão de nascimento dos
filhos, do termo de responsabilidade, condicionado, ainda, a apresentação anual da
cópia do cartão da criança (Caderneta de Vacinação) atualizado, bem como o
empregador deverá manter em seus arquivos, a ficha de salário família e comprovante
da frequência escolar do filho a partir dos 07 anos de idade.

Infração:
- Falta de documentação necessária à concessão do benefício.

Penalidades:
- Suspensão do pagamento do benefício ao funcionário, considerando os valores
pagos como remuneração, exigindo-se os encargos previdenciários sobre os
mesmos.
- Devolução, aos cofres do INSS, dos valores deduzidos na GPS a título de salário
família, neste caso, considerados como indevidos.
- Multa administrativa variável, aplicando-se o disposto nos artigos 290 a 292 do
Decreto 3.048/99.

1.3 Declaração de encargos de família para fins de imposto de renda

Não nos foi apresentada a declaração de encargos de família para fins de imposto de
renda de alguns funcionários que deduzem dependentes no cálculo do imposto de renda.
A título de exemplo citamos os funcionários ............................. e .............................
Ainda constatamos, na declaração do funcionário ........................, assinada em .../..../....
não foi mencionado dependentes. Porém, na folha de pagamento do mesmo foi
deduzido no cálculo do IRF o valor equivalente a dois dependentes.

Conforme disposto no Regulamento do Imposto de Renda este documento é obrigatório


para comprovação dos dependentes no cômputo do imposto de renda retido na fonte,
independente de existir retenção.

Recomendamos manter o arquivo de documentos dos funcionários atualizados, para


tanto, revisar as pastas documentais dos funcionários atualizando-as, quanto à pendência
do referido documento.

Infração:

- Falta de documentação necessária à comprovação dos dependentes.

Penalidade:

- Glosa na dedução promovida no cálculo do imposto de renda na fonte, exigindo-se


os recolhimentos complementares, os quais assumidos pela empresa na forma do
Artigo 722 do Decreto nº 3000/99.

1.4 Fechamento da folha de pagamento

A empresa efetua o fechamento de horas extras, comissões, descontos de faltas, etc., no


período compreendido entre o dia 25 do mês anterior até o dia 24 do mês em curso,
sendo os eventos posteriores ao dia 24 contabilizados na folha do mês seguinte.

Conforme preconiza o Artigo 459, § único, da Consolidação das Leis do Trabalho,


quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar,
até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.

O Precedente Normativo 72, do Tribunal Superior do Trabalho, estabelece multa no


valor equivalente a 10% (dez por cento) do salário básico, em favor do empregado
prejudicado, quando do atraso no pagamento.

Com o objetivo de salvaguardar a empresa quanto a possíveis questionamentos,


sugerimos a elaboração de termo de anuência, descrevendo no referido documento os
procedimentos adotados, e que o mesmo seja autenticado pelos funcionários.

Infração:

- Atraso no pagamento de salários.

Penalidades:

- Multa administrativa de 160,0000 UFIR’s por empregado prejudicado.

- Multa de 10 % do salário base, em favor do empregado prejudicado (determinado


via decisão judicial).
1.5 Declaração de utilização de vale transporte

Não é procedimento da empresa renovar anualmente a declaração de utilização de vale-


transporte dos funcionários. A título de exemplo, citamos os funcionários:

...............................
...............................
...............................

Para obtenção do referido benefício, o funcionário deverá declarar, por escrito, na


ocasião da admissão, anualmente ou sempre que houver alteração, o seu endereço
residencial, os meios e itinerários de transporte coletivo, e o número de vezes utilizados
no dia para o deslocamento residência/trabalho/residência. Outrossim, alertamos que a
empresa deverá obter declaração negativa quando o funcionário não exercer a opção
deste benefício.

Infração:

- Falta de documentação necessária à concessão do benefício.

Penalidade:

- Considerar-se-á como remuneração do empregado na forma do Artigo 214 do


Decreto 3.048/99, sendo exigidas as contribuições previdenciárias sobre tais valores.

1.6 Anotações na CTPS

O prazo para que o empregador realize as anotações necessárias na CTPS é de 5 (cinco)


dias úteis, de acordo com o artigo 29 da CLT, na redação dada pela Lei 13.874/2019.

Alerte-se que a empresa vem extrapolando este prazo, conforme verifica-se com os
registros dos seguintes funcionários:

Nome Data Admissão Data do Registro Dias Úteis


Fulano da Silva 05.01.2.... 19.01.2.... 10
Beltrano Sicrano 15.05.2.... 27.05.2.... 09

1.7 Acordo de prorrogação de jornada de trabalho

Em atendimento ao disposto no Art. 59 da Consolidação das Leis do Trabalho, o acordo


de prorrogação de jornada de trabalho, vem sendo promovido através de cláusula
específica no contrato de trabalho, porém o texto da mesma determina a obrigatoriedade
do funcionário prestar jornadas suplementares, desde que exigidas pela empregadora.

Alertamos que a obrigatoriedade instituída através daquele parágrafo poderá ser


interpretada em eventual reclamatória trabalhista, como tempo à disposição da empresa,
sendo exigido o pagamento de jornada extraordinária, independente do cumprimento da
mesma.
Recomendamos reformular o referido dispositivo contratual, dando opção ao
funcionário em aceitar ou não trabalhar em jornada extraordinária, dando seu aceite
através da marcação do cartão ponto.

Infração.

- Falta de pagamento dos salários e horas extras.

Penalidade.

- Multa de 160,0000 UFIR’s por empregado prejudicado e reivindicação do valor


em reclamatória trabalhista.

1.8 Vendedores – cláusula de prorrogação de jornada no contrato de trabalho

Observamos que no contrato de trabalho dos vendedores, os quais não estão sujeitos ao
cumprimento de jornada de trabalho na forma do Artigo 62 da CLT, consta cláusula de
prorrogação de jornada de trabalho.

Alertamos que o referido dispositivo contratual poderá ser utilizado, em eventual


reclamatória trabalhista, como prova em favor do funcionário, sob alegação de que o
mesmo estaria sujeito ao cumprimento de horário.

Recomendamos que a referida cláusula, seja eliminada dos contratos de trabalho dos
vendedores, evitando desta forma possíveis questionamentos.

Infração.

- Falta de pagamento dos salários e horas extras.

Penalidade.

- Multa de 160,0000 UFIR’s por empregado prejudicado e reivindicação do


valor em reclamatória trabalhista.

1.9 Acordo de compensação jornada de trabalho

A empresa não mantém acordo individual ou coletivo para compensação de horas de


trabalho, dos funcionários que compensam três horas e vinte minutos durante a semana
e trabalham apenas quatro horas no sábado. A título de exemplo citamos:

- ......................................
- ......................................

Salientamos que, se não houver acordo escrito para compensação de horas de trabalho,
as horas excedentes a 7:20 horas serão devidas com o acréscimo de, no mínimo,
cinquenta por cento sobre a hora normal, mesmo que haja a correspondente supressão
do trabalho no sábado, de acordo com o artigo 7º, inciso XVI da Constituição Federal.
Infração.

- Falta de pagamento de horas extras, e não cumprimento da convenção coletiva.

Penalidade.

- Multa de 160,0000 UFIR’s por empregado prejudicado.

1.10 Acordo de compensação 12 x 36 jornada de trabalho

Os vigias cumprem jornada 12 X 36, conforme previsto na Convenção Coletiva de


Trabalho, no entanto, não há acordo individual ou coletivo firmado com os
funcionários.

Salientamos que se não houver acordo escrito para compensação de horas de trabalho,
as horas excedentes a 7:20 horas serão devidas com o acréscimo de, no mínimo, 50%
sobre a hora normal, mesmo que haja a correspondente supressão do trabalho em outro
dia da semana, de acordo com o artigo 7º, inciso XVI da Constituição Federal.

Infração.

- Falta de pagamento de horas extras, e não cumprimento da convenção coletiva.

Penalidade.

- Multa de 160,0000 UFIR’s por empregado prejudicado

1.11 Alteração unilateral de contrato

O funcionário .............................. foi contratado para trabalhar no horário das 8:00 horas
às 16:20 horas, com uma hora de intervalo para refeição, de segunda a sábado porém,
constatamos que o funcionário vem trabalhando no horário das 8:00 horas às 17:00
horas, com uma hora para refeição, de segunda a sexta, e das 8:00 horas às 12:00 horas
no Sábado.

Alertamos que a referida alteração não foi acordada por escrito entre as partes, podendo
ser questionada em juízo sob alegação de alteração unilateral de contrato, obrigando a
empresa a remunerar como jornada extraordinária, o tempo trabalhado fora da jornada
originalmente contratada.

Infração.

- Quebra do contrato de trabalho.

Penalidade.

- Multa de 378,2847 UFIR’s, dobrada na reincidência e Rescisão Indireta do


Empregador.

1.12 Documento de nomeação


O funcionário............................., recebe gratificação por exercer a função de diretora,
porém não nos foi apresentado o documento de nomeação para o referido cargo em
comissão.

Constatamos também que o valor da gratificação não integra o cálculo do DSR, hora
atividade e adicional por ensino especial, porém a referida gratificação é paga
habitualmente pela entidade.

Infração.

- Falta documento nomeação de cargo comissionado e marcação de jornada de


trabalho.

Penalidade.

- A gratificação de função integrará o salário do funcionário, podendo reivindicar o


pagamento de horas extras. Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S,
dobrada na reincidência, oposição ou desacato.

1.13 Aumento da carga horária dos professores

O Colégio não vem registrando os aumentos da carga horária dos professores, em


documento específico assinado entre as partes.

Alertamos que em eventual reclamatória trabalhista, o professor poderá alegar alteração


unilateral de contrato de trabalho, requerendo o pagamento das referidas horas, como
jornada extraordinária.

Infração.

- Quebra do contrato de trabalho.

Penalidade.

- Multa de 378,2847 UFIR’s, dobrada na reincidência e Rescisão Indireta do


Empregador.

1.14 Registro de ponto por exceção

A empresa mantém o registro de ponto por exceção, situação em que somente serão
feitos os registros do trabalho fora da jornada normal.

Entretanto, para adoção deste sistema é necessário acordo individual escrito entre
empregado e empregador ou convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, o que
não nos foi apresentado até o fechamento deste relatório.

1.15 Documentação “largada”


- Em data de ..../..../.... observamos vários papéis, como contratos e termos
trabalhistas, cópias de documentos e anotações “espalhadas” sobre a mesa do
assistente de RH, sr. ........... (foto anexa). Entendemos que este procedimento viola
diretrizes de privacidade, pois, na ausência do sr. ......., qualquer pessoa adentrando
o recinto pode ler ou apropriar-se dos referidos documentos. Cabe este alerta para
prevenção de contingências (como uso indevido de dados de pessoas por terceiros,
sob responsabilidade da empresa).

Recomendamos que sempre que os documentos ou papéis sejam recebidos pelo


departamento de RH, haja o devido encaminhamento imediato à pasta sigilosa do
funcionário, ou ainda a uma pasta protegia de transição de documentos, visando
prevenir o acesso de terceiros aos dados fornecidos.

1.16 Contrato de trabalho

Não nos foi apresentado o contrato de trabalho da funcionária ..............................

Salientamos que o contrato de trabalho é um instrumento acordado entre as partes que


constam cláusulas, tais como, horário de trabalho, alteração do horário de trabalho,
compensação e prorrogação de jornada de trabalho, autorização para descontos, dentre
outras, que posteriormente o funcionário não poderá alegar que não estava ciente, e em
uma eventual reclamatória trabalhista poderá fazer prova em prol a empresa, devido ao
aceite do funcionário.

Se não existe documento assinado entre as partes, a justiça do trabalho considera tácito
o contrato de trabalho acordado verbalmente, o qual será regido pela CLT.

Recomendamos elaborar o contrato de trabalho para todos os funcionários da empresa.

Infração:

- Falta do contrato individual de trabalho.

Penalidade:

- Multa de 379,2847 UFIRS´s, dobrada na reincidência.

1.17 Recibo de pagamento de salário

No recibo de pagamento de salário da funcionária ...................................... foi anotada a


data de 09/abr/...., como data de pagamento do salário do mês de março/......

Alertamos que, em eventual reclamatória trabalhista ou fiscalização do trabalho a


empresa poderá ser questionada por não pago seus funcionários até o 5º dia útil do mês
seguinte ao vencido, conforme determina Parágrafo Único, do Artigo 459 da CLT.

Infração:

- Atraso no pagamento do salário.


Penalidade:

- Multa administrativa de 160,0000 UFIR’s por empregado.

1.18 Recibos de salários complementares

Em alguns casos, a empresa remunera seus funcionários pagando uma quantia do salário
sem que o valor integre a folha de pagamento, através de recibos complementares. No
entanto, os mesmos ficam expostos à fiscalização com os demais documentos da
empresa.

Infração:

- Falta de recolhimento do INSS, IRRF e FGTS.

Penalidades:

- No caso da falta de recolhimento do FGTS, além do referido recolhimento


complementar, a empresa está sujeita à multa de 10,0000 UFIR’s a 100,0000
UFIR’S, por empregado, dobrada na reincidência, fraude, simulação, artifício, ardil,
resistência, embaraço ou desacato.
- Multa administrativa variável, aplicando-se o disposto nos artigos 290 a 292 do
Decreto 3.048/99.

1.19 Documentos assinados pelo funcionário e não preenchidos

Em alguns casos, o contrato de trabalho, o acordo de prorrogação de jornada de


trabalho, o acordo de compensação, dentre outros documentos, estavam assinados pelo
funcionário e não preenchidos pela empresa.

Recomendamos fazer a anotação na Carteira de Trabalho do funcionário e preencher os


respectivos contratos, acordos e demais documentos exigidos pela Lei, em prazo não
superior a 5 dias úteis, objetivando evitar multas e contratempos trabalhistas.

Infração.

- Falta de anotação na carteira de trabalho e previdência social. Apreensão dos


documentos e encaminhados a Procuradoria do Ministério do Trabalho, para a
devida apreciação da procuradoria, onde este ato poderá ser considerado ilícito e
lesivo aos trabalhadores.

Penalidade.

- Multa de 378,2847 UFIR’s e conforme preceitua o artigo 299 do Código Penal os


sócios poderão ser enquadrados no crime de falsidade ideológica com pena de
reclusão de 01 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular, assim
como, o Artigo 927 do Código Civil, também prevê indenização por danos morais,
valores estes que poderão ser fixados pela Procuradoria conforme a gravidade da
infração.
1.20 Registro de empregados

Verificamos que as seguintes situações de registros de empregados:

(nome) .................... – admitido em ..../.../.... registro pendente de regularização na data


desta auditoria

(nome) .................... - – admitido em ..../.../.... registro efetuado posteriormente, em


.../..../....., fora do prazo legal

Numa eventual fiscalização a empresa estará sujeita à multa.

Infração.

- Falta da Ficha de Registro de Empregado.

Penalidade.

- Multa de 378,2840 UFIR’s, por empregado, dobrada na reincidência.

1.21 Livro de inspeção do trabalho

Não nos foi apresentado o livro de inspeção do trabalho.

De acordo com o Art. 628 da Consolidação das Leis do Trabalho, é obrigatória a


manutenção do referido livro, o qual deverá permanecer à disposição do fisco.

Infração.

- Falta do livro de inspeção do trabalho.

Penalidade.

- Multa administrativa de 189,1424 UFIR’s a 1.891,4236 UFIR’s.

1.22 Falta da ficha de registro

Não nos foi apresentada a ficha de registro da funcionária .....................................

Salientamos que a referida funcionária foi demitida recentemente, porém a rescisão


contratual não desobriga a entidade da manutenção, em seus arquivos, da respectiva
ficha de registro.

Outrossim, alertamos que, a não apresentação de documento de registro do funcionário


à fiscalização será considerado como trabalhador sem registro, expondo a entidade às
penalidades previstas na legislação vigente.

Infração:

- Falta de registro de funcionários.


Penalidade:

- Multa administrativa de 378,2840 UFIR’s por caso detectado pela fiscalização,


dobrada na reincidência.

1.23 Acidentes de trabalho

Não é norma na empresa, promover a anotação dos acidentes de trabalho na ficha de


registro dos funcionários.

Abaixo citamos alguns casos:

FUNCIONÁRIO DATAS DOS ACIDENTES

............................. 10/jan./.., 12/ago./.. e 29/jan./..


............................. 24/abr./..
............................. 25/jun./..

De acordo com o Artigo 41, § único, da Consolidação das Leis do Trabalho é


obrigatória a anotação dos acidentes de trabalho no registro dos funcionários.

Salientamos que se detectada a falta de anotações no registro do funcionário, a empresa


estaria sujeita a multa de 189,1424 UFIR’s, dobrada na reincidência.

1.24 Anotação do número do cadastro de pessoa física, número da carteira de


identidade e endereço completo

Constatamos que o registro da funcionária ............................., não continha anotação do


número do cadastro de pessoas físicas do Ministério da Fazenda, bem como no registro
do funcionário ...................................., não estava anotado o número da carteira de
identidade e a anotação de seu endereço estava incompleta.

Embora tais anotações não sejam obrigatórias na ficha de registro, entendemos serem
necessárias para a manutenção atualizada do cadastro dos funcionários.

Infração.

- Falta de anotação na Ficha ou Livro de Registro de Empregado.

Penalidade.

- Multa de 189,1424 UFIR’s, dobrada na reincidência

1.25 Registro das alterações no horário de trabalho

Não é norma na empresa anotar na ficha de registro dos funcionários, as alterações


promovidas nos horários de trabalho.
Salientamos que é obrigatório a anotação do horário de trabalho no registro do
funcionário.

O registro do funcionário deverá estar sempre atualizado, portanto entendemos que as


alterações promovidas no horário de trabalho devem ser anotadas no referido
documento.

Outrossim, alertamos que o procedimento em pauta se detectado, expõe a empresa a


multa de 189,1424 UFIR’s dobrada na reincidência.

1.26 Exames médicos

Não nos foram apresentados os exames médicos admissionais e periódicos dos


funcionários:
.................................... Exame médico periódico
.................................... Exame médico demissional
.................................... Exame médico periódico
.................................... Exames médicos admissional e periódico
................................... Exame médico admissional
.................................... Exame médico admissional

De acordo com o Artigo 168 da Consolidação das Leis do Trabalho, e Item 7.4.1 da
Norma Regulamentadora Relativa à Segurança e Medicina no Trabalho NR 7 -
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional, é obrigatória a realização de
exames médicos admissionais, periódicos e demissionais.

O item 7.4.3.2, da NR-7, determina que os exames médicos periódicos devem ser feitos
nos seguintes intervalos:

a) A cada ano ou em intervalos menores para trabalhadores expostos a riscos;


b) Anual, quando menores de dezoito anos e maiores de quarenta e cinco anos de
idade;
c) A cada dois anos, para os trabalhadores entre dezoito anos e quarenta e cinco anos
de idade.

Infração:

- Não cumprimento das normas regulamentadoras e medicina do trabalho.

Penalidade:

- Multa administrativa de 378,2847 UFIR’s a 6.304,0000 UFIR’s, de acordo com a


gravidade da infração.

1.27 Prestação de serviços de empresa terceirizada sem contrato e documentação


legal

Evidenciamos que a empresa faz pagamentos regulares e mensais para a empresa


Demarchi e Cia. Ltda (terceirização de serviços de manutenção), porém sem atender aos
requisitos da Lei 13.429/2017, em especial a inexistência de contrato celebrado pela
empresa com respectiva documentação (CNPJ, registro na Junta Comercial e Capital
Social compatível com o número de empregados terceirizados).

1.28 Documentação relativa aos representantes comerciais

No exame procedido junto às pastas de alguns representantes comerciais constatamos a


falta de alguns documentos inclusive o contrato entre as partes.

Conforme informações do responsável pelo R.H., já foi procedido à regularização e


enviado aos representantes os referidos documentos para assinaturas, no entanto até a
data de nossa visita, os contratos não haviam retornado a empresa com as devidas
assinaturas.

Orientamos para a agilizar o processo de envio e retorno destes documentos, com a


finalidade de resguardar a empresa em uma eventual reclamatória trabalhista, onde o
representante poderá alegar vínculo empregatício, por falta de contrato assinado entre as
partes.

Destacamos ainda que, localizamos na pasta do Representante Comercial Silva e Lemos


Ltda, uma Nota Promissória e um Termo Particular de Confissão de Dívida, assinado
pelo mesmo, no entanto os referidos documentos não se encontravam preenchidos.

Alertamos que em eventual fiscalização do Ministério do Trabalho, estes documentos


poderão ser apreendidos e encaminhados a Procuradoria do Ministério do Trabalho,
para a devida apreciação da procuradoria, onde este ato poderá ser considerado ilícito e
lesivo aos trabalhadores.

Destaque-se ainda que o artigo 927 do Código Civil, também prevê indenização por
danos morais, valores estes que poderão ser fixados pela Procuradoria conforme a
gravidade da infração.

1.29 Retenção de documentos

Constatamos que alguns documentos de empregados se encontravam nos arquivos da


empresa.

Como exemplo, mencionamos:

EMPREGADO Tipo de Documento


------------------- ----------------------
JOSÉ DA SILVA Identidade
JOÃO DA SILVA CTPS
MARIA DA SILVA Identidade

Conforme informações pela responsável, Sra. Maria, os documentos se encontram na


empresa pelo fato dos os empregados, não terem comparecido para os devidos acertos
rescisórios, sendo assim, não houve a possibilidade de entregar os referidos documentos
aos mesmos.

Orientamos que, em casos como estes, a empresa comunique o empregado através de


telegrama ou outra forma de comunicação, solicitando o comparecimento do mesmo
para a retirada dos mesmos.
1.30 Pagamentos “por fora” de salários

Vêm sendo efetuados mensalmente pagamentos a empregados de verbas extras na


folhas de salários, sem constarem as mesmas na folha de pagamento.

Tal procedimento pode acarretar os seguintes problemas:

a) Lesa o Sistema Previdenciário - INSS, pelo não recolhimento de contribuições


devidas;
b) Frauda o Sistema de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, sujeitando a
empresa, em eventual fiscalização, a multa no valor de 10 a 100 UFIR, por
trabalhador prejudicado, de acordo com o parágrafo 2º do artigo 23 da Lei nº
8.036/90.

Face ao exposto, recomendamos elidir tal prática, evitando que em eventual


reclamatória trabalhista ou diligência fiscal, venham a ser exigidos os respectivos
encargos, além dos reflexos em todas as verbas trabalhistas, sobre os valores pagos.

1.31 Líquidos dos salários recebidos

No confronto dos relatórios para créditos de salários e adiantamentos, com o resumo


geral da folha de pagamento constatamos divergências, conforme abaixo descrevemos:

DIVERGENCIA
MÊS/ANO MODALIDADE VALOR DO VALOR DO
DO RELATÓRIO RESUMO DA
CRÉDITO P/CREDITO R$ FL.PGTO. R$ R$ REF.
Janeiro/... PGTO.MENSAL 232.925,40 232.851,29 74,11 A
Abril/... ADIANTAMENTO 229.685,00 229.505,00 180,00 B
Abril/... PGTO.MENSAL 449.473,07 448.513,07 960,00 C

a. Não foi possível apurar a divergência;


b. Não foi descontado o adiantamento de salário do empregado José Santos;
c. No relatório da folha de pagamento, foi descontado o adiantamento de salário, no
valor de R$ 960,00 do empregado Renato Oliveira, no entanto, na relação de credito
enviada ao setor financeiro o valor não foi descontado, sendo assim, foi efetuado o
credito sem o devido desconto conforme constatado no relatório da folha de
pagamento, e conforme informações pelo departamento de pessoal, foi feita a
alteração na folha de pagamento, mas não foi impresso o novo relatório da folha
com as devidas alterações efetuadas. Recomendamos que, quando houver alterações
nos relatórios da folha de pagamento, os mesmos sejam novamente impressos,
constando assim as novas informações, para futuras comprovações perante a
diretoria, ou a quem de direito.

Orientamos para que o departamento de pessoa, efetue um acompanhamento mais eficaz


sobre tais informações, procedendo a conferencia dos fatos geradores ocorridos em cada
mês, dentre outros que se fizerem necessários.

Destacamos, ainda, quanto à importância das autorizações de pagamento da folha de


salários, guias de INSS e FGTS sejam conferidas e vistadas pela diretoria.
2. ITENS RELATIVOS AOS PROCEDIMENTOS TRABALHISTAS

2.1 EXCESSO DE JORNADA DIÁRIA

Verificamos que, em alguns casos, os funcionários vêm prorrogando, num


mesmo dia, sua jornada em até 06 horas, promovendo excesso de jornada
diária.

Como exemplo citamos:

Funcionário Data Jornada Total

................................. 16/08/.... 13 horas e 30 minutos


................................. 17/08/... 11 horas e 19 minutos
................................. 16/08/... 13 horas

De acordo com o Artigo 59 da Consolidação das Leis do Trabalho, a jornada normal de


trabalho somente poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não
excedente de duas, desde que não ultrapasse o limite máximo de dez horas diárias,
computando-se a jornada normal e extraordinária.

Infração:

- Excesso de jornada diária/extraordinária de trabalho.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

Lembramos que a Instrução Normativa 01/88 da Secretaria de Relações do Trabalho, e


o Artigo 61 da Consolidação das Leis do Trabalho, estabelecem que, em se tratando de
serviços inadiáveis, a jornada diária poderá ser acrescida de até quatro horas diárias,
exclusivamente para empregados maiores, e mediante comunicação ao órgão local do
Ministério do Trabalho, no prazo de dez dias a contar do encerramento dos trabalhos.

2.2 INTERVALO INTRAJORNADA

Da mesma forma que no item anterior, constatamos que em alguns casos não foi
observado o intervalo mínimo para repouso intrajornada de onze horas consecutivas,
conforme exemplificamos:

FUNCIONÁRIO DATA INTERVALO


INTRAJORNADAS

..................................... De 15/08/.. para 16/08/.. 09:15 horas


..................................... De 15/08/.. para 16/08/.. 09:07 horas
..................................... De 15/08/.. para 16/08/.. 09:34 horas
De acordo com o Artigo 66 da Consolidação das Leis do Trabalho, entre duas jornadas
de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso.

Infração:

- Intervalo para repouso intrajornada inferior ao limite mínimo de 11 horas


consecutivas.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.3 TRABALHO NOS DIAS DESTINADOS AO DESCANSO SEMANAL

Alguns funcionários vêm trabalhando nos dias destinados ao descanso semanal, sem
que o referido descanso seja concedido em outro dia da semana:

Nome do funcionário Dia de descanso semanal


trabalhado pelo funcionário

.............................. 29/07/2....
.............................. 29/07/2....
.............................. 29/07/2....

De acordo com o Artigo 67 da Consolidação das Leis do Trabalho, é assegurado a todo


o trabalhador um descanso semanal de 24 horas consecutivas, mais 11 horas entre uma
jornada e outra, perfazendo assim 35 horas, o qual, salvo por motivo de conveniência
pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo.

Alertamos que, independente do pagamento de jornada extraordinária, se o


procedimento em pauta for detectado pela fiscalização do trabalho, a empresa estaria
sujeita à multa estabelecida pelo Artigo 75 da Consolidação das Leis do Trabalho, cujo
valor varia de 37,8285 UFIR’s até 3.782,8472 UFIR’s, dobrada na reincidência,
oposição ou desacato.

2.4 INTERVALO INTRAJORNADAS – 15 MINUTOS

O intervalo de 15 minutos para descanso não é pré-assinalado no cartão ponto das


telefonistas que cumprem jornada de trabalho de 06 horas diárias, no entanto, as
mesmas cumprem o referido intervalo.

Salientamos que o parágrafo 1º, do artigo 71, da CLT determina 15 minutos de intervalo
para jornadas de trabalho com 6 horas de duração. Para tanto, recomendamos manter o
referido intervalo pré-assinalado no cartão de ponto, desta forma o registro de suas
jornadas seria 5 horas e 45 minutos de jornada trabalhada e 15 minutos de descanso para
lanche, perfazendo 6 horas diárias.

Infração:
- Aos artigos 57 a 74 da CLT – Duração do Trabalho, previsto pelo art. 75 da CLT.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.5 MARCAÇÃO COM ANTECEDÊNCIA

Alguns funcionários vêm fazendo alguns minutos extras na entrada do trabalho, devido
efetuarem registro ponto com antecedência, e após o horário de trabalho, os quais não
foram computados no cálculo das horas extras, no entanto, não há autorização, por
escrito, do encarregado/chefe da seção.

A título de exemplo citamos abaixo:

Funcionário Descrição

.............................. - Em 03/ago./.., no início da jornada fez 10


minutos extras

.............................. - Em 11/ago./.., no início da jornada fez


10 minutos extras;
- Em 18/ago./.., no final da jornada fez 10
minutos extras.

Alertamos que os referidos registros poderão ser considerados, em eventuais


reclamatórias trabalhistas, como tempo à disposição da empresa e, por conseguinte,
exigido o pagamento das horas suplementares.

2.6 MARCAÇÃO COM ANTECEDÊNCIA E AUTORIZAÇÃO PARA


HORAS EXTRAS

Alguns funcionários vêm fazendo alguns minutos extras na entrada do trabalho, devido
efetuarem registro ponto com antecedência, e após o horário de trabalho, os quais são
computados no cálculo das horas extras, no entanto, não há autorização, por escrito, do
encarregado/chefe da seção.

De acordo com o § 1º, do artigo 58 da CLT (redação dada pela Lei 10.243/2001) não
serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário
no registro de ponto não excedentes de 05(cinco) minutos, observado o limite máximo
de 10 (dez) minutos diários.

A título de exemplo citamos abaixo:

Funcionário Descrição
............................... - Em 23/jul./.. no início da jornada fez 11 minutos
extras
- Em 26/jul./.., no início da jornada fez 13 minutos
extras
- Em 02/ago./.., no início da jornada fez 13 minutos
extras
- Em 03/ago./.., no início da jornada fez 13 minutos
extras
- Em 16/ago./.., no início da jornada fez 60 minutos
extras
............................... - Em 04/jul./.., no início da jornada fez 17 minutos
extras
- Em 16/jul./.., no início da jornada fez 15 minutos
extras
- Em 17/jul./.., no início da jornada fez 14 minutos
extras
............................... - Em 30/jul./.., no início da jornada fez 17 minutos
extras
- Em 01/ago./.., no início da jornada fez 14 minutos
extras
- Em 06/ago./.., no início da jornada fez 15 minutos
extras
............................... - Em 23/jul./.., no início da jornada fez 20 minutos
extras
- Em 24/jul./., no início da jornada fez 22 minutos
extras

Recomendamos que as horas extras sejam feitas somente mediante autorização por
escrito dos chefes de seção, para que se certifiquem da necessidade do trabalho.
Salientamos, também, que a autorização permaneça arquivada com os cartões ponto de
cada mês, para fácil consulta à mesma.

Ressaltamos que, o departamento pessoal deve inteirar-se do motivo pelo qual vêm
sendo feitos os minutos extras por dia e, se for o caso, providenciar mecanismos de
bloqueio ao cartão ponto.

Infração:

- Aos artigos 57 a 74 da CLT – Duração do Trabalho, previsto pelo art. 75 da CLT.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.7 TOLERÂNCIA DE 15 MINUTOS TANTO NA ENTRADA COMO NA


SAÍDA DO FUNCIONÁRIO, PARA O CÁLCULO DE HORAS EXTRAS
Alguns funcionários vêm registrando o início e a saída de sua jornada de trabalho com
até 15 minutos de tolerância sem que seja computada como hora extra. A título de
exemplo, citamos

FUNCIONÁRIOS DATA HORÁRIO HORÁRIO MINUTOS


REGISTRADO NORMAL NÃO
NO PONTO DE REMUNERAD
ENTRADA/ OS COMO
SAÍDA H.EXTRAS

..................................... 09/08/.. 7:48 8:00 12 min


..................................... 25/07/.. 16:28 16:15 13 min
..................................... 04/08/.. 7:47 8:00 13 min
..................................... 18/08/.. 6:16 6:30 14 min
..................................... 17/08/.. 7:48 8:00 12 min
..................................... 27/07/.. 7:45 8:00 15 min
..................................... 02/08/.. 18:03 17:45 18 min

De acordo com o § 1º, do artigo 58 da CLT (redação dada pela Lei 10.243/2001) não
serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário
no registro de ponto não excedentes de 05(cinco) minutos, observado o limite máximo
de 10(dez) minutos diários.

Alertamos que os referidos registros poderão ser considerados, em eventuais


reclamatórias trabalhistas, como tempo à disposição da empresa e, por conseguinte,
exigido o pagamento das horas suplementares.

Infração:

- Aos artigos 57 a 74 da CLT – Duração do Trabalho, previsto pelo art. 75 da CLT.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.8 HORÁRIO DE TRABALHO NO REGISTRO DE EMPREGADOS

Não consta o horário de trabalho anotado em registro de empregados.

Neste caso, a empresa não atende às exigências da fiscalização, estando sujeita às


penalidades previstas, conforme adiante citado.

Infração:

- Aos artigos 57 a 74 da CLT – Duração do Trabalho, previsto pelo art. 75 da CLT.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.
2.9 ATIVIDADES INSALUBRES – JORNADA EXTRAORDINÁRIA

Verificamos que alguns funcionários, que trabalham em atividades insalubres, vêm


prorrogando a jornada de trabalho. A título de exemplo citamos os funcionários
........................ e ........................................

Conforme determinação contida no Artigo 60 da Consolidação das Leis do Trabalho, os


funcionários que exercem atividades insalubres somente poderão prorrogar sua jornada
de trabalho, a título de jornada extraordinária, se previamente autorizado pela
autoridade competente em segurança e medicina do trabalho.

Infração:

- Aos artigos 57 a 74 da CLT – Duração do Trabalho, previsto pelo art. 75 da CLT.


Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.10 FUNCIONÁRIOS EXTERNOS

A empresa possui vendedores e promotores executando trabalhos externos, no entanto


os mesmos não registram a jornada de trabalho e o intervalo para refeição e descanso.

Segundo normas relativas aos trabalhadores externos, quando a jornada de trabalho for
executada integralmente fora do estabelecimento do empregador, o horário de trabalho
constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em poder do empregado.

Dessa forma, em uma reclamatória trabalhista a empresa não tem prova a seu favor,
para comprovar a efetiva jornada de trabalho do funcionário.

Infração:

- Aos artigos 57 a 74 da CLT – Duração do Trabalho, previsto pelo art. 75 da CLT. –


Falta de controle da jornada de trabalho.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.11 REGISTRO DE PONTO - DISPENSA DE MARCAÇÃO

Alguns funcionários em cargos de supervisão e gerência estão dispensados da marcação


do registro de ponto por exercerem função de confiança.

Alertamos que, o registro de ponto é documento imprescindível para a prova da jornada


trabalhada perante a justiça do trabalho.
Outrossim, lembramos que, a dispensa de marcação deverá atender ao disposto no
Artigo 62, Inciso II, da Consolidação das Leis do Trabalho. Desta forma, concluímos
que, se não atendidas as disposições comentadas acima, a empresa estaria obrigada a
promover o controle da jornada diária de trabalho destes funcionários, na forma do
artigo 74 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Infração:

- Falta de controle da jornada de trabalho.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.12 CARTÃO PONTO – MARCAÇÃO NÃO CORRESPONDE COM O


PRÉ-ASSINALADO

Observamos no cartão ponto do funcionário ..................., no período de 16/09/.... a


15/09/...., que a marcação efetuada pelo funcionário não correspondia com a pré-
assinalada no cartão ponto.

Alertamos que o referido procedimento poderá ser considerado em eventual


reclamatória trabalhista como alteração unilateral de contrato, podendo a entidade vir a
ser condenada ao pagamento das horas trabalhadas em desconformidade com o pré-
assinalado como horas extraordinárias.

Infração:

- Aos artigos 57 a 74 da CLT – Duração do Trabalho, previsto pelo art. 75 da CLT.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.13 INTERVALO PARA REFEIÇÃO E REPOUSO

Alguns funcionários, não vêm cumprindo o intervalo mínimo de uma hora para refeição
e repouso, como exemplo citamos:

FUNCIONÁRIO DATA INTERVALO P/


REFEIÇÃO E REPOUSO
...................................... 30/06/.. Não fez intervalo
...................................... 03/07/.. Não fez intervalo
...................................... 02 e 03/08/.. Não fez intervalo
...................................... 02/08/.. 25 minutos
...................................... 11/08/.. 45 minutos
...................................... 02/08/.. 16 minutos
Salientamos que o pagamento do período trabalhado, como horas extraordinárias, não
elimina o risco da empresa ser autuada por não conceder o referido intervalo.

De acordo com o Artigo 71 da Consolidação das Leis do Trabalho, em qualquer


trabalho contínuo, cuja duração exceda a seis horas, é obrigatória a concessão de
intervalo para refeição e repouso de no mínimo uma hora.

Infração:

- Intervalo para refeição e repouso inferior ao limite mínimo de 1 hora.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.14 REGISTRO DE PONTO COM RASURAS

Observamos que alguns funcionários, no mês de junho/...., registraram suas jornadas de


trabalho com rasuras, e em outros casos o registro é feito no cartão ponto e
posteriormente é posto corretivo sobre o mesmo. Como exemplo citamos os
funcionários .................................., ................................... e ................................... .

Alertamos que em eventual reclamatória trabalhista, o registro de ponto poderá ser


desclassificado como prova a favor da empresa, sob alegação de ter sido rasurado ou
não corresponder com a realidade.

Infração:

- Aos artigos 57 a 74 da CLT – Duração do Trabalho, previsto pelo art. 75 da CLT.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.15 CARTÕES PONTO SEM ASSINATURA

Alguns cartões ponto no mês de agosto/...... não estavam assinados pelo funcionário,
que citamos a título de exemplo:

............................................
...........................................
..........................................

Alertamos que em eventual reclamatória trabalhista, somente serão aceitos como prova
em favor da empresa os documentos autenticados pelos funcionários.

Infração:
- Aos artigos 57 a 74 da CLT – Duração do Trabalho, previsto pelo art. 75 da CLT.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.16 MARCAÇÃO REPETITIVA

O registro da jornada de trabalho dos funcionários ....................., ........................


e............................... , no mês de julho/......, foi promovido de forma repetitiva, ou seja,
entradas e saídas sempre no mesmo horário.

Alertamos quanto à existência de jurisprudências no sentido de desclassificação do


registro de ponto como prova em eventual reclamatória trabalhista, quando o mesmo é
efetuado de forma repetitiva, sob alegação de não corresponder com a realidade (“ponto
britânico”).

2.17 PLANTÃO À DISTÂNCIA – MARCAÇÃO DAS HORAS


TRABALHADAS

É norma na empresa que a marcação das horas trabalhadas no plantão à distância sejam
assinaladas em relatórios de atendimentos.

Alertamos que o referido procedimento está em desacordo com o disposto no Artigo 74,
§ 3º, da Consolidação das Leis do Trabalho, que determina a marcação da jornada
externa em ficha ou papeleta específica, bem como, que, o referido relatório de
atendimento, não constitui documento hábil para comprovação da jornada trabalhada,
podendo o mesmo ser desclassificado como prova em favor da empresa, em eventual
reclamatória trabalhista.

Infração:

- Aos artigos 57 a 74 da CLT – Duração do Trabalho, previsto pelo art. 75 da CLT.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

2.18 PLANTÃO À DISTÂNCIA - ADICIONAL DE 1/3 SOBRE AS HORAS


DE PLANTÃO

A empresa vem procedendo ao pagamento do adicional de 1/3 sobre o salário base do


funcionário, quando o mesmo está escalado para o plantão à distância.

De acordo com o item 39 da Convenção Coletiva de Trabalho vigente para ......, a


remuneração acrescida do adicional supra citado, dar-se-á para as horas que o
funcionário ficará à disposição da empresa, podendo ser solicitado seus serviços a
qualquer momento.

Neste caso, entendemos que as referidas horas são as compreendidas entre a saída da
jornada de um dia até a entrada da jornada do dia seguinte, período que o funcionário
ficaria de alerta para eventuais chamadas.

Salientamos, que as horas efetivamente trabalhadas no plantão no atendimento de


chamadas, deverão ser remuneradas como jornada extraordinária, sendo subtraídas das
horas consideradas como plantão.

2.19 CARACTERIZAÇÃO DE TURNO ININTERRUPTO DE


REVEZAMENTO

Observamos que os funcionários .................................... e .................................. vêm


trabalhando em jornadas de 8 horas de trabalho, em postos de trabalho de 24 horas
ininterruptos, revezando sistematicamente os horários de trabalho.

Alertamos que o referido procedimento caracteriza turno ininterrupto de revezamento,


podendo os funcionários reivindicarem em eventual reclamatória trabalhista, o
pagamento de jornada extraordinária das horas trabalhadas além da 6ª hora diária.

2.20 COMPENSAÇÃO DE ATRASOS E FALTAS COM JORNADAS


EXTRAORDINÁRIAS

A empresa vem compensado as horas de atrasos e faltas com horas extras. Como
exemplo citamos, o funcionário .............................. que no dia 03/abr./...., conforme
cartão ponto, trabalhou 5 horas e 36 minutos extras, no entanto, foi computado 05 horas
e 23 minutos extras. A diferença, de 13 minutos, foi compensada, devido o funcionário
ter iniciado sua jornada, nesse dia, com 13 minutos de atraso.

Salientamos, que a marcação de jornada de trabalho, em desacordo com a pré-assinalada


no cartão ponto, deverá ser descontada, nos casos de faltas e atrasos, e paga como horas
suplementares, no caso de horas excedentes. Em uma reclamatória trabalhista o
funcionário poderá reivindicar as horas extras não remuneradas, já as faltas e atrasos a
empresa tem um curto prazo para o desconto do funcionário e não poderão ser
compensadas na justiça do trabalho.

2.21 BANCO DE HORAS – COMPENSAÇÃO DE HORAS EXTRAS

Atualmente a empresa vem onerando a folha de pagamento em consequência das horas


extras, para parte dos funcionários.

Alertamos que as horas extras podem ser futuramente compensadas com dias de folga,
através do sistema do Banco de Horas.

2.22 BANCO DE HORAS – ACORDO POR ESCRITO


As horas extras, as saídas antecipadas e as faltas dos funcionários não estão sendo
remuneradas nem descontadas em folha de pagamento, as quais são controladas, à parte,
para compensação futura (Banco de Horas).

Alguns funcionários, entretanto, realizam horas extras, as quais não foram pagas, por
força de “acordo verbal” entre a empresa e o empregado. Referidas horas, segundo o
departamento de RH, são compensadas com folgas e saídas antecipadas do serviço.

Recomendamos que todos os acordos individuais sejam realizados por escrito, inclusive
os relativos ao Bando de Horas.

Alertamos que o procedimento utilizado poderá ser caracterizado em eventual


fiscalização, como pagamento de remuneração fora dos prazos estipulados pelo Artigo
459 da Consolidação das Leis do Trabalho, sujeitando a empresa ao pagamento de
multa prevista no Artigo 4º da Lei 7.855/89, que é de 160,0000 UFIR’s por empregado
prejudicado.

Outra consequência da falta de acordo por escrito será remunerar as horas


suplementares, com os respectivos adicionais.

2.23 HORAS EXTRAS - HABITUALIDADE/SUPRESSÃO

A empresa vem remunerando a jornada extraordinária daqueles funcionários com


habitualidade.

Alertamos caso a empresa resolva contratar mais um funcionário para o setor,


suprimindo desta forma a jornada extraordinária, deverá ser observado o Enunciado de
Sumula 291 do Tribunal Superior do Trabalho, aonde a justiça vem entendendo que a
supressão por parte do empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade,
durante pelo menos um ano, assegura ao empregado, o direito a indenização.

O valor da referida indenização corresponde a um mês das horas suprimidas para cada
ano ou fração igual ou superior a seis meses, em que ocorreu a prestação de serviço
suplementar, calculadas de acordo com a média dos últimos doze meses, valorizadas
pelo último salário.

2.24 TELEFONISTA – JORNADA DE TRABALHO

A funcionária ..............................., contratada como assistente de serviços, exerce a


função de telefonista, cumprindo jornada diária de oito horas de trabalho.

De acordo com o Art. 227 da Consolidação das Leis do Trabalho, e Súmula 178 do
Tribunal Superior do Trabalho, a jornada diária de trabalho da telefonista é de seis horas
contínuas ou de trinta e seis semanais.

Salientamos, que em eventual reclamatória trabalhista o excesso verificado poderá ser


considerado como jornada extraordinária.

2.25 TROCA DE PLANTÃO


Observamos que é comum na entidade a troca de plantões entre os funcionários do
hospital universitário.

Alertamos que a referida troca descaracteriza a escala de trabalho e, se questionada em


eventual reclamatória trabalhista, a entidade poderá ser obrigada a pagar o excesso de
horas trabalhadas, além de 7 horas e 20 minutos como jornada extraordinária.

2.26 SERVIÇOS PRESTADOS FORA DA CARGA HORÁRIA


CONTRATADA

Observamos que é normal na entidade a ocorrência de aulas fora da carga horária


contratada, como exemplo citamos: as horas aulas de substituição, reuniões e outras
atividades, as quais não vêm sendo remuneradas como horas extraordinárias, mas sim
como horas normais.

Alertamos que as horas trabalhadas acima do fixado em contrato de trabalho são


consideradas como jornada extraordinária, devendo as mesmas serem remuneradas com
o acréscimo dos adicionais determinados pela lei.

2.27 JORNADA DE TRABALHO DE 180 HORAS

Os funcionários lotados na sala de máquinas trabalham 06 horas diárias ou 36 semanais.


A título de exemplo citamos:

........................................
........................................
........................................
........................................
........................................
........................................

Recomendamos verificar a necessidade de manter os funcionários em sistema de horário


ininterrupto de revezamento, caso não houver, os mesmos podem trabalhar 44 horas
semanais, com isso, economizaria 40 horas extras mensais de cada funcionário.

2.28 HORAS EXTRAS APONTADAS E NÃO PAGAS

Em alguns casos, constatamos que o funcionário fez horas extras, constando no cartão
de ponto a inscrição “horas não autorizadas”, sendo que as mesmas não foram pagas,
como demonstramos:

- José de Silveira, nos dias 07, 08 e 09 de agosto/02 fez 2,5 horas extras, as quais não
foram remuneradas na sua folha de pagamento.

Alertamos que em uma reclamatória trabalhista o funcionário poderá reivindicar as


horas extraordinárias não pagas.

Infração.
- Falta de pagamento dos salários, conforme preceitua o Artigo 459 da CLT
Penalidade.

- Multa de 160,0000 UFIR’s por empregado prejudicado, conforme o Artigo


4o da Lei 7855/89.

2.29 BANCO DE HORAS – PAGAMENTO NA RESCISÃO

As horas extras dos empregados cuja rescisão ocorreu não estão sendo remuneradas.
Tais horas são controladas, à parte, para compensação futura (Banco de Horas).

Como exemplo, mencionamos:

Encargos sociais
Empregado Salário + Valor hora Total de Total em INSS FGTS Total
variáveis Extra horas R$ 26,80% 8% Geral
Jose 4.823,16 32,89 612,43 20.142,82 5.398,28 1.712,14 27.253,24
Cezar Brasil 1.513,64 10,32 322,12 3.324,28 890,91 282,56 4.497,75
Alceu 716,58 4,89 87,07 425,77 114,11 36,19 576,07
Sergio 1.021,06 6,97 146,59 1.021,73 273,82 86,85 1.382,40
Paulo 831,82 5,67 139,43 790,57 211,87 67,20 1.069,64
Alvacir 1.996,14 13,61 112,28 1.528,13 409,54 129,89 2.067,56
36.846,66

EMPREGADO TOTAL DE HORAS DATA


P/BANCO DE HORAS
ATUALIZADA------------------------ ---------------------------- ------
-------------
JOSÉ 612,43
NOV./......
CEZAR 322,12
NOV./......
ALCEU 87,07 NOV./
.....
SERGIO 146,59 NOV./
.....
ALVARO 112,28 NOV./
.....
PAULO 139,43 NOV./
.....

Evidenciamos ainda, que as horas positivas do banco de horas (saldo a favor do


empregado) serão integralmente pagas quando somente houver a rescisão de contrato de
trabalho.

Alertamos que o procedimento utilizado poderá ser caracterizado em eventual


fiscalização, como pagamento de remuneração fora dos prazos estipulados pelo Artigo
459 da Consolidação das Leis do Trabalho, inclusive àquelas que prejudicarem o
intervalo mínimo de onze horas entre duas jornadas de trabalho, sujeitando a empresa ao
pagamento de multa prevista no Artigo 4º da Lei 7.855/89, que é de 160,0000 UFIR’s
por empregado prejudicado, bem como, remunerar as horas suplementares, com os
respectivos adicionais.
2.30 DISPENSA DA EMISSÃO E ASSINATURA DO EMPREGADO NO
CARTÃO PONTO.

A empresa, possui um parecer do seu departamento jurídico sobre a dispensa da


emissão dos cartões pontos dos empregados, bem como, da assinatura dos mesmos,
conforme jurisprudência do TRT/SC/RO 240/98, e conforme esta jurisprudência, a
empresa, não fez a emissão dos cartões de ponto a partir da competência de maio/2004.

Diante do exposto, temos a comentar:

Será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual,


mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho,
devendo haver pré-assinalação do período de repouso (art. 74, § 2º da CLT).
Ademais, a assinatura do empregado é imprescindível para a confirmação da jornada
acordada entre as partes, bem como a eventual prestação de horas extras.
Em eventual reclamatória trabalhista, a única defesa consistente para o empregador na
alegação de prestação de horas extras, será a demonstração do controle de jornada
(eletrônico/magnético), devidamente assinado pelo empregado, onde conste a
verdadeira rotina laboral do mesmo.
A jurisprudência em foco, para o momento, constitui isolado posicionamento, e
direcionado para um caso específico.
Em conclusão conforme nosso entendimento, a empresa não poderá adotar o
procedimento da não assinatura do cartão ponto, pelo fato de existir uma jurisprudência,
considerando tais documentos sem a assinatura, não significa que a empresa pode adotar
tal prática sem que haja riscos futuros.

Infração:

- Aos artigos 57 a 74 da CLT – Duração do Trabalho, previsto pelo art. 75 da CLT.

Penalidade:

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 3.782,8472 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

3. ITENS RELATIVOS À FOLHA DE PAGAMENTO

3.1 Contribuição Sindical – Desconto Indevido

De 01.03.2019 a 28.06.2019, não poderia haver desconto, em folha, de contribuição


sindical do empregado, mesmo que autorizado por este.

Entretanto, a empresa descontou dos funcionários, a título de “contribuição sindical”, na


folha de pagamento de março/2019, tais verbas, no montante total de R$ ....

Observe-se que, por força da Medida Provisória 873/2019, cuja vigência encerrou-se em
28.06.2019, a contribuição dos empregados que autorizarem, prévia e expressamente, o
recolhimento da contribuição sindical será feita exclusivamente por meio de boleto
bancário ou equivalente eletrônico, que será encaminhado obrigatoriamente à
residência do empregado ou, na hipótese de impossibilidade de recebimento, à sede da
empresa.

Infração:

- Aos artigos 578 a 610 da CLT – Contribuição Sindical, previsto pelo art. 598 da
CLT.

Penalidade:

- Multa de 7,5657 UFIR’s a 7.565,6943 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

3.2 Contribuição Sindical “Mensalidade”

Além dos desconto da contribuição sindical anual, houve descontos, na folha, de


“mensalidades sindicais”, na folha de pagamento a partir de março/2019, cuja vedação
também ocorre, por força da Medida Provisória 873/2019, cuja vigência encerrou-se em
28.06.2019.

Infração:

- Aos artigos 578 a 610 da CLT – Contribuição Sindical, previsto pelo art. 598 da
CLT.

Penalidade:

- Multa de 7,5657 UFIR’s a 7.565,6943 UFIR’S, dobrada na reincidência, oposição


ou desacato.

3.3 Pensão calculada sobre os rendimentos líquidos

Conforme determinação judicial, a pensão alimentícia a ser descontada do funcionário


......................................., deverá ser calculada em percentual de 25% dos seus
vencimentos líquidos.

Porém, no mês de agosto/....., a parcela proveniente do abono de férias não foi inclusa
no cálculo para pagamento da pensão alimentícia.

Entendemos que, quando a pensão alimentícia for estabelecida em percentuais sobre os


rendimentos líquidos, integram a base de cálculo todos os vencimentos e descontos
decorrentes da remuneração dos serviços prestados pelo funcionário.

3.4 Cálculo da pensão fixada sobre rendimentos líquidos, quando os


rendimentos estejam sujeitos à retenção do IRRF

A pensão alimentícia a ser descontada do funcionário ................................., foi


determinada pela justiça no percentual de 25,00 % sobre o valor de seus vencimentos,
deduzidos os descontos obrigatórios por lei, porém a empresa vem calculando a
retenção do imposto de renda e o valor da pensão alimentícia de forma incorreta,
citamos o cálculo do mês de abril/.., a título de exemplo (valores em R$):

IRRF IRRF Diferença Pensão Pensão Diferença


(empresa) (correto) Alimentícia Alimentícia
(empresa) (correto)
61,75 59,87 1,88 510,22 522,75 12,52

Abaixo demonstramos as fórmulas para cálculo da pensão alimentícia fixada sobre os


rendimentos líquidos, quando da ocorrência de retenção do imposto de renda.

Legenda:

P Pensão alimentícia.
RB Rendimento bruto.
CP Contribuição previdenciária.
D Número de dependentes não beneficiários da pensão, multiplicado pelo
valor a deduzir por dependente conforme tabela do IR.
IR Alíquota de incidência do IRRF em que se enquadrar o rendimento bruto,
dividida por 100.
PD Parcela a deduzir do IRRF conforme tabela de incidência IRRF em que
se enquadrar o rendimento bruto.
OD Outros descontos decorrentes da Lei.
PP Percentual fixado para a pensão, dividido por 100.

Fórmula:

P = { RB - CP – OD - [ ( RB - CP - D - P ) x IR ] + PD } x PP

Com base no recibo de pagamento do mês de out./97, recalculamos o valor da pensão


alimentícia:

P = { 2.319,99– 138,08 – 31,06 [( 2.319,99 – 138,08– 360,00 – P ) x 0,15 ] +


135,00 } x 0,25
P = { 2.150,85 – [( 1.821,91 – P ) x 0,15 ] + 135,00 } x 0,25
P = { 2.150,85 – [ 273,28 – 0,15P ] + 135,00 } x 0,25
P = { 2.150,85 – 273,28 + 0,15P + 135,00 } x 0,25
P = { 2.012,57 + 0,15P } x 0,25
P = 503,14 + 0,0375P
P – 0,0375P = 503,14
0,9625P = 503,14
P = 503,14 : 0,9625
P = 522,75

Para certificar-se de que o valor da pensão alimentícia está correto, efetuamos os


seguintes cálculos:

Rendimento bruto 2.319,99


( - ) INSS 138,08
( - ) Dependentes ( 4 x 90,00 ) 360,00
( - ) Pensão alimentícia 522,75
Base de cálculo do IRRF 1.299,16
IRRF 15 % 59,87

3.5 Pensão Alimentícia

Verificamos algumas divergências no cálculo da pensão alimentícia e do imposto de


renda na fonte, descontados do funcionário ................................, conforme
demonstramos a seguir:

Fórmula utilizada:

P = { { RT – CP – [ ( A / 100 ) x ( RT – CP – ( D x PDD ) – P ) ] + PD } x ( PP
/ 100 ) }

Legenda

P Pensão alimentícia
RT Rendimentos tributáveis
CP Contribuição previdenciária
A Alíquota do imposto de renda que estaria sujeito os rendimentos antes
do cálculo da pensão alimentícia.
D Numero de dependentes, exceto os beneficiários da pensão
PDD Parcela a deduzir por dependente
PD Parcela a deduzir do imposto calculado, de acordo com a tabela
progressiva
PP Percentual da pensão alimentícia

Cálculo referente ao mês de jun/....:

P={{ RT – CP – [( A / 100 ) x ( RT – CP – ( D x PDD ) – P )] + PD } x ( PP /


100)}

P ={{ 2.100,00– 231,00 – [ ( 15,00 / 100 ) x ( 2.100,00 – 231,00 – ( 2 x 117,00 )


– P ) ] + 174,60 } x ( 20,00 / 100 ) }

P ={ { 1.869,00 – [ 0,15 x ( 2.100,00 – 231,00 – 234,00 – P ) ] + 174,60 } x 0,20


}

P = { { 1.869,00 – [ 0,15 x ( 1.635,00 – P ) ] + 174,60 } x 0,20 }

P= { { 1.869,00– [ 245,25 – 0,15P ] + 174,60 } x 0,20 }

P = { { 1.869,00 – 245,25 + 0,15P + 174,60 } x 0,20 }

P = { { 1.798,35 + 0,15P } x 0,20 }

P = { 359,67 + 0,03P }
P= 359,67 + 0,03P

P – 0,03P = 359,67

0,97P = 359,67

P = 359,67 / 0,97

P = 370,79

Calculando o IRRF

IRRF = { [ ( 2.100,00 – 231,00 – 234,00 - 370,79 ) x 0,15 ] – 174,60 } = 15,03

Tirando a prova:

Rendimentos 2.100,00
Contribuição previdenciária ( 231,00 )
IRRF ( 15,03 )
Base de cálculo pensão 1.853,97
Pensão alimentícia 20 % 370,79

Apurando as divergências

EVENTO EMPRESA R$ AUDITORIA R$

Pensão Alimentícia 300,00 370,79


Imposto de renda 54,74 15,03

Recomendamos que o departamento de pessoal observe o valor estipulado pela


determinação judicial para o pagamento de pensões alimentícias, conforme
demonstrativo acima.

Ressaltamos que as importâncias descontadas a menor do funcionário, para


pagamento da requerente da pensão judicial, poderão ser exigidas da
associação, pelo não cumprimento da determinação judicial.

3.6 Multas por atraso no Pagamento de Rescisões

A empresa vem pagando multas devido ao atraso na quitação das rescisões de alguns
funcionários, como abaixo citamos, a título de exemplo, no mês de julho de ......
(valores em R$):

............................................ 2.000,00
............................................ 1.500,00
............................................ 1.300,00
Total 4.800,00

O Setor de Pessoal nos informou que os funcionários pertenciam à regional de Porto


Alegre, sendo que o responsável demorou para enviar a documentação à matriz,
ocasionando atraso na confecção dos documentos necessários ao desligamento dos
funcionários.

Recomendamos agilizar o procedimento do envio da documentação à matriz, bem como


a confecção da documentação, objetivando evitar o pagamento da respectiva multa.

Infração.

- Atraso no pagamento de verbas rescisórias, conforme preceitua o Artigo 477 da


CLT, § 6º.

Penalidade.

- Multa de 160,0000 UFIR’s por empregado prejudicado, conforme o Artigo 477, § 8


º da CLT.

3.7 Equiparação Salarial

Em alguns casos há funcionárias exercendo a mesma função na empresa, no entanto


com salários diferentes, como demonstramos, a título de exemplo:

Nome do funcionário Função Data de Admissão Salário


R$
........................................ Auxiliar de Vendas 01/08/2018 1.700,00
........................................ Auxiliar de Vendas 14/08/2018 1.200,00

Alertamos que em uma reclamatória trabalhista o funcionário poderá vir a reivindicar a


equiparação salarial, alegando exercer a mesma função, porém com salário distinto, com
base no artigo 461 da CLT.

3.8 Equiparação Salarial

Em alguns casos há funcionárias exercendo a mesma função na empresa, no entanto


com salários diferentes, como demonstramos, a título de exemplo:

Nome do funcionário Função Data de Salário


Admissão R$
............................... Auxiliar Administrativo 01/03/18 1.450,00
............................... Auxiliar Administrativo 01/08/18 1.500,00
............................... Auxiliar contábil 03/08/16 1.900,00
............................... Auxiliar contábil 10/07/18 1.700,00

Alertamos que em uma reclamatória trabalhista o funcionário poderá vir a reivindicar a


equiparação salarial, alegando exercer a mesma função, porém com salário distinto, com
base no artigo 461 da CLT.

3.9 Equiparação Salarial

Em alguns casos há funcionárias exercendo a mesma função na empresa, no entanto


com salários diferentes, como demonstramos, a título de exemplo:
Nome do funcionário Função Data de Salário
Admissão R$
............................... Assistente administrativo 25/03/2018 1.500,00
............................... Assistente administrativo 22/08/2018 2.000,00

Alertamos que em uma reclamatória trabalhista o funcionário poderá vir a reivindicar a


equiparação salarial, alegando exercer a mesma função, porém com salário distinto, com
base no artigo 461 da CLT.

3.10 Reajuste salarial

Os funcionários que foram admitidos após 01/dez./.... (data-base do reajuste salarial)


receberam reajuste integral de 6%, os quais deveriam ter reajuste proporcional em
relação à sua data de admissão até a data-base da categoria (01/12/...). O responsável
pelo Setor de Pessoal nos informou que tal procedimento foi autorizado verbalmente
pela Diretoria da empresa.

Recomendamos que tais autorizações sejam feitas por escrito, para que fique
evidenciada a qualquer tempo a decisão.

3.11 Salário abaixo do estipulado em convenção coletiva

Constatamos que o salário do funcionário.............................. é inferior ao mínimo


estipulado pelo item 40 da Convenção Coletiva dos Auxiliares, período ....... a
............/........, cujo valor é de R$ 1.500,00.

Alertamos que o não cumprimento das determinações da Convenção Coletiva dos


Auxiliares expõe a entidade ao pagamento de multa equivalente a 5 % do salário do
auxiliar, por funcionário prejudicado.

Infração:

- Salário abaixo do estabelecido pela Convenção Coletiva de Trabalho, artigos 76 a


126 da CLT.

Penalidade.

- Multa de 37,8285 UFIR’s a 1.512,1389 UFIR’s, dobrada na reincidência, conforme


o Artigo 120, da CLT.

3.12 Adicional Insalubridade s/ horas extras pago a maior

Verificamos que a empresa vem pagando a maior o adicional de insalubridade sobre as


horas extras, conforme exemplificamos o cálculo do funcionário .................................,
no mês de novembro/...:

DESCRIÇÃO QDE QDE DE


HORAS HORAS
EXTRAS CONVERTIDAS
PARA HORAS
NORMAIS

Horas extras c/ adicional de 50 % 37,20 55,80

Horas extras c/ adicional de 80 % 11,27 20,28

Horas extras noturnas c/ adicional de 80 % 2,00 5,04

Horas extras c/ adicional de 100 % 20,08 40,16

Horas extras noturnas c/adicional 100% 2,00 5,60

TOTAL EM HORAS NORMAIS 126,88

VALOR DO ADICIONAL INSALUBRIDADE 0,1373


POR HORA NORMAL

ADICIONAL INSALUBRIDADE S/ HORAS AUDITORIA 17,42


EXTRAS

ADICIONAL INSALUBRIDADE S/ HORAS EMPRESA 32,46


EXTRAS

Recomendamos corrigir o sistema de folha de pagamento, objetivando evitar


pagamentos indevidos aos funcionários.

3.13 Descanso Semanal Remunerado sobre parcelas variáveis

A empresa não vem calculando o descanso semanal remunerado sobre os valores pagos
a título de adicional de insalubridade e periculosidade sobre as horas extras. Como
exemplo, os funcionários ............................ e ...............................

Salientamos que o Enunciado n.º 60 do Tribunal Superior do Trabalho, determina que o


valor do adicional, pago com habitualidade, integra o salário do funcionário para todos
os efeitos.

Recomendamos rever tais procedimentos, a fim de evitar possíveis implicações de


ordem trabalhista.

- Falta de pagamento dos salários

Penalidade.

- Multa de 160,0000 UFIR’s por empregado prejudicado, conforme o Artigo 4 o da Lei


7855/89.
3.14 Descanso Semanal Remunerado sobre adicional noturno

A empresa não vem calculando o Descanso Semanal Remunerado sobre o adicional


noturno.

De acordo com as Leis nº 605/49, 7.415/85 e Enunciado de Súmula nº 27, do Tribunal


Superior do Trabalho, a remuneração do descanso semanal será equivalente a um dia de
serviço, computados os adicionais e as variáveis, como abaixo demonstramos, a título
de exemplo:

DSR SOBRE: FÓRMULA PARA CÁLCULO

Horas extraordinárias, [(valor das horas extraordinárias/número de dias


prêmios de produção, úteis do mês) x número de domingos e feriados do
remuneração de dias mês ]
parados, plantões e reserva

Comissões [(valor das comissões/número de dias úteis do


mês) x número de domingos e feriados do mês]
Adicional noturno, [(valor do adicional/número de dias úteis do mês)
periculosidade e x número de Domingos e feriados do mês]
insalubridade

Recomendamos efetuar uma revisão no sistema de cálculo da folha de pagamento,


visando atender à legislação vigente, evitando onerar ambas as partes, bem como
implicações de ordem trabalhista.

3.15 Descanso Semanal Remunerado (DSR) sobre comissões

Não vem sendo pago o DSR sobre as comissões pagas aos motoristas, como
demonstramos abaixo, o cálculo o do funcionário ...................................., relativo ao
mês de ................./........:

Base de cálculo R$ Cálculo empresa Cálculo correto Diferença R$


R$ R$
1.100,00 - 230,00 230,00

De acordo com as Leis nº 605/49, 7.415/85 e Enunciado de Súmula nº 27e 60, do


Tribunal Superior do Trabalho, a remuneração do descanso semanal será equivalente a
um dia de serviço, computados os adicionais e as variáveis, como abaixo
demonstramos, a título de exemplo:

DSR SOBRE: FÓRMULA PARA CÁLCULO

Horas extraordinárias, [( valor das horas extraordinárias/número de dias


prêmios de produção, úteis do mês) x número de domingos e feriados do
remuneração de dias mês ]
parados, plantões e reserva

Comissões [(valor das comissões/número de dias úteis do


mês) x número de Domingos e feriados do mês]
Adicional noturno, [(valor do adicional/número de dias úteis do mês)
periculosidade e x número de Domingos e feriados do mês]
insalubridade

Recomendamos efetuar uma revisão no sistema de cálculo da folha de pagamento,


visando atender à legislação vigente, evitando onerar ambas as partes, bem como
implicações de ordem trabalhista.

3.16 Descanso semanal remunerado

No mês de agosto/..., a empresa calculou a menor o Descanso Semanal Remunerado


pago sobre as comissões, na Regional de Vendas de São Paulo , como abaixo
demonstramos, no mês de agosto de ....:

Funcionário Valor das Cálculo Cálculo Diferença


comissões empresa R$ correto R$ R$
R$
................................ 1.072,06 147,80 158,82 11,02
................................ 2.200,16 299,80 325,95 26,15

De acordo com as Leis nº. 605/49, 7.415/85 e Enunciado de Súmula nº 27, do Tribunal
Superior do Trabalho, a remuneração do descanso semanal será equivalente a um dia de
serviço, computados os adicionais e as variáveis, como abaixo demonstramos, a título
de exemplo:

DSR SOBRE: FÓRMULA PARA CÁLCULO

Horas extraordinárias, [( valor das horas extraordinárias/número de dias


prêmios de produção, úteis do mês) x número de Domingos e feriados
remuneração de dias do mês ]
parados, plantões e reserva

Comissões [(valor das comissões/número de dias úteis do


mês) x número de domingos e feriados do mês]

Adicional noturno, [(valor do adicional/número de dias úteis do mês)


periculosidade e x número de Domingos e feriados do mês]
insalubridade

Recomendamos efetuar uma revisão no sistema de cálculo da folha de


pagamento, visando atender à legislação vigente, evitando onerar ambas as
partes, bem como implicações de ordem trabalhista.

3.17 Horas extras pagas com adicional a maior


A empresa vem remunerando as horas extraordinárias trabalhadas no sábado ao
percentual de 100%. A título de exemplo citamos as funcionárias ............................... e
................................., ambas no mês de agosto/.....

Salientamos que as horas extraordinárias trabalhadas aos sábados poderão ser pagas
com o adicional de 50%, conforme artigo 7º, inciso XVI, da Constituição Federal.
Como na Convenção Coletiva de trabalho da classe não estabelece nada em contrário,
somente a hora trabalhada aos domingos e feriados deve ser remunerada em dobro.

3.18 Retenção do Imposto de Renda

O sistema da folha de pagamento vem retendo o IRRF dos funcionários, cuja retenção é
inferior a R$ 10,00. A título de exemplo citamos as funcionárias ..................................
e .................................., que no mês de agosto/.... foi retido R$ 2,51, de cada
funcionária.

Salientamos que, nesses casos, a retenção mínima do imposto de renda é de R$ 10,00,


conforme Regulamento do Imposto de Renda.

3.19 Horas extraordinárias – periculosidade

Não vem sendo considerado no cálculo das horas extraordinárias, o valor referente ao
adicional de periculosidade. Como exemplo, o funcionário Felipe de Mello que percebe
o adicional de periculosidade.

Conforme preconiza o Enunciado 264 do Tribunal Superior do Trabalho, a base de


cálculo da remuneração da hora suplementar é composta do valor da hora normal,
integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido dos adicionais previsto em
lei, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.

Infração.

- Falta de pagamento dos salários, e não cumprimento da convenção coletiva.

Penalidade.

- Multa de 160,0000 UFIR’s por empregado prejudicado

3.20 Adicional noturno - pagamento indevido

Observamos que a entidade vem remunerando o adicional noturno com base no total da
carga horária mensal, e não com base nas horas trabalhadas no período noturno.

Conforme determina o Artigo 73 da Consolidação das Leis do Trabalho, as horas


trabalhadas no período noturno terão remuneração superior às horas trabalhadas no
período diurno. Considera-se trabalho noturno a jornada laborada entre 22:00 horas de
um dia e 05:00 horas do dia seguinte, a qual deverá ser paga com acréscimo de
adicional noturno.
3.21 Segregação das horas extras noturnas e respectivo adicional noturno

A empresa não vem demonstrando em separado no recibo de pagamento, o valor das


horas extras noturnas e respectivo adicional noturno.

Em analise ao Artigo 73 da Consolidação das Leis do Trabalho, e ao Enunciado n.º 60


do Tribunal Superior do Trabalho, citado no item 3.1 acima, concluímos que tais
valores devem ser demonstrados em separado, pois a hora extra trabalhada no período
compreendido entre as 22:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte, deverá ser
computada com tempo reduzido p/ 52 minutos e 30 segundos, bem como o adicional
noturno sobre horas extras, deverá ser calculado com base na remuneração daquelas
horas.

Infração.

- Falta de pagamento dos salários, conforme preceitua o Artigo 459 da CLT

Penalidade.

- Multa de 160,0000 UFIR’s por empregado prejudicado, conforme o Artigo 4 o da Lei


7855/89.

3.22 Hora noturna – redução

Constatamos que não foi paga a redução da hora noturna ao funcionário


............................., no mês de fevereiro de .....

De acordo com o Artigo 73 a hora noturna terá remuneração superior ao da hora diurna,
bem como será computada com 52 minutos e 30 segundos.

Reiteramos a jurisprudência contida no Enunciado de Súmula 264 do Tribunal Superior


do Trabalho no tocante à composição do valor da hora extraordinária.

3.23 Quinquênio - base de cálculo

Observamos que algumas verbas remuneratórias não integram a base de cálculo do


quinquênio, como exemplos: hora extra, adicional s/ hora extra, adicional noturno, etc.

Salientamos que a referida gratificação tem natureza de remuneração adicional, e vem


sendo calculada com base na remuneração principal, portanto, entendemos que também
deverá ser calculada sobre os valores das demais remunerações.

Visando evitar futuros questionamentos recomenda-se que sejam determinadas as regras


de pagamento do quinquênio, registrando-as em documento específico.

3.24 Salário Família pago indevidamente

O sistema não considera os valores pagos referente ao período do gozo de férias, para
fins do limite da remuneração no cálculo do salário família. Dessa forma, o funcionário
com remuneração superior a R$ .... recebe quotas do salário família, o que não está
previsto em lei.

A título de exemplo, citamos o funcionário Gil Lima, que no mês de junho/...., o salário
básico, prêmio assiduidade, adicional de periculosidade e descanso semanal remunerado
totalizaram a remuneração de R$ .....

O artigo 81, do Decreto 3.048/1999, determina que funcionários com salário de


contribuição superior a R$ ..... não têm direito ao recebimento do salário família.

Entende-se por salário-de-contribuição todas as verbas pagas que incidam o INSS, e não
tão somente o salário básico pago ao funcionário.

Recomendamos adequar o sistema de folha de pagamento em conformidade com a


legislação vigente.

3.25 INSS/IRRF/FGTS s/ Bolsa Estudo

A empresa paga, habitualmente, bolsa de estudo para diversos funcionários. Porém,


destacamos que tais pagamentos são considerados salários, devendo ocorrer as
incidências tributárias especificadas.

3.26Descontos Salariais – Convênios

Alerte-se que o funcionário ........... teve desconto de R$ 1.000,00 em seu salário, no mês
de novembro/....., a título de “Convênio de Farmácia”.

Porém, verificando na pasta individual do mesmo, constatamos a inexistência de


autorização assinada pelo mesmo, neste sentido.

Recomendamos obter do mesmo, caso hajam futuros descontos a título de Convênios,


que se obtenha sua assinatura autorizando o desconto, sob pena de numa futura
reclamatória trabalhista a empresa ter que ressarcir os valores conveniados cuja
autorização inexista.

3.27 Enfermeiras com carga horária de 220 horas mensais

Algumas enfermeiras têm carga horária de 220 horas mensais, no entanto, conforme
convenção coletiva de trabalho, cláusula 37ª, essas funcionárias devem ter jornada de
trabalho de 180 horas. A título de exemplo citamos:

....................., .............................., .............................. e ..................................

Alertamos que em uma reclamatória trabalhista, essas funcionárias poderão reivindicar


como horas extras, as excedentes a 180ª hora.

3.28 Comprovante do desconto


O funcionário autoriza o desconto em folha de pagamento dos medicamentos adquiridos
em farmácias conveniadas, no entanto, a empresa não arquiva a via da nota fiscal com a
sua assinatura, comprovando que foi ele quem adquiriu as mercadorias.

Recomendamos que a empresa mantenha em seus arquivos cópia da nota fiscal da


farmácia, descontada em folha de pagamento, para comprovar a qualquer tempo que foi
o funcionário o adquirente dos medicamentos.

3.29 Resumo da Folha de Pagamento

O sistema de folha de pagamento emite, em separado, os resumos dos salários, férias e


rescisões.

Recomendamos a emissão de um relatório de folha de pagamento, com resumo


consolidado de todas as verbas trabalhistas pagas ao funcionário no mês,
compreendendo salários, férias e verbas da rescisão de contrato.

3.30 Horas extraordinárias sobre adicional de insalubridade e adicional por


tempo de serviço.

Não vem sendo considerado no cálculo das horas extraordinárias, o valor referente aos
adicionais de insalubridade e por tempo de serviço. Como exemplo mencionamos, a
empregada .............................. que percebe os referidos adicionais.

Conforme preconiza o Enunciado 264 do Tribunal Superior do Trabalho, a base de


cálculo da remuneração da hora suplementar é composta do valor da hora normal,
integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido dos adicionais previsto em
lei, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.

Recomendamos efetuar uma revisão no sistema de cálculo da folha de pagamento,


visando atender à legislação vigente, evitando onerar ambas as partes, bem como
implicações de ordem trabalhista.

Infração.

Falta de pagamento dos salários, conforme preceitua o Artigo 459 da CLT

Penalidade.

- Multa de 160,0000 UFIR’s por empregado prejudicado, conforme o Artigo 4 o da Lei


7855/89.

3.31 Pagamentos extra folha de salários

Através dos controles da empresa, evidenciamos que vem sendo realizados pagamentos
extra-folha de salários, conforme exemplo mencionamos a seguir:

1- empregada ................ assinou um recibo no valor de R$ 220,50 em


____/___/___, o qual refere-se ao pagamento de horas extras realizadas pela
empregada, remuneradas extra-folha de salários.
A partir do mencionado, o responsável pelo Departamento de Pessoal do Escritório de
Contabilidade nos informou que é prática da empresa a remuneração, em alguns casos,
de parte das horas extras dos empregados através de pagamentos extra folha.

2- O empregado ................., vem recebendo mensalmente extra folha o valor de R$


800,00 por Serviços Técnicos realizados além do qual o mesmo foi contratado.

Muito embora estes fatos sejam do conhecimento da diretoria, salientamos que a prática
de manter empregados sem registro, ou a realização de pagamentos extra folha, pode
acarretar os seguintes problemas:

- Lesa o Sistema Previdenciário - INSS, pelo não recolhimento de contribuições


devidas, no caso da falta de recolhimento do INSS, além de promover recolhimentos
complementares, acrescidos de juros e multa, a empresa estaria sujeita à multa
administrativa variável, conforme preceitua o Artigo 283, aplicando-se o disposto
nos Artigos 290 a 292 do Decreto 3.048/99.

a) Frauda o Sistema de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, sujeitando a


empresa, em eventual fiscalização, a multa no valor de 10 a 100 UFIR, por
trabalhador prejudicado, de acordo com o parágrafo 2º do art. 23 da Lei nº 8.036/90.
b) Sérios transtornos poderão ser causados, em caso de um acidente de trabalho.

Face ao exposto, recomendamos elidir tal prática, evitando que em eventual


reclamatória trabalhista ou diligência fiscal, venham a ser exigidos os respectivos
encargos, além dos reflexos em todas as verbas trabalhistas, sobre os valores pagos.

3.32 Lançamentos das férias em Folha de Pagamento

Não vêm sendo efetuado de maneira discriminada os lançamentos das férias nos
relatórios das folhas de pagamento conforme os fatos geradores ocorridos.

Como exemplo, mencionamos:


PERÍODO DO
NOME DO EMPREGADO PERÍODO DE GOZO ABONO
PECUNIÁRIO
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Sandro Afonso 25/fev./xx a 15/mar/xx 16/mar./xx a
25/mar./xx

Ressaltamos que conforme o exemplo acima, o lançamento do período do abono


pecuniário deveria ser lançado no mês de março, contudo os lançamentos ocorreram no
mês de fevereiro.

O procedimento está em desacordo com o Artigo 225, I e seu parágrafo 9 o, do


Regulamento da Previdência Social RPS – Decreto 3.048/99, com redação dada pelo
Decreto 3.265/99, a empresa é obrigada a preparar a folha de pagamento da
remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, ou seja,
lançar discriminadamente, as importâncias relativas a cada mês na folha de pagamento
do mês correspondente (saldo de salário + férias+ adicional 1/3).
Alertamos ainda que, em uma eventual fiscalização do Ministério do Trabalho, da
maneira que a empresa vem fazendo os lançamentos na folha de pagamento, poderá ser
considerado o período do início do abono pecuniário nos 10 (dez) dias que antecede ao
gozo das férias, caracterizando desta forma pagamento de férias intempestivas, pois o
artigo 145 da CLT dispõe:

Os pagamentos das férias e do abono pecuniário serão efetuados até 2 (dois) dias antes
do seu início, mesmo que o período de abono pecuniário ocorra primeiro.

Destacamos ainda que, inexiste na legislação a obrigatoriedade da emissão do Recibo


do Abono Pecuniário em separado do recibo de férias, contudo seria de bom alvitre a
empresa discriminar nos recibos de férias o período de gozo e o de pecúnia, evitando
assim interpretações alusivas por parte da fiscalização conforme já mencionamos acima.

INFRAÇÃO:

- Não observar os fatos geradores ocorridos em cada competência;


- Pagamento em atraso das férias.

PENALIDADES:

- Multa administrativa variável, conforme preceitua o Artigo 283, aplicando-se o


disposto nos Artigos 290 a 292 do Decreto 3.048/99.

- Multa de 160 UFIR, por empregado em situação irregular, de acordo com o disposto no
artigo 153 da CLT, no caso de eventual fiscalização.

3.33 Desconto Refeição – Superior ao Permitido

O desconto atualmente efetuado do empregado é de R$ 5,00 por refeição, sendo que o


custo de cada refeição é de R$ 20,00 sendo que o valor correto que a empresa deveria
descontar do empregado seria de R$ 4,00 por refeição.

Nos termos do art. 1º, § 1º do Decreto 05/1991, a participação do trabalhador no PAT é


limitada a 20% (vinte por cento) do custo direto da refeição., a participação financeira
do trabalhador fica limitada a 20% (vinte por cento) do custo direto da refeição,
contatando-se desta forma que o desconto atualmente efetuado é feito superior ao
permitido.

3.34 Preparação, elaboração e pagamento da folha de salários

Os controles e procedimentos internos relativamente a reajustes de salário por promoção


e legal, elaboração e pagamento da folha de pagamento, elaboração de horas extras,
apresentam pontos falhos a saber:
- Os processos de reajustes salariais espontâneos e os decorrentes do dissídio não
apresentam visto de aprovação da administração;
- Os cartões de ponto ou quaisquer outros registros bases para elaboração das
folhas de pagamento, vêm sendo conferidos e aprovados pela mesma pessoa
encarregada da preparação da folha de pagamento;
- As horas extras não evidenciam em sua totalidade autorizações prévias do
encarregado responsável antes de sua execução;
- Inexiste uma planilha prévia e autorizativa para elaboração da folha de
pagamento, a qual deverá conter todas as informações que deverão ser lançadas
via sistema de folha de pagamento, e encaminhada à diretoria para a sua
apreciação, retornando para o setor com o visto da diretoria;
- Os valores inerentes ao desconto do vale transporte e vale refeição, vem sendo
calculados manualmente e posteriormente digitados, os quais poderão ser
processados diretamente pelo sistema da folha de pagamento.

Um sistema de autorizações e a observação de práticas salutares na entrada de dados e


na execução dos procedimentos do Departamento de Pessoal, que possibilitem razoável
controle sobre os registros das operações executadas pela empresa, dará maior
segurança e confiabilidade aos cálculos, bem como firmar responsabilidades, e
recomendamos que, todos os procedimentos sejam apresentados para visto da diretoria
ou gerência superior.

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