Fundamentos Dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
Fundamentos Dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
Fundamentos Dos Sistemas Eletrônicos Automotivos
Fundamentos
dos Sistemas
Eletrônicos
Automotivos
Série automotiva
Fundamentos
dos Sistemas
Eletrônicos
Automotivos
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
Fundamentos
dos Sistemas
ELETRônicos
Automotivos
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
_________________________________________________________________________
S491f
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Fundamentos dos sistemas eletrônicos automotivos / Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de
Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2012.
67 p. il. (Série Automotiva).
ISBN 978-85-7519-506-2
CDU: 629.3.064.5
_____________________________________________________________________________
SENAI Sede
2 Componentes Eletrônicos...........................................................................................................................................13
2.1 Materiais semicondutores.........................................................................................................................14
2.2 Princípios de funcionamento de sensores e atuadores.................................................................20
3 Circuitos Eletrônicos......................................................................................................................................................23
3.1 Simbologia......................................................................................................................................................24
3.2 Diagramas eletrônicos................................................................................................................................24
3.3 Diodos .............................................................................................................................................................25
3.3.1 Diodo semicondutor.................................................................................................................26
3.3.2 Formação do diodo...................................................................................................................27
3.3.3 Comportamento dos cristais após a junção.....................................................................28
3.3.4 Aplicação de tensão sobre o diodo.....................................................................................29
3.4 Diodo emissor de luz (LED).......................................................................................................................30
3.4.1 Funcionamento do LED...........................................................................................................32
3.4.2 Diodo zener..................................................................................................................................34
3.5 Transistores ....................................................................................................................................................36
3.5.1 Transistor bipolar.......................................................................................................................36
3.5.2 Estrutura básica..........................................................................................................................36
3.5.3 Tipos de transistores.................................................................................................................37
3.5.4 Terminais dos transistores.......................................................................................................37
3.5.5 Simbologia...................................................................................................................................38
3.5.6 Aspecto real dos transistores.................................................................................................39
3.5.7 Funcionamento do transistor bipolar.................................................................................39
3.6 Pontes retificadoras.....................................................................................................................................40
3.6.1 Retificação de meia onda........................................................................................................40
3.6.2 Circuito retificador de onda completa com diodos.......................................................42
3.6.3 Retificação de onda completa com derivação central.................................................42
3.6.4 Retificação de onda completa em ponte..........................................................................43
Índice......................................................................................................................................................................................67
Introdução
Você está iniciando o estudo de Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos, em que
terá um apanhado de diferentes áreas do conhecimento: componentes eletrônicos, princípios de
funcionamento de sensores e atuadores, soldagem de componentes, dentre outras subáreas. Ao
estudar este conteúdo, você conhecerá conceitos e aplicações importantes para cada tema.
Com todos os conceitos e conhecimentos aqui apresentados você obterá fundamentos teóricos e terá
competência para desempenhar tarefas técnicas ligadas a este vasto universo no seu dia a dia de trabalho.
A nossa expectativa é que o material seja o propulsor de novos conhecimentos!
A Unidade Curricular Fundamentos dos Sistemas Eletrônicos Automotivos módulo básico e mó-
dulo introdutório comum a três cursos de qualificação da área Automotiva oferecidos pelo SENAI.
São eles: Eletricista de automóveis; Instalador de acessórios automotivos e Mecânico de manuten-
ção em transmissão automática.
O quadro a seguir apresenta o módulo básico e módulo introdutório dos cursos relacionados
acima e a distribuição de sua carga horária:
Fonte: SENAI DN
Bons estudos!
Componentes Eletrônicos
2 Automação
Automação é a aplicação de
técnicas computadorizadas
ou mecânicas para diminuir
o uso de mão de obra
em qualquer processo,
Dreamstime (2012)
especialmente o uso
de robôs nas linhas de
produção. A automação
diminui os custos e
aumenta a velocidade da
produção. Figura 1 - Semicondutor
Dreamstime (2012)
Mas até agora não ficou claro aonde queremos chegar, certo? Bem, a questão
é a seguinte: estruturas cristalinas puras são elementos eletricamente isolantes.
O silício e o germânio puros, por exemplo, são materiais semicondutores com
características isolantes quando agrupados em forma de cristal.
Tudo o que vimos até o momento não faz sentido se o material não passar por
um processo chamado de dopagem.
A dopagem é um processo químico que tem por finalidade introduzir átomos
estranhos a uma substância na sua estrutura cristalina. Nos cristais semicondu-
tores (silício e germânio), a dopagem é realizada por atribuir ao material certa
condutividade elétrica.
Agora, provavelmente, as coisas começam a fazer sentido para nosso estu-
do sobre semicondutores, não é? Observe as figuras a seguir, que servem como
exemplo do processo de dopagem em materiais semicondutores.
Usaremos o silício como exemplo:
Si Si Si
Si Si Si
Denis Pacher (2012)
Si Si Si
Figura 4 - Cristal do silício em sua forma natural
fundamentos dos sistemas eletrônicos automotivos
16
4 Material condutor A figura abaixo mostra o cristal de silício em sua forma natural, ou seja, o ele-
mento desta figura não passou por nenhum processo de dopagem.
Material que permite
facilmente a passagem de
cargas elétricas.
Si Si Si
Si P Si
Si Si Si Si
Elétron
livre
Boro Lacuna
B Si P Si
Fósforo
Si Si Si Si
Denis Pacher (2012)
Elétrons
compartilhados
Si Si Si Si
Si Si P Si
Si Si Si Si
Denis Pacher (2012)
5 Tensão Elétrica
Si P Si Si
É a força que impulsiona os
elétrons por um condutor. _
_
Si Si Si P
b) Cristal P:
Quando o processo de dopagem introduz na estrutura cristalina uma quanti-
dade de átomos com menos de quatro elétrons na última camada, forma-se uma
nova estrutura, denominada de Cristal P.
Vamos tomar como exemplo a introdução de átomos de boro (B), que pos-
suem três elétrons na última camada:
Si Si Si Si
B Si Si Si
Si Si Si Si
Denis Pacher (2012)
Si B Si Si
+
+
Si Si Si B
+ -
CASOS E RELATOS
Componentes Eletrônicos
Ao abrir pela primeira vez o módulo amplificador de som do seu carro, Mar-
celo encontrou componentes eletrônicos já familiares, como resistores, ca-
pacitores e indutores.
Porém, como seu módulo estava apresentando um defeito na saída, e ele já
tinha um pequeno conhecimento de eletrônica, tentou testar um compo-
nente desconhecido da mesma forma que antes testava um resistor.
Ao aplicar a mesma técnica, Marcelo logo percebeu que o resultado não
estava coerente com o esperado.
Após aprofundar seus estudos de sistemas eletrônicos automotivos, ele
mata a charada: o componente é feito de um material semicondutor, e
fundamentos dos sistemas eletrônicos automotivos
20
Você já deve ter se deparado com um sensor em algum momento de sua vida.
Vamos pensar em sensores automotivos, mais especificamente os sensores do
alarme de um automóvel. Sabemos que ao acionar o alarme, o sensor fará com
que um alerta sonoro seja disparado ao captar movimento. Mas como isso fun-
ciona?
Ao pressionar o botão que aciona o alarme, o motorista envia um sinal para
uma central eletrônica, que irá gerenciar o funcionamento do sistema. Nesse mo-
mento, a central irá acionar os sensores, que iniciarão um trabalho de emissão de
sinais em ultrassom (frequência acima de 20 Khz).
Quando o sinal ultrassônico “toca” em algum material, ele retorna ao sensor,
provocando uma alteração na sua leitura habitual. Assim que o sensor apresenta
essa anomalia, a central eletrônica está preparada para dar o comando para que
o atuador, no caso a sirene, dispare.
Como consideramos no exemplo do alarme automotivo, os sensores não tra-
balham sozinhos, sempre estão ligados a uma central que está ligada aos atuado-
res. Então vamos separar as coisas para facilitar a compreensão.
Podemos comparar um sensor ao olho humano: este serve para captar as ima-
gens, mas quem as processa para que possamos compreendê-las é o cérebro.
Quando estamos andando na rua, ao vermos um veículo se aproximando, o cé-
rebro interpreta a cena e dá uma ordem para que as pernas guiem todo o corpo
para fora da área de perigo. Assim podemos estabelecer uma comparação entre
o funcionamento do corpo humano e o funcionamento das centrais eletrônicas.
Todo sensor tem a tarefa de perceber as coisas, seja por um movimento, um
toque, uma alteração de tensão elétrica etc. Ao detectar algum acontecimento, o
sensor transmite as informações a uma central eletrônica, comparada com nosso
cérebro, responsável por interpretar as leituras do sensor e disparar ordens para
que os atuadores entrem em ação.
A central é mapeada, ou seja, programada para disparar ordens diferentes de
acordo com as informações que são captadas pelos sensores. Os atuadores podem
ser comparados aos nossos braços e pernas, pois sua função principal não é enviar
informações para a central e sim executar as ordens que são enviadas pela central.
De acordo com o comando que um atuador recebe, ele irá tomar uma ação.
2 COMPONENTES ELETRÔNICOS
21
RECAPITULANDO
Até aqui você aprendeu que os semicondutores são materiais que podem
apresentar características de isolantes ou de condutores. Além disso, vimos
também os princípios de funcionamento de sensores e atuadores. Agora
você já sabe que os sensores não agem sozinhos, mas dependem de uma
central e de atuadores. Está pronto para seguir em frente? Então vamos lá!
Circuitos Eletrônicos
Vamos estudar um pouco sobre circuitos eletrônicos. A partir de agora, você compreenderá
que enquanto os circuitos elétricos têm somente conexões entre componentes elétricos, os
circuitos eletrônicos possuem interligações entre diversos componentes eletrônicos.
Neste capítulo, você irá:
a) conhecer as simbologias que identificam os componentes eletrônicos disponíveis nos cir-
cuitos eletrônicos;
b) conhecer o que são os diagramas eletrônicos, os diodos e os transistores.
Você já percebeu que temos muito a aprender, não é? Então vamos em frente!
fundamentos dos sistemas eletrônicos automotivos
24
3.1 SIMBOLOGIA
Zener
12V WHV01
H-DY
RH25 TH01
47 H-LIN
1/2W 1250T/22T
6 1 SW
SWH01
H-CENT
CH25 CH25 RH27
RH25
+
RH36
1.5M 24V RH39 RH40
3.3 DIODOS
Dreamstime (2012)
Dreamstime (2012)
2 Corrente alternada
Figura 14 - Diodo semicondutor
Corrente elétrica cujo
sentido varia no tempo.
O diodo semicondutor é um componente eletrônico que apresenta a carac-
terística de se comportar como condutor ou isolante elétrico1, dependendo da
forma como a tensão é aplicada aos seus terminais.
3 Corrente contínua
Uma das aplicações do diodo é na transformação de corrente alternada2 em
Corrente elétrica cujo corrente contínua3.
sentido permanece
constante ao longo do
Ventilador
tempo. Anel
Coletor
Diodo
Carcaça
A K
Anodo Catodo
Figura 16 - Símbolo do diodo semicondutor nos esquemas eletrônicos
Fonte: Adaptado de Electrónica (2012).
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
27
Dreamstime (2012)
Figura 17 - Identificação de terminais (anodo)
4 Diferença de
potencial
Após a junção das pastilhas que formam o diodo, ocorre um processo de “as-
sentamento” químico entre os cristais.
Na região da junção, alguns elétrons livres saem do material N e passam para
o material P, recombinando-se com as lacunas das proximidades.
O mesmo ocorre com algumas lacunas que passam do material P para o mate-
rial N e se recombinam com os elétrons livres.
Esta região é denominada de camada de depleção. Denis Pacher (2012)
I
Denis Pacher (2012)
5 Chanfro
Dreamstime (2012)
Alguns diodos são feitos com materiais que emitem luz quando há passagem
de corrente elétrica por eles. Essa luz é produzida na junção do diodo.
O diodo emissor de luz pode ser chamado por sua sigla, LED, que signifi-
ca Light Emitting Diode. Alguns LEDs emitem luz laranja, outros vermelha, verde,
amarela, azul e branca. A cor da luz é uma característica do LED e depende do
material de que o diodo é feito.
Num LED vermelho, por exemplo, a barreira de potencial é de 1,8 V, o que sig-
nifica que a tensão deve ser no mínimo igual para que o LED acenda. No entanto,
a tensão máxima que um diodo desse tipo suporta é de 5 V.
O diodo LED é utilizado principalmente em substituição às lâmpadas incandes-
centes de sinalização, devido a uma série de vantagens que apresenta, tais como:
a) baixo consumo;
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
31
anodo catodo
Denis Pacher (2012)
6 Invólucro Dentro
do diodo
Algo que serve para emissor Feixes de luz
envolver. de luz emitidos
Diodo
Estojo de plástico
transparente
Para o correto funcionamento do LED, ele deve ser polarizado sempre na for-
ma direta.
a) LED bicolor
O LED bicolor consiste, na verdade, de dois LEDs colocados dentro de uma
mesma cápsula.
As figuras seguintes representam o eletrônico do LED bicolor em funcionamento.
Denis Pacher (2012)
Verde Vermelho
Verde Vermelho
Denis Pacher (2012)
Dreamstime (2012)
Figura 31 - Diodo Zener
Seu aspecto real está ilustrado na figura seguinte, comparado com sua simbo-
logia técnica:
Anodo Catodo
Denis Pacher (2012)
Anodo Catodo
Polarização direta
Polarização inversa
UIN UOUT
Denis Pacher (2012)
3.5 TRANSISTORES
Morimoto (2007)
N
P N
P
P N
N
P
N P
Dreamstime (2012)
C
B
E
Figura 37 - Disposição dos terminais no componente
3.5.5 Simbologia
UCB IC
IB
UCE
Denis Pacher (2012)
UBE
IE
Figura 38 - Símbolo do transistor NPN
UCB IC
IB
UCE
Denis Pacher (2012)
UBE
IE
Figura 39 - Símbolo do transistor PNP
Como você pode perceber, a diferença entre os símbolos dos dois transistores
é apenas o sentido da seta no terminal do emissor.
3 CIRCUITOS ELETRÔNICOS
39
Dreamstime (2012)
Coletor Coletor
R R
+ +
N
P
P
Base
Base
N
Ic
N
- Ib
-
Emissor Emissor
B A
1kHz
b
12
8
4
0
-4
-8
1kHz
b
600M
400M
200M
200M
400M
Denis Pacher (2012)
600M
0 833u
A retificação em ponte, com quatro diodos, entrega à carga uma onda, sem
que seja necessário utilizar um transformador com derivação central.
fundamentos dos sistemas eletrônicos automotivos
44
B
anodo
60Hz (-) A
catodo
(+)
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Você sabia que os componentes dos circuitos eletrônicos são fixados por meio de solda na
placa eletrônica? Vamos ver como funciona esse processo e estudar algumas técnicas para a
soldagem dos componentes?
O sucesso da montagem da parte eletrônica de um projeto não depende apenas de empre-
gar os componentes corretos, mas também de fazer uma placa de circuito impresso1 sem de-
feitos e obedecer a todas as recomendações de ajustes e procedimentos dados pelo projetista.
Tão importante quanto tudo o que foi dito é uma soldagem bem-feita. Vários projetos são
comprometidos por causa de uma soldagem malfeita ou indevida. Se o técnico ainda não faz
uma boa soldagem, ou está pretendendo começar agora a fazer suas montagens, as orienta-
ções que vamos dar são de importância vital.
Veja agora os objetivos de aprendizagem deste capítulo:
a) conhecer os tipos de soldagem existentes;
b) entender a finalidade da solda.
Vamos começar conhecendo os tipos de soldagem. Pronto para prosseguir?
fundamentos dos sistemas eletrônicos automotivos
48
3 chumbo
Solda espalhada
Metal tóxico e mau Devido ao excesso de estanho2, esta solda pode provocar uma resistência
condutor de eletricidade
– elemento químico de elétrica no contato entre o terminal do componente e a placa.
símbolo Pb.
Solda em excesso
Esta solda, além de causar um aumento de resistência elétrica entre o com-
ponente e a placa, pode provocar curto-circuito entre as trilhas da placa.
Solda fria
Na solda fria não há contato elétrico entre o componente e a placa. O con-
tato é somente mecânico.
Solda boa
Para uma solda ser considerada boa, é preciso derreter apenas a quanti-
dade necessária de solda para envolver o material, e a solda deve ficar lisa,
brilhante e sem excessos.
Para derreter a solda no local em que deverá ser feita a junção do terminal de
um componente com outro ou com uma placa de circuito impresso, é preciso
aplicar calor. Isso é conseguido por meio de uma ferramenta elétrica chamada
“ferro de solda” ou “soldador”.
A figura mostra um típico exemplo de um ferro de solda para componentes
eletrônicos:
Dreamstime (2012)
Figura 46 - Ferro de solda para componentes eletrônicos
a sujeira deixando aparecer o metal brilhante no local em que deve ser feita
a soldagem.
b) Aqueça o local em que deve ser feita a soldagem, encostando ali a ponta
do soldador e imediatamente encoste a solda nos terminais ou nos locais
de solda (não encoste a ponta do ferro). Se o local estiver aquecido, a solda
derreterá e envolverá os componentes que devem ser soldados.
c) Derreta quantidade suficiente de solda para envolver os elementos que
devem ser soldados, afaste o soldador mantendo as peças firmes em sua
posição até que a solda esfrie. Para endurecer completamente, o tempo ne-
cessário deverá ser da ordem de 5 a 10 segundos, dependendo do tamanho
da junção. A junção perfeita (solda boa) deve ficar lisa, brilhante e envolver
todo o local de junção dos componentes, conforme ilustrado anteriormente.
d) Se o local não for aquecido suficientemente, a solda poderá “empedrar”,
dando origem a maus contatos, ou seja, o componente não terá a aderên-
cia da solda e acabará ficando solto. Uma solda desse tipo é denominada
popularmente de “solda fria” e deve ser evitada de qualquer maneira. De-
vem ser evitados, também, espalhamentos de solda que possam provocar
curto-circuito entre os terminais de componentes ou trilhas de uma placa de
circuito impresso.
e) Feita a soldagem de todos os componentes de uma montagem, pode-se
proteger a placa de circuito impresso com uma camada de verniz incolor.
No seu dia a dia de trabalho, você enfrentará tanto situações simples como
situações complexas de atendimento. Veja a seguir um exemplo de uma dessas
possíveis situações.
CASOS E RELATOS
A Solda Fria
João está em sua oficina quando chega um cliente com um veículo sem
ar-condicionado e com problema na abertura dos vidros elétricos, e a tem-
peratura ambiente está na casa dos 36 ºC.
fundamentos dos sistemas eletrônicos automotivos
52
RECAPITULANDO
Você conheceu aqui todas as técnicas para uma boa soldagem. Vimos tam-
bém os diferentes tipos de soldagens e as finalidades de uma solda. É fácil
seguir essas dicas e fazer um trabalho bem-feito, não é? Não esqueça que
uma solda malfeita poderá danificar um componente.
Vamos em frente? Antes de finalizar este estudo, vamos falar um pouco
sobre saúde e segurança no trabalho.
4 TÉCNICAS DE SOLDAGEM E DESSOLDAGEM DE COMPONENTES ELETRÔNICOS
53
Anotações:
Saúde e Segurança no Trabalho
Você já percebeu a importância da nossa saúde para que possamos desenvolver bem nosso
trabalho? Já verificou que, dependendo do tipo de trabalho que desenvolvemos, podemos cor-
rer risco de vida? Foi pensando nisso que vários tipos de equipamentos de proteção individual
e coletiva foram inventados, ou seja, para o bem-estar dos trabalhadores.
Veja agora os objetivos de aprendizagem deste capítulo:
a) conhecer o que são os equipamentos de proteção individual e coletiva;
b) conhecer a legislação e normas que regem a saúde e a segurança do trabalho.
Pronto para prosseguir?
fundamentos dos sistemas eletrônicos automotivos
56
2 Atividades insalubres
Existem os equipamentos de proteção individual, chamados de EPI, e os equi-
pamentos de proteção coletiva, ou EPC. Quanto aos equipamentos de proteção
São aquelas que expõem
os empregados a agentes
coletiva, eles são utilizados com bem menos frequência, uma vez que esse tipo de
nocivos à saúde, acima equipamento não depende da vontade do trabalhador. Eles têm preferência pela
dos limites de tolerância
fixados. utilização do EPI, devido a sua praticidade.
E quais são esses equipamentos?
Dreamstime (2012)
Figura 47 - Foto de profissionais de diferentes áreas
CASOS E RELATOS
Conhecer a história dos temas que estamos estudando nos traz reflexões im-
portantes, não é mesmo? Atualize-se sempre.
RECAPITULANDO
Fabricio Torri é bacharel em Engenharia Mecânica, pela Universidade do Estado de Santa Catarina,
no ano de 2006. Desde 2007 atua como Engenheiro responsável da empresa Segurança Veicular
Ltda., e leciona junto ao SENAI a matéria de Segurança Veicular. Seu principal interesse é vislum-
brar as novas tecnologias empregadas junto aos veículos automotores.
Ricardo Ramos Zapelini, formado como Técnico em Eletrônica pelo Centro Federal de Educação
Tecnológica de Santa Catarina (CEFET-SC) – atual Instituto Federal de Tecnologia de Santa Cata-
rina (IFSC), e atualmente cursando Engenharia Elétrica pela Universidade do Sul do Estado de
Santa Catarina (UNISUL). Atua no SENAI há 9 anos como Coordenador de cursos Técnico em Ele-
trotécnica e Coordenador Técnico dos Cursos Superiores em parceria com a UNISUL. Ao longo
deste período ministrou aulas de eletrônica básica, eletrônica analogia, eletrônica de potência,
eletrônica digital e sistemas de comunicação para os cursos na área de eletrônica e eletrotécnica.
Atualmente coordena os Cursos Técnicos de Manutenção Automotiva e Mecânica Industrial no
SENAI/SC em Palhoça além de ministrar aulas de eletrônica embarcada para o Curso Técnico em
Manutenção Automotiva.
Índice
A
Anodo 27
Atividades insalubres 57
Automação 13
C
Catodo 27, 31, 44, 45
Chanfro 31
Chumbo 49
Circuito impresso 47, 50, 51
Componentes eletrônicos 14, 19, 23, 24, 49, 50, 59
Corrente alternada 26, 40, 42
Corrente contínua 26, 40, 42
D
Diferença de potencial 28
E
Estanho 48, 49
I
Invólucro 33
Isolante elétrico 26
M
Material condutor 16
MTE 57
N
NR-6 57
P
Processos industriais 13
R
Regulador de tensão 34
T
Tensão elétrica 36
SENAI – Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Beth Schirmer
Coordenação do Núcleo de Desenvolvimento
Rodrigo Willemann
Revisão Técnica
Luciana Effting
CRB14/937
Ficha Catalográfica
FabriCO
Design Educacional
Revisão Ortográfica, Gramatical e Normativa
Ilustrações
Tratamento de Imagens
Normalização
Diagramação
i-Comunicação
Projeto Gráfico