POM - Volume 1 - 140619
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POM - Volume 1 - 140619
MOZLAND
VOLUME I
JUNHO, 2019
Controlo de documento
Elaborado por MozLand
Autorizado por FNDS
Fonte Mozland
(//FNDSFSERVER01\PARTILHA\PELOURO_GESTAO_PROJECT
OS) (T:) POM
Endereço de publicação
Outros documentos PAD, Arranjos Institucionais do Projecto MozLand e o Quadro e
referenciados regulamento de aquisições do Banco Mundial de Julho de 2016 e
revisto em Novembro 2017 e Agosto de 2018.
Documentos relacionados POM Voumes 2, 3 e 4
Agradecimentos
Controlo de Versão
Número da Data de Autor Atualização da informação
versão emissão
Indice de figuras
Indice de tabelas
1.1.Aplicabilidade
O POM, uma vez homologado pelo Banco Mundial, tem função legal conforme estabelecido no
Acordo de Financiamento celebrado entre esta instituição e o Governo de Moçambique.
A estrutura do Manual Operacional do Projecto (POM) do Projecto MozLand (Terra Segura), tal
como ilustra a
POM – Mozland
(Manual Operacional)
8 | Página
Figura 1: Representa a estrutura do Manual (POM e os Volumes Anexos)
Cada volume e constituído pela parte descritiva e Anexos a ela associados. Os aspectos gerais do
Projecto são descritos no Volume I, e os demais volumes presentam os aspectos específicos das
actividades da implementação do Projecto. Para facilitar a compreensão e o seu manuseio, os
volumes podem ser disponibilizados de forma independente conforme as especificidades dos
conteúdos.
O presente documento, que constitui o Volume 1 do Manual, tem como objectivo descrever as
actividades que envolvem as diversas unidades orgânicas do MITADER e outras instituições
relevantes ao projecto, bem como detalhar como elas devem ser desenvolvidas.
1.2.Actualização e Arquivo
No decurso do Projecto, as lições apreendidas bem como as atualizações impostas por mudanças
tecnológicas, legais e institucionais serão incorporadas no Manual, estando todas as alterações e
revisões sujeitas a aprovação do Conselho de Administração do FNDS e subsequente homologação
pelo Banco Mundial e subsequente publicação no website do FNDS (www.fnds.gov.mz).
9 | Página
1.3.1. Metodologia DELCOM/RDUAT
Esta metodologia adopta uma abordagem sistemática, detalhada, harmonizada e transparente para
orientar o processo de delimitação comunitária, assegurando a participação efectiva e inclusiva
das comunidades locais (membros e lideranças) e para determinar o papel dos diferentes
intervenientes públicos e privados, ao mesmo tempo que assegura que os dados e informações
recolhidas no processo contribuam para a constituição e operacionalização do Cadastro Nacional
de Terras.
1.3.2. Salvaguardas
1.3.3. Comunicação
O Projecto MozLand (Terra Segura) tem uma Estratégia de comunicação específica, integrada no
plano de comunicação geral do FNDS, que apoiará a sua implementação nas diferentes áreas de
intervenção, e que incluirá entre outras ações, campanhas de divulgação e sensibilização a serem
realizadas antes, durante e depois das actividades de DELCOM/RDUAT.
Esta estratégia, parte integrante do presente volume e apresenta-se como Anexo III, inclui entre
outros:
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Ø Os canais e ferramentas de comunicação para diferentes intervenientes a todos os níveis
(local/comunitário, provincial e nacional), incluindo a especificação das proporções do
alvo que se espera alcançar por canal;
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com os mapas gerados pela gestão de projectos, extractos e outra informação de suporte, no sentido
de controlar eventuais desvios contabilísticos relativamente aos movimentos realizados pelas áreas
operacionais.
Para além da auditoria do Tribunal Administrativo, o MozLand será auditado anualmente por uma
entidade independente e não-governamental, cujos relatórios de auditoria, juntamente com as suas
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Cartas de Gestão serão submetidos ao Banco Mundial.
A tabela abaixo fornece os valores acima dos quais os procedimentos de Procurement carecem de
revisão prévia do Banco Mundial. Porém, todas as actividades cujo custo estimado seja inferior ao
da tabela, estão sujeitas à revisão posterior pelo Banco Mundial durante a Missão de Apoio a
Implementação, através de um exercício de revisão de Pós-Procurement. As seleções por
Contratação Directa/Fornecedor único serão submetidas a revisão prévia somente nos casos em
que os custos estimados são superiores aos da tabela. O Banco Mundial poderá ocasionalmente
alterar os montantes, em função do desempenho das instituições de implementação.
Revisão Prévia
Tipo de Procurement
(USD)
Empreitadas 10,000,000
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1.6.Volume IV- Planificação, M&A e Controlo de Qualidade
Ainda, será estabelecida entidade independente de controlo de qualidade que fornecerá suporte
adicional a DINAT e ao FNDS, tendo as seguintes funções:
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2. GUIA GERAL PARA O MOZLAND
O peso relativo do sector extractivo está em crescimento, ao mesmo tempo que que o papel da
manufactura e da agricultura vai diminuindo. Esta situação pode ser preocupante em termos de
diversificação e distribuição de renda, o que também foi acompanhado por uma fraca posição
externa e níveis elevados de inflacção.
Num contexto da crescente dependência dos recursos naturais (particularmente no sector de gás),
o desafio de curto prazo é manter a estabilidade macroeconômica, ao mesmo tempo que se busca
diversificação para o crescimento inclusivo em outros sectores, como a agricultura.
Embora se tenha registado uma redução na pobreza, o referido relatório concluí que há mais
desigualdade à medida que o progresso económico se torna cada vez menos inclusivo. A análise
identifica entre vários outros desenvolvimentos positivos, a aceleração na taxa de redução da
pobreza entre 2008 e 2014, de 59% para 48% da população.
É no contexto da grande procura de terras comunitárias que muitos conflitos foram surgindo, e a
1
http://www.worldbank.org/en/country/mozambique/publication/mozambique-economic-update-less-poverty-but-
more-inequality consulta em 12/02/2019
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maioria das comunidades não é capaz de exercer os seus direitos de posse legal devido a muitos
factores, entre os mais importantes a falta de representação legal capaz e responsável para proteger
os interesses destas comunidades locais. Assim, o reforço da segurança dos direitos de posse da
terra e a promoção do desenvolvimento económico baseado na posse de terra, através de parcerias
entre comunidades e investidores, tornaram-se os pilares propostos de uma estratégia de
governança da terra para o país, realça o relatório do Banco Mundial no período em referência.
Nas últimas duas décadas Moçambique fez progressos significativos em matéria de gestão da terra,
com a adopção da Política Nacional de Terras em 1995 e da aprovação da Lei de Terras em 1997,
resultantes da revisão Constitucional de 1990. Estes progressos vieram melhorar o acesso à terra e
a segurança dos direitos dos cidadãos ao us e aproveitamento da terra adquiridos por via de normas
e práticas costumeiras ou de boa-fé, particularmente através do reforço da sua política de acesso a
terra. O país é considerado como tendo uma das mais progressivas políticas de terra e as mais
progressistas estruturas legislativas para uma gestão sustentável e equitativa da terra em África.
O quadro jurídico que regula as matérias sobre a terra em Moçambique está alicerçado em dois
princípios Constitucionais fundamentais: (i) A terra é propriedade do Estado e (ii) A terra não deve
ser vendida ou por qualquer outra forma alienada, nem hipotecada ou penhorada (artigo 109 da
Constituição da República de Moçambique). Decorre que o acesso, uso e aproveitamento da terra,
bem como a garantia do direito aos seu uso e aproveitamento pelos cidadãos e comunidades locais,
se processa sob o signo do regime de “autorização” ou “reconhecimento”, de acordo com a
Constituição vigente e a Lei de Terras Lei n.º 19/97, de 1 de Outubro. Porém, as leis e os
regulamentos ainda apresentam lacunas significativas no que diz respeito à representação legal das
comunidades e à gestão de terras comunitárias e respectivos recursos naturais. Essas lacunas são
na prática exacerbadas pela fraca capacidade das comunidades em defender os seus direitos, pela
falta de clareza na definição do âmbito de certos direitos e nas fraquezas do sistema de
administração da terra, especialmente nos níveis locais.
Entretanto, as comunidades locais podem solicitar que as suas áreas sejam delimitadas e registadas
no cadastro nacional com base nos limites das comunidades vizinhas, e solicitar que os respectivos
certificados sejam emitidos pelo Estado. As pessoas singulares ou colectivas também podem
solicitar que seus espaços sejam demarcados e registados no sistema nacional de cadastro por meio
de uma títulação do Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT). Estes processos
encontram-se especificados no Anexo Técnico da Lei de Terras.
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Em 2015 o Governo lançou o Programa Terra Segura que estabeleceu uma meta de regularizar
5.000.000 de DUAT´s (individual) e completando a delimitação de 4.000 terras de comunidades
locais até o final de 2019, e que contribuirá desta forma para um desenvolvimento sustentável,
garantindo o reconhecimento dos direitos de Uso e aproveitamento de terras, bem como para
promover investimentos responsáveis, e assegurar o fluxo de benefícios às famílias e comunidades
rurais. No mesmo ano, Governo levou a cabo uma importante reforma para racionalizar o quadro
institucional na administração e gestão da terra, que culminou com a criação do Ministério da
Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER) que passou a cuidar da política nacional
de administração de terra antes acometida ao Ministério da Agricultura.
Um outro aspecto importante que carece de atenção é o facto de grande parte da cartografia do
país ter uma escala bastante pequena e de estar desactualizada e, portanto, de não reflectir a
situação actual. A base cartográfica não beneficiou de qualquer actualização que garantisse a
manutenção do seu valor, de modo a constituír-se um activo tanto para os processos de
regularização de DUATs como para suporte aos processos operacionais e de adopção de políticas
do país. A Rede Geodésica Nacional (MozNET) requer maior densificação, a fim de apoiar o
sistema de administração da terra.
A partir de 2000, logo aós a aprovação do Anexo Técnico da Lei de Terra, deram-se início aos
processos de delimitação das terras ocupadas pelas comunidades, na maioria levadas a cabo por
Organizações Não-Governamentais (ONGs), financiadas através de parcerias bilaterais
independentes, sem o envolvimento proactivo das autoridades da administração de terras e sem a
adopção de uma metodologia normalizada nem de práticas e padrões comuns. Como resultado, os
processos de delimitação levaram a resultados heterogéneos e inconsistentes.
2 A maioria da delimitação de terras comunitárias tem sido conduzida por organizações não-governamentais (ONGs) com
financiamento de doadores. Esses projectos resultaram em uma boa capacidade de delimitação comunitária entre as ONGs
nacionais, bem como em uma metodologia em evolução que incorpora planos de uso da terra em nível comunitário como um dos
principais resultados do processo de delimitação.
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Terras (FCT), um órgão estatutário que reúne actores do sector público, privado e da sociedade
civil e outras partes interessadas relevantes sobre a terra no país.
O FCT salienta que qualquer alteração à política de terra e do quadro legal ocorrerá de acordo com
os princípios estabelecidos pela Constituição moçambicana, de que a terra é propriedade do Estado
e não pode ser vendida ou de qualquer forma alienada ou hipotecada.
O FCT propôs que o MITADER preparasse e coordenasse a revisão da Política Nacional de Terras,
onde deve ser priorizada a regularização sistemática dos direitos da terra detidos de boa-fé e
ocupação costumeira; a consolidação do quadro institucional, através da criação de uma entidade
nacional autónoma de administração de terras, e desenvolver as ligações institucionais e
tecnológicas entre o cadastro de terras e os sistemas de registo de propriedade.
Em Junho de 2018, foi criada uma comissão pelo MITADER para supervisionar o processo de
revisão da Política Nacional de Terra, bem como o quadro institucional e legal. No mesmo mês o
Conselho de Ministros aprovou um novo Código do Registo Predial, que entrou em vigor em
Novembro de 2018, e que regula o registo de direitos de propriedade, incluindo todos os títulos de
DUAT´s emitidos pelas autoridades cadastrais. O objectivo do Código é proporcionar maior
segurança jurídica capaz de sustentar um mercado imobiliário de prédios urbanos e rústicos,
alargando a sua abrangência aos títulos emitidos pelos serviços de administração de terras. Entre
as alterações introduzidas por este Código destaca-se a obrigatoriedade do registo de todos os
factos a ele sujeitos uma plataforma de informação digital nacional de registo (SIRP) a ser
introduzida gradual por todo o país.
Estas fraquezas levam a um controlo ineficaz do processo de ocupação e distribuição dos recursos
da terra por instituições públicas e vem contribuíndo para um aumento no número de conflitos de
terra e à expansão do mercado informal da terra, em particular nos centros urbanos e áreas peri-
urbanas.
É também necessário alavancar mais os processos de delimitação das terras ocupadas pelas
comunidades na criação de bases mais sólidas para investimentos inclusivos nos sectores agrícola
e florestal.
Além disso, as oportunidades para integrar as visões das comunidades locais nos processos de
planificação de investimento público e privado são frequentemente perdidas. Os processos de
consulta e acordos com as comunidades locais, exigidos por lei e necessários para garantir
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investimentos sustentáveis e benefícios para as comunidades, são geralmente inadequados,
ausentes ou fracamente executados, resultando em conflitos, atrasos nos investimentos e falha na
recolha de benefícios.
Como em várias outras partes da África Subsaariana, esta complexidade pode aumentar a pressão
na procura da terra, impedir o investimento, deixar as comunidades e os indivíduos mais pobres
vulneráveis a perda ou restrição dos seus direitos à terra e limitar a capacidade do Governo de
obter receitas provenientes da tributação sobre o uso da terra. Além disso, a falta de integração dos
vários sistemas de informação de terra existentes (a nível central e municipal) é um obstáculo para
a prestação de serviços de administração da terra eficazes e podem impedir o sector privado de
fornecer serviços que constituem uma importante maior valia para o desenvolvimento económico
do país.
Dentre os desafios do sector, consta o fraco acesso da mulher à terra, embora o quadro legal preveja
a igualdade de direitos entre o homem e a mulher. A realidade mostra que razões socio-
económicas, culturais, religiosas e outras, enfraquecem a igualdade de género no acesso, uso e
aproveitamento da terra, limitando o contributo da mulher na produção, no acesso ao crédito, a
informação e a participação em diferentes espaços públicos. Outrossim, é importante disseminar
informações que valorizem cada vez mais a mulher como sujeito importante na cadeia de valor
sobre a terra, através da atribuição dos respectivos títulos ou a co-titulação com o homem no seio
da família.
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Os direitos de uso e aproveitamento da terra fornecem a base para negociações entre
agricultores/comunidades e investidores que estão interessados em adquirir terras ocupadas pelas
comunidades locais para novos projectos. Como resultado, as populações locais ganham um
benefício tangível da titularidade de suas terras e recursos naturais, podendo participar activamente
em novos investimentos e no desenvolvimento de cadeias de valor de agronegócio. Além disso, os
investidores alcançam maior segurança para seus investimentos, uma vez que o potencial de
conflitos com os detentores de direitos é reduzido.
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3. DESCRIÇÃO DO PROJETO
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Figura 2: Descrição da cadeia de resultados do Projecto
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3.3. Componentes do Projecto
O Projecto contempla quatro componentes que representam as áreas em que ele se vai concentrar,
nomeadamente:
A Componente apoiará:
3.3.1.1. Sub-componente 1.1 - Revisão da Política Nacional de Terras (PNT) e Quadro Legal do
Sector de Terras (DES 0,7 milhões - equivalente a US $ 1 milhão)
Este Sub-componente financiará a assistência técnica para reformas nas políticas e na legislação e
despesas relacionadas.
A revisão da PNT estabelecerá as bases para o trabalho de melhoria do quadro legal, abordando
questões relacionadas, entre outros, a transferência de DUATs, representação legal da comunidade,
co-titularidade, tributação, registo de direitos sobre a terra na Conservatória de Registo Predial,
informações sobre terras, interoperabilidade do (SiGIT) com outros sistemas e a implicação das
Zonas de Protecção Parciais.
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3.3.1.2.Sub-componente 1.2 - Desenvolvimento institucional e capacitação (DES 0,4 milhão -
equivalente a US $ 0,5 milhão)
Esta Sub-componente financia:
A versão actualizada do sistema permitirá a recolha de dados através de dispositivos móveis e será
interoperável com outros sistemas do sector público.
A Componente financiará:
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3.3.1.6. Sub-componente 2.1 - Informação Pública e Sensibilização
(DES 1,3 milhões - equivalente a US $ 1,8 milhão)
Esta Sub-componente financiará uma campanha de nível nacional (através da TV, jornais
nacionais, rádio) que precederá a delimitação da comunidade (DELCOM) e actividades de
regularização da terra (RDUAT) e será realizada continuamente durante a implementação do
projecto pelo FNDS. As actividades serão de natureza inclusiva e direcionadas para garantir o
alcance a mulheres e grupos vulneráveis.
Os dados do mapa base e imagens ortorrectificadas de alta resolução espacial, contribuirão para
(i) reduzir o custo de regularização da terra; (ii ) melhorar a transparência do processo de
regularização da terra ; (iii ) aumentar a confiabilidade dos dados através do apoio à delimitação
de terras , incluindo a identificação de áreas protegidas, florestas e terras húmidas, etc .; e ( iv)
melhorar a qualidade da informação da terra e o controlo dos resultados das pesquisas de campo e
da qualidade geral dos serviços de administração da terra para o público.
O Projecto inicia os trabalhos nas províncias onde outros processos de regularização massiva de
terras estejam em curso ou tiveram lugar.
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Na sequência de um evento adverso que resulte uma catástrofe de grandes proporções, o Governo
de Moçambique pode solicitar ao Banco que canalize recursos desta componente para um
Mecanismo de Resposta Imediata (IRM) que poderá fazer uso de até 5% dos fundos não
comprometidos do portfólio geral da IDA para responder a emergências.
O Projecto é financiado na totalidade por fundos doados pelo Banco Mundial, num total de
100.000.000,00 USD (Cem Milhões de Dólares Americanos), o equivalente a 71.700.000,00 SDR.
O orçamento detalhado de todas as Componentes/Sub-componentes é apresentado na Tabela 1
abaixo. Os detalhes da Tabela de custos (CostTab) do Projecto encontra-se em Anexo VIII do
Manual.
1.1 Subcomponente 1.1. - Revisão da Politica Nacional de Terra e Lei da Terra 1,000,000.00
TOTAL 100,000,000.00
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3.5. Beneficiários do projecto
As comunidades beneficiarão de: (i) delimitação de suas terras; (ii) apoio no estabelecimento de
instituições representativas; (iii) aumento de capacidade de gestão de terras e os respectivos
recursos naturais; e (iv) maior acesso a fluxos de benefícios de concessões de recursos naturais,
projetos de investimento e potenciais oportunidades de desenvolvimento públicas, privadas e
comunitárias.
O Projecto beneficiará não só a famílias na área do Projecto que constituem cerca de 12% da
população rural, como também a cidadãos e entidades empresariais nacionais e estrangeiros que
solicitem títulos DUAT para fins de investimento.
O outro benefício resultante da implementação do Projecto será a redução do custo para a emissão
do DUAT, este é aliás um dos indicadores de Objectivo de Desenvolvimento do Projecto.
3.6. Genero
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Ø Mecanismos inclusivos de coordenação do Projecto, garantindo que as mulheres
participem nos comitês e grupos estabelecidos para liderar os processos de participação do
DELCOM / RDUAT;
Ø A formação de paralegais e pontos focais da comunidade em matérias de direitos sobre a
terra, em particular as mulheres e assegurando o foco direcionado nos direitos das mulheres
à terra. As mulheres também se beneficiarão da exigência de que os certificados DELCOM
sejam acompanhados por uma lista formal de todos os membros adultos da comunidade
que são legalmente considerados co-detentores de direitos territoriais comunitários.
Ø Implementação da estratégia de mitigação de riscos socias através de salvaguardas.
O quadro de resultados inclui indicadores relevantes diferenciados por género para medir o
progresso no acesso das mulheres à terra. Por exemplo, no processo de titulação, o quadro de
resultados prevê que 40% de mulheres sejam detentoras de DUATs, induvidualmente ou em co-
titularidade. Outro indicador requer 75% das mulheres estejam satisfeitos com o processo de
regularização da posse de terra, e que 40% das mulheres participem nos processos de consulta.
O Projecto propõe-se a conduzir uma avaliação do impacto de género. Esta avaliação irá medir o
reforço dos direitos da mulher e o impacto do fortalecimento dos direitos da mulher sobre a terra,
nos seguintes aspectos – investimentos productividade, renda, bem-estar e empoderamento da
mulher nos aspectos sociais e económicos.
O Projecto é de âmbito nacional e incide sobre 71 distritos em particular nas zonas rurais. As zonas
de interveção foram seleccionados com base na pressão demográfica e de urbanização, no nível de
procura de terras por investidores nacionais e estrangeiros, existência de recursos naturais,
existência de vias de acesso, e de corredores de desenvolvimento e actividades económicas.
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Figura 3: Distritos de incidência do MozLand
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4. ARRANJOS INSTITUCIONAIS DE IMPLEMENTAÇÃO
4.1. Instituições-chave
Tendo em consideração os objectivos, indicadores e metas do Projecto, constituem instituições-
chave para a implementação o FNDS, DINAT, CENACARTA – vinculadas ao MITADER, e
Direcção Nacional de Organização Territorial (DNOT) – vinculada ao Ministério da
Administração Estatal e Função Pública, cujas funções no âmbito do Projecto são mais adiante
descritas. Estas são complementadas pela DINOTER, vinculada ao MITADER, e pela Direcção
Nacional de Registos e Notariado (DNRN), vinculada ao Ministério da Justiça, Assuntos
Constitucionais e Religiosos.
Com vista à realização de actividades específicas do Projecto, poderão ser firmados com entidades
especializadas Acordos de Cooperação, que tomarão a forma de Memorando de Entendimento
(MdE) sujeito a não objecção do Banco Mundial. Sempre que as actividades versadas no acordo
impliquem desembolso de fundos do Projecto, este será sempre realizado através do FNDS.
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4.2.1. Nível deliberativo: Steering Committee (CGP)
O CGP tem competências de decisão e gestão estratégicas, e integra representantes das
instituições-chave abaixo referidas, tendo como observadores representantes das instituições
complementares e outros que sejam indicados.
a) 1 Representante do FNDS;
b) 2 Representantes da Direção Nacional de Terras (DINAT);
c) 1 Representante do Centro Nacional de Cartografia e Teledeteção (CENACARTA;
d) 1 Representante da Direcção Nacional de Organização Territorial (DNOT-MAEFP);
e) 1 Representante do Grupo de Reflexão do Fórum de Consulta sobre Terras (GRFCT), por
este indicado.
4.2.3.1. FNDS
O FNDS é uma entidade tutelada pelo Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural,
competindo-lhe, através da Unidade de Coordenação do Projecto (UCP), entre outras funções:
Ø Coordenar, planear e supervisionar a execução das actividades relativas ao Projecto;
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Ø Harmonizar, articular, integrar e optimizar a operacionalização das acções do Projecto,
executadas nos órgãos e entidades vinculadas, dos Chefes dos SPGC, na sua qualidade de
coordenadores das UCP e do PS;
Ø Assegurar a elaboração do Plano Anual de actividades e Plano de Procurement;
Ø Assegurar a elaboração do Orçamento Anual do Projecto;
Ø Planear, programar, implementar, monitorar e avaliar a execução de todas as componentes do
Projecto;
Ø Supervisionar as ações em execução, podendo contar, sempre que necessário, com apoio de
auditorias independentes;
Ø Executar processos de contratação, podendo utilizar consultores, incluindo a preparação de
Termos de Referência, de Editais e de Contratos, no que for necessário para implementar as
acções das componentes executadas directamente pela UCP;
Ø Executar a liquidação das despesas: recebimento dos serviços, equipamentos e produtos;
requisição e autorização de pagamentos tendo em conta a implementação de acções das
componentes, executados directamente pelo FNDS;
Ø Gerir os contratos com os PS, proceder o acompanhamento dos seus trabalhos, avaliar o
desempenho e propor revisão dos Termos de Referência e dos contratos e, nos casos de mau
desempenho, rescindir os contratos;
Ø Gerir a Conta Designada e todo o processo de Gestão Financeira.
Os especialistas que compõem a equipa principal da Unidade de Coordenação do Projecto fazem
parte de diferentes Divisões do FNDS, tais como, Jurídica, Tecnologias de Informação,
Salvaguardas, entre outras.
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Figura 5: Organograma da Coordenação de Projecto MozLand (Terra Segura)
4.2.3.2. DINAT
A DINAT é uma unidade orgânica do MITADER que, no domínio da implementação e
coordenação técnica, tem, entre outras, as seguintes funções:
Ø Assegurar a observância da Metodologia RDUAT/DelCOM pelo PS;
Ø Garantir a manutenção e a funcionalidade da infraestrutura de SiGIT a nível nacional;
Ø Garantir o acesso ao SiGIT pelos PSs de acordo com a Metodologia aprovada;
Ø Capacitar os PSs no uso da Metodologia aprovada;
Ø Assegurar a interoperabilidade do SiGIT com outros intervenientes no Cadastro Nacional
de Terras;
Ø Monitoria da qualidade de dados segundo as normas e procedimentos técnicos padrão;
Ø Validar e aceitar as entregas dos resultados das actividades do PS;
Ø Garantir a integridade dos dados recolhidos no âmbito da regularização dos direitos de uso
e aproveitamento da terra;
Ø Promover as campanhas de sensibilização e divulgação disponibilizando as mensagens
chave a transmitir ao público-alvo;
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Ø Assegurar a mitigação e resolução de conflitos em resultado do processo de regularização
massiva dos duats;
Ø Gestão e Administração da base de dados Nacional de Terras no ambiente SiGIT;
Ø Coordenação técnica das actividades do PS;
Ø Em coordenação com o FNDS, fazer a monitoria e avaliação do desempenho do PS.
4.2.3.3. CENACARTA
O CENACARTA é uma entidade pública, com personalidade jurídica e autonomia administrativa,
subordinada ao MITADER, que, no domínio da implementação e coordenação técnica com as
UCPs, tem as seguintes funções:
Ø Disponibilizar dados geoespaciais (ortofotomapas, cartas topograficas) necessários para os
trabalhos de demarcação e delimitação;
Ø Actualização e disseminação de informação referente aos limites de unidades territoriais
administrativos, em coordenação com a DNOT;
Ø Disponibilizar uma rede de CORSpara suportar as actividades de georreferenciação dos
PS, permitindo-lhes usar métodos de levantamento do tipo RTK e de precisão sub-métrica;
Ø Disponibilizar os dados sobre a Rede Geodésica Nacional para servir de apoio para o
processo de georreferenciação.
Ø Implantar novos marcos geodésicos e novas CORS nos locais do interesse do projecto ou
onde é aplicável;
Ø Garantir os processos de autorizações de levantamento aerofotogramétrico junto as
entidades competentes;
Ø Garantir a qualidade de informação geo-espacial fornecida pelo PS (orto fotos).
4.2.3.4. DNOT
A DNOT é uma unidade orgânica do Ministério da Administração Estatal e Função Pública, cujas
funções no Projecto restringem-se ao domínio da delimitação das localidades e postos
administrativos, articulando com o CENACARTA e com o FNDS. As suas responsabilidades
concretas e os termos da sua articulação com o CENACARTA e com o FNDS constam de um
Memorando de Entendimento (MdE) celebrado entre as três instituições.
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Nas províncias onde já existam PIU´s dos outros projectos implementados pelo FNDS
(SUSTENTA e MozFIP), nomeadamente Cabo Delgado, Nampula e Zambézia, os elementos
contratados para o MozLand (Salvaguardas e Técnicos de Terras) integrarão essas unidades, e nas
restantes províncias, ficarão alojados nos SPGCs, ficando sob dupla subordinação ao chefe dos
SPGC, e ao Coordenador Regional do Projecto.
Constituem funções de coordenação geral a nível das UCPs regionais, entre outras, (i) elaborar e
rever o plano de actividades regional, acompanhar o desenvolvimento geral dos projectos,
incluindo supervisão e orientação da equipe de trabalho, (ii) acompanhar as actividades de
salvaguardas e garantir a qualidade dos resultados por estes apresentados.
As UCPs regionais reportam à UCP central após a validação pelo SPGC, que reporta à DINAT, e
a respectiva Direcção Provincial da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (DPTADER). E,
por outro lado, em coordenação com os SPGC/DPTADER farão a interligação com as autoridades
distritais (Serviço Distrital de Actividades Económicas, SDAE) e o Serviço Distrital de
Planeamento e Infraestrutura (SDPI).
Para além do acima exposto, as UCPs regionais desembolsarão fundos para as províncias incluídas
no seu âmbito territorial de acção.
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que assegurarão que o cronograma, os procedimentos e os recursos humanos e materiais alocados
são adequados.
Todos os processos recebidos de fora da instituição dão entrada na Secretaria-geral que faz o
seu encaminhamento por especialidade.
De acordo com as políticas de salvaguardas do Banco Mundial activadas, o projecto MozLand foi
classificado como de categoria B, caracterizado como actividades cujo seus potenciais impactos
sociais e ambientais não afectam significativamente as comunidades nem as áreas ecologicamente
sensíveis, incluindo ecossistemas aquáticos, florestas ou outros habitats naturais. A elegibilidade
dos subprojectos do MozLand restringem-se a actividades com impactos ambientais e sociais
reversíveis e de significância baixa a moderada excluindo iniciativas de alto impacto sócio
ambiental, isto é, categoria A (a nível do BM) e categorias A e A+ a nível do Quadro Legal
Nacional (Decreto n.º 54/2015, de 31 de Dezembro, que aprova o Regulamento de Avaliação de
Impacto Ambiental).
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1.3 - Melhoria da infraestrutura e equipamentos; Componente 2- Regularização sistemática da
terra: Sub-componente 2.1 - Campanha de informação pública e sensibilização e Sub-componente
2.3. Delimitação comunitária (DELCOM) e a regularização dos direitos de uso e aproveitamento
da terra (RDUAT).
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forma o cumprimento de todas as diretraizes contidas no QPAS e demais estudos e planos
no nível de subprojectos – EAS, PGAS e MBP; além do
Ø Acompanhamento de processo de regularização de posse de terra, que terá o apoio da
Entidade de Controlo do Processo de Qualidade;
Ø Produção de relatórios regulares sobre a execução das actividades de salvaguardas a serem
submetidos ao Banco Mundial.
Ø Realização de auditoria externa de salvaguardas (elaboração de termos de referência e
gestão do contrato) que deve ser realizada dois anos depois da implementação do projecto,
aliada a avaliação do meio termo do mesmo;
4.4.2. Divulgação e formação sobre salvaguardas
A equipa de salvaguardas do FNDS é responsável pelas actividades de divulgação de informação
e treinamento sobre salvaguardas ambientais e sociais aos grupos-alvo (provedores de serviços,
empreiteiros, beneficiários directos, comunidades circunvinzinhas, governo local) e outros
intervenientes indirectos. As actividades de divulgação incluem realização de seminários,
programas de sensibilização sobre aspectos sócio ambientais utilizando canais apropriados (rádios
comunitárias, peças teatrais, etc) alinhados com a estratégia de comunicação do Projecto.
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Ø Elaboração dos relatórios de acompanhamento e cumprimento dos requisitos ambientais e
sociais;
Ø Triagem ambiental e social dos subprojectos.
A equipa de Salvaguardas a nível regional realizaa triagem na fase inicial do subprojecto, logo que
os detalhes específicos (natureza, localização proposta e extensão) do subprojecto são conhecidos
usando dois formulários incluidos no QGAS que devem ser preenchidos para cada subprojecto ou
actividade proposta: o formulário de triagem ambiental e social do BM (Anexo 2 do QGAS) e a
ficha de informação ambiental preliminar do MITADER (Anexo 3 do QGAS).
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Tabela 4: Procedimentos para implemetação de processos de gestão ambiental e social
FASES ETAPAS ATIVIDADES RESPONSÁVEIS
A.1. DESCRIÇÃO A.1.1. UCP Central
DO PORTFOLIO Rever/complementar/confirmar
DAS cada um dos subprojetos
INTERVENÇÕES identificados na fase da
preparação do ante-projecto
A.2.1. UCP Regional
Realizar/complementar/confirmar
a descrição de cada subprojeto e
impactos gerados – positivos e
A – PLANIFICAÇÃO – ANTE-PROJETO
negativos
A.2.2. UCP Central
Rever/complementar/confirmar
medidas mitigadoras e
potencializadoras, e planos de
ação requeridos/aplicáveis a cada
A.2. PREENCHER/ subprojeto
COMPLEMENTAR A.2.3. UCP Regional
/ CONFIRMAR Fazer/complementar/confirmar a
FICHA DE instrução do processo, exigências
AVALIAÇÃO para o licenciamento ambiental
AMBIENTAL de cada subprojeto e submeter ao
DPTADER
A.2.4. Consolidar Ficha de UCP Central
Avaliação Ambiental revista para
cada subprojeto, com a definição
dos procedimentos ambientais a
serem adotados
A.2.5 Encaminhar ao Banco UCP Central
Mundial para confirmar
procedimentos e para prover
eventual suporte técnico e
categorização do subprojecto
B.1.1. Fornecer requisitos para a UCP Central
elaboração dos instrumentos de
salvaguardas, prever, se
necessário, treinamento por parte
B.1. do Banco Mundial
PREPARAÇÃO B.1.2. Realizar Consultas
AMBIENTAL
B – GESTÃO
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reassentamento involuntário
económicos
B.1.3. Elaborar um Plano de
Comunicação e Interação com as
Comunidades, aplicável a todos
os subprojetos, incluindo um
mecanismo de registro e resposta
a reclamações
B.1.4. Preparar os instrumentos UCP Regional
de salvaguardas e/ou planos de
ação específicos, quando
necessário
B.1.5. Consolidar Relatório de UCP Central
Avaliação e Gestão Ambiental de
cada subprojeto, submeter ao
Banco Mundial para aprovação
B.2.1. Requerer os pedidos das UCP Regional
Licenças Ambientais junto ao
órgão ambiental competente,
reconhecimento dos ToRs dos
estudos ambientais, quando
aplicável, de cada subprojeto ou
B.2. obra civil
LICENCIAMENTO B.2.2. Acompanhar o processo de
AMBIENTAL licenciamento ambiental de cada
subprojeto ou obra civil
B.2.3. Emitir as licenças DPTADER
ambientais de cada subprojeto ou
obra civil
B.2.4. Enviar ao Banco Mundial UCP Central
para acompanhamento
B.3.1. Verificar os estudos UCP
ambientais existentes e eventual Regional/Central
definição de requerimentos
adicionais e estudos
complementares
B.3. EVENTUAIS
MEDIDAS B.3.2. Assessorar e oferecer apoio
ADICIONAIS técnico ao PS na elaboração dos
estudos e planos de ação
B.3.3. Verificar os estudos
adicionais, planos e
licenciamento ambiental com
EIAS aprovados
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Assim, o processo de triagem culmina com a atribuição da categoria do subprojecto e com
orientação clara por parte do BM e DPATDER sobre o instrumento a ser desenvolvido (EIAS;
PGAS’s ou MBP’s) para assegurar a identificação de potenciais riscos, a mitigação dos impactos
negativos e optimização dos impactos positivos. A categorização é feita baseada na magnitude dos
potenciais impactos que possam resultar da execução do subprojecto podendo ser classificados
como B ou C, no âmbito do MozLand e segundo a legislação moçambicana:
Ø Categoria B - Acções que afectam significativamente os seres vivos e com alguns impactos
irreversíveis em áreas ambientalemente sensíveis comparativamente as actividades de
categoria A e A+.
A emissão da licença ambiental pelo DPTADER e aprovação do MBP ou PGAS pelo BM são
condicionantes ao início das actividades no terreno.
A licença ambiental, e o PGAS aprovados serão parte do contrato com os empreiteiros para a
execução do subprojeto e serão sujeitos de supervisão pela equipe de salvaguardas do FNDS e
eventualmente do BM. Os provedores de serviços deverão indicar de maneira explicita as
actividades, o orçamento e o pessoal qualificado designado para cumprir com as salvaguardas
ambientais e sociais através de um Plano de Gestão Ambiental e Social de Construção que deve
ser aprovado pelo FNDS.
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O MBP deve ser desenvolvido pelo assistente técnico de salvaguardas da UCP e revisto pelo
especialista a nível central do FNDS. O documento deverá ser validado pelo BM e aprovado pelo
MITADER para emissão da licença ambiental.
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Figura 6: Processo de triagem
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Figura 7: Instrumentos Ambientais e Sociais
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regularizaão de posse de terra.
Nivel central: (i) Planificação e realização das capacitações anuais considerando como grupos alvo
governo local; (ii) elaboração das propostas dos programas de sensibilização e informação sobre
direitos e deveres das comunidades e seus membros; (iii) verificação e orientação dos registos de
conflitos de terra; (iv) assistência (orientação e encaminhamento) aos PAP’s resultado da ocupação
em área de proteção parcial (exemplo: linhas de alta tensão, linhas de água, faixas de proteção de
estradas, linhas férreas) e (v) actividades de monitoria no terreno incluindo sobre verificação da
prontidão comunitária; (vii) elaboração de relatórios trimestrais de acompanhamento das
actividades para submissão ao Banco Mundial.
Nivel UCPs: (i) realização de campanhas de sensibilização sobre direitos e deveres das
comunidades e seus membros em colaboração com a equipe de comunicação e provedores de
serviço; (ii) verificação da execução dos processoas de preparação social através de
acompanhamento no terreno e realização dos questionários sobre a prontidão comunitária; (iii)
registo e apoio na moderação e encaminhamento dos processos de conflitos de terra; (iv)
assistência (orientação e encaminhamento) aos PAP’s resultado da ocupação em área de proteção
parcial (exemplo: linhas de alta tensão, linhas de água, faixas de proteção de estradas, linhas
férreas); (v) elaboração de relatórios mensai de acompanhamento das actividades para submissão
ao FNDS central.
Os assistentes técnicos de salvaguardas das UCPs, são os pontos focais - PF do MDR, e por tanto,
os responsáveis de receber, tramitar, investigar e acompanhar o processo de resolução das
reclamações no terreno. Para reclamações que não possam ser resolvidas neste nível, os PF’s serão
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responsáveis por canaliza-las a instancias de decisão definidas e manter informados aos
reclamantes.
Qualquer individuo ou grupo de individuos que tenha alguma relação com o projecto ou se sinta
afectado pelas actividades do projecto poderá apresentar uma questão, queixa ou reclamação. Em
geral, as comunidades e seus membros serão as mais afectadas pelas actividades dos projectos, e
poderão apresentar questões e/reclamações aos provedores de serviços e governo local (SDAEs,
SDPIs SPGC´s) e liderança local. São aceites sugestões e reclamações anónimas, contudo o
processo de resolução é diferente (as respostas são partilhadas na área geografica onde é feita a
reclamação através de comunicação com os lideres locais e em casos específicos a comunicação é
feita via rádios comunitárias a nível local).
Os canais usados para a apresentação das sugestões e reclamações são: (i) linha telefonica gratuita;
;(ii) formulários com canhoto distribuídos em lugares estratégicos segundo alinhamento com os
membros das comunidades (exemplo: sede dos Postos Administrativos, lugares de alta frequência
seleccionados pela comunidade como escolas); (iii) encontros a nível local; (iv) email
institucional; (v) atraves dos PF’s/assistentes técnicos de salvaguardas do MDR, provedores de
serviços, técnicos dos governos locais e outras pessoas da confiança do requerente.
Qualquer indivíduo que receber uma reclamação ou sugestão deverá encaminhar a UCPs central
ou regionais e aos assistentes de salvaguardas a nível das provinciais para registo e seguimento.
Os PFs deverão assumir um papel proactivo para facilitar que os grupos mais vulneráveis das
comunidades apresentem suas reclamações.
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Ø Caso o reclamante não fique satisfeito com as explicações ou soluções oferecidas durante
o encontro, o PF lhe informa sobre os diferentes níveis do processo de resolução de
reclamações e os prazos de atendimento, assim como a possibilidade de utilizar o recurso
judicial em qualquer momento.
Neste nível, o reclamante selecciona um mediador independente que pode ser um paralegal no
caso de regularização de posse de terra.
Espera-se que a maioria das reclamações cheguem a uma solução amigável antes de alcançar este
nível.
São responsabilidades dos assistentes de salvaguardas:
Ø Registar imediatamente a informação na plataforma de gestão do MDR;
Ø Informar aos mediadores do motivo da reclamação, dos argumentos das partes, dos
resultados das investigações e das propostas de solução e resultados;
Ø Facilitar os contactos, visitas e fornecer informação adicional se necessário;
Ø Manter informado ao reclamante inclusive sobre suas opções na via judicial.
Nos três níveis, se o reclamante aceita a solução proposta pelo mediador, as partes assinam um
documento que incluirá a evidência da solução implementada ou um plano de acção com o
respectivo calendário. Se o reclamante não ficar satisfeito com a solução proposta, passa para o
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seguinte nível.
Prazo: 15 dias úteis contado da assinatura do acordo ou o prazo estabelecido no plano de acção
acordado.
O recurso judicial não faz parte do MDR mas é uma opção disponível que os reclamantes devem
conhecer desde o início do processo.
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Ø Propor medidas de mitigação correctivas ou adicionais onde são detectados não
conformidades, incumprimentos ou impactos negativos que não tinham sido previstos; e,
ainda, uma eventual aplicação de penalidades e/ou sanções, caso se faça necessário;
Ø Assegurar a observância das medidas da estratégia de mitigação de riscos sociais
desenvolvidas para o processo de regularização de posse de terra;
Ø Além da necessidade de acção imediata, no caso de ocorrências de incidentes, incluir as
acções necessárias em caso de incidentes – ESIRT – Environmental and social Incidence
Respinse Toolkit – incluindo requerimentos com comunicação ao Banco Mundial em até
24 horas do ocorrido.
Os assistentes técnicos de salvaguardas das UCPs devem produzir relatórios mensais de execução
de salvaguardas, contudo casos execpcionais de incidentes ou acidentes devem ser reportados
imediatamente a coordenação de salvaguardas e da UCP para atenção especial.
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As UCP deverão entre outra assegurar que todos os relatórios produzidos estejam arquivados,
incluindo os da responsabilidade dos PSs, com o seguinte (lista de participantes, decisões tomadas,
reclamações formuladas durante os processos de consulta comunitárias)
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Salvaguardas do Trimestral Realizar inspecções no terreno,
FNDS central et verificar o atendimento das NCs
Assistentes técnicos registadas; reunir com o empreiteiro
de salvaguardas das e/ou o provedor de serviços para
UCPs discutir sobre casos rescidentes de
regional/SPGCs NCs ou não atendimento das mesmas
caso existam incluindo o nível de
execução dos aspectos de
salvaguardas no processo de
regularização de terra (Ex:
verificação da prontidão comunitária
e aspectos de inclusão de género);
5. COMUNICAÇÃO
Constituem os principais objectivos da comunicação no processo de implementação do Projecto
MozLand:
Ø Envolver as partes interessadas, assegurando a sua participação na implementação do
projecto;
Ø Clarificar os objectivos do projecto e os objectivos do processo de regularização da terra
a fim de alinhar as expectativas e manter todos informados;
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Ø Divulgar o projecto e o processo de regularização da terra ao público em geral com vista
a evitar campanhas de desinformação.
Para o alcance dos objectivos descritos acima, é essencial um processo de comunicação e
participação bidireccional (de cima para baixo e de baixo para cima) para aumentar a relevância
do diálogo e construir ou melhorar as relações entre as partes. Isto evitará potenciais conflitos e
quaisquer riscos sociais que possam surgir durante a implementação do MozLand, em resultado
da falta de transparência.
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6. PLANIFICAÇÃO, MONITORIA E AVALIAÇÃO
A descrição detalhada da Planificação, Monitoria & Avaliação, consta do Volume IV do presente
Manual. A descrição abaixo fornece uma visão geral dos processos.
O FNDS, através da sua Divisão de Planificação, Monitoria e Avalição e a UCP central, serão
responsáveis pela Monitoria e Avaliação do Projecto, com base em sua experiência na
implementação de outros projectos financiados pelo Banco Mundial. A equipa do FNDS
responsável pelo sistema de PM&A de todos os projectos implementados pelo Fundo dá suporte
técnico ao especialista de PM&A em tempo integral recrutado exclusivamente para o Projecto e a
todos os especialistas de terras a nível regional.
Como instrumento de apoio para desenvolvimento das actividades, o Projecto MozLand (Terra
Segura) contará com um Sistema de Monitoria e Avaliação funcional e flexível que consiste de
três (3) sub-sistemas, nomeadamente: i) Planificação; ii) Monitoria e Reporte; e iii) Avaliação,
incorporando uma sequência de acções e ferramentas.
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Figura 9: Esquema do Sistema de Monitoria e Avaliação
6.1.1. Sub-sistema de Planificação
Este Sub-sistema consiste na elaboração do plano de actividades do Projecto em todo o seu
horizonte temporal, reflectida no CostTab, feita anualmente, através do Plano Anual de
Actividades (PAA). As metas anuais previstas no PAA são repartidas
trimestralmente/mensalmente dependendo da actividade, para assegurar uma monitoria frequente
do progresso do Projecto. Envolve também a elaboração dos Planos de acção em conformidade
com as recomendações emanadas nas missões de supervisão e nas auditorias externas, reflectidas
na forma de matriz das acções acordadas, como instrumentos de supervisão e facilitadores para o
alcance das recomendações e dentro dos prazos estipulados.
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previstos com base no Plano Anual de Actividades e do Quadro de resultados. A disseminação dos
relatórios é feita em todas as UCPs e fazendo a sua circulação entre as diferentes instituições
envolvidas, Banco Mundial, MITADER (FNDS, DINAT, DINOTER e CENACARTA) e MAEFP
(DNOT).
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6.4. Estratégias de Actuação
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