Relatório - Revestimento

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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS SOBRE


REVESTIMENTO

Disciplina: Construção Civil III


Professor: Eduardo Madeira Brum

Acadêmicos: Bárbara Borges, Betina Manica Scorteganha, Bruna Pietrobelli


Migliorini e Luiz Henrique Andrighe

Passo Fundo, maio de 2016


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 3
2 CHAPISCO ............................................................................................................................ 4

2.1 Materiais e métodos ............................................................................................................ 4

3 TALISCAMENTO ................................................................................................................ 7

3.1 Materiais e métodos ............................................................................................................ 8

4 MESTRAS .............................................................................................................................. 9

4.1 Materiais e métodos ............................................................................................................ 9

5 EMBOÇO ............................................................................................................................. 11

5.1 Materiais e métodos .......................................................................................................... 11

6 REBOCO FINO ................................................................................................................... 13

6.1 Materiais e métodos .......................................................................................................... 14

7 ASSENTAMENTO DE PLACAS CERÂMICAS ............................................................ 17

7.1 Materiais e métodos .......................................................................................................... 17

8 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 22


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1 INTRODUÇÃO

O relatório abaixo, o qual descreve as aulas práticas, proporciona a interação entre


teoria e prática, tudo que foi ensinado em sala de aula é aplicado para ter uma visão de outra
maneira: a visão da construção em obras.
O objetivo deste trabalho é desenvolver o aprendizado da prática ocorrida em obras,
neste caso, a execução do chapisco, taliscamento, mestras, emboço, reboco fino e
assentamento das placas cerâmicas.
O relatório irá abordar especificamente cada um dos procedimentos citados acima,
especificando os materiais utilizados, assim como fotos para demonstrar algumas partes da
realização dos mesmos.
Este trabalho desenvolve uma análise e também a prática que será aplicada nas obras,
para poder se adquirir conhecimentos das construções. São alguns detalhes, mas que são de
grande importância para construção civil.
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2 CHAPISCO

O chapisco é uma das fases construtivas relacionadas ao revestimento. O mesmo é o


primeiro a ser executado, prosseguido do emboço e reboco fino.

É uma camada áspera de argamassa com espessura média entre 3 e 5 mm. Tal aspecto
é imprescindível para cumprir sua função de proporcionar aderência necessária ao emboço ou
argamassa de revestimento. Pode ser aplicado com colher de pedreiro, rolo, ou uma espécie de
máquina manual, de forma a salpicar a superfície. Recomenda-se o traço de 1:3 de cimento e
areia grossa para revestimentos externos e 1:4 para internos.

2.1 Materiais e métodos

Utilizaram-se os métodos de aplicação através do uso de colher de pedreiro e com


dispositivo para aplicação manual.

Materiais e ferramentas:

 Aplicador manual de chapisco;


 Areia natural grossa;
 Betoneira para produção da argamassa de chapisco;
 Cimento Portland CP II – E 32;
 Colher de pedreiro;
 Trincha.

Preparação da argamassa para chapisco:

Para executarmos o chapisco, realizamos a confecção do traço 1:3. Foram utilizados 3


baldes de cimento CP II- E 32, 9 baldes de areia grossa e quantidade de água suficiente para
dar trabalhabilidade e consistência desejada.

A quantidade de água é adicionada a betoneira aos poucos até atingir o aspecto ideal para
aplicação, que é parecido de um fluído, conforme indica figura 1.
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Figura 01: Aspecto de argamassa para chapisco

(Fonte: https://i.ytimg.com/vi/ta9niKnWnqk/hqdefault.jpg)

Execução do chapisco

Inicialmente, umedeceu-se levemente a alvenaria de aplicação com o auxílio de uma


trincha. A seguir, começou-se a aplicação da argamassa com colher de pedreiro. Após todos
os alunos experimentarem a técnica, passou-se a utilizar o aplicador manual, conforme
apresenta as imagens 2 e 3.
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Figura 02: Chapisco realizado com colher de pedreiro

(Fonte: autor próprio)

Figura 03: Chapisco realizado com aplicador manual

(Fonte: autor próprio)


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Foi executado o chapisco em toda extensão da alvenaria. Alguns utilizaram a colher de


pedreiro enquanto outros fizeram o uso do aplicador manual. Pode-se observar que a
aplicação com o dispositivo manual gera mais uniformidade na camada, mais rapidez na
execução, menos desperdício de material e exige menos técnica para realização, se comparado
ao aplicado com colher pedreiro.

Figura 04: Aplicação de chapisco por alunos em toda extensão da parede

(Fonte: autor próprio)

3 TALISCAMENTO

O taliscamento é a etapa construtiva a qual se define o plano de referência para


executar o revestimento, as taliscas devem ser fixadas em toda fachada, pois serão utilizadas
como referência para executar-se as mestras.
As taliscas são feitas com sobras do material da obra, como pequenos pedaços de
cerâmica ou de azulejos, e devem ser espaçadas entre si de 1,5 metros até 1,8 metros. Deve-se
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conferir a distância em relação à parede, essa distância deve ser de 30 cm. As taliscas são
fixadas utilizando a mesma argamassa que se utilizará no revestimento.

3.1 Materiais e métodos

Abaixo seguem os materiais utilizados para o taliscamento executado na parede:


 Argamassa;
 Colher de Pedreiro;
 Linha;
 Pedaços de azulejo.
 Prego;
 Prumo;
 Régua;
 Trena;
 Trincha.

Para a execução do taliscamento, devemos primeiro alinhar a linha na distância que a


talisca ficará da parede (utilizando-se o prego e a linha), para que os extremos possuam a
mesma espessura final de reboco.

Figura 05:Medição da espessura da argamassa, a qual será fixada a talisca

(Fonte: autor próprio)


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Depois disso, foi umedecida a parede com trincha para aplicação da argamassa, a qual
foi fixada a talisca. Após ser aplicada a argamassa na espessura de 3,00 cm fixou-se a talisca.
Depois disso é verificado o prumo das taliscas paralelas verticalmente.

Figura 06: Taliscas executadas

(Fonte: autor próprio)

4 MESTRAS

A execução das mestras é a fase posterior ao taliscamento, onde se preenche uma faixa
de argamassa entre as taliscas, empregando-se a mesma argamassa do taliscamento, que será
regularizada pela passagem da régua, constituindo as mestras. Tem a finalidade de servir
como guias para regularizar o emboço quando for executado.

4.1 Materiais e métodos

Abaixo seguem os materiais utilizados para execução das mestras executado na


parede:
 Argamassa;
 Colher de Pedreiro;
 Desempeno de madeira;
 Prumo;
 Régua;
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 Trena;
 Trincha.
Para a execução das mestras, deve-se primeiramente realizar a limpeza da alvenaria a
receber a argamassa.
Figura 07: Limpeza da alvenaria

(Fonte: autor próprio)

Depois do taliscamento, preenchem-se com argamassa no sentido vertical os espaços


entre as taliscas. A argamassa deve ser aplicada comprimindo-a contra a parede com a colher
de pedreiro. Com isso, formam-se guias ou mestras verticais em toda a parede, que servirão
de base para o preenchimento do emboço.A argamassa é aplicada na espessura indicada pelas
taliscas, a fim de que forme uma superfície única. Depois disso é verificado o prumo das
mestras, verificado se há falhas nas mesmas.
Figura 08: Mestras prontas

(Fonte: Autor próprio)


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5 EMBOÇO

A alvenaria recebe geralmente três camadas de acabamento - chapisco, emboço e


reboco. Oemboço é uma massa grossa que deixa a superfície nivelada. Deve-se dar devida
atenção ao emboço, para que o mesmo seja executado corretamente no nível e no prumo, visto
que a qualidade do acabamento da parede é corrigido e elaborado nesta etapa.

Com espessura entre 1,5 cm e 2 cm internamente e de 3 a 4 cm quando em fachada, o


emboço corrige pequenas irregularidades, melhorando o acabamento da alvenaria e
protegendo-a de intempéries, A composição da argamassa do emboço é semelhante à da
alvenaria. Deve ser feita com cimento, cal hidratada e areia, podendo ser utilizado traço 1:1: 6
ou 1:2:9, eseu tempo de cura é de 7 dias.

5.1 Materiais e métodos

Abaixo segue os materiais utilizados para a aplicação deemboço na parede:


 Argamassa;
 Baldes;
 Colher de Pedreiro;
 Desempenadeira revestida com espuma;
 Desempenadeira;
 Luvas;
 Prumo;
 Régua;
 Taliscas.
 Trena;
 Trincha.

Para o traço da argamassa foi utilizado:

 Três baldes de areia industrial;


 Três baldes de areia média de rio;
 14 litros de água;
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 Um balde de Cal;
 Um balde de cimento.

Tudo foi inserido na betoneira, até chegar ao traço ideal. Com a parede previamente
molhada, preenche-se a área entre as duas guias lançando-se a argamassa na parede, com a
colher de pedreiro, de forma semelhante ao feito para as mestras, de baixo para cima. Após o
lançamento, comprime-se a argamassa na parede com a colher de pedreiro, para melhor fixá-
la na parede e retirar bolhas de ar atrasadas de lançamento.

Figura 09: Preenchimento entre as mestras com argamassa

(Fonte: autor próprio)

Após o preenchimento de uma pequena área entre duas guias, apoia-se uma régua nas
mesmas e raspa-se a superfície preenchida de baixo para cima, em movimentos de
“ziguezague”, retirando-se o excesso de argamassa e fazendo com que toda a área fique com a
superfície plana e aprumada. A superfície deverá apresentar acabamento áspero. Com a
desempenadeira de espuma, foi dado o acabamento final, alisando a superfície delicadamente.
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Figura 10: Utilização da régua para planificar a superfície

(Fonte: autor próprio)

O correto seria esperar a argamassa secar por cerca de 25 dias antes de aplicar o
acabamento final da parede, mas devido ao pouco tempo de aula não foi possível aguardar os
prazos necessários.
Lembrando que, o emboço também pode ser feito com argamassa industrializada que
já vem pronta para uso, bastando adicionar água na obra. Apesar de mais caras, o uso dessas
argamassas vem crescendo, pois podem ser aplicadas em camada única, sem necessidade do
reboco fino.

6 REBOCO FINO

O reboco fino é a última camada de acabamento que a superfície recebe antes de


colocar tintas, selantes e afins. Utiliza-se de vários traços contendo areia fina, sem ter um
traço específico. Atualmente vem sendo usado massas de reboco já industrializadas, que dão o
acabamento necessário para determinada superfície.

O reboco feito foi de massa fina industrializada, de cor cinza, da marca Fida em sacos
de 20 quilos. A espessura dessa camada é de aproximadamente 5 mm, e tem a finalidade de
dar o acabamento. Ela cobre as pequenas imperfeições deixadas pelo emboço na questão
visual, não corrigindo o prumo e nível.
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6.1 Materiais e métodos

Abaixo segue os materiais utilizados para o reboco na parede:


 Argamassa industrializada;
 Baldes;
 Colher de Pedreiro;
 Desempenadeira revestida com espuma;
 Desempenadeira de madeira;
 Trincha.

Para o traço da argamassa foi utilizado:

 Saco de 20 quilos de argamassa industrializada;


 Água para dissolver o pó da argamassa;
 A quantidade de água utilizada deve obedecer às instruções de utilização contidas no
verso da embalagem;
Figura 11: Argamassa para reboco fino

(Fonte: autor próprio)


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A argamassa foi preparada na betoneira. Foi umedecida levemente a parede com uma
trincha. Após é aplicado com a desempenadeira de madeira ou metálica a argamassa, de baixo
para cima. Foi aplicada uma primeira camada lado a lado. Espera-se o tempo da argamassa
“puxar” e observa-se onde ficaram imperfeições aparentes. Então se aplica de novo uma
camada nesta região. Esperou-se atingir o ponto ideal para “cortar”. Utilizou-se a
desempenadeira de madeira para dar acabamento final e por último uma desempenadeira de
espuma. Quando havia necessidade, umedecia-se levemente a parede com a trincha e
continuava-se o processo de desempenamento, até obter-se o acabamento ideal.

Figura 12: Aplicação de massa fina

(Fonte: autor próprio)


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Figura 13: Espessura das camadas de revestimento

(Fonte: autor próprio)

Figura 14: Massa fina aplicada e parede já pronta com a mesma

(Fonte: autor próprio)


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7 ASSENTAMENTO DE PLACAS CERÂMICA

O assentamento cerâmico na parede é utilizado, geralmente, para um acabamento em


cozinhas e banheiros. É utilizado em maior demanda nesses casos, pois é muito resistente à
água e bactérias, também possuindo facilidade para limpeza.

7.1 Materiais e métodos

Abaixo seguem os materiais utilizados para o assentamento da cerâmica na parede:

 Água;
 Argamassa colante;
 Colher de pedreiro;
 Desempenadeira de aço denteada;
 Martelo de Borracha;
 Espuma para aplicação de rejunte;

Antes de ser realizado o assentamento da cerâmica, deve ser realizada a limpeza da


superfície para retirar o pó e outras substâncias que podem interferir na aderência.
O assentamento é realizado com argamassa colante, e para a realização da mistura da
argamassa colante devem-se seguir as instruções do fabricante, no caso da marca escolhida
sendo esta a Colafix, o fabricante indicou 4,2 litros de água para a mistura de 20 kg.
A mistura deve ser feita em um recipiente e não betoneira, visto que ela cola nas laterais
da mesma, dificultando a retirada do material.
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Figura 15: Ficha técnica da argamassa colante

(Fonte: autor próprio)

Lembrando que, sempre deve ser utilizada a argamassa tanto no substrato quanto na peça
cerâmica quando a área da mesma for igual ou maior que 900cm², para que haja argamassa
em todos os pontos, evitando o descolamento e aumentando a aderência. A figura abaixo
mostra a diferença entre utilizar argamassa apenas na peça (imagem à esquerda) e utilizando-
se argamassa no substrato e na peça (imagem à direita).

Figura 16: Comparação entre peças cerâmicas arrancadas do substrato

(Fonte: autor próprio)


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No caso deste trabalho, ao invés de ser utilizado na primeira fileira peças cerâmicascomo
base para as peças seguintes, utilizou-se uma madeira para apoiar a primeira fileira de placas
cerâmicas, como mostrado na figura 15.

Figura 17: Argamassa sendo colocada antes do assentamento da cerâmica

(Fonte: autor próprio)

Após isso, foi iniciada a utilização dos conhecidos espaçadores para separar as peças e
manter uma medida igual em todas as juntas. No momento de colocar argamassa na parede e
nas peças deve-se cuidar, pois o excesso de argamassa faz com que as peças escorreguem,
podendo cair e também haver desalinhamento das placas. Depois de colocada a placa
cerâmica com argamassa no substrato e na peça, deve-se utilizar um martelo de borracha para
fixar melhor a placa na parece.
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Figura 18: Placas assentadas na parede

(Fonte: autor próprio)


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8 CONCLUSÃO

Contudo, após a execução de todos os procedimentos pode-se finalizar que os mesmos


devem ser realizados com muita atenção e qualidade, para que não haja problemas recorrentes
das falhas na execução da obra.
Na atividade prática realmente percebe-se o que ocorre diariamente nas obras, pois há
complexidade quando se juntam todos os itens para que estejam adequados para não haver
problemas futuros, neste caso, o acabamento da parede.
Assim sendo, sempre há necessidade de cuidar os detalhes nas obras, sejam eles
pequenos ou grandes para que não sejam acumulados muitos pequenos problemas que
ocasionem problemas muito grandes, onde não haja mais uma solução viável.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS


____.NBR 13755 – Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com
utilização de argamassa colante – Procedimento –Rio de Janeiro, 1996.

Disponível em: <http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/55/chapisco-emboco-e-


reboco-aprenda-a-preparar-as-argamassas-275577-1.aspx>. Acesso em 20 maio 2016.

Disponível em: <http://construfacilrj.com.br/emboco-de-paredes-execucao/>. Acesso em 20


maio 2016.

Disponível em:<http://ed-mattar.blogspot.com.br/2011/01/ceramica-assentamento-passo-
passo-super.html>. Acesso em 25 maio 2016.

Disponível em:<http://www.facavocemesmo.net/assentamento-de-azulejos-em-paredes/>
Acesso em 27 maio 2016.

Disponível em:<http://ed-mattar.blogspot.com.br/2011/03/ceramica-na-parede-colocacao-
passo.htm>Acesso em 28 maio 2016.

Disponível em:<http://www.colafix.com/wp-content/uploads/2013/09/SUPER-AC-II.pdf>.
Acesso em 20 maio 2016.

Disponível em:<http://www.decoracaodeapartamentos.com/piso-ceramico-vantagens-e-
desvantagens/>. Acesso em 29 maio 2016.

Disponível em:<http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/55/chapisco-emboco-e-
reboco-aprenda-a-preparar-as-argamassas-275577-1.aspx>. Acesso em 29 maio 2016.

Disponível em:<http://pedreirao.blogspot.com.br/2012/02/execucao-de-chapisco-passo-
passo.html>. Acesso em 29 maio 2016.

Disponível em: <http://www.obra24horas.com.br/artigos/revestimentos/revestimentos-em-


argamassa--chapisco-e-emboco-numa-construcao>. Acesso em 29 maio 2016.

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