Introdução Ao Tema de Trespasse e Estabelecimento
Introdução Ao Tema de Trespasse e Estabelecimento
Introdução Ao Tema de Trespasse e Estabelecimento
Definição de Estabelecimento
Definição de Trespasse
O princípio da solidariedade
no que tange as prerrogativas contratuais
brasileiras
O “solidarismo” mostra-se presente na área das obrigações,
à solidariedade ativa ou passiva, em que duas ou mais
pessoas se obrigam ao cumprimento integral da prestação.
No meio contratual, “solidariedade”, corresponde a
obrigação imposta aos contratantes de uma colaboração
recíproca, para que assim, possa-se determinar da melhor
forma possível o comportamento das pessoas diante de
uma sociedade tão complexa quanto a nossa.
1. Unidade da prestação.
2. Pluralidade e independência do vínculo.
Solidariedade Ativa
(nos artigos 267 ao 274 do Código Civil
brasileiro)
Solidariedade Passiva
(nos artigos 275 ao 285 do Código Civil
brasileiro)
Bibliografia:
• JÚNIOR, Waldo Fazzio. Manul de Direito Comercial, 6ª ed.
Editora Atlas, 2005. São Paulo.
• CORREIA, Miguel J. A. Pupo. “Direito da Empresa” in,
Direito Comercial, 10ª ed. Editora EDIFORUM, 2007. Lisboa
Eficácia da Alienação
1. Restrição do tempo:
A cláusula não pode impor uma proibição
permanente. Ela deve ser restrita a certo número de
anos. A clientela muda, a partir de um período, e o
novo concorrente não poderá mais se apropriar
daquela clientela que fizera.
2. Restrição do espaço:
A clientela é, em geral, uma clientela local, por vezes
mesmo uma clientela de bairro. Nesse caso, pouco
importa que o vendedor do estabelecimento
(alienante) inicie uma atividade semelhante em
outra cidade ou em outro bairro. Tudo depende do
ponto de vista do tipo de comércio.
BIBLIOGRAFIA
• NEGRÃO, Ricardo. Manual de direito comercial e de
empresa, v.14. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva,
2005
• Anotações das aulas de Teoria Geral da Empresa,
da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas,
ministradas pelo Professor Cássio Cavalli
• Apostila de Teoria Geral da Empresa da Escola de
Direito da Fundação Getulio Vargas, desenvolvidas
pelo Professor Cássio Cavalli
• Site Jus Navegandi
• JÚNIOR, Waldo Fazzio. Manul de Direito Comercial,
6ª ed. Editora Atlas, 2005. São Paulo.
• CORREIA, Miguel J. A. Pupo. “Direito da Empresa”
in, Direito Comercial, 10ª ed. Editora EDIFORUM,
2007. Lisboa.
BIBLIOGRAFIA:
2. <a
href="http://www.prolik.com.br/atualidades/atualidades/01-
06.htm">http://www.prolik.com.br/atualidades/atualidades/
01-06.htm</a>;
<address> 3. PROF. LUIZ ANTONIO GUERRA; Advogado.
Pós-Doutor em Direito Comercial. Doutor em Ciências
Jurídicas e Sociais (<a
href="http://bdjur.stj.gov.br/dspace/bitstream/2011/16318/
1/Meios_de_Recupera
%C3%A7%C3%A3o_Judicial.pdf">http://bdjur.stj.gov.br/dsp
ace/bitstream/2011/16318/1/Meios_de_Recupera
%C3%A7%C3%A3o_Judicial.pdf</a>)
</address> <address> </address>
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Sobre a Cessão de Créditos e Débitos:
A cessão de créditos é a venda de um direito de credito,
a transferência ativa que o credor faz a outrem de seus
direitos, caracteriza a sucessão ativa da relação
obrigacional. O conceito da cessão de créditos consiste em
um negócio jurídico onde o credor de uma obrigação,
chamado de cedente, transfere a um terceiro, chamado
cessionário, sua posição ativa na relação obrigacional,
independente da autorização do credor que se chama
cedido. Todavia, o cedido deve ser notificado da cessão,
não de forma a autorizá-la, mas para pagar ao novo
cessionário. No código civil, o tema está disposto nos
artigos 286 a 298, neles podemos entrar um resumo rápido
e simplificado do tema.
No ramo do direito das obrigações pode-se definir a
cessão de crédito como um negócio jurídico bilateral, onde
credor transfere a outro seus direitos na relação
obrigacional. A cessão de crédito difere da cessão de
contratos, em que a transmissão ocorre em relação aos
direito e obrigações, ou seja, da inteira posição contratual.
A maioria dos créditos pode ser objeto de cessão, com
ressalva para os créditos alimentícios que não podem ser
transferidos, afinal tais créditos são alienáveis e
personalíssimos e estão diretamente ligados a
sobrevivência da pessoa. A lei também veda a cessão dos
créditos de penhora e o crédito do órfão pelo tutor. O
devedor pode também proibir a cessão de créditos, desde
que esteja previsto no contrato celebrado com o credor
primitivo.
No caso de trespasse a cessão de créditos ocorre de
forma convencional, onde decorre do acordo de vontades
como se caracterizando como uma alienação dos títulos de
crédito. Porém ela não é automática, deve-se no contrato
estabelecer que os créditos sejam cedidos. Na maioria das
vezes quando ocorre a alienação do bem para o adquirente,
este paga o preço pelos créditos no contrato próprio
contrato de compra e venda, pagando um preço superior
para ser o novo titular dos créditos.
Quando o credor transfere o crédito ao cessionário, ele
deve, tem a obrigação de avisar ao devedor (art.290 CC). A
transmissão apenas se torna eficaz quando o devedor sabe
que existe um novo credor, o cessionário. Enquanto o
credor não é notificado, se ele porventura pagar ao
cedente, existe a eficácia libertadora, no momento em que
o novo credor vier cobrá-lo da divida, ele poderá dizer que
não pagará novamente, cessando a obrigação (art.292).
Neste caso o cessionário poderá impetrar uma ação contra
o cedente por enriquecimento sem causa. O devedor não
sabe originalmente desta troca de credor e, por isso, não
poderá ser punido. Cabe ao cessionário informar o mais
rápido possível o devedor.
A cessão de créditos no trespasse não é automática. Esse
posicionamento é divergente, pois, se o estabelecimento
quando é alienado leva para si as dívidas, elas o
perseguem, porque com os créditos não ocorre o mesmo
procedimento? Segundo o autor Ascarelli, se as dividas
perseguem o estabelecimento, como meio de compensar,
os créditos também deveriam ser levados. Este
pensamento, entretanto, não tem tanto apoio no Brasil, até
porque o artigo 286 do código civil é bastante abrangente.
Por isso, no contrato deverá ser estabelecido se os créditos
serão passados ou não.
De acordo com o artigo 1.144 do código civil, a venda
dos créditos de trespasse, cláusula de cessão de créditos
deve ser publicada no registro público mercantil e na
imprensa oficial. Depois desse momento a cessão de
créditos é eficaz e o devedor deve pagar ao novo credor (o
cessionário), caso ele pague ao cedente ele não pagará
bem (art. 1149). A menos que o devedor tenha agido de
boa-fé, ele fica desonerado, desobrigado da divida, por isso,
o cessionário deve avisar pessoalmente o devedor, que
deverá assinar um compromisso de ciência.
Existe também a cessão de débitos ou assunção de
dividas que encontra-se prevista no código civil nos artigos
299 a 303. Este instituto, é um negócio jurídico através do
qual o devedor transfere para outra pessoa a sua posição
na relação jurídica, deixando de ser devedor e repassando a
divida para o novo sujeito passivo da obrigação. Para que
ocorra a assunção de divida ou cessão do débito exige-se
que o credor esteja de acordo, diferentemente do que
ocorre na cessão de créditos, que basta a notificação do
devedor. Assim não é suficiente que outra pessoa deseje
assumir a divida em nome de terceiro, para o real efeito da
operação é necessário que o credor aceite o novo devedor
como sujeito passivo da relação obrigacional (art.299). No
caso da compra e venda de estabelecimento empresarial, o
trespasse, é necessário que, no caso da sociedade
empresária adquirida possuir débitos, ela peça a
autorização de seus credores para que a adquirente possa
arcar com seus débitos.
A assunção de dívida, segundo Carlos Roberto
Gonçalves, pode ser efetivada de duas maneiras, mediante
contrato entre o terceiro e o credor, sem participação ou
anuência do devedor, também conhecida como
expromissão, ou mediante acordo entre o terceiro e o
devedor, com a concordância do credor, chamada também
de delegação. O código civil em seu artigo 299 não dispõe
sobre espécies de assunção de dívida. Para o referido autor,
o legislador quis tratar somente da delegação, pois no
diploma legal exige-se o consentimento expresso do credor.
Neste instrumento o principal efeito é a substituição do
devedor primitivo por um novo sujeito passivo. A relação
obrigacional permanece a mesma. O novo devedor não
pode opor ao credor as exceções pessoais que tinha o
devedor originário. Na assunção de dívida ocorre a extinção
das garantias especiais dadas pelo devedor primitivo.
Corroborando com o explicitado acima, Fábio Ulhoa Coelho
dita que o passivo regularmente contabilizado transfere-se
ao adquirente do estabelecimento empresarial.
Contudo, continua o alienante responsável por esse
passivo, durante um ano (flexibilização da regra que
determina que a solidariedade não se presume - art.265,
CC).
As partes podem convencionar sobre o ressarcimento do
adquirente pelo alienante, principalmente em relação às
dívidas que se encontram "sub judice".
Em razão disso, o credor trabalhista e o credor tributário
estão protegidos de modo particular, nos termos do artigo
448 do CLT, que trata da imunidade dos contratos de
trabalho em face da transferência de propriedade da
empresa - o empregado pode demandar a prestação do
adquirente e do alienante da mesmas forma; e o alienante
responde pelo direito trabalhista mesmo findo o prazo
estabelecido pelo Código Civil. O artigo 133 do Código
Tributário Nacional, diz que o adquirente tem
responsabilidade subsidiária ou integral pelas
responsabilidades fiscais do alienante, se continuar ou não
a explorar atividade econômica.
Em relação ao artigo 1.146, CC um exemplo jurisprudencial
evoca a responsabilização do adquirente por dívidas
anteriores:
2006.001.11483 - APELACAO - 1ª Ementa
DES. ANTONIO SALDANHA PALHEIRO - Julgamento:
11/04/2006 - QUINTA CAMARA CIVEL
4. A
presente cessão será levada a efeito pelo preço de
R$ .......... (..........Reais) , que será pago em moeda
corrente.
12. A
CESSIONÁRIA declarará o vencimento antecipado deste
contrato se o CEDENTE:
(a) tiver sua concordata ou falência declaradas, ou sofrer
intervenção judicial ou extrajudicial; ou