Balconista Farmacia
Balconista Farmacia
Balconista Farmacia
BALCONISTA DE FARMÁCIA
AULAS:
1º Lição: Introdução
Fonte: http://www.primecursos.com.br/openlesson/10061/102084/
AULA: 1º Lição: INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
independente da sua natureza, pública ou privada, cada farmácia precisa ter funcionários
uma equipe preparada para auxiliá-lo nas diversas atividades desenvolvidas nesse
Para isso, esse curso pretende oferecer um aprendizado sobre os assuntos mais
farmácia precisa ter domínio é tão extenso que nenhum curso é capaz de repassar todos
os detalhes. O que vai garantir que o profissional esteja realmente preparado é a prática
profissional.
O aprendizado deve ser contínuo, pois, a cada ano, surgem novas legislações que
grande diferencial e disputado pelo mercado, terá que estudar bastante, dedicar-se muito
pura, que irá ser a responsável pelo efeito. Já o termo “medicamento” é empregado para
o produto farmacêutico final que contém um ou mais fármacos, além de várias outras
substâncias com funções as mais diversas, mas que não contribuem para o efeito
farmacológico.
Para ficar clara a diferença, vamos citar um exemplo: uma das apresentações do
essas outras substâncias que não são apresentam efeito farmacológico e entram na
“medicamento”.
Como já falamos, um fármaco precisa ser misturado com várias outras substâncias
física que o medicamento adquire. Para facilitar a compreensão, vamos dividir as formas
sólido, como no caso dos comprimidos, cápsulas, drágeas, pós, supositórios, pastilhas,
apresenta-se num aspecto de gel ou geléia, como no caso dos cremes, pomadas, pastas,
géis, geléias, etc. E as formas farmacêuticas líquidas são representadas pelas soluções,
administração. Todo medicamento precisa ser introduzido no organismo para que libere o
fármaco, que será o responsável pelo efeito. Como, ou melhor, pode onde, administrar os
conceitos de forma farmacêutica e via de administração tem uma correlação muito íntima,
Por exemplo, um comprimido deve ser utilizado pela via oral, um xampu deve ser
partir de qualquer uma das porções do trato gastrintestinal (TGI) (p. ex., via oral,
sublingual, bucal, retal, etc.). Quando o medicamento não utiliza o TGI como ponto de
utilizam injeção são conhecidas como “parenterais diretas”; como exemplos temos as vias
subcutânea (conhecida pela sigla SC), intramuscular (IM), intravenosa (IV), intracardíaca,
intraocular, etc..
Todas as outras vias, que não utilizam o TGI e nem o recurso da injeção, são
conhecidas como parenterais indiretas; como exemplos temos as vias cutânea (tópica),
limitação da absorção, êmese (que significa “vômito”), destruição do fármaco por enzimas
medicação.
via de administração.
dióxido de silício, macrogol, talco, hipromelose, dióxido de titânio, óxido de ferro vermelho
- fármaco: alisquireno;
- medicamento: Rasilez®;
Auto Avaliação
E agora que você já está familiarizado com a diferença dos termos “fármaco”,
casa de amigos).
AULA: 3º LIÇÃO: FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA
Quanto à via oral, uma das mias utilizadas para administração de medicamentos, a
absorção é regulada pelos vários fatores. Um dos mais importantes é a área da superfície
absortiva. Desse modo, o intestino delgado é a porção do TGI desenvolvido para a
absorção, já que possui uma grande área absortiva, (100m2), proporcionada pelo grande
número de vilosidades, que são “pregas” na parede do intestino. Uma única célula da
mucosa intestinal pode ter até 3.000 microvilosidades!
A pele corresponde a 10% do peso corpóreo e é relativamente impermeável à
maioria das substâncias, porém algumas substâncias podem atravessar essa camada e
cair na corrente circulatória. A pele danificada aumenta a absorção; por exemplo, a
hidrocortisona é absorvida apenas em 1% pela pele intacta, mas até 80% passa para a
derme quando a camada epidérmica está dilacerada.
A via respiratória (via pulmonar) é muito utilizada em casos de problemas nas vias
respiratórias, como asma, por exemplo. Os fármacos administrados por essa via podem
ser absorvidos ou ficarem retidos nesse local, o que pode ser interessante se o objetivo
da farmacoterapia é uma ação local.
Outro local que não pode ser prejudicado por substâncias potencilamente tóxicas é
o feto, já que é um novo ser em formação e qualquer agente que possa interferir na
organização de um órgão pode levar a uma má-formação fetal.
Por isso, existe outra barreira que separa a circulação da mãe da circulação do feto
e é chamada de barreira placentária. É claro que algumas substâncias conseguem
atravessar a barreira placentária.
Mas você pode estar se perguntando “se dois produtos possuem o mesmo
fármaco, na mesma quantidade e na mesma forma farmacêutica, o efeito não será o
mesmo?”. A resposta é “não necessariamente!”. O simples fato de ser a mesma coisa não
garante fazer a mesma coisa. Um exemplo prático ilustra bem a questão. Um cliente de
uma farmácia relatou que viu o comprimido que havia ingerido anteriormente no cocô.
Sim, é isso mesmo que você acabou de ler. No cocô! Por algum problema, provavelmente
relacionado ao método empregado na tecnologia de fabricação do comprimido, um defeito
impediu o mesmo de se desintegrar no estômago liberando o fármaco para a absorção.
Se o comprimido foi encontrado no cocô é porque o fármaco não foi absorvido e o efeito
não ocorreu.
Essa exigência vem desde 2003, mas atendeu a uma ordem de prioridade,
abrangendo inicialmente os produtos considerados de maior risco, como antibióticos,
antineoplásicos e antiretrovirais.
Hoje, para você identificar facilmente um medicamento genérico basta verificar se
na embalagem externa consta a inscrição “medicamento genérico”, além de uma letra G
em maiúsculo, dentro de uma tarja amarela.
AULA 5º LIÇÃO - CLASSES FARMACOLÓGICAS
Outra classificação dos medicamentos leva em conta o efeito principal pelo qual eles são
utilizados terapeuticamente. O objetivo deste capítulo está longe de esgotar o assunto,
pois isso seria tarefa para milhares de páginas.
Entretanto, vamos passar algumas informações básicas sobre as principais classes de
medicamentos disponíveis nas farmácias do Brasil. Valem lembrar que o balconista não
indica medicamentos para os clientes, apenas os entrega juntamente com informações
sobre o modo correto de uso. Somente o médico e o cirurgião dentista estão habilitados e
autorizados por lei para prescrever medicamentos. E os farmacêuticos também podem
indicar medicamentos, desde que não tarjados para os pacientes.
Bom, vamos às principais classes de medicamentos:
1) fármacos que atuam no sistema nervoso central
1.1) antidepressivos: são fármacos indicados para a depressão e outros transtornos
depressivos de humor. Exemplos: agomelatina, amitriptilina e fluoxetina.
1.2) estabilizadores de humor: fármacos indicados para o tratamento do transtorno bipolar
de humor. Exemplo: lítio.
1.3) ansiolíticos: indicados para os transtornos de ansiedade, como transtorno de estresse
pós-traumático e transtorno de ansiedade generalizada. Exemplos: bromazepam e
diazepam.
1.4) hipnótico-sedativos: indicados para induzir o sono. Exemplos: midazolam e zolpidem.
1.5) anticonvulsivantes: indicados para transtornos epileptiformes. Exemplos:
carbamazepina e topiramato.
1.6) antiparkinsonianos: indicados para o tratamento de Mal de Parkinson. Exemplos:
biperideno e levodopa + carbidopa.
2) fármacos que atuam no sistema cardiovascular
1.1) fármacos para insuficiência cardíaca congestiva: Exemplos:
1.2) antiarrítmicos: indicados para o tratamento de arritimias cardíacas. Exemplos:
adenosina, sotalol.
1.3) anti-hipertensivos: indicados para o tratamento da hipertensão arterial.
1.3.1) simpatolíticos: doxazosina, propranolol.
1.3.2) vasodilatadores: hidralazina, nitroprusseto de sódio.
1.3.3) diuréticos: furosemida, hidroclorotiazida.
1.3.4) outros fármacos: captopril, losartano.
3) fármacos do aparelho respiratório
3.1) antitussígenos: inibem o reflexo da tosse. Exemplos: cloperastina, dropropizina.
3.2) expectorantes e mucolíticos: promovem a expectoração. Exemplos: ambroxol,
carbocisteína.
3.3) fármacos para o resfriado: aliviam os sintomas do resfriado comum. Exemplos:
nafazolina, paracetamol.
3.4) antiasmáticos: indicados para a profilaxia de crises agudas de asma ou para o alívio
do broncoespasmo, quando já instalado. Exemplos: salbutamol, zafirlucaste.
4) fármacos que atuam no trato gastrintestinal
4.1) anti-secretores: fármacos utilizados no tratamento da gastrite e úlcera péptica
4.2) antiácidos: aliviam os sintomas de azia e queimação. Exemplos: bicarbonato de sódio
e hidróxido de alumínio.
4.3) antidiarreicos: indicados para casos de diarreia. Exemplos: loperamida e
racecadotrila.
4.4) laxantes e purgantes: indicados para casos de constipação intestinal. Exemplos:
metilcelulose e óleo mineral.
4.5) digestivos: auxiliam o processo da digestão no trato gastrintestinal. Exemplos:
alcachofra, boldo.
4.6) espasmolíticos ou antiespasmódicos: reduzem a motilidade do trato gastrintestinal,
aliviando os espasmos viscerais. Exemplos: atropina, escopolamina.
5) fármacos que interferem no metabolismo e nutrição:
5.1) anorexígenos: auxiliam no tratamento de perda de peso por promover a redução ou
perda de apetite ou, ainda, a absorção de gorduras. Exemplos: orlistate, sibutramina.
5.2) antiddiabéticos: indicados para casos de diabetes mellitus. Exemplos: insulina
glargina, metformina.
5.3) fármacos para hipotireoidismo: indicados para casos de hipotireoidismo. Exemplos:
levotiroxina.
5.4) fármacos para hipertireoidismo: indicados para casos de hipertireoidismo. Exemplos:
propiltiouracila.
5.5) agentes que afetam a calcificação: usados para distúrbios no metabolismo do cálcio.
Exemplos: ácido zoledrônico, calcitonina.
5.6) fármacos que atuam no metabolismo do ácido úrico: Exemplos:
6) vitaminas: substâncias essenciais ao metabolismo dos seres vivos, necessárias em
quantidades muito pequenas.
6.1) vitaminas hidrossolúveis: vitaminas solúveis em água. Exemplos: ácido ascórbico,
piridoxina.
6.2) vitaminas lipossolúveis: solúveis em lipídios. Exemplos: betacaroteno, tocoferol.
7) anticoncepcionais: indicados para evitar gravidez. Exemplos: etinilestradiol,
levonorgestrel.
8) antialérgicos: indicados para casos de alergias. Exemplos: dexclorfeniramina,
pimetixeno.
9) fármacos usados na dor e na inflamação: indicados para condições que apresentam
dor ou inflamação. Exemplos: ácido acetilsalicílico, diclofenaco de sódio.
10) fármacos usados em infecções
10.1) antivirais: indicados para infecção causada por vírus. Exemplos: captopril,
osseltamivir.
10.2) antibacterianos: indicados para infecção causada por bactérias. Exemplos:
amoxicilina, ciprofloxacino.
10.3) antifúngicos: indicados para infecção causada por fungos. Exemplos: cetoconazol,
nistatina.
10.4) antiparasitários: indicados para parasitoses. Exemplos: benznidazol, cloroquina.
Abaixo estão algumas questões de concurso referentes ao tema deste capítulo. Para
respondê-las, você vai precisar de algumas informações adicionais obtidas em pesquisa a
livros e sites da Internet especializados em medicamentos.
Auto-avaliação
Vá até uma farmácia, verifique as condições de exposição dos produtos farmacêuticos:
medicamentos, cosméticos e correlatos. Faça uma avaliação das condições e redija uma
proposta para melhorar um ou mais aspectos da organização da farmácia. Feito isso,
consulte o texto deste capítulo e pesquise em outras fontes para verificar se a sua
proposta está correta.
AULA 7º LIÇÃO - DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Entende-se por Boas Práticas Farmacêuticas o conjunto de técnicas e medidas que visam
assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos
serviços prestados em farmácias e drogarias, com o fim de contribuir para o uso racional
desses produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários.
No ato da dispensação, o cliente deverá ser informado sobre a posologia, a influência dos
alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas
potenciais e as condições de conservação do produto, entre outras informações.
9. aspirar para verificar se foi acessado um vaso sanguíneo (caso verifique a presença de
sangue, retirar o aparelho de injeção do paciente, solicitar ao paciente para que o mesmo
pressione o ponto de aplicação com algodão e reiniciar todo o procedimento novamente,
trocando a agulha);
10. se nenhum vaso foi acessado, aplicar o medicamento lentamente;
11. retirar a agulha;
12. ocluir o local da punção com algodão seco (este procedimento favorece a
hemostasia);
11. desprezar o material utilizado (luvas, agulha, seringa e algodão) em recipiente
apropriado;
12. retirar as luvas e lavar as mãos;
13. registrar o procedimento.
1.7 Perfuração do Lóbulo Auricular para Colocação de Brincos
A perfuração do lóbulo auricular deverá ser feita com aparelho específico para esse fim e
que utilize o brinco como material perfurante. Não poderão ser utilizados agulhas de
aplicação de injeção, agulhas de suturas ou outros objetos para a realização da
perfuração. Os brincos e a pistola a serem oferecidos aos usuários devem estar
regularizados junto à Anvisa.
Os brincos deverão ser conservados em condições que permitam a manutenção da sua
esterilidade. Sua embalagem deve ser aberta apenas no ambiente destinado à
perfuração, sob a observação do usuário e após todos os procedimentos de assepsia e
anti-sepsia necessários para evitar a contaminação do brinco e uma possível infecção do
usuário.
Os procedimentos relacionados à anti-sepsia do lóbulo auricular do usuário e das mãos
do aplicador, bem como ao uso e assepsia do aparelho utilizado para a perfuração
deverão estar descritos em POP, com indicação das referências bibliográficas utilizadas.
O POP deverá especificar os equipamentos de proteção individual a serem utilizados,
assim como apresentar instruções para seu uso e descarte.
Auto-avaliação
Após estudar as técnicas dos diferentes serviços farmacêuticos, reescreva-as, tentando
se lembrar do maior número possível de detalhes. Após terminar de redigir todas as
técnicas, compare o que você escreveu com o material deste capítulo.
AULA 9º LIÇÃO - CÁLCULOS EM FARMÁCIA
Cálculos em Farmácia
A Matemática é uma ciência que pode ser aplicada em qualquer área do conhecimento
humano. Não seria diferente para a área de Farmácia, pois diversas situações são
resolvidas com o apoio de cálculos. Como frequentemente há concursos públicos para
balconista de farmácia e algumas questões envolvem cálculos, trago aqui algumas
questões selecionadas de concursos, além de outras que foram elaboradas
especialmente para este material.
Um concurso para auxiliar de farmácia, da Prefeitura Municipal de Assaí (PR), realizado
em 2011, trouxe a seguinte questão:
O salário de um trabalhador é de R$ 550,00, em 2010. Para 2011, o reajuste salarial será
de 5%, então o salário após o reajuste será de:
a) R$ 570,00
b) R$ 577,50
c) R$ 580,00
d) R$ 587,50
e) R$ 590,00
Esta questão envolve um cálculo de porcentagem. Para resolvermos a questão, podemos
utilizar uma “regra de três”. Um cálculo de “regra de três” envolve três fatores conhecidos
e que, por dedução, um quarto fator é definido. No exemplo acima, para esquematizarmos
a nossa “regra de três” precisamos do seguinte raciocínio: se o salário é de R$ 550,00,
este valor corresponde a 100% (R$ 550,00 = 100%); se o salário vai ter um reajuste de
5%, isso significa que o novo salário será de 100% + 5% (100% do salário atual + 5% de
reajuste).
Então podemos considerar que:
100% ------ 550,00
5% ------ x
x . 100 = 5 . 550
x = 5 . 550/ 100
x = 27,5
Portanto, o salário será de R$ 550,00 + R$ 27,50 = R$ 577,50, e a alternativa correta é a
letra “b”. Vamos para mais duas questões de concurso:
1) (Prefeitura Municipal de Vassouras - RJ, cargo: Atendente de Farmácia/ 2007;
elaboração: UFF) A apresentação de um determinado antibiótico é: pó liofilizado frasco
ampola 1g. O medicamento possui estabilidade de 24 horas em temperatura ambiente
após a reconstituição em 10mL de água para injeção. É correto afirmar que, se forem
prescritos:
a) 300 mg de 8/8 horas, um frasco dará para 24 horas e ainda sobrarão 2mL;
b) 250 mg de 8/8 horas, um frasco dará para 24 horas e ainda sobrarão 3mL;
c) 300 mg de 8/8 horas, um frasco dará para 24 horas e ainda sobrará 1mL;
d) 250 mg de 8/8 horas, um frasco dará para 24 horas e ainda sobrarão 4mL;
e) 300 mg de 8/8 horas, um frasco dará para 24 horas e ainda sobrarão 1,5mL;
Resolvendo a questão...
Se em 10mL está contido 1g de fármaco, eu posso afirmar que cada 1mL contém 0,1g.
Dessa forma, analisando as alternativas, terei que fazer o cálculo para descobrir a
quantidade de volume necessária para utilizar o medicamento em 24 horas (que é o limite
de estabilidade do produto), para as doses de 250 e 300 mg (que são as opções
apresentadas nas alternativas).
Dessa forma, teremos que fazer duas “regras de três”, uma para cada dose.
- 300 mg de 8/8 horas:
Auto-avaliação
Como você já está experiente e rápido em fazer cálculos de dosagens e preços, tente
responder sozinho as seguintes questões:
1) Se uma embalagem de medicamento possui 21 cápsulas, quantas caixas serão
necessárias para completar um tratamento que dura 14 dias, com 4 tomadas diárias?
Haverá sobras? Se sim, de quantas cápsulas?
2) Se você finalizar uma venda que tenha o valor de R$ 342,00, quanto o cliente irá pagar
se você conceder 7% de desconto?
Ética profissional
O balconista de farmácia deve, antes de tudo, prezar pelo respeito integral ao seu cliente.
Da mesma forma, o balconista de farmácia deve respeitar todos os seus colegas e
chefes, criando um ambiente harmonioso de trabalho.
Todos os procedimentos realizados por este profissional devem estar pautados na ética
profissional. “Ética” referese a “valores” e a “ética profissional” está relacionada com os
valores que um profissional deve ter para que possa atuar de forma competente e
satisfatória.
Em alguns ramos do comércio pode existir certa semelhança entre os clientes, o que, em
parte, facilita o trabalho, pois você padroniza a forma de tratamento. Por exemplo, uma
loja de implementos agrícolas, a qual possui como clientes os produtores rurais, diferindo
apenas entre pequenos e grandes. Em uma farmácia, a situação é bem diferente, pois
todo tipo de pessoa pode entrar em um estabelecimento com as mais variadas
necessidades. Uns vão comprar medicamentos, outros cosméticos e alguns vão apenas
se informar sobre algum tipo específico de tratamento.
As diferenças significantes no padrão do próprio cliente, em relação ao gênero, religião,
cor da pele ou etnia, situação financeira e social, orientação sexual, grau de escolaridade,
orientação política, etc. É normal que cada um de nós tenha preferência ou simpatia por
alguns tipos de pessoas; é normal também que tenhamos preconceitos contra algum tipo
em particular.
Se não é fácil nem rápido nos livrarmos de todos os preconceitos, frutos da nossa
ignorância, devemos deixá-los de lado quando exercemos o nosso papel profissional.
Você tem que ter em mente que quando você estiver atuando profissionalmente, como
balconista de farmácia, você deve ser superior à sua individualidade, não permitindo que
os seus preconceitos influenciem na sua postura profissional.
A tarefa de tentar “ensinar” ética pode se tornar impossível, já que a ética está
relacionada aos valores e cada indivíduo pode ter os mais variados valores, diferentes
porque o modo de ver o mundo, a influência da família, a etnia de origem, além de outros
fatores sociais “moldam” o sujeito nos seus valores. Entretanto, por outro lado, seria um
erro não comentar sobre a postura mais adequada que cada profissional precisa adotar
para que os seus serviços possam ser considerados como de alta qualidade. Nesse
sentido, vou apresentar 10 pontos que o balconista de farmácia deve conhecer e seguir
para que o seu trabalho possa ser considerado “ético”. Não é intenção afirmar que todos
os detalhes que cercam a boa atuação profissional podem estar reduzidos a 10 itens,
como se fosse um “check list”. Essa relação serve somente para relacionar os itens mais
imprescindíveis, que nunca deverão ser desconsiderados. O profissional que não atender
aos pressupostos apresentados corre o risco de não permanecer num emprego por muito
tempo, pois a conduta antiética de um funcionário denigre a imagem de uma farmácia. E
num mundo tão competitivo, a imagem de uma empresa tem uma alto valor.
De forma sucinta, então, apresento os itens que nunca devem ser esquecidos por quem
pretende ser um profissional de sucesso.
1)entregue ao cliente somente produtos de qualidade
Os produtos comercializados/dispensados em uma farmácia devem atender às exigências
legais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A farmácia só pode adquirir
medicamentos ou cosméticos de distribuidoras com situação regular junto à Anvisa.
Algumas empresas, principalmente de cosméticos, podem fornecer produtos às farmácias
por representantes, o que não é proibido, mas a farmácia somente pode adquirir produtos
com nota fiscal, que atendam às exigências sanitárias.
A farmácia jamais deve adquirir produtos de “vendedores suspeitos”. Vendedores
suspeitos são aqueles que, mesmo sendo funcionários de uma distribuidora de
medicamentos ou outra empresa similar, oferece uma quantidade de produtos sem nota
fiscal. A possibilidade dos produtos serem oriundos de carga roubada, roubo a hospitais
ou outras situações delituosas é grande.
Nesses casos, mesmo que a farmácia adquira esses produtos, o balconista de farmácia,
por questões éticas, deve se recusar a fornecer esses produtos ao seu cliente.
Outras situações que não devem ocorrer é a venda de medicamentos com o prazo de
validade vencido, que tenham sido mal acondicionados (expostos à luz solar intensa ou
mantidos sem refrigeração, quando isso é uma exigência, mesmo que por um pequeno
período), que não apresentem registro junto à Anvisa, vindos do Paraguai e produtos para
uso veterinário. Algumas dessas situações configuram “falsificação de medicamentos”,
considerado crime hediondo no Brasil.
Portanto, fique atento: o balconista de farmácia, assim como o proprietário da farmácia e
o farmacêutico, pode ser responsabilizado junto à Justiça. As penas podem variar
dependendo do caso, mas não é incomum as pessoas envolvidas nesses crimes terem
restrição à liberdade, ou seja, numa linguagem mais popular, ficarem presas na cadeia.
Nesses casos, além desse cuidado, o balconista nunca deve se dirigir a um colega em
voz alta perguntando algo sobre o produto que o cliente veio comprar, como por exemplo,
o preço, se a filial tem o produto, etc.
A seriedade e a firmeza com que o balconista conduz uma situação que exige
compreensão do cliente irão garantir a satisfação do cliente. O que não pode ocorrer, sob
hipótese alguma, é o balconista “inventar” uma informação porque se vê pressionado em
fornecer uma resposta imediata ao cliente. Todas as informações fornecidas devem ser
corretas. Fique tranqüilo que nem os farmacêuticos e nem os médicos sabem tudo sobre
tudo.
Uma outra recomendação importante diz respeito à empurroterapia. Não seja adepto
desta prática muito prejudicial ao cliente, até mesmo ao balconista. A empurroterapia é
quando o balconista induz o cliente a levar produtos dos quais não precisa. Como o
mundo farmacêutico é um ambiente cheio de nomes estranhos, o cliente pode ser
ludibriado por não entender exatamente a finalidade de cada produto. E isso é um prato
cheio para balconistas irresponsáveis que querem “ganhar a vida em uma venda”. O
balconista sério não é adepto da empurroterapia, pois respeita o seu cliente e sabe que
um bom atendimento fideliza o cliente.
O texto foi editado para melhor adaptar-se a este material, mas sem alteração substancial
das informações.
Durante duas semanas, O Estado visitou algumas farmácias de São Luís para confirmar a
denúncia de que o medicamento Pramil (medicamento para impotência sexual, produzido
no Paraguai e sem licença da Anvisa para uso no Brasil) estaria sendo comercializado.
Por telefone, o atendente de uma farmácia localizada no Vinhais confirmou a venda do
produto. Perguntado se eles teriam o Pramil, ele confirmou a comercialização do
medicamento, mas informou que era feita apenas pessoalmente. “Temos entrega em
domicílio sim, mas não entregamos (em casa). Você tem que comprar aqui na loja”.
Questionado se o remédio era procurado para problemas de impotência, o vendedor
respondeu: “Sim, ele é um similar do viagra e custa R$ 10,00”.
AULA 11º LIÇÃO - NOÇÕES DE CIDADANIA E MERCADO DE TRABALHO
Noções de cidadania
“Cidadania” envolve os direitos e deveres que recaem sobre uma pessoa, de acordo com
a sociedade que a mesma está inserida. O conceito está fortemente ligado aos direitos
políticos, basicamente pela garantia que todo indivíduo tem que ter de poder participar da
composição do governo e da sua administração. Em outras palavras, os direitos políticos
podem ser resumidos na garantia de votar e de ser votado.
No entanto, a noção de direitos pressupõe um conjunto de deveres, como contrapartida,
pois a garantia dos direitos de um indivíduo só se efetiva pelo cumprimento dos deveres
dos outros membros da sociedade. Dessa forma, o termo cidadania transcende os direitos
políticos e tem como objeto os direitos e os deveres em geral que sejam diferenciais para
que a convivência coletiva ocorra de forma harmoniosa, pautada na ética e respeito pelo
outro.
Nesse sentido, as atitudes cotidianas de cada indivíduo deve considerar o respeito por si
mesmo, em primeiro ligar, pelo outro, pelos animais e pelo meio ambiente.
Muito se fala em “cidadania”, mas de nada vai adiantar se o discurso distanciar-se da
prática. Uma pessoa não precisa “falar” bonito, ela tem que “fazer” bonito. Preste atenção
no comportamento de pessoas próximas e você irá perceber como essas contradições
são mais comuns do que se imagina.
Muitas pessoas pregam a justiça, mas querem levar vantagem em tudo e não hesitam em
aceitar privilégios. Há os que se dizem preocupados com a preservação ambiental, mas
mantêm hábitos que geram desperdício, poluição e danos ao meio ambiente. Muitos
sustentam um discurso de igualdade, mas se envolvem em situações de preconceito e
discriminação.
Portanto, fica claro que o que vale é a prática e não as palavras. Abaixo, eu listo algumas
situações que são erradas, tanto do ponto de vista moral, quanto do ponto vista legal.
1) bater em mulher
2) beber e dirigir
3) tentar subornar um guarda (autoridade de trânsito)
4) jogar lixo na rua ou em algum terreno baldio
5) discutir de forma agressiva no trânsito
6) aceitar um privilégio quando este for contra uma norma
7) trocar continuamente de celular, o que gera um lixo para o meio ambiente
8) falar mal de alguém, no intuito de denegrir a imagem da pessoa
9) desrespeitar as normas de segurança no trânsito: andar sem o cinto de segurança,
trafegar em estradas com pneus velhos ou acima do limite de velocidade
10) desrespeitar as pessoas quanto à sua orientação sexual, política ou religiosa
Se você já se envolveu em mais de três dos casos citados, você deve rever os seus
conceitos. Não sou eu quem vai afirmar que você está errado. É a sua autonomia moral
quem vai apontar se você está colaborando para que o ambiente que você vive seja um
ambiente pautado pela cidadania. Se você ficou em dúvida sobre o que é “autonomia
moral”, vale uma explicação: autonomia moral é a capacidade de analisar e escolher
valores, de forma consciente e livre.
Cidadania na prática do exercício profissional do balconista de farmácia
Como as pessoas são diferentes nas suas peculiaridades, cada atendimento deverá ser
personalizado e voltado para as necessidades individuais.
Uma situação hipotética pode ajudar a esclarecer a questão. Imagine qual estratégia
deverá ser adotada no atendimento a um cliente surdo. A barreira linguística que cerca a
comunidade surda não pode justificar um atendimento “parcial”, “menor” ou “incompleto”.
É necessária a busca por alternativas que permitam que o cliente surdo tenha acesso às
mesmas informaçoes que seriam repassadas a outro tipo de cliente, pois o uso de um
medicamento deve considerar alguns parâmetros como dose, intervalo entre as doses e
forma de administração que devem ser compreendidos por quem irá fazer uso deste
produto.
Mundo do trabalho
O mundo do trabalho tem sofrido modificações ao longo dos anos, com algumas
profissões tradicionais desaparecendo e outras novas funções sendo criadas. Lembrem-
se dos alfaiates e dos sapateiros. Hoje, são profissionais em extinção, embora ainda
muito importantes e procurados por algumas pessoas. No caso dos alfaiates, nas últimas
décadas, as roupas fabricadas, ou prêt-aporter, numa expressão em francês que significa
literalmente “pronto para usar”, deu lugar às roupas feitas sob medida. No entanto,
principalmente ente aqueles com um poder aquisitivo maior, com um corpo muito
diferente dos padrões utilizados pela indústria da moda e que precisam usar roupas
sociais diariamente são um público-fiel dos velhos e bons alfaiates. Esse é o caso de
deputados e políticos em geral que precisam usar ternos para ir trabalhar. Em relação ao
sapateiro, o barateamento dos calçados, em parte por serem produzidos em países que
exploram o trabalho infantil e mantém os trabalhadores em condições precárias muito
mais próximas da escravidão, como a China, por exemplo, explica o aumento no consumo
desse item. Com mais sapatos, muitas vezes não é atrativo arrumar um calçado velho,
prefere-se a compra de um novo. E com isso, os sapateiros vão perdendo gradativamente
o seu espaço de trabalho.
Entretanto, a incorporação de novas tecnologias no mundo do trabalho nem sempre
reduzem a oferta de empregos. Pense na grande utilização da Informática. Nos últimos 20
anos houve uma revolução nesse sentido, com o barateamento dos computadores, novos
programas, sempre mais atraentes e com múltiplas funções, disseminação da Internet,
etc.
De forma direta, isso criou várias oportunidades de emprego para profissionais que atuam
no ramo, desde programadores, passando pelo pessoal que presta assistência técnica,
além dos responsáveis pela produção, logística e comercialização de todos os produtos e
serviços envolvidos na área. Fica claro, então, que o surgimento de novas tecnologias e a
modificação das formas de organização do trabalho modificam as relações de trabalho,
mas é a dinâmica social que é o agente de maior importância das transformações
ocorridas.
Em relação à farmácia e aos profissionais que nela atuam, muitas coisas mudaram desde
o começo dessa instituição, mas sem alterar a essência dos serviços. É claro que a
farmácia iniciou sendo um local de guarda de matéria prima e manipulação de fórmulas.
No começo não havia os medicamentos industrializados. Isso só apareceu depois da
Revolução Industrial e de forma disseminada somente no século XX. Com o final da
Segunda Guerra Mundial, praticamente todos os países já haviam “padronizado” as
farmácias como sendo ambientes essencialmente distribuidores de medicamentos e
cosméticos industrializados e prestadores de alguns serviços, como aplicação de
injetáveis, por exemplo, reduzindo o ofício de manipular. Nos anos 1980 houve um
movimento para “ressuscitar” as farmácias de manipulação, praticamente extintas pela
expansão da indústria farmacêutica.
No entanto, se você analisar o que uma farmácia do século XVI e uma farmácia do século
XXI fazem, perceberá que o foco do trabalho é o mesmo: fornecer medicamentos à
população. A única diferença reside no fato de que antes todos os medicamentos eram
manipulados na própria farmácia e, hoje, a maioria dos medicamentos são
industrializados. É claro que as fórmulas também mudaram, fruto do desenvolvimento da
Química e do avanço de pesquisas biomédicas, bem como novas regulamentações no
setor farmacêutico também foram sendo criadas, mas a essência de uma farmácia
continua a mesma.
E o profissional que trabalha em uma farmácia, ainda é o mesmo? E a farmácia, continua
a mesma? A resposta é “sim” e “não”. Mas como assim?
Bom, vamos começar explicando a resposta “sim”. O balconista de farmácia ainda é o
mesmo balconista de décadas atrás. Ele é o responsável pela organização da farmácia,
atendimento dos clientes, aquisição, recebimento e armazenamento dos medicamentos,
etc. Todas essas funções vêm sendo desempenhadas há muito tempo, sempre sob
orientação e supervisão de um farmacêutico. Portanto, a essência do perfil profissional do
balconista de farmácia é a mesma.
Entretanto, por outro lado, o balconista de farmácia da década de 1950 estaria perdido se
precisasse trabalhar em uma farmácia do século XXI. E isso ocorre não apenas pela
introdução de novos fármacos, mas pelas mudanças que ocorreram na farmácia.
Embora essas mudanças sejam sutis ao ponto de não alterar a identidade das farmácias
enquanto estabelecimentos que distribuem medicamentos, elas foram tão profundas que
exigem um preparo específico do profissional para que o mesmo execute as suas funções
da melhor maneira possível. É claro que a principal alteração foi a introdução do
computador como ferramenta de trabalho, essencial para as atividades de gerência e de
atendimento ao cliente.
Para quem nunca usou um computador, o aprendizado não é rápido e exige muita
dedicação. Da mesma forma, a Internet também não é de fácil manuseio para iniciantes.
Saber onde encontrar a informação que você precisa é uma tarefa que precisa de muita
habilidade. E além da incorporação das tecnologias da informação, houve mudanças
profundas quanto aos aspectos legais do medicamento. A introdução do medicamento
genérico, por exemplo, é bem significativa dessas mudanças.
Pelo sim, pelo não, o que é certo é que a farmácia enquanto instituição está longe de
acabar, por mais mudanças que ocorram no cenário político, industrial, econômico e
social. O medicamento é um produto essencial em todos os lugares e devido à
complexidade desse produto, com milhares de apresentações diferentes e modos de
utilização distintos, é necessária a manutenção da farmácia, enquanto estabelecimento
que armazena e distribui à população os medicamentos. E se precisa ter a farmácia,
precisamos também de farmacêuticos e balconistas de farmácia, de forma que esses
profissionais sempre terão o espaço profissional garantido.
O que é novo é apenas a ampliação na discussão do tema, o que tem gerado estudos no
sentido de identificar as causas e as consequências desse tipo de violência.
Saber reconhecer o que é assédio moral ajuda as pessoas tanto a se protegerem dessa
prática nefasta, enquanto vítimas, bem como serve de alerta para identificar quando
podem estar sendo um agressor.
Fonte: http://www.primecursos.com.br/openlesson/10061/102084/