A Matemática Na Historia

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A matemática (dos termos gregos μάθημα, transliterado máthēma, 'ciência',

conhecimento' ou 'aprendizagem';[1] e μαθηματικός, transliterado mathēmatikós,


'inclinado a aprender') é a ciência do raciocínio lógico e abstrato, que estuda
quantidades, medidas, espaços, estruturas, variações e estatísticas. Um trabalho
matemático consiste em procurar por padrões, formular conjecturas e, por meio de
deduções rigorosas a partir de axiomas e definições, estabelecer novos resultados. A
matemática desenvolveu-se principalmente na Mesopotâmia, no Egito, na Grécia, na
Índia e no Oriente Médio. A partir da Renascença, o desenvolvimento da matemática
intensificou-se na Europa, quando novas descobertas científicas levaram a um
crescimento acelerado que dura até os dias de hoje.[2]

Registros arqueológicos mostram que a matemática é tanto um fator cultural, quanto


parte da história do desenvolvimento da nossa espécie. Ela evoluiu a partir de
contagens, medições, cálculos e do estudo sistemático de formas geométricas e
movimentos de objetos físicos. Raciocínios mais abstratos que envolvem argumentação
lógica surgiram com os matemáticos gregos aproximadamente em 300 a.C.,
notadamente com a obra Os Elementos, de Euclides. A necessidade de maior rigor foi
percebida e estabelecida por volta do início do século XVIII.[3]

Há muito tempo, busca-se um consenso quanto à definição do que é a matemática. No


entanto, nas últimas décadas do século XX, tomou forma uma definição que tem ampla
aceitação entre os matemáticos: matemática é a ciência das regularidades (padrões).
Segundo esta definição, o trabalho do matemático consiste em examinar padrões
abstratos, tanto reais como imaginários, visuais ou mentais. Ou seja, os matemáticos
procuram regularidades nos números, no espaço, na ciência e na imaginação e formulam
teorias com as quais tentam explicar as relações observadas. Uma outra definição seria
que matemática é a investigação de estruturas abstratas definidas axiomaticamente,
usando a lógica formal como estrutura comum. As estruturas específicas geralmente têm
sua origem nas ciências naturais, mais comumente na física, mas os matemáticos
também definem e investigam estruturas por razões puramente internas à matemática
(matemática pura), por exemplo, ao perceberem que as estruturas fornecem uma
generalização unificante de vários subcampos ou uma ferramenta útil em cálculos
comuns.

A matemática é usada como uma ferramenta essencial em muitas áreas do


conhecimento, tais como engenharia, medicina, física, química, biologia, e ciências
sociais. Matemática aplicada, ramo da matemática que se ocupa de aplicações do
conhecimento matemático em outras áreas do conhecimento, às vezes leva ao
desenvolvimento de um novo ramo, como aconteceu com estatística ou teoria dos jogos.
O estudo de matemática pura, ou seja, quase sempre sem a preocupação imediata com
sua aplicabilidade, muitas vezes mostrou-se útil anos ou séculos adiante, como
aconteceu com os estudos das cônicas ou de teoria dos números feitos pelos gregos,
úteis, respectivamente, em descobertas sobre astronomia feitas por Kepler no século
XVII, ou para o desenvolvimento de segurança em computadores nos dias de hoje.[4]

Índice
 1 História
o 1.1 No Brasil
 2 Áreas e metodologia
 3 Notação, linguagem e rigor
 4 Áreas da matemática
o 4.1 Fundações e filosofia
o 4.2 Matemática pura
 4.2.1 Quantidades
 4.2.2 Estrutura
 4.2.3 Espaço
 4.2.4 Transformações
o 4.3 Matemática discreta
o 4.4 Matemática aplicada
 5 Matemáticos notáveis
 6 Ver também
 7 Referências
 8 Bibliografia
 9 Ligações externas

História
Ver artigo principal: História da matemática

Além de reconhecer quantidades de objetos, o homem pré-histórico aprendeu a contar


quantidades abstratas como o tempo: dias, estações, anos. A aritmética elementar
(adição, subtração, multiplicação e divisão) também foi conquistada naturalmente.
Acredita-se que esse conhecimento é anterior à escrita e, por isso, não há registros
históricos.

O primeiro objeto conhecido que confirma a habilidade de cálculo é o osso de Ishango,


uma fíbula de babuíno com riscos que indicam uma contagem, que data de 20 000 anos
atrás.[5]

Muitos sistemas de numeração existiram. O Papiro de Rhind é um documento que


resistiu ao tempo e mostra os numerais escritos no Antigo Egito.

O desenvolvimento da matemática permeou as primeiras civilizações, e tornou possível


o desenvolvimento de aplicações concretas: o comércio, o manejo de plantações, a
medição de terra, a previsão de eventos astronômicos, e por vezes, a realização de
rituais religiosos.

A matemática começou a ser desenvolvida motivada pelo comércio, medições de terras


para a agricultura, registro do tempo, astronomia. A partir de 3000 a.C., quando
Babilônios e Egípcios começaram a usar aritmética e geometria em construções,
astronomia e alguns cálculos financeiros, a matemática começou a se tornar um pouco
mais sofisticada.[6] O estudo de estruturas matemáticas começou com a aritmética dos
números naturais, seguiu com a extração de raízes quadradas e cúbicas, resolução de
algumas equações polinomiais de grau 2, trigonometria, frações, entre outros tópicos.
Euclides: painel em mármore no Museo dell'Opera di Santa Maria del Fiore.

Tais desenvolvimentos são creditados às civilizações acadiana, babilônica, egípcia,


chinesa, ou ainda, àquelas do vale do Indo. Por volta de 600 a.C., na civilização grega, a
matemática, influenciada por trabalhos anteriores e pela filosofia, tornou-se mais
abstrata. Dois ramos se distinguiram: a aritmética e a geometria. Formalizaram-se as
generalizações, por meio de definições axiomáticas dos objetos de estudo, e as
demonstrações. A obra Os Elementos de Euclides é um registro importante do
conhecimento matemático na Grécia do século III a.C..

A civilização muçulmana permitiu que a herança grega fosse conservada, e propiciou


seu confronto com as descobertas chinesas e hindus, notadamente na questão da
representação numérica.[carece  de fontes] Os trabalhos matemáticos desenvolveram-se
consideravelmente tanto na trigonometria, com a introdução das funções
trigonométricas, quanto na aritmética. Desenvolveu-se ainda a análise combinatória, a
análise numérica e a álgebra de polinômios.

Na época do Renascentismo, uma parte dos textos árabes foi estudada e traduzida para o
latim. A pesquisa matemática se concentrou então na Europa. O cálculo algébrico
desenvolveu-se rapidamente com os trabalhos dos franceses François Viète e René
Descartes. Nessa época também foram criadas as tabelas de logaritmos, que foram
extremamente importantes para o avanço científico dos séculos XVI a XX, sendo
substituídas apenas após a criação de computadores. A percepção de que os números
reais não são suficientes para resolução de certas equações também data do século XVI.
Já nessa época começou o desenvolvimento dos chamados números complexos, apenas
com uma definição e quatro operações. Uma compreensão mais profunda dos números
complexos só foi conquistada no século XVIII com Euler.

No início do século XVII, Isaac Newton e Gottfried Wilhelm Leibniz descobriram a


noção de cálculo infinitesimal e introduziram a noção de fluxor (vocábulo abandonado
posteriormente). Ao longo dos séculos XVIII e XIX, a matemática se desenvolveu
fortemente com a introdução de novas estruturas abstratas, notadamente os grupos
(graças aos trabalhos de Évariste Galois) sobre a resolubilidade de equações
polinomiais, e os anéis definidos nos trabalhos de Richard Dedekind.

O rigor em matemática variou ao longo do tempo: os gregos antigos foram bastante


rigorosos em suas argumentações; já no tempo da criação do Cálculo Diferencial e
Integral, como as definições envolviam a noção de limite que, pelo conhecimento da
época, só poderia ser tratada intuitivamente, o rigor foi menos intenso e muitos
resultados eram estabelecidos com base na intuição. Isso levou a contradições e "falsos
teoremas". Com isso, por volta do século XIX, alguns matemáticos, tais como Bolzano,
Karl Weierstrass e Cauchy dedicaram-se a criar definições e demonstrações mais
rigorosas.

A matemática ainda continua a se desenvolver intensamente por todo o mundo nos dias
de hoje.

Matemática é a área do conhecimento que envolve o estudo da aritmética, álgebra,


geometria, trigonometria, estatística e cálculo, em busca da sistematização de quantidades,
medidas, espaços, estruturas e variações. A palavra matemática é originada do grego μ?θημα
(mathema), que, em tradução livre, significa “aquilo que pode ser aprendido”.

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