ACTIVIDADES DE FUNDAMENTOS DE PEDAGOGIA Actual
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3. Retire da obra de Brandão (5) exemplos que ilustram a relevância da educação como
instrumento de sobrevivência do homem.
Os (5) exemplos que ilustram a relevância da educação como instrumento de sobrevivência do
homem são: “Os meninos observam os homens quando fazem arcos e flechas; o homem os
chama para perto de si e eles se vêem obrigados a observá-lo. As mulheres, por outro lado, levam
as meninas para fora de casa, ensinando-as a conhecer as plantas boas para confeccionar cestos e
a argila que serve para fazer potes. E, em casa, as mulheres tecem os cestos, costuram os
mocassins e curtem a pele de cabrito diante das meninas, dizendo-lhes, enquanto estão
trabalhando, que observem cuidadosamente, para que, quando forem grandes, ninguém as possa
chamar de preguiçosas e ignorantes. Ensinam-nas a cozinhar e aconselham- -nas sobre a busca de
bagas e outros frutos, assim como sobre a colheita de alimentos. O treinamento directo de
habilidades corporais, por meio da prática directa dos actos que conduzem o corpo ao hábito; a
inculcação dirigida em situações de quase-ensino, com o uso da palavra e turmas de ouvintes, dos
valores morais, dos mitos histórico-religiosos da tribo, das regras dos códigos de conduta; a
correcção interpessoal, familiar ou comunitária, das práticas ou das condutas erradas, por meio do
castigo, do ridículo ou da admoestação.”
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Cadeira: Fundamentos de Pedagogia-Curso de Química
Estudante: Páscoa Arnaldo Castro
Docente: dr. Armando Domingos
4. " A educação existe onde não há escola " explique a manifestação da educação nestes
contextos de vida.
A educação existe onde não há escola, ela existe por toda parte podem haver redes e estruturas
sociais de transferência de saber de uma geração a outra, onde ainda não foi sequer criada a
sombra de algum modelo de ensino formal e centralizado. Porque a educação aprende com o
homem a continuar o trabalho da vida.
Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar onde
ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a sua única prática e o professor
profissional não é o seu único praticante. Em mundos diversos a educação existe diferente: em
pequenas sociedades tribais de povos caçadores, agricultores ou pastores nómades; em
sociedades camponesas, em países desenvolvidos e industrializados; em mundos sociais sem
classes, de classes, com este ou aquele tipo de conflito entre as suas classes; em tipos de
sociedades e culturas sem Estado, com um Estado em formação ou com ele consolidado entre e
sobre as pessoas.
A diferença que o grupo reconhece neles por vocação ou por origem, a diferença do que espera
de cada um deles como trabalho social qualificado por um saber, gera o começo da desigualdade
da educação de "homem comum" ou de "iniciado", que cada um deles diferentemente começa a
receber. Uma divisão social do saber e dos agentes e usuários do saber como essa existe mesmo
em sociedades muito simples. Em seu primeiro plano de separação - o mais universal - numa
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Estudante: Páscoa Arnaldo Castro
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idade sempre próxima à da adolescência, meninos e meninas são isolados do resto da tribo. Em
alguns casos convivem entre iguais e com adultos por períodos de reclusão e aprendizagem que
envolvem situações de ensino forçado e duras provas de iniciação. Todo o trabalho pedagógico
da formação destes jovens é conduzido por categorias de educadores escolhidos entre todos para
este tipo de ofício, de que os meninos saem jovens-adultos e guerreiros, por exemplo, e as
meninas, moças prontas para a posse de um homem, uma casa e alguns filhos.
Ocorre, portanto a separação entre: o que faz, o que sabe com o que se faz e oque se faz com o
que se sabe, SABER E ENSINAR A SABER. Este é o começo: a educação vira o ensino e surge
a necessidade de uma Pedagogia que possa traçar as teorias que determinarão as práticas de
transmissão do saber. No início o espaço educacional não é escolar. Ele é o lugar da vida e do
trabalho: a casa, o templo, a oficina, o barco, o mato, o quintal.
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Estudante: Páscoa Arnaldo Castro
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10. “ A educação que Roma fez e o que ela ensina” p.50. Caracterize a educação romana.
A educação que Roma fez, e o que ela ensina, assim como entre outras sociedades, também em
Roma, o trabalho era entre todos e o saber de todos. Os primeiros reis de Roma punham com os
súditos as mãos no arado e lavravam a terra. O processo educativo que se tem início em Roma
tinha por objectivo a formação da consciência moral. Pretende-se um homem capaz de renúncia
de si próprio em benefício da comunidade. Este modelo de educação primitivo não tinha a
preocupação com a formação física e intelectual do cidadão ocioso, ocupado com o pensar,
governar e guerrear. Tinham como preocupação a formação do homem para o trabalho e a vida,
para a cidadania da comunidade igualada pelo trabalho.
A educação era centrada no lar, os primeiros educadores de pobres e nobres são os pais. Quando
o menino completa sete anos, termina o aprendizado cheio de afeição da mãe e passa a ser
educado pelo pai, que será responsável por formar a sua consciência segundo os preceitos das
crenças e valores da classe e da sociedade. Na educação Romana o modelo ideal a ser seguido é o
ancestral da família, depois o da comunidade.
Mas, assim como na Grécia, ocorre a separação das classes. Quando a nobreza romana abandona
o trabalho da terra pelo da política, enriquecida com a agricultura e os a que, aquele saber
primitivo divide-se e acontece a separação de tipos, níveis e agências de educação. “Quando há
livres e escravos, senhores e servos, começa haver um modelo de educação para cada um, e
limites entre um modelo e outro”. Aos poucos aparece a oposição entre o ensino de educar
(ministrado pelos pais) e o ensino de instruir, do mestre-escola que monta no mercado a loja do
ensino e vende o saber de ler-e-contar como uma mercadoria.
“O ensino elementar das primeiras letras apareceu em Roma antes do IV século a.C. Um tipo de
ensino que podemos identificar com o secundário surgiu na metade do século III a.C. e o ensino
que hoje chamaríamos de superior, universitário, apareceu pelo século I a.C. Mas, durante quase
toda a sua história, o Estado Romano não toma a seu cargo a tarefa de educar, que ficou deixada à
iniciativa particular, mas já não mais comunitária, como ao tempo em que os reis aravam a terra.
Só depois do advento do Cristianismo, por volta do século IV D.C., é que surge e se espalha por
todo o Império as chola pública, mantida pelos cofres dos municípios”.
Foi então preciso “o advento de uma nobreza plenamente separado do trabalho produtivo e, cada
vez mais, até mesmo do trabalho político – entregue nas mãos dos intelectuais mediadores de
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seus interesses – para que surgisse uma classe de gente capaz de representar o mundo quase fora
dele. Esta elite ociosa e seus intelectuais sacerdotes, filósofos e artistas puderam imaginar como
‘puras’ a vida, a arte, a ciência e até mesmo a educação”. A educação passa a ser vista como uma
arma que serve para impor ao povo a vontade e a visão do mundo do dominador.