ACTIVIDADES DE FUNDAMENTOS DE PEDAGOGIA Actual

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Cadeira: Fundamentos de Pedagogia-Curso de Química

Estudante: Páscoa Arnaldo Castro


Docente: dr. Armando Domingos

Actividades de Fundamentos de Pedagogia


1. O que é educação na concepção de Brandão?
Brandão, nos diz que educação é todo conhecimento adquirido com a vivência em sociedade, seja
ela qual for. Sendo assim, o ato educacional ocorre no ônibus, em casa, na igreja, na família e
todos nós fazemos parte deste processo.

2. “ E faremos deles homens…” p.9 Tomando a definição da Pedagogia como ciência,


técnica e filosofia da educação defendida por Pilett, que componente pedagógica está
patente na expressão sublinhada?
O componente que esta patente na frase sublinhada, é a filosofia da educação. Na Pedagogia
filosófica, a acção pedagógica é voltada para a educação do homem integral, em todas as suas
dimensões e assume ora carácter normativo, ora compreensivo, envolvendo diferentes influências
teóricas como o humanismo clássico, o iluminismo, o romantismo e o idealismo.

3. Retire da obra de Brandão (5) exemplos que ilustram a relevância da educação como
instrumento de sobrevivência do homem.
Os (5) exemplos que ilustram a relevância da educação como instrumento de sobrevivência do
homem são: “Os meninos observam os homens quando fazem arcos e flechas; o homem os
chama para perto de si e eles se vêem obrigados a observá-lo. As mulheres, por outro lado, levam
as meninas para fora de casa, ensinando-as a conhecer as plantas boas para confeccionar cestos e
a argila que serve para fazer potes. E, em casa, as mulheres tecem os cestos, costuram os
mocassins e curtem a pele de cabrito diante das meninas, dizendo-lhes, enquanto estão
trabalhando, que observem cuidadosamente, para que, quando forem grandes, ninguém as possa
chamar de preguiçosas e ignorantes. Ensinam-nas a cozinhar e aconselham- -nas sobre a busca de
bagas e outros frutos, assim como sobre a colheita de alimentos. O treinamento directo de
habilidades corporais, por meio da prática directa dos actos que conduzem o corpo ao hábito; a
inculcação dirigida em situações de quase-ensino, com o uso da palavra e turmas de ouvintes, dos
valores morais, dos mitos histórico-religiosos da tribo, das regras dos códigos de conduta; a
correcção interpessoal, familiar ou comunitária, das práticas ou das condutas erradas, por meio do
castigo, do ridículo ou da admoestação.”

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4. " A educação existe onde não há escola " explique a manifestação da educação nestes
contextos de vida.
A educação existe onde não há escola, ela existe por toda parte podem haver redes e estruturas
sociais de transferência de saber de uma geração a outra, onde ainda não foi sequer criada a
sombra de algum modelo de ensino formal e centralizado. Porque a educação aprende com o
homem a continuar o trabalho da vida.
Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar onde
ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a sua única prática e o professor
profissional não é o seu único praticante. Em mundos diversos a educação existe diferente: em
pequenas sociedades tribais de povos caçadores, agricultores ou pastores nómades; em
sociedades camponesas, em países desenvolvidos e industrializados; em mundos sociais sem
classes, de classes, com este ou aquele tipo de conflito entre as suas classes; em tipos de
sociedades e culturas sem Estado, com um Estado em formação ou com ele consolidado entre e
sobre as pessoas.

5. Segundo Brandão "mesmo em algumas sociedades primitivas, quando o trabalho que


produz os bens e quando o poder que a ordem são divididos, começa gerar hierarquias
sociais e consequentemente a divisão social do saber e dos agentes usuários do saber".
Como se caracterizou a educação neste período histórico?
Neste período a educação se caracterizavam, pelo facto de não existir fronteiras do saber comum
de todas as pessoas do grupo e transmitido entre todos livre e pessoalmente, para além do saber
dividido dentro do grupo entre categorias naturais de pessoas (homens e mulheres, crianças,
jovens, adultos e velhos) e transferido de uns aos outros segundo suas linhas de sexo ou de idade,
por exemplo, emergem tipos e graus de saber que correspondem desigualmente a diferentes
categorias de sujeitos (o rei, o sacerdote, o guerreiro, o professor, o lavrador).

A diferença que o grupo reconhece neles por vocação ou por origem, a diferença do que espera
de cada um deles como trabalho social qualificado por um saber, gera o começo da desigualdade
da educação de "homem comum" ou de "iniciado", que cada um deles diferentemente começa a
receber. Uma divisão social do saber e dos agentes e usuários do saber como essa existe mesmo
em sociedades muito simples. Em seu primeiro plano de separação - o mais universal - numa

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idade sempre próxima à da adolescência, meninos e meninas são isolados do resto da tribo. Em
alguns casos convivem entre iguais e com adultos por períodos de reclusão e aprendizagem que
envolvem situações de ensino forçado e duras provas de iniciação. Todo o trabalho pedagógico
da formação destes jovens é conduzido por categorias de educadores escolhidos entre todos para
este tipo de ofício, de que os meninos saem jovens-adultos e guerreiros, por exemplo, e as
meninas, moças prontas para a posse de um homem, uma casa e alguns filhos.

6. Como o autor explica o surgimento da escola e portanto da pedagogia?


A escola surge da necessidade de iniciar a divisão das tarefas, separando de forma hierárquica os
saberes, ou seja, a necessidade de sistematizar as diferentes formas de trabalho. Assim surgem as
hierarquias sociais que desencadeiam um processo de distribuição desigual. O saber passa a
servir ao uso político de reforçar a diferença, no lugar de um saber anterior que afirmava a
comunidade.

Ocorre, portanto a separação entre: o que faz, o que sabe com o que se faz e oque se faz com o
que se sabe, SABER E ENSINAR A SABER. Este é o começo: a educação vira o ensino e surge
a necessidade de uma Pedagogia que possa traçar as teorias que determinarão as práticas de
transmissão do saber. No início o espaço educacional não é escolar. Ele é o lugar da vida e do
trabalho: a casa, o templo, a oficina, o barco, o mato, o quintal.

7. Tomando agora a evolução do processo pedagógico (antes do surgimento da escola até ao


seu surgimento). Identifique as marcas ou exemplos da educação informal, educação não
formal e educação formal.
Educação informal: Na aldeia africana o "velho" ensina às crianças o saber da tribo. As meninas
aprendem com as companheiras de idade, com as mães, as avós, as irmãs mais velhas, as velhas
sábias da tribo, com esta ou aquela especialista em algum tipo de magia ou artesanato.
Os meninos aprendem entre os jogos e brincadeiras de seus grupos de idade, aprendem com os
pais, os irmãos-da-mãe, os avós, os guerreiros, com algum xamã (mago, feiticeiro), com os
velhos em volta das fogueiras.
Educação não formal: Depois, a educação pode existir entre educadores-educandos não
parentes - mas habitantes de uma mesma aldeia, de uma mesma cidade, gente de uma mesma
linguagem - semi-especializados ou especialistas do saber de algum ofício mais amplo ou ·mais
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restrito: artesão-aprendiz, sacerdote-iniciado, cavaleiro· escudeiro, e tantos outros. Até aqui o


espaço educacional não é escolar. Ele é o lugar Já vida e do trabalho: a casa, o templo, a oficina,
o barco, o mato, o quintal. Espaço que apenas reúne pessoas e tipos de actividade e onde viver o
fazer faz o saber. Antes dela havia locais de ensino de metecos e rapsodistas que aos interessados
ensinavam "a fixar em símbolos os negócios e os cantos".
Educação formal: Só depois da invenção da escolar de primeiras letras é que o seu estudo é
pouco a pouco incorporado à educação dos meninos nobres. Assim, surgem em Atenas escolas de
bairro, não raro "lojas de ensinar", abertas entre as outras no mercado. Ali um humilde mestre-
-escola, "reduzido pela miséria a ensinar", lecciona as primeiras letras e contas. O menino
escravo, que aprende com o trabalho a que o obrigam, não chega sequer a esta escola. O menino
livre e plebeu em geral pára nela. O menino livre e nobre passa por ela depressa em direcção aos
lugares e aos graus onde a educação grega forma de fato o seu modelo de "adulto educado".

8. De acordo com a mesma obra, porque a educação é exclusiva ao ser humano?


A educação é exclusiva ao ser humano, porque a educação tem como objecto de guiar o homem
no desenvolvimento dinâmico, no curso do qual se constituirá como pessoa humana - dotada das
armas do conhecimento, do poder de julgar e das virtudes morais - transmitindo-lhe ao mesmo
tempo o património espiritual da nação e da civilização às quais pertence e conservando a
herança secular das gerações. É processo contínuo, que começa nas origens do ser humano e se
estende até à morte.

9. Explique o sentido da palavra paideia na educação grega.


Paideia é um termo do grego antigo, empregado para sintetizar a noção de educação na sociedade
grega clássica. Será na mesma Grécia que se inicia um modelo de educação com um sentido
relativamente semelhante ao que se utiliza hoje. Aquilo que a cultura grega chama com pleno
efeito de educação - paideia - dando à palavra o sentido de formação harmónica, do homem para
a vida da polis, através do desenvolvimento de todo o corpo e toda a consciência, começa de fato
fora de casa, depois dos sete anos. Até lá a criança convive com a sua criação, convivendo com a
mãe e escravos domésticos.

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10. “ A educação que Roma fez e o que ela ensina” p.50. Caracterize a educação romana.
A educação que Roma fez, e o que ela ensina, assim como entre outras sociedades, também em
Roma, o trabalho era entre todos e o saber de todos. Os primeiros reis de Roma punham com os
súditos as mãos no arado e lavravam a terra. O processo educativo que se tem início em Roma
tinha por objectivo a formação da consciência moral. Pretende-se um homem capaz de renúncia
de si próprio em benefício da comunidade. Este modelo de educação primitivo não tinha a
preocupação com a formação física e intelectual do cidadão ocioso, ocupado com o pensar,
governar e guerrear. Tinham como preocupação a formação do homem para o trabalho e a vida,
para a cidadania da comunidade igualada pelo trabalho.
A educação era centrada no lar, os primeiros educadores de pobres e nobres são os pais. Quando
o menino completa sete anos, termina o aprendizado cheio de afeição da mãe e passa a ser
educado pelo pai, que será responsável por formar a sua consciência segundo os preceitos das
crenças e valores da classe e da sociedade. Na educação Romana o modelo ideal a ser seguido é o
ancestral da família, depois o da comunidade.
Mas, assim como na Grécia, ocorre a separação das classes. Quando a nobreza romana abandona
o trabalho da terra pelo da política, enriquecida com a agricultura e os a que, aquele saber
primitivo divide-se e acontece a separação de tipos, níveis e agências de educação. “Quando há
livres e escravos, senhores e servos, começa haver um modelo de educação para cada um, e
limites entre um modelo e outro”. Aos poucos aparece a oposição entre o ensino de educar
(ministrado pelos pais) e o ensino de instruir, do mestre-escola que monta no mercado a loja do
ensino e vende o saber de ler-e-contar como uma mercadoria.
“O ensino elementar das primeiras letras apareceu em Roma antes do IV século a.C. Um tipo de
ensino que podemos identificar com o secundário surgiu na metade do século III a.C. e o ensino
que hoje chamaríamos de superior, universitário, apareceu pelo século I a.C. Mas, durante quase
toda a sua história, o Estado Romano não toma a seu cargo a tarefa de educar, que ficou deixada à
iniciativa particular, mas já não mais comunitária, como ao tempo em que os reis aravam a terra.
Só depois do advento do Cristianismo, por volta do século IV D.C., é que surge e se espalha por
todo o Império as chola pública, mantida pelos cofres dos municípios”.
Foi então preciso “o advento de uma nobreza plenamente separado do trabalho produtivo e, cada
vez mais, até mesmo do trabalho político – entregue nas mãos dos intelectuais mediadores de

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seus interesses – para que surgisse uma classe de gente capaz de representar o mundo quase fora
dele. Esta elite ociosa e seus intelectuais sacerdotes, filósofos e artistas puderam imaginar como
‘puras’ a vida, a arte, a ciência e até mesmo a educação”. A educação passa a ser vista como uma
arma que serve para impor ao povo a vontade e a visão do mundo do dominador.

11. Como era a educação em Atenas e Esparta?


A educação em Antena primava pela união da efebia e da educação intelectual dos jovens, estes
por sua vez, seriam bons cidadãos se passassem por todos os rituais de iniciação e educação. A
educação ateniense tinha como objectivo principal à formação de indivíduos completos, ou seja,
com bom preparo físico, psicológico e cultural. Por volta dos sete anos de idade, o menino
ateniense era orientado por um pedagogo. Na escola, os jovens estudavam música, artes plásticas,
Filosofia, etc.
A educação espartana tinha como objectivo principal formar soldados fortes, valentes e capazes
para a guerra. Logo, as actividades físicas eram muito valorizadas. A educação feminina tinha
como objectivo formar boas esposas e mães. Elas também participavam de actividades
desportivas e torneios. A função deste tipo de educação para as meninas era formar mulheres
saudáveis e fortes, para que pudessem, futuramente, dar a luz a soldados saudáveis e fortes para
Esparta.

12. Qual é a esperança da educação na perspectiva do autor?


Esta é, segundo o autor, a esperança que se pode ter na educação: “Despertar da ilusão de que
todos os seus avanços e melhoras dependem apenas de seu desenvolvimento tecnológico.
Acreditar que o ato humano de educar existe tanto no trabalho pedagógico que ensina na escola
quanto no ato político que luta na rua por um outro tipo de escola, para um outro tipo de mundo”.

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