Caracterização de Maciços Rochosos

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Instituto de Geociências - USP

GSA 0419 – Geologia de Engenharia


Prof. Dr. Edilson Pissato
Caracterização Geológico-Geotécnica de Maciços Rochosos

SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 2
2 – ROCHA INTACTA ..................................................................................................................................... 4
2.1 Litologia .............................................................................................................................................. 5
2.2 Alteração ............................................................................................................................................ 6
2.3 Coerência ............................................................................................................................................ 8
3 - DESCONTINUIDADES ............................................................................................................................... 9
3.1 – Grau de fraturamento ................................................................................................................... 10
3.2 - Rock Quality Designation (RQD) ..................................................................................................... 11
3.3 Persistência....................................................................................................................................... 15
3.4 Rugosidade ....................................................................................................................................... 15
3.5 Abertura e preenchimento ............................................................................................................... 17
3.6 Resistência ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
4. PERMEABILIDADE ....................................................................................... Erro! Indicador não definido.

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1 - INTRODUÇÃO
Entende-se por maciço rochoso uma massa de rocha interrompida por
descontinuidades, sob certas condições hidrogeológicas.
Descontinuidades são juntas, falhas, contatos litológicos, foliações
metamórficas. Assim o maciço é composto por um agregado descontínuo de
blocos, com formas geométricas irregulares, alternados com zonas de rocha
intemperizadas em graus variáveis e com propriedades físicas muito diferentes,
quando comparadas com a mesma massa de rocha intacta.
Os maciços rochosos são essencialmente heterogêneos, anisotrópicos e
descontínuos. A definição de meio homogêneo ou heterogêneo, isotrópico ou
anisotrópico, contínuo ou descontínuo é função da escala da porção do maciço
analisada, em relação à obra considerada (IPT,1984). A Figura 1 ilustra bem esta
constatação.

Figura 1 – Influencia da escala na avaliação da compartimentação de um maciço


rochoso (Extraída de Hoek, 1980).

A presença de descontinuidades no maciço rochoso é fator principal no


controle de sua resistência mecânica e deformabilidade, de tal forma que a
resistência de uma massa de rocha depende mais das descontinuidades

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presentes do que propriamente da resistência das porções intactas da rocha
(Fiori e Carmignani, 2009).
Na Figura 2(a) está representado um maciço com dois sistemas de
descontinuidades e um corpo de prova retirado da rocha intacta. Na Figura 2(b)
estão mostrados os comportamentos de ambos em uma curva tensão x
deformação. Verifica-se que o maciço apresenta menor resistência que a rocha
intacta, uma vez que as descontinuidades modificam as propriedades de
resistência, geralmente reduzindo-as.

Figura 2. (a) Maciço rochoso e rocha intacta e (b) curva tensão x deformação dos
dois materiais.

As características do maciço diferem de local para local, sendo necessário


distinguir os atributos que condicionam o seu comportamento frente às
solicitações impostas por determinada obra. Este procedimento é denominado
caracterização geológico-geotécnica, ou geológico-geomecânica do maciço
rochoso.
O ato de hierarquizar estas características, organizando-as
individualmente em classes, às quais se possa associar comportamentos
diferenciados do meio rochoso para as condições consideradas denomina-se
Classificação Geomecânica do maciço (Junior Serra e Ojima, 1999), que será
visto no próximo capítulo.

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A caracterização constitui em identificar e qualificar ou quantificar os
principais parâmetros que influenciam no comportamento geral do maciço
rochoso. Tais parâmetros podem ser utilizados individualmente em análises ou
avaliados em conjunto nos sistemas de classificação geomecânica.
A caracterização geológico-geotécnica dos maciços rochosos é feita com
base na análise dos seus componentes: rocha intacta, descontinuidades e
presença de água.

2 – PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DA ROCHA INTACTA

No Quadro 01 estão representadas as principais características físicas


dos materiais rochosos, divididas em propriedades de identificação e
propriedades mecânicas.
A descrição geológica das rochas inclui o nome, mineralogia, textura, tipo
de cimentação ou grau de alteração. A descrição petrográfica é realizada com
base na observação macroscópica e análise microscópica, para determinação
da mineralogia, textura, fábric (estrutura), grau de alteração, porosidade,
microfraturamento etc. Para essa finalidade pode-se utilizar microscopia ótica ou
eletrônica, ou técnicas de difração de raios-X.

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Quadro 01. Propriedades da matriz rochosa e métodos para sua determinação.

Propriedades Métodos de
determinação

Composição mineralógica
Descrição visual
Fábrica e textura
Microscopia ótica e eletrônica
Granulometria
Difração de raios X
Cor

Porosidade (η)
Propriedades de
identificação e Peso específico (ϒ) Ensaios de laboratório
classificação
Umidade (µ)

Permeabilidade (k) Ensaios de permeabilidade

Durabilidade/Alterabilidade Ensaios de alterabilidade

Ensaio de compressão uniaxial


Resistência à compressão
Ensaios de carga pontual
simples (σc)
Martelo de Schmidt

Resistência à tração (σt) Ensaios de tração

Propriedades mecânicas Ensaios de medida de


Velocidades de ondas sísmicas
velocidade em laboratório

Resistência ao cisalhamento (ᴄ, Ensaios de compressão triaxial


Ø) Ensaios de cisalhamento direto

Ensaios de compressão uniaxial


Deformabilidade (E, ν)
Ensaio de velocidade sônica

2.1 LITOLOGIA BÁSICA


A litologia corresponde ao tipo de rocha e às suas características
intrínsecas de interesse para à obra considerada. Os diferentes tipos de rocha
apresentam propriedades distintas, como resistência, abrasividades,
permeabilidade, deformabilidade, durabilidade. Muitas propriedades físicas da
matriz rochosa podem ser interpretadas em função das características
petrográficas (porosidade, mineralogia, anisotropias, estruturas).

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Conforme proposta da International Association of Engineering Geology
(IAEG, 1981), a seguinte classificação é sugerida: tipo litológico, tipo geotécnico,
suíte litológica e complexo litológico.
O tipo litológico apresenta homogeneidade em relação à composição,
textura e estrutura, mas geralmente não é uniforme nas propriedades físicas.
O tipo geotécnico apresenta alta homogeneidade física. O tipo geotécnico
está relacionado diretamente com variantes petrográficas dentro do tipo
litológico. Exemplos são os tipos geotécnicos basalto maciço, vesicular ou
amigdaloidal, variantes petrográficos do tipo litológico basalto, que apresentam
características físicas muito distintas entre si (resistência, porosidade,
densidade). Outro exemplo são as variantes de arenito friável (pouco resistente
e muito permeável) e arenito silicificado (muitas vezes com resistência similar a
uma rocha cristalina).
O complexo litológico compreende uma série de tipos litológicos
geneticamente relacionados, desenvolvidos sobre condições geotectônicas e
paleogeográficas específicas.
A suíte litológica compreende muitos complexos litológicos desenvolvidos
sobre condições geotectônicas e paleogeográficas similares.

2.2 ALTERAÇÃO
As rochas podem sofrer alteração de origem física ou química. O
intemperismo físico dá origem a modificações no tamanho e número de
descontinuidades, o intemperismo químico decompõe quimicamente os minerais
promovendo alterações químicas e mineralógicas.
Os maciços rochosos sujeitos ao intemperismo por longos períodos de
tempo vão apresentar diferentes graus de alteração.
De uma maneira geral as rochas da crosta apresentam geralmente
intemperizadas em algum grau, uma vez que sempre existirão fraturas a grandes
profundidades nas as quais ocorre infiltração de água provocando alguma
alteração química nos minerais.
Nesta concepção todas as classificações descritivas da alteração de
rochas definem vários graus de intemperismo. A seguir apresentamos algumas
mais utilizadas no âmbito nacional e internacionalmente.

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No Quadro 1 é apresentada a classificação geral do grau de intemperismo
ou da alteração de material rochoso da Geologial Society, extraído de Fiori e
Carmignani (2009).

Quadro 1 – classificação de rochas intemperizadas segundo o Geological Society (Fiori e


Carmignani, 2009).

Termo Descrição Grau


Rocha fresca Sem evidências de material de alteração IA
Descoloramento ao longo das maiores superfícies de
Muito pouco alterada IB
descontinuidade
Descoloramento indicando alteração da rocha e das
descontinuidades. Todas as rochas apresentam-se
Pouco alterada II
descoloridas por ação do intemperismo e podem estar
pouco enfrequecidas em relação ao estado fresco
Menos da metade da rocha apresenta-se decomposta,
Moderadamente
formando solo. Rocha fresca ou descolorida ocorre sob a III
alterada
forma de corpos relativamente contínuos ou em blocos.
Mais de metade da rocha apresenta-se decomposta,
Muito alterado formando solo. Rocha fresca ou descolorida ocorre sob a IV
forma de corpos relativamente contínuos ou em blocos.
Completamente Toda a rocha está decomposta. A estrutura da rocha
V
alterada original ainda está presente em grande parte.
Toda a rocha é convertida em solo. A estrutura e a
textura da rocha original estão destruídas. Há grande
Solo residual VI
mudança no volume, mas o solo não sofreu transporte
significativo.

No quadro 2 é apresentada a classificação com base nos graus de


alteração proposta pelo IPT (1984). A letra W é refere rente à designação
internacional, utilizada pela International Society of Rock Mechanics - ISRM.

Quadro 2 – Graus de alteração, segundo IPT (1984).

Sigla Denominação Características da rocha


Apresenta minerais primários
de vestígios de alterações ou
com alterações físicas e
A1/ W1/RS Rocha sã ou praticamente sã.
químicas incipientes. Neste
caso a rocha é ligeiramente
descolorida.
Apresenta minerais
Rocha medianamente
A2/ W2/ RAD medianamente alterados e a
alterada (rocha alterada dura)
rocha é bastante descolorida.
Apresenta minerais muito
Rocha muito alterada (rocha
A3/ W3 /RAM alterados, por vezes
alterada mole)
pulverulentos e friáveis.

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Apresenta minerais
totalmente alterados e a
A4/ W4 /REA Rocha extremamente alterada rocha é intensamente
descolorida, gradando para
cores de solo.

2.3 COERÊNCIA
A coerência é uma característica importante na caracterização do maciço
e está diretamente ligada ao tipo e grau de alteração da rocha. É definida com
base em propriedades de tenacidade, dureza e friabilidade das rochas e é
determinada tátil-visualmente, através da apreciação da resistência que a rocha
oferece ao impacto do martelo e ao risco com lâmina de aço.
A partir estes critérios classifica-se a rocha em coerente, medianamente
coerente, pouco coerente ou incoerente. Da mesma forma que a alteração, trata-
se de critério relativo, válido para comparação entre variedades de um mesmo
litotipo (Serra Júnior e Ojima, 1999). O grau de coerência permite uma estimativa
do valor da resistência à compressão simples, conforme Quadro 3.

Quadro 3 – Graus de coerência (ABGE, 1983).

Resistência a compressão
Denominação Descrição Características
uniaxial (MPa) *
Extremament
Marcada pela unha R0 0,25 – 1,0
e branda
C5 Esmigalha-se sob o impacto da ponta
Muito branda do martelo de geólogo, pode ser R1 1,0 – 5,0
raspada por canivete
Pode ser raspada por canivete com
dificuldade, marcada por firme
C4 Branda R2 5,0 – 25
pancada com a ponta do martelo de
geólogo
Não pode ser raspada por canivete,
Medianamen amostras podem ser fraturadas com
C3 R3 25 – 50
te resistente um único golpe do martelo de
geólogo
Amostras requerem mais de um
C2 Resistente R4 50 – 100
golpe de martelo para fraturarem-se

Muito Amostras requerem muitos golpes de


C1 R5 100 – 250
resistente martelo para fraturarem-se

8
Extremament Amostras podem somente ser
R6 > 250
e resistente lascadas com o martelo de geólogo

* Valores sugeridos por Hoek & Brown (1997).

2.4 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES

3 - DESCONTINUIDADES

O estudo das descontinuidades é fundamental para determinação do


comportamento dos maciços rochosos, principalmente em relação à
deformabilidade, resistência e permeabilidade, podendo controlar toda a
estabilidade do maciço rochoso.
São exemplos de descontinuidade as superfícies de foliação,
acamamento, fraturas, juntas, etc.
Na Figura 3, são mostrados os componentes de um maciço rochoso e
algumas das características das descontinuidades.

Figura 3. Constituintes de um maciço rochoso.

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3.1 – GRAU DE FRATURAMENTO

Quanto ao estado de fraturamento de um maciço há vários critérios


razoavelmente semelhantes entre si que caracterizam, em regra, o espaçamento
entre diaclases. No Brasil, um dos mais utilizados é o proposto pelo IPT,
representado no quadro 4, que define o fraturamento em relação ao número de
fraturas por metro, ou seja, a sua frequência.

Quadro 4 – Graus de fraturamento (IPT, 1984).

Fraturas/m Fraturas/m Denominação


F1 <1 Ocasionalmente fraturado
F2 1a5 Pouco fraturado
F3 6 a 10 Medianamente fraturado
F4 11 a 20 Muito fraturado
F5 > 20 Extremamente fraturado

Outra forma de representar o fraturamento é pelo espaçamento médio


entre as fraturas. No Quadro 5 é mostrada a proposta da ISRM.

Quadro 5 – Classificação de espaçamento médio das descontinuidades segundo a


International Society of Rock Mechanics – ISRM (Fiori e Carmignani, 2009).

Termo Espaçamento (mm)


Extremamente pequeno <20
Muito pequeno 20 - 60
Pequeno 60 - 200
Moderado 200 - 600
Grande 600 - 2000
Muito grande 2000 - 6000
Extremamente grande >6000

O grau de fraturamento, ou frequência, é determinada somando-se todas


as descontinuidades interceptadas por uma linha e dividindo-se esse número
pelo comprimento dessa linha.
Essa linha pode ser uma sondagem ou uma linha determinada para
amostragem em um afloramento ou um túnel, por exemplo. Neste último caso, a
linha é chamada scanline.

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Sendo a frequência λ, tem-se:

λ = N/L (1)

Onde N o número de descontinuidades interceptadas e L o comprimento


em metros do trecho considerado (manobra ou scanline).
A relação entre o espaçamento médio (E) e a frequência é:

E = 1/λ (2)

3.2 - ROCK QUALITY DESIGNATION (RQD)


Inicialmente proposto por Deere (1974) como um sistema de classificação
de maciços, o RQD é hoje um parâmetro utilizados pelos principais sistemas de
classificação geomecânica e pode ser obtido em amostras de sondagem
rotativa, como inicialmente proposto, ou ainda em afloramentos ou túneis.
A obtenção a partir de sondagens rotativas é realizada conforme mostrado
na Figura 4. Somam-se os comprimentos dos fragmentos maiores que 10 cm e
divide-se o resultado pelo trecho total de perfuração (manobra). Multiplica-se
então o resultado por 100, de forma a se obter o valor em percentagem.

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Figura 4. Obtenção do RQD em amostras de sondagem rotativa.

Para determinação do RQD em sondagens o ISRM (1981) recomenda


que o diâmetro dos testemunhos seja NX (54,7 mm), retirado com amostradores
de parede dupla usando broca de diamante. As fraturas mecânicas originadas
pelo processo de perfuração devem ser desconsideradas.
Quando não há sondagens, o RQD pode ser obtido em campo, por meio
do índice volumétrico de juntas Jv, utilizando a seguinte expressão, proposta por
Palmström (1982):
RQD = 115 – 3,3Jv (3)

O Jv é determinado obtendo-se os espaçamentos médios dos sistemas de


descontinuidades observados, conforme mostrado na Figura 5.

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Figura 5 – Determinação do índice Jv. S1, S2 e S3 correspondem aos espaçamentos médios
entre os respectivos sistemas e juntas.

Após novos dados, em 2005 Palmström propôs uma nova relação:

RQD = 110 – 2,5Jv (4)

Em scanlines ou túneis o RQD é obtido conforme as relações obtidas do


gráfico apresentado na Figura 6.
Nele se pode verificar que existem duas relações entre a frequência de
fraturamento e o RQD. Para λ > 16, a relação é exponencial e definida pela
equação:

𝑅𝑄𝐷 = 100𝑒 −0,1𝜆 (0,1𝜆 + 1) (6)

Para λ < 16, a relação é linear, representada pela equação:

𝑅𝑄𝐷 = −3,68𝜆 + 110,4 (7)

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Figura 6. Relação entre RQD e frequência de descontinuidades (Priest & Hudson, 1976).

A frequência é obtida por meio da formula nº 1, obtendo-se inicialmente o


espaçamento médio entre as descontinuidades interceptadas pela scanline.
No caso de descontinuidades inclinadas em relação à Scanline, o
espaçamento medido é diferente do real. Neste caso, a medida deve ser
corrigida, conforme mostrado na Figura 7.

Figura 7. Relação entre o espaçamento aparente e o real.

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3.3 PERSISTÊNCIA

3.4 RUGOSIDADE
A rugosidade das paredes das descontinuidades constitui uma
propriedade importante, pois é responsável por uma parcela do atrito entre elas,
parâmetro de grande importante na resistência ao cisalhamento,
A rugosidade pode ser obtida descritivamente conforme a Figura 8, ou por
meio de atribuição de um valor, designado JRC, conforme a Figura 9.
Barton (1973) sugeriu um método para estimar a resistência ao
cisalhamento (τ) de uma junta baseado no coeficiente de rugosidade (JRC). Ele
foi expresso em termos da relação empírica, a seguir:

𝜏 𝐽𝐶𝑆
= 𝑡𝑎𝑛 [𝐽𝑅𝐶𝑙𝑜𝑔 ( )] + ∅𝑟
𝜎𝑛 𝜎𝑛

Nessa equação, ∅𝑟 corresponde ao o ângulo de atrito residual, e σn é a


tensão normal atuando na junta. JCS é a resistência à compressão simples das
paredes, que pode ser obtido com o Martelo de Schmidt.

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Figura 8. Perfis de rugosidade segundo ISRM (1981).

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Figura 9. Joint Roughness Coefficient (JRC), Segundo Barton & Choubey (1997).

3.5 ABERTURA E PREENCHIMENTO


A abertura consiste na distância média entre as paredes da
descontinuidade. Estas ainda podem estar preenchidas ou não. O tipo de
material de preenchimento interfere nas propriedades da descontinuidade. Estes
dois atributos podem ser difíceis de se identificar em sondagens comuns, pois o
material de preenchimento normalmente é lavado no processo de perfuração,
que utiliza água de circulação.
Nesses casos, a utilização de sondagens televisionadas tem sido bem
aplicada. Estes permitem ainda a determinação da direção e mergulho das
descontinuidades, o que se apresenta bastante difícil em testemunhos de
sondagem rotativa.

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REFERÊNCIAS

Associação Brasileira de Geologia de Engenharia – ABGE. (1983). Métodos para


descrição quantitativa de descontinuidades em maciços rochosos. São Paulo
(tradução 12).

Barton, N.; Choubey, V. (1997). The shear strength of rock joints in theory and
practice. Rock Mechanics, vol. 10, nº 1, pp. 1-54.

Fiori, Alberto Pio; Carmignani, Luigi. (2009). Fundamentos de mecânica dos


solos e das rochas: aplicações da estabilidade de taludes. Ed. UFPR. Curitiba –
2ª Ed. 604 p.

Hoek, E. e Brown, E. T. (1980). Underground excavation in rock. London: IMM.

Serra Junior, E.; Ojima, L. M. 1998. Caracterização e classificação de maciços


rochosos. Geologia de Engenharia/editores Antonio Manoel dos Santos Oliveira,
Sérgio Nertan Alves de Brito – São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de
Engenharia - ABGE.

Hoek, E; Brown, E. T. (1997). Practical estimates of rock mass strength. Int.


Journal of Rock Mechanics and Mining Sciences. Elsevier, vol. 34, nº 8, pp.
1165–186.

International Society of Rock Mechanics – ISRM. (1981). Rock characterization.


Testing and monitoring. ISRM Suggested Methods. Ed. Brown, E. T. Commission
on testing and monitoring. Pergamon Press.

Palmström, A. (1995). RMi – a rock characterization system for rock engineering


purposes. PhD Thesis, Oslo University, Norway.

Priest, S. D.; Hudson, J. A. (1976). Discontinuity spacings in rock. Journal rock


mechanics, mining eand geomechanics, vol. 13, 00 135-148. Pergamon Press.
Great Britain.

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