Glossário de Economia A

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Unidade 0 – Módulo inicial

Economia: ciência das escolhas, que resulta do estudo da aplicação racional dos recursos
escassos

Taxa de variação: informa sobre a evolução das variáveis que se pretende estudar, permitindo
conhecer o seu ritmo de crescimento ao longo de um determinado período de tempo

nº de habitantesno ano mais recente−nº de habitantes do ano mais antigo


Taxa de variação=
nº de habitantes do ano mais antigo

Taxa de natalidade: expressa o número de nados-vivos por cada mil habitantes num
determinado ano (sendo expressa em permilagem ؉)

nº total de nascimentos
Taxa de natalidade= ∗1000
população total

Taxa de mortalidade: expressa o número de óbitos ocorridos num determinado ano por cada
1000 habitantes (sendo expressa em permilagem ؉)

nº total de óbitos
Taxa de mortalidade= ∗1000
população total

Crescimento natural da população: corresponde à diferença entre a taxa de natalidade e de


mortalidade

Saldo migratório: corresponde à diferença entre o fenómeno imigração e emigração

Saldo migratório=Imigração−Emigração
Taxa de crescimento efetivo: utilizando agora as quatro últimas taxas acima descritas, é
possível determinar a taxa de crescimento efetivo da população, que nos dá a conhecer o
crescimento real verificado num dado país num determinado ano, por mil habitantes (expressa
em permilagem ؉)

crescimento natural + saldo migratório


Taxa de crescimento efetivo= ∗1000
população total
Unidade 1 – A atividade económica e a ciência económica
Escassez: constitui o principal problema económico e resulta do facto de as necessidades
serem ilimitadas

Custo de oportunidade: expressa todas as opções que sacrificamos para obter algo

Agente económico: entidade autónoma com a capacidade para realizar operações económicas,
tomar decisões e deter valor económico

Atividade económica: é o conjunto de procedimentos que têm por finalidade a obtenção de


bens e serviços necessários à satisfação das necessidades dos indivíduos
Unidade 2 – Necessidades e consumo
Necessidade: é o desejo de acabar ou prevenir uma insatisfação ou de aumentar uma
satisfação

Consumo: é o ato de utilização de bens e serviços para satisfazer determinada necessidade

Utilidade: capacidade dos bens e serviços para satisfazer as suas necessidades

Multiplicidade: as necessidades são múltiplas e renovam-se

Saciabilidade: à medida que a satisfazemos, a necessidade vai desaparecendo

Substituibilidade: uma necessidade pode dar lugar a outra

Relatividade: as necessidades variam no tempo e no espaço

Necessidade primária: necessidade cuja satisfação é indispensável à sobrevivência do ser vivo

Necessidade secundária: necessidade cuja satisfação aumenta a qualidade de vida das pessoas

Necessidade terciária: necessidade cuja satisfação está relacionada com a qualidade de vida de
cada ser humano e que corresponde ao que, em dado momento, é considerado como
supérfluo

Necessidade individual: necessidade em que cada indivíduo imprime o carácter pessoal na sua
satisfação

Necessidade coletiva: necessidade resultante da vida em coletividade, satisfeitas por um bem


ou um serviço em que a sociedade disponibiliza a todos os indivíduos

Consumo: é o ato de utilizar um bem ou um serviço com o objetivo de satisfazer uma


necessidade

Consumo final: quando a utilização do bem permite a satisfação direta e imediata da


necessidade

Consumo intermédio: quando se utiliza um bem na produção de outro bem

Consumo individual: quando o uso de um bem ou um serviço por uma pessoa impede que
outras o utilizem

Consumo coletivo: quando o consumo do bem ou do serviço é efetuado para satisfazer uma
necessidade coletiva

Consumo privado: quando o consumo é efetuado pelas Famílias ou pelas empresas

Consumo público: quando o consumo é efetuado pelas Administrações Públicas

Padrão de consumo: regularidade na forma como as Famílias repartem o seu rendimento pelos
diversos conjuntos de bens

Coeficiente orçamental: peso de cada classe de despesa no total das despesas de consumo das
Famílias

valor da despesa efetuada


coeficiente orçamental= ∗100
total das despesas de consumo
Lei de Engel: à medida que o rendimento aumenta, o peso das despesas em alimentação
diminui, aumentando em contrapartida o peso de outras despesas, nomeadamente das
despesas em lazer e distração

Consumismo: consumo indiscriminado, impulsivo e perigoso

Consumerismo: consumo esclarecido, responsável e consciente dos direitos e deveres


Unidade 3 – A produção de bens e serviços
Bem: é tudo o que é utilizado para a satisfação direta ou indireta de uma necessidade humana

Processo produtivo: conjunto de etapas distintas que permitem a obtenção de um bem

Setor primário: atividades relacionadas com a exploração dos recursos naturais

Setor secundário: agrupa as indústrias ligeiras e pesadas

Setor terciário: atividades prestadoras de serviços comercializáveis e não comercializáveis

Fatores de produção: são as componentes utilizadas na produção de bens e na prestação de


serviços

Recursos naturais: fator de produção constituído pelos elementos da natureza disponíveis em


cada sociedade

Recursos renováveis: correspondem à utilização de recursos não esgotáveis

Recursos não renováveis: correspondem à utilização de recursos que se esgotarão um dia

População ativa: conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que, no período de
referência, constituíam a mão de obra disponível para a produção de bens e serviços que
entram no circuito económico (empregados e desempregados)

População inativa: conjunto de todos os indivíduos sem capacidade para o exercício de uma
atividade remunerada, que exercem uma atividade não remunerada e que apresentem idade
superior à idade da reforma ou inferior a 15 anos

Taxa de atividade: conhecer o peso da população ativa no total da população de um país, num
dado período de tempo

população ativa
Taxa de atividade= ∗100
população total
Taxa de desemprego: conhecer o peso da população desempregada no total da população
ativa de um país, num dado período de tempo

população desempregada
Taxa de desemprego= ∗100
população ativa
Desemprego de longa duração: trabalhador sem emprego, disponível para o trabalho e à
procura de emprego há 12 meses ou mais

Desemprego tecnológico: desemprego resultante da evolução tecnológica

Desemprego repetitivo: desemprego associado à sazonalidade de certas atividades

Terciarização da Economia: ocorre quando, numa economia, o setor terciário vai ganhando
importância, convertendo-se no setor com maior peso no emprego e no Produto do país

Capital: constituído pelos bens produzidos duráveis que vão ser utilizados na produção de
outros bens

Capital financeiro: conjunto dos meios financeiros de que as empresas dispõem e que lhes
permite desenvolver a sua atividade
Capital técnico: conjunto de bens de produção detidos por uma empresa

Capital fixo: corresponde aos bens utilizados, durante vários períodos, no processo produtivo
de outros bens, são bens que ao longo de vários anos sofrem um processo de desgaste

Capital circulante: corresponde aos bens utilizados no processo produtivo e que são
incorporados no novo bem extinguindo-se em cada ciclo produtivo

Capital natural: representa o conjunto de recursos naturais existentes na sociedade e


utilizados nos diversos processos produtivos com a finalidade de proporcionar a satisfação das
necessidades

Capital humano: é o conjunto das capacidades produtivas do indivíduo, o capital humano inclui
os conhecimentos, a experiência e o saber-fazer adquiridos ao longo da vida, pelo trabalhador

Riqueza: traduz a posse de um bem e a sua utilização para uso privado do seu proprietário

Função de produção: é a relação existente entre o produto criado e os fatores produtivos


utilizados na produção

Isoquanta: é a curva representativa do mesmo nível de produção e é construída a partir de


diferentes combinações dos fatores produtivos que garantem a obtenção da mesma
quantidade produzida

Adaptabilidade: possibilidade de, dentro de certos limites, adaptar os fatores produtivos a


novas situações de produção

Substituibilidade: possibilidade de, dentro de certos limites, substituir trabalho por capital e
vice-versa

Complementaridade: possibilidade, dentro de certos limites, dos fatores produtivos se


complementarem na produção

Isocustos: é a curva constituída por todos os pontos representativos de igual custo de


produção para diferentes combinações de fatores produtivos

Produtividade: é o indicador que estabelece a relação entre a produção obtida e os fatores de


produção utilizados no processo produtivo por unidade de tempo

quantidade produzida
Produtividade média do trabalho ( em termosfísicos )=
número de trabalhadores
valor da produção
Produtividade média do trabalho ( em termosmonetários ) =
valor do trabalho

Produtividade total: representa a produção média de todos os fatores de produção utilizados


no processo produtivo

valor da produção
Produtividade total=
valor dos fatores de produção

Produtividade marginal do trabalho: representa o acréscimo da produção resultante do


aumento de uma unidade do fator de produção, mantendo constantes as quantidades
utilizadas dos restantes fatores de produção

acréscimoda quantidade produzida


Produtividade marginal do trabalho=
acréscimo do número de trabalhadores

Custos fixos: são os custos que a empresa tem de suportar independentemente da quantidade
produzida

Custos variáveis: são os custos que variam em função da quantidade produzida pela empresa

Custos totais: correspondem à soma dos custos fixos e dos custos variáveis

Custo total=custos fixos+ custos variáveis

Custo médio total: resulta da divisão do valor do custo total pela quantidade produzida

custototal
Custo médio total=
quantidade produzida

Economias de escala: quando se verifica que à medida que aumenta a quantidade produzida,
os custos médios totais diminuem

Deseconomias de escala: quando se verifica que à medida que aumenta a quantidade


produzida aumentam igualmente os custos por unidade produzida
Unidade 4 – Moeda e inflação
Moeda: bem de aceitação generalizada que expressa o valor dos bens e dos serviços
funcionando como um intermediário das trocas

Moeda-papel: é representativa e convertível em ouro ou prata

Papel-moeda: é inconvertível, de curso forçado e é uma moeda fiduciária

Moeda escritural: inscrições contabilísticas feitas pelos bancos nas contas dos seus clientes
que previamente constituíram depósitos

Preço de um bem: quantidade de moeda que é necessário despender para o obter

Inflação: é a subida generalizada e sustentada do nível médio do preço dos bens e dos serviços

Deflação: queda generalizada dos preços para níveis inferiores aos que vinham a ser praticado,
esta situação encontra-se associada, por exemplo, a situações em que a oferta é superior à
procura, não havendo capacidade para escoar a produção

Reflação: situação de retoma dos preços após um período de deflação

Desinflação: traduz-se numa desaceleração do ritmo de crescimento dos preços, embora


existindo inflação, a sua taxa de crescimento é gradualmente menor

Estagflação: período em que se verifica simultaneamente uma elevada taxa de inflação a par
de uma elevada taxa de desemprego

valor da variável no ano A


Índice de preços= ∗100
valor da variável no ano−base

IPC
Índice de preços no consumidor = ∗100
100−1

Taxa de variação média anual: compara o índice médio dos últimos 12 meses com os 12 meses
imediatamente anteriores

Taxa de variação homóloga: compara o índice médio do mês corrente com o do mesmo mês
do ano anterior

Taxa de variação mensal: compara índices entre dois meses consecutivos


Unidade 5 – Preços e mercados
Mercado: é uma situação em que vendedores e compradores ajustam o preço e a quantidade
do bem a transacionar

Procura individual: a quantidade procurada por um comprador tomado individualmente

Procura agregada: corresponde à soma das procuras individuais

Curva da procura: estabelece a relação entre o preço e a quantidade procurada desse bem,
mantendo-se constantes os restantes fatores condicionantes da procura

Lei da procura: a curva da procura diz-nos que à medida que o preço de um dado bem
aumenta, a quantidade procurada desse bem decresce

Deslocações ao longo da curva da procura: correspondem a variações da quantidade


procurada devido a variações do preço do próprio bem

Deslocações de toda a curva da procura: correspondem a variações da quantidade procurada


devido a variações de qualquer uma das determinantes da procura com exceção do preço do
próprio bem

Curva da oferta: estabelece a relação entre o preço e a quantidade oferecida desse bem,
mantendo constantes os restantes fatores condicionantes da oferta

Lei da oferta: a curva da oferta diz-nos que à medida que o preço do bem A aumenta, a
quantidade oferecida do mesmo bem aumenta

Deslocações ao longo da curva da oferta: correspondem a variações da quantidade oferecida


devido a variações do preço do próprio bem

Deslocações de toda a curva da oferta: correspondem a variações da quantidade oferecida


devido a variações de qualquer uma das determinantes da oferta com exceção do preço do
próprio bem

Transparência: todos os intervenientes no mercado dispõem de total informação sobre os


processos, custos, ou das margens de comercialização

Atomicidade: existe no mercado muitos vendedores e compradores, e nenhum isoladamente


consegue controlar o preço

Livre acesso ao mercado: não existem barreiras que impeçam a entrada ou a saída dos
produtores/vendedores do mercado

Homogeneidade: todos os produtores/vendedores produzem ou prestam um serviço


exatamente com as mesmas características

Mobilidade: qualquer produtor/vendedor pode passar da produção/oferta de um dado


produto para outro sem custos associados à mudança

Situação de equilíbrio: traduz a situação em que para um dado preço a quantidade procurada
é igual à quantidade oferecida

Monopólio: existência de um só produtor/prestador de serviços, a não existência de bens


substitutos e existência de barreiras que impeçam a entrada de novos produtores
Oligopólio: existências de algumas, embora poucas, empresas produtoras e/ou vendedoras do
bem e existência de muitos compradores de um bem diferenciado ou de um bem homogéneo

Concorrência monopolística: existência de várias empresas produtoras e/ou vendedoras de


bens com características ligeiramente diferentes e existência de muitos compradores de um
bem que consideram diferenciado

Fusão de empresas ou trust: o trust resulta da fusão de várias empresas, dando origem a uma
nova empresa que utiliza os meios de produção e os trabalhadores nas diversas empresas
iniciais

Aquisição: resulta da compra por parte de uma empresa da totalidade ou de parte de outra
Unidade 6 – Rendimentos e repartição de rendimentos
Produção: obtenção de bens e serviços necessários à satisfação das necessidades humanas,
gerando rendimentos através da venda de bens e serviços

Repartição funcional: divisão, pelos fatores de produção, dos rendimentos gerados através da
produção de acordo com a função desempenhada por cada fator de produção

Repartição pessoal: divisão dos rendimentos gerados pelas famílias independentemente da


função que cada família desempenha no processo produtivo

Salário: parte do rendimento recebido pelo trabalhador

Renda: parte do rendimento recebido pelos proprietários de imóveis

Juro: parte do rendimento que cabe ao proprietário de capitais monetários

Lucro: parte do rendimento que cabe ao empresário

Salário bruto: corresponde ao montante contratualizado incluindo o IRS e as contribuições


para a Segurança Social

Salário líquido: corresponde ao salário bruto menos os impostos e as contribuições para a


Segurança Social

Salário direto: custo do trabalhador para a entidade patronal

Salário indireto: salário direto, mais as transferências do Estado

Salário nominal: montante em moeda recebido pelo trabalhador

Salário real: quantidade de bens e de serviços que é possível adquirir com o salário nominal

salário nominal
salário real= ∗100
IPC
Repartição pessoal do rendimento: é a análise da forma como os rendimentos se repartem
pelos agregados familiares, independentemente da função que desempenham no processo
produtivo

Leque salarial: é um dos indicadores utilizados na medição da desigualdade salarial (é a relação


entre o salário máximo e o salário mínimo)

salário máximo
Leque salarial=
salário mínimo
Curva de Lorenz: relaciona a percentagem da população de um país, ordenada por ordem
crescente dos seus rendimentos, com a percentagem do rendimento nacional que essa
população recebe, quando mais afastada estiver da reta de equidistribuição, maior é a
desigualdade verificada na repartição dos rendimentos

Índice de desenvolvimento humano (IDH): indicador composto, mede as realizações médias de


um país em três dimensões: uma vida longa e estável, o acesso ao conhecimento e um padrão
de vida digno
Redistribuição de rendimento: é o processo através do qual o Estado e outras instituições
procedem à recolha de rendimentos e à sua transferência para os cidadãos, de forma a
possibilitar a correção de desigualdades provocadas pela repartição primária dos rendimentos

Política fiscal: consiste em aplicar impostos diretos que operem a redistribuição do rendimento
(por exemplo: impostos diretos com taxas progressivas) e consiste em aplicar impostos
indiretos com taxas diferenciadas consoante o grau de necessidade desses bens

Política de preços: consiste em subsidiar os produtos considerados necessários à satisfação de


necessidades primárias; consiste em limitar as margens de lucros das empresas garantindo
preços mais baixos para os bens destinados à satisfação de necessidades primárias; consiste
em penalizar mais o consumo de bens considerados supérfluos, através do pagamento de
impostos diretos

Políticas sociais: proporcionar às famílias de menores rendimentos um conjunto de subsídios e


de apoios sociais, como o rendimento mínimo garantido; colocar à disposição das populações
bens e serviços que satisfazem necessidades coletivas, como, por exemplo, a saúde ou a
educação

Rendimento disponível dos particulares=valor do consumo das famílias +valor da poupança das famílias
Unidade 7 – Poupança e investimento
Poupança: é a parte do rendimento disponível que não foi gasta, no imediato, no consumo

Entesouramento: o aforrador (pessoa que guarda o próprio dinheiro, num cofre, por exemplo)
guarda a poupança, não há qualquer remuneração

Depósito bancário: o aforrador constitui um depósito junto de uma instituição bancária, a


poupança é remunerada através de juros

Investimento: o aforrador aplica a poupança na aquisição de bens de produção, neste caso a


remuneração é variável consoante o desempenho da empresa e designa-se por lucro

Investimento de substituição: é o investimento destinado à aquisição de equipamentos para


repor os que ficaram obsoletos, garante a continuidade do processo produtivo

Investimento de inovação: é o investimento destinado à modernização do processo produtivo,


indispensável para a melhoria da qualidade dos bens e dos serviços prestados

Investimento de aumento da capacidade de produção: é o investimento destinado à ampliação


da capacidade produtiva da empresa, de forma a responder à maior procura no mercado

Formação de capital: designa o montante dos bens de produção utilizados por uma empresa
no processo produtivo

Formação de capital=FBCF +VE


FBCF – valor dos bens duradouros utilizados no processo produtivo durante 1 ano
VE – representa as alterações no valor das existências de produtos acabados, de produtos em
curso de fabrico e de matérias-primas e subsidiárias

Investimento material: representa a aplicação da poupança na aquisição de bens de produção

Investimento imaterial: representa a aplicação da poupança na pesquisa e na descoberta de


novas formas de fabrico, ou de novas matérias-primas (I&D) e em novas formas de gerir,
divulgar e promover os bens e os serviços, bem como, no aperfeiçoamento da qualificação dos
trabalhadores

Investimento financeiro: corresponde ao aumento do capital social das empresas

Inovação do produto: ocorre quando são introduzidos no mercado, produtos novos ou


melhorados

Inovação do processo: ocorre quando são introduzidas melhorias ou novas técnicas de


produção em produtos já existentes, permite produzir com os mesmos recursos, aumentado a
produtividade dos fatores de produção

Investigação & Desenvolvimento (I&D): proporciona o aparecimento de novas matérias-


primas, o aperfeiçoamento de bens já existentes e a descoberta de novas tecnologias
geradoras de novos bens; colocando no mercado novos bens e/ou bens de melhor qualidade,
estas mudanças, por vezes, são acompanhadas, a médio prazo, da redução dos preços dos
bens e da generalização do seu consumo

Capacidade de financiamento: ocorre sempre que o agente económico apresente uma


poupança superior ao valor do investimento a realizar
Necessidade de financiamento: ocorre sempre que a o agente económico apresente uma
poupança inferior ao valor do investimento a realizar

Crédito: representa a utilização de recursos de terceiros, por parte de quem deles necessita,
mediante o pagamento de juros e o compromisso do reembolso futuro

Taxa de juro: representa o custo da utilização do crédito ou a remuneração de quem concede


crédito

Taxas de juro ativas: taxa de juro cobrada pelo banco quando concede um empréstimo

Taxa de juro passiva: taxa de juro paga pelo banco quando recebe depósitos dos seus clientes

Mercado de títulos: é o mercado onde se transacionam os valores mobiliários (são títulos que
confirmam que o seu proprietário é titular de um direito sobre uma entidade)

Mercado primário: onde se transacionam os títulos que entram pela primeira vez em
circulação

Mercado secundário: onde são transacionados os títulos que já se encontram em circulação no


mercado

Bolsa de Valores Mobiliários: é o lugar de encontro dos proprietários de títulos já emitidos e


dos aforradores que desejam adquirir esses títulos

Investimento interno: investimento efetuado por residentes na atividade produtiva do país

Investimento externo ou estrangeiro: investimento efetuado por residentes de outro país na


atividade produtiva nacional ou residentes em Portugal a aplicar as suas poupanças na
atividade produtiva do Resto do Mundo
Unidade 8 – Os agentes económicos e o circuito económico
8.1. O circuito económico

Circuito económico: permite representar graficamente de uma forma simplificada a atividade


económica e pôr em evidência a interdependência (através dos fluxos reais e monetários)
estabelecida entre agentes económicos de um país

Agentes económicos: indivíduo ou entidade que intervém na atividade económica exercendo


pelo menos uma função económica (Famílias, Empresas não financeiras, Instituições
financeiras, Estado, Resto do Mundo)

Famílias: apresentam como função principal o consumo e a poupança

Empresas não financeiras: apresentam como função principal a produção de bens e a


prestação de serviços não financeiros comercializáveis

Instituições financeiras: exercem a função de prestar serviços financeiros (bancos e


seguradoras). Estas realizam as operações financeiras e asseguram o financiamento da
atividade económica

Estado: tem como função principal a satisfação das necessidades coletivas da sociedade e a
redistribuição dos rendimentos

Resto do Mundo: tem como função assegurar o fornecimento de B&S não produzidos pela
economia ou produzidos em quantidades insuficientes e proporciona o escoamento de parte
da produção da nossa economia. Constituído por todas as economias com as quais os agentes
económicos residentes na economia mantêm relações comerciais

Economias abertas: Famílias + Empresas não financeiras + Instituições financeiras + Estado +


Resto do Mundo

Economias fechadas: Famílias + Empresas não financeiras + Instituições financeiras + Estado.


Nestas, os agentes residentes não estabelecem operações comerciais com os não residentes,
procurando assegurar a sua autossuficiência

Fluxos: movimento que traduz a deslocação de um agente económico para outro Fluxos reais:
fazem circular B&S entre os agentes económicos

Fluxos monetários: fazem circular meios de pagamento, moeda, cheques, ordens de


transferência, etc…

8.2. O equilíbrio entre recursos e empregos

Recursos (entradas): bens disponíveis para as diferentes utilizações dadas ou a dar por um
agente económico

Empregos (saídas): utilização que o agente económico faz dos seus B&S (dos seus recursos)

Insuficiências/ limitações do circuito económico:


• Dificilmente consegue demonstrar o equilíbrio económico entre recursos e empregos
• Impossibilidade de representação de todos os recursos
Unidade 9 – A Contabilidade Nacional
9.1. Noção de Contabilidade Nacional

Contabilidade Nacional: Representação (simples e completa) quantificada da economia de um


país que obedece a normas convencionadas e codificadas

Objetivos da Contabilidade Nacional:


• Medir: fornecer os dados relativamente à atividade económica realizada num país num
determinado período de tempo.
• Prever: previsão económica para viabilizar a tomada de decisões ou evitar ou minimizar
crises económicas.
• Decidir: a tomada de decisão permite prever, com razoável probabilidade, as consequências,
nos diversos indicadores, da manipulação dos instrumentos de política económica.
• Comparar:
o Comparação no espaço: proporcionar a informação necessária para estabelecer
comparações entre economias.
o Comparação no tempo: estudar a evolução de uma economia ao longo dos tempos.

9.2. Conceitos necessários à Contabilidade Nacional

Critério institucional: põe em evidência o comportamento económico dos agentes económicos


(centros de decisão)

Critério funcional: põe em evidência os processos ou as funções desempenhadas pelos agentes


económicos (centros de decisão)

Unidade institucional: toda a unidade económica que goza de autonomia de decisão no


exercício da sua função principal

Setor institucional: constituído pelo conjunto de unidades institucionais que apresentam


comportamentos económicos semelhantes

O SEC 95 identifica cinco sectores institucionais (mais um - Resto do Mundo):


• Sociedades Não Financeiras: agrupam todas as sociedades públicas e privadas residentes no
país, produtoras de bens e serviços mercantis (comercializáveis) não financeiros
Recursos: provenientes das vendas
• Sociedades Financeiras: agrupam o conjunto de sociedades, residentes no país, prestadoras
de serviços de intermediação financeira e/ou exercendo atividades 10 auxiliares de natureza
financeira, monetárias e não monetárias, públicas e privadas
Recursos: provenientes dos pagamentos dos serviços financeiros prestados
• Administrações Públicas: todas as unidades residentes, produtoras de bens e de serviços não
mercantis (não comercializáveis) destinados ao consumo individual e coletivo, isto é, são as
unidades que possibilitam a redistribuição do rendimento e da riqueza nacional
Recursos: pagamentos obrigatórios efetuados pelos outros sectores institucionais
• Famílias: são os indivíduos ou grupos de indivíduos residentes no país, quer enquanto
consumidores, quer enquanto produtores de B&S (comercializáveis, não financeiros), desde
que sejam empresários em nome individual ou profissionais liberais
Recursos: Remunerações dos fatores produtivos (S+R+J+L), transferências dos
outros sectores, bem como, receitas provenientes das vendas (de serviços)
• Instituições Sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF): produzir bens e serviços
sem fins lucrativos, para fornecer gratuitamente às famílias ou a preços pouco significativos

Recursos: contribuições voluntárias das famílias (associados), das transferências


provenientes das administrações públicas e dos rendimentos de propriedade

Resto do Mundo: agrupa as unidades institucionais não residentes que efetuam transações
com unidades residentes num país

Ramo de atividade: conjunto de unidades de produção homogéneas

Unidades de produção homogéneas: unidades de produção utilizadoras do mesmo ou idêntico


processo produtivo e que produzem bens e serviços similares

Território económico: espaço geográfico afeto a um determinado país para efeitos económicos

Constituição do território económico: É constituído pelo espaço delimitado pela sua fronteira
geográfica (território terrestre, espaço aéreo e águas territoriais nacionais), os enclaves
territoriais no estrangeiro (embaixadas, consulados, bases militares, etc.) e outras instituições
que o país possui ou cuja gestão efetua noutro país (jazigos ecológicos situados em águas
internacionais, etc.)

Unidades residentes: têm uma atividade económica reconhecida no país (principal centro de
interesses) por um período igual ou superior a um ano

9.3. Óticas do cálculo do valor da produção

Óticas de Cálculo do Valor da Produção

• Ótica do Produto: permite-nos conhecer o valor do produto por sector institucional e/ou
ramo de atividade, e, consequentemente, o valor de todos os B&S produzidos nessa economia;
• Ótica do Rendimento: permite-nos conhecer o valor atribuído como remuneração dos
fatores de produção (S+R+J+L);
• Ótica da Despesa: permite-nos conhecer os gastos efetuados pelos diferentes sectores
institucionais, isto é, os diferentes destinos dados à produção.

9.3.1. Cálculo do valor da produção pela Ótica do Produto

Método dos produtos finais: consiste na contabilização unicamente dos B&S que não vão
voltar a ser transacionados no período em causa, ou seja, consideram-se apenas os bens de
consumo final

Método dos valores acrescentados: utiliza-se o conceito de Valor Acrescentado que é aplicado
a cada unidade produtiva

Valor Acrescentado Bruto: representa o valor que a empresa acrescenta ao que extrai da
natureza ou ao que já foi criado por outras empresas

Consumo Intermédio: valor das compras efetuadas pela empresa, necessárias para produzir os
bens

Produto Bruto: quando no seu processo de cálculo não foi deduzido consumo de capital fixo
(ou amortizações), ou seja, ignoramos a sua existência
Produto Líquido: quando no seu processo de cálculo deduzimos o consumo de capital fixo (ou
amortizações), ou seja, consideramos a sua existência

Produto Interno: O valor do produto tem por base a riqueza obtida pelas unidades
institucionais situadas no seu território económico, independentemente da nacionalidade dos
agentes económicos que contribuíram para gerar essa riqueza. Baseia-se no critério de
território económico

Produto Nacional: O valor tem por base a riqueza obtida pelas unidades institucionais
residentes, independentemente do território económico onde foi gerada essa riqueza. Baseia-
se no critério de unidade residente

Custo de fatores: quando os preços que lhe servem de base resultam unicamente do custo dos
fatores de produção, sem qualquer intervenção do Estado (aos preços do produtor)

Preço de Mercado: quando os B&S são valorizados aos preços do mercado, incluindo,
portanto, o efeito da intervenção do Estado

Subsídios à produção: apoio financeiro atribuído pelo Estado a determinados bens


considerados essenciais

II (impostos indiretos): impostos sobre a produção (IVA, IA, etc.) e impostos alfandegários
(aplicados aos produtos importados)

9.3.2. Cálculo do valor da produção pela Ótica do Rendimento

Rendimento Interno: corresponde à totalidade das remunerações dos fatores produtivos de


uma economia

Transferências: pagamentos realizados pelo Estado às famílias sem que estas forneçam algum
serviço em contrapartida
• Transferências Internas: realizadas entre o Estado e as famílias nacionais
• Transferências Externas: resultam de recebimentos ou de pagamentos efetuados pelas
famílias sem contrapartidas imediatas ao Resto do Mundo

Rendimento Pessoal: tudo aquilo que as famílias recebem antes das várias deduções

Rendimento Disponível dos Particulares: rendimento que as pessoas têm ao seu dispor para
consumirem, isto é, já líquido de contribuições para a segurança social e impostos

9.3.3. Cálculo do valor da produção pela Ótica da Despesa

Consumo Total: representa as despesas de consumo num país


• Consumo privado: despesas das famílias e das empresas realizadas na satisfação das suas
necessidades.
• Consumo público: gastos correntes do Estado.

Investimento: bens que não apresentam uma utilização final


• FBCF - Formação Bruta de Capital Fixo: despesas efetuadas pelas empresas e pelo Estado na
aquisição de meios de trabalho
• Variação de Existências: as alterações no valor das existências em armazém de produtos
acabados, de produtos em curso de fabrico e de matérias-primas e subsidiárias

Procura Interna: corresponde à procura de bens e serviços (gastos realizados) efetuados pelos
residentes dessa economia quer tenham sido produzidos internamente, quer externamente
Procura Global: corresponde a toda a produção realizada internamente (quer para ser
consumida internamente, quer externamente), bem como o consumo interno produzido
externamente (importações)

Exportações: despesas efetuadas por não residentes em relação à produção de bens e serviços
realizada nesse país

Importações: despesas com as aquisições de bens e de serviços efetuadas pelas unidades


residentes no país ao exterior

Despesa Interna: gastos das unidades institucionais realizados no interior da sua fronteira
económica

Despesa Nacional: gastos efetuados por todas as unidades institucionais residentes no país

Produto a preços correntes: é quando os B&S (bens e serviços) são valorizados aos preços do
próprio ano (ano em vigor)

Preços correntes: são os preços em vigor no próprio ano (ano corrente)

Produto a preços constantes: quando a valorização é feita para vários anos, aos preços de um
determinado ano considerado como base (ano-base ou ano de referência)

Preços constantes: são os preços de um determinado ano considerado base

9.4. Limitações da Contabilidade Nacional

Economia subterrânea: atividades em que o ramo é legal, mas escapam à contabilidade


nacional porque evitam o pagamento de impostos; evitam o pagamento de descontos sociais;
fogem ao cumprimento de normas legais relativamente a salários/segurança/saúde

Economia ilegal: tipo de atividades ilegais, produção de bens e serviços cuja produção, venda
ou posse é ilegal (drogas); produção legal, mas praticadas por pessoas não autorizadas (prática
ilegal da medicina)

Economia informal: atividades cujos bens se destinam ao autoconsumo e escapam facilmente


à contabilidade nacional (donas de casa, bricolage), produção de bens para autoconsumo;
atividades que têm como objetivo principal proporcionarem trabalho e rendimento às pessoas
envolvidas

Externalidades: é o impacto (positivo ou negativo) causado por um processo produtivo sobre o


bem-estar da sociedade sem que esta tenha contribuído para o mesmo
• Positivas: Quando existem benefícios indiretos em resultado de um processo produtivo
• Negativas: Quando existem associadas a efeitos negativos para a sociedade em resultado de
um processo produtivo

Glossário de Economia A
Trabalho realizado por: Filipa Vargas nº6 e Sofia Silva nº21

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