Linguagem X Língua
Linguagem X Língua
Linguagem X Língua
LINGUAGEM X FALA
Conexionismo ou
associacionismo
ABORDAGEM EMPIRISTA
Jean Piaget
Linguagem
Cognição
Henri Wallon
Linguagem
Obs.:
1) Para Vygotsky, os estágios de desenvolvimento cognitivo não possuem caráter universal;
2) Vygotsky não atribui a mesma conotação de fala egocêntrica que Piaget. “Na concepção piagetiana, a
fala egocêntrica não cumpre nenhuma função verdadeiramente útil no comportamento da criança e
simplesmente se atrofia a medida que se desenvolve o pensamento socializado, no período operacional
concreto.” Já para Vygotsky “a fala egocêntrica desempenha um papel definido e muito importante na
atividade da criança. não permanece
por muito tempo com um mero acompanhamento da ação: constitui-se num meio de expressão e
libertação de tensões, tornando-se logo um instrumento do pensamento... um estágio transitório na
evolução da fala social para a fala interior.” (PALANGANA, 2001, p. 100).
TABELA
15-18 meses
Próximo dos Podem falar um número razoável de palavras;
18 meses Ocorre aumento do vocabulário.
Entre 16 e 19 A maioria das crianças ainda utiliza pistas não verbais – como o olhar.
meses
Ocorre nas crianças grandes mudanças nas habilidades conversacionais;
Começam a compreender que tem necessidade de responder com fala a fala do
outro;
Fazem perguntas, compreendem o que lhes é dito; Tomam parte de uma troca
linguística entre duas pessoas; Surgem frases de dois ou três elementos;
Existe um período transacional no qual as sequências de uma só palavra começam
a aparecer reunidas, mas sem ocorrência prosódica que caracteriza uma oração.
exemplo: "papai aqui", "mais água", etc;
Começam a aparecer às primeiras flexões (plural);
Entre 18 e 24 As orações negativas são utilizadas por meio do não isolado ou colocado no final;
meses por exemplo: "dormir não";
As interrogativas: “que?” e “onde?” são as mais primitivas. Verbaliza as
necessidades;
Compreende certas ordens.
Falam em torno de 200 palavras, emitem frases simples;
Aparição de frases rudimentares com pronomes (eu, meu). Estas serão as
primeiras relações simbólicas, já que a criança se designa na terceira pessoa;
24-30 meses Constrói bem uma sequência de três elementos, por exemplo: "neném come pão",
com uma estrutura principal do tipo svs (substantivo-verbo-substantivo);
Esta fase costuma ser chamada de "fala telegráfica", pois não aparece no discurso
as principais palavras-função: artigo, preposição, flexão de gênero, número e grau;
Sabe cantar algumas canções infantis.
Compreende a aquisição de substantivos abstratos (cores) dos adjetivos, a dimensão
dos termos espaciais (perto/longe);
A estrutura da frase, assim como a maioria dos fonemas, já deve estar estabilizada;
No plano de estrutura das frases, as orações vão se tornando complexas, chegando
à combinação de quatro elementos;
Começam a aparecer as primeiras frases coordenadas, por exemplo: "papai não
está” e “mamãe não está";
Aumenta a frequência do uso das principais flexões: gênero, número e grau;
enquanto vão aparecendo outras formas rudimentares de verbos auxiliares (ser,
30-36 meses estar). Por exemplo: "neném não estar";
Uso mais sistemático dos pronomes de primeira, segunda e terceira pessoa (eu-tu-
ele-ela), dos artigos definidos (o-a). Diversas frases simples com advérbios de lugar
combinados em orações coerentes;
Responde quando é chamada por seu nome.
Habilidade para formular comandos indiretos simples;
Vasta utilização de pronomes possessivos e verbos auxiliares; Eliminação
progressiva dos erros sintáticos e morfológicos;
Começam a aparecer estruturas da voz passiva, assim como outras formas mais
complexas de introdução de frases nominais (depois de, também);
Usa corretamente as principais flexões verbais; infinitivas, presente, pretérito perfeito
e passado;
Os advérbios de tempo são usados com frequência (agora, depois, hoje, amanhã),
ainda que existam confusões no emprego dos advérbios temporais e espaciais;
Já usa um vocabulário de mil palavras;
Gosta de usar as palavras e de jogar com elas; inventa nomes bobos para designar
objetos;
É o apogeu do uso das perguntas: “por quê?”, “como?”;
36-42 meses Começa um período de aumento rápido de vocabulário e de aquisição de noções
complexas. É capaz de compreender ordens simples verbais e gestuais;
No plano sintático aprende a estrutura de orações complexas de mais de um período
com o uso frequente da conjunção "e". Aparecem as subordinadas "mais", "porque" e
as estruturas comparativas "mais que";
Primeiras noções iniciais do uso dos relativos "que", por exemplo: "neném que
chora". Uso das formas negativas, por exemplo: "o menino não dormiu".
Aumenta a complexidade das frases interrogativas;
Os verbos auxiliares "ser e ter" são usados na maioria das vezes de forma correta, o
que possibilita o uso do passado composto "fui passear"; Começa usar frases no
tempo futuro;
Apesar de dominar uma grande quantidade de estruturas gramaticais, ainda
comete muitos erros e muitas vezes se autocorrige deles. É extremamente criativa
com a linguagem.
42-54 meses Completo domínio das frases mais básicas;
A maioria das regras gramaticais é assimilada;
Vasta utilização de pronomes possessivos e verbos auxiliares; Eliminação
progressiva dos erros sintáticos e morfológicos;
Começam a aparecer estruturas da voz passiva, assim como outras formas mais
complexas de introdução de frases nominais (depois de, também);
Usa corretamente as principais flexões verbais: infinitivas, presente, pretérito perfeito
e passado;
Os advérbios de tempo são usados com frequência (agora, depois, hoje, amanhã),
ainda que existam confusões no emprego dos advérbios temporais e espaciais.
4-7 anos A criança adquire os sons mais complexos;
Produz as palavras mais simples de forma adequada; Começa a usar palavras mais
longas.
FONTE: Cupello (1993); Law (2001); Bishop e Mogford (2002); Scheuer,
Befi-Lopes e Wertzner (2003); Wertzner (2004); Acosta et al. (2003).