Caderno 6ano Historia 1
Caderno 6ano Historia 1
Caderno 6ano Historia 1
CADERNO DO PROFESSOR
HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL
VOLUME 4
HISTÓRIA
VOLUME 4
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
HISTÓRIA
6º ANO
4º BIMESTRE
UNIDADE TEMÁTICA HABILIDADES OBJETOS DE
CONHECIMENTO
Senhores e servos no
(EF06HI16) Caracterizar e
mundo antigo e no
comparar as dinâmicas de
medieval; Escravidão e
abastecimento e as formas
trabalho livre em
Trabalho e formas de de organização do trabalho
diferentes temporalidades
organização social e e da vida social em
e espaços (Roma Antiga,
cultural diferentes sociedades e
Europa medieval e África);
períodos, com destaque
Lógicas comerciais na
para as relações entre
Antiguidade romana e no
senhores e servos.
mundo medieval.
Senhores e servos no
mundo antigo e no
medieval; Escravidão e
trabalho livre em
Trabalho e formas de (EF06HI17) Diferenciar
diferentes temporalidades
organização social e escravidão, servidão e
e espaços (Roma Antiga,
cultural trabalho livre no mundo
Europa medieval e África);
antigo.
Lógicas comerciais na
Antiguidade romana e no
mundo medieval.
(EF06HI18) Analisar o
Trabalho e formas de papel do cristianismo na O papel da religião cristã,
organização social e cultura, na política e na dos mosteiros e da cultura
cultural sociedade, durante o na Idade Média.
período medieval.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
(EF06HI21*) Identificar as
características e trajetórias
do Cristianismo, do povo
O papel das religiões na
Trabalho e formas de hebreu e do povo árabe,
política, na economia,
organização social e estabelecendo as relações
cultura e sociedade no
cultural do mundo medieval cristão
período medieval.
com o mundo árabe, com o
Império Otomano e com as
populações judias.
(EF06HI19) Descrever e
Trabalho e formas de O papel da mulher na
analisar os diferentes
organização social e Grécia e em Roma, e no
papéis sociais das
cultural período medieval.
mulheres no mundo antigo.
ATIVIDADE 1
1.1. O trabalho é uma atividade por meio da qual o ser humano interage e transforma o meio
ambiente, bem como produz os recursos para sua sobrevivência e de seus dependentes. No
decorrer da história, as relações de trabalho foram se transformando: desde o trabalho escravo
na Antiguidade à servidão na Idade Média, da escravidão na América às diversas formas de
trabalho da atualidade.
Pensando nisso, responda às questões abaixo em seu caderno e socialize suas respostas quando
solicitado, seguindo as orientações do(a) professor(a).
SAIBA MAIS:
❏ WARSCHAUER, Cecília. Rodas e narrativas: caminhos para a autoria de pensamento, para a
inclusão e a formação. In: SCOZ, Beatriz et al (orgs.). Psicopedagogia: contribuições para a
educação pós-moderna. Petrópolis: Vozes, 2004. p. 13-23.
SAIBA MAIS:
Constituição da República Federativa do Brasil – Art. 7.
Fonte: Senado Federal. Disponível em:
<https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_15.12.20
16/art_7_.asp>. Acesso em: 02 jul. 2020.
1.2. Um dos componentes curriculares com o qual você passou a ter contato ao longo do sexto
ano foi a disciplina de Projeto de Vida. Ao longo dessas aulas, você deve ter parado para pensar
sobre sua vida, suas escolhas e seus planos para o futuro. Pensando nisso, responda:
1
Currículo Paulista, São Paulo, p. 28, 2019.
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6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
de Educação Integral vai ao encontro aos preceitos dos chamados quatro pilares da Educação2:
aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver juntos; e aprender a ser. Esta
perspectiva visa o desenvolvimento socioemocional dos(as) estudantes, por meio de uma
pedagogia que aproxima educadores e educandos, focando o fomento do protagonismo.
A intenção é que, com as aulas de “Projeto de Vida” ao longo do processo formativo dos
anos finais do Ensino Fundamental, os(as) estudantes desenvolvam suas próprias visões do
futuro. A partir delas, eles(as) se perceberão enquanto indivíduos capazes de transformar suas
aspirações em realidade e terão mais consciência das suas possibilidades de atuação nas
dimensões pessoal, social e produtiva.
Como conclusão das atividades de roda de conversa, você pode pedir que os(as)
estudantes digam se alterariam alguma das respostas colocadas antes da realização das
dinâmicas.
SAIBA MAIS:
❏ DELORS, Jacques (org.). Educação um tesouro a descobrir – Relatório para a Unesco da
Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. 7. ed. São Paulo: Editora
Cortez, 2012. Fonte: Domínio Público. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000009.pdf>. Acesso em: 03 jul.
2020.
❏ SÃO PAULO. Currículo Paulista. São Paulo: SEE, 2019. Fonte: EFAPE. Disponível em:
<https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-
content/uploads/sites/7/2019/09/curriculo-paulista-26-07.pdf> . Acesso em: 03 jul.2020.
ATIVIDADE 2
A Sociedade Feudal
2
DELORS, Jacques (org.). Educação um tesouro a descobrir – Relatório para a Unesco da Comissão
Internacional sobre Educação para o Século XXI. 7. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2012.
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6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
O termo feudalismo foi criado pelos historiadores séculos depois da Idade Média e deriva da
palavra feudo – nome do lote de terra ou de uma fonte de renda3 concedida a um senhor por
outro senhor mais poderoso em troca de apoio militar, lealdade e ajuda material. Ao ganhar
esta concessão, esse senhor passava a ser um senhor feudal. O senhor que doava terras a outro
era chamado suserano, e quem a recebia tornava-se vassalo do doador. Abaixo dos senhores
feudais (suseranos ou vassalos) estavam os servos – todos aqueles que trabalhavam sem
remuneração e sem posse de terras.
Trabalhando nos campos feudais, os servos produziam praticamente tudo o que era necessário
para os moradores do feudo. Eles formavam a base da sociedade, eram subordinados aos
senhores e tinham uma série de obrigações em troca da permissão de morar no feudo e serem
protegidos por seu senhor.
Dentre as obrigações devidas pelos servos ao seu senhor estavam: a talha, que correspondia a
uma parte da produção do servo e sua família (cereais, ovos, leite, lã etc.) destinada ao senhor;
a corveia, o trabalho feito pelo servo nas terras do senhor durante certo número de dias por
semana; e as banalidades, o pagamento em produtos pelo uso das instalações do feudo
(moinhos, fornos, celeiros, etc.). Os servos ainda prestavam obrigações extras em tempo de
guerra, de casamento e batizados na família senhorial, além de arcarem com o dízimo para a
Igreja Católica e de participarem dos eventos religiosos.
A Igreja Católica tinha muito poder e influenciava diretamente nas decisões políticas dos
feudos e reinos. Durante a Idade Média, ela acumulou riquezas e terras recebidas por doações
e que formaram extensos feudos eclesiásticos, onde trabalhavam centenas de servos. Os que
faziam parte desta classe sacerdotal eram chamados de membros do clero, os quais mantinham
uma relação de proximidade e dependência com os senhores feudais.
A sociedade feudal era, portanto, constituída basicamente por três camadas sociais: os senhores
feudais (suseranos e vassalos), clero e os servos. Era uma sociedade com pouca ou nenhuma
mobilidade social, com uma rígida hierarquia de camadas sociais separadas pela posse ou não
de terras, e por direitos e deveres claramente definidos.
3
O feudo podia ser uma ponte, um moinho, uma estrada, um título ou um cargo que dava ao seu possuidor o
direito de cobrar uma taxa pelo uso da instalação, um pedágio pela passagem, um privilégio, a concessão de uso
de terras ou uma honraria.
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a correção dessa atividade oralmente e reforce o entendimento das partes do texto que
você considerou fundamentais para o entendimento da temática abordada ao longo
desta situação de Aprendizagem.
✔ Para avaliar se os(as) estudantes conseguiram interpretar o texto corretamente, peça-
lhes que grifem as palavras que consideraram mais importantes em cada parte do texto.
Explique que chamamos essas palavras de “palavras-chave”.
SAIBA MAIS:
❏ BRÄKLING, Kátia Lomba. Sobre a leitura e a formação de leitores. São Paulo: SEE/
Fundação Vanzolini, 2004.
b) De acordo com o texto, qual era a função do feudo? Quais eram os grupos
sociais que costumavam habitar um feudo?
2.2. A noção de tempo da Idade Média era diferente da que temos hoje, e cada feudo estabelecia
suas regras. Elas podiam mudar conforme a estação do ano, os santos que estavam sendo
celebrados no dia e eventuais necessidades do momento. Não se trabalhava à noite e a jornada
de trabalho era marcada pelo tempo meteorológico e religioso. Haviam numerosas celebrações
religiosas que impactavam a rotina de trabalho, e no inverno, por exemplo, a jornada de
trabalho era mais curta que nas outras estações.
Pensando nisso e lembrando de alguns dados presentes no texto A Sociedade Feudal, vamos
analisar a jornada de trabalho dos servos de um feudo medieval hipotético. Neste feudo, o
senhor estabeleceu as seguintes regras:
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Após terem analisado o texto A Sociedade Feudal, para que os(as) estudantes possam
melhor compreender as formas de organização do trabalho e da vida social medievais,
propomos uma situação hipotética que exemplifica o cotidiano de trabalho dos servos de um
determinado feudo, tendo que arcar com todas as obrigações especificadas abaixo.
Seguindo o modelo abaixo, faça em seu caderno uma tabela contendo os sete dias da semana
divididos em turnos: manhã, tarde e noite.
Agora, vamos preencher a tabela:
Sugerimos que novamente faça a leitura compartilhada das regras descritas na atividade
e verifique se os(as) estudantes entenderam claramente tudo que consta nessa listagem. Após
terem realizado essa verificação, auxilie os(as) estudantes no preenchimento da tabela de
acordo com as orientações também presentes no Caderno do Aluno. Após seu preenchimento,
a tabela ficará organizada de maneira semelhante à que exemplificamos no gabarito abaixo.
ATIVIDADE 3
No mundo medieval, o que definia a posição social dos indivíduos era a posse da terra. O senhor
feudal, consequentemente, detinha o poder político local, tendo o direito de cobrar muitas taxas
dos servos que trabalhavam e habitavam seu feudo em troca de sua proteção. A servidão é
também uma forma de relação social, caracterizada por laços de dependência mútuos, mas é
importante ressaltar que os servos também não participavam da vida política. Na atualidade, a
escravidão e a servidão são combatidas pelos governos democráticos.
Janeiro, extraído de “As riquíssimas horas do Duque Fevereiro, extraído de “As riquíssimas horas do
de Berry”, Irmãos de Limbourg, Barthélemy d’Eyck, Duque de Berry”, Irmãos de Limbourg, Barthélemy
Jean Colombe, têmpera e folha de ouro sobre papel, d’Eyck, Jean Colombe, têmpera e folha de ouro sobre
29x21cm, século XV. Encadernação do século papel, 29x21cm, século XV. Encadernação do século
XVIII. Musée Condé, Château de Chantilly, França. XVIII. Musée Condé, Château de Chantilly, França.
Fonte: Wikimedia. Disponível em: Fonte: Wikimedia. Disponível em:
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/ <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/
8a/Les_Tr%C3%A8s_Riches_Heures_du_duc_de_B 02/Les_Tr%C3%A8s_Riches_Heures_du_duc_de_B
erry_Janvier.jpg>Acesso em: 04 abr. 2020. erry_f%C3%A9vrier.jpg> Acesso em: 04 abr. 2020.
Texto II
Durante boa parte da Idade Média, o trabalho intelectual foi realizado, em grande parte, pelos
membros do clero. Nessa época, os livros eram manuscritos, considerados objetos de grande
valor e produzidos principalmente nos conventos e abadias. Era comum que esses livros fossem
ilustrados com pequenas pinturas, hoje consideradas obras-primas da arte medieval.
Chamamos essas pinturas de iluminuras. O termo iluminura se referia ao uso de cores
vibrantes, incluindo o uso de ouro e prata que iluminavam as ilustrações.
As imagens acima foram retiradas do livro de horas “As riquíssimas horas do Duque de Berry”.
Encomendado por Jean de Valois, o duque de Berry, em meados de 1410, este livro de horas
com mais de 512 páginas foi feito por vários artistas e finalizado apenas em 1489. O livro de
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horas era destinado aos fiéis católicos e continha orações ligadas às horas do dia, além de
calendários de festas religiosas. Surgiram no século XIII e foram muito comuns até o século
XVI, quando foram substituídos por livros impressos.
Entre as iluminuras do livro de horas do duque de Berry, destacamos as representações dos
meses de janeiro e fevereiro. O mês de janeiro (à esquerda) mostra em destaque os nobres da
corte e o alto clero no banquete de ano novo, realizado em um dos castelos do duque; ao fundo,
aparecem guerreiros em um combate. No mês de fevereiro (à direita), em pleno inverno
rigoroso, três pessoas se aquecem em frente ao fogo no interior da casa de uma família de
camponeses (servos), enquanto três outras trabalham no exterior, uma cortando lenha e as
outras duas cuidando dos animais.
Professor(a), como já fora colocado, sempre que houver um texto a ser trabalhado na
atividade, é interessante a realização da leitura compartilhada com os(as) estudantes.
Descrevemos anteriormente como esse tipo de prática metodológica deve ser articulada.
Mas, para além das fontes textuais, nesta atividade colocamos algumas fontes
iconográficas. Algumas das questões propostas foram colocadas na atividade justamente para
facilitar a realização da leitura dessas imagens. A análise dessas fontes iconográficas dará
ferramentas para a interpretação das perguntas, facilitando o estabelecimento das relações entre
as imagens, os temas nelas representados e os conteúdos dos textos. É interessante trabalhar os
elementos visuais antes dos trazidos pela legenda ao realizar análises iconográficas, para que
os(as) estudantes entendam melhor o processo de análise e não caiam em interpretações
superficiais.
Após realizar a leitura compartilhada do texto e das imagens, peça aos(às) estudantes que
respondam aos questionamentos propostos. É importante que posteriormente seja realizada a
correção coletiva da atividade, de maneira a estimular os(as) estudantes a apresentarem suas
inferências e hipóteses.
e) Após ter descrito as imagens, o que podemos falar sobre as formas de vida dos
nobres e membros do clero nas terras do duque de Berry? E sobre a vida dos servos?
Espera-se que, após terem realizado coletivamente a leitura das fontes apresentadas no
Caderno do Aluno, os(as) estudantes consigam responder no item “a” que o que possibilitava
alguém ser escravizado era a condição de exploração da força de trabalho e a condição de
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exclusão da vida política, percebendo que, para haver escravidão, uma classe de indivíduos tem
que se beneficiar continuamente da exploração de outra classe. É possível que alguns
estudantes venham a interpretar que os servos medievais seriam então também escravos. Caso
isso aconteça, utilize esta oportunidade para realizar a distinção entre estas formas de relação
de trabalho. É importante expor que, de fato, há semelhanças entre estas formas de relação
social e produtiva. Os servos também não participavam da vida política, e a classe senhorial se
beneficiava continuamente do resultado de seu trabalho. No entanto, a servidão medieval era
caracterizada pelo estabelecimento de laços de dependência mútuos entre essas classes, com
ambas acreditando se beneficiarem minimamente desta relação.
Já em relação à escravidão, é importante frisar que ela existiu em diferentes sociedades
ao longo da História e, em cada uma delas, teve uma forma e um significado específico. Assim,
na Babilônia, no Egito do Novo Império, na Atenas Clássica ou na Roma Antiga, a escravidão
teve características de acordo com o contexto histórico em que foi gerada. Uma pessoa podia
tornar-se escrava por dívida, por condenação da justiça, por necessidade de sobrevivência
(fome, proteção), por nascimento, captura em guerra ou rapto. De forma geral, pode-se dizer
que o escravo é um indivíduo considerado como propriedade de alguém. Portanto, o escravo,
além de não ter liberdade (ele pertence a um senhor), também não é uma pessoa, mas sim uma
coisa ou um bem que pode ser comprado, vendido ou alugado. Dizemos que uma sociedade é
escravista quando a escravidão é a base sobre a qual se estrutura a economia e a sociedade de
uma determinada cultura ou civilização
Após terem entendido a diferenciação colocada acima, para que os(as) estudantes possam
responder aos itens “b” e “c”, retome o que fora trabalhado em habilidades do bimestre anterior
em relação às formas de exclusão na Antiguidade europeia e na passagem do mundo antigo
para o mundo medieval. Essa retomada poderá facilitar o entendimento e a construção de
inferências e hipóteses por parte dos(as) estudantes, não somente em relação à escravidão na
Antiguidade, mas também em relação às características da servidão medieval. Você também
pode retomar alguns aspectos apresentados no texto Sociedade Feudal em relação ao
estabelecimento da lógica de servidão medieval. Esclareça que, quando o Império Romano do
Ocidente perdeu sua força e se fragmentou, aumentou o processo de ruralização em boa parte
do território da Europa Ocidental. Neste momento, grande parte da população migrou para o
campo à procura de proteção, abrigo e subsistência; foram criadas formas de sobrevivência e
estabelecidas regras e laços sociais. Para ter a possibilidade de subsistir do trabalho na terra,
assim como ter habitação e proteção, alguns começaram a trabalhar sem remuneração para os
que possuíam as terras. Explique que, entre os séculos V e X, em grande parte da Europa
Ocidental, se fortaleceu este tipo de lógica de servidão e que, durante esse período, tanto a
escravidão quanto a servidão continuavam a ser praticadas no continente europeu.
As orientações propostas no item “d” visam facilitar a análise das imagens reproduzidas
no Caderno do Aluno, solicitando que sejam identificados alguns aspectos visuais. Se possível,
peça aos(às) estudantes que acessem os links disponibilizados na legenda das imagens para
observar os detalhes da representação, ou leve as imagens ampliadas para realizar juntamente
com eles(elas) esta análise. Você pode, também, solicitar a ajuda do(a) professor(a) de Arte e
promover um exercício interdisciplinar.
Ao seguirem as orientações descritas no item, espera-se que os(as) estudantes consigam
identificar que a iluminura que representa o mês de janeiro mostra em destaque a parte interna
de uma construção com colunas e adornos em ouro, com uma mesa posta com alguns pratos
vazios e outros com comida (que parecem conter alguns animais pequenos assados). Essa mesa
está circundada por vários indivíduos que, pelos traços, conseguimos identificar que são
homens. Eles estão vestidos com longas túnicas adornadas, muitos estão usando lenços
turbantes ou chapéus de pele, e alguns carregam bolsas com o que parece ser um punhal. E, em
segundo plano, vemos indivíduos com armaduras de ferro a cavalo e portando lanças, bandeiras
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e brasões em um campo aberto, com um castelo ao fundo. Percebemos que os homens ao redor
da mesa estão em destaque e que os homens com armaduras estão em um plano secundário. A
partir daí, fica fácil a identificação de que existem duas situações representadas na imagem:
uma que mostra uma ceia dentro de um ambiente opulento com homens que parecem ter uma
boa condição de vida participando; e outra que mostra uma batalha com a oposição de dois
grupos que carregam brasões diferentes. Sabendo que a imagem fora escolhida para representar
o mês de janeiro, fica fácil a identificação de que a imagem mostra em destaque os nobres da
corte e o alto clero em um banquete de ano novo, realizado em um dos castelos do duque; e
que possivelmente ao fundo, aparecem guerreiros que representam o duque em um combate.
Ao analisarem a iluminura que representa o mês de fevereiro, espera-se que os(as)
estudantes percebam que no primeiro plano da imagem está representada a parte interna de
uma casa bem simples, onde três pessoas pobremente trajadas estão sentadas em frente ao que
parece ser uma lareira. Ao fundo, se vê uma única cama, usada coletivamente. Na parte externa
desta habitação, há um curral cercado que abriga as ovelhas. Veem-se, também, pombos,
tonéis, casas de pássaros ou de abelhas e objetos de trabalho no campo, em meio a um ambiente
enevoado, com árvores secas, algumas casas semelhantes a essa no horizonte e uma torre com
uma cruz no topo. Percebem-se três outros indivíduos na parte externa, um no curral com os
animais, outro que parece estar cortando lenha e um terceiro guiando um burro de carga em
direção à vila. A partir daí, conseguimos notar que há duas situações representadas na imagem:
camponeses (servos) se aquecem em meio a um inverno rigoroso, enquanto outros três, do lado
de fora, trabalham no corte de lenha, no cuidado com animais e conduzindo um burro de carga.
Após terem realizado a análise das imagens, os(as) estudantes irão facilmente perceber
que a primeira imagem representa o cotidiano da classe senhorial em meio ao inverno e que os
que andam nesse círculo parecem viver um cotidiano cheio de riquezas e com comida farta. Já
a classe servil parece viver uma realidade com muito menos recursos, tendo que passar frio no
inverno e ainda assim cumprir com algumas obrigações de trabalho.
Possivelmente, alguns alunos podem vir a perguntar sobre a parte de cima das imagens,
que contêm alguns desenhos que representam as constelações dos signos do zodíaco e no centro
um homem em uma carruagem com cavalos alados carregando o Sol. Explique que esta parte
da imagem contém um calendário, com dia de santos católicos, semanas, meses, fases da Lua
e as constelações do zodíaco. Explique que o homem carregando o Sol na carruagem representa
o deus grego Hélio, que este carro de sol era muito utilizado para simbolizar a passagem do dia
para a noite, pois este deus simbolizava o Sol, e as narrativas sobre ele colocavam que ele
circundava a Terra em sua carruagem, indo do céu ao oceano e dando início à noite. Chame a
atenção para o fato de ele trazer referências à crença politeísta grega, mesmo em um período
muito influenciado pela crença católica.
3.2. Os textos e imagens acima apontam diferenças entre formas de trabalho praticadas na
Antiguidade e na Idade Média. A partir da análise dessas fontes e de seus conhecimentos,
construa um quadro comparativo com as principais características das formas de trabalho
citadas nesses documentos, seguindo o seguinte modelo:
ATIVIDADE 4
4.1. Para iniciar a proposta é necessário seguir as instruções de seu(sua) professor(a) sobre a
Rotação por Estações, que são atividades independentes e diferentes, porém relacionadas
entre si. Siga o passo a passo proposto e as orientações dadas. Lembre-se que, ao término da
primeira, os grupos deverão realizar a outra, de modo que, ao final, cada estudante desenvolva
as atividades de todas as 6 estações.
Professor(a), para esta atividade, é necessária uma organização prévia. Para possibilitar
a realização de uma efetiva “rotação por estações”, deverá ser criado um circuito na sala de
aula para que, simultaneamente, os grupos realizem atividades diferentes a partir de um mesmo
tema: Formas de Organização do Trabalho.
SAIBA MAIS: Para saber mais sobre os benefícios do trabalho com base no método de
Rotação por Estações, recomenda-se a leitura dos artigos disponíveis nos links abaixo:
❏ Rotação por Estações de Aprendizagem. SASSAKI, C. Para uma aula diferente, aposte na
Rotação por Estações de Aprendizagem. Fonte: Nova Escola. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/3352/blog-aula-diferente-rotacao-estacoes-de-
aprendizagem>. Acesso em: 19 jun. 2020.
❏ Rotação por Estações – Planejando uma Aula Inovadora. Fonte: Instituto Crescer. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=QUBGupaKl3U>. Acesso em: 19 jun. 2020.
Antes da rotação, você deverá, primeiramente, selecionar ao menos uma fonte textual
e uma fonte imagética relacionadas aos temas de cada uma das etapas da Rotação por Estações
descritas na tabela disponibilizada no Caderno do Aluno: Trabalho Escravo; Trabalho Servil;
e Trabalho Livre. Ao selecionar as fontes a serem analisadas pelos(as) estudantes ao longo da
atividade de Rotação por Estações, leve em consideração que uma das habilidades do Currículo
Paulista trabalhadas ao longo desta Situação de Aprendizagem foca a diferenciação destas três
formas de organização do trabalho durante a passagem da Antiguidade para a Idade Média.
Após ter feito a seleção, prepare questionários relacionados a elas, de maneira a contribuir com
o exercício de análise. Para facilitar a organização e a análise dos grupos, faça cópias dos
questionários e de cada uma das fontes, levando em consideração a quantidade de estudantes
na sala e lembrando que eles(as) ficarão divididos nas três diferentes estações temáticas.
preenchimento do questionário relacionado a elas. Sendo assim, antes de dar início à atividade,
pense no tempo de duração de cada etapa e organize as estações na sala. Na tabela abaixo,
disponibilizamos como sugestão algumas fontes de pesquisa relacionadas a cada temática, para
que você possa elaborar os textos ou encontrar documentos que utilizará na atividade com
os(as) estudantes.
Passo a Passo:
1º A sala deverá ser organizada em grupos/estações;
2º Seu(sua) professor(a) organizará grupos de 5 a 6 estudantes para participar das
rotações nas Estações Temáticas;
3º Dois grupos por rodada dividirão uma Estação Temática, e nela ficarão por duas
rodadas da rotação, na primeira realizando a leitura individual dos textos e documentos e, na
segunda, realizando a análise coletiva dos textos e documentos visuais;
4º Seu(sua) professor(a) dará as orientações sobre o desenvolvimento da atividade;
5º Cada grupo deverá participar da Rotação com o tema: “Formas de Organização
do Trabalho”, conforme apresentado no quadro abaixo:
Estudo Textos:
individual ● POLITEIA: História e Sociedade, Dossiê
Temático Escravidão: da Antiguidade à
Modernidade. Vitória da Conquista, v. 10, n. 1,
2010. Fonte: UESB. Disponível
em:<http://periodicos2.uesb.br/index.php/politeia
/issue/view/288>.Acesso em:13 jul. 2020.
● JOLY, Fábio D. A Escravidão na Roma Antiga.
São Paulo, Alameda Casa Editorial, 2017.
1 Trabalho ● FINLEY, Moses. Escravidão antiga e ideologia
moderna. São Paulo, Editora Graal, 2012.
Estudo Textos:
individual ● Traduções de trechos dos documentos medievais
“Le livre des Serfs de Mannoutier”; “Ordenances
des Rois de France”; “OEuvres Complètes
d’Eginhard” presentes em: Coletânea de
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Estudo Textos:
individual • Mare Nostrum. Revista do Laboratório de
Estudos Sobre o Império Romano e Mediterrâneo
Antigo da Universidade de São Paulo v. 10, n. 2.
São Paulo, 2019. Fonte: Revistas USP.
Disponível em:
<https://www.revistas.usp.br/marenostrum/issue/
3 Trabalho
view/11221/1633> Acesso em: 14 jul. 2020.
ATIVIDADE 5
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
5.1. Como forma de organizar seus estudos, nos mesmos grupos da atividade anterior e
tomando como base as análises realizadas, vocês deverão elaborar um mapa mental sobre as
diferentes formas de organização do trabalho estudadas.
O(A) professor(a) dará as orientações para a realização da atividade e fornecerá os materiais,
se necessário. Vocês também deverão apresentá-lo quando solicitado.
Professor(a), o mapa mental é uma técnica de estudo que auxiliará o(a) estudante na
compreensão, organização e sintetização do conhecimento construído sobre as diferentes
formas de organização do trabalho da Antiguidade e da Idade Média, estudadas ao longo dessa
Situação de Aprendizagem. É importante que você apresente exemplos de como costumam ser
construídos mapas mentais e quais são os recursos para criá-los – disponibilizamos um link no
Caderno do Aluno que pode contribuir neste sentido. Sugira uma estrutura que auxilie os(as)
estudantes a elaborar o mapa do seu grupo da forma mais adequada. Os mapas tanto podem ser
realizados por meio convencional, com cartolinas ou em folha sulfite, quanto serem produzidos
por meio de recursos digitais. Após a realização, você pode propor que os(as) estudantes
socializem os resultados, ou pode encontrar um local apropriado para a exposição destes, de
maneira que os alunos possam observar e reforçar seu entendimento em relação aos objetos do
conhecimento em questão.
SAIBA MAIS:
❏ CALÇADE, P. Como usar mapas mentais para melhorar aprendizagem na escola. Fonte: Nova
Escola. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/17882/como-usar-mapas-mentais-
para-melhorar-aprendizagem-na-escola>. Acesso em: 22 mar. 2020.
❏ ABRANTES, B. Mapa Mental: o que é? Como fazer? Aprenda agora! Fonte: Stoodi. Disponível
em: <https://www.stoodi.com.br/blog/2018/02/08/como-fazer-um-mapa-mental/ >. Acesso em: 09
jun. 2020.
ATIVIDADE 6
6.1. Após os estudos sobre as formas de organização do trabalho e da vida social em diferentes
sociedades e períodos, com a orientação do(a) professor(a), vamos construir em grupo um jogo
da memória histórico.
Para confeccionar o jogo, cada grupo escolherá 28 palavras relacionadas ao que aprenderam
sobre o mundo antigo e o mundo medieval e pesquisar o significado delas.
O(a) professor(a) disponibilizará o material necessário para fazer as fichas e dará mais
orientações para a confecção delas e para a realização do jogo. Para elaborar as fichas, siga o
modelo abaixo:
Para os(as) estudantes realizarem esta atividade, é primordial que você, professor(a),
oriente como a pesquisa deve ser executada. Você pode desenvolver um roteiro de pesquisa,
ou apresentar as 28 palavras cujos significados deverão ser pesquisados e sintetizados pelos(as)
estudantes; pense na maneira que julgar mais adequada. Decida também se é mais adequado a
atividade ser realizada individualmente, em duplas, ou em pequenos grupos. Após a etapa da
pesquisa, providencie cartolinas para a confecção dos jogos. Solicite aos estudantes que
desenhem uma grade, com duas colunas, e escrevam as palavras e suas respectivas descrições,
conforme o modelo disponibilizado no Caderno do Aluno:
SAIBA MAIS:
❏ ALMEIDA, P. N. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1995.
❏ ANDRADE, S. S. O lúdico na vida e na escola: desafios metodológicos. Curitiba: Appris, 2013.
ATIVIDADE 1
1.1. Observe a imagem e leia o texto para realizar as atividades propostas a seguir:
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
We can do it!4
O cartaz acima foi encomendado por uma indústria estadunidense em 1943 com a intenção de
estimular suas operárias. Durante as duas guerras mundiais, enquanto boa parte da mão de obra
masculina estava na frente de combate, muitas mulheres os substituíram na indústria e em
outros campos do mercado de trabalho. Ao término da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a
Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que
assegurava princípios de igualdade entre homens e mulheres.
O artigo 5º da nossa Constituição Federal de 1988 afirma que “homens e mulheres são iguais
em direitos e obrigações”. Entretanto, verificamos que existe um grande abismo entre a lei e a
realidade vivenciada. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
referentes aos anos de 2015 e 2017, a média salarial dos homens é 2.306 reais, enquanto a das
mulheres é de 1.764 reais. Na política, a questão da representação feminina é ainda mais
complexa: na Câmara, as mulheres representam apenas 10,5% do total de deputados(as)
4
Tradução livre, “Nós podemos fazer isso!”.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
eleitos(as). Isso justifica a urgência da realização de ações voltadas para o enfrentamento das
desigualdades, garantindo a igualdade, a liberdade e a autonomia das mulheres.
1.2. Realize uma entrevista com as mulheres do seu convívio familiar. Você poderá utilizar o
roteiro a seguir:
SAIBA MAIS:
❏ O que é História Oral. Fonte: FGV CPDOC. Disponível em:
<https://cpdoc.fgv.br/acervo/historiaoral> . Acesso em: 16 jul. 2020.
Após a realização das entrevistas, você deve proporcionar um momento de reflexão coletiva
no espaço de aprendizagem, estimulando o diálogo e o levantamento de hipóteses para que,
com isso, os(as) estudantes estabeleçam relações com a habilidade que será desenvolvida ao
longo da Situação de Aprendizagem. Para facilitar a interação dos(as) estudantes e
proporcionar a socialização das respostas, você pode organizar uma roda de conversa. Para
melhor mediar a roda de conversa, se atente às orientações descritas anteriormente em relação
à aplicação deste tipo de metodologia em sala de aula.
1.3. Após a realização da entrevista, sob orientação do(a) professor(a), você e seus colegas
deverão socializar oralmente as respostas das entrevistas e comentar as questões abaixo:
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Sugerimos que você siga utilizando a metodologia de roda de conversa nesta atividade.
Você pode utilizar as questões propostas no Caderno do Aluno como questões disparadoras do
debate.
SAIBA MAIS:
❏ Documentário ElesPorElas / HeForShe – Precisamos falar com os homens? Uma Jornada pela
Igualdade de Gênero. Fonte: ONU Mulheres Brasil. Disponível em:
<https://www.youtube.com/playlist?list=PLvMXkb8tWg0gQZ3u-KgpRaDDycUEhZgUe > .
Acesso em: 18 jul. 2020.
ATIVIDADE 2
2.1. Leia o texto abaixo, responda as questões e depois siga as orientações para analisar o
documento:
Fonte: Texto adaptado de: DUBY, G., LARDREAU, G. L. Diálogos sobre a Nova História. Dom Quixote,
1989.p.93.
a) De acordo com o texto, por quem eram produzidos a maior parte dos
documentos sobre questões relacionadas aos matrimônios durante a Idade Média?
b) Conseguimos identificar, a partir desses documentos, a perspectiva das
mulheres daquela época em relação aos seus casamentos? Justifique sua resposta.
c) Qual era a grande preocupação da Igreja ao produzir textos relacionados a
questões matrimoniais?
2.2. Os artigos citados abaixo não foram elaborados pela Igreja Católica. Eles fazem parte de
um documento chamado “Projeto de concórdia entre os camponeses da Catalunha e seus
senhores”, de 1492, feito por um conselho de deputados da região da Catalunha, situada onde
hoje é a Espanha. Esse projeto de lei tentava estabelecer um acordo entre camponeses e seus
senhores já no final da Idade Média. Ele é considerado importante dentro da história da
resistência camponesa medieval, pois ele evidencia o processo de abolição do direito dos
senhores de maltratarem os camponeses. Leia os dois artigos do projeto que falam sobre as
esposas dos camponeses para analisar a fonte.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Fonte 1
(...)
VII – Que a mulher do camponês não seja obrigada a deixar seu filho sem leite para
amamentar o filho do senhor: Algumas vezes acontece que a mulher do senhor, ao parir, o
senhor coloca à força alguma mulher de um camponês como ama-de-leite sem qualquer
pagamento, deixando o filho do camponês morrer por não ter outra forma de dar leite ao dito
filho, o que causa grande dano e indignidade, e assim suplicam e desejam que isto seja abolido.
VIII – Que o senhor não possa ter a primeira noite com a mulher do camponês: Alguns
senhores acreditam que quando o camponês contrai núpcias, o senhor tem de dormir a primeira
noite com a noiva, em sinal de senhorio, estando a mulher deitada, vem o senhor e sobe à cama,
passando sobre a dita mulher; e como isso é inútil para o senhor e uma grande humilhação para
o camponês, um mau exemplo e ocasião para o mal, pedem e suplicam que isto seja totalmente
suprimido. Responderam os senhores que não sabem nem acreditam que tal servidão ocorra no
principado, nem que tenha sido exigida por algum senhor. Se isso é verdade, como foi afirmado
no dito capítulo, renunciam, rompem e anulam os ditos senhores tal servidão como coisa muito
injusta e desonesta (...).
Fonte: Tradução livre elaborada especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista. Projeto de
concórdia entre os camponeses da Catalunha e seus senhores. Barcelona, 1462. Em: HINOJOSA, E. de. El
régimen Señorial y la cuestión agraria en Cataluña durante la Edad Media. Madrid: Librería General de Victoriano
Suárez (Imp. de Fortanet), 1905, p.361 e 367. Disponível em: <http://bdh-
rd.bne.es/viewer.vm?id=0000065342&page=1>. Acesso em: 03 abr. 2020.
Após terem realizado a análise da fonte histórica, espera-se que os(as) estudantes
consigam identificar que o texto faz parte de um documento cujo título é “Projeto de concórdia
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
entre os camponeses e seus senhores”, feito por um conselho de deputados em 1492, na região
da Catalunha, atual Espanha. Após terem identificado isso, é possível responder que se trata de
um texto jurídico.
Durante a realização do exercício, fique atento(a) aos termos possivelmente
desconhecidos pelos(pelas) estudantes, esclarecendo-os ou solicitando a utilização do
dicionário. Ao adquirirem a compreensão destes termos, o texto ficará mais claro para os(as)
estudantes. Oriente então que transcrevam ou grifem as ideias mais importantes de cada
parágrafo. Ao realizar a correção da atividade, verifique se os estudantes conseguiram
interpretar corretamente o texto e reforce o entendimento dos conceitos que os estudantes
apontarem como palavras-chave do texto, frisando neste momento os aspectos do texto que
julgar mais importantes para o entendimento dos objetos de conhecimento relacionados à
habilidade do Currículo Paulista abordada nesta Situação de Aprendizagem.
Espera-se que os(as) estudantes consigam interpretar que o aspecto mais relevante
apontado no parágrafo VII é a súplica de que as esposas dos camponeses não sejam mais
obrigadas a deixar seus filhos sem leite para amamentar o filho do senhor, não recebendo por
isso qualquer pagamento, e que, por consequência disso, os filhos de camponeses acabavam
morrendo, e que os camponeses consideravam isso indigno e a causa de um grande dano. Em
relação ao parágrafo VIII, é importante que apontem a relevância da súplica para que o senhor
não possa mais ter a primeira noite com a mulher do camponês, costume que existia para
afirmar a relação de senhorio estabelecida e que os servos consideravam isso inútil e uma
grande humilhação. Também é importante que notem que os senhores responderam que não
sabiam ou acreditavam que este tipo de servidão ocorresse no principado.
2.3 Após ter seguido as orientações da questão anterior, responda às seguintes questões
relacionadas ao texto:
seus próprios filhos, muitos dos quais acabavam morrendo em decorrência dessa prática. Para
além disso, antes do estabelecimento deste acordo, havia senhores naquela região que tinham
a prioridade de passar a noite de núpcias com as esposas dos servos, que achavam esse tipo de
prática inútil e uma grande humilhação. A classe senhorial disse não reconhecer a existência
ou sequer acreditar na existência deste tipo de servidão no principado, afirmando que, se essa
prática fosse verdadeira, anulavam tal tipo de servidão, acreditando ser injusta e desonesta.
Entretanto, é perceptível que o texto só faz menção à opinião dos senhores e dos camponeses,
e não das senhoras ou muito menos das camponesas, não havendo menção a nenhum
posicionamento feminino em relação a estas práticas que as atingiam diretamente.
ATIVIDADE 3
Professor(a), como já fora colocado, sempre que houver um texto a ser trabalhado na
atividade, é interessante a realização da leitura compartilhada com os estudantes. Descrevemos
anteriormente como este tipo de prática metodológica deve ser articulada. Além das fontes
textuais, nesta atividade colocamos algumas fontes iconográficas. Algumas das questões
propostas foram colocadas na atividade justamente para facilitar a realização da leitura dessas
imagens. A análise destas fontes iconográficas é ferramenta para a interpretação das perguntas,
facilitando o estabelecimento das relações entre as imagens, os temas nelas representados e os
conteúdos dos textos. É interessante trabalhar os elementos visuais antes da leitura da legenda,
para que os(as) estudantes entendam o processo de análise iconográfica e não caiam em
interpretações superficiais.
Na Idade Média, assim como na Grécia e na Roma Antiga, sendo a mulher camponesa ou
senhora, estava sempre sob a autoridade de um homem, primeiro sob a do pai e depois sob a
do marido. A Igreja estabelecia normas que regulavam o comportamento das mulheres. Santo
Agostinho, um grande pensador da Igreja que viveu entre o fim do século IV e o início do
século V, afirmava que o papel da mulher no casamento era o do sacramento, da prole e da
fidelidade. A religião regulava a educação das mulheres da época, e a sua submissão era
entendida como condição “natural” das mulheres.
No entanto, é importante lembrar que as regras do casamento e o papel da mulher eram
diferentes para a senhora e para a serva. No cotidiano de trabalho, as mulheres camponesas
dividiam as tarefas de maneira semelhante com os homens. Na camada senhorial, o papel da
mulher era ser esposa, mãe e viúva. O casamento era arranjado pela família e realizado quando
a jovem tinha entre 12 e 14 anos (às vezes até com menos idade). A obrigação era gerar filhos
e, se não conseguisse, a culpa era sempre colocada nela, e ela podia ser rejeitada pelo marido.
Se ficasse viúva, seu destino era o mosteiro, o convento, ou até a morte. Em casa, quando não
estava cuidando dos filhos, a mulher dedicava-se a fiar, bordar, cuidar do suprimento de
alimentos e vestimentas da família. A senhora feudal comportava-se como o marido em relação
aos seus dependentes, castigando as servas e criadas que a serviam.
Abril, extraído de “As riquíssimas horas do Duque Junho, extraído de “As riquíssimas horas do Duque
de Berry”, Irmãos de Limbourg, Barthélemy d’Eyck, de Berry”, Irmãos de Limbourg, Barthélemy d’Eyck,
Jean Colombe, têmpera e folha de ouro sobre papel, Jean Colombe, têmpera e folha de ouro sobre papel,
29x21cm, século XV. Encadernação do século 29x21cm, século XV. Encadernação do século
XVIII. Musée Condé, Château de Chantilly, França. XVIII. Musée Condé, Château de Chantilly, França.
Fonte: Commons Wikipedia. Disponível em: Fonte: Commons Wikipedia. Disponível em:
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e
/c6/Les_Tr%C3%A8s_Riches_Heures_du_duc_de_ /e9/Les_Tr%C3%A8s_Riches_Heures_du_duc_de_
Berry_avril.jpg> Acesso em: 04 mar. 2020. Berry_juin.jpg> Acesso em: 04 mar. 2020.
b) Após ter realizado a descrição acima, você consegue identificar quais são as
mulheres e quais são os homens representados em cada imagem? Quais elementos da imagem
permitiram que você fizesse essa diferenciação?
c) Descreva as mulheres apresentadas em cada imagem. Fale sobre as ações que
estão fazendo e sobre a forma como estão vestidas.
d) O texto fala sobre certas diferenças entre o cotidiano das mulheres casadas da
Idade Média. Após ter analisado as imagens, você consegue identificar qual delas representa
mulheres da camada senhorial e qual representa mulheres servas? Como você chegou a essa
conclusão?
e) De acordo com o texto, de que forma a Igreja justificava a submissão da mulher
na sociedade feudal?
As orientações propostas no item “a” visam facilitar a análise das imagens reproduzidas
no Caderno do Aluno, solicitando que sejam identificados alguns aspectos visuais. Se possível,
peça aos(às) estudantes que acessem os links disponibilizados na legenda das imagens para
observar os detalhes da representação, ou leve as imagens ampliadas para realizar juntamente
com eles(elas) esta análise. Você pode, também, solicitar a ajuda do(a) professor(a) de Arte e
promover um exercício interdisciplinar.
Espera-se que, após a análise das fontes, os(as) estudantes consigam perceber que, na
imagem escolhida para representar o mês de abril no livro de horas do duque de Berry, vemos
em primeiro plano homens e mulheres usando chapéus decorados, joias e roupas com algumas
camadas, longas caudas e feitas em tecidos detalhados de cores vivas. Em segundo plano,
vemos um campo aberto, com algumas árvores, um rio com duas canoas e o que parece ser
uma cidade com um castelo ao fundo. Na margem direita percebemos a existência de um muro
e de outra construção. Dois casais de pé e ricamente vestidos, observados por um garoto com
o que parece ser uma coroa na cabeça e carregando o que parece ser uma espada (possivelmente
um pajem), compõem a cena em que a jovem (possivelmente solteira pelos cabelos soltos)
recebe algo do rapaz de azul (possivelmente um anel). Enquanto isso, duas jovens (solteiras, a
julgar pelos cabelos soltos) colhem flores. A cena representa um casamento de membros da
classe senhorial, que se passa no campo, fora dos muros do castelo.
Em relação à imagem escolhida para representar o mês de junho, percebemos em
primeiro plano duas mulheres descalças, vestidas pobremente e com os cabelos escondidos sob
um véu, recolhendo o feno e formando pequenos montes (ele provavelmente serviria para a
provisão dos animais durante o inverno). Mais ao fundo, três homens com a roupa arregaçada,
ceifam a plantação. Um rio onde um barqueiro navega margeia a muralha do que parece ser
uma cidade onde se pode identificar torres, incluindo a de uma igreja encimada por um
crucifixo. A partir dessa análise, consegue-se depreender que a cena representa servos
trabalhando durante a passagem da primavera para o verão no hemisfério norte.
Ao responderem o item “b” espera-se que os(as) estudantes consigam responder que
apenas conseguimos diferenciar os homens e as mulheres das imagens pelos traços faciais,
penteados e formas corporais, pois as roupas não se diferenciam muito. É importante colocar
que durante a Idade Média o tipo de diferenciação que existe no vestuário de homens e
mulheres atualmente não existia, este tipo de distinção passa a crescer na Idade Moderna. No
medievo era comum que tanto homens quanto mulheres utilizassem longas túnicas que
possuíam poucas diferenças. O que fica mais patente é a diferença do vestuário dos membros
da classe senhorial e servil, com os membros da primeira utilizando mais camadas de roupas
com tecidos detalhados, e os últimos com menos camadas de roupas, mais curtas e com tecidos
mais simples.
A partir desta análise, é possível responder aos itens “c” e “d”, acrescentando que, na
cena que representa abril, vemos as senhoras contemplando um casamento, com algumas
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE 4
Passo a Passo:
1º Para a realização da aula invertida, vocês deverão seguir as orientações de seu(sua)
professor(a), que estabelecerá os critérios para a organização de 5 grupos e para a realização
da proposta;
2º Cada grupo ficará responsável pela pesquisa e pela aula invertida sobre uma das
seguintes líderes e guerreiras:
1 Matilde de Canossa
2 Urraca I
3 Christine de Pizan
4 Joana D'arc
5 Isabel I de Castela
SAIBA MAIS:
SAIBA MAIS:
❏ SASSAKI, C. O que muda nas aulas quando se aplica a sala de aula invertida? Fonte: Nova
Escola. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/3376/blog-tecnologia-educacao-
como-funciona-sala-de-aula-
invertida?gclid=Cj0KCQjwmdzzBRC7ARIsANdqRRlpZow2SvSQcY0zboJcdST_YbN88mPjb
vkFvcl37Y0nIeNx7-725QYaAkqBEALw_wcB>. Acesso em: 20 mar. 2020.
❏ MIRANDA, J. O que é Sala de Aula Invertida? Futura. Fonte: Disponível em:
<http://www.futura.org.br/trilhas/o-que-e-sala-de-aula-invertida/>. Acesso em: 23 mar. 2020.
ATIVIDADE 5
A democracia ateniense assegurava direitos iguais para todos os cidadãos, que incluía apenas
homens adultos filhos de pai e mãe ateniense. Portanto, em Atenas, as mulheres não tinham
direitos políticos. Viviam reclusas em casa, em um ambiente especialmente destinado a elas, o
gineceu. As mulheres de famílias ricas aprendiam a ler e a escrever. Estavam sob autoridade
do pai ou do marido. Sua função como esposa era cuidar das atividades domésticas e do
trabalho dos escravos. Somente a mulher pobre, em caso de extrema necessidade, podia exercer
algum ofício. As mulheres atenienses não eram consideradas cidadãs e, portanto, não tinham
estatuto político.
Em Esparta, por ser uma sociedade militarizada, as mulheres recebiam uma educação especial
para serem mães de guerreiros. Praticavam exercícios físicos, inclusive a luta e o pugilato (um
tipo de boxe). Casadas entre 12 e 14 anos, elas tinham de administrar as finanças domésticas e
os negócios da família. Na Roma antiga, a situação da mulher era diferente das sociedades
gregas. As mulheres romanas tinham uma considerável liberdade pessoal, e podiam ir aos
banhos, ao teatro e aos jogos, porém, também estavam excluídas da vida política e eram
submissas aos pais e maridos, ou seja, estavam sob o mando dos homens.
No período medieval, o pensamento de que mulheres deveriam ser submissas aos homens
também era muito aceito socialmente e defendido pela religião. Entretanto, não devemos
pensar nas mulheres apenas enquanto um grupo submisso neste contexto. Durante a Idade
Média, embora muitas mulheres aceitassem a submissão, uma parcela significativa
desempenhou papéis (profissões) que eram tidos como masculinos.
ATIVIDADE 6
6.1. Observe a imagem abaixo e leia as orientações para realizar a atividade proposta.
O Livro da Cidade de Senhoras (tradução livre de “Le Livre de la Cité des Dames”), de Christine de Pizan,
século XV, fol. 11, Biblioteca Nacional da França. Fonte: Biblioteca Digital Mundial. Disponível em:
<https://www.wdl.org/pt/item/4391/ >. Acesso em: 05 mar.2020.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE 1
1.1. Observe as informações do gráfico e leia os textos. Depois, siga as orientações para
resolver as questões:
Professor(a), esta é uma atividade de sensibilização. Com ela, espera-se que, mediante
a análise de diferentes fontes, o(a) estudante entre em contato com alguns dos objetos de estudo
desta Situação de Aprendizagem, que visa analisar o papel das religiões na política, na
economia, na cultura e na sociedade no período medieval. A partir dessas reflexões, esperamos
que os(as) estudantes consigam formular suas próprias perspectivas em relação ao papel da
religião e das crenças na sua vida cotidiana.
Sugerimos que, antes de realizar as atividades propostas, seja realizada uma atividade
de leitura compartilhada dessas fontes. Ao realizar a análise do texto, busque estimular a
“atitude historiadora” em nossos estudantes. A “atitude historiadora” se refere ao movimento
do(a) professor(a) e do(a) estudante em se posicionarem enquanto sujeitos históricos diante do
processo de ensino e aprendizagem, fazendo uso da comparação, contextualização e
interpretação das fontes e realizando uma reflexão histórica sobre a sociedade na qual vivem.
Ao ter acesso a um repertório de técnicas e procedimentos necessários para o letramento em
História, o estudante poderá compreender que ele é capaz de estimular sua competência
interpretativa e produzir narrativas articuladas à sua leitura de mundo e à sua realidade
sociocultural.
Fonte 1
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Texto 1
No Brasil, desde a Constituição de 1824, o culto de outras religiões (não católicas) já era permitido,
porém, deveria ser feito de maneira doméstica, não podendo haver identificação oficial de igreja
ou centro religioso que não fosse católico. A Constituição de 1988 consagrou como direito
fundamental à liberdade de religião, afirmando que o Brasil é um país laico. Isto é, o Estado não
pode adotar, incentivar ou promover qualquer deus ou religião. Portanto, todos os brasileiros
podem ter (ou não) religião, exercer ritos e expressar sua crença. Apesar dos últimos dois censos
demográficos5 indicarem que a maioria dos brasileiros são cristãos, as decisões políticas sobre
questões de saúde, justiça, segurança, educação e cultura não podem ser direcionadas apenas para
aqueles que sigam determinada crença, assim como nenhuma norma pode ser estabelecida em
nome de uma determinada fé. Todo ato nesse sentido é, segundo nossa Constituição 6,
discriminatório.
5
Censo demográfico ou recenseamento demográfico é um estudo sobre a população de um país, geralmente
realizado a cada dez anos, que através da estatística revela vários dados econômicos, sociais e culturais, separados
por públicos e por faixa etária. Aqui no Brasil, o censo é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, sendo que o último estudo foi realizado em 2010, e o primeiro, em 1872.
6
A Constituição é o conjunto de normas e leis que orientam o país e o regem, sendo o seu principal documento.
No caso brasileiro, a Constituição Federal vigente é a de 1988 e está disponível na integra no seguinte endereço:
Fonte: Presidência da República. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em: 07 mar. 2020.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Atenção: não é preciso contar qual é a sua crença ou a de sua família, nem realizar
perguntas pessoais aos seus(suas) colegas. Comente principalmente sobre o que você já
observou no seu cotidiano, seja pessoalmente, no trajeto para a escola, nas aulas, na televisão
ou nas brincadeiras e jogos que já participou.
7
A empatia é a capacidade de projetar a emoção do outro em si mesmo, o que popularmente é tido como a ação
de se colocar no lugar de outra pessoa e imaginar como se sentiria com determinada ação ou fala. É o elemento
central da competência 9 presente tanto no Currículo Paulista, como na Base Nacional Comum Curricular: "9.
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza".
Fonte: Escola de Formação de Professores. Disponível em:
<http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/pdf/curriculo_paulista_26_07_2019.pdf>.
Acesso em: 07 abr. 2020.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Após ter realizado a leitura compartilhada das fontes, sugerimos que você atue como
mediador(a) da organização de um debate entre os alunos sobre as questões propostas no
Caderno do Aluno. Neste momento, o espaço de aprendizagem deve proporcionar um período
de reflexão coletiva, estimulando o diálogo e o levantamento de hipóteses para que, com isso,
os(as) estudantes estabeleçam relações com as habilidades que serão desenvolvidas ao longo
desta Situação de Aprendizagem. Para facilitar a interação dos(as) estudantes e proporcionar
uma socialização das respostas, você pode pedir inicialmente aos(às) estudantes que se
organizem em pequenos grupos e registrem os pontos mais importantes levantados por
eles(elas) na discussão. Após ter proporcionado esse momento de reflexão entre os(as)
estudantes, organize a segunda etapa da atividade.
a) Depois das discussões, os grupos devem anotar os pontos mais importantes do diálogo e
eleger um(uma) representante que irá realizar a apresentação para toda a sala. Lembrem-se de
que a atividade toda deve ser realizada com respeito e empatia. O(A) professor(a), irá mediar
as apresentações e os próximos passos da atividade.
b) Após as apresentações, os(as) demais estudantes realizarão perguntas e também poderão
responder aquelas que foram direcionadas ao seu grupo.
c) No final da "roda de conversa", cada estudante deve anotar, em poucas linhas do seu caderno,
o que aprendeu e refletiu na Atividade 1.
Nesta etapa, sugerimos a realização de uma roda de conversa, agora envolvendo todos os
alunos da sala em um debate. Por se tratar de uma temática polêmica, sugerimos que leia
juntamente com os(as) estudantes os itens que constam no Caderno do Aluno e os(as) oriente
a seguirem essas indicações. Visando uma melhor mediação da interação dos(as) estudantes,
se atente também às orientações já descritas anteriormente em relação à aplicação deste tipo de
metodologia em sala de aula. Enquanto avaliação da proposta, peça a eles(elas) que registrem
o que aprenderam ao longo da realização da atividade e posteriormente verifique estes registros.
SAIBA MAIS:
❏ Intolerância religiosa. Sala de Debate. Fonte: Canal Futura. Disponível:
<https://www.youtube.com/watch?v=9IQvxqvJzjM >. Acesso: 18 jul. 2020.
ATIVIDADE 2
2.1 - Leia o texto e analise as imagens. Depois, responda ao que se pede em seu caderno.
Professor(a), como já fora colocado, sempre que houver um texto a ser trabalhado na
atividade é interessante a realização da leitura compartilhada com os estudantes. Descrevemos
anteriormente como este tipo de prática metodológica deve ser articulada. Além das fontes
textuais, nesta atividade colocamos algumas fontes iconográficas. A análise destas fontes dará
ferramentas para a interpretação das perguntas, facilitando o estabelecimento das relações entre
as imagens, os temas nelas representados e os conteúdos dos textos. É interessante trabalhar os
elementos visuais, antes dos trazidos pela legenda, ao realizar análises iconográficas, para que
os(as) estudantes não caiam em interpretações superficiais.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Tríscele, três espirais unidas, Pirâmide de Chichen Itza, Sarcófago egípcio com pinturas e
símbolo da mitologia Celta que México, ao deus maia Kukulkán. hieróglifos alusivos à vida pós-
representa os três movimentos da Fonte: Wikipedia. Disponível morte. Fonte: Commons
vida: nascimento, vida e morte ou em: Wikipedia. Disponível em:
mente, corpo e espírito. <https://pt.m.wikipedia.org/wiki/ <https://commons.wikimedia.org/
Fonte: Pixabay. Descrição: Ficheiro:Chichen_Itza_2006_08_ wiki/File:Detalhe_3_-
Disponível em: 15.JPG>. Acesso em 07 abr. _sarc%C3%B3fago_eg%C3%AD
<https://pixabay.com/it/photos/trisc 2020. pcio_-_Esquife_de_Hori.jpg>.
ele-steinzeichnung-rock-stone- Acesso em 07 abr. 2020.
52542/>. Acesso em 07 abr. 2020.
Após ter realizado a análise das fontes junto aos(às) estudantes, se faz necessário um
aprofundamento em relação à importância do estudo das religiões para a História. Retome,
também, o que já foi trabalhado em bimestres anteriores em relação à importância das
diferentes manifestações religiosas dentro das lógicas de organização cultural de diferentes
povos na Antiguidade. Após essa retomada, os(as) estudantes facilmente conseguirão perceber
que estas evidências da cultura material, representadas nas imagens reproduzidas no Caderno
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
do Aluno, mostram a relação que determinadas sociedades tinham com suas crenças, levando-
as a produzir símbolos, códigos e construções para honrar este aspecto da sua cultura.
É importante ter em mente que as religiões impactam diretamente nas visões de mundo
de diferentes sociedades, sendo um objeto de estudo importante tanto para a História das
mentalidades, quanto para a História cultural. Ao nos dedicarmos ao seu estudo, devemos nos
atentar para não compreender religião num sentido único, tendo em mente que existem
diferentes tipos de práticas religiosas, atribuições de sentido variadas, para além de mediações
e hibridizações entre diferentes crenças.
SAIBA MAIS:
❏ GAARDER, J., HELLERN, V.; NOTAKER, H. O Livro das Religiões. São Paulo: Companhia
das Letras, 2001.
Ao dar prosseguimento às atividades 2.2. e 2.3., espera-se que o(a) professora continue
realizando a leitura compartilhada dos textos historiográficos que constam no Caderno do
Aluno com os(as) estudantes, antes de propor a realização das pesquisas e das questões
interpretativas sobre os textos presentes em ambas as atividades. Para a realização das
pesquisas, sugerimos que o(a) professor(a) busque orientar os(as) estudantes em relação às
possíveis fontes de consulta. Para tal, também se faz importante a realização de uma orientação
procedimental em relação à confecção dos registros. Aponte aspectos aos quais os(as)
estudantes devem se atentar no contato com as fontes escolhidas por eles(as), durante a
realização de seus registros, visando um melhor direcionamento da socialização dessas
pesquisas em sala e contribuindo com o andamento do objeto de conhecimento das aulas
subsequentes. O estímulo da competência interpretativa é essencial para um melhor
desenvolvimento das habilidades do componente curricular de História, e as questões propostas
no Caderno do Aluno visam auxiliar os(as) estudantes na realização deste exercício de análise.
a) Por que os romanos, que costumavam ser tolerantes com a fé alheia, passaram
a perseguir aos cristãos? Faça uma pesquisa e a registre em seu caderno.
b) Quem eram os hereges e por que a Igreja Católica os perseguia? Faça uma
pesquisa e a registre em seu caderno.
c) A partir do que compreendeu do texto e de sua pesquisa, responda com suas
palavras: qual era o papel do cristianismo na Idade Média?
d) A partir da leitura do texto, quais fatores possibilitam compreender o poder da
Igreja Católica na Idade Média?
e) Na época medieval, havia influência da Igreja Católica em outras esferas além
da religiosa? Justifique.
Após terem realizado o exercício de leitura compartilhada das fontes, oriente os(as)
estudantes a realizarem as pesquisas propostas nos itens “a” e “b” e promova a socialização
dos resultados encontrados por eles(elas) em sala.
Espera-se que os(as) estudantes encontrem em suas pesquisas que a repressão aos cristãos
por parte dos romanos tinha o propósito de evitar que o cristianismo se expandisse na época do
Império. O cristianismo surgiu durante o Império romano em uma região que estava sob o jugo
imperial. Os cristãos acreditavam em um só deus, não aceitavam adorar o Imperador como um
deus vivo e pregavam a igualdade entre os homens. Por esses motivos, as ideias dos primeiros
cristãos assustavam o Império, já que a estratégia de dominação imperial se baseava em crenças
opostas a essas. No entanto, a religião ganhou um grande apelo popular e conseguiu muitos
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
adeptos, fazendo com que ao longo do tempo os romanos se aproximassem dela e deixassem
de perseguir seus fiéis.
SAIBA MAIS:
❏ GIBBON, Edward. Declínio e Queda do Império Romano. São Paulo: Companhia de Bolso,
2005.
SAIBA MAIS:
❏ EYMERICH, Nicolau. Manual dos Inquisidores. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos; Brasília:
Fundação Universidade de Brasília, 1993.
❏ FALBEL, Nachman. Heresias medievais. São Paulo: Perspectiva, 1977.
Após terem realizado a socialização das pesquisas, espera-se que os(as) estudantes
consigam responder os itens “c”, “d” e “e”, justificando com elementos encontrados no texto.
É esperado que seja colocado que a Igreja foi uma instituição que ganhou força durante o
Império Romano e que durante a Idade Média ela garantiu seu lugar de poder nas esferas
política, econômica, cultural, artística, filosófica e social. Neste contexto, a instituição coroava
reis e interferia nas disputas entre senhores; acumulava riquezas advindas de doações e detinha
propriedades advindas de heranças; ditava as festividades e os costumes; tinha o monopólio de
preservação de textos da ciência e da Bíblia. Ela assegurou, por séculos, a ordem e a
imobilidade social, justificadas como um desígnio divino.
Para a realização desta atividade, espera-se que o(a) professor(a) siga as mesmas
orientações passadas na atividade 2.2.
8
EYMERICH, Nicolau. Manual dos Inquisidores. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos; Brasília: Fundação
Universidade de Brasília, 1993. p. 33-34.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Em 395, o Império Romano do Oriente chegou a englobar as regiões da Grécia, da Ásia Menor,
da atual Síria e Palestina, o nordeste da África, incluindo o Egito, e as ilhas do Mediterrâneo
Oriental. Com a fragmentação e desaparecimento do Império Romano do Ocidente, o lado
oriental foi adquirindo aspectos cada vez mais distintos, consolidando a cultura bizantina, como
a substituição do latim pelo grego. Sua localização geográfica do Império Bizantino favoreceu
as relações comerciais com outros povos e a manutenção de uma economia dinâmica, que
enriqueceu o império. Constantinopla, a capital bizantina, era protegida por um cinturão de
muralhas que a protegeu das invasões germânicas.
Mesmo tendo ocorrido em Constantinopla os primeiros Concílios, responsáveis pela definição
dos dogmas da Igreja Católica, as diferenças de entendimento da fé levaram à separação entre
o papa de Roma e o patriarca de Constantinopla. Foi a chamada Cisma do Oriente, em 1054,
que originou, de um lado, a Igreja Católica Apostólica Romana, e do outro, a Igreja Católica
Ortodoxa Grega.
Após terem realizado o exercício de leitura compartilhada das fontes, peça aos(às)
estudantes que respondam inicialmente ao item “c”, cuja resposta pode ser encontrada no texto.
Espera-se que, após a leitura, os(as) estudantes consigam interpretar que a Cisma do Oriente
foi como ficou conhecido o movimento que culminou na separação da Igreja Católica
Apostólica Romana da Igreja Católica Ortodoxa, em 1054. Essa separação se deveu às
diferenças de entendimento da fé entre o papa de Roma e o patriarca de Constantinopla.
Depois de ter realizado a correção deste item, oriente os(as) estudantes a realizarem as
pesquisas propostas no item “a” e posteriormente promova a socialização dos resultados
encontrados por eles(elas) em sala. Disponibilize os recursos necessários para a confecção dos
mosaicos pelos(pelas) estudantes, como cola, papéis coloridos, ou outros materiais à sua
escolha. Você pode, também, solicitar a ajuda do(a) professor(a) de Arte e promover um
exercício interdisciplinar. Após os(as) estudantes terem finalizado as produções, você pode
organizar uma exposição dos resultados na escola.
SAIBA MAIS:
❏ Como fazer um mosaico de papel. Fonte: WikiHow. Disponível em: <
https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Mosaico-de-Papel >. Acesso em: 17 jul. 2020.
Antes de solicitar aos(às) estudantes que respondam ao item “c” após a realização do
exercício, explique que os mosaicos que eles encontraram nas pesquisas são obras de grande
dimensão, feitas para cobrir paredes e tetos das Igrejas. O mosaico é uma técnica já conhecida
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
pelos gregos e romanos e aprimorada pelos bizantinos, tornando-se a expressão máxima da arte
bizantina. Foi também usada pelos muçulmanos, que fizeram mosaicos de azulejos para cobrir
o interior de suas mesquitas. O mosaico bizantino usa peças de mármore de diferentes cores,
madrepérola, ouro e prata e, muitas vezes, demoravam dezenas de anos para serem
confeccionados. Se julgar necessário, mostre imagens desses templos que demonstrem a escala
dessas obras de arte.
ATIVIDADE 3
3.1. Podcast
Nessa situação de aprendizagem, estamos aprendendo um pouco sobre o papel das religiões na
política, na economia, cultura e sociedade no período medieval. Agora chegou a hora de
pesquisarmos sobre as relações que o mundo medieval cristão estabeleceu com o mundo árabe
e com as populações judaicas. Para tal, você e seus colegas deverão seguir as orientações do(a)
professor(a) para criar um podcast sobre um dos temas da tabela a seguir.
Professor(a), a produção dos podcasts pode servir como um estímulo à autonomia dos(das)
estudantes. Disponibilizamos em um QR Code do Caderno do Aluno alguns textos que podem
dar base à pesquisa que deverá ser desenvolvida pelos(pelas) estudantes para a produção dos
podcasts sobre os temas passados em relação às relações da Igreja Católica com os povos
árabes e judeus.
Para a realização das pesquisas, sugerimos que o(a) professor(a) busque orientar os(as)
estudantes em relação às possíveis fontes de consulta. Para tal, também se faz importante a
realização de uma orientação procedimental em relação à confecção dos roteiros dos podcasts
com base nessas fontes. Aponte aspectos aos quais os(as) estudantes devem se atentar no
contato com as fontes escolhidas por eles(as), visando um melhor direcionamento da
socialização dessas pesquisas e contribuindo com o andamento da proposta da atividade.
Após a realização da proposta, organize a apresentação dos resultados em sala, como uma
aula invertida sobre os temas realizada por cada grupo. Verifique as orientações já passadas em
relação à aplicação da metodologia da sala de aula invertida para pensar sobre a melhor forma
de realizar esta organização. Estas apresentações servirão para que todos possam entrar em
contato com o que foi desenvolvido pelos outros grupos e, caso sintam a necessidade de
reforçar o entendimento em relação ao conteúdo apresentado, os(as) estudantes podem acessar
os podcasts desenvolvidos.
Antes da realização das pesquisas, organize os agrupamentos, divida os temas, faça as
orientações gerais e explicite alguns aspectos importantes:
1. Leia o texto introdutório sobre seu tema, pesquise-o e não deixe de citar suas fontes.
2. Crie o roteiro para tratar do tema/tempo de duração.
3. Faça o ensaio para a gravação.
4. Faça a gravação em um ambiente com pouco ruído.
5. Edite seu podcast.
6. Publique/apresente seu podcast, com a organização do(a) seu(sua) professor(a), para que
todos de sua turma tenham acesso ao tema desenvolvido pelo seu grupo.
SAIBA MAIS:
❏ Podcast: como usar na sala de aula? Fonte: Fundação Telefônica. Disponível em:
<http://fundacaotelefonica.org.br/noticias/podcast-como-usar-na-sala-de-aula/>. Acesso em: 24
mar. 2020.
❏ Como fazer um Podcast! Fonte: Coisa de Nerd. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=Of5A6o9J_F8, >. Acesso em: 24 mar. 2020.
1 A Expansão Islâmica
3 Trovas Medievais
4 As Cruzadas
5 Os Judeus
Passo a Passo:
1º Para a realização dos podcasts, vocês deverão seguir as orientações de seu(sua)
professor(a). O(A) professor(a) estabelecerá os critérios para a organização de 5 grupos e
orientará vocês em relação ao andamento da proposta;
2º Após a divisão dos grupos estabelecida pelo(a) professor(a), cada grupo ficará
responsável pela pesquisa e pela aula invertida sobre um dos temas da tabela acima;
3º Para iniciarem suas pesquisas, consultem a pasta indicada no link abaixo. Nesta
pasta, você encontrará textos e sugestões de outros lugares para aprofundar a sua pesquisa;
4º Seu(sua) professor(a) orientará os grupos para o desenvolvimento dos podcasts e,
quando solicitado, vocês deverão realizar a apresentação do resultado para sua turma.
<https://drive.google.com/drive/folders/1rAA6HhTAVzi
VXI2WTRwdMUl3xYU261Ph?usp=sharing>.
Após a realização do debate e antes de solicitar aos alunos que produzam seus textos,
promova a realização de um exercício de síntese dos principais tópicos que apareceram no
debate. Após este exercício reflexivo, selecione tópicos que foram demarcados e oriente a
produção do texto dissertativo. Anteriormente passamos um roteiro que pode ser repassado aos
alunos sobre este tipo de produção textual. Você pode, também, solicitar a ajuda do(a)
professor(a) de Língua Portuguesa e promover um exercício interdisciplinar.
a) A partir da leitura dos textos e da análise da fonte da atividade 3.1, produza um conto ou
uma trova medieval cujo cenário se passe durante as cruzadas religiosas que ocorreram durante
a Idade Média. Grave o conto que escreveu e produza mais um podcast individualmente. Siga
as orientações do(a) professor(a) para a produção do conto e do podcast e para a socialização
do resultado com a turma.
Assim como na atividade anterior, para a realização desta atividade você também pode
solicitar a ajuda do(a) professor(a) de Língua Portuguesa e promover um exercício
interdisciplinar. Antes de propor esta atividade, realize a leitura compartilhada do texto
Trovas Medievais, disponibilizado no QR Code que consta no Caderno do Aluno. Se julgar
necessário, reforce o entendimento dos(das) estudantes em relação a este gênero literário e
traga também alguns exemplos de contos medievais. A elaboração de um conto pode ser mais
simples para os(as) estudantes, mas após ter realizado a leitura do texto disponibilizado no QR
Code, como desafio, você pode também sugerir que os estudantes tentem elaborar poemas
cantados no mesmo modelo que as trovas com temática medieval. Disponibilizamos abaixo um
passo a passo que também poderá auxiliar os(as) estudantes na elaboração dos seus contos ou
trovas.
SAIBA MAIS:
❏ BARBOSA, D. Contos medievais e “modernos”: das reuniões em torno das lareiras aos contos
de fadas. Humanidades Em Diálogo, 8, 79-91. Fonte: Revistas USP. Disponível em: <
https://www.revistas.usp.br/humanidades/article/download/140539/135519/ >. Acesso em: 18
jul. 2020.
Narrador: Quem será o(a) narrador(a) da história? O texto será escrito em primeira ou
terceira pessoa?
Lugar: Onde se passa a história? Como é este lugar?
Tempo: Em que momento se passa a situação que será narrada? Quanto tempo ela
demora para acontecer?
Linguagem: A linguagem que será utilizada será formal ou informal?
Desfecho: Como será o desfecho da história? Ele é engraçado ou inusitado?
Etapas para a elaboração do conto ou trova:
Introdução: Assim como nos textos dissertativos, nessa etapa é necessário realizar
uma contextualização introdutória da história a ser narrada. Introduza o(a) narrador(a),
as personagens e situe a situação-problema a ser desenvolvida nesta história ficcional.
Desenvolvimento: Aprofundamento da situação que foi apresentada na introdução.
Conclusão: Em um conto, a finalização da situação narrada ao longo do
desenvolvimento de seu texto deve terminar com um final inesperado ou engraçado.
ATIVIDADE 4
4.1. Maquete
<https://drive.google.com/drive/folders/1MGbXSUlT-
o77iC76LXFxEslXhUKZ3KgH?usp=sharing >.
ATIVIDADE 5
Você já sabe o que é um mapa conceitual, inclusive já realizou um neste volume, mas agora o
desafio é construir um mapa conceitual da classe, que poderá ser exposto ou apresentado em
outra sala conforme as orientações do(a) seu(sua) professor(a). Veja o passo a passo abaixo.
Professor(a), antes de pedir aos(às) estudantes que sigam as orientações que constam no
Caderno do Aluno, retome com eles(as) o que é um mapa conceitual, com o intuito de auxiliá-
los(as) nas diferentes etapas propostas para a elaboração desta síntese coletiva dos objetos do
conhecimento abordados ao longo do bimestre em relação à Idade Média. Todas as etapas dessa
atividade, tanto a etapa individual quanto as coletivas, podem servir como índices importantes
de avaliação. Por isso, é importante que o(a) professor(a) faça a mediação da execução das
diferentes etapas propostas. Com o intuito de estimular a solidificação do entendimento destes
conteúdos por todos os(as) estudantes, sugerimos que, quando finalizado, o mapa conceitual
coletivo possa ser exposto.
Passo a passo:
ETAPA A ETAPA B ETAPA C
ATIVIDADE 6
6.1. No volume 4, estudamos o período histórico que ficou conhecido como Idade Média.
Finalizada as três Situações de Aprendizagem, reflita, pesquise e responda:
SAIBA MAIS:
❏ FRANCO, J. H. A Idade Média: Nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2001.
Terminado o ano, o(a) professor(a) irá propor uma conversa sobre o que foi estudado nesta
disciplina. Após o exercício coletivo, escreva sobre o que você aprendeu em História. Relate o
que mais gostou das atividades, o que menos gostou e qual você acredita ser a importância de
estudar História.
essa reflexão, sugerimos que, antes de solicitar aos(às) alunos(as) que preencham o formulário,
seja realizada uma roda de conversa. Nela esperamos que eles sejam questionados em relação
ao que foi estudado ao longo do ano nas aulas deste componente curricular, o que eles mais
gostaram de aprender e o que menos gostaram, finalizando a dinâmica com o questionamento
acerca da importância do estudo da História para os(as) estudantes. No formulário,
questionamos o que os(as) estudantes mais gostaram dos materiais e que os fizeram aprender
mais, bem como abrimos espaço para que sejam enviadas fotos dos trabalhos realizados ao
longo do ano.
HISTÓRIA
VOLUME 4
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
HISTÓRIA
7º ANO
4º BIMESTRE
UNIDADE HABILIDADES OBJETOS DE
TEMÁTICA CONHECIMENTO
(EF07HI15) Discutir o conceito de
escravidão moderna e suas distinções
em relação ao escravismo antigo e à
servidão medieval.
(EF07HI16) Analisar os mecanismos
e as dinâmicas de comércio de
escravizados em suas diferentes fases, As lógicas internas das
identificando os agentes responsáveis sociedades africanas;
pelo tráfico e as regiões e zonas As formas de organização
africanas de procedência dos das sociedades ameríndias;
Lógicas comerciais e
mercantis da escravizados. A escravidão moderna e o
modernidade tráfico de escravizados.
(EF07HI19*) Analisar as condições
das pessoas escravizadas e identificar
as formas de resistência à escravidão
na América Portuguesa.
ATIVIDADE 1
ATIVIDADE 2
Passo a Passo:
1º Forme um grupo ou faça individualmente em casa. Siga as orientações
de seu(sua) professor(a) e respeite os critérios estabelecidos quanto ao número de
integrantes de cada grupo.
2º Desenvolva uma pesquisa nos sites sugeridos e responda às questões apresentadas pelo(a)
seu(sua) professor(a).
3º Com orientação de seu(sua) professor(a), realize a apresentação do resultado de sua aula
invertida para a turma.
Professor(a), para a realização da Sala de aula invertida, você deve solicitar ao(à)
estudante que realize pesquisas prévias sobre um assunto escolhido antes de iniciar o processo
em sala de aula. A aula de História deve ser utilizada para o debate dos resultados encontrados
nas pesquisas e sua socialização, para o desenvolvimento de exercícios práticos de análise de
fontes, resolução de dúvidas dos(as) estudantes e realização de trabalhos complementares,
vistos como necessários para uma melhor finalização da preparação das aulas invertidas.
Para realização desta atividade, solicite aos(às) estudantes que iniciem suas pesquisas
nos sites indicados neste caderno para realizar a apresentação do trabalho no final da
atividade. Após a realização da pesquisa e da verificação e correção das respostas dos(as)
estudantes, organize com eles(as) a melhor forma de apresentação dos resultados.
Esta prática poderá contribuir para o desenvolvimento da autonomia dos(as)
estudantes. Após a realização das pesquisas e de sua sistematização, seu papel é esclarecer as
eventuais dúvidas, dialogar e trazer referências complementares. É importante que, ao final
do processo, seja oportunizado um momento para socialização do trabalho realizado, ficando
a seu critério estabelecer como isso deverá ocorrer.
Sugestão de site para pesquisa dos(das) estudantes nos links e no QR CODE abaixo:
Mercantilismo.
Fonte: História do Mundo. Idade Moderna: mercantilismo.
Disponível em: <https://www.historiadomundo.com.br/idade-
moderna/mercantilismo.htm>. Acesso em: 09 jun. 2020.
ATIVIDADE 3
Texto 1
Na Idade Média (séculos V ao XV), o feudalismo possuía uma ordenação econômica e social
muito própria, separando a sociedade em estamentos. A partir do século XI, ocorreu uma
série de transformações na vida feudal, especialmente nas cidades, que revitalizou o
comércio. Foi o chamado Renascimento Comercial e Urbano, marcado pelo reaparecimento
das feiras, do comércio a longa distância, da circulação de moedas e dos bancos. A expansão
do comércio e a consequente ascensão da burguesia afetaram as relações sociais e
interferiram na vida política que, então, passava por um processo de centralização do poder.
Se a posse de terra era o principal indicador de riqueza na Idade Média, a partir do século
XV o dinheiro tornou-se a nova medida de riqueza. Nesse contexto de transição do
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Texto 2
Chamou-se mercantilismo o conjunto de ideias e práticas econômicas dos Estados europeus
voltadas para o comércio e que vigoraram entre os séculos XVI e XVIII. Foram elas: I.
Metalismo: quanto mais metais preciosos (ouro e prata) a nação possuir, mais rica ela será;
II. Protecionismo: incentivo à produção e ao comércio nacional para afastar a concorrência
estrangeira, o que incluía cobrar taxas alfandegárias altas sobre produtos importados; III.
Pacto colonial: o comércio colonial é exclusivo da metrópole, que controla a produção da
colônia e proíbe comércio direto da colônia com outras nações; IV. Balança comercial
favorável: exportar mais do que importar para ter saldo econômico positivo.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo.
a) Escreva um breve texto que apresente as principais características do Mercantilismo.
b) Na atualidade, existem situações similares ao protecionismo e à balança comercial
favorável? Justifique.
Professor(a), esta é uma estratégia para que os(as) estudantes apresentem suas ideias,
com o resultado de suas pesquisas e análise dos textos apresentados por você, assim como
respostas sobre o tema. O item “a” apresenta o Mercantilismo, que, durante a Idade Moderna,
entre os séculos XV e XVIII, esteve presente na política econômica de diversos países
europeus. Seus principais pontos eram: o fortalecimento dos estados nacionais, com o objetivo
de acumular riqueza e dar poder ao rei; a busca por exportar mais do que importar; o
protecionismo, que visava proteger o mercado interno; o acúmulo dos metais preciosos para
o tesouro da riqueza nacional; monopólios comerciais em benefício do país; e o Pacto
Colonial, que consistia na exploração das colônias a fim de garantir uma balança comercial
favorável.
No item “b” é importante que os(as) estudantes respondam citando o caso de algum
presidente ou governo que tenha colocado mais barreiras, como impostos ou tarifas, para os
produtos vindo de outros países. A balança comercial favorável presente nas características
do mercantilismo é praticada por diversos países como forma de proteger sua economia.
ATIVIDADE 4
O feudalismo, que atingiu seu apogeu entre os séculos IX e XI, durante a Idade Média,
caracterizou-se pela agricultura de subsistência, trabalho servil e quase estagnação do
comércio e da circulação de moedas.
O mercantilismo, por sua vez, praticado entre os séculos XVI e XVIII, constituía-se em
um sistema econômico caracterizado pela intensa atividade comercial sob controle do
Estado (intervencionismo estatal) para proteger a economia interna, promovendo a
colonização de outros territórios para garantir o monopólio, utilizando muitas vezes mão
de obra escravizada nas colônias. Essas características são antagônicas ao capitalismo,
caracterizado pelo trabalho assalariado, acumulação de capital, valorização da propriedade
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
b) A partir da leitura do texto e das reflexões realizadas em sala de aula junto de seu(sua)
professor(a), descreva quais foram os motivos da passagem do Mercantilismo para o
Capitalismo.
ATIVIDADE 5
5.1 Analise o fragmento e as imagens e responda em seu caderno às perguntas que se seguem.
Fonte 1- Texto
Os cinco primeiros livros da Politique de Bossuet, destinados ao Delfim, insere-se nesse
movimento de exaltação à glória monárquica. Bossuet dedicou-os para falar da origem do
poder e da autoridade do príncipe. Com isso, a teoria do direito divino, justificadora do
absolutismo, que se conhecia já há muito tempo, atinge o seu ponto culminante. Desde as
civilizações da Antiguidade oriental, tem sido prática comum justificar o poder da realeza
por delegação divina. Mas foi no século XVII que a divinização da realeza atingiu o clímax.
Conforme afirma [o historiador] Marc Bloch, “o século XVII, mais que qualquer outra época,
sublinhou abertamente a natureza quase divina da monarquia e, até do rei”.
[...] No século XVII há uma grande relação entre arte e poder. Luís XIV e seus conselheiros
preocupavam-se muito com a imagem real, por isso recorreram a todas as formas de
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
representações para aumentar a sua glória. Segundo o historiador Peter Burke, “os escritos
do período não deixam dúvida acerca da importância da reputação ou glória de reis ou nobres
semelhantes”. No século XVII, o que realmente significava esta glória tão almejada pela
realeza e nobres? De acordo com este autor, num dicionário do período, glória distinguia-se
de louvor porque “o louvor é dado por indivíduos e a glória por todo o mundo”.
Situado a dezoito quilômetros de Paris, Versalhes foi um dos meios utilizados por Luís XIV
para representar a sua glória. Sem dúvida, Luís XIV utilizou Versalhes como um cenário,
um instrumento para ostentar o seu poder.
[...] as artes eram úteis porque contribuem para a glória de Luís XIV. Ele desejava que todos
os artistas usassem o seu talento artístico para uma maior glorificação do Rei Sol. Foi com
este propósito que ele estimulou a produção e impôs a disciplina nas Belas-Artes criando o
academismo, que significava a regulamentação, a palavra de ordem na produção intelectual
e artística. Os artistas incumbidos da tarefa de elaborar a nova imagem do soberano deviam
se reunir nas novas instituições controladas pelo Estado, as academias”.
Fonte: OLIVEIRA, M. I. B.de M. O príncipe pacífico: Bossuet, Luís XIV e Antônio Vieira. Tese (Doutorado
em História Cultural) – Universidade de Brasília, 2009, p.81, 82, 83, 90. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp116343.pdf>. Acesso em: 27 mai.2019.
Fonte 2 Fonte 3
Retrato do Luiz XIV Fotografia Elizabeth II
Retrato de Luís XIV em traje de coroação, 1702, de Elizabeth II, rainha do Reino Unido e dos Reinos
Hyacinthe Rigaud, óleo sobre tela, 3,13 × 2,05 m, da Comunidade de Nações, desde 1952.
Palácio de Versalhes. Fonte: Commons Wikimedia. Disponível em:
Fonte: Commons Wikimedia. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commo
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hyacinth ns/b/b2/Queen_Elizabeth_II_of_New_Zealand.jp
e_Rigaud_- _Louis_XIV,_roi_de_France_(1638- g >. Acesso em: 02 mar. 2020.
1715)_-_Google_Art_Project.jpg>. Acesso em: 02
mar. 2020.
a) Grife as palavras-chave que indicam as principais ideias do texto.
b) Descreva as principais características do Absolutismo.
c) Análise as fontes 2 e 3, observando os trajes e os objetos que cada monarca carrega e que
possam demonstrar poder e liderança. Explique o simbolismo presente nas fontes.
d) Nas fontes 2 e 3, qual a semelhança e a diferença entre os monarcas? Explique.
e) Qual é a teoria que, de acordo com o texto, justificava o Absolutismo?
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Neste momento, são apresentadas três diferentes fontes para apreciação dos(das)
estudantes: um fragmento da tese de doutorado de Maria Izabel Barboza de Moraes Oliveira;
a pintura “Luís XIV, rei da França” e a fotografia da Rainha Elizabeth II.
No item “a” os(as) estudantes deverão destacar as palavras-chave que indicam as
ideias centrais do texto. Você, professor(a), poderá auxiliar os(as) estudantes na realização
desta atividade.
No item “b” os(as) estudantes deverão responder utilizando os conhecimentos
construídos em sala de aula a partir da mediação do(a) professor(a). É importante que os(as)
discentes tenham compreendido a figura central do monarca durante o Absolutismo, listando
características como a centralização do poder político e econômico e sua influência na vida
religiosa.
No item “c” após os(as) estudantes localizarem a resposta no texto, o(a) docente
deverá explicar a “Teoria do Direito Divino dos Reis”. O estudante irá analisar a pintura de
Hyacinthe Rigad para argumentar sobre a representação do poder real. Diversos objetos foram
retratados para reafirmar e legitimar os direitos do rei, entre eles: a espada (símbolo de
bravura), o manto azul (representando a pureza moral e a incorruptibilidade do monarca), o
cetro (símbolo da autoridade), a coroa (como sinal da escolha divina), entre outros.
No item "d" espera-se que os alunos tenham conhecimentos prévios sobre a
monarquia parlamentarista britânica para indicarem a diferença entre a monarquia de Luís
XIV e a de Elizabeth II.
Sugere-se como leitura complementar para o(a) professor(a) o artigo abaixo, para
ampliação da atividade:
a) Escolha dois dos conceitos apresentados no mapa mental sobre Estado Absolutista e
Mercantilismo. Elabore um texto explicando-os.
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7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Sugestão de site para pesquisa dos(das) estudantes nos links e no QR CODE abaixo:
ATIVIDADE 6
SUGESTÕES TEMAS
Pau-brasil - Especiarias do Sertão - Cana de Açúcar - Ouro e pedras preciosas
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Sugestão de site para pesquisa dos(as) estudantes nos links e no QR CODE abaixo:
As Drogas do Sertão.
Fonte: Brasil Escola. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/historiab/as-drogas-sertao.htm>. Acesso
em: 11 jun. 2020.
ATIVIDADE 7
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE 1
Professor(a), para esta atividade, seria ideal um trabalho de roda de conversa, com os(as)
estudantes, de modo que você estimule a participação de todos. Esta é uma sensibilização, o
passo inicial, e para todas as Situações de Aprendizagens o material traz para o(a) estudante
um diálogo entre ele(a) e o(a) professor(a), sendo um momento em que se propõe ao estudante
percorrer um caminho a partir de seus conhecimentos prévios sobre que é escravo e servo.
ATIVIDADE 2
Fonte 2 - Mosaico
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Piso de mosaico de Duga, Tunísia (século III d.C.). Os dois escravos servem bebidas, possivelmente vinho, usam
o vestuário comum entre escravos e trazem no pescoço um amuleto contra o mau-olhado. O rapaz da esquerda
segura as toalhas e o da direita um ramo e um cesto de flores. Essa representação era uma forma de boas-vindas
aos convidados. Fonte: Museu Nacional do Bardo, Túnis, Tunísia. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romano#/media/Ficheiro:Mosaique_echansons_Bardo.jpg>.
Acesso em: 31 mar. 2020.
No item “c”, a resposta é pessoal do(a) estudante. Seria interessante o(a) professor
realizar uma análise das respostas dos(as) estudantes coletivamente durante a correção, para
debater as diferentes ficções de cada um.
No item “d”, espera-se que o(a) estudante observe que os critérios para alguém se
tornar escravo na Antiguidade não eram raciais, mas político-militares ou jurídicos: ser um
prisioneiro de guerra, ter uma dívida, punição de um crime.
No item “e” professor(a), a elaboração de um texto coletivo com os(as) estudantes é
uma importante etapa nesta sequência de atividades, pois é um gênero textual que possibilita
sistematizar e sintetizar coletivamente o conhecimento desenvolvido nas atividades
anteriores. Essa elaboração possibilita o trabalho com as competências socioemocionais de
organização do que já foi aprendido e aponta os novos desafios. A produção coletiva deve
envolver a negociação entre o(a) professor(a) e os(as) estudantes para estabelecer a
organização do texto. Auxilie os(as) estudantes nessa construção, que pode ser com a classe
toda, ou organize dois ou três grupos para sua realização.
2.2. Vamos pesquisar e dialogar sobre a escravidão moderna. Faça uma entrevista sobre
escravidão moderna com pelo menos duas pessoas da sua família ou com amigos e
conhecidos.
I. Questione os temas a seguir e faça os registros no seu caderno.
a) O que é ser escravo no período moderno?
b) Quem eram os escravizados trazidos ao Brasil?
c) Como era a viagem deles até o Brasil?
d) Quais são as estimativas de homens e mulheres trazidos do continente africano para o Brasil
e que aqui se tornaram escravos?
II. Em sala de aula, conforme a orientação do(a) seu(sua) professor(a), você e seus colegas
devem organizar os dados de todas as entrevistas em uma tabela e depois convertê-la em um
gráfico.
III. Realize uma apresentação do gráfico e anotações para o resto da sala. Ao final, registre
no seu caderno os seguintes pontos:
Quais foram as considerações da turma?
Houve divergências na análise dos gráficos entre os grupos?
2.3. Pesquise com auxílio de seu(sua) professor(a) de que forma podem ser comparados os
três tipos de escravidão moderna investigada e responda em seu caderno.
Como proposta de síntese, os(as) estudantes devem desenvolver uma entrevista com
duas pessoas da sua família. No entanto, podem escolher vizinhos, professores ou outras
pessoas de seu convívio.
A proposta é composta de quatro momentos: primeiramente, os(as) estudantes devem
coletar dados para, ao final, terem uma visão geral sobre o público entrevistado por todos
os(as) estudantes da turma; em um segundo momento, os(as) estudantes devem tabular os
dados coletados, transformando-os em gráficos; no terceiro momento, proposto para
ampliação da atividade, o objetivo é analisar os resultados de forma qualitativa e quantitativa
para que, nesse momento final, sejam apresentados à turma. Auxilie e contribua com uma
reflexão sobre os processos envolvidos desde o início da pesquisa, relacionando se o conceito
de escravidão expresso pelas pessoas entrevistadas foi o mesmo apresentado pelos(as)
estudantes nos exercícios anteriores.
ATIVIDADE 3
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Fonte: Acervo da Biblioteca Digital Luso-Brasileira. Recibo de compra de escravo, em nome de Antônio da
França Alencar pela venda de um escravo de nação crioulo pela quantia de duzentos e cinquenta mil réis.
Disponível em.<http://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/16686>. Acesso em: 02 abr. 2020.
Anúncio de venda de escravos, Correio Paulistano, 21/06/1863, página 4. Fonte: Acervo da Biblioteca Nacional.
Hemeroteca Digital. Disponível em:
<http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=090972_02&PagFis=8041>. Acesso em: 02 abr. 2020.
1
Siza era o imposto de transmissão “inter vivos”, que incidia sobre a compra e venda de bens móveis, incluindo
os escravizados. Era calculado sobre o valor de venda. É um dos mais antigos tributos de Portugal, introduzido
no Brasil pela Lei de 3 de junho de 1809 e retomado pelo Ato Adicional de 1834. Ele existe ainda hoje com o
nome Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e as porcentagens cobradas variam
entre 2% a 6% sobre o valor de venda.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
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reflexão histórica sobre a sociedade na qual vivem. Ao ter acesso a um repertório de técnicas
e procedimentos necessários para o letramento em História, o(a) estudante poderá
compreender que ele(a) é capaz de produzir narrativas articuladas à sua leitura de mundo e à
sua realidade sociocultural.
O trabalho de análise pode ser realizado coletivamente em sala de aula com a leitura
e análise das duas fontes apresentadas nesta atividade.
Nos itens "a" e "b" espera-se que o(a) estudante cite que a fonte 1 refere-se a um
comprovante de compra de um escravo; a fonte 2 é um anúncio de venda de um escravo. Uma
pessoa está sendo negociada nas duas fontes.
No item "c" o escravo era uma mercadoria e, como tal, sua venda é uma transação
comercial que exige um recibo. Este, por sua vez, era um documento importante também para
o escravo, pois comprovava a mudança de proprietário feita de forma legal, e não por fuga do
escravo.
No item "d" deseja-se que o estudante relate que a escravidão alimentava um
comércio altamente rentável para muitas pessoas no período.
ATIVIDADE 4
ashantis, bantos, fons, mandingas e inúmeras outras etnias que foram escravizadas. No Brasil,
devemos apresentar as diferenciações de culturas, línguas, religiosidades, entre outros
aspectos aos nossos estudantes.
Assim, professor(a), sugerimos um aprofundamento desta atividade apresentando
estes grupos que formaram a identidade negra brasileira. Sugerimos que o(a) professor(a)
analise com os(as) estudantes as fontes históricas coletivamente em sala de aula para realizar
a atividade.
Professor(a), a fonte 3 é uma animação que está presente no QR CODE que consta no
Caderno do Aluno. Você poderá auxiliar os(as) estudantes clicando sobre determinada
embarcação para obter dados sobre ela. Analise com os(as) estudantes a animação, frisando
qual foi a quantidade de escravos trazidos nestas rotas. Se possível, solicite aos(às) estudantes
que parem a animação em alguns momentos para ser realizada a explicação dos
acontecimentos importantes; por exemplo, o início da atividade no XVI, ou quando os
ingleses, no século XVIII, ganham projeção na atividade para explicar aos estudantes.
No item “a” espera-se que o estudante responda Brasil e América Central. As fontes
apresentadas na atividade acima mostram as principais regiões da África em que ocorreram
os fluxos de escravizados, destacando-se a região da África Oeste Central, em que ficam os
atuais países Congo e Angola, dois dos principais a fornecerem escravizados para o Brasil.
Também mostra a Senegâmbia, Serra Leoa. No item “b” espera-se que a resposta seja West
Central Africa (África Oeste Central) e Bight of Benin (Golfo do Benin). No item “c” deseja-
se que o estudante responda Golfo do Benin e Golfo de Biafra (sudoeste da atual Nigéria),
cujo principal grupo de africanos escravizados e trazidos para as Américas foram os Bantos;
mas que também vieram para o continente americano indivíduos escravizado que saíram de
outros portos importantes, como os da na Nigéria, Serra Leoa, Gana; cujo principal grupo de
africanos escravizados foram os Sudaneses.
Como sugestão para pesquisa e elaboração do mapa da atividade “d”, acesse o link
abaixo antes de realizar esta atividade.
ATIVIDADE 5
Fonte 1
O Castelo de São Jorge da Mina, também
designado por Castelo da Mina, foi a
primeira construção realizada pelos
portugueses, em 1482, com a função de
feitoria para o comércio dos portugueses
no litoral de Gana, na África. Foi um dos
principais portos de embarque dos
Fonte: Wikimedia Commons. Disponível em: <https://commons. negros escravizados entre o século XVI e
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
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SAIBA MAIS:
Portugal Sem Fim – Goreia e São Jorge da Mina (duração: 45’20”).
Fonte: Canal História Portucale. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=hoKXjkzjJRo. > . Acesso em: 12
jun. 2020.
5.1. Leia as fontes abaixo sobre o comércio de escravizados em diferentes países e responda
as questões que se seguem.
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Seção transversal de um navio negreiro usado no comércio atlântico de escravos. Autor Robert Walsh, 1830. Fonte:
Wikipedia. Disponível em: <https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:NavioNegreiro.gif >. Acesso em: 07 abr.2020.
Desenho de uma seção transversal de um navio negreiro no Brasil, de Robert Walsh, 1830. Disponível em:
<https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:NavioNegreiro.gif#/media/File%3AWalsh-cross-section-of-slave-ship-
1830.jpg>. Acesso em: 07 abr.2020.
No item “b” a música e a análise dela têm como objetivo que os(as) estudantes
reflitam sobre como era o navio negreiro e as condições desumanas dos negros durante a
viagem até seu destino, desconhecido por eles.
Professor(a), no item “c” deve-se seguir a técnica do “Faça Você Mesmo”, já aplicada
nos Estados Unidos. Ela estimula os(as) estudantes a colocarem mais a mão na massa,
resolvendo problemas de forma criativa em sala de aula e levando esse aprendizado para o dia
a dia. Assim, convide os(as) estudantes para a construção coletiva de um navio negreiro.
Professor(a), lembre-se de trabalhar coletivamente com os(as) estudantes,
apresentando ideias e possibilidades para a construção da maquete, além de auxiliá-los(as)
nessa atividade.
Apresente-lhes imagens de navios negreiros e inicie a proposta abaixo:
1. Leve materiais de sucata para a sala de aula, como potes, papelão, tampinhas, entre
outros, e eletrônicos, como motores, resistores, fios e suportes de baterias.
2. Com esse material, você será capaz de incentivar os(as) estudantes a desenvolver o
projeto “mão na massa”.
3. Estabeleça um roteiro de trabalho e faça perguntas para instigar e aguçar a criatividade
dos(as) estudantes.
4. Como professor, você pode realizar perguntas aos grupos enquanto desenvolve a
maquete, instigando a investigação e o pensamento lógico para a elaboração da
atividade.
5. A sua intervenção só é feita quando necessária, no processo de mediação.
ATIVIDADE 6
ATIVIDADE 7
ATIVIDADE 1
a) Faça uma pesquisa sobre o que o pelourinho simbolizava. Qual era sua utilização pelas
autoridades da América Portuguesa?
b) Explique a ideia central do texto acima.
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SAIBA MAIS:
A cultura afro é uma das bases fundamentais para a
formação da cultura brasileira. Vamos conhecer
roteiros turísticos dessa parcela da população
brasileira. Assim, você, estudante, poderá
identificar suas manifestações culturais, espalhadas
por todos os lados e que enriquecem a cultura local
com seus belos ritmos, crenças e costumes, e que
realçam a diversidade da capital do Estado de São Paulo. Acesse o QR
CODE ao lado para conhecer estes roteiros.
Fonte: Cidade de São Paulo. Roteiro Afro. Disponível em: <
http://cidadedesaopaulo.com/v2/wp-content/uploads/2017/04/Roteiro-Afro1.pdf >.
Acesso em: 03 abr. 2020.
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7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE 2
Homem negro carregando cesto vazio no ombro, pendurado O caçador de recompensas procurando por escravos
por corda. Frederico Guilherme Briggs, 1832. fugitivo, por Johann Moritz Rugendas, 1823. Fonte:
Fonte: Biblioteca Digital Luso-Brasileira. Disponível em: Wikimedia Commons. Disponível em:
<http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon7 <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2
03591.jpg>. Acesso em: 02 abr. 2020. 3/Capitao-mato.jpg>.Acesso em: 04 abr. 2020.
Nos itens “a” e “b” espera-se que os(as) estudantes respondam que a fonte 1 data de
1832 e foi elaborada por Frederico Guilherme Briggs; a fonte 2, de 1823, de autoria de Johann
Moritz Rugendas.
No item “c”, espera-se que os(as) estudantes respondam:
“Tais escravos buscavam, por conta própria, atividades que lhes garantissem
a sobrevivência. Para tanto, gozavam de autonomia e liberdade de
locomoção, e muitos deles só iam à casa de seus senhores para pagar, diária
ou semanalmente, a remuneração estipulada, executando, até mesmo, em
algumas situações, trabalho assalariado.”
LOPES, Nei. Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. São Paulo:
Selo Negro, 2004. p. 293.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
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Ama de leite – Escravizada ou liberta que amamentava criança de senhora branca. Podia ser
emprestada ou alugada para essa função.
Tigre – Escravizado encarregado de recolher os vasilhames com fezes e urinas dos moradores
das cidades e despejá-los.
Mucamas – Eram as escravas domésticas. Funções desempenhadas nas casas.
Negra de ganho – Escrava (ou escravo) que exercia algum trabalho na rua (quitandeira,
vendedor[a] ambulante, carregador, barbeiro etc.), devendo entregar parte de seus ganhos
ao(à) senhor(a).
Escravo de ofício – Escravo com alguma função especializada, como, por exemplo, cuidar
da moagem da cana, da fabricação do açúcar, carpintaria, barbearia, construção, olaria e
sapataria.
Agregado – “Ex-escravo que permanecia ligado a seu antigo senhor, adotando seu
sobrenome, morando sob o mesmo teto, integrado à rotina da família e submetido à
autoridade do patriarca”. (LOPES, Nei. Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. São
Paulo: Selo Negro, 2004. p. 41).
ATIVIDADE 3
.1. Neste momento, você e sua turma serão desafiados a participar de uma aula invertida sobre
as condições de vida das pessoas escravizadas na América Portuguesa.
Passo a Passo:
1º Forme um grupo ou faça individualmente em casa. Siga as orientações de seu(sua)
professor(a) e respeite os critérios estabelecidos quanto ao número de integrantes por grupo.
2º Desenvolva uma pesquisa com o auxílio da internet nos sites sugeridos. Para responder às
questões, sugerimos o acesso ao seguinte link ou QR Code, ou seu(sua) professor(a) poderá
indicar outra fonte para realização desta atividade.
GALERIA DE OBRAS
Jean-Baptiste Debret (1768-1848) foi um pintor, desenhista e professor
francês, participante da Missão Artística Francesa, que viveu no Brasil entre
1817 e 1831.
Jean Baptiste Debret. Fonte: Arts and Culture. Disponível em:
<https://artsandculture.google.com/entity/jean-baptiste-debret/m049vrh>. Acesso em: 02
abr. 2020.
sugestão da aula invertida, existem algumas questões para o(a) estudante responder. É
importante neste momento, professor(a), que seu papel seja esclarecer dúvidas, debater, trazer
referências complementares. As questões estão diretamente ligadas à obra que o aluno
escolher analisar da coleção presente na galeria. Assim, o trabalho de análise, após a escolha
da obra, é de extrema importância para realização da atividade.
ATIVIDADE 4
Fonte 1 - Carta
Senhor, sendo frequentes os delitos preparados por indivíduos desta cidade, forros e
livres uns; cativos outros; conhecidos pela denominação de capoeiras; tem a vigilante Polícia
buscado capturá-los, as Justiças processá-los, e a Casa da Suplicação sentenciá-los com
exemplar zelo e interesse do Chanceler que serve de Regedor, especialmente nas visitas da
Cadeia em que é juiz. Quanto aos forros, é uma das penas aflitivas a de açoites pelas ruas
públicas; quanto aos cativos na grade da cadeia, e no calabouço. Mas como o principal fim
seja o exemplo aterrador dos cativos parecia conseguir-se melhor, sendo dados os açoites nos
cativos em Praças mais públicas, e lugares onde estes maus indivíduos capoeiras costumam
fazer suas paradas e depois suas desordens e delitos. Mas, como não esteja em uso prático
serem açoitados no Pelourinho e Praça do Rossio, na do Capim, na da Sé, e outras, não me
atrevendo a fazer esta inovação, posto que a julgue necessária, e haja agora ocasião com dois
escravos, um crioulo, outro de Nação condenados em açoites, sou a pedir a Vossa Majestade
pelo expediente desta Secretaria de Estado dos Negócios do Brasil queira expedir as ordens a
este respeito ao Chanceler que serve de Regedor, (…) para este informar, e ficarem registrados
nos livros da Relação para terem o seu devido efeito. Vossa Majestade mandará o que justo
lhe parecer ao seu Real Serviço.
Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 1817.
Corregedor do Crime da Corte e Casa, Antônio Felipe Soares de Andrade de Brederode.
Fonte: Arquivo Nacional e a História Luso-Brasileira. Disponível em: <
http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3550:p
unicoes&catid=165&Itemid=215 >. Acesso em: 08 mai. 2020.
a) Quem escreveu a carta?
b) Para quem a carta foi destinada?
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c) O texto foi escrito no ano de 1817. Considerando o contexto de sua produção, descreva
qual foi a solicitação feita pelo autor da fonte.
d) No fragmento “[…] conhecidos pela denominação de capoeiras; tem a vigilante Polícia
buscado capturá-los, as Justiças processá-los, e a Casa da Suplicação sentenciá-los com
exemplar zelo e interesse do Chanceler que serve de Regedor”, o autor deixa explícito que os
capoeiras eram tidos como criminosos. Realize uma pesquisa e descreva por qual motivo que
praticantes da capoeira foram perseguidos no Período Colonial.
Essa atividade tem por objetivo contribuir com o desenvolvimento de três dos
processos indicados pelo Currículo Paulista: a Identificação, a Interpretação e a
Contextualização. Dessa forma, o(a) estudante poderá se posicionar criticamente acerca da
fonte indicada como objeto de estudo.
No item “a”, espera-se que o(a) estudante identifique a estrutura de uma carta e o
autor do documento: Antônio Felipe Soares de Andrade de Brederode, Corregedor do Crime
da Corte e Casa.
No item “b”, a informação está implícita no texto e, para respondê-la, o(a) estudante
deverá conhecer o contexto em que o documento foi escrito. O destinatário é mencionado
como “Senhor” e “Vossa Majestade” sendo, portanto, Dom João VI, que desde 1816, por
conta da morte de sua mãe, deixou de ser príncipe regente, tornando-se rei.
Para o item “c” ser respondido, exige-se do(a) discente que interprete o texto. A
princípio, o autor cita os capoeiras divididos em três grupos: os forros (libertos), os livres e
os cativos. Sendo que os forros eram açoitados nas praças públicas e os cativos, dentro de
locais privados, “nas grades da cadeia e no calabouço”. No entanto, a solicitação feita ao rei
é que dois cativos escravizados sejam açoitados em praça pública.
No item “d”, o(a) estudante deve identificar que os capoeiras, na época, eram vistos
como marginais. Entre os motivos para os capoeiras serem perseguidos no período colonial,
podemos destacar que a prática da capoeira desafiava as regras de ordem pública, já que era
utilizada também como instrumento de resistência à escravidão. Hoje a capoeira é reconhecida
como esporte nacional.
ATIVIDADE 5
Quilombo de Palmares
2
Errata: No Caderno do Aluno consta como século XV, favor apontar a correção.
3
Refúgio de escravos ou aldeias que formavam os quilombos.
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No item “a”, espera-se que o(a) estudante identifique e relacione que os bandeirantes,
liderados por Domingos Jorge Velho, destruíram o Quilombo dos Palmares em 1694.
No item “b”, o(a) estudante precisa identificar que os líderes do Quilombo eram:
Ganga Zumba e Zumbi, além de Dandara, esposa de Zumbi, e que o Zumbi é considerado
pela historiografia como o principal representante da resistência negra à escravidão na época
do Brasil Colônia.
No item “c”, deseja-se que o(a) estudante aponte que no Quilombo de Palmares
reuniam-se nove ou onze mocambos, e seus principais eram: Aqualtune, Andalaquituche,
Subupira e Cerca Real do Macaco.
Espera-se que, no item “d”, seja constatado que o milho, a mandioca, o feijão, a cana
e a banana eram a base da alimentação dos quilombolas.
No item “e” professor(a), espera-se que o(a) estudante compreenda que o Quilombo
dos Palmares foi o maior quilombo da América Latina, chegou a reunir cerca de 20 mil
habitantes, foi um dos grandes símbolos da resistência dos escravos no Brasil e representou
uma forte ameaça ao poder colonial e à estrutura da escravidão.
Letra da Música:
Zumbi, de Jorge Ben Jor. Álbum Tábua de Esmeralda, 1972.
Fonte: JOR, J. B. Zumbi. Letras. Disponível em:
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TRABALHO EM GRUPO
a) Em grupo, siga as orientações abaixo com o auxílio de seu(sua) professor(a).
Cada grupo deve criar uma música sobre a resistência negra durante o período da escravidão
no Brasil com alguns dos personagens abaixo listados. Pesquise sua história de, luta e
resistência à escravidão dos negros.
✔ Combine com seu(sua) professor(a) o tempo de apresentação das músicas para cada
grupo.
Biografias de famosos.
Fonte: eBiografia. Disponível em: <https://www.ebiografia.com>.
Acesso em: 12 jun. 2020.
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5.3. Vamos assistir o vídeo para ampliar nossos conhecimentos sobre as mulheres guerreiras
nos quilombos. Seu(sua) professor(a) irá apresentar uma atividade sobre o filme abaixo:
Professor(a), nesta atividade foi apresentada aos(às) estudantes uma personalidade negra
feminina que lutou e liderou um quilombo e viveu no atual estado de Mato Grosso, muitas
vezes esquecidas pela história: Tereza de Benguela. É importante destacar aos(às) estudantes
que não foram somente os homens que lutaram por sua liberdade, mas existiram inúmeras
mulheres que resistiram e lutaram pelo fim da escravidão.
Professor(a), para realizar esta atividade, é importante explicar que filmes, em aulas de
História, são ferramentas de apoio para a contextualização e análise dos conteúdos e
desenvolvimento das habilidades.
Sugestão para o(a) professor(a) sobre como realizar análise do filme no QR CODE abaixo:
O cinema como recurso pedagógico no ensino de história.
Fonte: Ensinar História - Joelza Ester Domingues. Disponível em:
<https://ensinarhistoriajoelza.com.br/cinema-no-ensino-de-historia/>. Acesso em:
11 jun. 2020.
a) Como interpretar a expressão na face dessa trabalhadora? Que mensagem o pintor nos passa
sobre ela? Observe sua postura e suas roupas: o que isso nos permite inferir sobre suas
condições de vida? Faça uma descrição desses elementos da imagem.
b) De acordo com o texto do enunciado, pode-se dizer que essa mulher está com “banzo”?
Justifique.
c) O título da obra é “Preta Quitandeira”. O termo quitandeira designa uma mulher que produz
e vende “quitutes” (comidas). Mas os quitutes estão em destaque na representação? O que
está em destaque na pintura? Justifique.
d) Onde ela vende seus quitutes? O que isso pode nos dizer sobre sua condição de vida?
e) Essa pintura foi feita 12 anos após o fim do regime escravocrata no Brasil. O que ela permite
concluir sobre a condição de vida dos ex-escravizados?
ATIVIDADE 6
6.1. Para iniciar a proposta, é necessário que siga as instruções de seu(sua) professor(a) sobre
a Rotação por Estações, que são atividades independentes e diferentes, porém relacionadas
entre si. Siga o passo a passo proposto e as orientações dadas. Lembre-se de que, ao término
da primeira, os grupos deverão realizar a outra atividade, de modo que, ao final, cada
estudante desenvolva as atividades de todas as 5 estações.
Passo a Passo:
1º A sala deverá ser organizada em grupos/estações;
2º Seu(sua) professor(a) organizará grupos de 5 a 6 estudantes para participar das Estações;
3º Seu(sua) professor(a) dará as orientações sobre o desenvolvimento da atividade;
4º Cada grupo deverá participar da Rotação com o tema: “Resistência à escravidão”,
conforme apresentado no quadro abaixo:
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Portal Geledés
Fonte: Geledés. Disponível em:
<https://www.geledes.org.br/>. Acesso em: 13 jun. 2020.
ATIVIDADE 7
7.1. Elabore um mapa mental sobre a resistência negra à escravidão no Brasil, considerando
as lutas do povo negro apresentadas nesta situação de aprendizagem.
Professor(a), o mapa mental ou infográfico é uma técnica de estudos que pode auxiliar
a compreender os principais pontos abordados na Situação de Aprendizagem, para que o(a)
estudante organize o conhecimento construído até o momento. Não há uma regra rígida para
criar um mapa mental.
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Exemplo:
1. Utilize uma ficha em branco (pode ser uma folha sulfite A4) na posição vertical.
2. O conteúdo ou a palavra-chave apresentada no centro da folha.
3. Elabore desenhos, infográficos, gráficos e símbolos a partir dos estudos realizados de forma
sistemática para organizar as principais informações.
4. Ligue ou aproxime as informações para estabelecer conexões entre os
termos/conceitos/imagens. Aconselha-se também construir resumos sobre os elementos
representados, com as interpretações adequadas.
5. Usar várias cores em todo o mapa mental, para a estimulação visual e também para codificar
ou agrupar.
6. Desenvolver seu próprio estilo pessoal de mapeamento da mente.
7. Usar ênfases e mostrar associações em seu mapa mental.
ATIVIDADE 8
8.1. Vamos criar um Lapbook! Basta utilizar a imaginação e a sua atitude historiadora. Para
a realização desta atividade, siga as orientações do(a) seu(sua) professor(a).
Passo a Passo:
1º Forme um grupo;
2º Escolha um dos países latino-americanos que proclamaram a independência e desenvolva
uma pesquisa com auxílio da internet ou de livros sobre o seguinte aspecto:
Racismo contemporâneo
3º Elabore o Lapbook com a orientação do(a) professor(a);
4º Apresente para seus colegas o resultado final de sua criação;
5º Anote em seu caderno o que você aprendeu sobre a apresentação dos seus colegas.
Não se esqueça de utilizar a sua atitude historiadora para fazer a análise.
Disponível em:
<https://drive.google.com/open?id=1ANtf_7ZMpkvDX_S3vGntjV1hI6YWVSXz>.
Acesso em: 03 fev. 2020.
Vamos refletir!
a) Por que as situações apresentadas no infográfico acontecem?
b) Quais as diferenças e semelhanças?
c) Como nosso gênero e nossa raça afetam a nossa vida diariamente?
d) Diante das desigualdades de gênero e raça, o que pode ser feito para que as pessoas sejam
respeitadas independentemente delas?
A atividade 8 foi elaborada para o(a) estudante analisar o infográfico proposto com
mediação do(a) professor(a), realizando um debate em classe, sempre que possível, sobre os
temas apresentados. É importante que os(as) estudantes escutem atentamente as respostas dos
colegas e dialoguem com eles. Com isso, oportuniza-se desenvolver a competência de
compreender, identificar e respeitar as diversidades e os movimentos sociais, contribuindo
para a formação de uma sociedade igualitária, empática, que preza os valores da convivência
humana e que garanta direitos.
Saiba mais
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
No site do Ipea (Instituto de pesquisa econômica aplicada) existe uma pesquisa detalhada que
culminou em um Atlas da violência do Brasil. Esses dados são relevantes para que haja
políticas públicas efetivas que combatam a violência.
Atlas da Violência. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/. >. Acesso em: 05
dez. 2019.
ATIVIDADE 9
Objetivo do Jogo:
● Estimular e complementar estudos sobre leitura e análise de fontes históricas.
● Trabalhar com fontes históricas.
● Avaliar conhecimentos sobre estas temáticas.
● Desenvolver a habilidade da Atitude Historiadora.
Para jogar você precisará de:
● 1 dado.
● Peões – você pode improvisar utilizando: grãos, feijão, por exemplo; materiais
escolares como, borrachas e apontadores coloridos; ou utilizar peças de jogos de damas
e xadrez.
Número de participantes:
● Mínimo de 5 jogadores. Máximo de 7 ou pequenas equipes de até 3 jogadores.
● 1 Historiador(a) – Juiz.
Componentes do Jogo:
● Regras.
● Ficha de análise de fontes históricas.
● 1 tabuleiro.
Conhecendo as casas do tabuleiro:
● CASA COLORIDA – Volte para o início do jogo.
● CASA FONTE HISTÓRICA – Deve responder a uma das questões feitas pelo(a)
historiador(a), analisando o documento selecionado por ele(a). Se o(a) jogador(a)
errar, volta para o início do jogo; se acertar, avança duas casas.
Historiador(a):
● Você deve ser o juiz do jogo e terá que realizar a pergunta ao(à) jogador(a) ou ao
grupo que está jogando, verificando se a resposta está correta.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
As cartas devem ser elaboradas pelos(as) estudantes, sobre os heróis e personalidades negras
escolhidos por eles para fazer as perguntas. Sugestão de perguntas e modelo de cada abaixo:
ATIVIDADE 10
10. Vamos fazer um Podcast sobre os temas desenvolvidos nesta situação de aprendizagem.
Passo a Passo:
1. Escolha um dos temas abaixo para seu podcast e faça uma pesquisa sobre ele;
Racismo - Heróis negros - Cultura brasileira - Resistência negra - Mulheres negras.
SAIBA MAIS:
Podcast: como usar na sala de aula? Fonte: Fundação Telefônica.
Disponível em:
<http://fundacaotelefonica.org.br/noticias/podcast-como-usar-na-sala-
de-aula/>. Acesso em: 24 mar. 2020.
SAIBA MAIS:
A rota do escravo. A alma da resistência.
Documentário produzido pela UNESCO 2012,
conta a história do comércio de seres humanos por
meio das vozes de escravos, mestres e
comerciantes.
ONU Brasil. A Rota do Escravo – A Alma da Resistência.
2013. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?time_continue=13&v=HbreAbZhN4Q&feature=
emb_logo>. Acesso em: 04 abr. 2020.
GIACOMINI, Sônia Maria. Mulher e escrava: uma introdução histórica ao estudo da mulher
negra no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1998.
FREITAS, Mário Martins de. Reino negro de Palmares. Rio de Janeiro: Biblioteca do
Exército, 1988.
GLASGOW, Roy. Nzinga: resistência africana à investida do colonialismo português em
Angola, 1582-1663. São Paulo: Perspectiva, 1982.
GUARINELLO, Norberto Luiz. Escravos sem senhores: escravidão, trabalho e poder no
mundo romano. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 26, n. 52, p. 227-246, 2006.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbh/v26n52/a10v2652.pdf.>. Acesso em: 18 jun.
2020.HAHNER, June E. A mulher brasileira e suas lutas sociais e políticas: 1850-1937. São
Paulo: Brasiliense, 1981.
LOVEJOY, Paul. Jihad e escravidão: as origens dos escravos muçulmanos da Bahia. Topoi,
Rio de Janeiro, n. 1, p. 11-44, jan./dez. 2000. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/topoi/v1n1/2237-101X-topoi-1-01-00011.pdf.>.Acesso em: 11
jun. 2019.
MARQUESE, Rafael de Bivar. A dinâmica da escravidão no Brasil: Resistência, tráfico
negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. Novos Estudos Cebrap, n. 74, p. 107-123, mar. 2006.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/nec/n74/29642.pdf..>. Acesso em: 18 mar.
2019.MARY, Karasch. A vida dos escravos no Rio de Janeiro. São Paulo: Companhia das
Letras, 2000.
ONU. Mais de 40 milhões de pessoas ainda são vítimas de trabalho escravo no mundo.
Organização das Nações Unidas - BR, 6 dez. 2018. Disponível em:
<https://nacoesunidas.org/mais-de-40-milhoes-de-pessoas-ainda-sao-vitimas-de-trabalho-
escravo-no-mundo/. >..Acesso em: 11 abr. 2020.
PINSKY, Jaime. A escravidão no Brasil: a escravidão acabou? A vida cotidiana dos negros,
negritude e sexualidade. 8. ed. São Paulo: Contexto, 1988.
PINTO, Maria Inez Machado do B. Cotidiano e sobrevivência: a vida do trabalhador pobre
na cidade de São Paulo, 1890-1914. São Paulo: EDUSP-FAPESP, 1994.
QUINTÃO, Antônia Aparecida. Irmandades negras: outro espaço de luta e resistência (São
Paulo 1870-1890). São Paulo: Annablume-FAPESP, 2002.
REIS, Letícia Vidor da Silva; SCHWARCZ, Lilia Moritz. Negras imagens: Ensaios sobre
cultura e escravidão no Brasil. São Paulo: EDUSP: Estação Ciência, 1996.
RODRIGUES, Raimundo Nina. Os africanos no Brasil. 7. ed. São Paulo - Brasília:
Companhia Editora Nacional, EDUNB, 1988. [1906].
RUBANO, Denise Rosana; MOROZ, Melania. Relações de servidão: Europa medieval
ocidental. In: ANDERY, Maria Amália. Para compreender a ciência: uma perspectiva
histórica. 15. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2006. p. 134-140. Disponível em:
<https://ria.ufrn.br/123456789/876 .>. Acesso em: 25 mar. 2020.
SUZUKI, Natália (org.). Escravo, nem pensar!: uma abordagem sobre trabalho escravo
contemporâneo na sala de aula e na comunidade. São Paulo: Repórter Brasil, 2015. Disponível
em: <http://escravonempensar.org.br/livro/.>. Acesso em: 18 maio 2020.
SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. 3 ed. São Paulo: Ática, 2012.
SP FAZ ESCOLA
CADERNO DO PROFESSOR
HISTÓRIA
VOLUME 4
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
HISTÓRIA
8º ANO
4º BIMESTRE
UNIDADE OBJETOS DE
HABILIDADES
TEMÁTICA CONHECIMENTO
O escravismo no Brasil do
século XIX: plantations e
revoltas de escravizados,
abolicionismo e políticas
(EF08HI27) Identificar, com migratórias no Brasil
base na seleção e consulta de Imperial; Pensamento e
fontes de diferentes naturezas, cultura no século XIX:
O Brasil no as tensões e os significados darwinismo e racismo; O
dos discursos civilizatórios, discurso civilizatório nas
século XIX
avaliando seus impactos Américas, o silenciamento
negativos para os povos dos saberes indígenas e as
indígenas originários e para as formas de integração e
populações negras nas destruição de comunidades e
Américas. povos indígenas; A
resistência dos povos e
comunidades indígenas
diante da ofensiva
civilizatória.
(EF08HI20) Identificar e
relacionar aspectos das O escravismo no Brasil do
O Brasil no século XIX: plantations,
estruturas sociais da
século XIX atualidade com os legados da abolicionismo e políticas
escravidão no Brasil e discutir
a importância de migratórias no Brasil
Imperial.
ações afirmativas.
ATIVIDADE 1
Fonte 1 Fonte 2
Fonte 3
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Elevação da Cruz em Porto Seguro (BA), de Pedro José Pinto Peres, 1879. Fonte: Museu Nacional
de Belas Artes no Rio de Janeiro. Brasil Fonte: Wikimedia. Disponível em: <
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c3/Eleva%C3%A7%C3%A3o_da_Cruz_em_P
orto_Seguro.jpg >. Acesso em: 11 mar. 2020.
Somos diariamente cercados por imagens produzidas por nós e pelos outros de caráter
informativo e muito fáceis de serem identificadas ou reconhecidas. E cada imagem
possui uma representação a qual interpretamos a partir de nossas referências culturais
ou por influência de nossas visões sobre determinados aspectos econômicos e fatos
históricos.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.
a) Qual é a sua interpretação de cada uma das imagens acima? Será que sua
interpretação corresponde à ideia de quem as criou? Justifique sua resposta.
b) As imagens possuem o poder de determinar ou de influenciar escolhas e
comportamentos, visto que, um dos principais objetivos de toda e qualquer imagem é
de informar e formar opiniões. Em sua opinião quais aspectos os autores queriam
demonstrar nessas imagens?
c) Ao analisarmos uma imagem, temos que entender em que contexto social, político,
econômico ou histórico elas foram criadas. Sendo assim, pesquise as respectivas
imagens e comente em que contexto histórico elas foram criadas e quais os objetivos
por trás de suas realizações.
Fonte 3: Pedro José Pinto Peres. Elevação da Cruz em Porto Seguro (BA).
Fonte: Wikipedia. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pedro_Peres_-
_A_eleva%C3%A7%C3%A3o_da_cruz.jpg>. Acesso em: 02 jul. 2020.
ATIVIDADE 2
neste último grupo). Estima-se que, na atualidade, grande parte da população tenha algum
grau de miscigenação, principalmente devido ao fenômeno da globalização que facilitou
a locomoção das pessoas entre os diferentes pontos da Terra.
Darwinismo Social é o nome dado às correntes de pensamento surgidas a partir da
segunda metade do século XIX, baseadas na teoria da evolução das espécies de Charles
Darwin. Tais pensamentos aplicaram o evolucionismo biológico de Darwin às ciências
sociais, defendendo a ideia de povos ou raças “superiores” e “inferiores” e que estes estão
naturalmente destinados a serem subjugados ou a desaparecerem. A ideia de “raça
superior” do Darwinismo Social serviu para justificar políticas de conquista, exploração
e extermínio de povos considerados “inferiores”. Esse conceito sustentou o racismo, o
imperialismo, o fascismo, o nazismo e a eugenia (termo elaborado em 1883 por Francis
Galton, que tem como significado "bem nascido". Para o autor, o conceito de eugenia foi
estruturado a partir de estudos relacionados à políticas de controle social, que defendiam
que este controle poderia melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras
gerações, sendo elas físicas ou mentais. Podemos então concluir que a eugenia é uma
teoria baseada na genética com o objetivo de criar seres humanos melhorados a partir do
controle genético dos mesmos. A sequência desses “aprimoramentos” levaria a melhorias
de ordem social, psicológica, econômica e cultural.
Teoria Científica – Trata-se do conjunto de hipóteses que formam ou descrevem um
conceito e seus desdobramentos que procedem de um sistema dedutivo, isto é, uma
conclusão lógica de um determinado raciocínio, considerando suas inúmeras premissas.
Para a conclusão da atividade no item “d”, acesse o link abaixo:
A Redenção de Cam. Fonte: Wikipedia. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Reden%C3%A7%C3%A3o_de_Cam>. Acesso em: 02
jul. 2020.
Saiba mais:
Dialogando com as práticas pedagógicas e de gestão. Fonte: Centro de
Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT).
Disponível em: <https://ceert.org.br/dialogando-
praticas/apresentacao>. Acesso em: 02 jul. 2020.
Darwinismo Social
Polêmicas à parte, Darwin difundiu a ideia de que as espécies se transformavam a partir
de uma seleção natural, na qual adquiriam características mais adaptadas a um
determinado ambiente e tornavam-se predominantes, perpetuando essas transformações
através da reprodução em seus descendentes. Em contrapartida, os seres vivos que não
apresentavam as mesmas capacidades adaptativas acabavam entrando em extinção.
Com o passar do tempo, as noções trabalhadas por Darwin não se restringiram apenas
ao campo das ciências biológicas. Diversos pensadores começaram a aplicar as teorias
de Darwin para buscar compreender e analisar o desenvolvimento das civilizações e das
demais práticas sociais.
Essa transposição dos estudos biológicos de Darwin para a análise sociológica dos seres
humanos foi chamada de “darwinismo social”. A partir dessa interpretação,
desenvolveu-se a ideia de que algumas sociedades e civilizações possuíam valores que
as colocavam em condição de superioridade às demais.
Devemos ressaltar que o darwinismo social disseminou e fortaleceu enormes equívocos
e preconceitos, uma vez que, Darwin ao falar da evolução das espécies, não trabalhou
com os conceitos de superioridade ou inferioridade. Porém, os pensadores “darwinistas
sociais” deram à cultura e à tecnologia europeia status de superioridade em relação a
outros povos, como os da África e da Ásia, visto sob esse prisma como “inferiores”.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista
a) Pesquise em seu livro didático, ou outros suportes, dois países da África e da Ásia
que foram colonizados pelos europeus e quais foram os problemas gerados nesse
processo de colonização.
Imagem 1
a) Após ter realizado a leitura do texto e análise da caricatura acima, reflita sobre a
questão do etnocentrismo e elabore um artigo de opinião a respeito dessa atitude.
SAIBA MAIS
Os zoológicos humanos. Museu de Imagem. Disponível em:
<https://www.museudeimagens.com.br/zoologicos-humanos/>. Acesso em: 13 mar.
2020.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Uma análise crítica sobre a realidade dos zoológicos humanos pode ser ponderada
a partir do isolamento em bolhas sociais, econômicas e virtuais que muitos de nós
vivemos e acreditamos que as maiores barbaridades cometidas pela humanidade, em
razão da cobiça e a ganância de determinados povos, diretamente ligados aos preconceitos
e ignorâncias, fizeram parte de nossa história em um passado muito próximo e, na
verdade, muitos ecos desse passado histórico ressoam nos dias atuais. Ressaltamos aqui
que os terríveis e inacreditáveis zoológicos humanos só deixaram de existir no final dos
anos de 1950 (século XX) e, em especial o da Bélgica, extinto no ano de 1958.
Como os zoológicos de animais existentes nos dias atuais, aquelas exibições de
pessoas, na maioria africanos, além de indígenas, asiáticos e aborígenes, eram feitas em
espaços fechados com grades, onde eles eram obrigados a reproduzir as marcas de suas
culturas (danças e rituais), usando trajes típicos, algumas vezes nus, mesmo sob
temperaturas diferentes de seus locais de origem.
Há uma consideração importante a ser feita aqui, por mais chocante que essa
prática possa parecer, nos campos da publicidade de maneira geral e mesmo,
recentemente nas redes sociais da sociedade globalizada, tal processo de “coisificar” e de
estabelecer a hierarquia racial ainda está presente. O efeito desse tipo de situação infunde
práticas de racismo e violência e alerta para urgência e importância de pôr fim a toda e
qualquer forma de discriminação, preconceito e intolerância.
Neocolonialismo
Podemos dizer que o neocolonialismo no continente africano produziu efeitos
desastrosos em muitos aspectos. Entre essas consequências, destaca-se a Guerras dos
Bôeres (1880-1881 e 1899-1902) entre os colonos holandeses e franceses fixados no
Sul da África e o exército britânico.
Com a ocupação britânica da colônia do Cabo, os denominados bôeres para não se
submeterem aos britânicos, migram para dentro do continente africano, fundando
inúmeras repúblicas independentes na região (Transvaal e Orange), exilando a
população local.
A principal motivação da disputa da região, foram os metais e as pedras preciosas
existentes na região.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.
Com apoio do seu professor(a) e dos recursos didáticos existentes em sua escola (livros
didáticos, revistas entre outros), pesquise sobre a Guerra dos Bôeres e seus
desdobramentos, a partir dos apontamentos abaixo:
a) Por que a Guerra dos Bôeres recebeu esse nome?
b) Em qual contexto se deflagraram a 1º e a 2ª Guerra dos Bôeres?
c) O que ocorreu com a população local diante do conflito entre britânicos e bôeres?
ATIVIDADE 4
4.1 – Com base nas informações a seguir, vamos fazer uma sala de aula invertida?
Movimentos de Resistência
No Brasil e nas demais colônias das Américas em que existiu a escravização ela não foi
aceita passivamente pelos escravizados e alforriados.
A história da escravidão nas Américas foi assinalada por resistência ativa desses
homens e mulheres que aqui se tornaram escravos que expressaram sua indignação de
diferentes formas, seja pela dança, cantos, religião seja por reações diretas, como
ataques aos seus senhores, boicote à produção, fugas, luta em defesa das famílias que
constituíram dentro das senzalas, além da formação de numerosos quilombos em quase
todo Brasil .
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.
Após a resolução das atividades até aqui previstas, você estudante, na próxima atividade
irá desenvolver uma Rotação por Estações. Leve todas as suas pesquisas para a sala de
aula.
SAIBA MAIS
Aos remanescentes das comunidades de quilombos que estejam
ocupando suas terras, é reconhecida a propriedade definitiva, devendo
o Estado emitir-lhes títulos respectivos. (art. 68 / ADCT /CF 1988).
A partir do texto do artigo 68 da Constituição Federal de 1988 transcrito
acima, o termo quilombo assumiu um novo significado, não mais atrelado ao conceito
histórico de grupos formados por escravos fugidos. Hoje, o termo é usado para designar
a situação dos segmentos negros em diferentes regiões e contextos no Brasil, fazendo
referência a terras que resultaram da compra por negros libertos; da posse pacífica por
ex-escravizados de terras abandonadas pelos proprietários em épocas de crise
econômica; da ocupação e administração das terras doadas aos santos padroeiros ou de
terras entregues ou adquiridas por antigos escravos organizados em quilombos. Nesse
contexto, os quilombos foram apenas um dos eventos que contribuíram para a
constituição das "terras de uso comum", categoria mais ampla e sociologicamente mais
relevante para descrever as comunidades que fazem uso do artigo constitucional.
Fonte: Senado Federal. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/hpsenado>. Acesso em: 14 de
abr.2020. Fonte: Resiliência Quilombola. Disponível em: <http://conaq.org.br/quem-somos/>. Acesso
em: 14 de abr.2020
ATIVIDADE 5
Para a realização desta atividade, a sala estará disposta em conjuntos de carteiras. Cada
conjunto será chamado de “estação” e terá um tema e uma atividade específica como
um desafio a ser resolvido a partir dos temas pesquisados na atividade anterior. No
início, conforme a orientação de seu(sua) professor(a), você e seu grupo deverão ocupar
uma determinada estação; mas, ao término de 10 minutos, o grupo todo deverá seguir
para outra estação, totalizando no mínimo 06 diferentes assuntos dentro de cada
estação, e assim sucessivamente, até ter passado por todas. Em cada estação, você
conhecerá um pouco mais sobre cada um dos temas e realizará uma breve atividade,
como um desafio proposto pelos outros integrantes. No final da rotação, você deve
registrar o que aprendeu para poder socializar com seus colegas no momento oportuno.
Passo a passo:
1º A turma deverá ser dividida em grupos.
2º Cada grupo deverá ser responsável por um determinado tema como, por exemplo, a
dança, música, religião, culinária, idioma, arte entre outras formas de manifestação
cultural e fazer um aprofundamento do mesmo, a partir do que já tinha pesquisado
previamente na atividade anterior.
3º Organizada essa etapa, o grupo deverá elaborar uma questão a partir do
aprofundamento para que os demais grupos possam responder, e assim sucessivamente.
4º A cada resposta, os grupos deverão ser avaliados pelo(a) professor(a) e, quando não
souber responder, o grupo deverá pesquisar mais profundamente o tema até chegar à
resposta mais adequada.
1. Planeje a aula e as atividades que serão dadas tendo um objetivo inicial para o seu
planejamento. Elaborar com antecedência a aula e quais atividades serão trabalhadas, é
fundamental para o bom desenvolvimento da rotação por estação. Com base no objetivo
que você quer, lembre-se de pensar em propostas diferenciadas para cada uma das
estações, para que todos os alunos possam ser contemplados.
2. Separe os alunos nas estações; divida os(as) estudantes em 6 grupos, cada grupo com
uma atividade diferente. O tempo para cada uma das atividades irá variar de acordo com
seu planejamento. Caso necessário, reformule a quantidade de grupos por turma para uma
melhor organização e desenvolvimento da proposta.
3. Passado o momento da rotação, elabore um fechamento para concretizar o aprendizado,
que pode ser em forma de um debate, do desenvolvimento de outra pesquisa que vise
outros desdobramentos para além do que foi discutido em sala de aula etc. O fechamento
serve para que todos (as) estudantes possam incorporar determinados assuntos tratados
nos conteúdos de maneira a sintetizar os aspectos mais importantes.
Ressaltamos aqui, que esse tipo de atividade é bastante desafiadora, uma vez que
demanda um bom planejamento por parte do professor(a), porém, no decorrer da
atividade, é sempre possível perceber o envolvimento dos(as) estudantes durante os
processos de ensino e de aprendizagem.
A seguir, segue uma relação de links que auxiliarão, você, professor(a), no
desenvolvimento dos temas sugeridos:
ATIVIDADE 6
D. Pedro II, por Graça de Deus e Unanime Acclamação dos Povos, Imperador
Constitucional e Defensor Perpetuo do Brasil: Fazemos saber a todos os Nossos
Subditos, que a Assembléa Geral Decretou, e Nós queremos a Lei seguinte:
Art. 1º Ficam prohibidas as acquisições de terras devolutas por outro titulo que não
seja o de compra.
Art. 3º São terras devolutas:
§ 1º As que não se acharem applicadas a algum uso publico nacional, provincial,
ou municipal.
§ 2º As que não se acharem no dominio particular por qualquer titulo legitimo, nem
forem havidas por sesmarias e outras concessões do Governo Geral ou Provincial, não
incursas em commisso por falta do cumprimento das condições de medição,
confirmação e cultura.
Fonte: Senado. Lei Nº 601, de 18/07/1850. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L0601-1850.htm>. Acesso em: 12 abr. 2020.
a) Qual é a política imperial no Brasil sobre a questão dos povos indígenas expressa em
cada fonte? Explique.
b) Como as fontes tratam a questão das terras no Brasil do século XIX? Explique.
c) E hoje? Como são regulamentadas as terras indígenas no país? Pesquise e anote em
seu caderno.
SAIBA MAIS:
Acesse o QR Code ou o link abaixo para consultar a legislação supracitada.
Lei nº 601, de 18 de setembro de 1850. Dispõe sobre as terras devolutas do
Império. Fonte: Presidência da República. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L0601-1850.htm>. Acesso em: 03
jun. 2020.
O que é genocídio?
O conceito de genocídio surgiu em 1944 e foi definido por Raphael Lemkin e, em 1948,
ele foi legitimado, isto é, apadrinhado pelas Nações Unidas.
O estudioso Lemkin criou o conceito de genocídio para designar os crimes que têm por
objetivo o extermínio de grupos nacionais, étnicos, raciais e/ou religiosos.
As Nações Unidas considerou o genocídio como todo ato “cometido com a intenção de
destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou grupo religioso,
tais como: assassinato de membros do grupo; causar sérios danos físicos ou mentais a
membros do grupo; sujeição intencional do grupo a condições de existência que
acarretarão a sua destruição física, total ou parcial; imposição de medidas destinadas
a impedir nascimentos dentro do grupo; transferência forçada de crianças do grupo
para outro grupo”.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Para alguns estudiosos e historiadores a colonização das Américas deve ser tratada
como genocídio, uma vez que a exploração sistemática, a remoção e a destruição de
grupos étnicos foram realizadas pela violência direta de colonizadores além da
transmissão de doenças que causou o declínio em massa de alguns grupos étnicos.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.
a) Como o texto nos dá um referencial sobre o que é genocídio? Elabore com suas
próprias palavras um significado para a essa palavra
b) Os indígenas brasileiros passaram a ser protegidos por lei a partir de 1973, pela Lei
nº 6.001, que regula a situação jurídica dos mesmos e das comunidades indígenas, com
o propósito de preservar a sua cultura e integrá-los, progressivamente e de maneira
harmoniosa em todo o território nacional. Sendo assim, reflita: por que essa lei foi
elaborada? Justifique sua resposta.
c) Refletindo sobre as fontes 1 e 2 da Atividade 6 e também sobre o texto “O que é
genocídio?”, a quais conclusões podemos chegar? Existem semelhanças entre as
práticas estabelecidas?
d) Pesquise sobre as atuais reivindicações das diversas etnias indígenas existentes no
Brasil. Após o levantamento de dados e, em momento oportuno, mediante a orientação
do(da) seu(sua) professor(a), vocês, estudantes, deverão socializar as informações
colhidas e discutirão se ainda hoje no Brasil e no mundo existe genocídio.
SAIBA MAIS
Produção de um jornal mural. Disponível em:
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/etapa/producao-
de-um-jornal-mural/>. Acesso em: 03 de abril 2020.
Jornal Mural: faça você mesmo! Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=g1DcCuEH968>. Acesso em: 03 de
abril 2020.
Estatuto do Índio. Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6001.htm.>. Acesso em 03 de abril 2020.
O que é ser cidadão. Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos e Cidadania
- DEDIHC. Disponível em:
<http://www.dedihc.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=8>. Acesso
em: 12 de abr.2020.
Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo.
Disponível em: <http://www.acervo.sp.gov.br/acervo.html>. Acesso em: 12 de
abr.2020.
Cândido Portinari. WikiArt - Enciclopédia de artes visuais. Disponível em:
<https://www.wikiart.org/pt/candido-portinari. Acesso em: 12 de abr.2020.
Pina – Site oficial da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Disponível em:
<https://pinacoteca.org.br/acervo/obras/>. Acesso em: 12 de abr.2020.
Tarsila do Amaral. Roteiro das obras. Site oficial. Disponível em:
<http://tarsiladoamaral.com.br/roteiro-das-obras/>. Acesso em: 12 de abr.2020.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE 1
1.1 – Observe a imagem e imagine a quais aspectos esse mapa poderia estar relacionado.
Ao responder as perguntas abaixo pense nas relações existentes entre os países da
América Latina e os Estados Unidos.
Por quase duzentos anos (entre 1773 e 1947) o subcontinente indiano foi domínio colonial do
Império Britânico incluindo os atuais territórios da Índia, Paquistão, Bangladesh e Myanmar. Na
foto, britânicos em riquixós, meio de transporte da elite, puxados por indianos, em Agra, Índia, 1902.
Fonte: Wikimedia. Disponível em:
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/69/British_people_in_hand-
pulled_rickshaws%2C_Agra_in_1902.JPG>. Acesso em 08 abr.2020.
A partir da análise das informações contidas nos documentos, resolva o que se pede:
b) Faça uma pesquisa e cite outros fatores que provocaram consequências para o mundo
dentro do contexto do imperialismo.
O que você precisa saber e fazer. Vídeo. Ministério da Saúde. Disponível em:
<https://www.saude.gov.br/images/mp4/2020/marco/19/Filme-Fake-News-15-
segundos.mp4>. Acesso em: 10 de abr.2020.
Entenda o genocídio de Ruanda de 1994: 800 mil mortes em cem dias. BBC News
Brasil, 7 abril 2014. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/04/140407_ruanda_genocidio_ms>.
Acesso em: 12 de abr.2020.
superficiais. Após terem feito a leitura compartilhada do texto e da fotografia, peça aos
(as) estudantes para responderem os questionamentos propostos. É importante que,
posteriormente, seja realizada uma correção coletiva da atividade, de maneira a estimular
que os(as) estudantes apresentem suas inferências e hipóteses.
Professor(a), para realizar esta outra atividade, inicie a aula, organizando os
alunos em pequenos grupos de, no máximo, 4 estudantes; sugerimos um trabalho de
análise em grupo do texto “Consequências do Imperialismo e sua dinâmica global”. A
experiência com o trabalho colaborativo em grupo também prepara os(as) estudantes para
trabalharem efetivamente em equipes em sua vida pessoal e profissional no futuro e
desenvolve habilidades socioemocionais.
Sugerimos ao professor a) que solicite aos(as) estudantes que selecionem palavras que
desconhecem e que criem um glossário/vocabulário para facilitar a compreensão do texto
e ampliar seu repertório.
Em seguida disponibilize para cada grupo um texto publicitário de propaganda
para o conhecimento dos(as) estudantes. Explique como. no desenvolvimento desta
atividade. analisaremos a composição, a estrutura, e a função social desse gênero textual.
Talvez seja interessante disponibilizar dois ou três modelos diferentes para os(as)
estudantes.
Sugestão de ficha publicitária para trabalho em grupo.
Professor(a), esta é uma estratégia para que os(as) estudantes apresentem suas
ideias, com o resultado de suas pesquisas e análise dos textos apresentados pelo professor
e as respostas sobre os temas solicitados na atividade 2.1. O quadro abaixo apresenta
alguns movimentos de resistências ao imperialismo europeu na África.
LOCALIZAÇÃO MOVIMENTO
Egito Movimento foi liderado pelo coronel Ahmad Urabi e teve início na
década 1880. Neste período o governo se posicionava alinhado com
os interesses otomanos (turcos) e britânicos. O exército encabeçou
este movimento revolucionário que desejava a libertação do Egito.
2.2 – Com a leitura do box e com base na sua pesquisa, preencha as lacunas abaixo.
Palavras Chaves
R E V O L U Ç Ã O I N D U S T R I A L H
E U R O C E N T R I S M O W Y P D F K T
I N E O C O L O N I A L I S M O E B J E
N C A O R M B Q Ç O Ã Ç A N I M O D A R
O F E E A B C S I D E O L O G I A X Z R
U G F I H T V I I S A R I E T N O R F I
N E R R L C O L O N I Z A D O R G B Q T
I N A O I P E T C A P I T A L I S M O Ó
D O N B T S É C U L O X I X A P A D A R
O C Ç V R G N Á Ç Õ E S G X C P T O A I
I Í A E A J R S L P W X Y Ç I V H H K O
O D I M P E R I A L I S M O R E Y I H Y
P I Q Y O Ã Ç A R O L P X E F D I N V R
R O M A T E R I A P R I M A Á K A A B N
Professor(a), nesta atividade, foi sugerida a utilização das palavras cruzadas como
um recurso didático do componente de História, pois o uso dessa ferramenta pedagógica
enriquece o vocabulário dos(as) estudantes e pode auxiliar na construção do
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
2.4 - Na atividade anterior você resolveu a cruzadinha. Nela existem 14 palavras, sendo
que 5 delas estão escritas ao contrário. Caso não as tenha encontrado, volte a atividade
anterior e busque por elas. Descobertas todas as palavras você será desafiado a elaborar
um mapa mental, com o objetivo de sintetizar as principais ideias até aqui aprendidas.
Lembre-se que: Mapa mental é um diagrama que permite que você organize ideias de
forma simples e lógica, representando-as visualmente, facilitando o processo de
aprendizagem. Comece com o tema central, no nosso caso Imperialismo, e desenvolva-
o por meio de linhas, setas ou ainda por “ramos”, relacionando os subtemas que
envolvem a temática.
SAIBA MAIS
Como fazer um mapa mental. “9 Passos para desenhar um mapa
mental”. Disponível em:
<https://geekiegames.geekie.com.br/blog/como-fazer-um-mapa-
mental/>. Acesso em 10 de abr. 2020.
Mapa Mental: o que é? Como fazer? Aprenda agora! Disponível em:
<https://www.stoodi.com.br/blog/2018/02/08/como-fazer-um-mapa-mental/>. Acesso
em: 10 de abr.2020.
Professor (a) o mapa mental ou infográfico é uma técnica de estudos que pode
auxiliar a compreender os principais pontos abordados na Situação de Aprendizagem para
que o(a) estudante organize o conhecimento construído até o momento. Não há uma regra
rígida para criar um mapa mental.
Os mapas mentais, produzidos pelos(as) estudantes, devem procuram representar, com
detalhes, a relação conceitual existente entre as informações desenvolvidas na Situação
de Aprendizagem; essas informações devem constar em textos curtos ou longos, ligados
por setas, unindo as informações dos(as) estudantes. No entanto, o professor pode sugerir
uma estrutura que auxilie o(a) estudante a elaborar o seu mapa.
Exemplo:
1. Utilize uma ficha em branco (pode ser uma folha sulfite A4) na posição vertical.
2. O conteúdo ou a palavra-chave apresentado(a) no centro da folha.
3. Elabore desenhos, infográficos, gráficos e símbolos, a partir dos estudos realizados de
forma sistemática, para organizar as principais informações.
4. Ligue ou aproxime as informações para estabelecer conexões entre os
termos/conceitos/imagens; aconselha-se também, construir resumos sobre os elementos
representados com as interpretações adequadas.
5. Usar várias cores em todo o mapa mental, para a estimulação visual e também para
codificar ou agrupar.
6. Desenvolver seu próprio estilo pessoal de mapeamento da mente.
7. Usar ênfases e mostrar associações em seu mapa mental.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE 3
Com recursos minerais valiosos como ouro, diamante, cobre e petróleo, o continente
africano foi alvo dos interesses capitalistas das potências europeias. Se, durante o
período colonial moderno, a África foi subjugada principalmente por portugueses e
espanhóis no comércio escravo, no século XIX, com o advento do Imperialismo, outras
nações - França, Grã-Bretanha, Bélgica, Alemanha e Itália – buscaram tomar colônias
na África. Além do continente africano, outra grande parte territorial do globo foi alvo
da ganância europeia: o continente asiático, para servir de mercado fornecedor de
matérias-primas e consumidor de produtos industrializados europeus.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.
3.2. Com base em seus estudos e com apoio de seu professor (a), livros didáticos entre
outros recursos de apoio à pesquisa, investigue os seguintes tópicos.
a) A Conferência de Berlim.
b) As principais características do imperialismo na África bem como as duas
políticas que foram aplicadas no continente (assimilação e diferenciação).
c) O Império colonial britânico na África e a importância do canal de Suez.
d) A relação imperialista dos portugueses, belgas e alemães no continente africano.
e) A era do capital financeiro e as novas formas de associação: trustes, cartéis e
holdings.
f) O domínio imperialista na Índia e na China.
Professor(a), como sugestão de trabalho com o texto, peça que os(as) estudantes
grifem as palavras-chave que indicam suas principais ideias. Com elas escreva um resumo
que apresente os principais pontos apresentados. Assim o(a) estudante poderá
desenvolver uma técnica de analisar e sistematizar um conteúdo.
Para a realização desta atividade, a sala estará disposta em conjuntos de carteiras. Cada
conjunto será chamado de “estação” e terá um tema e uma atividade específica como
um desafio a ser resolvido a partir dos temas pesquisados na atividade.
No início, conforme a orientação de seu(sua) professor(a), você e seu grupo deverão
ocupar uma determinada estação; mas, ao término de 10 minutos, o grupo todo deverá
seguir para outra estação, totalizando no mínimo 05 diferentes assuntos dentro de cada
estação, e assim sucessivamente, até ter passado por todas. Em cada estação, você
conhecerá um pouco mais sobre cada um dos temas e realizará uma breve atividade,
como um desafio proposto pelos outros integrantes. No final da rotação, você deve
registrar o que aprendeu para poder socializar com seus colegas no momento oportuno.
Passo a passo:
1º A turma deverá ser dividida em grupos e realizará a pesquisa em casa, já com o tema
determinado pelo professor (a) ou o que escolheram;
2º Cada grupo deverá ser responsável por um determinado tema;
3º Organizada essa etapa, o grupo deverá elaborar uma questão a partir do
aprofundamento para que os demais grupos possam responder, e assim sucessivamente;
4º A cada resposta, os grupos deverão ser avaliados pelo(a) professor(a) e, em caso
negativo, o grupo deverá pesquisar mais profundamente o tema até chegar à resposta
mais concreta.
5º Passado por todas as estações, cada grupo será responsável pela elaboração de um
resumo sobre todos os temas em um determinado modelo, como por exemplo e já citado
em atividades anteriores, mapa conceitual, diferentes textos publicitários, jornal mural,
podcasts, entre tantas outras formas de apresentação.
Professor(a), por meio desta Situação de Aprendizagem, o(a) estudante irá refletir
sobre o papel das culturas letradas e não letradas no processo de construção da identidade
brasileira. Deverá também contextualizar a relação entre os Estados Unidos com a
América Latina no século XIX.
Em relação à cultura letrada, durante o século XIX, a produção intelectual
brasileira foi ganhando uma notoriedade cada vez maior no cenário nacional. Romances,
crônicas, editoriais jornalísticos, ensaios etc., dos assuntos mais variados e de grupos
sociais diferentes usavam, como pano de fundo de seus textos, as relações sociais e
econômicas do Brasil de então. Com a onda de proclamações de independência e
revoluções no mundo ocidental, bem como com o próprio processo de independência
interno, a discussão sobre os conceitos de nação, nacional e identidade brasileira entraram
em cena no topo das preocupações dos intelectuais brasileiros - desde a ficção dos
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
romances até a denúncia social dos editoriais dos jornais abolicionistas. Esses autores
buscaram na história brasileira e nos seus personagens, elementos para criar ou tentar
compreender o que significaria ser brasileiro, ao mesmo tempo que buscavam entender,
por meio de suas produções, também passaram a ajudar a criar essa identidade nacional,
mesmo que forjada.
Para trabalhar com essa habilidade, o professor pode se valer da produção
realizada no período, tanto em jornais como em fragmentos de romances e poemas
(muitos dos quais estão disponíveis na internet).
Primeiro, buscou-se a identidade do brasileiro, incluindo nas produções a
mestiçagem e a população negra e indígena, mas sob o prisma das referências europeias,
como no caso da fase indianista do romantismo literário no Brasil (como o personagem
Peri, do escritor José de Alencar que, sendo indígena, reunia características gregas na
descrição dada pelo autor).
Essa busca de identidade vai permanecer e aparecer nos movimentos ufanistas e
no nacionalismo antropofágico presentes nas produções modernistas, inicialmente
apresentadas na Semana de Arte Moderna de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo.
Algumas das obras modernistas que buscavam retratar o brasileiro são as seguintes:
“Abaporu” (Tarsila do Amaral) “Macunaíma” (Mário de Andrade) e “Trenzinho Caipira”
(Heitor Villa-Lobos).
ATIVIDADE 1
a) Pensando no que você leu no texto 1 explique com suas palavras o que você entende
por identidade?
b) O que devemos entender por “conjunto de significados construídos socialmente”, a
partir do que o texto nos aponta?
Professor (a) para esta atividade seria interessante a realização de uma roda de
conversa com os(as) estudantes, estimulando a imaginação e a participação de todos. Essa
é uma atividade de sensibilização, passo inicial de todas as Situações de Aprendizagem.
O material visa a abertura de um diálogo entre o(a) estudante e o(a) professor(a), abrindo
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
um caminho que parta dos conhecimentos prévios dos alunos e que os vai
contextualizando a partir de outras observações e indagações, possibilitando um início de
diálogo sobre a identidade. Se possível, apresente um dos filmes abaixo sugeridos.
Nos itens “a” e “b” espera-se que o(a) estudante perceba que a identidade é um conjunto
de características e aspectos físicos e comportamentos que individualizam cada pessoa.
A identidade é algo dinâmico e em constante construção. Algumas características são
mantidas, enquanto outras podem ser transformadas por nossas próprias decisões, pela
influência de pessoas próximas ou por novas experiências.
Sugerimos, se possível, apresentar um dos vídeos abaixo relacionados para a realização
de debate sobre a questão da identidade.
Questões sugeridas para análise dos filmes: De que fala o filme? Que partes gostaram ou
chamaram a sua atenção? Por quê?
Sugestão de filmes para os(as) estudantes nos QRs Codes ou links abaixo:
Identidade cultural. 2014/Brasil. Fonte: Canal Paloma Belo. Trabalho
realizado por alunos do Ensino Médio. Duração: 5min 17s. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=cRj5PImx_sI>. Acesso em:
17 jun. 2020.
Imagem 1 Imagem 2
Mestiço, de Cândido Portinari, 1934, óleo Operários, de Tarsila do Amaral, 1933, óleo sobre
sobre tela, 81 cm x 65 cm, Pinacoteca do tela, 150 cm x 230 cm, Palácio Boa Vista do Governo
Estado de São Paulo. Disponível em: do Estado de São Paulo, Campos do Jordão, SP.
<https://pinacoteca.org.br/acervo/obras/>. Disponível em:
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
SAIBA MAIS
Você sabe o que é uma releitura? ABRA (Academia Brasileira de
Arte). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=ktBaNhjG8uM>. Acesso em 12 de
abr.2020.
Releitura da obra de arte "Operários" (Tarsila do Amaral). Disponível em:
<http://azmartinati.blogspot.com/2014/06/releitura-da-obra-de-arte-operarios.html>.
Acesso em 12 de abr.2020.
Caso tenha dificuldades em realizar a atividade, peça ajuda ao seu professor (a) de Arte,
ele (a) poderá ser um forte aliado no desenvolvimento dessa atividade proposta.
Museu para todos. Pinacoteca. Governo do Estado de São Paulo. Disponível em:
<http://museu.pinacoteca.org.br/#>. Acesso em 12 de abr.2020.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
1.4. Acesse ao link ou ao QR Code abaixo para assistir à animação e siga as instruções
propostas para realização da atividade.
SAIBA MAIS
Povos indígenas no Brasil. PIB SocioAmbiental. Disponível em:
<https://pib.socioambiental.org/pt/Not%C3%ADcias>.Acesso em: 13 de
abr.2020.
Timbira. PIB SocioAmbiental. Disponível em:
<https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Timbira>.Acesso em: 13 de abr.2020.
A Justiça (escultura). Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Justi%C3%A7a_(escultura) >. Acesso em: 13 de
abr.2020.
Congresso Nacional. Disponível em: <https://www.congressonacional.leg.br/>.
Acesso em: 13 de abr.2020.
consigam relacionar a animação com o poema nela narrado, e que respondam que os
povos indígenas têm apego à terra em que habitam e que a simbologia de suas culturas
está relacionada às diferentes forças da natureza.
A partir da análise do curta espera-se que os(as) estudantes consigam
compreender que obra de Gonçalves Dias é marcada pela idealização dos indígenas e pela
exaltação das paisagens nacionais, ambos temas recorrentes do Romantismo brasileiro.
No curta de animação vemos uma mistura das paisagens tropicais com canteiros de obras
de uma cidade; apresentando depois, como cenário, a capital nacional do Brasil. Essa
mistura entre a floresta e a cidade traz a discussão para a situação dos indígenas na
contemporaneidade, fazendo com que o(a) estudante reflita e apresente que no momento
em que o indígena é queimado, no final do filme, é representada a condição sub-humana
à qual os indígenas são muitas vezes submetidos na atualidade.
ATIVIDADE 2
Resistência Cultural
Em nossa sociedade muitos ainda acreditam que pessoas “cultas” são aquelas que
ouvem determinados estilos de músicas, ou que leem muitos livros. Essa forma de
pensar estabelece uma “hierarquização da cultura” que valoriza somente algumas
manifestações culturais e estilos.
Precisamos compreender que “cultura” envolve manifestações e tradições de todos
segmentos sociais. Há cultura negra, indígena, urbana, rural, da periferia entre tantas
outras.
Hinos e canções conhecidas como Spirituals ou (Negro Spiritual) foram criadas nos
Estados Unidos da América, fazendo parte de um estilo musical que mistura ritmos
africanos com a harmonia das canções trazidas pelos colonos que resultou em uma
forma de cantar em coro e marcada com batidas de palmas como instrumento de
percussão.
A história brasileira é marcada por inúmeros episódios de luta popular em defesa de
direitos e, acima disso, da vida. Neste contexto, o povo negro vem conduzido um
enfrentamento diário em todas as dimensões (culturais, políticas, sociais e econômicas),
mostrando protagonismo na constituição de suas próprias identidades e sua
representatividade na formação do povo brasileiro.
Um exemplo da resistência cultural do povo negro são as práticas religiosas, como por
exemplo, o Candomblé, a Umbanda, o Xangô de Pernambuco, a Jurema Sagrada entre
outras. Muitos outros traços da cultura africana podem ser encontrados na música, na
culinária, no folclore e nas festividades populares. No entanto, o preconceito e o
racismo ainda são fortes na sociedade brasileira, algumas vezes explícitos, outras
disfarçados. Se enquanto sociedade, conseguirmos enxergar a poesia e respeitar as
múltiplas representações culturais de todos os povos, nos tornaremos mais cultos e com
uma identidade nacional fortalecida.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo.
c) O que o texto quer dizer com “enxergar poesia” nas múltiplas representações
culturais?
d) O texto aponta diferentes vertentes culturais; e agora, que você aprofundou o conceito
de “cultura”, demonstre alguns elementos possíveis das culturas citadas no texto.
e) Com auxílio de seu professor (a), em momento oportuno, elabore uma oficina de arte
que possa representar diferentes vertentes artísticas produzida por você e seus(suas)
colegas, isto é, representações artísticas dos mais vários estilos e que demonstrem
movimentos de resistência, negra, indígena, urbana, rural, de periferia entre outros. O
objetivo dessa atividade é o de manifestarmos nosso respeito a todas as representações
culturais! A temática deverá estar diretamente ligada aos movimentos de Resistência
Cultural, como forma de ação afirmativa contra toda e qualquer forma de discriminação.
2.2. Estudantes, vamos criar um Lapbook? Basta você utilizar a sua atitude
historiadora e soltar a imaginação.
Passo a passo:
1º Para a realização desta atividade, siga as orientações do professor(a).
2º Escolha um tema destacado aqui:
Doutrina Monroe e Big Stick
A Emenda Platt e o canal do Panamá
3º Com o apoio seu professor (a), e com base nos estudos já realizados, reforce sua
pesquise a partir do seu livro didático ou outro recurso de pesquisa disponível. Mas
lembre-se, os temas estão associados, uns aos outros.
4º Forme um grupo.
A partir da formação do grupo e com as pesquisas reunidas é hora de colocar a mão
na massa. Elabore seu lapbook com o máximo da sua criatividade. Mas não perca o
foco, isto é, fique atento ao tema central que você e seu grupo escolheram para ser
desenvolvido.
5º Terminado a construção do lapbook, agora todos os(as) estudantes irão apresentar
seus trabalhos e anotarão algum fato, acontecimento ou dado que tenha deixado de
apresentar no seu próprio trabalho.
HISTÓRIA
VOLUME 4
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
HISTÓRIA
9º ANO
4º BIMESTRE
UNIDADE HABILIDADES OBJETOS DE
TEMÁTICA CONHECIMENTO
(EF09HI29 e EF09HI30)
A história Descrever, analisar e comparar as
recente experiências ditatoriais na América
Latina, seus procedimentos As experiências
(econômicos, sociais, de censura e ditatoriais
repressão) e vínculos com o poder, na América Latina.
em nível nacional e internacional, e
a atuação de movimentos de
contestação às ditaduras.
(EF09HI31) Descrever e avaliar os
A história processos de descolonização na Os processos de
recente África e na Ásia, identificando o descolonização na África
papel dos principais movimentos e na
nacionalistas nas lutas de Ásia.
independência.
(EF09HI32) Analisar mudanças e
permanências associadas ao
processo de globalização,
considerando os argumentos dos
movimentos críticos às políticas O fim da Guerra Fria e o
A história globais. processo de globalização
recente (EF09HI33) Analisar as Políticas econômicas na
transformações nas relações América Latina.
políticas locais e globais geradas
pelo desenvolvimento das
tecnologias digitais de informação e
comunicação.
(EF09HI34) Discutir as motivações
da adoção de diferentes políticas
econômicas na América Latina,
assim como seus impactos sociais
nos países da região.
(EF09HI08) Identificar as O processo de
transformações ocorridas no debate redemocratização;
Modernização, sobre as questões da diversidade no A Constituição de 1988 e
Brasil durante o século XX e a emancipação das
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE 1
Passo a Passo:
1
A Operação Condor consistiu na cooperação dos aparelhos repressivos de seis países latino-americanos
(Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia e Chile), ratificado pelo governo dos EUA. A operação
consistiu em troca de informações sobre opositores e exilados. A repatriação de exilados de um país para o
outro não iria seguir pelo caminho da legalidade, mas realizada de forma clandestina. A fase que deu
sequência à operação envolveu sequestros, atentados, torturas e assassinatos. As forças repressoras dos seis
países tinham o aval de Washington para capturar, sequestrar, torturar e matar qualquer opositor,
independentemente de sua nacionalidade e do território nacional em que estivesse exilado.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
b) Após ouvirem os podcasts dos seus(suas) colegas e apresentarem o de seu grupo, com
a ajuda de seu(sua) professor(a), elaborem 5 questões para cada grupo sobre a temática
estudada, sendo que elas deverão ser inseridas em um formulário de uma Plataforma
Digital. Os grupos deverão receber um link e responder aos questionamentos. As questões
serão debatidas posteriormente em sala. Não esqueçam de colocar a opção de respostas
dissertativas (curtas ou longas).
Passo a passo:
1º Configurar um novo formulário;
2º Acesse o link: forms.google.com
3º Clique em branco ou teste em branco.
Ao abrir, criar um título para o formulário (Ditadura na Argentina, por exemplo) e logo
abaixo insira o número do grupo que deve responder (Grupo 2). Não esqueça de
selecionar “parágrafo” para respostas mais longas e dissertativas. No entanto, se achar
interessante, podem ser respostas curtas ou mesmo de múltipla escolha, isso dependerá
das dúvidas apresentadas pelos(pelas) estudantes na elaboração das questões para os (as)
colegas. Após colocarem a primeira pergunta, devem clicar no ícone para a questão
subsequente, até incluírem as cinco questões. Após a inclusão, o próximo passo é importar
perguntas , selecionar o formulário criado e enviar o link de acesso para os e-mails
dos(das) estudantes. Após a resposta ser elaborada pelo grupo responsável pela pesquisa,
pode haver a verificação por meio da planilha, que pode ser usada em aula para facilitar
a exposição e argumentação de todos os envolvidos.
ATIVIDADE 2
Operação Condor
Em uma aliança político-militar, a “Operação Condor” uniu os vários regimes
militares na América do Sul, como o
Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, e contou com os serviços de
inteligência dos Estados Unidos. Essa operação visava à troca de informações entre os
líderes dos regimes autoritários da região sobre os opositores às ditaduras. De forma
coordenada, os governos reprimiam os adversários dos regimes. As ações envolviam
perseguições, sequestros, assassinatos e "desaparições" entre esses países.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.
Fonte 1
Ministério das Relações Exteriores, 13/09/1977.
Fonte: Arquivo Nacional. Documento do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, informe
334/77 do Centro de Informações do Exterior (CIEX), de 1977. Wikimedia. Disponível em:
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/da/Informe_334-
77%2C_do_Centro_de_Informa%C3%A7%C3%B5es_do_Exterior_%28CIEX%29.jpg>. Acesso em:
02 abr. 2020. (Transcrição do documento).
✔ Indicação Bibliográfica:
COGGIOLA, Oswaldo. Governos Militares na América Latina. São Paulo: Editora Contexto,
2001.
MARIANO, Nilson Cezar. As garras do condor. Petrópolis: Vozes, 2003.
DINGES, John. Os Anos do Condor - uma Década de Terrorismo Internacional no Cone Sul. São
Paulo: Companhia das Letras, 2005.
ATIVIDADE 1
1.1. Entre os dias 18 e 24 de abril de 1955, delegações dos governos de 29 países asiáticos
e africanos participaram da Conferência Asiático-Africana realizada em Bandung,
Indonésia. Essa conferência firmou dez princípios para a “promoção da paz e cooperação
mundiais”, baseada na Carta das Nações Unidas e nos princípios do premiê indiano
Jawaharlal Nehru, pressupondo o fim da experiência do neocolonialismo, assim como o
domínio econômico, político e social, imposto pelas potências mundiais imperialistas na
Conferência de Berlim de 1885.
Fonte 1
“Depois da hegemonia da raça branca sobre o mundo no século XV, tem início agora um
grande retrocesso. Bandung não precisou fazer um julgamento, e sim estabelecer, acima
de qualquer coisa, uma espécie de constatação, unida em relação a problemas como o
colonialismo e o desarmamento mundial. Como podemos dizer que o colonialismo
morreu há tanto tempo assim, se vastas regiões da Ásia e da África não foram libertadas’,
declarou o presidente Sukarno. Nehru disse: A Ásia quer ajudar a África. Certamente,
não se devem minimizar os perigos que ameaçam esse esforço mundial dos povos de cor
para acabar com a opressão colonial. Ainda que ausentes em Bandung, os “amargos
europeus” se faziam presentes por sua influência ideológica ou financeira. O colonialismo
muda constantemente. Por outro lado, a Ásia e a África têm mais ou menos as mesmas
necessidades de países subdesenvolvidos, razão de uma solidariedade, mas também de
uma falta de complementaridade, salvo pelo problema demográfico: a África esvaziada
pelo tráfico de escravos, a Ásia sobrecarregada de homens e que tem fome de terras. A
2
8º ano: (EF08HI26) Identificar e contextualizar o protagonismo das populações locais na resistência ao
imperialismo na África e Ásia. O imperialismo europeu e a partilha da África e da Ásia.
3
9º ano: (EF09HI14) Caracterizar e discutir as dinâmicas do colonialismo no continente africano e asiático
e as lógicas de resistência das populações locais diante das questões internacionais.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
solidariedade deve atuar nesse ponto? Seja como for, a África não pode ter atualmente
melhor apoio do que essa maioria da humanidade. A Ásia é sua aliada natural. Juntas,
dispõem do maior capital moral, das maiores riquezas naturais. A dinâmica da história
não reserva a elas uma grande sorte? Se a obra empreendida em Bandung continuar, essa
conferência representará, certamente, um novo começo na história do mundo”. (Revista
Présence, tradução livre).
Fonte: Revista Présence Africanaine, Paris: Éditions Présence Africaine, n. 3, ago./set., p. 43, 1955.
Fonte 2
1. Respeito aos direitos fundamentais, de acordo com a Carta da ONU;
2. Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações;
3. Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e pequenas;
4. Não-intervenção e não-ingerência nos assuntos internos de outro país;
5. Respeito pelo direito de cada nação defender-se, individual e coletivamente, de acordo
com a Carta da ONU;
6. Recusa na participação dos preparativos da defesa coletiva destinada a servir os
interesses particulares das grandes potências;
7. Abstenção de um ato ou ameaça de agressão, ou do emprego da força, contra a
integridade territorial ou a independência política de outro país;
8. Solução de todos os conflitos internacionais por meios pacíficos, de acordo com a
Carta da ONU;
9. Estímulo aos interesses mútuos de cooperação;
10. Respeito pela justiça e obrigações internacionais.
Fonte: Conferência de Bandung - Os Dez Princípios da Conferência de Bandung, 1955. Wikipedia.
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Bandung>. Acesso em: 03 abr.
2020.
a) Que tipos de fontes estão sendo apresentadas? Quais são as datas de suas produções?
b) Qual é o assunto principal das duas fontes?
c) Quais são as críticas apresentadas na fonte 1 em relação ao colonialismo? Explique.
d) Quais são as reivindicações apresentadas nos Dez princípios da Conferência de
Bandung? Explique o que isso significava para os países que os elaboraram.
4
Sobre o movimento pan-africanista: Ver sugestões de leitura.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Com a leitura atenta, os(as) estudantes devem identificar na primeira fonte, uma
reflexão sobre os desafios dos processos de independência dos países asiáticos e africanos
que, no documento, explicitam e denunciam as ações do imperialismo e neocolonialismo
dos europeus, as intervenções econômicas e ideológicas que se transformaram ao longo
do tempo. Também a fonte 1, traz a questão das especificidades da África, principalmente
ao apresentar a questão da diáspora africana, pois o pan-africanismo pressupunha
concepções e visões positivas e internacionalistas acerca de sua identidade étnico-racial
(desconstruindo o discurso corrente de fins do século XIX e início do XX de
“inferioridade racial” sustentada pela ciência), além dos objetivos mais explícitos das
resoluções da Conferência de promover uma cooperação, tanto no aspecto econômico
como cultural, entre esses países, com o intuito de fazer frente ao colonialismo das
potências europeias e principalmente, da nova configuração política mundial com os
blocos de influência dos EUA e URSS.
Por fim, os(as) estudantes devem identificar nos Dez princípios da Conferência
de Bandung, além da luta pelos processos de descolonização e independência, com a
cooperação dos países recém-independentes (chamados de Terceiro Mundo), a criação de
um tribunal que julgaria os crimes contra a humanidade, a neutralidade em relação à
Guerra Fria. É importante também, que observem a relação com a Carta das Nações
Unidas para a promoção da paz e da cooperação mundial, respeitando os direitos
fundamentais, a soberania e os territórios das nações, igualdade de raças, a
autodeterminação dos povos, dentre outros exemplos.
ATIVIDADE 2
2.1. Neste momento você e sua turma deverão elaborar uma aula invertida, estudando
alguns dos processos da descolonização afro-asiática.
Passo a Passo:
1º A atividade será realizada em 6 grupos organizados pelo(a) professor(a). Vocês
devem pesquisar e analisar o processo de independência e descolonização do país
escolhido, de acordo com a ordem estabelecida na tabela abaixo:
ATIVIDADE 3
3.1. Escolha um dos questionamentos abaixo e realize uma pesquisa aprofundada sobre
os temas vistos nesta Situação de Aprendizagem. Como produto, você deve criar um
infográfico e apresentá-lo aos seus(suas) colegas, abordando as seguintes questões:
ATIVIDADE 4
O historiador Marc Ferro, em seu livro O Século XX explicado aos meus filhos, inicia o
primeiro capítulo afirmando que algumas personalidades contam com uma simpatia quase
universal. Dentre as personalidades citadas estão Mahatma Gandhi e Nelson Mandela.
Ferro justifica essa admiração pelo fato de serem figuras que, em meio a guerras e
genocídios, defenderam suas causas pregando a não-violência. Gandhi foi assassinado em
1948 e Mandela passou 28 anos de sua vida na prisão.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.
a) Pesquise e escreva uma breve biografia sobre Mahatma Gandhi e Nelson Mandela, e
registre em seu caderno.
Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido Nelson Mandela votando pela primeira vez em
pelo título Mahatma (“venerável”), em Londres, 1994. Fotografia de Paul Weinberg. Fonte:
1931. Fonte: Wikimedia. Disponível em: Wikimedia. Disponível em:
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/ <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/common
7/7a/Mahatma-Gandhi%2C_studio%2C_1931.jpg>. s/7/73/Mandela_voting_in_1994.jpg>. Acesso
Acesso em: 04 abr. 2020. em: 04 abr. 2020.
5
O termo surgiu com a obra ensaística de Henry David Thoreau, A desobediência
civil (Civil disobedience), publicado em 1849.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Brasil Escola. Desobediência Civil. Por Daniel Neves Silva. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/desobediencia-civil.htm>. Acesso em: 24 jun.
2020.
✔ Sugestão de leitura:
FERRO, Marc. O século XX explicado aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008.
ATIVIDADE 1
1.1. Leia os textos abaixo e, com o auxílio de seu(sua) professor(a), realize a atividade
proposta:
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
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Texto 1
A queda do Muro de Berlim, em 1989, e o desmantelamento da URSS, em 1991,
assinalaram o fim da Guerra Fria. Nesse contexto, os antigos países que faziam parte da
União Soviética reestruturaram suas economias dentro dos mercados capitalistas. Um
novo cenário se consolidou nas relações de poder entre nações e ampliou-se a hegemonia
dos EUA, marcando um processo de crescente globalização destes mercados.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.
Texto 2
O que você entende por globalização? Será que essa expressão tem o mesmo significado
em todas as regiões do mundo contemporâneo? Alguns estudiosos definem globalização
como um processo histórico que interliga aspectos políticos, econômicos, sociais e
culturais entre os países do mundo, sendo que ele foi iniciado na Idade Moderna e
intensificou-se nas últimas décadas do século XX. No entanto, apesar de todos os avanços
tecnológicos, principalmente comunicacionais, do dinamismo econômico e da integração
entre os mercados financeiros, e da “dissolução” de fronteiras, a globalização ainda traz
exclusão social.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista. Imagem Pixabay.
Professor(a), o Mapa Mental é uma forma de estudo que auxilia o(a) estudante na
construção do conhecimento sobre a temática. Apesar de muito utilizado na
sistematização, a proposta nessa atividade é de iniciar e sensibilizar para que, ao longo da
Situação de Aprendizagem, os(as) estudantes compreendam o conceito de globalização,
assim como seus desafios e desdobramentos. Também é importante apresentar-lhes
exemplos de como costumam ser construídos mapas mentais e quais são os recursos para
criá-los. Sugira uma estrutura que auxilie o(a) estudante a elaborar o seu mapa de forma
mais adequada. Os mapas tanto podem ser realizados por meio convencional, com
cartolinas, em folha sulfite ou mesmo no caderno, quanto serem produzidos por meio de
recursos digitais.
É importante trazer referências sobre a globalização, não apenas de sites, mas de
teóricos e estudiosos do tema, com excertos de textos para que, após pesquisas, os
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
estudantes possam elaborar o mapa. Sugira que abordem os tópicos contidos no quadro,
para que, dessa forma, componham os seus mapas mentais. Os(as) estudantes podem
refletir sobre como, no mundo capitalista e globalizado, a organização das empresas
multinacionais e transnacionais possuem uma divisão entre processo criativo (sede da
empresa nos países de origem) e sua produção, em países onde a mão de obra é mais
barata. No caso do acesso à informação, devem refletir sobre o papel das tecnologias de
comunicação que hoje funcionam de forma instantânea, propiciando a formação de uma
cultura global e, nesse aspecto, já relacionar a questão da exclusão social, do acesso
democrático aos meios tecnológicos, assim como da questão da acumulação de riquezas
e da falta de equidade entre os países e, consequentemente, da desigualdade social. No
que concerne o aumento do comércio, os(as) estudantes devem identificar a questão da
integração dos mercados e as políticas neoliberais, advindas da formação de organismos
internacionais, assim como a questão do capital especulativo que, por meio de
investimentos em aplicações (não necessariamente atreladas ao capital produtivo),
financiam o comércio e a indústria.
O Mapa Mental, no caso, deve propiciar um debate de ideias, facilitar o
diagnóstico dos conhecimentos construídos com as pesquisas sobre a temática, assim
como viabilizar as propostas subsequentes sobre ela.
ATIVIDADE 2
movimento diminuiu sua frequência nos últimos anos, mas pretende ser retomado em
2021, na cidade do México.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista
ATIVIDADE 3
GAME/DEBATE
Passo a passo:
1º Pesquisem sobre os argumentos contrários e favoráveis à globalização (ver tabela):
2º Os grupos deverão criar (2) cartas com perguntas sobre a temática para que o grupo
com o ponto de vista contrário as responda no debate;
3º Esse Game/Debate deve ser mediado pelo(a) seu(sua) professor(a), que deve estipular
o tempo de apresentação, a ordem e ainda deverá selecionar um júri que fará a análise
para criar a “pontuação” do jogo (sugestão de tabela):
ANÁLISE DO JÚRI
GRUPOS GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 GRUPO 5
NOMES DOS
INTEGRANTES
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
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Coerência dos
argumentos
Distorção do tema
Elaboração de réplica
Ponto polêmico (como
o grupo argumentou
diante do que foi
apresentado?)
Tempo
Respeito ao grupo
oponente
* Seu (Sua) professor(a) mediador(a) e o Júri deverão criar a pontuação para cada item sugerido.
5º Após o debate, apurem os resultados para selecionar o grupo que teve a maior
pontuação. No entanto, todos deverão produzir um texto relatando a experiência e o que
compreenderam sobre as contradições da globalização.
ATIVIDADE 1
✔ Sugestões de notícias:
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9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE 2
2.1. Leia o texto e observe o gráfico abaixo. Com as instruções de seu(sua) professor(a),
realize a Estação por Rotações:
Passo a Passo:
1º A sala deverá ser organizada em grupos/estações;
2º Seu(sua) professor(a) organizará grupos de 5 a 6 estudantes
para participar das rotações nas Estações Temáticas;
3º Dois grupos dividirão uma Estação Temática, e nela ficarão
por duas rodadas da rotação, na primeira, realizando a leitura
individual dos textos e na segunda, realizando a análise coletiva
solicitada no quadro (ver abaixo);
4º Seu(sua) professor(a) dará as orientações sobre o desenvolvimento da atividade;
6
A atual área de abrangência da Amazônia Legal corresponde à totalidade dos estados
do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do estado
do Maranhão. Esta área corresponde a uma superfície de aproximadamente 5 217 423 quilômetros
quadrados, ou seja, cerca de 61% do território brasileiro. Sua população, entretanto, corresponde a 12,32%
do total de habitantes do Brasil.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
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5º Cada grupo deverá participar da Rotação com o tema “Terra: direito fundamental dos
povos indígenas”, conforme apresentado no quadro abaixo:
Leitura do texto.
Modalidades de
1 Modalidades de terras indígenas.
Terras Estudo individual Fundação Nacional
Indígenas do Índio (FUNAI). Disponível
em:
<http://funai.gov.br/index.php/indio
s-no-brasil/terras-indigenas>.
Acesso em: 12 abr. 2020.
Leitura do texto.
Modalidades de
Fases do Estudo individual terras indígenas.
2 Processo Analisar índices Fundação Nacional
Administrativo do Índio (FUNAI). Disponível
em:
<http://funai.gov.br/index.php/indio
s-no-brasil/terras-indigenas>.
Acesso em: 12 abr. 2020.
1. Em estudo;
Fases do Determinar qual é a 2. Delimitadas;
2 Processo legislação e conceituar 3. Declaradas;
Administrativo as fases do processo 4. Homologadas;
administrativo 5. Regularizadas;
6. Interditadas.
Leitura do texto.
Modalidades de
terras indígenas.
3 Reservas Estudo individual Fundação Nacional
indígenas Analisar índices do Índio (FUNAI). Disponível
em:
<http://funai.gov.br/index.php/indio
s-no-brasil/terras-indigenas>.
Acesso em: 12 abr. 2020.
6º Como síntese da Rotação por Estações, elaborem um painel coletivo com todos os
processos necessários para regulamentação das terras indígenas, destacando quais são as
dificuldades e os entraves enfrentados pelos povos indígenas no acesso a sua cidadania
plena (Leiam os artigos do Saiba Mais para fundamentar seus argumentos).
Professor(a), para esta atividade é necessária uma organização prévia. Da seleção dos
materiais e fontes à organização dos agrupamentos, lembre-se que são três “estações”
com atividades definidas que devem ser realizadas por todos os grupos. É fundamental
seu papel de orientador e mediador para que, durante os circuitos, de acordo com o perfil
da turma, haja o acompanhamento geral do procedimento, tendo em vista o
desenvolvimento das ações e intervenções, quando necessárias.
A temática Terra: direito fundamental dos povos indígenas, deve ser desenvolvida
em etapas: “modalidades das terras”, “fases do processo administrativo” e, por fim,
“reservas indígenas”. É importante que os(as) estudantes reconheçam o papel da União
para a demarcação dessas terras, assim como seu longo processo até a regulamentação da
reserva. Selecione os agrupamentos nas estações e organize o tempo de permanência
adequado para cada análise. Para possibilitar a realização de uma efetiva “rotação por
estações”, propicie um circuito na sala de aula para que, simultaneamente, os grupos
realizem atividades diferentes a partir de um mesmo tema (como sugerido na tabela).
Para a Estação 1, disponibilize o texto sugerido (no QR Code) para que realizem a
leitura. Nessa etapa, os(as) estudantes devem determinar qual é a legislação e conceituar
os termos das modalidades de Terras indígenas (ver quadro).
Para a Estação 2, o procedimento também parte de uma leitura individual para a
identificação e compreensão de qual é a legislação, para enfim, conceituar as fases do
processo administrativo. Por fim, na Estação 3, a partir de um estudo individual e leitura
de texto e de índices, os(as) estudantes devem indicar qual a legislação e conceituar as
fases do processo de regulamentação.
Após as produções realizadas em todos os circuitos, organize os(as) estudantes e seus
grupos, para que possam sistematizar suas conclusões. Possibilite a melhor maneira de
elaboração e socialização da proposta, tendo em vista a problematização, podendo ser um
grande painel/mural na sala de aula, a criação de lapbook, ou mesmo uma análise
dissertativa, ficando a seu critério como deverão sistematizar as informações e análises
realizadas. Não esqueça de observar, na realização da atividade, o “passo a passo” no
Caderno do Aluno.
SAIBA MAIS
Distribuição espacial da população indígena. Fundação Nacional do Índio
(FUNAI), censo indígena. Disponível em:
<http://funai.gov.br/arquivos/conteudo/ascom/2013/img/12-
Dez/encarte_censo_indigena_02%20B.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2020.
Xingu na linha de frente contra a destruição. Instituto Socioambiental, por
Isabel Harari, publicado em 04 set. 2019. Disponível em:
<https://medium.com/@socioambiental/xingu-na-linha-de-frente-contra-a-
destrui%C3%A7%C3%A3o-595d555cd95d>. Acesso em: 12 abr. 2020.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
Nós respeitamos vocês, queremos que vocês nos respeitem. Instituto Socioambiental, por Isabel
Harari, publicado em 20 fev. 2019. Disponível em:
<https://medium.com/@socioambiental/n%C3%B3s-respeitamos-voc%C3%AAs-queremos-
que-voc%C3%AAs-nos-respeitem-c1816af2145d>. Acesso em: 12 abr. 2020.
ATIVIDADE 3
a) A partir da leitura do texto, realize uma pesquisa e diferencie racismo e injúria racial.
Você pode compreender as diferenças por meio de exemplos que foram divulgados pela
mídia.
7
Verificar habilidades: (EF09HI07); (EF09HI19); (EF09HI21); (EF09HI23).
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
relação à gênero, orientação sexual, religião, raça ou etnia, como sendo crimes racistas.
No entanto, diante da complexidade do tema, pois há uma questão hermenêutica entre
juristas na compreensão e decisão sobre as nuances entre os crimes de racismo e injúria
racial. É importante indicar fontes de pesquisa para que os(as) estudantes compreendam
as diferenças, em suas definições conceituais, com exemplos do cotidiano divulgados pela
mídia, ou mesmo, por casos já julgados. Abaixo, como sugestão, encontram-se alguns
sites que podem ser utilizados como referência para análise e discussão coletiva.
✔ Sugestões de notícias:
G1. Globo. Taís Araújo será chamada para depor sobre racismo sofrido na web. Publicado em 1
nov. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/11/tais-araujo-sera-
chamada-para-depor-sobre-racismo-sofrido-na-web.html>. Acesso em: 09 jul. 2020.
CONJUR. Procurador federal condenado por racismo após ofensas na internet. Publicado em 28
ago. 2014. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2014-ago-28/procurador-federal-
condenado-racismo-ofensas-internet>. Acesso em: 09 jul. 2020.
Nexo Jornal. O que diz a lei brasileira sobre racismo e injúria racial. Por Camilo Rocha, publicado
em 27 nov. 2017. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/11/27/O-que-
diz-a-lei-brasileira-sobre-racismo-e-inj%C3%BAria-racial>. Acesso em: 09 jul. 2020.
G1. Globo. Polícia identifica suspeito de publicar ofensas contra Maria Júlia Coutinho. Publicado
em 7 jul. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/07/policia-
identifica-suspeito-de-publicar-ofensas-contra-maria-julia-coutinho.html>. Acesso em: 09 jul.
2020.
✔ Sugestão de preenchimento:
c) A partir da Constituição e dos preceitos estudados desde a carta magna da ONU, a ação
penal e a condenação para quem comete injúria racial está de acordo com esses princípios?
Justifique.
d) Vamos criar uma campanha em sua escola?
Por meio de um “folheto”, cartaz ou outro recurso, elaborem uma
campanha de esclarecimento que contemple os preceitos de
igualdade da Constituição Brasileira, quando explicita que as
pessoas são iguais e que possuem os mesmos direitos,
independentemente de sua cor, raça ou etnia. Explique para
seus(suas) colegas as diferenças entre racismo e injúria racial,
criando uma campanha de conscientização em sua escola e
comunidade. Vocês podem, posteriormente, com o auxílio de seu(sua) professor(a), pensar
nas possibilidades da criação de um espaço específico para discutir essa questão na escola.
Após a análise da tabela, os(as) estudantes devem retomar alguns dos princípios
da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH, 1948), do qual nosso país é
signatário, assim como os demais tratados e acordos internacionais para a proteção e a
promoção dos direitos humanos. Ao reconhecerem seus princípios, devem observar que
a Constituição de 1988 trouxe conquistas importantes contra a violação dos direitos
humanos, criminalizando e combatendo o racismo e a efetivação do crime de injúria
racial; ela possibilitou também, a identificação do ato discriminatório.
Retome com os(as) estudantes os principais marcos legais, em consonância com
a DUDH e, se achar conveniente, selecione trechos que possibilitem um debate e tragam
uma trajetória dessas conquistas, tais como: Artigo 5º, que afirma que “a prática do
racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei”; a Lei nº 7.716, de 05 de janeiro de 1989 (Lei Caó), em que são definidos
os crimes de preconceito de raça ou de cor; Lei nº 9.459, de 13 de maio de 1997 (Injúria
Racial), que ampliou a Lei Caó, ao incluir, no artigo 1º, a punição pelos crimes resultantes
de discriminação e preconceito de etnia, religião e procedência nacional e a Lei nº 12.288,
de 20 de julho de 2010 (Estatuto da Igualdade Racial), que tem como principal objetivo,
combater o racismo estrutural ao garantir à população negra a efetiva igualdade de
oportunidades na sociedade brasileira, a defesa dos seus direitos individuais e coletivos,
além do combate à discriminação e às demais formas de intolerância.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
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SAIBA MAIS.
Inciso XLII – Criminalização do Racismo. “A prática do racismo
constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei”. Politize!, publicado em 24 mar. 2020.. Disponível
em: <https://www.politize.com.br/artigo-5/criminalizacao-do-
racismo/>. Acesso em: 12 abr. 2020.
ATIVIDADE 4
4.1. Leia o texto e observe o infográfico abaixo para realizar a atividade proposta:
A violência contra a mulher é parte das relações históricas de poder entre o masculino e
feminino, e que se reproduzem na prática cotidiana no Brasil. Há ainda a herança do
patriarcalismo do período colonial e da escravidão que legitimava o tratamento de seres
humanos como “objetos”. No período colonial, as Ordenações Filipinas, um código legal
que se aplicava a Portugal (e, consequentemente, ao Brasil), permitia aos maridos
punirem suas esposas até com a morte. O Código Civil de 1916 considerava as mulheres
casadas “incapazes”. Tivemos ainda duas experiências ditatoriais na qual a violência
contra a mulher foi institucionalizada. Com lutas e alguns direitos adquiridos ao longo
do tempo, como o Estatuto da Mulher Casada de 1962, por exemplo, apenas em 1988 a
Constituição Federal consagrou a igualdade de gênero8. O estabelecimento de normas
internacionais, que propiciaram leis nacionais, foi fundamental para que os direitos das
mulheres saíssem da invisibilidade.
O Atlas da Violência 2019 é uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e
Estatística Aplicada (IPEA) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que por
meio de informações de dados busca compreender a realidade da violência no Brasil, para
que políticas públicas possam ser elaboradas no sentido de transformar essa realidade.
Fonte: Elaborado especialmente para o Material de Apoio ao Currículo Paulista.
8
Leia o artigo no site: TAVASSI, A. P. C.; MORAIS, P. Igualdade de Gênero – O que diz a Constituição?
Politize, 2020. Disponível em: <https://www.politize.com.br/artigo-5/igualdade-de-genero/>. Acesso em:
12 mai. 2020.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
9
Racismo estrutural é um conjunto de práticas institucionais, históricas, culturais e interpessoais que
normalizam o preconceito, a discriminação e o racismo, direta ou indiretamente. Veja o vídeo para
entender o conceito. Fonte: Canal Preto. Entenda o que é Racismo Estrutural! - Canal Preto. 2019.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=8&v=lryL8ZAMq-
E&feature=emb_logo>. Acesso em: 12 abr. 2020.
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ATIVIDADE 5
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
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Passo a passo:
1º Siga as orientações de seu(sua) professor(a) e forme um grupo, respeitando os critérios
estabelecidos quanto ao número de integrantes. Cada grupo deverá escolher um dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030 da ONU;
2º Desenvolva uma pesquisa no site sugerido (quadro) para elaborar alternativas, sugestões
e ideias de ação/intervenção para o “ODS” escolhido por seu grupo:
Estimule a reflexão para que os(as) estudantes utilizem seus conhecimentos para
a promoção de soluções dos problemas socioculturais e ambientais identificados em suas
comunidades.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
O SÉCULO XXI: PLURALIDADE, DIVERSIDADE E CONFLITOS
NA ATUALIDADE
Unidade Temática: A história recente
Habilidades: (EF09HI35) Analisar os aspectos relacionados ao fenômeno do terrorismo
na contemporaneidade, incluindo os movimentos migratórios e os choques entre
diferentes grupos e culturas.
(EF09HI36) Identificar e discutir as diversidades identitárias e seus significados
históricos no início do século XXI, combatendo qualquer forma de preconceito e
violência através do desenvolvimento de um projeto de âmbito escolar e comunitário.
Objetos de conhecimento: Os conflitos do século XXI e a questão do terrorismo;
Pluralidades e diversidades identitárias na atualidade; As pautas dos povos indígenas no
século XXI e suas formas de inserção no debate local, regional, nacional e internacional.
CADERNO DO PROFESSOR – VOLUME 4
9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL
ATIVIDADE 1
Imagem 1 Imagem 2
Em Nova York, o Word Trade Center em chamas Marcha pelas vítimas do ataque ao jornal satírico
após ser atingido por aviões, em 11 de setembro de Charlie Hebdo em Paris, 2015. Na imagem,
2001. Fonte: Wikimedia. Disponível em: observa-se a frase “Je suis Charlie” (Somos todos
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons Charlie) que se tornou nas redes sociais uma
/3/35/WTC_smoking_on_9-11.jpeg>. Acesso em: representação de solidariedade à imprensa livre.
12 abr. 2020. Fotografia de Olivier Ortelpa. Fonte: Wikimedia.
Disponível em:
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons
/0/06/Je_suis_Charlie%2C_Paris_11_January_201
5.jpg >. Acesso em: 12 abr. 2020.
a) Quais ações estão acontecendo nas imagens? Qual são as datas de cada uma delas?
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b) Quais informações vocês conseguem inferir a partir da leitura das imagens e suas
legendas?
c) Como você definiria terrorismo? Explique com suas palavras.
ATIVIDADE 2
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2.1. Leia o texto abaixo e siga a orientação do(a) professor(a) para realizar a atividade
proposta.
Passo a passo:
1º Com orientação de seu(sua) professor(a), definam a quantidade de participantes dos
grupos e qual tema (grupo terrorista) vocês irão trabalhar no mapa mental. Escolham na
tabela abaixo:
2º Você e seus(suas) colegas de grupo devem seguir as etapas abaixo para produção de seu
Mapa Mental.
Professor(a)
Auxilie os(as) estudantes a realizarem uma pesquisa prévia de fontes e textos de
diferentes naturezas sobre a temática dos grupos terroristas, para que tenham elementos
na construção coletiva do Mapa Mental. Você pode incluir outros grupos, como a Al
Qaeda, Estado Islâmico e Boko Haram. É importante que sigam o passo a passo, já que
a elaboração deve partir do trabalho individual e que, posteriormente, após reflexão, de
forma colaborativa, apresentem a versão final. Organize os agrupamentos e a sala em
conjuntos de cadeiras, estipule o tempo e, durante as etapas, de acordo com o perfil da
turma, é importante acompanhar a produção dos(das) estudantes e propor adaptações,
observando o desenvolvimento dos mapas e, se necessário, fazer intervenções. É
importante que apresentem algumas informações sobre os grupos terroristas e suas
motivações:
▪ Hezbollah
Fundado no Líbano, após a Guerra Civil Libanesa, entre 1982 e 1983, o grupo formado
por fundamentalistas xiitas tem por objetivo a transformação do Líbano em um Estado
livre da influência ocidental. Atualmente não defendem mais a ideia de um Estado
Muçulmano, mas ainda defendem o fim do Estado de Israel e o controle de Jerusalém.
Dentre as ações promovidas pelo grupo estão: a explosão de bombas em locais públicos,
ataques suicidas de “homens bombas”, sequestro de aviões e ataques ao exército
israelense.
POLITIZE. Hezbollah: entenda tudo sobre o grupo. Por Isabela Souza. Disponível em:
<https://www.politize.com.br/hezbollah/>. Acesso em: 17 jul. 2020.
primeiro ministro (1973). Atuou também na França e, dentre as suas ações, destacam-se
o assassinato de políticos, sequestros e ataques com bombas.
Toda Matéria. ETA: tudo sobre o grupo separatista. Por Juliana Bezerra. Disponível em:
<https://www.todamateria.com.br/eta/>. Acesso em: 17 jul. 2020.
ASSISTA AO FILME:
11 de Setembro: 11 minutos, 09 segundos e 01 imagem.
Direção: Youssef Chahine, Amos Gitaï, Alejandro González
Iñárritu, entre outros. Reino
Unido, França, Egito, Japão, México, EUA, Irã. Europa Filmes,
2002.
O filme traz onze curtas-metragens, de 11 minutos cada, dirigidos
por grandes cineastas do mundo todo, que abordam diretamente ou
relacionam acontecimentos de seus países aos ataques terroristas aos
Luz, câmera e Estados Unidos, ocorrido em 11 de setembro de 2001.
Ação....História!
ATIVIDADE 3
3.1. Neste momento, você e sua turma deverão elaborar uma aula invertida, estudando
alguns dos principais conflitos ocorridos após o fim da Guerra Fria e guerras do século
XXI.
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Passo a Passo:
1º Para a realização das aulas invertidas, vocês deverão seguir as orientações de
seu(sua) professor(a). Ele(a) estabelecerá os critérios para a organização de 5 grupos
e orientará vocês em relação ao andamento da proposta;
2º Após a divisão dos grupos estabelecida pelo(a) professor(a), cada grupo ficará
responsável pela pesquisa e pela aula invertida sobre um dos seguintes temas:
CONFLITOS OCORRIDOS APÓS O FIM DA GUERRA FRIA E
GUERRAS DO SÉCULO XXI
GRUPO TEMA DE PESQUISA
1 Conflito árabe-israelense
2 Guerra da Bósnia (1992 – 1995)
3 Guerra do Golfo (1990 – 1991)
4 Guerra do Iraque (2003 - 2011)
5 Guerra do Afeganistão (2011 – atual)
6 Guerra da Síria (2011 – atual)
3º Pesquise em diferentes suportes, como na internet, em livros didáticos e nos livros
da biblioteca de sua escola. Lembre-se de anotar em seu caderno todas as fontes
pesquisadas, inclusive as usadas para coletar imagens;
4º Na escola, durante a aula, tire as suas dúvidas com o(a) professor(a) sobre a
pesquisa;
5º Por fim, organize os resultados da sua pesquisa para apresentá-la para a turma.
ATIVIDADE 4
4.1. Leia o texto e siga as orientações de seu(sua) professor(a) para realizar a atividade.
a) Neste momento, você e sua turma serão desafiados a criar um jornal mural 10
apresentando argumentos críticos sobre a xenofobia no mundo.
Passo a Passo:
1º Forme um grupo, seguindo as orientações de seu(sua) professor(a);
2º Desenvolva uma pesquisa e analise o tema utilizando a internet, livros didáticos, e
outras ferramentas;
3º Apresente os resultados da sua pesquisa para a turma na data combinada com seu(sua)
professor(a);
4º Desenvolva um jornal mural com as informações coletadas pelo grupo;
Importante: O jornal mural deve conter imagens (fotos, esquemas, gráficos, mapa etc.),
além de informações escritas pelo grupo.
5º Selecione com o(a) professor(a) um lugar na unidade escolar para expor o jornal mural
produzido pelo seu grupo.
10
Um jornal mural tem a função de apresentar informações e promover a interação entre o jornal e o leitor.
Este jornal pode ser feito por meio de folhas de papel kraft ou cartolinas. Deve ser fixado na sala de aula
ou em local apropriado e pode apresentar textos, infográficos, imagens, ilustrações, charges etc. Outra
forma de construir um jornal mural é por meio de ferramentas on-line.
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ATIVIDADE 5
5.1. Vamos criar um Artigo a ser incluído no Estatuto do Grêmio Estudantil em sua
escola para defender a CULTURA DE PAZ!
11
O Grêmio Estudantil é a organização dos alunos da escola. Ele é formado por estudantes, que são
responsáveis pelo desenvolvimento de atividades culturais, esportivas, sociais e de cidadania. Atualmente,
a rede estadual paulista conta com mais de três mil agremiações formadas por estudantes. Disponível em:
<https://www.educacao.sp.gov.br/noticias/entenda-o-papel-dos-gremios-estudantis-nas-escolas-da-rede-e-
tire-todas-suas-duvidas/>. Acesso em: 12 abr. 2020.
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Conselho de Escola; dessa forma, os(as) estudantes podem colaborar e aprimorar a gestão
e o aprendizado em sala de aula.
SAIBA MAIS São Paulo (ESTADO). Secretaria de Educação. Caderno Grêmio em Forma.
Disponível em:
<https://www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/1095.pdf
>. Acesso em: 12 abr. 2020.
São Paulo (ESTADO). Secretaria de Educação. Entenda o papel dos Grêmios
estudantis nas escolas da rede e tire suas dúvidas. Disponível em:
<https://www.educacao.sp.gov.br/noticias/entenda-o-papel-dos-gremios-
estudantis-nas-escolas-da-rede-e-tire-todas-suas-duvidas/>. Acesso em: 12
abr. 2020.
Considerações Finais
Caro(a) Professor(a),
Ao desenvolvermos as competências, habilidades e objetos de conhecimento
nesse Caderno, alguns pressupostos nortearam a elaboração: a implementação do
Currículo Paulista, em consonância com a Base Nacional Comum Curricular, a utilização
de metodologias ativas e que privilegiem a autonomia e o protagonismo dos(as)
estudantes e fornecer a você, propostas detalhadas de desenvolvimento, a fim de subsidiar
a elaboração de suas aulas. Dessa forma, espera-se que o Material de Apoio ao Currículo
Paulista (Caderno do Aluno e Professor), tenha contribuído como um instrumental útil
para o exercício de suas atividades docentes.
SP FAZ ESCOLA
CADERNO DO PROFESSOR
HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL
VOLUME 4