Apostila - Unidade I
Apostila - Unidade I
Apostila - Unidade I
Sumário
INTRODUÇÃO: POR QUE “LINGUAGEM JURÍDICA PROCESSUAL” E “NO RITO DOS JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS”..................................................................................................................... 2
Como se organizam as leis?...................................................................................................... 4
MÓDULO I) O “QUADRO GERAL”: PARA UMA COMPREENSÃO BÁSICA DO FUNCIONAMENTO DE
UM PROCESSO NO RITO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS E DA LINGUAGEM RESPECTIVA ... 7
1. Petição inicial (também chamada de “exordial”)................................................................ 7
2. Antecipação de tutela e medida cautelar ............................................................................ 8
3. Recurso de medida cautelar/antecipação de tutela ......................................................... 10
4. Citação do réu e intimações ............................................................................................... 11
5. Instrução do processo (provas) .......................................................................................... 12
6. Sentença e recursos contra essa ........................................................................................ 13
7. Recursos contra as decisões das Turmas Recursais .......................................................... 16
8. Trânsito em julgado ............................................................................................................ 18
9. Organização do processo - fase de execução .................................................................... 19
MÓDULO II) APROFUNDAMENTO E EXPOSIÇÃO CONCEITUAL ................................................... 21
1. Valor da causa e competência dos JEFs ............................................................................. 21
2. A expressão “liminar” ......................................................................................................... 21
3. Organização do processo – fase de conhecimento ........................................................... 21
4. Atos do juiz e recursos cabíveis ......................................................................................... 23
5. Litispendência x coisa julgada ............................................................................................ 26
6. Mandado de Segurança contra decisão judicial nos JEFs.................................................. 27
MÓDULO III) EXPOSIÇÃO DE CONTEÚDO AVANÇADO ................................................................ 34
1. Competência absoluta das Varas de Juizados Especiais Federais. ................................... 34
2. Recursos próprios dos JEFs (PRU, PNU e PUIL) e seu cabimento ...................................... 34
2.1. Descabimento de PRU ou PNU em matéria de fato ................................................... 36
2.2. Descabimento de PRU ou PNU em matéria processual ............................................. 37
2.3. Similitude fática do paradigma e cotejo analítico ...................................................... 38
3. Coisa julgada, litispendência e teoria da identidade de relação jurídica ......................... 40
ANEXOS – Detalhamento de algumas questões explicadas na parte 1, 2 ou 3. ......................... 44
1
1. Recurso de medida cautelar e variações regionais ........................................................... 44
2. Recurso inominado contra sentença terminativa. ............................................................ 45
3. Impugnação de decisões na execução – divergências locais ............................................ 52
4. Mandado de segurança na fase de conhecimento............................................................ 57
CRÉDITOS DE IMAGENS: .............................................................................................................. 61
2
A escolha do rito dos Juizados Especiais Federais, que é um
procedimento regulado por lei especial, em vez do rito ordinário, pode parecer,
em um primeiro momento, contra intuitiva. Essa opção, não ortodoxa, se deve à
maior simplicidade do rito dos Juizados Especiais Federais, o que o torna
mais propício a uma exposição introdutória dos termos básicos e dos
primeiros passos para a compreensão da linguagem jurídica processual. Essa
complexidade é incrementada quando se estuda o rito ordinário, possibilitando o
aproveitamento de vários dos conhecimentos básicos já abordados no estudo do
rito simplificado dos Juizados Especiais Federais.
3
aprofunda temas relevantes e utiliza, de forma mais fluente, a linguagem técnica
apropriada de modo mais próximo daquele em que a mesma é aplicada no dia a
dia dos tribunais (parte 3).
4
É como se a Constituição inteira fosse um armário, dividido em gavetas
(Títulos), que contém separações (Capítulos), cada uma das quais contém
várias pastas (Seções). Dentro de cada pasta, há documentos (artigos -
“arts.”), os quais expressam a disposição legal, isso é, a regra ou o princípio
instituído pela lei.
5
6
MÓDULO I) O “QUADRO GERAL”: PARA UMA COMPREENSÃO
BÁSICA DO FUNCIONAMENTO DE UM PROCESSO NO RITO DOS
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS E DA LINGUAGEM RESPECTIVA
O processo se inicia por uma petição inicial, que é ajuizada pelo autor,
na qual ele pede aquilo a que entende que tem direito. Nessa peça, o autor
apresenta sua qualificação completa e a do réu (nome completo,
nacionalidade, estado civil, se vive em união estável, profissão, endereço, CPF
e RG), que são os dados necessários para identificação das partes e envio de
comunicações às mesmas; após, o autor expõe a sua versão dos fatos e os
fundamentos jurídicos daquilo que pretende, isso é, expõe de que forma
entende que o direito deve se aplicar aos fatos narrados. Por fim, o autor conclui
o seu raciocínio realizando um ou mais pedidos, que pretende sejam atendidos
pela Justiça. Esses pedidos devem ser decorrência natural de todo o raciocínio
exposto nas partes anteriores da petição inicial (fatos e fundamentos jurídicos),
ou seja, os pedidos devem decorrer da aplicação do direito aos fatos
narrados, conforme o raciocínio desenvolvido pelo autor. Há, assim, um
“fechamento” lógico da petição inicial.
7
(autor, demandante ou requerente) pede algo contra alguém (réu, demandado
ou requerido). As pessoas envolvidas no conflito (“alguém” x “alguém”) são
chamadas de partes do processo, e o “algo” é o objeto.
8
antecipação de tutela, vulgarmente também chamada de “liminar”, por se
tratar de uma decisão no início do processo. Na verdade, a expressão “liminar”
se refere ao momento em que a decisão é tomada (no início do processo),
podendo ser não apenas uma antecipação de tutela, mas também de uma
medida cautelar.
9
3. Recurso de medida cautelar/antecipação de tutela
Importante referir, por fim, que a lei não atribui um nome a esse
recurso, sendo que “recurso de medida cautelar” é a nomenclatura
utilizada na 4ª Região, na qual a interposição é facilitada pelo sistema de
processo eletrônico, bastando a elaboração da petição do recurso e a
movimentação direcionada à turma recursal. Contudo, como não há previsão
legal expressa regulando o tema, pode haver variações locais, sendo importante
que você verifique o procedimento que é adotado pela turma da localidade em
que você atua.
10
4. Citação do réu e intimações
11
uma audiência de conciliação antes de produzir as provas seria perda de tempo,
razão pela qual se opta pela citação direta para apresentação de contestação.
12
Na prova pericial, o juiz nomeia um especialista, para realizar uma
avaliação técnica, como perícias médicas, de engenharia, de ambiente do
trabalho, etc.
13
Encerrada a instrução do processo, passa-se à fase decisória, onde o
juiz profere a sentença, que é a decisão que põe fim à discussão. Contra essa
decisão, no rito dos JEFs, cabe recurso inominado, que é direcionado às
Turmas Recursais.
14
acórdão, com votos, nos mesmos termos já explicados. Esse acórdão pode
decidir que o recurso seja conhecido ou não conhecido, o que significa que o
recurso foi julgado no mérito ou não, e, sendo julgado no mérito (conhecido), ele
pode ser provido ou desprovido.
15
Em relação à linguagem, em geral, as partes em um recurso são o
“recorrente” (quem recorreu) e o “recorrido” (a outra parte, contra quem o recurso
foi interposto); nos embargos declaratórios, utilizam-se os termos
especificamente os termos “embargante” (quem opôs os embargos) e
“embargado” (a outra parte, contra quem os embargos foram opostos).
17
ou RE, respectivamente). Há certas hipóteses, contudo, em que o agravo contra
a inadmissão de PRU ou PNU é julgado pela própria turma recursal de origem,
não subindo1. Contudo, para os fins desse curso, basta lembrar que o
agravo é o recurso que tem por objetivo a fazer subir o PRU, PNU ou RE
que não foi admitido pela Presidência ou Vice-presidência da turma
recursal.
8. Trânsito em julgado
1
Vide Resolução CJF nº 393/2016 (art. 3º, §§7º e 8º): agravo contra decisão da turma recursal
que não admite PRU ou PNU, com fundamento em súmula da TRU ou da TNU, respectivamente,
ou que não admite PRU ou PNU com base em julgamento do Supremo Tribunal Federal em
repercussão geral. Nesses casos, o agravo é julgado pela própria turma de origem, em decisão
irrecorrível.
18
Também não é possível o ajuizamento de outra ação idêntica, pois há a
barreira da coisa julgada, que impede a rediscussão daquilo o que já foi
decidido, ainda que com novos argumentos ou fundamentos.
19
segurança contra essa decisão (embora seja mais comum o cabimento do
mandado de segurança na fase de execução).
Por fim, são realizados os cálculos do valor devido, os quais devem ser
realizados pela Contadoria Judicial, conforme previsto no art. 52, II, da Lei nº
9.099/95, aplicável subsidiariamente por força do art. 1º, caput, da Lei nº
10.259/01:
(...)
II - os cálculos de conversão de índices, de honorários, de juros
e de outras parcelas serão efetuados por servidor judicial;
20
MÓDULO II) APROFUNDAMENTO E EXPOSIÇÃO CONCEITUAL
2. A expressão “liminar”
21
É possível dividir o processo em várias fases, isso é, vários momentos
distintos, com objetivos parciais diferentes. A função dessas divisões é perceber
como o processo se encadeia, passando por vários momentos, em direção a
uma decisão final de mérito, ou seja ao momento em que o juiz dá razão a
uma das partes. Essa atividade, como um todo é denominada fase de
conhecimento, que é a fase que tem por objetivo, justamente, realizar todas as
atividades necessárias para que o juiz possa julgar o processo ao final, atribuindo
razão a uma das partes.
22
delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito; V - designar,
se necessário, audiência de instrução e julgamento.
24
é o RMC (recurso de medida cautelar) contra a decisão que defere ou
indefere medida cautelar ou antecipação de tutela (arts. 4º e 5º da Lei nº
10.259/01), já abordado acima.
Como os despachos não têm “carga decisória” (isso é, não deferem nem
indeferem coisa alguma, tampouco prejudicam as partes), os mesmos são
irrecorríveis.
25
5. Litispendência x coisa julgada
26
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em
curso.
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi
decidida por decisão transitada em julgado.
27
“Impetrar” é o verbo que se utiliza ao se referir ao ajuizamento de um
mandado de segurança. Dessa forma, “impetrar mandado de segurança”
significa ajuizá-lo, protocolando a sua petição inicial.
28
A expressão “teratológica” vem de “Teratologia”, que é a parte da
medicina que se ocupa do estudo das malformações e das monstruosidades.
“Terato” significa “monstro” e “logia” significa estudo.
29
Todas as demais decisões interlocutórias são irrecorríveis, razão
pela qual, se forem teratológicas, contra elas caberá mandado de
segurança, conforme ilustrado acima.
30
em virtude de o juiz haver, na fase instrutória, indeferido a produção de uma
prova considerada essencial. Isso se denomina preclusão elástica, que é a
característica de essas decisões somente precluírem junto com a sentença e
não de forma imediata.
31
Não foi veiculado pedido de medida liminar.
32
Portanto, não há como imputar ao despacho ora
questionado, a característica de absurdo ou teratológico,
hipótese em que se poderia conhecer
do mandado de segurança contra ato judicial irrecorrível.
Caso contrário, esta ação, na prática, equivaleria ao recurso
que o legislador não quis criar (art. 5º da Lei nº 10.259/2001).
Neste sentido, extraio o seguinte excerto do voto proferido pelo
Juiz Edvaldo Mendes da Silva, proferido na sessão de 06-03-
2013 da 1ª Turma Recursal de Santa Catarina, no
mandado de segurança TR nº 5019583-45.2012.404.7200/SC:
O ato impugnado é de natureza judicial, isto é, emanado
de poder especialmente designado para interpretar e
aplicar a lei. Portanto, a noção de "ilegalidade" ou de
"abuso de poder" não se confunde com a simples
discordância. Fosse assim,
o mandado de segurança estaria reduzido a mero recurso.
No âmbito dos Juizados Especiais, o uso
do mandado de segurança como sucedâneo de recurso
afronta o artigo 5º da Lei n. 10.259/2001 e contraria a
própria finalidade desta jurisdição especial. Por fim, o
próprio direito líquido e certo se apresenta controvertido,
uma vez que desafia decisão judicial que nada tem de
teratológica nem de absurda mas, ao contrário, resulta de
interpretação aceitável da lei e decorre do livre
convencimento do magistrado. Em suma: não há direito
líquido e certo a uma decisão judicial favorável e, o fato de
ser a decisão irrecorrível, não enseja, por si só,
o mandado de segurança.
Por fim, registro que, a possibilidade de rediscutir a
matéria em sede de recurso inominado afasta
qualquer alegação de manifesto prejuízo à parte.
Dessa feita, diante da ausência dos pressupostos legais,
não é de ser conhecido o
presente Mandado de Segurança.
33
TURMA RECURSAL DE SC, Relator HENRIQUE LUIZ
HARTMANN, julgado em 20/03/2019)
34
O Pedido Regional de Uniformização de Jurisprudência (PRU) e o
Pedido Nacional de Uniformização de Jurisprudência (PNU) são recursos
próprios do procedimento dos Juizados Especiais Federais, tendo previsão na
lei 10.259/09:
O PNU e o PRU são recursos que têm por objetivo sanar divergência
jurisprudencial sobre a aplicação da lei em casos semelhantes, ou seja, pacificar
a correta interpretação da lei, evitando que essa seja interpretada de forma
diversa em casos idênticos. Por isso se diz que são recursos que tratam de
matéria de direito, ou seja, matéria de interpretação das normas jurídicas
aplicáveis a certo tipo de caso.
36
Quando se diz que não cabe PRU ou PNU em matéria de fato, o que
se está afirmando é que não cabe a interposição desses recursos para
simples reexame de prova, ou seja, para revisar a conclusão da Turma
Recursal sobre como os fatos ocorreram. Na interposição do PRU ou PNU, a
matéria fática (isso é, a versão dos fatos acolhida) já está definida e o que se
discute é como aplicar corretamente a lei a esses fatos.
37
questões de direito material proferidas por Turmas Recursais
na interpretação da lei.
38
comparação entre ambos e a identificação da forma como divergiram na
aplicação do direito a situações muito semelhantes. Daí se diz que o acórdão
recorrido deve ter similitude fática e jurídica com o acórdão utilizado como
paradigma.
39
para conferência, o que ocorre quando se tratar de divergência entre turmas
de diferentes regiões:
40
Art. 505. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já
decididas relativas à mesma lide, salvo:
I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado,
sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso
em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na
sentença;
II - nos demais casos prescritos em lei.
Art. 508. Transitada em julgado a decisão de mérito,
considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações
e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento
quanto à rejeição do pedido. (grifei).
41
(TRF-1, AMS 00050195220014013600, 2ª Turma Suplementar,
Rel. Juíza Federal Rosimayre Gonçalves de Carvalho, d.j.
14/12/2011). (grifei).
“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. APELAÇÃO. IMPOSTO
DE RENDA. PESSOA FÍSICA. ELEMENTOS
IDENTIFICADORES DA AÇÃO. TEORIA DA IDENTIDADE DA
RELAÇÃO JURÍDICA. MANDADO DE SEGURANÇA.
LITISPENDÊNCIA. OCORRÊNCIA. 1. A existência de coisa
julgada constituída em um processo judicial implica a extinção
de outro processo quando se tratar de demanda idêntica àquela
julgada primeiramente. E conforme preceitua o artigo 301, § 2º,
do CPC, as demandas judiciais são consideradas idênticas
quando possuem as mesmas partes, causa de pedir e pedido. 2.
A litispendência caracteriza-se na hipótese de repetição de ação
anteriormente ajuizada e que ainda esteja em curso. Está
presente a congruência exata dos elementos identificadores da
ação, já que estão litigando no presente feito e integram a
relação jurídica processual da ação ajuizada anteriormente, em
curso, as mesmas partes, sendo idênticos os pedidos mediato e
imediato, tendo por suporte a mesma causa de pedir. Com
efeito, está consubstanciada a litispendência. 3. Embora as
demandas não tenham exatamente as mesmas pessoas
figurando no polo passivo, não se pode afastar, no caso em tela,
a coisa julgada apenas em razão da diversidade do polo passivo.
Isso porque a teoria da tríplice identidade (mesmas partes,
mesma causa de pedir e mesmo pedido) atua apenas como
regra geral, não sendo suficiente para explicar todas as
situações. Em algumas hipóteses, para a caracterização da
coisa julgada, deve-se analisar se a questão debatida em um
processo é a mesma, ainda que alguns elementos
identificadores da ação sejam distintos. Trata-se de
aplicação da "teoria da identidade da relação jurídica". 4.
Sentença reformada para extinguir o feito, sem julgamento do
mérito.” (TRF-2, AC 201351011345619, Quarta Turma
Especializada, Rel. Des. Federal Luiz Antônio Soares, d.j.
29/10/2014).
Por fim, vale referir que a eficácia preclusiva da coisa julgada veda a
revisão, reinterpretação e/ou nova valoração do que foi decidido na anterior
demanda:
42
“(...). Denota-se da petição inicial e da sentença proferida no
processo n.º 0002811-85.2008.4.03.6319 (cópias anexadas em
20.01.2015, arquivos Inicial proc. 2008.2811-0.pdf e Sentença
proc 2008.2811-0.doc), que o pedido de cômputo dos períodos
rurais de 1966 a 1971 e 1972 a 1975, compôs o objeto daquela
demanda, e, ao contrário do que sustenta a parte autora, teve
seu mérito devidamente apreciado pelo Juízo competente, que
decidiu por não reconhecê-los para fins previdenciários.
Qualquer inconformismo contra o teor da sentença proferida no
processo n.º 0002811-85.2008.4.03.6319 deveria ser
manifestado naqueles autos, pelas vias recursais próprias, nos
prazos previstos na lei processual. No entanto, nenhum recurso
foi interposto contra aquele Julgado, cujo trânsito em julgado foi
certificado em 17.12.2008, conforme constatado em consulta
efetuada no Sistema Processual dos Juizados Especiais
Federais. É evidente que a parte autora, ao propor a presente
ação (ajuizada pouco mais de dois meses após o trânsito em
julgado do primeiro processo), pretende obter a reforma de
provimento judicial que já transitou em julgado, o que é vedado
pela lei processual civil. Na lição de Luiz Guilherme Marinoni
e Daniel Mitidiero A coisa julgada tem eficácia positiva,
negativa e preclusiva. A coisa julgada pode servir como
ponto de apoio para que a parte interessada deduza outra
pretensão em juízo, sendo essa sua eficácia positiva. Nesse
caso, o segundo juízo não poderá dissentir daquilo sobre o
qual se formou a coisa julgada. A eficácia negativa da coisa
julgada consiste no veto a que outros juízos examinem
aquilo que já foi decidido com força de coisa julgada. A
alegação de existência de coisa julgada leva à extinção do
processo sem resolução do mérito (art. 267, V, CPC). A
eficácia preclusiva da coisa julgada consiste em tornar
irrelevante, para efeitos de controverter as questões
decididas com força de coisa julgada, eventuais alegações
e defesas que poderiam ter sido formuladas em juízo, mas
não o foram (art. 474, CPC). (Código de Processo Civil
Comentado, 2ª ed., RT, pág. 446/447). Aplicando-se a teoria ao
caso concreto, a eficácia preclusiva da coisa julgada veda a
revisão, reinterpretação e/ou valoração do dispositivo da
sentença proferida nos autos na ação 0002811-
85.2008.4.03.6319. Assim, constato a existência de coisa
julgada material, a ensejar a aplicação do artigo 267, inciso
V, do Código de Processo Civil. (...) (8ª TR/SP, Recurso
43
inominado 00022919120094036319, Rel. Juiz Federal Márcio
Rached Millani, d.j., 23/02/2015).
44
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da
contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da
própria decisão agravada, da certidão da respectiva
intimação ou outro documento oficial que comprove a
tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados
do agravante e do agravado;
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos
referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena
de sua responsabilidade pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante
reputar úteis.
45
levantar está vivo, de modo que não seria aplicável ao caso a
súmula 161 do STJ, como entendeu o Juízo de primeiro grau.
Liminarmente, pugna que o processo subjacente seja suspenso
até o julgamento final deste mandamus.
A decisão que extingue o processo federal em relação a todas
as partes e, sem resolução do mérito, declina da competência
em favor da Justiça Estadual tem natureza terminativa e pode
ser atacada pelo recurso previsto no art. 41 da Lei 9.099/1995,
ao qual é possível, inclusive, atribuir-se efeito suspensivo (art.
43). Confira-se:
PROCESSUAL - MANDADO DE SEGURANÇA - DECISÃO
QUE DECLARA EXTINTO O PROCESSO - NATUREZA
JURÍDICA - RECURSO ESPECIAL - RETENÇÃO (CPC - ART.
542) - INOCORRÊNCIA.
A decisão que extingue o processo, por ser terminativa do
processo não é interlocutória, constituindo sentença. O Recurso
Especial manejado contra ela não deve permanecer retido, por
efeito do Art. 542, § 3º.
(STJ, Corte Especial, MS 6.909, Rel. Min. Humberto Gomes de
Barros, j. 06.6.2001, DJ 22.10.2001, p. 259)
De fato, a incompetência para a causa é uma das hipóteses
expressamente consignadas na Lei 9.099 para a extinção do
processo, sem resolução do mérito, conforme se vê no art. 51
daquele diploma legal:
Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em
lei:
III - quando for reconhecida a incompetência territorial.
Ora, tanto reconhecendo a incompetência absoluta como
declarando a incompetência relativa, a decisão que extingue o
processo com tal fundamento tem natureza de
sentença sem resolução do mérito e, por conseguinte, pode ser
atacada na via recursal.
Tenho, pois, como aplicável ao caso o disposto no art. 5º da Lei
12.016/2009 e na súmula 627 do STF, que assim dispõem:
Art. 5º - Não se concederá mandado de segurança quando se
tratar:
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito
suspensivo;
46
Súmula 267 do STF:
Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de
recurso ou correição.
Em outras palavras, cabe afirmar que o mandado de
segurança não pode ser manejado como sucedâneo ou
substituto recursal, isto é, em lugar do recurso cabível na
espécie, tenha ele sido interposto ou não.
Em face dessas considerações, entendo que, por não ser caso
de mandado, deve ser desde logo indeferida a inicial, nos
termos do art. 10 da Lei 12.016/2009.
Sem condenação em honorários, nos termos do art. 25 da Lei
12.016/2009, c/c súmulas 512 do STF e 105 do STJ.
47
FERNANDO ZANDONÁ, julgado em 14/11/2018; 5029603-74.2016.4.04.7000,
PRIMEIRA TURMA RECURSAL DO PR, Relator GERSON LUIZ ROCHA, julgado em
06/06/2018; 5014204-84.2016.4.04.7200, TERCEIRA TURMA RECURSAL DE SC,
Relator ANTONIO FERNANDO SCHENKEL DO AMARAL E SILVA, julgado em
20/09/2017; 5015041-42.2016.4.04.7200, TERCEIRA TURMA RECURSAL DE SC,
Relator GILSON JACOBSEN, julgado em 24/10/2017).
48
NÃO CONFIGURADA. RECURSO DO AUTOR NÃO
CONHECIDO.
Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora
contra sentença que extinguiu o processo, sem resolução do
mérito, em face da ausência de documento necessário ao
desenvolvimento válido e regular do processo.
O art. 5º. da Lei nº. 10.259/2001 dispõe que "somente será
admitido recurso de sentença definitiva".
Contudo, em se tratando de sentenças terminativas com
caráter definitivo, admite-se o conhecimento do recurso.
Isso porque o seu não conhecimento implicaria denegação
de prestação jurisdicional, tornando algumas decisões
irrecorríveis. Esse caráter definitivo encontra-se presente
nas sentenças que impedem um novo ajuizamento da
causa, como ocorre nos casos de reconhecimento da coisa
julgada, perempção e litispendência, por exemplo. Os casos
de extinção do processo por falta de documentos, inépcia,
ausência de pressupostos processuais, dentre outros,
tornam incabíveis a via recursal, por haver a possibilidade
de ajuizar-se de uma nova ação.
Não assiste razão ao recorrente. No caso, o juiz a quo prolatou
sentença terminativa, calcada na ausência de documento
essencial ao deslinde da causa. Tal situação, todavia, não
implica negativa de prestação jurisdicional, pois a parte autora
poderá ajuizar novamente a mesma demanda após regularizar
a documentação necessária ao processamento do feito.
Recurso inominado não conhecido. (Processo nº 0503409-
79.2016.4.05.8312, a 3ª Turma Recursal - JEF/PE, j.
10/04/2017)
49
restringindo-a, ressalvadas as hipóteses do artigo 4º
(deferimento de medidas cautelares), aos casos de sentença
definitiva. - Esta Turma Recursal emitiu o Enunciado nº 07, com
o seguinte teor: “ Não cabe recurso de sentença que não aprecia
o mérito em sede de Juizado Especial Federal (artigo 5º da Lei
10.259/2001), salvo excepcionalmente quando o seu não
conhecimento acarretar negativa de jurisdição. (aprovada na
sessão de 19 de setembro de 2008). ” - Como a autora pode
ajuizar a demanda no Juízo Federal com jurisdição no local do
seu domicílio, não há negativa da jurisdição, não sendo,
portanto, cabível o presente mandamus. - Recurso da autora
não conhecido. (Processo nº 0500150-27.2011.4.05.9840,
Terceira Turma – JEF/RN, j. 24/02/2012)
50
PROVA MATERIAL APTA A COMPROVAR O EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE RURAL. CARÊNCIA DE PRESSUPOSTO DE
CONSTITUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO VÁLIDO DO
PROCESSO. EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO
MÉRITO, DE MODO QUE A AÇÃO PODE SER REPROPOSTA,
DISPONDO A PARTE DOS ELEMENTOS NECESSÁRIOS
PARA COMPROVAR O SEU DIREITO. RECURSO ESPECIAL
DO INSS DESPROVIDO. 1. Tradicionalmente, o Direito
Previdenciário se vale da processualística civil para regular os
seus procedimentos, entretanto, não se deve perder de vista as
peculiaridades das demandas previdenciárias, que justificam a
flexibilização da rígida metodologia civilista, levando-se em
conta os cânones constitucionais atinentes à Seguridade Social,
que tem como base o contexto social adverso em que se
inserem os que buscam judicialmente os benefícios
previdenciários. 2. As normas previdenciárias devem ser
interpretadas de modo a favorecer os valores morais da
Constituição Federal/1988, que prima pela proteção do
Trabalhador Segurado da Previdência Social, motivo pelo qual
os pleitos previdenciários devem ser julgados no sentido de
amparar a parte hipossuficiente e que, por esse motivo, possui
proteção legal que lhe garante a flexibilização dos rígidos
institutos processuais. Assim, deve-se procurar encontrar na
hermenêutica previdenciária a solução que mais se aproxime do
caráter social da Carta Magna, a fim de que as normas
processuais não venham a obstar a concretude do direito
fundamental à prestação previdenciária a que faz jus o
segurado. 3. Assim como ocorre no Direito Sancionador, em que
se afastam as regras da processualística civil em razão do
especial garantismo conferido por suas normas ao indivíduo,
deve-se dar prioridade ao princípio da busca da verdade real,
diante do interesse social que envolve essas demandas. 4. A
concessão de benefício devido ao trabalhador rural configura
direito subjetivo individual garantido constitucionalmente, tendo
a CF/88 dado primazia à função social do RGPS ao erigir como
direito fundamental de segunda geração o acesso à Previdência
do Regime Geral; sendo certo que o trabalhador rural, durante o
período de transição, encontra-se constitucionalmente
dispensado do recolhimento das contribuições, visando à
universalidade da cobertura previdenciária e a inclusão de
contingentes desassistidos por meio de distribuição de renda
pela via da assistência social. 5. A ausência de conteúdo
probatório eficaz a instruir a inicial, conforme determina o art.
51
283 do CPC, implica a carência de pressuposto de constituição
e desenvolvimento válido do processo, impondo a sua extinção
sem o julgamento do mérito (art. 267, IV do CPC) e a
consequente possibilidade de o autor intentar novamente a ação
(art. 268 do CPC), caso reúna os elementos necessários à tal
iniciativa. 6. Recurso Especial do INSS desprovido." (STJ -
REsp: 1352721 SP 2012/0234217-1, Relator: Ministro
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Data de Julgamento:
16/12/2015, CE - CORTE ESPECIAL, Data de Publicação: DJe
28/04/2016) 3. O recurso não deve ser conhecido, porque
incabível. Prevê o art. 5º da Lei n. 10.259/01 que, "somente
será admitido recurso de sentença definitiva". Uma vez que
a sentença que extinguiu o processo é terminativa, porque
não houve apreciação do mérito, o inconformismo recursal
é inadequado. 4. Ante o exposto, não conheço do recurso.
5. Sem custas. Recorrente vencido(a) condenado(a) ao
pagamento de custas e honorários advocatícios, estes fixados
no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado
dado à causa, ficando, todavia, suspensa a exigibilidade de tais
verbas em razão da gratuidade judiciária concedida. (AGREXT
0007162-47.2016.4.01.3904, ILAN PRESSER, TRF1 - TURMA
RECURSAL DE JUIZ DE FORA - MG, Diário Eletrônico
Publicação 04/10/2017.)
52
poder (decisões teratológicas). Veja-se, por exemplo, o seguinte precedente,
rejeitando o cabimento de recurso inominado (por instrumento) contra
decisão da fase executiva:
53
(...)
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito
suspensivo;"
Não obstante, a Lei dos Juizados Especiais previu
expressamente a irrecorribilidade das decisões
interlocutórias como forma de agilizar a tramitação dos
feitos de sua competência. Excepcionalmente,
o mandado de segurança tem sido admitido
contra decisão proferida em fase de execução de sentença,
desde que caracterizada violação a direito líquido e certo. A
premissa é a de que o mandado de segurança não se presta
a instrumento recursal, não podendo ser utilizado como
esse sucedâneo quando a lei vede a interposição de
recursos em relação às decisões proferidas no curso do
processo.
(...)
O julgador a quo inadmitiu o recurso interposto , nos
seguintes termos:
O autor apresentou recurso inominado
contra decisão interlocutória proferida nestes autos.
O encaminhamento pretendido não pode vingar,
consoante textos normativos a seguir:
Lei 10.259/01.
Art. 4o O Juiz poderá, de ofício ou a requerimento das
partes, deferir medidas cautelares no curso do
processo, para evitar dano de difícil reparação.
Art. 5o Exceto nos casos do art. 4o, somente será
admitido recurso de sentença definitiva.(GRIFEI).
Enunciado FONAJEF 108 .
Não cabe recurso para impugnar decisões que
apreciem questões ocorridas após o trânsito em
julgado.
À vista do exposto, deixo de receber a peça recursal
(evento 75) por entendê-la incabível neste momento
processual.
Não obstante, mantenho a decisão proferida no evento 72,
pelos próprios fundamentos e indefiro o pedido de
reconsideração (evento 76).
54
Com efeito, o recurso interposto pela parte autora contra
a decisão interlocutória proferida na fase de execução, não
merece ser admitido, por absoluta ausência de previsão
legal.” (MANDADO DE SEGURANÇA nº 5066521-
97.2018.4.04.7100, QUINTA TURMA RECURSAL DO RS,
Relatora JOANE UNFER CALDERARO, julgado em
28/02/2019).
“(...)
55
especiais federais. Das decisões que põem fim ao processo,
não cobertas pela coisa julgada, cabe recurso inominado”.
- Finalmente, cumpre salientar que a questão relativa à
necessidade de sobrestamento da execução nos autos
principais (autos nº 0003553-19.2008.4.03.6317) não está
preclusa. Ainda é possível, neles próprios, a interposição de
novo recurso inominado pela parte autora, inclusive com pedido
de antecipação da tutela recursal, versando a questão da
necessidade de sobrestamento da execução. A decisão
impetrada e a proferida em seguida a ela em resolução de
embargos de declaração implicaram a extinção da execução,
ao determinar (antes do trânsito em julgado do recurso
inominado nos autos nº 0000795-87.2018.4.03.9301, em que
pende juízo de admissibilidade de pedido de uniformização de
interpretação de lei federal), que se oficiasse “ao INSS para
implantação do benefício concedido judicialmente e
cessação do benefício concedido administrativamente, NB
175.694.589-4”. Cabe à parte autora interpor o recurso
inominado adequado, nos próprios autos nº 0003553-
19.2008.4.03.6317, permitindo a subida deles e a devolução, a
esta Turma Recursal, da questão sobre a necessidade de
sobrestamento da execução, com possibilidade de antecipação
da tutela recursal.
- Nego seguimento ao mandado de segurança, extinguindo-o
sem resolução do mérito, por falta de interesse processual, em
razão da inadequação da via eleita, nos termos do artigo 485,
incisos I e VI, do Código de Processo Civil. Sem condenação em
custas e honorários, nos termos do artigo 25 da Lei 12.016/2009.
(MANDADO DE SEGURANÇA/SP nº 0001857-
65.2018.4.03.9301, 2ª Turma Recursal de São Paulo, Tel. Juiz
Federal Clécio Braschi, d.j. 19/02/2019).
56
4. Mandado de segurança na fase de conhecimento
57
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL
DA AMPLA DEFESA. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO. 1. Não cabe
mandado de segurança das decisões interlocutórias
exaradas em processos submetidos ao rito da Lei n.
9.099/95. 2. A Lei n. 9.099/95 está voltada à promoção de
celeridade no processamento e julgamento de causas cíveis
de complexidade menor. Daí ter consagrado a regra da
irrecorribilidade das decisões interlocutórias, inarredável. 3.
Não cabe, nos casos por ela abrangidos, aplicação subsidiária
do Código de Processo Civil, sob a forma do agravo de
instrumento, ou o uso do instituto do mandado de segurança. 4.
Não há afronta ao princípio constitucional da ampla defesa
(art. 5º, LV da CB), vez que decisões interlocutórias podem
ser impugnadas quando da interposição de recurso
inominado. Recurso extraordinário a que se nega
provimento. (RE 576847, Relator(a): Min. EROS GRAU,
Tribunal Pleno, julgado em 20/05/2009, REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe-148 DIVULG 06-08-2009 PUBLIC 07-08-
2009 RTJ VOL-00211-01 PP-00558 EMENT VOL-02368-10 PP-
02068 LEXSTF v. 31, n. 368, 2009, p. 310-314)
Não obstante, entendemos que essa linha argumentativa não esgota todos
os aspectos da questão, uma vez que há possibilidade de uma decisão ser
tão gravosa que não é possível esperar a prolação de sentença para atacá-
la, fazendo-se urgente a impugnação da mesma em instância superior.
58
Ora, o rito da Lei nº 9.099/95 é facultativo, cabendo à parte autora optar
pelos Juizados Especiais Cíveis Estaduais ou pelo procedimento ordinário
(Código de Processo Civil), nas causas de valor inferior a 40 (quarenta) salários
mínimos (art. 3º, I da Lei nº 9.099/95); por outro lado, o rito dos Juizados
Especiais Federais é obrigatório (art. 3º, §3º, da Lei nº 10.259/01 –
competência absoluta). Dessa forma, resta duvidosa tamanha restrição que
exclua qualquer possibilidade, parecendo possível a aceitação do mandado de
segurança, mesmo na fase de conhecimento, em situações excepcionalíssimas
nas quais a violação do direito não possa ser adequadamente sanada em
posterior impugnação em recurso inominado contra a sentença.
59
incidente. ( 5003581-33.2017.4.04.7100, TURMA REGIONAL
DE UNIFORMIZAÇÃO DA 4ª REGIÃO, Relator GERSON LUIZ
ROCHA, juntado aos autos em 28/08/2017). 2
2
Em sentido idêntico: nº 5018052-54.2017.4.04.7100, TRU- 4ª Região, Relator NICOLAU
KONKEL JÚNIOR, juntado aos autos em 23/10/2017; 5018101-95.2017.4.04.7100, TRU- 4ª
Região, Relator NICOLAU KONKEL JÚNIOR, juntado aos autos em 23/10/2017; 5022045-
08.2017.4.04.7100, TRU- 4ª Região, Relator NICOLAU KONKEL JÚNIOR, juntado aos autos em
23/10/2017; 5023934-94.2017.4.04.7100, TRU- 4ª Região, Relator para Acórdão NICOLAU
KONKEL JÚNIOR, juntado aos autos em 23/10/2017; 5082798-62.2016.4.04.7100, TRU- 4ª
Região, Relator ANDREI PITTEN VELLOSO, juntado aos autos em 23/10/2017; 5022000-
04.2017.4.04.7100, TRU- 4ª Região, Relator GERSON LUIZ ROCHA, juntado aos autos em
01/12/2017; 5005819-25.2017.4.04.7100, TRU- 4ª Região, Relator ANTONIO FERNANDO
SCHENKEL DO AMARAL E SILVA, juntado aos autos em 27/04/2018; 5022010-
48.2017.4.04.7100, TRU- 4ª Região, Relator GILSON JACOBSEN, juntado aos autos em
29/06/2018; 5022032-09.2017.4.04.7100, TRU- 4ª Região, Relator GILSON JACOBSEN, juntado
aos autos em 29/06/2018; 5029587-77.2017.4.04.7100, TRU- 4ª Região, Relator GILSON
JACOBSEN, juntado aos autos em 29/06/2018; 5032841-58.2017.4.04.7100, TRU- 4ª Região,
Relator GILSON JACOBSEN, juntado aos autos em 29/06/2018; 5032846-80.2017.4.04.7100,
TRU- 4ª Região, Relator GILSON JACOBSEN, juntado aos autos em 29/06/2018; 5032857-
12.2017.4.04.7100, TRU- 4ª Região, Relator GILSON JACOBSEN, juntado aos autos em
29/06/2018; 5049861-62.2017.4.04.7100, TRU- 4ª Região, Relator GILSON JACOBSEN, juntado
aos autos em 29/06/2018.
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CRÉDITOS DE IMAGENS:
- Popeye-comendo-espinafre, Jean Pierre Gallot,
https://www.flickr.com/photos/jean_pierre_gallot_69009/8138274071, não alterada.
- Eleições 2014 – Voto em trânsito no IESB, Asa Sul, Brasília, Marri Nogueira/Agência Senado,
https://www.flickr.com/photos/49143546@N06/15263106629, não alterada;
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