Relatorio de Psicologia Humanista

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BACHARELADO EM PSICOLOGIA

AILA SOUZA DA GAMA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

FEIRA DE SANTANA

2021
AILA SOUZA DA GAMA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

Relatório de aula prática apresentado à


disciplina de Psicanálise, do curso de
Psicologia, do Centro Universitário
UNIFTC, referente ao 6º semestre, sob a
orientação da Profa. Paula Rubia.

FEIRA DE SANTANA

2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 4

2. DESENVOLVIMENTO.............................................................................................. 5

3. CONCLUSÃO.............................................................................................................. 7

4. REFERÊNCIAS........................................................................................................... 8
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1. INTRODUÇÃO

Esse relatório é referente à parte prática da disciplina Psicanálise cujo principal


objetivo foi trabalhar o lado técnico desta abordagem em conjunto com os assuntos
discutidos nas aulas teóricas. Assim, em cada aula a professora trouxe discussões e
atividades para cumprir tais requisitos.

A Psicanálise é uma abordagem nascida através dos estudos de Freud voltados


inicialmente para as histéricas. A principal ênfase dela é nos conteúdos inconscientes, ou
seja, aqueles conteúdos que não são acessados de forma intencional pela consciência. Um
dos principais conceitos trabalhados na abordagem é a definição de que psique humana é
formada por três instâncias, são elas o id, o ego e o superego. O primeiro refere-se aos
conteúdos que já nascem com o indivíduo, seus desejos, vontades e pulsões mais
primitivas, o segundo, o ego, surge a partir da interação do indivíduo com a realidade, ele
tenta adequar os desejos do id com a vida real, e por fim, o superego, este consiste na
representação de valores morais e culturais do sujeito. Além disso, tem como um de seus
objetivos levar o indivíduo a tornar-se seu próprio analista, ou seja, estar consciente
daquilo que lhe afeta.

Desse modo, no decorrer deste relatório será abordado de forma mais detalhada os
assuntos, atividades e todo o conteúdo discutido durante as aulas práticas para que haja
uma maior clareza a respeito da abordagem e do que foi aprendido e que tornaram-se
conhecimentos indispensáveis na formação de psicólogo/a.
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2. DESENVOLVIMENTO

Na primeira aula a professora explicou como seriam os próximos encontros, discutiu com
a turma a respeito do início da Psicanálise, enfatizando que a mesma adveio dos estudos de
Freud sobre as histéricas e seus estudos com Charcot e que no início de sua prática ele
trabalhava com as pacientes a hipnose. Entretanto, posteriormente o mesmo abandonou essa
prática, pois, nem todas as pacientes eram suscetíveis à hipnose, substituindo-o pelo método
catártico, e por fim, seu principal e último método trabalhado foi a associação livre, que
consistia em deixar as pacientes livres para falarem o que viesse “à cabeça” naquele momento
sem censuras.

No encontro seguinte a mesma trabalhou inicialmente o conceito de inconsciente que foi


sugerido para que os alunos pesquisassem na última aula, além disso foram dados exemplos
de manifestações do inconsciente no dia-a-dia, como os lapsos de memória, trocas de nomes.
Na aula posterior a professora comentou sobre a obra das mulheres de Freud que trata sobre
pacientes dele que eram histéricas e que contribuíram para o desenvolvimento da psicanálise.

ASSISTI TODAS DA SEGUNDA PG

-- abordou o filme “O Contador de Histórias” de modo a fazer uma relação com o


conteúdo téorico da Gestalt Terapia, assim, foi discutido segundo a análise que o personagem
principal tinha mecanismos de autorregulação não saudáveis que o levaram a não confiar nas
pessoas, a se afastar do contato com a mãe e a pesquisadora Margherit a partir do momento
que ela o aceita incondicionalmente, tem uma confiança na sua capacidade e escuta Roberto,
ele começa a mudar. A aceitação incondicional caracteriza-se por ser uma prática do
psicólogo que trabalha com a Gestalt, aceitar tudo que o cliente expressa sem julgamentos,
críticas ou elogios, a confiança na capacidade do cliente caracteriza-se por ser também uma
prática do psicólogo que acredita que o cliente pode melhorar e que ele tem capacidade para
isso.

No encontro seguinte assunto discutido foi o estudo de caso de Vânia, paciente que
apresentava um histórico de abuso sexual por parte de seu pai e moral por parte de seu marido
e filho, durante as sessões ela relata nunca ter tido uma relação saudável com uma figura
masculina. Por conta da atitude do terapeuta de principalmente aceita-la de uma forma
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incondicional a cliente começa a desenvolver um sentimento por seu psicólogo e a imaginá-lo


como figura amorosa. Assim, com o passar do tempo a mesma chega à conclusão de que não
será mais possível continuar a terapia com ele, pois, esses sentimentos seriam inadequados. O
fato da paciente desenvolver esse sentimento é conhecido como transferência, a GT não tem
como foco este conceito mas entende-se que a transferência é um espelhamento de questões
do cliente no terapeuta.

Na aula seguinte a professora passou um estudo de caso para aprofundamento do


conhecimento e que fosse discutido o que poderia ser feito. A paciente referida no estudo é
Mia, atualmente mãe de duas filhas e que vivencia um processo de luto de perda de uma delas
para o suicídio. Sabe-se que a pósvenção, o cuidado para parentes e pessoas próximas que
perdem alguém para o suicídio, é essencial para o fechamento da Gestalt, além disso, Mia não
vivenciou plenamente o processo de luto, de modo a não aceitar que não iria mais ver sua
filha. Assim, levando esses fatos em consideração é utilizada uma das técnicas da GT cujo
nome é Cadeira Vazia e consiste em a cliente sentar-se em frente a uma cadeira vazia e falar
com ela como se fosse alguém real, muito utilizada em situações nas quais o indivíduo
precisar superar algum trauma, desse modo, apresenta-se como uma das técnicas mais
adequadas a ser utilizada com aquela paciente naquele contexto específico.

Por fim, o último Estudo de Caso a ser trabalhado em aula foi do caso de Tácita, no qual é
relatado a história da cliente onde a mesma apresenta um processo de sofrimento, isso se dá
também por conta de algo percebido durante os encontros terapêuticos. A cliente percebe-se
como uma pessoa que sempre coloca suas necessidades abaixo das dos outros, deixando de
lado o que quer fazer para fazer o que o outro quer. Outra coisa muito interessante durante o
relato de caso é como a terapia é guiada, o terapeuta em momento nenhum tenta fazer
interpretações ou determinar o que vai ser trabalhado durante a terapia, o mesmo deixa a
cliente livre para trazer à tona o que quiser, isso se dá pelo fato de que a GT é uma abordagem
não diretiva, de modo que a intenção é fazer com que o cliente torne-se mais ele mesmo. Em
um dos últimos encontros, Tácita dá-se conta de que pensa muito nos outros e se esquece de
si, na GT terapia essa tomada de consciência do aqui e agora e de tudo que está acontecendo
chama-se Awareness, após isso acontecer a mesma vem a se tornar a figura, sendo que essa é
tudo aquilo que é principal no campo de visão do indivíduo.
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3. CONCLUSÃO

Durante os encontros semanais foi possível aplicar todos os conhecimentos aprendidos na


parte teórica da disciplina Psicologia Humanista. Eles proporcionaram uma visão e
experiência que só as aulas teóricas não são capazes de abranger, de modo a enriquecer o
conhecimento acerca de como é de fato ser Psicólogo e trabalhar com a Gestalt Terapia.
Assim, ser Gestalt Terapeuta é acolher o cliente, aceita-lo de forma incondicional, acreditar
em sua capacidade de tornar-se melhor, trabalhar a congruência com o cliente para que ele
venha a se tornar mais autêntico no seu modo de ser e viver, as técnicas são importantes
também nesse processo, mas não são o todo.
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4. REFERÊNCIAS

FILHO, A. Q. O.; VASCONCELOS, B. N. Dialogicidade e processo psicoterapêutico em


Gestalt Terapia: Um relato de caso clínico. Revista IGT na Rede, Campinas, SP, jan/jun.
2014 v.11, nº 20, p. 40 – 47. Acesso em 12 dez. 2020. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-25262014000100003>.

PROJETO ESCOLA. O Contador de Histórias. Direção de Luiz Villaça. Acesso em:


12 dez. 2020. Disponível em
<http://wwws.br.warnerbros.com/ocontadordehistorias/projetoescola>.

SOUZA-FILHO, J. A.; PAIVA. V. M. B. Atitudes Transferenciais na Psicoterapia


Centrada na Pessoa: um estudo de caso. Brazilian Journal of Psychotherapy, Porto Alegre,
abril, 2019. 21(1):99-109. Acesso em: 12 dez. 2020. Disponível em:
<http://rbp.celg.org.br/detalhe_artigo.asp?id=300>.

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