Curso de Análise de Falhas - Aula 3

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MECÂNICA DA FRATURA E ANÁLISE DE FALHAS – CÓD.

08046

Curso de Análise de Falhas


(UNIDADE III – FALHAS POR DISTORÇÃO E SOBRECARGA)

Maj Lucio Fabio Cassiano Nascimento


MECÂNICA DA FRATURA E ANÁLISE DE FALHAS – CÓD. 08046

PRINCIPAIS LITERATURAS
MECÂNICA DA FRATURA E ANÁLISE DE FALHAS – CÓD. 08046

UNIDADES DIDÁTICAS
UNIDADE I - CONCEITOS GERAIS: TÉCNICAS DE ANÁLISE DE FALHAS
UNIDADE II – ANÁLISE FRACTOGRÁFICA: TIPOS DE FRATURA
UNIDADE III – FALHAS POR DISTORÇÃO E SOBRECARGA
UNIDADE IV – FALHAS POR TENSÕES RESIDUAIS
UNIDADE V – FALHAS POR FRAGILIZAÇÃO
UNIDADE VI – FALHAS POR FADIGA
UNIDADE VII – FALHAS POR DESGASTE
UNIDADE VIII – FALHAS POR CORROSÃO
UNIDADE IX – FALHAS EM TEMPERATURAS ELEVADAS
UNIDADE X – MECÂNICA DA FRATURA LINEAR ELÁSTICA: AVALIAÇÃO DA VIDA
DOS COMPONENTES MECÂNICOS

Bibliografia:
WULPI, D. J. - Understanding How Components Fail 2ª edição. ASM International,
1999. ISBN 0871706318.
Metals Handbook Volume 11: Failure Analysis and Prevention. Editor: W.T. Becker and
R.J. Shipley
Apostila ABM – Análise de Falhas.
Notas de aula.
MECÂNICA DA FRATURA E ANÁLISE DE FALHAS – CÓD. 08046

INTRODUÇÃO
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CONCEITO DE FALHA
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CONCEITO DE FALHA
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FALHAS POR DISTORÇÃO


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FALHAS POR DISTORÇÃO


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FALHAS POR DISTORÇÃO


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FALHAS POR DISTORÇÃO


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FALHAS POR DISTORÇÃO


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FALHAS POR DISTORÇÃO


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FALHAS POR DISTORÇÃO (outros exemplos)


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CASO PRÁTICO
 Falha de Distorção de uma Mola de Válvula Automotiva.

O motor de um automóvel perdeu potência e compressão e


emitiu um som de escape irregular após alguns milhares de
quilômetros de operação. Quando o motor foi desmontado, descobriu-
se que a mola externa de uma das válvulas de escape era curta
demais para funcionar adequadamente. A mola curta de aço e uma
mola externa tirada de outro cilindro no mesmo motor foram
examinadas no laboratório para determinar por que uma delas tinha
sido distorcida e a outra não.
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CASO PRÁTICO

 Molas de válvulas feitas de arame de aço de alto carbono patenteado e


desenhado. Distorção de cerca de 25% na mola externa (esquerda) devido a ferrita
proeutetóide na microestrutura e alta temperatura de operação. A mola externa
(direita) é satisfatória.
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CASO PRÁTICO
1) Investigação (características)

 A mola externa defeituosa (à esquerda) diminuiu em comprimento para


aproximadamente o mesmo comprimento livre que o da sua mola interna
companheira. A maior parte da distorção ocorreu na primeira bobina ativa (na
parte superior), e um resíduo de superfície de óleo de forno presente nesta
extremidade da mola indicou que uma temperatura de 175 a 205°C foi atingida.
Temperaturas inferiores a 120°C geralmente não causam relaxamento (ou ajuste)
em molas de aço de alto carbono.
 A carga necessária para comprimir cada mola externa até um comprimento de
2,5 cm (1 pol.) foi medida. A mola distorcida precisava apenas de 30 kg,
enquanto a mola mais longa precisava de 41 kg. A mola distorcida sofreu uma
redução de 25%, que foi a causa imediata do mau funcionamento do motor.
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CASO PRÁTICO
1) Investigação (características)

 A microestrutura de ambas as molas foi principalmente perlita fina fortemente


trefilada a frio, mas a microestrutura da mola distorcida continha pequenas
quantidades de ferrita proeutetóide.

 Embora a composição da liga de mola fosse desconhecida, a microestrutura


indicava que o material era um fio de aço de alto teor de carbono patenteado
e estirado a frio. A mola distorcida tinha uma dureza de 43 HRC, e a mola mais
longa tinha uma dureza de 46 HRC. Tanto a dureza quanto a microestrutura
indicaram que o material na mola deformada tinha uma tensão de escoamento
10% menor do que o material na mola não deformada.
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CASO PRÁTICO
2) Conclusões

 O motor falhou porque uma das molas da válvula de


escape deformou cerca de 25%. O relaxamento no material
da mola ocorreu devido ao efeito combinado da
microestrutura inadequada (ferrita proeutetóide), e uma
temperatura operacional relativamente alta. A mola
indeformada exibiu pouca ou nenhuma deformação,
porque a resistência à tração e a resistência ao
escoamento correspondente do material (estimada a partir
de medições de dureza) foram cerca de 10% mais altas que
as do material na mola deformada.
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CASO PRÁTICO
3) Recomendações

 Uma tensão de escoamento mais alta e uma razão maior


entre tensão de escoamento e resistência à tração podem
ser alcançadas nas molas usando aço temperado e
revenido em vez de aço patenteado e estirado a frio. Uma
alternativa seria usar um aço de liga de cromo-vanádio
mais caro em vez de aço carbono simples; o aço cromo-
vanádio deve ser temperado e revenido.
 Independentemente do material ou das especificações de
processamento, se as molas forem forçadas perto do ponto
de escoamento do material, o controle rigoroso do material
e do processamento, além da inspeção rigorosa, são
necessários para garantir um desempenho satisfatório.
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CASO PRÁTICO
Observações gerais:

 Às vezes, as condições de serviço são alteradas, invalidando


certas suposições feitas quando a peça foi originalmente
projetada.
 Essas mudanças incluem um aumento na temperatura de
operação para uma na qual o material não tem mais a
resistência necessária, um aumento na taxa de carregamento
de um componente associado, que o usuário pode interpretar
como um aumento na carga permitida na estrutura como um
todo; e
 um aumento arbitrário na carga aplicada pelo usuário,
partindo do pressuposto de que o componente possui um fator
de segurança suficientemente alto para acomodar a carga
adicionada.
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CASO PRÁTICO (Para pensar???)

 Alguns conectores flexíveis de aparelhos a gás fabricados e


vendidos durante os anos 60 e 70 são conhecidos por serem
suscetíveis à separação do encaixe final por meio de
deterioração progressiva e a longo prazo. Infelizmente, um
pequeno número desses conectores ainda permanece em
serviço. Uma casa foi destruída por uma explosão de gás e
fogo que ocorreram em circunstâncias suspeitas.
 Os investigadores encontraram um dos conectores suspeitos e
questionaram se ele separou e vazou gás natural antes da
explosão ou se ele se separou como resultado das forças da
explosão. A inspeção cuidadosa da aparência pós-explosão
do conector pode fornecer informações para responder a essa
pergunta.
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CASO PRÁTICO (Para pensar???)

Parte do conector encontrada após a explosão de gás.


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ANALISANDO FALHAS POR DISTORÇÃO

 Falhas de distorção são frequentemente consideradas


exemplos de fenômenos relativamente simples que são
fáceis de analisar, porque a deformação pode ocorrer
somente quando a tensão aplicada excede a força do
fluxo do material.
 No entanto, a distorção nem sempre é o resultado da
simples sobrecarga ou uso de uma peça processada
incorretamente.
 A análise de uma falha de distorção geralmente deve
ser completa e rigorosa para determinar a causa raiz da
falha e, mais importante, para especificar uma ação
corretiva adequada.
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ANALISANDO FALHAS POR DISTORÇÃO

 O analista deve considerar fatores que podem não ter


sido previstos no projeto da peça, como substituições
de materiais ou mudanças de processo durante a
fabricação. O uso incorreto e fora do especificado
pode ocasionar campos de tensão extremamente
complexos em serviço.
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FALHAS POR SOBRECARGA


 FALHAS DE SOBRECARGA, do ponto de vista dos analistas de falhas de
materiais, referem-se à fratura dúctil ou frágil de um material quando as
tensões excedem a capacidade de carga do material ou a degradação
da capacidade, acúmulo de danos, fragilização ou outros fatores.

 No entanto, a definição de falha de sobrecarga não é uniformemente


acordada. Muitos engenheiros limitam a definição de falhas de sobrecarga
àquelas em que as tensões aplicadas foram maiores do que o previsto no
projeto. Este equívoco supõe incorretamente o subprojeto como a causa
da falha de sobrecarga, porque não incluem falhas onde a fragilização ou
outras causas resultam em fratura sob carga normal.

 O objetivo da análise de falhas de engenharia é identificar a causa raiz do


componente ou falha do sistema e evitar ocorrências semelhantes. O
subprojeto é apenas uma das possíveis causas de uma falha de
sobrecarga, e o processo de ajuste de projeto potencialmente caro e
demorado pode, de fato, ser necessário para a prevenção de mais falhas
em alguns casos.
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FALHAS POR SOBRECARGA


 No entanto, do ponto de vista da análise prática de falhas, uma ampla
variedade de características de fabricação e de material podem agir
isoladamente ou combinar sinergicamente para reduzir a resistência,
ductilidade e tenacidade dos materiais metálicos. Esses fatores também
devem ser considerados na avaliação e prevenção de falhas de
sobrecarga.

 Para fins de discussão os tipos de falhas de sobrecarga são categorizadas


da seguinte maneira:

a) Falha de sobrecarga devido a resistência insuficiente do material e


subprojeto;
b) Falha de sobrecarga devido a concentração de tensão e defeitos do
material;
c) Falha de sobrecarga devido a alteração material.
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FALHAS POR SOBRECARGA


 Essas categorias não são mutuamente exclusivas nem coletivamente
exaustivas, mas são um meio útil para identificar as áreas de projeto e a
seleção de materiais que podem exigir um exame corretivo.

 Em particular, a falha de sobrecarga devido à alteração do material é


muito complexa. Nenhum componente de engenharia está imune a
alterações nas propriedades do material, devido a esforços mecânicos,
danos brutos e alterações na microestrutura ou fragilização do material.
Falhas complexas de engenharia também podem resultar de múltiplas
alterações simultâneas.

 Ou seja, em muitos casos, não há como o analista de falhas separar a


fratura por sobrecarga de outras falhas como por exemplo fadiga, fluência,
dentre outras.
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CASO PRÁTICO

 Fratura de parafusos de alta resistência durante a instalação.

Um lote de tamanho M5 × 0,8 mm, parafusos métricos de


classe 8,8 com cabeça específica falhavam durante a
aplicação. Os parafusos estavam supostamente
rompendo com o torque normal de instalação.
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CASO PRÁTICO

 Fig 2. Fratura de parafusos de alta resistência. (a) Dois fixadores de aço


de alta resistência de grau 8 que falharam na instalação. (b)
Verificação e alongamento entre cristas de linhas adjacentes são
evidentes em uma seção transversal.
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CASO PRÁTICO
1) Investigação (características)

 Os fixadores com falha típicos são mostrados na Fig. 2(a). Estricção


substancial ocorreu em todas as fraturas. As características fractográficas
foram consistentes com a ruptura por “dimples”, e o empescoçamento
macroscópico é mostrado metalograficamente na Fig. 2(b).
 A composição química dos fixadores não foi verificada, mas a carga de
prova e o teste de tensão dos parafusos padrões do mesmo lote revelaram
resultados satisfatórios. O nível de estricção nos parafusos testados foi
análogo aos que falharam durante a instalação.
 O estudo metalográfico revelou uma microestrutura martensítica
relativamente uniforme. Pequenas voltas eram visíveis nas cristas, mas eram
aceitáveis de acordo com as especificações aplicáveis. Nenhum defeito
grosseiro ou evidência de comportamento frágil foram identificados.
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CASO PRÁTICO
2) Conclusões

 Os resultados analíticos indicaram que os fixadores falharam por


sobrecarga dúctil na ausência de defeitos grosseiros ou fragilização.
Posteriormente, foi determinado que um lubrificante não aprovado foi
adicionado ao lote de prendedores durante a instalação.
 No projeto do fixador, onde a pré-carga da tensão é controlada pela
medição de torque, a relação geral T = KDP é frequentemente usada, onde
T é torque, K é um coeficiente de torque incluindo um fator de atrito, D é o
diâmetro do fixador e P é a carga.
 Assumindo um torque pré-determinado para parafusos de aço não
revestido, a pré-carga da tensão pode ser duas vezes maior para os
fixadores lubrificados. Neste caso, o nível de atrito reduzido resultou em
uma pré-carga de tensão suficiente para fraturar os parafusos.
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CASO PRÁTICO (Nº 2)


 Falha de um cilindro revestido.

Um cilindro revestido rompe-se durante o teste de serviço


simulado (Fig. 24a). A pressurização de teste interna
pretendida foi supostamente análoga ao serviço típico. As
propriedades mecânicas do tubo do cilindro eram
desconhecidas.
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CASO PRÁTICO (Nº 2)


Fig. 24 Falha de um cilindro
revestido. (a) Cilindro que se dividiu
durante o teste. Abaulamento
substancial é aparente no local da
falha. (b) Superfícies de trincas
abertas do cilindro em (a). Ambas as
superfícies interna e externa do
diâmetro exibiram linhas de
cisalhamento. (c) Seção transversal
metalográfica perto da superfície
do diâmetro interno mostrando a
descarburização e um linha de
cisalhamento. Ataque de 2% Nital
119x.
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CASO PRÁTICO (Nº 2)


1) Investigação (características)

 A única trinca foi longitudinal e inchada visivelmente em seu centro. O centro


da trinca foi identificado como provável origem da fissura, o qual é mostrado
após a excisão (corte) na Fig. 24 (b).
 As superfícies são relativamente planas, mas exibem lábios de cisalhamento
angulares nas superfícies interna e externa do diâmetro. Marcações visíveis de
"chevron" apontavam para a origem no centro do abaulamento do cilindro. O
exame fractográfico revelou características de quase-clivagem e ruptura por
“dimples” em toda a região de fratura plana, além de região com linhas de
cisalhamento, respectivamente.
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CASO PRÁTICO (Nº 2)


1) Investigação (características)

 A análise química indicou que o tubo satisfez os requisitos para um aço de


carbono simples de grau médio de 1045. O teste de tensão de uma amostra
removida da seção de tubo oposta à trinca revelou resistência à tração de 779
MPa, tensão de escoamento de 634 MPa e 12% de alongamento. O exame
microestrutural confirmou o perfil da superfície da trinca com fratura um tanto
plana no núcleo com os lábios de cisalhamento.
 Os grãos próximos da superfície foram severamente distorcidos. As linhas de
cisalhamento do diâmetro interno são mostradas na Fig. 24 (c).
 A microestrutura afastada da fissura consiste em ferrita trabalhada a frio e
perlita, sugestiva da condição normalizada. A descarburização de superfície e
a formação de óxidos foram evidentes nas superfícies dos tubos.
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CASO PRÁTICO (Nº 2)


2) Conclusões

 O tubo do cilindro estourou de uma maneira mista,


quebradiça e dúctil, devido à sobrepressurização. A
resistência do tubo provavelmente seria levemente
comprometida por uma camada descarbonetada de
baixa resistência. O tubo era de aço carbono
moderadamente trabalhado a frio.
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CASO PRÁTICO (Nº 2)


3) Recomendações

 Os resultados da análise indicaram que o procedimento de


teste deve ser avaliado quanto à possibilidade de
superpressurização inadvertida. Se não houver explosão
acidental com a configuração do teste, pode ser
necessário analisar os cilindros testados com êxito para
identificar alterações no material e talvez no tratamento
térmico, que podem ter contribuído para essa falha.
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CASO PRÁTICO (Nº 2)


3) Recomendações

 Tensões Residuais. Tensões residuais de tração podem estar


presentes em componentes, resultantes de soldagem,
fundição, tratamento térmico e retificação, bem como
outros processos de fabricação e montagem. Em muitos
casos, as tensões residuais podem ser aditivas às tensões
aplicadas e, assim, contribuir para a falha de sobrecarga.
O trabalho a quente permite o relaxamento imediato da
tensão, mas o trabalho a frio não. O trabalho a frio é um
mecanismo de fortalecimento para muitos materiais,
incluindo aqueles que poderiam ter sido tratados
termicamente para atingir o nível de resistência necessário.
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CASO PRÁTICO (Nº 2)


3) Recomendações

 Tensões compressivas residuais na superfície. Induzidos por processos


como o “shot peening” e alguns tratamentos de endurecimento
superficial, como cementação em aços, são geralmente considerados
benéficos, tanto em sobrecarga quanto em resistência à fadiga.
 No entanto, os efeitos do tratamento de superfície podem ser ineficazes
se os concentradores de tensão, a corrosão e os efeitos similares
penetrarem na camada de tensão de compressão. Mesmo após os
tratamentos de superfície, ainda há uma tensão de tração sob a
camada de tensão de compressão.
 Assim, a tensão superficial de compressão residual é especialmente
benéfica em retardar o início da trinca por fadiga na superfície, mas
tem pouca ou nenhuma influência durante o estágio de propagação
crítica (instável) de trinca.
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CASO PRÁTICO (Nº 2)


3) Recomendações

 Concentradores de tensão e defeitos. Os bons projetos de engenharia,


mesmo quando estão de acordo com os padrões de qualidade, não
podem impedir totalmente a presença de descontinuidades
inadvertidas. Essas descontinuidades deletérias podem estar presentes
como imperfeições de fundição e forjamento, trincas de
processamento termomecânico, anomalias de soldagem, dentre
outras.
 Essas falhas podem atuar como ampliadores da tensão e gerar fraturas
súbitas, de caráter frágil. Mesmo em um projeto de engenharia bem
elaborado, onde uma abordagem adequada de mecânica de fratura
considera as imperfeições que estão mais seguramente presentes, os
concentradores de tensão inesperados podem causar falhas.
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CASO PRÁTICO (Nº 2)


3) Recomendações

 Nem sempre é possível criar componentes sem a possibilidade de


arranhões, cortes e entalhes inadvertidos. Todos os processos de
fabricação contêm variabilidade que deve ser entendida e
monitorada, se não for controlada.
 Por essas razões, o nível de inspeção e o exame não destrutivo
aplicado a um componente são geralmente medidas para avaliar a
criticidade de uma possível falha. No entanto, o projetista deve
antecipar os tipos de imperfeições que provavelmente estarão
presentes, e o processo de manufatura deve incluir controles e
inspeções para garantir que os limites previstos no projeto não sejam
excedidos.
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FIM

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