Matheus Estudo Dirigido 04 Resolução

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Universidade Federal da Bahia

Instituto de Ciências da Saúde


Departamento de Bioquímica e Biofísica

Estudante: Matheus Sales Barbosa


Componente Curricular: ICS071 –
Professor(a): Luzimar Gonzaga
Bioquímica Metabólica para Farmácia
Fernandez

ESTUDO DIRIGIDO IV – Ciclo de Krebs


1. Como o piruvato é utilizado pela célula em aerobiose?
Em aerobiose, o piruvato formado na via glicolítica não é mais reduzido a lactato, a
etanol, ou qualquer outro produto da fermentação. Em vez disso é oxidado a CO 2 e H2O
no processo denominado respiração.
2. Onde na célula ocorre o ciclo de Krebs. Identificar as etapas responsáveis
pela irreversibilidade do ciclo de Krebs.
As reações do ciclo do ácido cítrico ocorrem, em sua maioria, na matrix mitocondrial
com exceção da reação a qual possui o FAD como aceptor intermediário de elétrons. A
enzima que cataliza as reações FAD-ligadas ocorrem intregralmente na membrana
interna da mitocôndria e estão diretamente relacionadas à cadeia de transporte de
elétrons. O ciclo é composto por 8 etapas, das quais três são reações irreversíveis: 1 –
formaçao do citrato, 3 – oxidação do citrato a α-cetoglutarato + CO2 e 4 – oxidaçao do
α-cetoglutarato a succinil-CoA + CO2.
3. Indique os diversos intermediários, as enzimas e cofatores do ciclo de Krebs,
como também as principais características deste ciclo.
Etapa Enzimas Descrição (substrato, produto e reação) e cofatores
Transfere um grupo acetil do acetil CoA para o
I Citrato sintase
oxaloacetato e forma o citrato.
Converte citrato em cis-aconitato em seguida em iso-
II Aconitase
citrato (quiral 2R,3S).
Oxida o grupo HO- do iso-citrato em um grupo ‘oxo’
Iso-citrato
III ao mesmo tempo que libera um grupo carboxil
desidrogenase
formando α-cetoglutarato + NADH+H+
Complexo α- Oxida o α-cetoglutarato em succinil-CoA + CO2 +
IV cetoglutarato NADH+H+. O NAD+ serve como receptor de elétrons
desidrogenase e o CoA como carreador do grupo succinil
Converte através de clivagem succinil-CoA em
Succinil-CoA succinato + CoA. Existe a formação de um grupo
V
sintetase GTP no processo pois o substrato é fosforilado e
desfosforilado pela succinil-CoA sintetase.
Oxida succinato a furamato. Os e- retirados do
Succinato
VI succinil passam pelo resíduo FAD da enzima e com
desidrogenase
aceptor final a ubiquinona.
Hidratação do furamato (ocorre o rompimento da sua
VII Furamato hidratase
ligação dupla) formando (2S)-malato.
Malato Oxida malato a oxaloacetato com formação de
VIII
desidrogenase NADH+H+.

4. Descreva como diferentes precursores (carboidratos, lipídeos e aminoácidos)


podem gerar metabólitos intermediários do ciclo de Krebs.
A medida que os intermediários do ciclo do ácido cítrico são removidos para servirem
de precursores biossinteticos, eles são repostos por reações anapleróticas, que convertem
piruvato ou fosfenolpiruvato em oxalacetato e malato. A reaçao anaplerótica mais
importante nos tecidos hepático e renal è a carboxilação reversível do piruvato por CO2,
para formar oxalacetato através de catálise pela piruvato carboxilase. Os substratos
citados podem ser precursores desde que possam ser convertidos em piruvato, malato ou
oxalacetato ou até mesmo, no caso dos acidos graxos, conversão a acetil-CoA.
5. Porque o ciclo de Krebs corresponde a uma via anfibólica do metabolismo?
Indique os metabólitos responsáveis por esta característica da via.
O ciclo do ácido cítrico é uma via anfibólica, o que significa que desempenha papeis
importantes no anabolismo e catabolismo. Dois dos principais intermediários
responsáveis por essa característica são o α-cetoglutarato e oxaloacetato que participam
de uma grande variedade de vias metabólicas.
6. Explique como o complexo piruvato desidrogenase atua para formação de
acetil-CoA.
Esse complexo é formado por cinco enzimas: (E1) piruvato desidrogenase – PDH, (E2)
diidrolipoil transacetilase, (E3) diidrolipoil desidrogenase, (4) piruvato desidrogenase
cinase e (5) piruvato desidrogenase fosfatase. As tres primeiras são responsáveis pela
conversão de piruvato em acetil-CoA. A cinase e a fosfatase são enzimas reguladoras do
controle da PDH. De modo consiso a reação se procede da seguinte maneira: a E1
cataliza a descarboxilaçao do piruvato e a transferência do hidroxietil resultante do
resíduo fosfato de tiamina (TTP). A mesma enzima , então, catalisa a oxidaçao do grupo
hidroxietil ligado ao TTP para produzir o resíduo acetila. Esse resíduo e o redutor
equivalentes obtidos são transferidos para a lipoamida. A segunda enzima, E2, troca o
resíduo acetil de ‘lipoamida’ para coenzima-A com sobra de diidrolipoamida. E3
reoxida a diidrolipoamida com formação de NADH+H+. Os elétrons são primeoramente
abstraídos pela ligação enzimática FAD e então transferidos via uma ligação disulfídica
cataliticamente ativa na subunidade E3 para NAD+ solúvel.
7. Esquematize o funcionamento das lançadeiras mitocondriais do malato-
aspartato e do glicerol fosfato, assim como a funcionalidade para o
transporte de equivalente de redução. Relacione com a produção de ATP.

8. Sabe-se que nos organismos aeróbicos, o ciclo do ácido cítrico é uma via
anfibólica, isto é, os metabólitos intermediários desta via servem tanto a
processos catabólicos quanto anabólicos. Funcionando não apenas no
catabolismo oxidativo de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos, mas,
como progenitores aeróbicos, fornecendo precursores para muitas vias
biossintéticas. Discuta esta afirmação, exemplificando.
O ciclo do ácido cítrico é uma via anfibólica pois, além de participar do metabolismo de
carboidratos, fornece precursores para diversas vias biossintéticas. O α-cetoglutarato e
o oxalacetato podem servir como precursores dos aminoácidos glutamato e aspartato por
simples transaminação. Atraves do aspartato e glutamato, os carbonos do oxaloacetato e
do α-cetoglutarato podem ser empregados na síntese de outros aminoácidos e
nucleotídeos. O oxaloacetato pode ser convertido em glicose através da gliconeogênese.
O succinil-CoA é o componente central na biossíntese do anel porfirina do grupo heme.
9. Como é feita a regulação do fluxo de metabólitos através do ciclo de Krebs?
Quais os fatores que regulam a velocidade do fluxo destes metabólitos?
A velocidade global do ciclo do ácido cítrico é controlada pela velocidade de conversão
do piruvato em acetil-CoAe pelo fluxo através das reações da citrato sintase, da iso-
citrato desidrogenase. Esses fluxos são largamente determinados pelas concentrações de
substratos e produtos: os produtos finais ATP e NADH são inibidores, e os substratos
NAD+ e ADP são estimulados. A produção de acetil-CoA para ciclo do ácido cítrico pelo
complexo da piruvato desidrogenase é inibida de forma alostérica pelos metabólitos que
sinalizam uma produção suficiente de energia metabólica (ATP, acetil-CoA, NADH e
ácidos graxos) e estimulada por metabólitos que indicam um suprimento reduzido de
energia (AMP, NAD+, CoA).
10. A respiração celular compreende três estágios principais. Explique
resumidamente cada um deles.
Os tres estágios da respiração celular são: (1) produção de acetil-CoA – as moléculas dos
combustíveis orgânicos (glicose, ácidos graxos e alguns aminoácidos) são oxidados para
liberar fragmentos de dois átomos de carbono na forma do grupo acetil do acetil-CoA. (2)
Oxidação do acetil-CoA – esses grupos acetil são introduzidos no ciclo do ácido cítrico, o
qual os oxida enzimaticamente até CO2; a energia liberada pela oxidação é conservada nos
transportadores de elétrons reduzidos, NADH e FADH2. (3) Transporte de elétrons e
fosforilação oxidativa – no terceiro estágio esses cofatores reduzidos são oxidados
desfaendo-se de H+ e e-. Esses elétrons são conduzidos através de uma cadeia de moléculas
transportadora de elétrons (cadeia respiratória), até O2. Durante esse processo de
transferência, uma grande quantidade de energia é liberada e conservada na forma de ATP,
por meio de um processo denominado fosforilação oxidativa.
11. Faça o balanço energético quanto a produção de ATP, a partir de uma
molécula de glicose, considerando a relação entre o ciclo de Krebs e a cadeia
de transporte de elétrons e a fosforilação oxidativa.
Reação Nº ATP ou Coenzimas Nº ATP final do processo

Glicose → glicose-6-fosfato -1ATP -1

Frutose-6-fosfato → frutose-1,6-bifosfato -1ATP -1

2 Gliceraldeído-3-fosfato → 2 1,3-bifosfoglicerato 2NADH 3 ou 5


2 1,3-Bifosfoglicerato → 2 3-fosfoglicerato 2ATP 2

2 Fosfoenolpiruvato → 2 piruvato 2ATP 2

2 Piruvato → 2 acetil-CoA 2NADH 5

2 Isocitrato → 2 a-cetoglutarato 2NADH 5

2 a-Cetoglutarato → 2 succinil-CoA 2NADH 5

2 Succinil-CoA → 2 succinato 2 ATP (2 GTP) 2

2 Succinato → 2 fumarato 2FADH2 3

2 Malato → 2 oxaloacetato 2NADH 5

Total 30-32

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