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Prova 1 macroIII

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GUSTAVO ALVES MAGALHÃES - 2015695141

QUESTÃO 1

Considere a Teoria da Renda Permanente de Milton Friedman.

a) Explique como se dão as decisões de consumo das famílias nesta teoria.

Na teoria da renda permanente de Friedman o consumo familiar não depende somente da


renda atual, ela depende também da renda esperada no futuro. Ou seja, uma renda média
esperada pela família em um longo prazo, definida por Friedman como renda permanente (
Yp). É a renda permanente que vai determinar o consumo das famílias.

Friedman diz que ao decorrer do tempo, as famílias tentam nivelar seu consumo, ou seja, elas
preferem ter um padrão de consumo estável.

b) Compare com a Teoria Keynesiana de consumo destacando o papel da Renda Corrente e a


magnitude da Propensão Marginal a Consumir da renda Corrente. Explique como importância
da a taxa de juros para o consumo se distingue nessas teorias.

Em Keynes, a decisão de consumo não é uma alternativa ao investimento. As decisões de


investimento das firmas determinam o nível de emprego e da renda, ou seja, determina o
nível de consumo e poupança. De acordo com o modelo de renda permanente, a PMgC da
renda atual é menor do que a PMgC da renda permanente.

A taxa de juros em Keynes causa um efeito em que uma maior taxa de juros aumenta o preço
atual do consumo e assim incentiva um aumento da poupança. Já na teoria da renda
permanente , uma maior taxa de juros aumenta a renda permanente, aumentando o consumo
e reduzindo a poupança.

QUESTÃO 2

Considere a Teoria do Ciclo de Vida de Modigliani.

Suponha que ocorra um aumento de expectativa de vida dos indivíduos de uma população.
Como isto afetaria as decisões de poupança de um indivíduo ao longo de sua vida?

Como essa teoria diz que o consumo de um determinado período depende da expectativa de
renda da vida toda e não da renda atual, um aumento de expectativa de vida implicaria uma
maior poupança no período produtivo.

Isso se dá porque nesse modelo há dois períodos de despoupança, um quando as pessoas são
jovens e sua renda é baixa, fazendo assim dívidas que serão pagas durante a fase adulta ou
meia-idade e há despoupança na aposentadoria, que é o período em que vão consumir aquilo
que pouparam, pois sua renda é zero.

Com isso, uma maior expectativa de vida vai gerar um processo de poupança maior no período
da meia-idade, em que estão sendo produtivos e onde a renda é maior, para que eles possam
garantir seu consumo no período de aposentadoria.

QUESTÃO 3

Considere o modelo Consumo Intertemporal em dois períodos com a hipótese de que o


estoque de títulos inicial e final é zero (𝐵0 = 𝐵2 = 0), isto é que a família não herda títulos nem
deixa herança. Considere 𝑄1 e 𝑄2 as produções nos períodos 1 e 2; 𝐶1 e 𝐶2 o consumo nos
períodos 1 e 2 e 𝑟 a taxa de juros.
a) Escreva a equação da Restrição Orçamentária Intertemporal e explique o seu significado.
𝐶2 𝑄2
𝐶1 + = 𝑄1 +
(1 + 𝑟) (1 + 𝑟)
A ROI diz que o valor atual do consumo deve ser igual ao valor presente da produção, ou seja a
riqueza ( W ). A família pode escolher qualquer combinação de consumo ao longo do tempo
que esteja dentro da restrição orçamentária e com isso pode escolher em que período quer
consumir.

b) Considere os gráficos abaixo que mostram o problema de maximização de utilidade em


consumo intertemporal de duas famílias (a) e (b) diferentes. Explique se essas famílias (a) e (b)
serão tomadoras ou emprestadoras de crédito.

O gráfico (a) mostra uma família tomadora de empréstimos. Isso se dá porque sua produção
está concentrada no segundo período, ou seja, o consumo em A ultrapassa a produção,
fazendo com que no segundo período consuma menos para poder pagar a dívida do primeiro
período.

Já o gráfico (b) mostra uma família emprestadora de crédito. Isso se dá porque a produção
está concentrada no primeiro período, ou seja, eles produzem mais do que consomem,
podendo assim consumir mais no período seguinte.

c) Qual o efeito de uma elevação da taxa de juros sobre a poupança das famílias (a) e (b)?
Descreva os efeitos gerados por essa elevação.

Para a família (a), a elevação da taxa de juros sobre a poupança deixa a família mais pobre, ou
seja, causa o EFEITO-RENDA, que reduz a sua riqueza e também reduz tanto C1 quanto C2.

Para a família (b), a elevação da taxa de juros sobre a poupança deixa a família mais rica, ou
seja, aumenta sua riqueza e também aumenta tanto C1 quanto C2, causando o EFEITO-RENDA.

Um aumento na taxa de juros também causa o EFEITO-SUBSTITUIÇÃO em ambas as famílias,


isso se dá porque o consumo futuro se torna mais barato em relação ao presente pois quando
r aumenta, o C1 diminui e o C2 aumenta.
QUESTÃO 4

Considere a Teoria Básica do Investimento com decisão intertemporal e as hipóteses:

o As famílias tomam as decisões de investimento

o Dada uma função de produção 𝑄 = 𝑄(𝐾, 𝐿) as produtividades marginais dos fatores de


produção são conhecidas, positivas e decrescentes.

o A economia está no pleno emprego dos fatores produtivos

a) Explique a importância da taxa de juros na decisão de investimento.

As famílias maximizam a riqueza quando PmgK é igual a taxa de juros, podendo determinar o
nível ótimo de investimento. Com isso, a demanda de investimento é inversamente
proporcional à taxa de juros. Ou seja, quando a taxa de juros é alta, o investimento é baixo e
quando a taxa de juros é baixa, o investimento é alto.

b) Explique por que pode-se dizer que nesse modelo há uma separação das decisões ótimas de
Investimento e Consumo.

Pode se dizer que há uma separação das decisões ótimas de Investimento e Consumo devido o
fato de que maximizar a riqueza não depende das preferências pessoais e a decisão de investir
é independente da decisão de consumo intertemporal, ou seja, as famílias podem tomar
decisões de investimentos separadamente das decisões de consumo, e levam em conta a
produtividade marginal do capital na decisão de investimento, enquanto o consumo leva em
conta a preferência das famílias.

QUESTÃO 5

a) Explique por que de acordo com a Teoria Neoclássica, sendo válidas as hipóteses da
Equivalência Ricardiana, uma política fiscal expansionista baseada na geração de dívida pública
é ineficaz.

De acordo com as hipóteses da Equivalência Ricardiana, uma politica fiscal expansionista


baseada em uma divida publica é ineficaz porque ela tem a capacidade de reduzir o
crescimento da economia, pois a dívida publica é equivalente a impostos futuros, ou seja,
financiar o governo através de dividas publicas equivale a financiar através de impostos, e com
isso deixa o consumo inalterado.

Isso se dá pois com o aumento da dívida pública, agentes racionais antecipariam a necessidade
de aumento futuro nos impostos, de modo a capacitar o governo a cumprir os encargos
financeiros da dívida.

Com isso, nas decisões econômicas, os contribuintes levam em conta os efeitos sobre a renda
disponível, esperando assim, que um aumento da renda disponível e da capacidade de
consumo presente seja compensado por uma redução futura. Assim, os agentes racionais
reteriam o aumento atual da renda sob forma de poupança, que vai financiar o aumento
futuro das despesas com impostos.

Portanto, um déficit publico traria um impacto negativo sobre o crescimento econômico .

b) Explique por que a Equivalência Ricardiana não se aplica se houver restrições ao crédito
para as famílias.

Quando o governo reduz os impostos no presente e aumenta os impostos no futuro, ele está
concedendo um empréstimo para os contribuintes. Com isso, uma família que deseja obter um
empréstimo, mas encontre restrições para isso, a redução nos impostos amplia as suas
oportunidades e estimula o consumo.

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