Introdução Ao Marketing
Introdução Ao Marketing
Introdução Ao Marketing
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
Bem vindo(a)!
O mercado exige que os processos de gestão sigam uma dinâmica bastante intensa
de exibilidade e inovação. Uma boa engenharia de marketing, nesse contexto, é
fundamental para que as organizações consigam adaptar-se a essa realidade
mutante e obter sucesso.
Espero que este módulo o(a) auxilie em seus estudos e que você possa re etir sobre
o marketing, sua lógica e sua conexão com as demais áreas de gestão
organizacional.
Bons estudos e sucesso!
Sumário
Essa disciplina é composta por 3 unidades, antes de prosseguir é necessário que
você leia a apresentação e assista ao vídeo de boas vindas. Ao termino da quarta da
unidade, assista ao vídeo de considerações nais.
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
Introdução
O marketing pode ser considerado uma das áreas de maior força estratégica dentro
das organizações, mas não foi sempre assim. Houve um tempo em que as
organizações usavam estratégias voltadas para o mercado, porém de forma ainda
não organizada e sistematizada. Somente ao longo dos anos, a área de marketing
consolidou-se como diretoria e também conquistou papel ativo no planejamento
estratégico e no processo de tomada de decisão das empresas.
Bons estudos!
Plano de Estudo
Apresentar pressupostos básicos
relacionados ao conceito
contemporâneo de Marketing.
Variáveis Ambientais.
Conceito de Marketing
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
O que é marketing? São muitos os autores que se aventuram a responder essa
pergunta, além disso, ao longo dos anos, esses conceitos foram evoluindo junto com
as práticas relacionadas à gestão de marketing. Trata-se de uma pergunta viva,
dinâmica, em constante desenvolvimento.
Vamos conhecer alguns desses conceitos que nos aproximam de uma de nição do
estado atual do que é marketing.
VALOR;
CLIENTE;
RELACIONAMENTO;
ENTENDER O MERCADO;
ATENDER O MERCADO;
ATIVIDADES;
CRIAÇÃO;
PRECIFICAÇÃO;
PROMOÇÃO;
DISTRIBUIÇÃO.
Essas variáveis nortearão nossos estudos ao longo deste livro, viu só?
Marketing é mais simples do que imaginamos, mas não se engane, é
uma ferramenta poderosa para o sucesso nos negócios!
Fonte: As autoras.
Utilizando o exemplo que citamos acima, se você está na praia e sente sede,
provavelmente escolherá uma água, mas se está na praia com os amigos e eles
estão bebendo cerveja, provavelmente você vai confraternizar com eles
compartilhando a cerveja, independente de estar com sede ou não.
Esses conceitos podem ser expressos pelas variáveis que serão descritas abaixo.
Q = potencial de mercado
n = número de compradores
q = quantidade média por comprador
p = preço médio unitário
Área de Atuação do
Marketing
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
O marketing pode atuar em três contextos: institucional, comercial e social, como já
exempli camos no tópico sobre mercados. Podemos classi car as áreas de atuação
conforme esses contextos descritos abaixo.
REFLITA
Fonte: As autoras.
Tipos de Marketing
Algumas formas de atuação, em especial de distribuição e promoção de produtos,
podem caracterizar tipologias bem interessantes e amplamente utilizadas no
marketing, vamos conhecer algumas delas?
Marketing Direto
É uma forma one-to-one de marketing. Quando falamos no aspecto promoção,
entram aqui todas as ações ligadas a malas diretas impressas ou eletrônicas que
possam ser personalizadas de alguma forma. Você já deve ter recebido em sua casa
um folheto com o seu nome em uma frase: Fulano, não perca esta oportunidade!
Ou um e- yer por e-mail da mesma forma.
Marketing de Rede
Esta forma inovadora de marketing pressupõe que os próprios consumidores
vendem os produtos e serviços. Um bom exemplo é o funcionamento da Herbalife
que utiliza uma grande rede de consumidores-distribuidores de seus produtos. O
Brasil está entre os cinco principais mercados da Herbalife no mundo, o que mostra
uma forma promissora e econômica de fazer negócios em nosso país.
O marketing de rede também pode ser usado como ação de promoção por meio
das redes sociais. O atual social com mercê vem fazendo com que empresas
utilizem seus funcionários e consumidores para promoverem seus produtos e
serviços em suas redes sociais pessoais, consequentemente, são remunerados ou
boni cados por cada indicação revertida em compra.
Marketing de Relacionamento
Kotler (2011) a rma que consumidores leais aumentam o faturamento da empresa.
Eles exigem menos investimentos em comunicação e captação, além do que,
conhecendo bem seus grupos de consumidores, as empresas conseguem ofertar
produtos e serviços mais adequados as suas preferências. Kotler (2011) ainda a rma
que podemos trabalhar com cinco níveis de investimento em marketing de
relacionamento que são descritos abaixo.
Marketing Eletrônico
Hoje existem empresas que funcionam exclusivamente no mundo virtual e todas as
suas estratégias de comunicação e promoção acontecem mediante a tecnologia. Os
portais de venda são um ótimo exemplo disso, consistindo em verdadeiras lojas on-
line que vendem milhões de reais por ano. De 2001 a 2012, o consumo de produtos
pela internet cresceu de 500 milhões para 22,5 bilhões em 11 anos, uma evolução
muito rápida se compararmos a evolução de outros segmentos ou formas de venda.
Funções de Marketing
Se analisarmos o marketing como função empresarial, assim como as demais
funções: nanceira, logística, recursos humanos etc., perceberemos que, da mesma
forma que as demais, o marketing engloba processos, como planejamento,
coordenação de recursos e avaliação de resultados. Essas decisões compõem o que
chamamos de composto de marketing, mais conhecido como “os 4 Ps de
marketing”, os quais analisaremos mais profundamente ao longo deste material.
Administração de Marketing
Segundo Benett (1995 apud KOTLER, 2011, p.43), a administração de marketing é:
1 Análise de Mercado.
4 Objetivos de Marketing.
7 Plano Tático.
8 Orçamento de Marketing.
9 Avaliação e Controle.
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
É impossível gerenciar organizações sem olhar o contexto no qual elas se inserem.
Todo gestor precisa conhecer e observar constantemente as tendências e impactos
de ações sociais, culturais, políticas, econômicas, entre outras, em seu ambiente.
Se você observar, perceberá que as pessoas têm mudado seus hábitos com relação
ao modo de se alimentar, da sua preocupação com a saúde e seu bem-estar.
CONECTE-SE
ACESSAR
Mas onde encontramos as fontes dessas tendências? No macroambiente.
Analisando as chamadas forças macroambientais, conseguimos antecipar
tendências e escolher estratégias que nos coloquem à frente dos concorrentes.
Vamos conhecer algumas delas.
Ambiente Demográ co
Entender como as regiões crescem em termos de população e poder de consumo é
um fator importantíssimo no mundo dos negócios. Vários aspectos devem ser
levados em consideração para analisar as mudanças sutis que acontecem no
mercado, entre eles:
Ambiente Econômico
a) distribuição de renda: aqui analisamos as divisões sociais por classes, no Brasil
temos algumas classi cações para fragmentar o mercado por classes sociais não
mais baseados apenas na renda familiar, mas também no potencial de consumo.
b) crédito, reduções tributárias e boni cações: observamos, nos últimos anos, uma
verdadeira revolução no mercado de crédito, aumento dos parcelamentos, dinheiro
disponível para empréstimos, reduções de IPI e outros incentivos governamentais
que estimularam o consumo. Ações como essas alteram a lógica normal do
mercado e promovem grandes ebulições na economia.
Ambiente natural
Os custos crescentes de energia, a escassez de matérias-primas, os níveis crescentes
de poluição são tópicos que devem também ser analisados pelas empresas;
Ambiente tecnológico
O crescimento da internet e o acesso à tecnologia têm modi cado
substancialmente a forma como as pessoas se relacionam e vivem no mundo. O
crescimento do comércio eletrônico e a onda das redes sociais têm in uenciado na
forma de comunicação e de consumo das pessoas no mundo inteiro;
Ambiente político-legal
Além das várias leis limitadoras de ações nas esferas trabalhistas e ambientais e das
grandes cargas tributárias, as empresas ainda têm de observar as leis especí cas
que regem sua área de atuação, por exemplo, no segmento alimentício, temos todas
as regulamentações da ANVISA e outros órgãos especí cos para auditar a produção
e o transporte de alimentos;
Ambiente sociocultural
É na sociedade que desenvolvemos nossa cultura, hábitos, valores e crenças e é nela
que os modi camos também. Muito se tem falado sobre as mudanças
socioculturais das últimas décadas, preocupação consigo e com o meio ambiente,
indignação com a corrupção política, um conceito mais ativo de cidadão etc. Ações
sociais como essas demonstram que a sociedade está mudando. Um exemplo: você
sabia que o consumo de cigarro caiu 65% de 1980 a 2010? Isso demonstra que esse
tipo de produto está com sérias tendências ao desaparecimento ou ao menos na
forma como a indústria tabagista se apresenta: grandes multinacionais produtoras.
Conclusão - Unidade 1
Como você observou, iniciamos nossa conversa sobre marketing. Falamos sobre a
evolução do conceito e sobre a forma exível e uida com que ele deve se apresentar
para que possa adaptar-se às mudanças sociais e econômicas de mercado. Os
conceitos aplicados ao marketing, como o princípio das escolhas individuais, mercado
e potencial de mercado, são pontos importantes para a formação da base necessária
para o entendimento das demais unidades do material.
Espero que esta primeira parte de nosso material tenha contribuído para a formação
da base necessária para seus estudos posteriores.
Até a próxima!
Livro
Unidade 2
Estratégias do Composto de
Marketing
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
Introdução
O composto de marketing ou mix de marketing tem sido, ao longo dos anos, a
melhor fórmula para se desenhar estratégias de marketing e atuação no mercado.
Bons estudos!
Plano de Estudo
Entender o Ciclo de Vida do Produto.
Apresentar as Estratégias de
Diferenciação e Posicionamento.
Estratégias de Diferenciação e
Posicionamento.
Gestão de Marcas e
Embalagens.
Gestão da Comunicação em
Marketing.
Ciclo de Vida do Produto
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
Sim, a “idade” desse produto também será um fator importante para analisarmos a
forma como ele se comportará em vendas no mercado. Observe a gura a seguir:
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
As empresas podem distinguir seus produtos da concorrência de várias maneiras. As
mais utilizadas são:
Diferenciação por preço: demanda uma gestão de custos primorosa para que a
empresa consiga sustentar a estratégia.
Diferenciação por produto: exige grande investimento em pesquisa e inovação,
mesmo para produtos já existentes no mercado. A empresa deve estar sempre
realizando ajustes e melhorias para que seu produto esteja à frente dos
concorrentes.
Diferenciação por Serviços Agregados: apesar de facilmente copiada pela
concorrência, pode ser uma boa alternativa quando não se consegue tanto
investimento em inovação.
Diferenciação em Distribuição: como a relação entre fornecedores e
distribuidores é mais perene e contratual, pode ser uma excelente forma de
diferenciação. Por meio de contratos de exclusividade e benefícios aos
distribuidores mais leais pode-se impedir a entrada de concorrentes nos canais
de distribuição.
Diferenciação por Imagem: mediante grandes investimentos em comunicação
para a formação de uma imagem de liderança em seu público.
Posicionamento
Segundo Dias (2018), posicionamento pode ser considerado uma proposição de
valor direcionada a um público-alvo, um benefício a ser comunicado, uma
personalidade da marca. Pode ser considerada a estratégia central da marca e
integra sua estratégia de comunicação como elemento central.
a) BENS DE CONSUMO:
b) BENS INDUSTRIAIS: são insumos, serviços, peças, equipamentos etc. que são
adquiridos pelas empresas para a sua operação de negócios. Exigem uma
distribuição com estrutura de atendimento adequada e preparada para estabelecer
relacionamento com o mercado corporativo.
Níveis de Produto
No núcleo central, entendemos como o serviço ou benefício central comprado pelo
consumidor. O segundo nível é a transformação desse benefício em um produto
básico. Vamos exempli car com uma hospedagem. Quando buscamos esse
benefício central e o hotel ou pousada deve “tangibilizar” isso em cama, chuveiro,
restaurante etc.
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
O que é uma marca? Uma marca signi ca a forma como os consumidores se
lembrarão de determinado produto ou serviço. Segundo Kotler (2011), são nomes,
terminologias, símbolos, cores e outras associações que diferenciam um produto ou
serviço do seu concorrente. Ainda segundo o autor, as marcas podem assumir seis
níveis de signi cação:
b) benefícios: os clientes buscam mais do que signi cado, procuram benefícios que
atendam às suas necessidades. Exemplo: Natura – qualidade dos produtos;
c) valores: são norteadores da empresa e o público pode buscar identi cação com
esses valores. Exemplo – consumidores preocupados com a sustentabilidade podem
optar por produtos Natura em função disso;
d) cultura: as marcas podem representar a cultura de seu país de origem. Ex.: Natura
– brasilidade;
As marcas podem signi car até os produtos, por exemplo: quantas vezes você foi
comprar “Maisena” ou “Bombril” ou precisou tirar um “Xerox”? Esses produtos foram
lançados em períodos em que a concorrência não era tão acirrada e o mercado
possuía poucos produtos similares, e associando isso a uma marca forte, o sucesso é
garantido.
REFLITA
Sendo um diferencial
As marcas podem signi car até os produtos, por exemplo: quantas vezes você foi
comprar “Maisena” ou “Bombril” ou precisou tirar um “Xerox”? Esses produtos foram
lançados em períodos em que a concorrência não era tão acirrada e o mercado
possuía poucos produtos similares, e associando isso a uma marca forte, o sucesso é
garantido.
CONECTE-SE
ACESSAR
Tipos de Marcas
Marcas de fabricante: quando o nome do fabricante é fortemente associado
aos seus produtos e serviços. Ex.: Sadia.
Marcas próprias: são marcas associadas ao varejista. Ex.: um produto com a
marca do supermercado.
Marca individual: marcas distintas dos nomes dos fabricantes. Ex.: Hellmann's.
Marca de família: quando uma marca se desdobra em várias linhas de produtos
por meio de ampliações ou profundidade de linhas. Ex.: Dove.
Embalagem e Rotulagem
As embalagens são elementos importantes nas decisões de compra, portanto é
interessante analisar as possibilidades estratégicas para vender mais. Alguns fatores
podem contribuir para isso:
autosserviço: com o crescimento do varejo de autosserviço no qual as pessoas
fazem as escolhas, as embalagens constituem um grande diferencial no
momento da decisão de compra;
maior valor agregado: os consumidores tendem a pagar mais por produtos
com embalagens melhores e mais atrativas;
inovação: as embalagens podem atender a novas situações de consumo.
Exemplo: embalagens de bolso, acondicionamento diferenciado, uso posterior
(lembra dos potes de sorvete?);
imagem da marca: boas embalagens ajudam a construir uma boa imagem das
marcas de produtos e fabricantes.
Estratégias de Preço
Assim como as características do produto e da marca, as de nições estratégicas de
quanto o consumidor pagará por determinado produto ou serviço são de grande
importância no composto de marketing, ou seja, um produto so sticado, de
excelente qualidade não pode ser preci cado abaixo da linha de seus concorrentes
quando inferiores, assim como um produto básico, sem diferenciais e
aparentemente de qualidade inferior aos concorrentes, não pode ser preci cado
acima dos demais.
Dias (2003) ainda aponta alguns fatores relacionados à estratégia de preci cação:
A estrutura de custos deve levar em consideração tanto custos xos como variáveis
que compõem o produto. Esta deve ser a base de qualquer estratégia de
preci cação, a nal um produto não pode ser vendido por menos do que custa, não
é?
Quando baseamos nossa preci cação em custos, entendemos que o mercado tem
condições de absorver a oferta, independente de questões mercadológicas, como
competitividade e momentos econômicos, por exemplo.
Você pode optar pelo método de adição a custo, ou seja, some aos custos do
produto o valor ou a porcentagem desejada de margem.
Também há o método do ponto de equilíbrio, ou seja, você não baseia a
lucratividade desejada unitariamente, mas na quantidade a ser vendida para
alcançar a receita esperada.
E os produtos cujos preços terminam com 99? Nestes casos, emprega-se o preço
psicológico para obter um efeito interessante na mente do consumidor dentro dos
pontos de venda.
Gestão da Comunicação em
Marketing
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
Dentro das organizações existem alguns sistemas comunicacionais que, direta ou
indiretamente, impactarão o processo de comunicação integrada de marketing.
Tanto a comunicação institucional quanto a interna dão suporte estratégico à
comunicação mercadológica, e essas ações conjuntas formam uma espécie de
reforço comunicacional para a empresa, melhorando processos internos e até a
relação com parceiros. Automaticamente isso impacta no desempenho da marca no
mercado.
Fonte: KassadASSAB.
Propaganda: forma paga de divulgar seu produto por meio de mídias variadas.
É uma forma interessante para alcançar grandes volumes de potenciais
clientes.
Promoção de Vendas: tem como objetivos comunicar e incentivar o uso do
produto ou serviço. Algumas ferramentas usadas são concursos, cupons de
desconto, prêmios, descontos promocionais, vendas casadas etc.
Relações Públicas e Publicidade: visam promover ou proteger a imagem da
empresa.
Venda Pessoal: o objetivo é criar relacionamento e orientar mais tecnicamente
sobre os potenciais usos dos produtos ou serviços.
Marketing Direto: uso de meios indiretos para mobilizar o consumo, como por
exemplo: e- yers, folders, ações por telemarketing etc.
Mas como isso se traduz no mercado? O consumidor monta uma espécie de mapa
mental de produtos e marcas e os posiciona com relação aos seus principais
atributos. Veja o exemplo do mapa perceptivo a seguir. Um determinado produto
pode assumir na mente do consumidor uma posição de status ou de baixa
qualidade, dependendo do que comunica para seus clientes. Agora faça um
exercício imaginando que você está comprando um carro. Que atributos seriam
importantes? Preço? Design? Segurança? Quando você escolhe os principais fatores,
que marcas sobram? Como elas se posicionam na sua mente? Por qual marca você
pagaria um pouco mais? En m, esse mapa mental formado na mente do
consumidor conduz suas escolhas e comportamentos. Alguns exemplos de
comportamentos (DIAS, 2003) são:
Plano de Comunicação
Segundo Dias (2003) e Kotler (2011), o plano de comunicação em marketing é parte
do plano estratégico de marketing, portanto deve estar alinhado com os objetivos e
estratégias de nidos neste documento:
a) identi cação do público-alvo: entender quem é esse público, o que ele assiste,
seus interesses e locais de convivência são pontos importantes para entendermos as
formas, mensagens e tipos de comunicação a serem utilizados;
g) Mensuração dos resultados: avaliar qual meio e quais canais estão dando um
resultado direto sobre vendas, lembrando que nem sempre “vendas” compõem o
objetivo da comunicação. Algumas vezes a comunicação apenas quer construir a
identidade e o reforço da marca, e isso não tem relação direta somente com as
vendas, mas também com a lembrança e a percepção da imagem da marca.
Conclusão - Unidade 2
Sendo assim, prezado(a) estudante, esperamos que você tenha compreendido que os
4 Ps do marketing abrangem muito mais do que o sentido próprio de cada termo,
mas direcionam para ações que contribuem para um forte posicionamento e
consolidação do produto/marca no mercado.
Livro
Unidade 3
Distribuição e
Planejamento de
Marketing
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
Introdução
Em tempos em que o Varejo inverte as relações, entender a estratégia de canais de
distribuição como vantagem competitiva torna-se fundamental. O Varejo passa a ter
as “chaves” das casas dos clientes e isso lhe dá poder de barganha e força como
canal.
Por muito tempo um bom produto e uma comunicação e ciente eram elementos
su cientes para se obter sucesso no mercado. Com o aumento da concorrência,
qualquer um poderia copiar ou melhorar produtos, bem como lançar mão de
campanhas massivas de comunicação. Optando por reduzir signi cativamente os
orçamentos de mídia, as empresas precisaram investir em outros campos que
exigiam menos investimentos e mais resultado.
Sabemos que a maioria das decisões de compra são tomadas dentro dos pontos de
venda, assim as empresas passaram a investir mais em comunicação no ponto de
venda, em promoções, combos e trade marketing e reduziram sensivelmente seus
investimentos em comunicação de massa. Além de um custo menor, as ações no
Ponto de Venda (PDV) dão resultados rápidos, ou seja, bons parceiros de varejo e
atacado passam a ser vantagem competitiva sustentável.
Outro aspecto que pode ser a opção de vantagem competitiva de muitas empresas
é o preço, mas engana-se quem pensa que preço possa ser um diferencial
sustentável. Qualquer concorrente pode declarar uma guerra de preços com você e
os dois saírem perdendo. Porém, saber gerenciar uma política de preços adequada a
cada canal pode ser uma vantagem interessante frente aos concorrentes, que
podem ser diferentes em cada canal.
Bons estudos!
Plano de Estudo
Analisar as possibilidades de distribuição e
como uma boa estratégiade canais pode
se tornar vantagem competitiva
sustentável.
Entender as principais estratégias de
distribuição.
Objetivos de
Aprendizagem
Canais de distribuição como
Vantagem competitiva estratégica.
Participantes de Canal.
Desenho de um canal de
distribuição e ciente.
Plano de Marketing.
Cadeia de Distribuição
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
Um aspecto importante é o fato de as empresas buscarem constantemente um
aumento na lucratividade, que vem do resultado de receita menos custo. Como as
empresas já lançaram mão de quase todas as estratégias de redução – pensamento
que dominou na década de 90 com as técnicas de reengenharia e reestruturação –,
elas precisaram achar formas de aumentar as receitas, e abrir novos canais de
distribuição pode ser uma alternativa interessante. Observe o exemplo a seguir:
O Chocolate
Antigamente você comprava uma barra de chocolate com 200g, embalada em
papel alumínio, com um papelão rme como base e, por m, a embalagem em
papel. Hoje você compra o mesmo chocolate em uma embalagem de 180g apenas
embalado em plástico, ou seja, onde mais reduzir? Agora, analise comigo:
antigamente você só encontrava esse tipo de produto em supermercados ou
distribuidoras. Hoje você encontra na cantina, na banca de jornal e até na farmácia.
Entendeu a vantagem competitiva em distribuição conquistando novos canais e
aumentando as vendas?
Participantes de Canal
Nesta etapa, vamos conhecer melhor como os participantes da cadeia de
distribuição se comportam e quais são seus papéis. Segundo Rosenbloom (2003), o
gerente de canal pode usar intermediários com base nos princípios de
especialização e divisão do trabalho ao alocar tarefas de distribuição entre um grupo
selecionado de participantes de canal. A estrutura de canal resultante deverá
alcançar os objetivos de distribuição da empresa com alto grau de e ciência.
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
Quando compramos um produto, não imaginamos a lógica por trás do caminho ou
desenho estratégico que permitiu que ele estivesse naquela prateleira daquele
estabelecimento, mas essa lógica existe e faz toda a diferença para um produto.
Quem sabe usar isso muito bem é a Coca-Cola. Antigamente você só encontraria
esse produto em duas opções de embalagem e em pouquíssimos pontos de venda.
Hoje a Coca-Cola está em máquinas de vendas, postos de gasolina, farmácias,
bancas de jornal, cantinas e até nos estabelecimentos em que tradicionalmente já a
encontrávamos, como bares, restaurantes e supermercados.
Mas o que faz uma empresa optar por tantos canais de distribuição? A resposta está
em um dos tópicos que já discutimos nesta unidade: as empresas precisam
aumentar a receita e, para isso, aproveitam a impulsividade e conveniência e tornam
o ato de comprar muito mais passivo do que ativo para o consumidor. Praticamente
“empurramos” (estratégia push) visualmente a oferta de produtos aos nossos
consumidores, ao invés de “puxarmos” (estratégia pull) esse consumidor para
pontos de venda especí cos para que ele possa encontrar o produto. Um bom
desenho de canal deve “escoar”, promover seus produtos e serviços ao alcance do
consumidor certo, na hora certa e no local certo. Isso tudo somado a bons atributos
de produto, preço adequado ao público e uma comunicação e caz = sucesso
garantido!
SAIBA MAIS
Analise comigo: há mais de vinte anos a Nestlé investia muito para que
o comercial do Su air fosse veiculado no intervalo da novela com maior
audiência na TV, e isso estimulava o desejo de compra nos
consumidores e fazia com que eles, no dia seguinte, se dirigissem ao
supermercado mais próximo para comprar o chocolate. Muitas vezes
chegavam ao local e o preço não era tão convidativo quanto o
comercial de TV, o que, muitas vezes, não se convertia em venda. Hoje
você não vê comerciais do Su air, mas quando vai abastecer seu carro e
dirige-se à loja de conveniência para pagar o combustível, depara-se
com uma série de ofertas de produtos próximos ao caixa, entre eles um
display com a marca Su air escrito: Preço sugerido R$ 1,99. Resultado:
você compra. Qual é a diferença de investimento entre a propaganda e
o display no Ponto de Venda (PDV)? Muita, mas a venda foi revertida da
mesma forma.
Fonte: As autoras.
Como você pode observar na Figura 3.2, as empresas podem optar por canais
diretos ou indiretos. Consideramos um canal direto quando uma empresa opta por
vender diretamente aos seus clientes, sem intermediários. Um exemplo clássico
desse modelo é a Dell. Vender computadores sem intermediários foi a opção dessa
marca por um bom tempo de sua operação.
b) Tipos de Intermediários
b. Intermediários de Varejo
1. Alimentos
2. Mercadorias em geral
3. Serviços
Algumas das principais variáveis para uso por parte dos varejistas, a m de se
posicionarem no mercado, incluem:
Localização;
Variação em serviços;
Política de Preços;
Objetivo de margem e giro de estoques;
Mix de Produtos;
Mix de Comunicação;
Atmosfera da Loja.
Plano de Marketing
AUTORIA
Karin Sell Schneider
Nalva da Rosa
As empresas devem desenvolver um plano de marketing para alinhar todas as
estratégias: produto, preço, comunicação e distribuição. Existem muitos autores que
trabalham com modelos de planos de marketing (Cobra, Aacker, Raimar Richards),
mas optamos pela versão proposta por Kotler (2011) para esta unidade.
Sumário Executivo
Apresenta uma breve visão do plano, bem como dados básicos sobre o produto e
público-alvo. Ainda no sumário executivo, é interessante apresentar as principais
metas do plano, como metas de vendas e participação de mercado.
Estratégia de Marketing
Aqui, Kotler (2011) usa a expressão “Plano de Jogo”, ou seja, são descritas todas as
estratégias relacionadas a:
Público-alvo;
Posicionamento;
Linha de Produtos;
Preço;
Canais de Distribuição;
Força de vendas;
Serviços;
Comunicação;
Pesquisa e desenvolvimento;
Pesquisa de mercado.
Planos de Ação
Após as de nições estratégicas, o gestor deverá desdobrar as ações necessárias para
colocar em prática as propostas. Isso deve acontecer mediante ferramentas
tecnológicas (planilhas ou programas como Project, por exemplo, são muito
utilizados), com o detalhamento da ação, responsável, recursos e prazos. Esta etapa
é fundamental para assegurar a viabilidade do plano e sua implementação
adequada.
Orçamento Detalhado
ANTES
DEPOIS
Reforma no Balcão
Por Suzana Naiditch
A ideia de que tudo deveria ser vendido em toda parte foi a primeira a ser revista.
Um exame nos relatórios revelou que um mesmo produto muitas vezes saía bem
em determinado canal, mas encalhava em outro. Era o caso, por exemplo, do Marmi,
um revestimento so sticado que imita o mármore. Esse produto girava bem nas
Portobello Shop. Nas revendas multimarcas, tinha pouca saída. "Produtos mais caros
tendem a ter baixo giro numa loja de material de construção", diz Eugênio
Foganholo, da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, consultoria paulista
especializada em bens de consumo e varejo, contratada para dar suporte ao projeto.
"Como não é possível manter estoques por muito tempo, as lojas acabam
sacri cando suas margens para poder vendê-los."
O Marmi e outros mais de 790 produtos com esse per l caram reservados para a
rede de franquias da marca Portobello. Nelas, os preços mais altos também são
justi cados por serviços como entrega agendada, medição na obra feita por um
técnico, atendimento fora do horário comercial e colocação do revestimento. Os 291
produtos com boa saída tanto nas Portobello Shop quanto nas lojas de material de
construção continuam sendo vendidos nos dois canais. "São itens básicos, como
azulejo branco", diz Pereira. Há um portfólio com outros 498 produtos destinados
exclusivamente às revendas multimarcas.
Os franqueados da rede estão gostando? "Pretendo faturar 20% a mais neste ano",
diz a empresária gaúcha Maria Cristina Rotta Ely, dona de duas Portobello Shop em
Porto Alegre. "E, com margens maiores, vou obter mais rentabilidade." Segundo um
levantamento da empresa, as 65 lojas Portobello Shop registraram aumento de
14,2% nas vendas entre janeiro e agosto deste ano, comparado ao mesmo período
de 2002.
As vendas nas lojas multimarcas estão crescendo em grande parte graças ao novo
papel reservado aos vendedores, como Lia. Em visitas aos clientes, ela os ajuda a
de nir o que comprar, combina ações de mídia, promoções e treinamentos para os
vendedores das lojas. "Eu era uma tiradora de pedidos que aparecia uma vez por
mês em cada cliente", diz Lia. "Agora vou uma vez por semana e minha função é
ajudá-los a vender mais e melhor." Lia conta com a ajuda de estudantes de
arquitetura que circulam pelas principais revendas fazendo projetos, observando
aquilo que está vendendo mais e se a exposição dos produtos na loja está adequada.
"Elas me abastecem de informações", diz Lia. "Assim, é possível corrigir eventuais
problemas antes que se transformem em maus resultados."
ANTES
Para onde vai o quê?
HOJE
Há 794 itens vendidos apenas nas lojas Portobello Shop e 498 itens exclusivos
destinados às revendas multimarcas. É enviada aos dois tipos de loja, quase a
totalidade dos 291 produtos restantes.
Há políticas de preço de nidas para cada canal. A margem dos produtos de maior
giro e menor valor agregado é menor que a dos produtos de giro menor e maior
valor agregado. Itens iguais vendidos em canais diferentes podem ter preços
diferentes.
Livro