Correção EAVAP
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ITATIBA
2010
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1i
ITATIBA
2010
2ii
iii
3
anos.
iv4
AGRADECIMENTOS
renova a cada dia as minhas forças, permitindo-me viver um dia por vez.
Profa. Dra. Ana Paula Porto Noronha pela presença e disposição em contribuir.
...às professoras Ana Vizelli e Fernanda Otatti, pelo aprendizado que tive
atendimento.
5v
...à Mérlinton Oliveira, meu incansável incentivador, por você tenho muito
...os meus irmãos Nívea, Jackson, Fábio e Norma, amigos para todo o
estada em Itatiba.
Oliveira, N. R. P. (2010). Motivation to learn and learning strategies on pupils from high
school. Master's Dissertation, Stricto Sensu Post-Graduation in Psychology Program, São
Francisco University, Itatiba.
Motivational skills are becoming more and more important in the educational field because
of their relevance to teaching and learning, especially when students are dealing with the
strategies pertaining to that process. This thesis addresses the issue of motivation for
student learning at the secondary level in two high schools (private and public) in the state
of Bahia, Brazil. Besides, it evaluates the evidence for convergent/divergent validity
between the Escala de Motivação para Aprendizagem (EMAPRE) and the Escala de
Avaliação das Estratégias de Aprendizagem para o Ensino Fundamental (EAVAP-EF) thus
verifying possible incongruities in scores from both assessment tests and taking into
account variables such as gender, age and school level. 347 students of both sexes (ages
between 14 and 52 years) participated in this study. These participants were enrolled as
freshmen, sophomore and senior students. As far as the similarity among constructs is
concerned, there was evidence for validity (weak and moderate correlations between the
two assessments) in a sense that was expected regarding the phenomena thus measured.
Our data also showed that the students exhibit orientation tendencies towards goals such as
learning and, secondarily, performance-avoidance. In fact, they often stated that they
resorted to learning strategies while studying. When we compared motivational profiles
between students from private and public schools, we observed significant differences
concerning their scores. The two assessment tools also showed significant differences in the
scores regarding gender and age. Finally, no significant differences were found regarding
the different school levels. An important aspect that this thesis shows, concerns the
relationship between scholastic motivation and school learning strategies. We suggest,
however, that further study be conducted in order for one to gain further insight concerning
the concepts of learning motivation and learning strategies.
LISTA DE FIGURAS ix
LISTA DE TABELAS x
LISTA DE ANEXO xi
APRESENTAÇÃO 1
CAPÍTULO 1
MOTIVAÇÃO PARA APRENDER: BREVE INTRODUÇÃO ÀS 5
TEORIAS SÓCIO-COGNITIVAS
Teoria da Autodeterminação 7
Teoria da Atribuição da Causalidade 10
Teoria de Metas de Realização 12
Pesquisas estrangeiras relacionadas às metas aprender e performance 17
Pesquisas brasileiras relacionadas às metas de realização 21
CAPÍTULO 2
ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM 26
MÉTODO 44
Participantes 44
Instrumento 44
Procedimento 47
RESULTADOS 49
DISCUSSÃO 65
CONSIDERAÇÕES FINAIS 76
REFERÊNCIAS 80
ANEXOS 93
ix
9
LISTA DE FIGURAS
(Bergamini, 1997, Bzuneck, 2004a). Desde há muito, Murray (1986) já ponderava que
apesar do fato das teorias sobre motivação apresentarem alguns pontos divergentes, havia
consenso sobre o ‘motivo’ como fator interno que ativa, dirige e mantém um
comportamento. No entanto, a literatura que trata do tema oferece uma ampla variedade de
Neves (2002) considera que a motivação pode ser entendida como agente
cognitiva. Especificamente no que diz respeito à motivação para aprender, os estudos têm
demonstra que esse construto tem despertado interesse de pesquisadores e estudiosos que
(Ames,1992; Anderman & Maehr, 1994; Boruchovitch, 2008; Bzuneck, 2004a,b; Deweck
& Elliott, 1983; Duda & Nicholls,1992; Maehr & Midgley, 1991; Martini & Boruchovitch,
2004; Zenorini & Santos, 2003, entre outros). Entende-se que há necessidade de ampliação
dos estudos sobre o tema na tentativa de produzir conhecimento e discussão nessa área.
Essa assertiva é especialmente apropriada para o contexto brasileiro, que ainda apresenta
um número reduzido de pesquisas sobre o tema (Zenorini & Santos, 2010a). Ainda sobre a
motivação acadêmica, Zenorini (2007) observa que esse tema se mostra como um forte
aprender.
Nos estudos sobre motivação, outro construto aparece de modo recorrente e diz
respeito às estratégias de aprendizagem. Boruchovitch (1999) salienta que esse tema tem
com a aprendizagem humana. Em grande parte das investigações sobre essa temática, as
utilizam para adquirir informação. Por sua vez, Boruchovitch e Santos (2006) ressaltam que
realizados com esse propósito (Moro & Branco, 1993; Dembo, 1994; Boruchovitch, 1998;
Willoughby & cols, 1999; Costa & Boruchovitch, 2000; Onatsu-Arvilommi & cols. (2002);
Joly & Paula, 2004; Oliveira, Boruchovitch & Santos, 2006). Essas pesquisas têm indicado
um assunto que têm interessado pesquisadores da área, em razão dos desafios identificados
é oportuno destacar que instrumentos de medida têm sido construídos com o propósito de
3
14
avaliar esses construtos (Boruchovitch, Marchiore & Alencar 2008; Locatelli; Bzuneck &
Guimarães, 2007; Joly & Paula, 2004; Neves & Boruchovitch, 2007; Oliveira,
Boruchovitch & Santos, 2006; Oliveira, Boruchovitch e Santos, 2010; Zenorini & Santos,
2003; Zenorini & Santos, 2010a). Boruchovitch e Santos (2006) ressaltam que a avaliação
escassas, sobretudo no ensino médio. Nas bases de dados brasileiras consultadas foram
encontrados poucos estudos (Accorsi, Bzuneck & Guimarães, 2007; Cardoso & Bzuneck,
2004; Zenorini & Santos, 2003), todos eles com alunos do ensino superior. Portanto, a
presente investigação propõe-se a trazer elementos que possam contribuir com a ampliação
âmbito do ensino médio, este estudo propõe, caracterizar as metas de realização de alunos
analisar possíveis diferenças nos escores das duas escalas considerando as variáveis série,
em cinco partes. O primeiro capítulo traz a conceituação de motivação, com foco nas
incluídas pesquisas estrangeiras e nacionais sobre o tema. O segundo capítulo versa sobre
relação aos construtos teóricos, quer no que se refere às pesquisas recuperadas e relatadas
que foram julgados necessários para a melhor compreensão do trabalho aqui relatado.
16
5
CAPÍTULO 1
COGNITIVAS
áreas, que acumularam ao longo de anos uma série de teorias sobre esse construto. Em sua
origem etimológica o termo motivação é derivado do verbo em latim movere, motum, que
significa mover ou aquilo que faz mover. Em muitas definições a idéia de movimento é um
elemento sempre presente e está relacionado ao fato da motivação levar uma pessoa a fazer
aprendizagem (Boruchovitch, 2008; Neves & Boruchovitch, 2004; Ruiz, 2003; Zenorini,
2007; Zenorini & Santos, 2010a). A esse respeito, Martini e Boruchovitch (2004)
tema, com base em teorias cognitivas e sócio-cognitivas, embora considerem que ainda não
sejam suficientes para dar conta da gama de explicações a serem fornecidas sobre as
questões envolvidas.
este é um desafio possível de ser atingido. Brophy (1999) enfatiza que a escola deve
17
6
oportunizar aos estudantes, no seu cotidiano da sala de aulas, atividades acadêmicas que
escola, em parceria com o corpo docente, deve estar voltado para levar o aluno a se
envolver com as tarefas acadêmicas e perceber o quanto elas podem ser significativas para
ou domínio” p. 15, conforme já observado por Ames, 1992. Bzuneck ainda observa que
organizar melhor para a execução de suas tarefas escolares. Também se constata que são
entanto que nos últimos anos, tanto a nível de mundo quanto de Brasil, as pesquisas tem
sido frutíferas, indicando tratar de um tema deveras complexo, uma vez que é abordado sob
não está relacionada apenas a aspectos particulares e pessoais do estudante, mas está
trazer contribuições que possam favorecer a criação de novas teorias mais nacionais que
Teoria da Autodeterminação
princípio de que o indivíduo possui necessidades psicológicas básicas que são inatas,
psicológica o indivíduo não só se sente bem como também funciona de modo eficaz. A
ressaltam que essa teoria concebe o individuo como um ser ativo, propenso para o
motivação intrínseca, dois pólos que apresentam explicações de uma das concepções mais
Estudiosos explicam que a motivação extrínseca refere-se àquela gerada por fatores
recompensas externas ou sociais, preocupando-se, por exemplo, em fazer algo para receber
elogios ou evitar punição (Deci & Ryan,1985; Ryan & Deci, 2000a,b).
externos. O compromisso com a tarefa está relacionado com o interesse pessoal do aluno,
ou seja, é algo espontâneo, envolvente e que proporciona satisfação, sendo que, o indivíduo
pelo simples prazer em realizá-la, encontrando satisfação nas atividades, pois as considera
agradáveis (Deci & Ryan, 1985; Guimarães, Bzuneck & Sanches, 2002; Ryan & Deci,
2000b).
constataram que há evidências de que a motivação intrínseca contribui para que o aluno
aluno está consciente de seus padrões motivacionais é mais provável que em sala de aula
Também poderá concentrar-se melhor nas instruções que são oferecidas, interessar-se por
buscar novas informações, demonstrar curiosidade para obter novas informações e buscar
seus desejos por suas próprias forças e escolhas e não por determinação externa (Deci &
Ryan, 1985, 2000; Deci, Vallerand, Pelletier & Ryan, 1991; Ryan & Deci, 2000a, 2000b).
Segundo essa teoria, três são as necessidades psicológicas básicas de que o comportamento
consideram imprescindível que essas três necessidades sejam atendidas no contexto escolar
promovida por intermédio de interações no próprio ambiente de sala de aula e que tais
interações favoreçam a satisfação plena das três necessidades básicas propostas pela Teoria
apresentada a seguir.
21
10
Teoria da Atribuição da Causalidade
nesse contexto escolar, que particularmente, os estudantes refletem sobre sua performance
tentando encontrar justificativas que expliquem seus melhores e mais fracos desempenho
acadêmico.
são a inteligência, o esforço, a dificuldade da tarefa e a sorte. Tendo em vista que não se
escolar, pois são inúmeras, o autor propôs que as atribuições fossem classificadas com base
que são relativamente constantes (esforço típico, habilidade) ou a causas instáveis, que
refere-se a causas controláveis, como esforço ou incontroláveis pelo sujeito, como a sorte e
realização é como experimentar cargas emocionais para cada tipo de evento, quer ele seja
culturalmente se estabeleceu uma associação indevida entre sucesso e inteligência. Isso tem
experimentar situações de fracasso e erros é inevitável, e que, dado a isso, o que não
possíveis erros aconteçam. É importante que ele persevere motivado, pois a motivação é
uma variável imprescindível para que o esforço se torne efetivo, assim como o
teorias anteriormente descritas, a Teoria de Metas de Realização tem sido objeto de estudos
e gerado muitas pesquisas e discussões sobre a motivação para aprender, a qual norteará
significativas para o avanço da ciência. Bzuneck (2004a) considera que o estudo de metas
de estudos por este tema, principalmente em torno de duas metas de realização identificadas
estudo. Em razão dessa escolha, alguns dos seus principais pressupostos serão apresentados
a seguir.
ele intencionados, ao invés de se concentrar nos níveis de motivação, como alto esforço ou
baixo interesse, entre outros. Essa teoria se apresenta como uma continuação mais
humana e por meio dessas ações, esforços são empreendidos com o intuito de alcançar o
que se deseja. Para o contexto escolar houve um avanço significativo da literatura científica
que trata do tema sobre Metas de Realização (Cardoso & Bzuneck, 2004; Zenorini, Santos
& Bueno, 2003; Zenorini, 2007; Zenorini & Santos, 2010a), tal como abordado a seguir.
Para Ames (1992) as metas referem-se à maneira que os alunos lidam com as tarefas
crenças, atribuições, propósitos e emoções. A autora esclarece, ainda, que quando o aluno
começa a crer no valor das metas, elas passam a dirigir a sua ação para o alcance dos
processos acadêmicos, com base no aspecto qualitativo. Nesse sentido, as metas estão
(Anderman & Maehr, 1994; Elliott & Dweck, 1988; Weiner, 1990; Zenorini, 2007;
Zenorini & Santos, 2010a). As Metas de Realização estão relacionadas às razões que as
pessoas possuem para realizar determinada tarefa. Bzuneck (2004b) considera que a
utilização de metas ou propósitos, por indivíduos que desejam atingir determinado objetivo,
quanto ao conceito ou percepção que ele possui de si mesmo, naquilo que realizam e no seu
desempenho (Ames, 1992; Anderman & Maehr, 1994; Dweck & Leggett, 1988; Elliott &
Dweck, 1988; Maehr & Midgley, 1991; Meece, Blumenfeld & Hoyle, 1988; Weiner,
1990).
Estudos sobre a Teoria de Metas de Realização apontam dois tipos básicos de metas
que são identificadas como meta aprender e meta performance (Dweck & Elliott, 1983;
Dweck & Leggett, 1988). Verifica-se pela literatura que há diferentes terminologias
que Duda e Nicholls (1992) e Nicholls (1984) denominam como ‘envolvimento na tarefa’ e
Estudos realizados por Elliot e colaboradores (Elliot & Church, 1997; Elliot,
McGregor & Gable, 1999; Elliot & McGregor, 2001) mostraram que as metas de realização
crença sobre o valor subjetivo de uma determinada tarefa. Tais tarefas englobam fatores
como interesse, utilidade e importância, sendo que o aluno atento a eles direciona seu
Urdan, 1997). Assim, os estudos têm mostrado que a meta aprender tem sido positivamente
caracteriza alunos direcionados à meta aprender (Ames, 1992; Bzuneck, 2004b; Urdan,
meta aprender se interessam mais pela absorção dos conteúdos, mantém o interesse focado
Para esses alunos, empenhar-se para executar determinada tarefa resulta na conquista de
Para Elliot e Dweck (1988), sujeitos que perseguem a meta aprender estão frequentemente
escolhem executar tarefas mais desafiadoras e são mais receptivos aos desafios.
Sob essa perspectiva, o estudante orientado à meta aprender focaliza seu interesse
público (Ames, 1992; Bzuneck, 2004b; Urdan 1997, Zenorini, 2007). Estudantes orientados
27
16
à meta performance relutam em assumir riscos, adotam postura passiva frente aos desafios
Autores como Ames (1992), Anderman e Maehr (1994), Dweck e Elliot (1983) e
Maehr e Midgley (1991) identificaram que o aluno caracterizado pela meta performance
geralmente avalia que sua capacidade precisa ser demonstrada. Esse aluno necessita
mostrar que é mais inteligente que os outros, suficientemente capaz para sentir-se superior
aos colegas. Além disso, valoriza as notas, sente necessidade de aplausos e de evidências
explícitas de que o seu desempenho foi melhor que o dos demais. Alunos orientados à meta
performance preferem tarefas que indiquem posição de destaque para que possam se
Bzuneck (1999) chama a atenção para o fato de que estudos realizados sobre a meta
elemento evitação. Esses aspectos negativos podem ser identificados como baixa
entre outros (Elliot & Church, 1997; Middleton & Midgley, 1997; Skaalvik, 1997).
(Elliot, McGregor & Gable, 1999; Harackiewicz, Barron, Tauer, Carter & Elliot, 2000;
características qualitativas distintas entre si, Bzuneck (1999) ressalta que o estudante não
O interesse pela teoria tem se refletido na quantidade de investigações realizadas sobre ela.
evitação e por último, resultado de uma pesquisa que se refere à meta performance-
aproximação com resultados positivos. Importante ressaltar que primeiro serão destacadas
para aprender. Para a apresentação dos resultados das pesquisas considerou-se o critério de
terem sido publicadas em literatura científica. Entende-se, no entanto que existem tantos
tiveram como propósito avaliar o domínio matemático, no contexto de sala de aula de 703
alunos que cursavam o ensino médio. Os achados indicaram que a meta aprender
para os meninos (M=2,93; DP=1,12) sendo a das meninas (M=2,70; DP=1,15). Com
maior na meta tarefa (aprender) (M=3,52; DP=1,05) do que aos meninos (M=3,17;
DP=1,06).
positiva da meta aprender ao uso de estratégias mais efetivas e negativa com o uso de
negativa com o uso de estratégias mais efetivas e correlação positiva com o uso de
estratégias superficiais.
grupo de 660 alunos de 21 escolas diferentes que estavam em transição entre etapas de
entrada no ensino médio. Ao longo desse estudo diversos itens fora avaliados, tais como, as
os resultados obtidos mostraram que os alunos que freqüentavam a sexta série apresentaram
coeficientes significativamente mais baixos na meta aprender (M= 3,52) do que quando
cursavam quinta série (M= 3,66). Contudo na meta performance os estudantes da sexta
apresentaram níveis significativamente mais altos para essa meta (M= 2,94) do que na
quinta (M= 2,68). Tanto na quinta como na sexta série, os meninos mostraram-se mais
também apresentaram níveis mais altos enquanto as meninas apresentaram níveis mais
com a meta status social (r=0,37; p<0,001), e, embora com menor magnitude, também com
a meta de relações sociais (r=0,23; p<0,001). Com respeito à atuação acadêmica dos alunos
do ensino elementar, foi observada correlação negativa e significativa das notas mais altas
com a meta performance (r=-0,18; p<0,001), destacando-se que foram notados, também,
positivos estão os de Elliot, Mc Gregor e Gable (1999), cujas pesquisas foram realizadas
com estudantes do ensino superior. Do estudo 1 participaram 164 universitários, dos quais
superfície (r=0,24; p<0,01) negativa com o desempenho no exame (r=-0,27; p<0,01) e com
(r=0,13; p<0,05); com a persistência (r=0,19; p<0,01) e com o esforço (r=0,19; p<0,01).
p<0,01). Vale ressaltar que nesse estudo foram observadas magnitudes mais altas do que no
Os resultados dos dois estudos de Elliot e cols (1999) mostraram consistência entre
constataram que cada meta confirmara um tipo de aspecto específico do aluno. A meta
Em estudo mais recente Shih (2005) objetivou analisar a função das metas de
correlação positiva com o escore do teste de ansiedade (r=0,45). Resultado dessa pesquisa
diferentes, também tem gerado pesquisas. Algumas daquelas que fazem referência ao tema
e puderam ser localizadas nas bases de dados nacionais, serão descritas a seguir. É
pertinente informar que a presente seleção atendeu ao critério da ordem cronológica, sendo,
três pesquisas com alunos do Ensino Médio e uma com estudantes do Ensino Fundamental.
33
22
Uma dessas pesquisas foi desenvolvida por Silva (2004), e objetivou investigar a
indivíduos, sendo cinco professores e onze alunos da disciplina de física do ensino médio
professores e alunos, e a análise dos dados ainda evidenciou que os alunos consideravam a
figura do professor importante, bem como ser ele o único responsável por sua motivação.
Ainda ficou demonstrado que os professores motivavam seus alunos em diversas situações,
sendo que na maioria das vezes isso acontecia sem que esses professores percebessem que
também verificar se adolescentes percebem os estudos atuais como meios para atingirem
de estratégias e com valor preditivo para atingir propósitos futuros, no grupo dos definidos
vocacionalmente.
médias mais altas para o grupo definido vocacionalmente do que o não definido.
para alcançar objetivos futuros. Os autores sintetizaram que a variável definição vocacional
Em estudo recente, Marchiore e Alencar (2007) realizaram uma pesquisa com 364
motivação extrínseca. Os resultados apontaram que os itens, estudar somente o que vai ser
média superior (M=1,71) em relação ao fator motivação extrínseca (M=1,61), vale ressaltar
que a diferença entre as médias não foi significativa. As médias entre gêneros foram
escola particular apresentaram média superior (M=1,83) a dos alunos da escola pública
(M=1,60).
utilizados foram a Prova para a Avaliação de Rendimento Escolar, elaborado pelo Sistema
35
24
de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP), e a Escala de
Os resultados da 3ª série (atual quarto ano) indicaram que entre o construto motivação
0,448; p=0,001), e que entre motivação intrínseca e desempenho escolar, a correlação entre
as variáveis não foi significativa (r=-0,74; p=0,538). Para a 4ª série (atual quinto ano), os
p=0,047). Os dados indicaram que tanto na 3ª (quarto ano) como na 4ª série (quinto ano) a
que há necessidade de ampliação dos estudos sobre o tema na tentativa de esclarecer pontos
ainda obscuros. Essa assertiva é especialmente apropriada para o contexto brasileiro, que
ainda apresenta um número reduzido de pesquisas sobre Metas de Realização (Zenorini &
Santos, 2010a).
aprendizagem. Pintrich (1989) destaca a relação das estratégias com a motivação quando
isolada da motivação. Assim sendo, afirma que o aluno, por um lado, pode ter domínio das
estratégias e não utilizá-las se não estiverem motivados para a atividade. Por outro lado,
mesmo estando motivado para uma tarefa, o aluno poderá não apresentar um desempenho
satisfatório, por lhe faltarem as estratégias necessárias para isso. Em estudo mais recente,
25
36
Alcará (2007) reforça tal ideia, afirmando que os alunos não terão um bom rendimento se
estiverem desmotivados quanto ao uso das estratégias, mesmo tendo domínio delas.
ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM
mesma autora considera que os estudiosos da área têm mostrado que o processo de
aprendizagem torna-se efetivo à medida que existe uma relação entre o conteúdo a ser
tropas, e do latim strategi, que quer dizer ciência do general. Ampliando a terminologia
1920 a 1925, estratégia era identificada apenas como um resultado da aprendizagem, como
esquemas. A partir dos anos 80, entende-se estratégias como ações mentais, que, mediadas
27
38
por técnicas, facilitam a aquisição de informações durante a aprendizagem. Nesse período,
especialmente, na metacognição.
tarefas (Da Silva & De Sá, 1997). Esses mesmos autores enfatizam, ainda, que estudantes
1999; Da Silva & De Sá, 1997; Pozo, 1996). Nessa direção, Pozo (1998) assegura que as
informação e sua eficaz recuperação. Para tanto é importante que o estudante tenha
conhecimento delas para saber como utilizá-las adequadamente. Bzuneck (2001) ressalta
que o uso de boas estratégias aliada a uma eficaz aplicação de esforço torna a aprendizagem
adequada.
28
39
Boruchovitch e Santos (2006) reforçam que as estratégias de aprendizagem se
que o estudante que se apropria de estratégias mais elaboradas são os que obtêm melhores
resultados acadêmicos.
alunos que apresentam baixo rendimento acadêmico. Todo aluno pode ser capacitado com
também é importante saber como e em quais situações usá-las. Além disso, também se faz
necessário proporcionar ao estudante condições que permitam lidar com suas características
faz referências a dois tipos de estratégias que comumente são utilizadas: por associação, e,
e, elaboração complexa, que abrange formar analogias e ler textos. Já, das estratégias de
hierarquização.
instrução que favorece boas condições para aquisição e manutenção das estratégias. Tais
estratégias têm função de tornar eficaz a aprendizagem, pois pode contribuir para aumentar
(1999) são aquelas que não exigem padrões cognitivos elaborados para sua utilização. Elas
frequente pela qual elas têm sido classificadas nos estudos brasileiros é a divisão em duas
1999; Boruchovitch & Santos, 2006; Santos, Primi, Bueno, Zenorini & Boruchovitch,
2004; Oliveira, 2008). Para esses autores, as estratégias cognitivas consistem em organizar,
à maneira como o indivíduo percebe analiticamente as partes para entender o todo. Todo
sobre o que precisa realizar e mesmo já possua um repertório de estratégias, se não souber
se apropriar, monitorar e regular seu aprendizado, é provável que ele não apresente
seguir serão descritas de forma resumida algumas pesquisas estrangeiras e brasileiras que
tratam sobre o assunto. Assim, faze-se necessário informar que os estudos apresentados
por alunos do ensino médio para identificar se o uso de estratégias promoveria diferenças
desempenho.
Purdie, Hattie e Douglas (1996) realizaram uma pesquisa com estudantes japoneses
menos elaboradas, já, estratégias mais elaboradas foram utilizadas com maior freqüência
crianças do ensino fundamental em séries iniciais para identificar a relação entre o uso de
resultados indicaram que as variáveis correlacionaram entre si, sendo que os dados também
escolar.
também um crescente interesse de estudiosos sobre o tema (Moro & Branco, 1993;
Boruchovitch, 1998, 1999; Costa & Boruchovitch, 2000, Joly & Paula, 2004; Machado,
2005; Oliveira, Boruchovitch & Santos, 2006). Alguns desses estudos serão relatados a
Moro e Branco (1993) realizaram estudo sobre o papel das interações sociais de
crianças da 1ª série (atual segundo ano) para identificar o processo de aprendizagem de dois
aprendizagem.
Boruchovitch (1998) realizou uma pesquisa com estudantes da 5ª série (atual sexto
ano) do ensino fundamental para identificar as estratégias de estudo utilizadas por esses
alunos para realizar uma prova. Os dados indicaram que a maior parte dos alunos se
com 258 estudantes de diferentes cursos universitários. Os resultados indicaram que quando
diferenças significativas entre os cursos. Observou também relação entre a meta aprender e
superficiais.
Schüssler e cols. (2001) realizaram uma pesquisa com estudantes da 5ª série (atual
e inapropriados de estudos.
diferentes níveis de escolarização. Contudo, para que isso possa ser feito é necessário que
aprendizagem com outros construtos e, mais especialmente, com o desempenho escolar dos
Sob essa perspectiva, serão descritos alguns estudos desenvolvidos que tiveram o
aprendizagem. Importante ressaltar que foram esses os trabalhos que serviram de base para
45
34
a elaboração da escala de estratégias de aprendizagem de Boruchovitch e Santos (2004 b, c;
questões abertas de situações de aprendizagem num contexto diário de sala de aula e seu
desse instrumento são alunos que fazem parte do ensino fundamental e médio. Traduzido e
estudos com crianças (Boruchovitch, 1999, 2001, 2006; Costa, 2000; Serafim, 2004).
O Learning and Study Strategies Inventory (LASSI) (Weinstein & cols., 1988) tem
como objetivo avaliar a aprendizagem do estudante universitário, como ele aprende e a sua
Weinstein e cols. (1988). Com base nessas pesquisas, obteve-se uma escala de 645 itens,
submetida a um estudo piloto, os itens foram reduzidos a 291. Novas e exaustivas etapas de
quantidade de itens da escala, de modo que, no último estudo feito, constatou uma escala de
estratégias de preparação de exames e testes, que trazem escolhas de respostas que podem
variar de ‘Nada como eu’, ‘Não muito como eu’, ‘Alguma coisa como eu’, ‘Como eu’ e
versão da LASSI-HS - High-School. Para atender estudantes que cursavam o ensino médio,
sendo também útil a alunos que cursavam a oitava série que apresentavam desempenho
acadêmico acima da média. Esse instrumento tem como objetivo tornar mais eficaz ou mais
ativo o processo de aprendizagem dos alunos candidatos ao ensino superior, avaliando suas
estratégias, motivação e aptidão. Quando foi publicada, essa escala constava de 76 itens e
informação e desde 1982, vários estudos foram realizados com o intuito de desenvolver
O MSLQ foi submetido a um novo estudo, anos depois, de modo que a versão
reformulada ficou com 81 itens, sendo que os 44 itens da escala anterior foram mantidos.
Estudos realizados com essa nova versão demonstraram que o instrumento apresenta boa
36
47
consistência interna estimada em 0,80 para toda a escala e coeficiente de alpha de
Cronbach aceitáveis para todas as subescalas (Pintrich, Smith, Garcia & Mckeachie, 1993).
especialmente construídos para a realidade brasileira. Aqueles que puderam ser recuperados
das bases de dados serão relatados a seguir em ordem cronológica de sua realização. É
motivação acadêmica.
Cardoso (2002), quando realizou um estudo exploratório com 106 estudantes do ensino
superior de dois diferentes cursos que foram distribuídos em quatro grupos distintos. A
metas de realização, não houve diferença significativa entre os quatro grupos, a saber, G1,
significativa diferença dos escores médios para a meta ego-evitação. Submetidos à prova de
correlação os escores das quatro metas, foram identificados índices de correlação positiva
entre meta ego-aproximação com ego-evitação (r=0,46; p=0,01), como também entre a
intergrupais.
percepção do ambiente psicológico por parte dos alunos, composta por duas categorias, os
37
48
resultados indicaram que para a categoria, ‘percepção de que o ensino põe ênfase na
grupos não apresentaram diferença significativa entre eles. No estudo, a autora também
realizou uma relação entre as três medidas com a amostra inteira, e correlacionou as duas
aprender com adoção da meta aprender pelos alunos (r=0,50; p=0,01). Para esse mesmo
exigência de esforço e a adoção à meta evitação do trabalho, houve alta correlação (r=0,57;
aproximação e performance-evitação.
aprender do que os estudantes orientados à meta performance. Contudo, isto não se refletiu
38
49
num desempenho acadêmico significativamente mais alto. Ainda foi observado que as
educacional, investigações sobre motivação e estratégias são importantes dado o seu peso
Pintrinch (2001) consideram que para educadores e professores a tarefa de motivar jovens
para o estudo, principalmente aqueles que cursam o ensino médio, é bastante desafiadora
em virtude de condições contextuais e características dos próprios alunos nessa faixa etária,
sendo esta uma fase em que os jovens estão pouco interessados pelas atividades
espera-se que o estudante comece a pensar seriamente no seu futuro pessoal e social como
Guimarães e Bzuneck (2003) ressaltam que o construto motivação não diz respeito
apenas à aprendizagem, mas também ao ensino. Portanto, a escola como um todo deve
explorar a relação entre medidas que avaliam construtos relacionados, como uma
importante fonte de evidência de validade (Nunes & Primi, 2010). Vale ressaltar que se
instrumentos de medida que sejam válidos e fidedignos. Essa é uma preocupação que se
estende aos instrumentos já existentes para que atualizações sejam feitas e para que os
literatura que nas últimas décadas indo até o início dos anos 1990, priorizava-se a tradução
e utilização dos testes sem que houvesse estudos para identificar qualidades psicométricas
medida para que apresentem boas perspectivas de mensuração. Para aqueles que desejam
propriedades psicométricas.
utilizados, porém, enfatiza que tais instrumentos devem apresentar padrões psicométricos
adequados. Noronha, Vendramini, Canguçu, Souza, Cobêro, Paula, Lima, Guerra e Fillizati
Tabela 1.
Em síntese, considerando o que foi relatado até aqui sobre motivação para aprender
Participantes
sendo 43,2% (n=150) do sexo masculino e 56,8% (n=197) do sexo feminino. Desse total,
30,0% (n=104) estavam matriculados no primeiro ano, 24,8% (n=86) no segundo ano e
saber, uma instituição da rede privada (n=262) e uma instituição da rede pública (n=85) do
de 52 (M=25,42; DP=10,222).
Instrumento
escala Likert, apresenta três opções de resposta: discordo – 1 ponto; não sei – 2 pontos e
da meta aprender (itens 1, 2, 5, 7, 10, 12, 14, 19, 21, 23, 25, 28) (Ex. de itens: Uma razão
56
45
importante pela qual faço as tarefas escolares é porque eu gosto de aprender coisas novas;
Eu gosto mais das tarefas quando elas me fazem pensar; Uma importante razão pela qual eu
estudo pra valer é porque eu quero aumentar meus conhecimentos) nove da meta
performance-aproximação (itens 3, 4, 8, 11, 13, 15, 17, 20, 24) (Ex. de itens: Para mim, é
importante fazer as coisas melhor que os demais; Gosto de mostrar aos meus colegas que
sei as respostas; Gosto de participar de trabalhos em grupo sempre que eu possa ser o líder)
e sete da meta performance-evitação (itens 6, 9, 16, 18, 22 , 26, 27) (Ex. de itens: Não
respondo aos questionamentos feitos pelo professor, por medo de falar alguma “besteira”;
Não participo das aulas quando tenho dúvidas no conteúdo que está sendo trabalhado; Uma
razão pela qual eu não participo da aula é evitar parecer ignorante). Vale ressaltar que a
exploratória, por meio da qual foram identificados os três fatores mencionados. Importante
ressaltar que na subescala da meta aprender as cargas fatoriais variaram de 0,46 a 0,69; na
meta performance-evitação ficaram com a carga fatorial entre 0,45 e 0,71, o que significa
dizer que todos os itens obtiveram carga fatorial satisfatória. Dos 50 itens iniciais
permaneceram apenas 28 itens, que compõem a versão atual da escala, cuja variância
medida pelo alfa de Cronbach, sendo que para a escala total o alfa foi de 0,73. Para a meta
aprender o alfa foi de 0,80, para a meta performance-aproximação foi de 0,76 e para meta
performance-evitação de 0,73.
Importante ressaltar que a EMAPRE foi submetida à prova de teste e reteste para
foi de dois meses. O alfa de Cronbach revelou pouca diferença entre os índices nas duas
aplicações. Nas análises de médias das duas aplicações, as correlações entre as metas foram
pontos: sempre, às vezes e nunca. A opção ‘sempre’ vale 2 pontos, a opção ‘às vezes’ 1 e a
opção ‘nunca’ 0 pontos. A média de pontos para a escala foi de 35,7 (DP=7,8), sendo que a
invertida nos seguintes itens: 3, 7, 8, 12, 15, 19, 21, 23, 24, 25, 26, 28 e 30.
componentes principais e à rotação varimax. Dos 37 itens originais a escala atual contém
31 itens, em uma estrutura de três fatores. O agrupamento dos fatores ficou assim
3, 7, 8, 12, 15, 19, 21, 23, 24, 25, 26, 28, e 30) (Ex. de itens: Você costuma desistir quando
uma tarefa é difícil ou chata?; Você costuma ficar pensando em outra coisa quando o
professor está dando explicações?; Você costuma se esquecer de fazer o dever de casa?), 11
itens no Fator 2 – estratégias cognitivas (itens 1, 2, 4, 5, 9, 10, 11, 14, 16, 17 e 20) (Ex. de
58
47
itens: Você costuma grifar as partes importantes do texto para aprender melhor? Quando
você termina de estudar para uma prova, costuma fazer questões para si próprio para ver se
entendeu bem o que estudou? Quando você aprende alguma coisa nova, costuma tentar
relacionar aquilo que está aprendendo com alguma coisa que você já sabia?) e sete itens no
Fator 3 – estratégias metacognitivas (itens 6, 13, 18, 22, 27, 29 e 31) (Ex. de itens: Quando
você estuda, costuma perceber que não está entendendo aquilo que está estudando? Quando
você recebe a nota de uma prova, costuma verificar o que você errou? Você costuma pedir
ajuda ao colega ou a alguém de sua casa, quando não entende alguma matéria?). A
Procedimento
cursos das instituições particular e pública que autorizaram a realização da coleta de dados
Pesquisa (CEP) da Universidade São Francisco sendo aprovado sob o protocolo CAAE:
0203.0.142.000-09. Por ocasião da coleta de dados, foi explicado aos alunos participantes
para que encaminhassem aos pais. Após autorização dos pais e/ou responsáveis os
59
48
instrumentos foram aplicados coletivamente, porém respondidos individualmente, nas salas
de aula em horário de maior conveniência dos professores, pela própria autora do estudo.
Antes de responderem os itens da escala, foi solicitado aos participantes que respondessem
questões sobre seus dados de identificação, que constam na própria escala e que eles
usassem de sinceridade para responder os itens, foi também informado que as respostas
EAVAP-EF, pressupondo-se que essa ordem seria a mais conveniente. O tempo médio para
estudo. Eles serão descritos na seqüência em que os objetivos foram organizados. Para
averiguar evidências que possibilitem estabelecer a relação entre medidas que são
os demais dados previstos entre as diferentes variáveis. Os resultados foram dispostos por
meio de tabelas e figuras, com comentários sobre os aspectos mais importantes a serem
destacados.
significativas entre a meta aprender e todos os fatores da Escala de Estratégias, bem como
negativamente com todos os fatores da Escala de Estratégias, assim como com o seu total.
fator estratégias cognitivas e com o total da Escala de Estratégias. Observou-se que o grau
de magnitude dos coeficientes variou entre fraco e moderado. A melhor visualização dessas
80
70
Total deMotivação
60
50
40 ESCOLA
pública
30 particular
0 10 20 30 40 50 60
Total de Estratégias
pontuações dos estudantes por tipo de instituição. Na Tabela 4 os resultados podem ser
observados.
fatores da Escala de Estratégias, bem como com o seu total. A meta performance-
com todos os tipos de estratégias, assim como com o total. Houve correlação entre o total
forma negativa com as estratégias cognitivas e com o total, e o total da escala de motivação
pontuação mínima, máxima, média e desvio padrão obtidos pelos participantes da pesquisa.
53
64
Tabela 5 – Estatísticas descritivas da EMAPRE
para a pontuação total a média foi de 55,57 (DP=6,684). Observou-se que os estudantes
pontuação dessa escala pode variar de 0 a 62. Na Tabela 6 estão descritas as pontuações
Nos dados mostrados acima observa-se que os sujeitos que não fazem uso de
enquanto que para os que utilizam as estratégias cognitivas a média foi de 11,16
realizou-se estatísticas descritivas separadas para cada uma delas. Na Figura 2 apresenta-se
instituição de ensino.
50
40
Frequência
Frequencia
30 10
20
10
0 0
33
35
38
40
43
45
48
50
53
55
58
60
63
65
68
70
43
45
48
50
53
55
58
60
63
65
68
70
Total de Motivação Total de Motivação
escola particular e pública. A fim de verificar se essa diferença foi significativa não só para
a pontuação total, como também para cada um dos fatores realizou-se a prova t de Student,
média maior do que os da escola particular. Pelo teste t de Student constatou-se que essa
identificados na Figura 3.
67
56
8.
escolas obtiveram médias muito próximas para o fator ausência de estratégias disfuncionais
(M=12,00) conseguiram média maior comparados aos da escola particular (M=10,89). Para
particular (M=11,17) apresentaram média maior que os da escola pública (M=10,45) e, por
fim, para o valor total obtido na escala a média foi maior para a escola pública (M=36,21),
A comparação das médias pelo teste t de Student indicou que a diferença entre as
escolas para o total da escala não foi significativa. Porém, para os fatores estratégias
Dando continuidade aos objetivos traçados pra esse estudo foram realizadas análises
40
20
Frequência
Frequencia
30
20
10
10
0 0
35
38
40
43
45
48
50
53
55
58
60
63
65
68
70
33
35
38
40
43
45
48
50
53
55
58
60
63
65
68
70
Total de Motivação Total de Motivação
diferenças entre as pontuações. Com o intuito de explorar as diferenças das médias entre o
sexo dos participantes utilizou-se o teste t de Student. Esses dados são visualizados na
Tabela 9.
Tabela 9 – Comparação das médias da EMAPRE pelo teste t de Student entre os sexos
comparados pelo sexo. Observa-se que para a primeira dimensão, meta aprender, as
70
59
mulheres obtiveram a maior média (M=30,18; DP=4,211), já para a meta performance-
Tabela 10.
71
60
Tabela 10 – Comparação das médias da EAVAP-EF pelo teste t de Student entre os sexos
masculino e feminino
maior média.
das metas de realização e das estratégias com as variáveis faixa etária e série. Para verificar
se havia diferença significativa entre os estudantes por idade, optou-se por agrupá-los em
faixas etárias. Dessa forma, na primeira faixa ficaram os alunos com até 16 anos, na
segunda os com idade entre 17 e 18, e na última aqueles com 19 anos ou mais. Para
explorar as diferenças entre as médias o tipo de análise utilizada foi a ANOVA, separando-
Em razão da inexistência de diferenças com a mostra total, realizou-se a mesma análise por
72
61
tipo de instituição que mostrou diferença significativa apenas para a meta performance-
separação dos grupos obtida pode ser mais bem visualizada na Tabela 11.
As faixas etárias dos participantes foram separadas pelo teste post-hoc de Tukey em
dois grupos, a saber, o de até 16 anos e o de 17 e 18 anos, que mesmo com pontuações
diferentes, essa não foi suficiente para que houvesse uma separação entre eles. O segundo
grupo caracterizou-se com os estudantes com faixa etária de 19 anos ou mais, que
Buscou-se, também, diferenças entre as faixas etárias dos estudantes para as sub-
As faixas etárias dos sujeitos foram separadas pelo teste post-hoc de Tukey em dois
grupos, sendo que os estudantes da faixa etária de 19 anos ou mais apresentaram menor
realizou-se a mesma análise por tipo de instituição com o objetivo de encontrar outras
diferenças, bem como confirmar a que foi apresentada. Notou-se que apenas para a escola
significativas, no mesmo sentido da análise da amostra total. Observa-se que mesmo com a
significância da análise, a diferença não foi suficiente a ponto de separar as faixas etárias
em mais de um grupo. Foram observadas as seguintes médias para as faixas etárias, até 16
razão desse resultado, foram procuradas eventuais diferenças analisando-se os escores dos
alunos separados por tipo de instituição de ensino. Também nesse caso nenhuma diferença
[F(2,345)=0,771; p=0,466].
ensino e também não foram encontradas. A seguir serão inseridos os resultados observados
que também não houve nenhuma diferença significativa, em nenhum dos fatores e inclusive
A discussão dos resultados ocorrerá seguindo a ordem dos objetivos propostos para
este estudo, quais sejam (a) buscar evidência de validade para a Escala de Avaliação das
estudo de sua relação com a Escala de Motivação para Aprendizagem (EMAPRE); (b)
utilizadas pelos alunos; (c) comparar os perfis motivacionais para a aprendizagem e o uso
de estratégias entre alunos de escola particular e de escola pública, e; (d) analisar possíveis
diferenças nos escores das duas escalas considerando as variáveis sexo, faixa etária e série,
Dessa forma, cada um desses objetivos será considerado para que os resultados encontrados
Realização, tem contribuído para explicar a orientação motivacional dos estudantes frente
aos processos acadêmicos, com base no aspecto qualitativo como também busca esclarecer
Maehr, 1994; Zenorini, 2007; Zenorini & Santos, 2010a). Também é pertinente destacar a
Encontrar evidência de validade para EAVAP-EF por meio de correlação com outra
presente estudo.
intermédio dos índices de correlação das medidas entre si. Com isso, observou-se que os
apresentam valores que permitem afirmar que eles avaliam fenômenos que teoricamente
deveriam apresentar-se como correlacionados. Pode-se aferir que os achados neste estudo
estudo (Accorsi, 2005; Cardoso, 2002; Elliot e cols, 1999; Machado, 2005; Pintrich,1989;
Shih, 2005; Zenorini & Santos, 2003). Pode-se, assim, afirmar que houve evidências de
validade entre ambos os instrumentos que medem construtos relacionados, haja vista para o
fato de que foram encontradas associações positivas e negativas entre os fatores das duas
escalas aqui focalizadas. Os valores das magnitudes das correlações variaram entre os
níveis fraco a moderado, tal como esperado na literatura, sendo todos eles estatisticamente
significativos. Aspectos pontuais das correlações entre as escalas serão discutidos a seguir.
(Cardoso, 2002; Gombi, 1999; Machado, 2005; Zenorini & Santos, 2003 entre outras) que
“as mesmas estratégias que promovem a meta aprender estarão conduzindo, ao mesmo
78
67
tempo, para o desenvolvimento da motivação intrínseca” p. 62. No mesmo sentido,
resultados mais recentes obtidos por Shih (2005), também identificaram que os escores da
de um teste de ansiedade.
conforme observado em pesquisa desenvolvida por Shih, (2005). Uma explicação possível
para a relação negativa entre os fatores pode estar relacionada à ausência de estratégias
pessoais de estudos mais adequadas às demandas escolares. Autores como Elliot (1999) e
fim, Anderman e Young (1994) corroboram os autores acima, pois encontraram em suas
corroboram os estudos de Middleton & Midgley, (1997); Elliot e cols (1999); Elliot &
Church, (1997); Elliot & Harackiewez, (1996); Elliot, McGregor & Gable, (1999); Shin
por realizar correlação de Pearson por tipo de instituição. Observou-se pelos resultados
obtidos que a escola particular apresentou maior associação entre a motivação para
resultados sejam olhados com mais cautela, quando das análises separadas por natureza
bastante positivo, uma vez que, a meta aprender é identificada como sendo aquela que
80
69
melhor caracteriza a orientação motivacional. Autores como Ames (1992), Bzuneck (2002)
e Urdan (1997), entre outros, assinalam que a meta aprender está associada ao esforço, à
para alcançar bons resultados. Importante ressaltar também que estudos desenvolvidos por
Elliot e cols (1999) indicaram haver relação positiva da meta aprender com os componentes
apareceu com a segunda maior média, porém, com uma acentuada diferença em relação à
parecer inteligentes e almejam sempre ser o primeiro da classe, esses alunos avaliam que é
importante fazer as coisas melhor que os demais. Bzuneck (1999) chama a atenção para
resultados de estudos realizados que identificam o potencial tanto positivo quanto negativo
persistência e esforço (Elliot, McGregor & Gable, 1999; Harackiewicz, Barron, Tauer,
meta performance-evitação apresentaram a menor média, o que pode ser considerado bom,
uma vez que o elemento evitação está relacionado a aspectos negativos da meta
81
70
performance (Elliot & Harackiewicz, 1996; Skaalvik, 1997; Urdam, 1997). Esses aspectos
ajuda, desorganização para o estudo, ansiedade antes das avaliações, baixo desempenho
acadêmico, diminuição de motivação intrínseca, entre outros (Elliot & Church, 1997; Elliot,
McGregor & Gable 1999; Middleton & Midgley, 1997; Skaalvik, 1997). Os resultados
encontrados neste trabalho podem ser um indicador que os alunos percebem situações que
promovem aumento de ansiedade em razão de algum tipo de avaliação e também por não
querer parecer incapaz quando precisam falar ou perguntar algo em sala de aula. Ainda,
considerando os achados de Shih (2005) que analisou a função das metas de realização na
média superior ao da escala que é de 35,7. Observou-se que as médias aferidas para
estudos que os alunos que mais utilizavam estratégias de aprendizagem apresentaram maior
habilidade auto-regulada responsável por sinalizar o estudante quando o conteúdo não foi
82
71
compreendido. Contudo, é esperado que alunos que estão nessa etapa da escolaridade,
metacognitivas regulam o auto conhecimento do individuo fazendo com que ele utilize
como saber usar as estratégias de modo mais eficaz e em quais situações usá-las
escola particular e pública foram realizadas provas estatísticas separadas para cada uma
delas. Primeiramente serão comentados os achados que dizem respeito à motivação para
entre as pontuações dos estudantes da escolar particular e pública. Na maioria dos fatores
meta aprender essa diferença foi altamente significativa (p<0,001). A partir disso, uma
possível explicação pode residir no grau de determinação e esforço empreendido por esses
alunos, uma vez que foi identificado que muitos deles são adultos que trabalham durante o
dia e estudam à noite. Esse resultado está em consonância com o encontrado por Zenorini
(2007) que em sua pesquisa identificou que estudantes da escola pública apresentaram
média superior na dimensão aprender. A respeito da aplicação do esforço e sua relação com
a motivação, Bzuneck (2001) comenta que a motivação é uma variável imprescindível para
aprendizagem.
83
72
No que se refere ao uso de estratégias de aprendizagem utilizadas pelos estudantes
instituição particular pontuaram mais nas estratégias metacognitivas. Essa constatação nos
estudantes orientados à meta aprender. A partir disso podemos supor que, os estudantes que
estatísticas como intuito de verificar possíveis diferenças nos escores das escalas. Assim
acima. Tais considerações são relacionadas ao quarto e último objetivo deste estudo.
para a meta aprender quando as mulheres obtiveram maior média, e significativa para a
maiores. Podemos fazer uma relação desses achados com os de Middleton e Midgley
(1997) que em estudo desenvolvido com estudantes do ensino médio, constataram que as
Zenorini e Santos (2003) e Zenorini (2007), observou-se que as mulheres eram mais
cognitivas como também para o total da escala. Na comparação das médias entre os sexos
escala. Esses dados corroboram os achados de Zenorini e Santos (2003) que também
meninos.
Dando continuidade, e com intuito de ainda atender o quarto objetivo, foi realizada
comparação das metas de realização com a variável idade. Para tanto optou-se por agrupar
faixas etárias dos estudantes, apenas o fator estratégias metacognitivas obteve resultados
significativos. Diante desse resultado, realizou-se a mesma análise por tipo de instituição,
apenas para a escola pública no fator estratégias metacognitivas, na faixa etária que
Por fim, outro aspecto analisado foi a identificação de diferenças entre as metas de
evitação. Resultado semelhante foi observado em pesquisa realizada por Zenorini (2007)
realização com a variável série. Ainda com a intenção de identificar eventuais diferenças,
foi realizado provas por tipo de instituição de ensino, também, nenhuma diferença
observaram que à medida que as séries avançavam os estudantes pontuavam menos na meta
que estudantes mais jovens que cursavam séries inicias elegeram estratégias de
aprendizagem menos elaboradas, já, as estratégias mais elaboradas foram utilizadas com
maior frequência pelos alunos mais velhos, os que cursavam a série mais avançada.
86
75
De modo geral pode-se aferir que os objetivos propostos neste estudo tenham sido
faz-se necessário, a realização de novos trabalhos sobre os temas tratados neste estudo que
ensino médio. É importante enfatizar que existem poucos estudos com a faixa etária
estudada e como também investigação que relacione motivação para aprender e estratégias
de aprendizagem.
A expectativa não atendida em relação aos resultados nesta pesquisa, era de existir
escola particular. O que foi pouco identificado, contudo não tão incongruentes com os
finais.
87
76
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante destacar que a realização deste trabalho propôs trazer elementos que
cursando o ensino médio. Apesar de estudos indicarem que a motivação para aprender se
constitui como uma variável importante no contexto escolar, ainda é possível identificar
que o estudo desse tema ainda se apresenta como um grande desafio, que segundo Bzuneck
que podem estar relacionadas com o uso de estratégias típicas do contexto escolar. No
participação de um professor que, no exercício de sua função, pode contribuir para que o
meta à que são orientados. Portanto, se faz necessário instituir práticas pedagógicas que
intencionalidade que professores devem possuir para utilizar de maneira mais efetivas
estudantes.
informação e de sua eficaz recuperação. Para que isso ocorra, é necessário que o estudante
tenha o devido conhecimento destas estratégias, e que saiba utilizá-las eficazmente. Cabe
aqui mencionar novamente a figura do professor, agora, como agente colaborador no ensino
também para o decorrer da vida acadêmica. Boruchovitch (1999) esclarece que é possível
rendimento escolar. Por isso, desde o início de sua escolaridade todo estudante deveria ser
escola pública, o que pode ser minimizado com o poder de inferência possibilitado pelos
suficientes para concluir pela evidência de validade para a Escala de Avaliação das
Estratégias de Aprendizagem (EAVAP) até então apenas validada para o uso no contexto
do ensino médio. Assim, é importante ressaltar que a comparação dos resultados deste
estudo com o resultado de outros estudos deve ser observada com prudência, em razão das
resultados.
conhecimento a respeito desses construtos. Boruchovitch (1999) destaca que apesar de sua
estudantes, possibilita que os professores possam recorrer a métodos mais apropriados para
Vale ressaltar também que são escassos os estudos sobre instrumentos de avaliação
para a faixa de escolaridade do ensino médio e, sobretudo, com amostra de regiões que
apresentam realidades culturais distintas. Noronha, Beraldo e Oliveira (2003) enfatizam que
90
79
o contexto cultural tem se constituído fator relevante no momento de construção e
validação1 de instrumentos.
Com base nessa assertiva é oportuno destacar que a realização desta pesquisa com
poucos estudos são desenvolvidos com amostras dessa região. Isso contribui para que haja
o incremento de pesquisas realizadas sobre o tema, bem como para se ter evidências de
aprendizagem possibilitou reflexão e confrontação a respeito desses assuntos com base nas
teorias apresentadas. A finalização deste estudo não esgota a discussão acerca do tema,
aspectos sejam explorados para que o avanço no conhecimento desses temas seja cada vez
mais consolidado.
1
Grifo meu
91
80
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ANEXOS
105
94
ANEXO – 1
ESCALA DE MOTIVAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM – EMAPRE
Rita da Penha Zenorini e Acácia A. Angeli dos Santos (2010)
As questões a seguir referem-se à sua motivação e às suas atitudes em relação à aprendizagem.
Não há respostas certas ou erradas, o importante é que você seja sincero!
Marque com um X a opção que mais se ajusta a você: Marque (X) 1 se você concorda com a afirmação, (X) 2 se você não
tem opinião a respeito e (X) 3 se você discorda da afirmação.
NOME: SEXO: F ( ) M( )
IDADE: SÉRIE: ESCOLA:
CIDADE: ESTADO:
1= Concordo 2= Não sei 3 =Discordo 1 2 3
1 Quando vou mal numa prova, estudo mais para a próxima.
2 Eu não desisto facilmente diante de uma tarefa difícil.
3 Para mim, é importante fazer as coisas melhor que os demais.
4 É importante para mim, fazer as tarefas melhor que os meus colegas.
5 Faço minhas tarefas escolares porque estou interessado nelas.
6 Não respondo aos questionamentos feitos pelo professor, por medo de falar
alguma “besteira”.
7 Gosto de trabalhos escolares com os quais aprendo algo, mesmo que cometa
uma porção de erros.
8 Na minha turma, eu quero me sair melhor que os demais.
9 Não participo dos debates em sala de aula, porque não quero que os colegas riam
de mim.
10 Uma razão pela qual eu faço minhas tarefas escolares é que eu gosto delas.
11 Sinto-me bem sucedido na aula quando sei que o meu trabalho foi melhor que
dos meus colegas.
12 Uma razão importante pela qual faço as tarefas escolares é porque eu gosto de
aprender coisas novas.
13 Gosto de mostrar aos meus colegas que sei as respostas.
14 Quanto mais difícil a matéria, mais eu gosto de tentar compreender.
15 Para mim, é importante, conseguir concluir tarefas que meus colegas não
conseguem.
16 Não me posiciono nas discussões em sala de aula, pois não quero que os
professores achem que sei menos que os meus colegas.
17 Sucesso na escola é fazer as coisas melhor que os outros.
18 Não participo das aulas quando tenho dúvidas no conteúdo que está sendo
trabalhado.
19 Eu gosto mais das tarefas quando elas me fazem pensar.
20 Gosto de participar de trabalhos em grupo sempre que eu possa ser o líder.
21 Gosto quando uma matéria me faz sentir vontade de aprender mais.
22 Uma razão pela qual eu não participo da aula é evitar parecer ignorante.
23 Uma importante razão pela qual eu estudo pra valer é porque eu quero aumentar
meus conhecimentos.
24 Ser o primeiro da classe é o que me leva a estudar
25 Gosto de tarefas difíceis e desafiadoras
26 Não questiono o professor quando tenho dúvidas na matéria, para não dar a
impressão de que sou menos inteligente que os meus colegas.
27 Não participo das aulas para evitar que meus colegas e professores me achem
pouco inteligente.
28 Sou perseverante, mesmo quando uma tarefa me frustra.
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95
ANEXO - 2
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
ESCOLA: ..........................................................................................................................
SEXO: M ( ) F ( ) DATA DE NASCIMENTO: .............................. IDADE:............
Como você acha que está se saindo na escola durante este ano ?
( ) Muito bem ( ) Bem ( ) Regular ( ) Mal ( ) Muito mal
Já repetiu alguma série? ( ) SIM ( ) NÃO
Gostaríamos de saber o que você costuma fazer para estudar e aprender melhor. Pense nas
formas como você, em geral, costuma estudar ou se preparar para uma prova. Não há respostas
certas ou erradas. O importante é você responder com sinceridade o que realmente faz.
Eu, .........................................................................................................................,
abaixo assinado, responsável legal de
................................................................................., dou meu consentimento livre e
esclarecido para que ele(a) participe como voluntário do projeto de pesquisa supra-citado,
sob a responsabilidade do(s) pesquisador(es) Nubiorlândia Rabêlo Pastor Oliveira e de Profª
Drª Acácia Aparecida Angeli dos Santos do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em
Psicologia da Universidade São Francisco.
2- Durante o estudo, dois instrumentos serão utilizados, a saber, Escala de Motivação para
Aprendizagem - EMAPRE e Escala de Estratégias de Aprendizagem, que serão aplicados
coletivamente em salas de aulas, em horário de maior conveniência para os professores. O
tempo estimado de aplicação dos dois instrumentos é de 30 minutos;
5 - Estou livre para interromper a qualquer momento sua participação na pesquisa, bem
como ele mesmo poderá deixar de participar na hora em que desejar;
8 - Poderei entrar em contato com o responsável pelo estudo, Nubiorlândia Rabêlo Pastor
Oliveira, sempre que julgar necessário pelo telefone (11 7092.1829);
9- Este Termo de Consentimento é feito em duas vias, sendo que uma permanecerá em
meu poder e outra com o pesquisador responsável.
.................................................................................................................................................................................
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ANEXO - 4
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )