LivroCozinha Classica Francesa e Italiaana
LivroCozinha Classica Francesa e Italiaana
LivroCozinha Classica Francesa e Italiaana
Francesa e Italiana
Prof. Mauricio Astigarraga
2019
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Mauricio Astigarraga
AS854c
Astigarraga, Mauricio
ISBN 978-85-515-0258-7
CDD 641.59
Impresso por:
Apresentação
A gastronomia é uma parte cultural importante e hoje em alta na
sociedade, tendo como nos primórdios uma base no velho mundo. Duas
das principais são as gastronomias francesa e italiana.
Mauricio Astigarraga
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA............................. 1
TÓPICO 1 - A FRANÇA....................................................................................................................... 67
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 67
2 HISTÓRIA DA COZINHA FRANCESA ....................................................................................... 67
3 CHEFES ................................................................................................................................................ 69
LEITURA COMPLEMENTAR............................................................................................................. 78
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 80
VII
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 81
VIII
2.2. MASSIMILIANO ALAJMO......................................................................................................... 196
2.3 ENRICO CRIPPA........................................................................................................................... 198
2.4 NIKO ROMITO............................................................................................................................. 199
2.5 MATTEO BARONETTO............................................................................................................... 201
2.6 CARLO CRACCO.......................................................................................................................... 202
3 ALIMENTAÇÃO................................................................................................................................. 204
3.1 APERITIVO..................................................................................................................................... 205
3.2 ANTIPASTI..................................................................................................................................... 205
3.3 PRIMO PIATTO.............................................................................................................................. 211
3.4 SECONDI PIATTI.......................................................................................................................... 219
3.5 CONTORNO................................................................................................................................... 226
3.6 FORMAGGIO E FRUTTA............................................................................................................. 230
3.7 DOLCE............................................................................................................................................ 232
3.8 CAFFÈ.............................................................................................................................................. 236
3.9 DIGESTIVO..................................................................................................................................... 238
LEITURA COMPLEMENTAR............................................................................................................. 239
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 241
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 242
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 243
IX
X
UNIDADE 1
IMPORTÂNCIA DA COZINHA
FRANCESA E ITALIANA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará auto atividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado..
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Mesmo não possuindo um extenso território, a Franca sempre encanta
pela variedade gastronômica. Com o país dividido em algumas regiões, podemos
ter certeza de uma gastronomia de alta qualidade, com uma variedade de sabores
e produtos empregados.
3
UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
4
TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
FONTE: <https://cdn.tohapi.com/blog/app/uploads/2016/03/carte-france-specialite-
gastronomique.jpg>. Acesso em: 21 ago. 2018.
usa gordura de pato, fígado (foie gras), cogumelos (cèpes) e moelas; a culinária
do Nordeste relembra a culinária da Alemanha e usa banha de porco e chucrute.
6
TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
Mas para quem não abre mão de carne vermelha, nesta região pode ser
degustada uma iguaria bem específica do local. Ao redor do Monte Saint-Michel
é produzido o corte de cordeiro a que se dá o nome de “Agneau de pré-salé”,
ou cordeiro pré-salgado. Os animais adquirem uma carne naturalmente salgada,
devido ao clima e local específico onde pastam.
7
UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
UNI
UNI
Sem dizer que para acompanhar desde os frutos do mar até os doces
amanteigados, se consome uma especialidade bretã, a cidra bretã. Não podemos
deixar de lado também as cervejas bretãs e o chouchen, um licor produzido a
partir da fermentação do mel na água ou no vinho.
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
FIGURA 6 - ALCACHOFRA
FIGURA 7 - CARAMELO
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TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
FIGURA 8 – CAMEMBERT
11
UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
Far breton – pudim, com recheio de ameixas secas ou uvas, à base de leite,
ovos e farinha, é aromatizado com rum ou cidra.
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TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
A capital francesa possui uma gastronomia, além de muito rica, com uma
grande diversidade de sabores, servindo clássicos de toda França, tais como
steak-frites e pommes parisiennes (batatas parisienses), o famoso sanduíche
torrado de queijo e de presunto, Croque-Monsieur, ou pratos elaborados do
estilo do "bistrot".
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
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TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
UNI
FONTE: <http://www.revistamade.com.br/materia/uma-pequena-historia-sobre-o-gteau-
paris-brest>. Acesso em: 21 ago. 208.
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
FIGURA 15 - BAECKEOFFE
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TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
UNI
3.4 BORGONHA
Com a região de um dos vinhos mais conhecidos do mundo, a Borgonha
é famosa pelos seus vinhedos, que cobrem seus campos e completam vilarejos
lindos e charmosos, com uma gastronomia bem presente e marcante. Basicamente,
na Borgonha se cultivam duas uvas, a “pinot noir”, que produz um vinho tinto
sutil muito presente de bouquet aromático e uvas chardonnay, que fazem vinhos
brancos, que acompanham muito bem com peixes e legumes leves. Os borgonheses
defendem fielmente que a mesma uva produz vinhos bem diferentes devido ao
seu terroir.
17
UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
UNI
FIGURA 17 – ESCARGOT
Podemos dizer que Lyon possui uma das maiores variedades de embutidos
da França, um salame chamado de “Rosettes, linguiça de vitela com batatas na
mostarda “Andouillettes à la lyonnaise” e também “Cervelas”, embutido suíno
curado, salpicado com trufas.
18
TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
Com a famosa capital dos duques, esta cidade se destaca por um produto
que carrega seu nome, DJON, uma cidade que depois de Paris é um dos centros
culturais mais importantes da França, e também com a produção de “Moutarde
Djon”, a mostarda de Djon, que hoje é cultivada e produzida na região com grãos
frescos do fruto, vinagre e sal, tendo disponíveis vários sabores conferidos pela
adição de especiarias, e mundialmente usadas para a finalização de molhos e carnes.
FONTE: <https://www.intermarche.com/files/live/sites/intermarche/files/contributed/Canal-
inter/Cuisine/shutterstock_260547311_big.jpg>. Acesso em: 22 ago. 2018.
19
UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
3.5 BORDEAUX
Da mesma forma que a Borgonha, Bordeaux possui uma gastronomia
envolvida em seus vinhos, tendo como muito famosos o molho Bordalaise, que é
feito com vinho de Bordeaux, que por sua vez é a segunda maior área de cultivo
de vinhos em todo o mundo, sendo que Languedoc, também na França, é a maior.
20
TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
FIGURA 20 - GARBURE
FONTE: <https://www.eatlivetravelwrite.com/wp-content/uploads/2014/02/DSC_5227.jpg>.
Acesso em: 22 ago. 2018.
UNI
Ostras, servidas com pão de centeio, e terrine de foie gras, que normalmente
é acompanhado de vinho Sauternes ou outro vinho doce.
Para sobremesas podem ser servidas trufas e cepes, queijos com geleias
são servidos em todas as mesas, tais como, cabécous (queijos de cabra cremosos),
pireneus (feitos com leite de ovelha), onde o queijo de cabra é acompanhado de nozes
de Périgord, e o queijo dos pireneus acompanha geleia de marmelo ou de cerejas
pretas; podem ser servidos alguns bolbos, como de nozes em Périgord, “gâteau
basque” com creme de amêndoas ou geleia de cereja, “canelés” em Bordeaux.
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
FIGURA 21 – CANELÉS
3.6 LANGUEDOC
Languedoc, ou em occitano, “Lengadòc”, está situada a sudeste da
Occitânia, no sul da França, que ao norte faz fronteira com a Auvérnia histórica;
a leste com o rio Ródano, separando-se da região de Provença e a sul com o Mar
Mediterrâneo, possuindo 200 km de costa.
FIGURA 22 - ANCHOÏADE
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TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
FIGURA 23 - ANGUILLES
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
Tielle de Séte, uma torta servida como entrada morna ou fria, introduzida
por imigrantes italianos através do Porto de Sète, onde é recheada com polvo e
lulas refogados com molho picante e leve de tomates frescos.
3.7 PROVENCE
Terras áridas com plantações de lavanda, tomilho, alecrim, manjerona e
oliveiras, proporcionam paisagens lindíssimas a esta região, de onde sabores e
aromas são formulados com presença e personalidade.
24
TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
FIGURA 26 - NICE
UNI
Alguns produtos são bem marcantes na Provence, como o Aioli, que é uma
emulsão provençal composta por alho, azeite e gema de ovos, pode ser servido
com carnes, bacalhau, vegetais e ovos.
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
FIGURA 27 - RATATOULLE
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TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
Salade niçoise é feita sempre com produtos da estação, mas sempre leva
tomates, anchovas e ovos cozidos regados com Aïoli.
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
LEITURA COMPLEMENTAR
Monsieur Paul
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TÓPICO 1 | FRANÇA: O CLÁSSICO SEMPRE EM ALTA
Foi assim que eu vim ao Brasil sem conhecer nada deste país, com um
contrato no bolso, que tinha sido assinado na sede do Meridien em Paris. Um
contrato que o Sr. Paul não gostou e na minha frente, furioso, ligou para o diretor
de RH da cadeia hoteleira e disse com firmeza: “Quando Bocuse manda um cara
da equipe dele, é porque ele é bom e deve-se pagar por um bom.” E dessa forma,
ele aumentou o meu salário com um simples telefonema que não durou nem dois
minutos. Eu faço questão de contar essa anedota, pois é preciso que se saiba que
o Sr. Paul era um chef exigente e até duro às vezes; ele podia ser ao mesmo tempo
um homem generoso e implacável com aqueles que não eram do seu agrado.
Ele me chamou no pátio do restaurante quando soube que o meu pai tinha
tido um AVC aos 46 anos que o deixou completamente paralisado. Ele me disse
que se eu quisesse ir embora, eu podia contar com ele, que ele ajudaria a minha
mãe. Antes de ir para o Rio, eu o acompanhei a Bogotá e ainda hesitava sobre
a vinda para o Rio, mas ele insistiu: “Você vai ver, é diferente, o céu é azul, as
praias são bonitas e as mulheres maravilhosas.” Realmente, quando eu cheguei o
céu era azul, as praias maravilhosas e as mulheres mais ainda. Mas eu tinha uma
missão a ser cumprida e de preferência o mais rápido possível como sous-chef,
pois já existia um chef. Em menos de quatro anos, o restaurante foi reconhecido
como número um do Brasil e como a mesa mais sofisticada da rede Meridien.
Quando ele vinha para o Brasil, trazia caixas de brinquedos, livros e roupas
que ele fazia questão de dar de presente para as crianças dos meus cozinheiros
(eles vinham, em uma grande maioria, do Nordeste e moravam nas favelas ou
subúrbios do Rio). Fomos de kombi, com o motorista do hotel, visitar as famílias
dos meus cozinheiros, com as caixas de presentes, na Rocinha, Belfort Roxo e
Vidigal. Numa dessas vezes, ele pegou um galo e gritou: “Chama todo mundo!
Eu vou hipnotizar o galo.” E 20 pessoas o observaram colocar o galo de barriga
para cima e imobilizá-lo.
– O melhor do que, seu imbecil? Isso não existe. Faça sempre o seu melhor,
mas nunca diga que você é ou será o melhor!
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
Depois ele me propôs ir para Nova York para ser chef do Restaurante Le
Cirque aos 27 anos. Acompanhado da Sissi, minha futura esposa, fomos passar
uma semana para conhecer o patrão em Nova York e poder discutir os detalhes do
meu contrato e depois seguiríamos para Collonges-au-Mont d’Or para conversar
com o Sr. Paul antes de voltar para o Rio. Neste dia, um dia glacial do mês de
janeiro, ele estava me esperando no restaurante, pediu que eu me sentasse em
uma mesa de frente para a cozinha, na qual tinha uma garrafa de champanhe,
ele a abriu, me serviu um copo e disse: “Você está consciente que eu estou te
oferecendo o tapete vermelho para a sua carreira?
Tudo isso deve ter levado ele a criar o Bocuse d’Or [um dos maiores
prêmios de gastronomia do mundo]. Ele acabou sendo o primeiro chef a abrir
uma escola em seu nome, o Instituto Paul Bocuse. Eu tive o privilégio de trabalhar
com ele, para ele, e fico feliz de poder compartilhar essas experiências dos anos
em que trabalhei para a Maison Bocuse. Eu espero que nessas poucas linhas, os
cozinheiros brasileiros entenderão o quanto o Sr. Paul foi o ponto de partida da
revolução e evolução da cozinha no mundo e que o Brasil faz parte desta história. E
que a cozinha representa um universo cultural e que cada vez mais os cozinheiros
deverão valorizar os produtores de suas regiões; uma cozinha expressa e executada
com a disciplina do gesto e tendo compromisso com o coletivo.
FONTE: <https://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/carta-chef-laurent-suaudeau-paul-
bocuse/>. Acesso em: 22 ago. 2018.
30
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
31
AUTOATIVIDADE
32
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A gastronomia da Itália pode ser considerada uma das mais saborosas do
mundo, com pratos envolventes, vegetais variados, massas e carnes, onde seus
sabores originam a partir de sua história, que com o passar dos tempos evoluiu
como todas as outras.
Relata-se que os italianos inventaram do sorvete até o café com leite, sem
falar na pizza. Já a famosa massa ou macarrão teve origem na China, mas os
italianos foram responsáveis por dar forma e molhos diferentes, sem dizer que
também são os responsáveis por difundir esses pratos pelo mundo.
FIGURA 30 – PIZZA
criados alguns dos bons modos utilizados à mesa. Mesmo sendo um país
relativamente pequeno, sua culinária é fortemente influenciada pelas diferentes
regiões, posições geográficas, clima e foi um dos responsáveis por influenciar
outros povos.
Uma das culturas que mais deixou herança na região foi a árabe,
introduzindo na região da Sicília a utilização de açúcar, arroz, canela, açafrão e
berinjela, e com doces de marzipã. No início de 1900, a Itália começou a exportar
sua gastronomia, principalmente devido à imigração para Buenos Aires, São Paulo
e Nova York, com pratos como spaghetti al sugo ou pizza, muito consumidos
pelos napolitanos.
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TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
UNI
Você sabia que o sorvete entrou para a gastronomia ao ser servido, em 1533, no
casamento de Catarina de Médici (italiana) e Henrique II (francês), em Paris? Inicialmente
restrito aos nobres, hoje o sorvete se tornou uma das sobremesas mais populares do
mundo. FONTE: <https://amo.kitchenaid.com.br/tecnicas-e-ingredientes/culinaria-
italiana-historia-e-sabores/>. Acesso em: 22 ago. 2018.
35
UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
36
TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
3.1 SICÍLIA
Maior ilha banhada pelo Mediterrâneo, com uma gastronomia de pouca
carne vermelha, utiliza muitos peixes, como atum e espada, e bastantes frutos do
mar, legumes e verduras frescas e o famoso vinho de Marsala.
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
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TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
FIGURA 33 – CANOLLI
3.2 SARDENHA
Como a Sicília, a Sardenha também é uma ilha banhada com águas de
cor esmeralda com heranças culinárias por suas colonizações árabes, bizantinas e
catalães, possui uma gastronomia de camponeses, consumo de legumes selvagens,
alcachofras, tomates, berinjelas e rabanetes, com frutas suculentas como figos,
limões, cerejas, romãs e ameixas, com proteínas diversas como de javali, leitões,
cozidos rústicos e muitos frutos do mar, e a sardinha e tainha que fornecem a
cobiçada Bottarga. Um terço do rebanho de ovelhas provém da Sardenha, onde a
principal renda dos habitantes provém do pastoreio, sendo que cerca de metade
do território é pastagem, demonstrando a força da culinária local.
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
40
TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
Pomodori ripieni é feito com tomates frescos recheados com pão triturado,
pecorino, noz-moscada e azeite.
FIGURA 36 – PORCHETTO
FIGURA 37 – CAZUMARZU
41
UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
3.3 PIEMONTE
Durante o outono europeu, esta região noroeste da Itália se transforma em
um centro gastronômico, época de coletar cogumelos, nozes e de caçar, a região
possui características montanhosas e também pelo manejo de gado, os já citados
cogumelos, trufas brancas e a carne de caça. Um grande uso da culinária francesa,
com leite de cabra, vaca e ovelha são produzidos os elaborados queijos, que
casam muito bem com seus vinhos, Barbaresco e Barolo, sem mencionar alguns
espumantes.
FIGURA 38 – GRISSINI
42
TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
3.4 TOSCANA
Com uma arquitetura e cultura onde se aparenta estar sempre em tempos
medievais, a Toscana possui uma comida muito elegante. A gastronomia da
Toscana é um pleno convite a saborear o prazer. Tomates frescos, azeite de oliva,
presuntos e salames e embutidos em geral são protagonistas dessa culinária
extremamente camponesa. Repleta de atributos, a Toscana, terra de Leonardo da
Vinci, é normalmente referência de um dos lugares mais belos do mundo.
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
FIGURA 40 - PECORINO
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TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
Focaccia é um tipo italiano de pão retangular assado com ervas, sal, azeite,
podendo servir como antepasto, sanduíches ou até base de pizzas.
FIGURA 42 - FOCACCIA
45
UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
FIGURA 45 - PARMIGIANO
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TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
UNI
Tagliatelle al ragu, sempre servido com massa fresca de grão duro, o molho
em sua receita original é feito com carne de boi picada em faca (normalmente
misturada com carne de porco e vitelo), pancetta (uma espécie de bacon), cebola,
cenoura, tomates frescos, vinho branco, manteiga, finalizado com regional
Parmigiano Reggiano.
47
UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
FIGURA 47 – LASAGNE
48
TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
3.6 LIGÚRIA
Uma culinária muito sábia e saborosa, com a capacidade de combinar o
cultivo de costas íngremes com peixes e frutos do mar, com uma receita muito
marcante ao redor do mundo, o pesto genovês. Os moradores dão preferência
para o uso de produtos locais, pescados em seu mar ou cultivados em sua costa.
Seu clima suave favorece o cultivo de ervas perfumadas, como o manjericão (base
do pesto), e legumes como a alcachofra, muito consumida na Ligúria.
FIGURA 48 - PESTO
FIGURA 50 - COBELLETTI
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TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
3.7 ÚMBRIA
Uma terra muito religiosa de santos, mas também de festas repletas de
boa comida e vinho, a medieval cidade de Assis é palco de festivais, no mês de
maio a cidade espalha barracas nas ruas com músicas e comida típica. A região se
caracteriza por bosques sem contato com o mar, mas cortada por rios e lagos que
fornecem peixes como enguia, carpa e truta, ingredientes como azeite de oliva
extra virgem, lentilhas, farro e trufas negras.
Muito consumo de carne de caça, como lebres, porcos e javalis, com uma
grande produção de embutidos artesanais.
FIGURA 51 – MAZZAFEGATI
51
UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
UNI
3.8 PÚGLIA
A gastronomia de Púglia tem em suas características principais, a base
em sua matéria-prima que pode ser tanto da terra ou do mar e são responsáveis
principalmente de exaltar e melhorar os sabores dos pratos. Púglia é responsável
por grandes produções de grãos, azeitonas negras e azeites extravirgens.
“Frisedda” é um pão duro em forma de um donut, temperado com azeite,
pimenta e sal. Massas caseiras como lasagne, recchie, orecchiette, produzidas
artesanalmente, são muito consumidas com molho de tomate fresco ou molho de
carne ou peixe.
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TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
FIGURA 53 – TROCCOLI
FIGURA 54 - SOPRESSATA
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
3.9 Vêneto
Muito difícil não se encantar com os Alpes, lagoas e colinas. A região
de Vêneto ainda é lar das cidades de Verona e Veneza, que possuem riquezas
gastronômicas, como vinhos refrescantes, radicchio e polenta.
FIGURA 55 – VENEZA
Sépia à veneziana é um prato que tem como base uma espécie de lula que
contém uma tintura negra comestível, que é picada com sua tintura e ensopada
com vinho, cebola e tomates frescos, acompanhada de polenta grelhada.
FIGURA 56 – CARPACCIO
FIGURA 57 - POLENTA
FIGURA 58 – BOTTARGA
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TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
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UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
58
TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
59
UNIDADE 1 | IMPORTÂNCIA DA COZINHA FRANCESA E ITALIANA
Ingredientes:
Modo de preparo:
Em uma panela, ferva cinco litros de água com uma colher (sopa) de sal.
Cozinhe o macarrão até ficar al dente. Em panela pequena, aqueça o vinho branco
em fogo baixo até evaporação do álcool e junte o caldo de legumes e reserve.
Em outra panela, aqueça o azeite e doure o alho, acrescente o tomate e refogue,
misture o caldo e deixe ferver até que o líquido se reduza, em fogo baixo adicione
o vôngole. Acerte o sal e pimenta e deixe cozinhar até as conchas abrirem. Escorra
o macarrão e junte a manteiga. Adicione aos poucos ao molho de vôngole e
misture bem, ao final com a massa quente polvilhe a salsinha e a botarga ralada
e sirva em seguida.
60
TÓPICO 2 | COZINHA ITALIANA: MESA FARTA
LEITURA COMPLEMENTAR
FONTE: <https://www.revistamenu.com.br/2018/06/19/mais-uma-vez-osteria-francescana-e-o-
restaurante-numero-1-do-mundo/>. Acesso em: 20 jun. 2018.
61
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
• Cidades belíssimas com grandes pratos, que são consumidos pelo mundo
todo, como a lasanha à bolonhesa, bife à parmegiana, bisteca fiorentina, sem
comentar os produtos exportados, como trufas, limão siciliano, e queijos como
Pecorino e Parmigiano Reggiano.
62
AUTOATIVIDADE
63
64
UNIDADE 2
COZINHA CLÁSSICA
FRANCESA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – A FRANÇA
65
66
UNIDADE 2
TÓPICO 1
A FRANÇA
1 INTRODUÇÃO
Não só da culinária e dos vinhos é feita a gastronomia francesa, mas
também dos rituais e formas de apresentação envolvidos, o clima e modo de cultivo
e preparo. Para a França, a culinária ultrapassa o ato de se alimentar, e é mais vista
como um momento de reunir entes queridos e celebrar coisas boas da vida.
Esta cozinha, simples na sua origem, que se refinou ao longo dos séculos,
seguiu uma constante procura do sabor dos alimentos. A ideia da superioridade
da arte gastronômica francesa surgiu no Renascimento, quando o gosto se
transformou, o consumo de açúcar aumentou e a manteiga fez sua entrada
nos tratados de receitas, desde a versão primitiva do Viandier, a mais famosa
coleção da Idade Média, até as da nova cozinha francesa da década de 1970, hoje
considerada clássica.
67
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
FIGURA 1 – MESA
FONTE:<https://img-fotki.yandex.ru/get/231315/346069169.16f/0_1982d8_5e724dda_XXL.jpg>.
Acesso em: 21 nov. 2018.
68
TÓPICO 1 | A FRANÇA
FONTE: <https://i1.wp.com/parisabor.com/wp-content/uploads/2017/08/
restaurant-449952_960_720.jpg. Acesso em: 21 nov. 2018.
3 CHEFES
O chef é o fiador da reputação de um restaurante. Com a missão principal,
a satisfação do cliente, elabora os pratos e os prepara para o atendimento. Ele
geralmente supervisiona uma equipe de cozinheiros e funcionários sob suas
ordens para realizar seu trabalho.
Ele é ao mesmo tempo cozinheiro, gerente e líder de equipe, seu papel não
para na realização de pratos e sua função requer alguma versatilidade.
69
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
Por coordenar uma brigada, o chef deve ser capaz de trabalhar em equipe.
Ele deve saber administrar e impor sua disciplina, mas também delegar certas
tarefas a seus funcionários e cozinheiros. Tudo com diplomacia para garantir
uma boa comunicação em sua equipe.
Finalmente, o chef deve ser criativo e inventivo para oferecer seus pratos de
menu que se destacam da concorrência. Ele deve dominar as técnicas de culinária
e atualizar-se regularmente para atender às expectativas dos clientes. Ser capaz
de se renovar e questionar-se constantemente são dois ativos importantes para
fazer um nome para si mesmo na profissão.
FONTE: <http://s2.glbimg.com/se8DaKoVvyrVh9vI1Aw48fbi1K8=/620x750/e.glbimg.com/og/
ed/f/original/2018/01/20/paul_bocuse.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2018.
70
TÓPICO 1 | A FRANÇA
Em 1946, iniciou seu aprendizado com “Mère Brazier”, que lhe ensinou
o básico da cozinha tradicional em Lyon. Nos anos 1950, formou-se em Fernand
Point, onde o chef também estrelou. No final de seu treinamento, ele fez estágio
na Chez Lucas Carton em Paris, sob a liderança do chef Gaston Richard. Foi nessa
época que ele se tornou amigo dos irmãos Troisgros: Pierre e Jean Troisgros.
Em meados da década de 1950, seu pai o levou para trabalhar ao lado dele no
restaurante da família, The Bridge Inn Collonges. Juntos, pai e filho ganharam
sua primeira estrela Michelin em 1958. Após a morte de seu pai em 1959, Paul
Bocuse assumiu as rédeas da instituição. Em ascensão, em 1961, ele ganhou o
título de Meilleur Ouvrier de France; em 1962, ele obteve sua segunda estrela
Michelin e, em seguida, a terceira em 1965 (BACUSE, 2012).
Em 1975, ele foi premiado com a Légion d'honneur por Valéry Giscard
d'Estaing, já no início dos anos 1980, com Gaston Lenôtre e Roger Verge, ele
conseguiu um contrato com a Disney para explorar os restaurantes de parque
de diversões França Pavilhão na Flórida. Com um bom senso comercial, ele
desenvolveu seus negócios no exterior, especialmente no Japão. Nos anos 1990,
abriu muitas cervejarias, a primeira das quais, a Le Nord, localizada no segundo
distrito de Lyon, foi inaugurada em 1994.
71
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
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TÓPICO 1 | A FRANÇA
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UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
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TÓPICO 1 | A FRANÇA
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UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
chefe de personalidade forte, e Paul Mercier. Pierre e Jean fazem uma rápida visita
a Maxim's, e ao Hotel de Crillon, antes de voltarem ao berço em Roanne, o pai,
Jean-Baptiste, quer seus dois filhos para sucedê-lo (TROISGROS, 2006).
FONTE: <https://vignette.wikia.nocookie.net/contemporain/images/2/24/Les_Gourmandes_-_
Oeuvre_de_Arman_1992_Roanne.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2018.
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TÓPICO 1 | A FRANÇA
Pierre Troisgros, casado com Olympe Troisgros, uma italiana que morreu
em Roanne, em maio de 2008, tiveram três filhos, Michel, Claude e Anne Marie.
Pierre, após o falecimento de seu irmão, continuaria em 1984 sua aventura com
seu filho e futuro sucessor Michel Troisgros.
Nos anos 1990, Michel Troisgros abre em Roanne "Le Central" (apelidado
de "o anexo" porque é uma continuidade do famoso Três Estrelas), uma cozinha
que respeita as tradições. Em 2001, Michel Troisgros abre Koumir (Diva) em
Moscou, em um hotel do século XIX, entre Praça Pushkin e Praça Vermelha. Em
2004, Michel Troisgros se associa com o prestigiado Hotel Lancaster no 8º distrito
de Paris. Um ano depois, ele foi premiado com uma estrela pelo Guia Michelin.
77
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
servir. Diz a lenda que o grande prato de sopa e a colher de molho foram
inventados para este prato, que também deu sua cor à estação de Roanne. A
comida é tão famosa que Michel Troisgros sentiu a necessidade de removê-
la do cardápio. Mas ele sempre serve a pedido do cliente.
FONTE: <https://www.lemonde.fr/m-styles/article/2014/10/23/l-escalope-de-saumon-a-l-oseille-
de-la-maison-troisgros_4510760_4497319.html>. Acesso em: 21 nov. 2018.
LEITURA COMPLEMENTAR
20 de novembro de 2017
Um evento, várias
possibilidades, muitas vezes,
nos surpreendemos com a
exclusividade de um grande
evento. Uma das primeiras coisas
perceptíveis e marcantes é a
decoração e a temática do local,
que pega os convidados pela
vista, logo de início. Observando
melhor, é possível dar atenção
aos outros detalhes, que não são
menos importantes para tornar o
evento diferenciado e único. As vestes dos convidados, o tipo de louça e o jeito
com que os pratos e as bebidas são servidos são elementos que não podem,
simplesmente, serem deixados de lado. Baseado nessa questão, falaremos sobre
uma forma interessante de servir os convidados: o serviço à francesa.
Primeiramente, é
importante ressaltar que, no
serviço à francesa, os lugares dos
convidados já são preestabelecidos
pela dona do evento, quem
recepciona as pessoas. Sendo
assim, uma dica interessante é
arrumar as mesas com lugares
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TÓPICO 1 | A FRANÇA
marcados na mesa ou nas cadeiras, para que não haja confusão na hora em que os
convidados forem sentar. Nesse tipo de serviço, quem serve os pratos se posiciona
do lado esquerdo de cada pessoa, usando um guardanapo na mão esquerda, que
é dobrado em formato quadrado. O prato frio que será servido como aperitivo já
deve estar na mesa, acompanhado dos copos de água.
Por último, vamos falar no cardápio, que é algo essencial no tipo de serviço
à francesa. Ele deve ser composto pelo antepasto (saladas ou frios que antecedem
o jantar), a entrada (formada por alimentos mais leves que os do prato principal,
o prato principal, o prato de queijos, a sobremesa e as bebidas digestivas (licor,
café e chás), que são servidas por último.
79
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
80
AUTOATIVIDADE
81
82
UNIDADE 2 TÓPICO 2
A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
1 INTRODUÇÃO
A cozinha francesa refere-se a vários estilos culinários provenientes
das inúmeras tradições francesas, das quais evoluíram ao longo dos séculos as
mudanças sociais e políticas no país. A Idade Média assistiu ao desenvolvimento
de emblemáticos banquetes que levaram a gastronomia francesa a um nível
superior, com comida decorada e fortemente temperada por chefs como
Guillaume Tirel.
83
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
2 COZINHA BURGUESA
A culinária burguesa era composta dos pratos clássicos que foram
adaptados ao paladar dos mais influentes na sociedade, com técnicas complexas
e a utilização de molhos à base de cremes. Como auge podemos notar a chamada
alta cozinha, com técnicas altamente refinadas e complexas de preparação e
escolha dos melhores produtos para execução. Criando no exterior a falsa ideia
de que a gastronomia francesa é sempre rodeada de complexidade na execução
e serviço.
3 CUISINE DU TERROIR
Podemos salientar a cozinha regional, com suas especialidades,
valorizando seus produtos todos com alta qualidade e de produção artesanal com
tradição camponesa, fugindo daquele estereótipo da gastronomia francesa.
FONTE: <http://blog.discoverfrance.com/wp-content/uploads/2011/08/Boeuf-Bourguignon.
jpg>. Acesso em: 21 nov. 2018.
4 NOUVELLE CUISINE
No início dos anos 1970 se desenvolveu a “Nouvelle cuisine”, muito
influenciada por Paul Bocuse e os irmãos Troisgros. Menores porções e molhos
mais suaves com preparações não tão demoradas, com fusão de técnicas e
produtos de outros países remodelou o conceito da gastronomia francesa.
84
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
FONTE: <http://www.arquitetandoestilos.com/wp-content/uploads/2017/06/nouvelle-cuisine-
600x400.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2018.
5 COZINHA ATUAL
Basicamente uma cozinha de fusão, no início ainda na França, onde tenta
unir esses três tipos de culinária, com ênfase no resgate da “Cuisine du terroir”. A
ideia é um retorno à culinária tradicional, com as preparações mais demoradas e
rústicas utilizando produtos de qualidade e efetuando uma fusão com a “Nouvelle
cuisine”, promovendo a estes pratos um requinte de apresentação e serviço.
FIGURA 11 - RATATOUILLE
85
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
UNI
O ratatouille é uma receita do século XVIII e pode ser servida quente ou fria,
sozinha ou como acompanhamento. Um prato rústico, típico da região da Provença, em que
se notam influências espanholas e italianas. O nome significa “picar, triturar”, mas podemos
traduzir também como “ragoût de legumes”. O preparo sempre apresenta berinjela e tomate,
podendo acompanhar pimentão, abobrinha e cebola, em que o preparo consistia em tirar as
peles e sementes do tomate e cozinhar separadamente os vegetais, para serem combinados
no final e temperados com sal e ervas de Provença, sendo regado com vinho branco ou
tinto. FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ratatouille>. Acesso em: 21 nov. 2018.
• L’apéritif
UNI
O que significa brindar? Hoje em dia, muitos aperitivos começam com este ritual
bem conhecido. Esta é uma prática antiga que vem da Idade Média, em que envenenar era
de fato uma prática comum. Como os senhores não tinham confiança em ninguém, eles
bebiam duas vezes com seus hóspedes para que o líquido passasse de um copo para outro,
uma boa maneira de provar que todos estavam bebendo a mesma coisa. FONTE: <(Brinde)
<https://blog.tramier.fr/histoire-aperitif_olives_apero_tramier/>. Acesso em: 21 nov. 2018.
UNI
Por que dizemos "Tchin"? Esta expressão foi relatada no início do século XIX na Europa
pelos britânicos que estavam na China. Tchin vem do chinês "tsing", que significa “Oi”. FONTE:
<<https://blog.tramier.fr/histoire-aperitif_olives_apero_tramier/>. Acesso em: 21 nov. 2018.
FIGURA 12 - MARTINI
87
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
• Mise em bouche
• L’Entrée
INGREDIENTES:
3 abobrinhas;
40 ml de leite;
4 ovos;
3 CS cebolinha picada;
5 g cominho em pó;
50 g de farinha;
2 CS de azeite.
FONTE: <http://img.over-blog-kiwi.com/1/18/19/62/20160802/ob_
f55 1e2_gateau-de-courgettes-2.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2018.
PREPARAÇÃO:
88
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
• Entrée en gelée
Uma entrada fria feita em geleia, que pode ser composta de vários insumos.
INGREDIENTES:
2 cenouras;
100 g pimentões
conserva;
200 g Beterraba cozida;
1 alho-porro;
50 g coentro;
50 g erva doce;
20 g gelatina incolor.
FONTE: <https://www.cuisineactuelle.fr/recettes/entree-en-
gelee-255880?amp>. Acesso em: 21 nov. 2018.
PREPARAÇÃO:
INGREDIENTES:
89
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
PREPARAÇÃO:
• Clafoutis d’aubergine
INGREDIENTES:
2 berinjelas;
1 dente de alho;
150 g queijo de cabra;
3 ovos;
20 ml creme de leite;
3 cs azeite;
1 c farinha de milho;
Alecrim;
Pimenta-sal.
FONTE: <http://img.over-blog.com/600x421/4/45/25/00/11/12/
13/14/15/16/17/_MG_1460.JPG>. Acesso em: 21 nov. 2018.
PREPARAÇÃO:
Corte 1 berinjela ao meio, regue com azeite e alho picado e leve ao forno por 10
min a 200°C. Retire a polpa com uma colher, misture, reserve. Corte a segunda
berinjela em cubos pequenos e doure no azeite, bata os ovos com o creme de
leite, farinha de milho e algumas folhas de tomilho. Adicione o purê da polpa e
os cubos de berinjela, sal e pimenta. Divida a mistura em forminhas e espalhe
um pouco de alecrim, e ao centro dos ramequins cubos de queijo de cabra.
Assar por 20 min.
90
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
INGREDIENTES:
2 aspargos verdes;
2 ovos;
20 ml creme de leite;
50 g de tomate seco;
4 fatias de presunto cru;
10 g cebolinha;
Pitada de curry;
Sal;
FONTE: <https://compagnonsdugout.fr/wp-content/uploads/ Pimenta.
2016/02/OEUF-COCOTTE-JAMBON-CRU-CDG-HD-750x680.
jpg>. Acesso em: 22 nov. 2018.
PREPARAÇÃO:
INGREDIENTES:
Pate Sablée;
100 g queijo de cabra;
1 mç espinafre;
60 g pinoli;
20 g manteiga;
2 Ovos;
50 ml creme de leite;
Sal;
FONTE: <https://static.lexpress.fr/medias_10383/w_1365,h_1024,c_cro Pimenta.
p,x_0,y_423/w_605,h_350,c_fill,g_north/v1428498768/recette-de-
quiche-d-epinards-au-cheve_5316551.jpg>. Acesso em: 22 nov. 2018.
91
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
PREPARAÇÃO:
Doure os pinolis em frigideira seca e reserve assim que estiverem bem coloridos,
então coloque a manteiga na panela e ao aquecer adicione o espinafre e misture
até que murche e reserve. Em uma tigela bata os ovos e o creme e acrescente
o queijo de cabra, sal e pimenta. Monte uma forma de fundo falso com a Pate
sablée, disponha o recheio de espinafre e sobre ele despeje o creme de ovos
batido. Leve ao forno pré-aquecido a 200°C por 40 min. Aprecie imediatamente,
sozinho ou com uma salada de cenoura ralada.
UNI
INGREDIENTES:
1 kg abóbora;
200 g batatas;
100 g cebola;
200 ml de água
Sal;
50 g pinoli;
50 ml creme de leite.
FONTE: <https://goo.gl/9QEMx7>. Acesso em: 21 nov. 2018.
PREPARAÇÃO:
92
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
INGREDIENTES:
4 pimentões vermelhos;
3 cebolas;
4 batatas;
Cebolinha.
FONTE: <https://static.cuisineaz.com/240x192/i132110-veloute-
de-poivrons.jpeg>. Acesso em: 22 nov. 2018.
PREPARAÇÃO:
Retire a pele e sementes dos pimentões, e corte em pedaços. Descasque as
batatas e as cebolas e corte em pedaços. Em panela refogue a cebola e doure
levemente, adicione as batatas e os pimentões, e 2 litros de água. Cozinhe por
20 min e processe em liquidificador, volte para panela e acerte o sal e tempero.
Sirva quente com uma rodela fina de pimentão e cebolinha salpicada.
INGREDIENTES:
Massa folhada;
5 endívias;
200g queijo de Chavignol;
50 g de manteiga;
20 g ervas da Provença;
1 cs açúcar;
Sal e pimenta.
FONTE: <https://www.lespaniersdavoine.com/media/news/resi
zed/tarte_tatin_product_view.jpg>. Acesso em:22 nov. 2018.
PREPARAÇÃO:
Corte as endívias em quatro nos comprimentos. Refogue em fogo baixo com o açúcar
e manteiga até metade das endívias por 25 min, deve estar dourada. Pré-aqueça o
forno a 200°C. Organize as endívias em forma de roseta dentro de uma forma rasa
de torta. Corte o queijo em fatias finas, polvilhe as ervas de Provença, sal e pimenta.
Cubra com a massa folhada, a borda da massa deve deslizar entre o molde e
a chicória. Asse por 20 minutos, a massa deve subir e dourar. Desenforme em
prato de forma que as endívias fiquem para cima.
93
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
UNI
• salade piémontaise
INGREDIENTES:
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
• Salade niçoise
Pode ser servido como uma salada composta ou como uma salada. Pode
ser utilizado atum fresco ou enlatado. Durante décadas, houve um desacordo
significativo entre tradicionalistas e inovadores em relação a quais ingredientes
deveriam ou não ser incluídos em uma salada niçoise. Segundo os tradicionalistas,
exclui legumes cozidos. A salada pode incluir pimentos vermelhos crus, chalotas,
corações de alcachofra e outros vegetais crus sazonais. Feijões verdes crus colhidos
na primavera, quando ainda são jovens e crocantes, podem ser incluídos. No
entanto, feijões verdes cozidos e batatas são comumente servidos em variações
da salada niçoise que são populares em todo o mundo.
INGREDIENTES:
8 filetes de anchovas;
4 ovos de codorna;
8 Tomates cereja;
1 Pepino;
1 Pimentão verde;
50 g Azeitonas pretas;
01 Cebola branca;
½ maço manjericão;
3 cs azeite;
1 c vinagre de maçã;
FONTE: <https://goo.gl/LNhqGJ>. Acesso em: 22 nov. 2018. Sal.
PREPARAÇÃO:
Leve uma panela com água salgada para ferver. Mergulhe os ovos de codorna e
cozinhe por 7 minutos. Escorra e mergulhe-os em água fria. Descasque e reserve.
Corte os tomates cereja em 4, com o pepino faça finas lâminas, o pimentão sem
pele e semente fatiado bem fino e igualmente a cebola. Escorra as anchovas e
deixe em lâminas. Misture todos os ingredientes, exceto ovos e manjericão em
uma tigela. Polvilhe com azeite e vinagre de maçã, sal e pimenta. Adicione os
ovos de codorna e polvilhe com folhas de manjericão. Sirva imediatamente.
95
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
7 LE PLAT
Le Plat, ou prato principal, no qual é servida alguma proteína, carne, peixe
ou ave, acompanhados de legumes, risoto, batata, massas etc., onde as escolhas e
combinações podem ser infinitas.
• Acompanhamentos
• Petits pois à la française (salada de ervilhas À Francesa)
INGREDIENTES:
1 kg de ervilhas frescas;
1 alface;
12 cebolas;
80 g de manteiga;
1 buquê garni;
1 c café de açúcar;
Cerefólio;
Sal e pimenta.
FONTE: <https://goo.gl/K2CDYq>. Acesso em: 26 nov. 2018.
PREPARAÇÃO:
INGREDIENTES:
800g de brócolis;
4 ou 5 batatas;
250g de salmão;
500 ml de béchamel;
50g de queijo ralado;
Sal e pimenta.
96
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
PREPARAÇÃO:
INGREDIENTES:
97
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
INGREDIENTES:
INGREDIENTES:
4 fatias de presunto;
1 cogumelos enlatados;
100 g de Gruyère ralado;
500 ml de leite;
25 g de manteiga;
1 c de farinha;
Noz-moscada ralada;
Sal;
Pimenta.
98
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
• Ratatouille niçoise
INGREDIENTES:
2 abobrinhas;
1 berinjela;
1 pimentão verde;
1 pimenta vermelha;
3 tomates;
1 cebola;
2 dentes de alho;
1 buquê garni;
Azeite de oliva;
Sal e pimenta moída
FONTE: <https://goo.gl/gswQG6>. Acesso em: 26 nov. 2018. na hora.
PREPARAÇÃO:
99
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
• AVES
• Magret de Canard au miel
INGREDIENTES:
2 peitos de pato;
3 colheres de sopa de mel;
3 colheres de chá de
vinagre balsâmico;
Sal.
Incisão do peito de pato no lado da pele sem cortar a carne. Cozinhe os peitos em
fogo alto em uma panela de ferro fundido, começando pelo lado da pele. O tempo
de cozimento depende se gostamos de carne mais ou menos cozida. Conte cerca de
cinco minutos de cada lado. Remova regularmente a gordura durante o cozimento.
Mantenha os peitos de pato aquecidos (no forno, cobertos com papel alumínio).
Deglace a panela com mel e vinagre balsâmico. Não ferver, a preparação se
transformaria em caramelo. Apimente bem. Coloque em saucière acompanhando
o peito de pato fatiado. Como acompanhamento, sugerimos pequenos nabos
esmaltados (cozidos em água e depois amanteigados com um pouco de açúcar).
• Confit de Canard
INGREDIENTES:
100
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
PREPARAÇÃO:
INGREDIENTES:
1 frango de fazenda
(gordura);
0,5 baguete;
2 dentes de alho;
1 kg de batatas (pequenas);
150 ml de caldo de galinha;
50 g de manteiga;
2 colheres de sopa de óleo;
Flor de sal;
Pimenta grelhada.
FONTE: <https://goo.gl/EQbvre>. Acesso em: 26 nov. 2018.
PREPARAÇÃO:
Pré-aqueça o forno (210° C). Corte a baguete ao meio e grelhe levemente. Corte
os dentes de alho ao meio e esfregue a torrada com o pão. Em seguida, corte
o pão em croutons. Recheie o frango com croutons de pão e coloque em uma
assadeira. Polvilhe com óleo, polvilhe com manteiga, sal e pimenta. Lave e limpe
as batatas, coloque-as no prato ao redor do frango e adicione os dentes de alho.
Despeje o caldo de galinha no prato. Asse e cozinhe por uma hora, regando o
frango regularmente enquanto cozinha. Tire do forno e sirva.
101
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
INGREDIENTES:
1 frango inteiro;
50 g de manteiga;
200 g de cogumelos frescos;
50 g de cebola;
150 g creme de leite;
1 copo de cidra;
1 copo de licor de calvados;
1 gema de ovo;
FONTE: <https://goo.gl/7BS7bR>. Acesso em: 26 nov. 2018. Sal e pimenta.
PREPARAÇÃO:
INGREDIENTES:
PREPARAÇÃO:
102
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
INGREDIENTES:
103
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
INGREDIENTES:
4 codornas;
1 cebola grande;
400 de cogumelos (mistura de
floresta ou Paris, cogumelos de
ostra, giroles etc.);
50 ml de conhaque;
100 ml de creme fresco;
1 colher de sopa de mostarda;
100 ml de vinho branco;
1 dente de alho;
1 colher de sopa de salsa picada
40 g de manteiga;
1 colher de sopa de azeite;
FONTE: <https://goo.gl/BrYf6L>. Acesso em: 26 nov. 2018. Sal e pimenta.
PREPARAÇÃO:
INGREDIENTES:
4 codornas;
8 fatias de bacon;
20 g de uvas brancas secas;
20 g de uvas passas secas;
20 g de amêndoas;
20 g de avelã;
1 colher de sopa de gordura
de pato;
100 ml de caldo de galinha;
Sal;
FONTE: <https://goo.gl/JWzSdm>. Acesso em: 26 nov. 2018. Pimenta.
104
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
PREPARAÇÃO:
INGREDIENTES:
6 codornas;
40 g de manteiga;
1 fatia de pão;
1 chalota;
50 ml de leite;
1 ovo;
150 g de fígado de galinha;
90 g de foie gras;
200 ml de vinho branco;
Caldo de galinha;
FONTE: <https://goo.gl/5HqHxj>. Acesso em: 26 nov. 2018. 1 colher de sopa farinha de
milho;
Sal e pimenta.
PREPARAÇÃO:
• Cailles au roquefort
105
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
INGREDIENTES:
4 codornas;
50 g de carne de linguiça;
4 figos secos;
2 colheres de sopa de avelãs;
2 chalotas;
40 g de roquefort;
1 ovo;
2 colheres de sopa de azeite;
Sal;
Pimenta.
FONTE: <https://goo.gl/uBT92B>. Acesso em: 26 nov. 2018.
PREPARAÇÃO:
• Carnes
• Côtes d'agneau caramélisées
INGREDIENTES:
8 costelas de cordeiro;
2 pimentões vermelhos;
1 ramo de alecrim;
2 colheres de sopa de mostarda;
2 colheres de sopa de mel;
100 ml de vinho branco seco;
8 colheres de sopa de azeite;
FONTE: <https://goo.gl/FYU2LE>. Acesso em: 26 nov. 2018. Sal;
Pimenta moída.
PREPARAÇÃO:
106
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
INGREDIENTES:
4 pedaços de cordeiro;
400 g de cuscuz;
2 cebolas grandes;
150 g de amêndoas;
150 g de grão de bico natural;
1 colher de sopa de mel;
70 g de manteiga;
1 colher de café de mel;
1 colher de café de gengibre
moído;
2 colheres de sopa de água de
FONTE: <https://goo.gl/EEBWgt>. Acesso em: 26 nov, 2018. flor de laranjeira;
Sal;
Pimenta.
PREPARAÇÃO:
107
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
INGREDIENTES:
1 carré de cordeiro;
1 CS manteiga;
Azeite;
Sal e pimenta-do-reino a gosto;
1 xícara de caldo de carne;
250 ml de creme de leite fresco;
Farofa para crosta de ervas:
1/2 xícara de azeite;
Pimenta-do-reino;
8 fatias de pão de forma;
FONTE: <https://goo.gl/VMKtL4>. Acesso em: 26 nov. 2018.
1 maço tomilho;
1 maço salsa;
2 dentes de alho;
Zeste limão siciliano;
Mostarda para besuntar o carré.
PREPARAÇÃO:
INGREDIENTES:
108
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
PREPARAÇÃO:
Pré-aqueça o forno a 220° C. Pique o alho com pão, manteiga, ervas e 2 colheres
de sopa. Sal e pimenta. Reserve. Em uma tigela, unte com o óleo (2 colheres de
sopa). Ponha o cordeiro. Adicione o tomilho, erva-doce e alecrim. Sal e pimenta.
Reserve. Limpe e corte a erva-doce, pré-cozinhe em uma panela de água salgada
por 5 min. Adicione os feijões descascados. Continue cozinhando 5 min. Escorra.
Asse a costeleta de carneiro por 10 minutos e depois flambe com o que havia
reservado previamente. Ponha no forno a 180º C e continue cozinhando por 10
min. Coloque a grelha de borrego com a manteiga reservada. Arrume a erva-
doce, tomate, favas e cebolinha picada ao redor. Despeje 2 colheres de sopa. óleo
e cozinhe mais 10 minutos. Sirva quente.
INGREDIENTES:
• Blanquette de vitela
109
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
INGREDIENTES:
1 kg de vitelo em cubos;
250 ml de vinho branco;
4 dentes de alho;
100g de cebola picada;
50g de cenoura picada;
50g de alho-poró picado;
50g de salsão;
1 ramo de alecrim;
1 ramo de tomilho;
1 folha de louro;
25g de manteiga;
25g de farinha de trigo;
FONTE: <https://goo.gl/PmYfVh>. Acesso em: 26 nov. 2018. 250ml de creme de leite fresco;
Sal e pimenta a gosto.
PREPARAÇÃO:
Numa panela, coloque o vinho branco, o alho, a cebola, o alho poró, o salsão, a
cenoura, o alecrim, o tomilho e o louro, e deixe ferver. Escalde a carne de vitelo
em água fervendo, e tempere com sal e pimenta do reino. Coloque a carne,
cubra com água e confira o tempero com sal e pimenta-do-reino moída na hora.
Deixe cozinhar por 40 minutos, coe e reserve separadamente da carne o caldo
do cozimento. Aqueça a panela com manteiga, junte a farinha de trigo e misture
em fogo brando. Acrescente o caldo, adicione a carne e o creme de leite fresco.
Deixe cozinhar por mais 30 minutos ou até a carne ficar bem macia. Decore com
cebolinha francesa e sirva com arroz branco.
• Carbonnade flamande
INGREDIENTES:
110
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
PREPARAÇÃO:
INGREDIENTES:
Em uma frigideira quente, sele o filé com uma noz de manteiga e doure por
alguns minutos de cada lado. Sal, pimenta e deixe descansar para esfriar. Refogue
os cogumelos com as chalotas e o dente de alho em uma pequena quantidade
de manteiga, e o filé com suco de limão. Cozinhe por alguns minutos em fogo
alto para remover a água dos cogumelos, que pode encharcar a massa folhada.
Sal, pimenta e deixe esfriar. Em uma assadeira, desenrole a massa folhada em
um papel manteiga e pincele com a clara de ovo (reserve a gema). Espalhe uma
camada de cogumelos do comprimento do lombo até o centro da massa e coloque
a carne por cima. Cubra com o resto dos cogumelos. Dobre a massa ao redor da
rede, começando pelas laterais e terminando com as pontas, dobrando-as para
cima como para um pacote de presentes. Pressione as bordas com os dedos para
111
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
grudar bem. Pincele a massa com a gema misturada com uma colher de chá de
leite, para dar uma cor agradável quando cozida. Trazer um toque de decoração,
adicionando cortes na massa. Asse em forno pré-aquecido a 200 ° C por cerca
de 35 minutos. Para terminar, deixe o filé descansar por dez minutos para que a
carne fique mais macia e dê tempo para a massa endurecer um pouco.
INGREDIENTES:
1 Língua de boi;
1 cebola;
1 cenoura;
1 buquê Garni;
10 picles;
2 dentes de alho;
Para o molho:
1 Copo de molho de madeira;
1 Copo de caldo de carne;
FONTE: <https://goo.gl/8zNr23>. Acesso em: 26 nov. 2018.
30 g de manteiga;
30 g de farinha;
Sal;
Pimenta.
PREPARAÇÃO:
Coloque a língua em uma panela. Cubra com bastante água, adicione o vinagre
e cozinhe por 10 minutos da fervura. Escorra a língua de boi e retire a pele.
Coloque a língua em uma caçarola grande com o bouquet garni, cenoura, alho
e cebola descascada e picada. Sal, pimenta, cubra com água e cozinhe por 2
horas com a tampa. 15 minutos antes do final do cozimento, prepare o molho:
derreta a manteiga em uma panela e acrescente a farinha. Faça uma pasta e
adicione pouco a pouco o caldo de madeira. Sal e pimenta e deixe engrossar
enquanto mistura. Adicione os pepinos em fatias. Escorra a língua da carne e
sirva fatiado, coberto com molho e pepino.
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
INGREDIENTES:
INGREDIENTES:
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UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
INGREDIENTES:
2 colheres de sopa de
mostarda;
1 copo pequeno de vinho
branco (opcional);
1 copo pequeno de caldo de
vitela (ou água);
250 ml de creme de leite;
Uma pitada de suco de limão;
FONTE: <https://goo.gl/TPbESc>. Acesso em: 26 nov. 2018. Sal e pimenta.
PREPARAÇÃO:
Para começar, aqueça em uma caçarola um pouco de azeite. Frite seus pedaços de
carne de porco por alguns minutos até que eles obtenham uma cor bonita. Enquanto
isso, descasque suas cebolas e dentes de alho e pique finamente. Adicione o alho e a
cebola na sua panela e deixe-a cozinhar por alguns minutos.
Em seguida, adicione em sua caçarola um copo pequeno de vinho branco e um fundo
de vitela (ou apenas um pouco de água, cerca de dois copos). Adicione o creme de
leite e a mostarda e misture bem. O líquido deve estar na metade da panela. Neste
ponto, abaixe o fogo e cozinhe por cerca de uma hora em fogo baixo e sirva.
• Peixes
• Truite au vin blanc et pignons
INGREDIENTES:
1 cebola;
1 pitada de páprica defumada;
65 ml de manteiga com sal;
185 ml de vinho branco;
5 ml de vinagre de xerez;
½ xícara de pinhão;
Salsa fresca picada;
1/2 limão para suco e raspas;
4 filetes de truta, com pele;
½ xícara de farinha de trigo;
30 ml de azeite;
FONTE: <https://goo.gl/yEDhce>. Acesso em: 26 nov. 2018. Sal e pimenta a gosto.
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
PREPARAÇÃO:
Em uma panela de ferro quente, frite a cebola com a páprica em 30 ml (2 colheres
de sopa) de manteiga. Deglaze com vinho branco e vinagre de xerez. Reduzir
pela metade. Adicione os pinhões, salsa, suco de limão e raspas. Adicione 5 ml
(1 colher de chá) de manteiga, misture. Remova tudo da panela. Na mesma
panela, em 30 ml (2 colheres de sopa) de manteiga e azeite de oliva, dourar os
filés de truta, previamente salgados e passados na farinha. Cozinhe três minutos
de cada lado. Sirva com os pinhões e vinho branco.
INGREDIENTES:
115
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
INGREDIENTES:
INGREDIENTES:
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
INGREDIENTES:
117
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
INGREDIENTES:
1 lata de sardinha;
100 g de farinha;
100 g de queijo parmesão;
1 cc bicarbonato de sódio;
100 g de manteiga;
1 ovo grande + 1 gema para
dourar;
Sal e pimenta.
• La cotriade
INGREDIENTES:
1 kg de côngrio;
700 g de mexilhão;
12 batatas;
3 dentes de alho;
1 bouquet garni;
5 colheres de sopa de azeite;
2 colheres de sopa de molho de
tomate;
150 ml de vinho branco;
FONTE: <https://goo.gl/SRw8qN>. Acesso em: 28 nov. 2018. Pimenta.
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
PREPARAÇÃO:
8 LE FROMAGE
Ao chegar nesta parte do jantar será bem possível que não estará com
muita fome, mas não deixe de lado esta experiência, quando o garçom conduz
um carrinho repleto com variações de queijos de várias opções. Dependendo da
região, a ordem da degustação dos queijos varia de acordo com a potência, é
importante não misturar nada e seguir do mais fraco para o mais forte, assim
garante que os sabores não sumam na boca, tendo atenção se deve ser consumido
ou não o “croûte” (casquinha do queijo), pois algumas não são comestíveis.
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UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
FIGURA 13 - FROMAGE
9 LE DESSERT
Nenhuma refeição gourmet é servida sem sobremesa, nenhum
aniversário sem bolo, ou alguma refeição com amigos sem algum tipo de doce,
de preferência caseiros. Porque até a dona de casa mais simples conhece pelo
menos um simples bolo e em blogs de culinária são os bolos e os doces mais
frequentemente apresentados. Sobremesas e, portanto, bolos e outros doces são
realmente emblemáticos da gastronomia francesa. Estas sobremesas são invejadas
por países estrangeiros onde não há tantas variedades de bolos.
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
UNI
• Baba au rhum
121
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
Massa Calda
100 g manteiga; 1 litro de água;
250 g farinha de 1/2 kg açúcar cristal;
trigo; 150 ml de rum;
25 g mel; 1 abacaxi;
25 g fermento Geleia de damasco;
biológico; Chantilly;
8 g sal; Raspas de um
8 ovos; limão;
FONTE: <https://goo.gl/Tji1zh>. Acesso em: 28 Raspas de um Raspas de uma
nov. 2018. limão. laranja.
PREPARAÇÃO:
Massa:
Esta receita deve ser feita em dois tempos: o ideal é deixar passar 48 horas
entre as duas etapas de preparo. Corte a manteiga em pedacinhos e deixe-a
em temperatura ambiente. Prepare as raspas de limão, em batedeira, coloque a
farinha de trigo, o mel, o fermento biológico em pedaços, o sal, a baunilha, as
raspas de limão e três ovos. Deixe bater em velocidade média até que a massa
descole da parede da vasilha. Adicione então mais três ovos e repita a operação.
Quando a massa descolar novamente, acrescente os ovos restantes e bata por
mais dez minutos. Sem desligar a batedeira, acrescente a manteiga cortada em
pedacinhos. Quando a massa se tornar homogênea (bem líquida), coloque-a em
uma vasilha e deixe-a crescer por 30 minutos em temperatura ambiente.
Unte 8 forminhas. Coloque a massa em um saco de confeitar e preencha as
forminhas até a metade, deixe a massa crescer novamente até que atinja a borda
das forminhas. Pré-aqueça o forno a 200°C, e coloque as forminhas por 15
minutos. Desenforme quando estiverem frias. Deixe secar por dois dias, para
que absorvam melhor a calda.
Calda:
Prepare as raspas de limão e laranja, quebre e rale o interior da fava de baunilha,
bata no processador quatro fatias de abacaxi para obter 50 g de purê. Ferva
em uma panela a água, as raspas, a baunilha e o purê de abacaxi. Ao levantar
fervura, adicione o rum e desligue o fogo. Deixe a 60°C.
Montagem:
Mergulhe um a um os docinhos na calda. Ferva em uma panela a geleia de
damasco diluída. Regue os doces com o rum e depois pincele-os com a geleia de
damasco fervente. Enfeite os doces com chantili natural, ou aromatizado com
canela.
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
• Canelé
INGREDIENTES:
500 ml leite;
50 g manteiga;
1 fava de baunilha;
100 g + 10 g de farinha;
250 g açúcar de confeiteiro;
1 pitada de sal;
2 ovos;
2 gemas;
FONTE: <https://goo.gl/6H6ogf>. Acesso em: 28 nov. 2018. 60ml rum.
PREPARAÇÃO:
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UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
• CHOUX À LA CRÈME
A chamada “Pate Choux” é uma massa base que podemos chamar das
mais usadas na preparação de sobremesas e doces franceses. Podemos falar
que choux à la crème basicamente é uma miniatura redondinha da “bomba”,
alterando os sabores de recheios. Consiste em uma massa leve e aerada, com um
creme em abundância, levemente fresco e não muito doce.
INGREDIENTES:
Massa choux:
125 g de farinha;
70 g de manteiga;
3 ovos;
¼ l de água;
1 pitada de sal;
Creme de confeiteiro
175 g de açúcar;
½ l leite integral;
4 gemas;
1 vagem de baunilha;
FONTE: <https://goo.gl/V7zqcp>. Acesso em: 28 nov. 2018. 60 g de farinha de milho.
PREPARAÇÃO:
Massa:
Em uma panela, aqueça a manteiga cortada em pedaços com água e sal. Uma vez
derretida, despeje a farinha peneirada de uma só vez. Mexa vigorosamente até
que a massa saia da panela formando uma bola. Fora do fogo, adicione os ovos
inteiros um por um, misturando cada vez até que a massa esteja homogênea.
Sobre folha de papel manteiga e usando um saco de confeiteiro, coloque 12
pequenas bolas de massa, elas vão inchar muito durante o cozimento e não
devem tocar uma na outra. Asse de 20 a 25 minutos a 200º C.
Creme:
Em uma panela, ferva o leite. E adicione as sementes de baunilha, enquanto
isso, bata as gemas em uma tigela com o açúcar refinado e amido até que a
mistura fique branca, em seguida, adicione o leite fervente e continue mexendo.
Coloque tudo de volta na panela em fogo muito baixo até que o creme engrosse.
Deixe o creme esfriar e coloque-o na geladeira por pelo menos 2 horas. Faça
um buraco sob a parte de baixo de cada bolinha assada. Recheie com creme de
confeiteiro usando um saco de confeiteiro.
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
• Crepe
INGREDIENTES:
MASSA: FLAMBAR:
150 g açúcar; 50 g açúcar;
150 g farinha; 1 laranja;
1 pitada de sal; 50 g manteiga;
1 limão; 100 ml suco de
1 laranja; laranja;
4 ovos; 100 ml de licor de
1 fava de baunilha; laranja;
30 ml licor de laranja; 30 ml conhaque.
FONTE: <https://goo.gl/2hsssk>. Acesso 500 ml leite;
em: 28 nov. 2018. 100 g manteiga.
PREPARAÇÃO:
MASSA:
Em uma tigela, misture o açúcar, a farinha peneirada, o sal, as raspas do limão
e da laranja. Adicione os ovos, a baunilha, o licor de laranja e o leite. Misture
bem até obter uma massa homogênea. Peneire a massa para deixá-la bem lisa.
Leve a massa para geladeira por uma hora. Enquanto isso, derreta a manteiga
lentamente até que ela comece a escurecer. Espere a manteiga escurecida (beurre
noisette) esfriar e misture-a na massa já descansada. Esquente uma frigideira
antiaderente untada com um pouco de manteiga e coloque aos poucos a massa
na frigideira. Cozinhe os crepes por aproximadamente 30 segundos de cada lado.
FLAMBAR:
Em uma frigideira grande, derreta a manteiga em fogo médio e adicione os cubos
de açúcar e raspas de laranja. Quando caramelizar, acrescente o suco de laranja
mexendo muito bem. Dobre 4 dos seus crepes em 4 partes e coloque-os na frigideira.
Em um dos cantinhos da frigideira, coloque o licor de laranja e o conhaque. Quando
a bebida esquentar, incline essa pontinha da frigideira em direção ao fogo e flambe
os crepes. Desligue o fogo e coloque os seus crepes em um prato.
• Mille Feuille
125
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
FONTE: <http://www.bakingmywaythroughgermany.com/wp-content/uploads/2016/01/
Napoleons_14-copy.jpg>. Acesso em: 28 nov. 2018.
• Mousse
Há uma variedade de receitas de mousse de chocolate e por um bom
motivo, é uma das sobremesas favoritas dos franceses. Se você optar por adicionar
frutas, trocar o chocolate amargo por branco ou leite, terá diferentes resultados
possíveis. Mousse de chocolate é uma receita puramente francesa. É descrito pela
primeira vez por Menon, um autor culinário que viveu no século XVII e depois
se refere à espuma em uma bebida de chocolate. Foi em 1820 que a preparação
apareceu oficialmente no livro Cook Royal Alexandre Viard.
126
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
INGREDIENTES:
10 LE CAFÉ OU DIGESTIF
Le café. Um bom expresso ou um chá, geralmente acompanhado de
biscoitos, chocolates ou iguarias pequenas, onde o café não é normalmente
servido com a sobremesa, em alguns restaurantes mais formais. No final também
é servido o digestivo, que normalmente são conhaques ou licores.
FIGURA 16 - CONHAQUE
127
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
FIGURA 17 - CAFÉ
FONTE: <https://uploads.metropoles.com/wp-content/uploads/2015/12/02194001/nespresso_
notginger-628x577.jpg>. Acesso em: 29 nov. 2018.
• Croque madame
Na sua forma mais famosa, ou seja, feita de pão quadrado, recheado com
presunto e coberto com queijo gratinado, o croque-monsieur teria sido proposto
pela primeira vez em 1910 no cardápio de um café parisiense, localizado no
Boulevard des Capucines.
128
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
Michel Lunarca, possuía uma estranha reputação de canibal, onde teria proposto
um sanduíche de pão para substituir a baguete. Um cliente perguntou então qual
era a carne e o garçom respondeu, no tom da piada: "Croque Monsieur”, carne
do senhor.
INGREDIENTES:
Para o creme
Aqueça o leite em uma panela e deixe de lado. Em outra panela, derreta a
manteiga e adicione a farinha. Mexa em fogo moderado a baixo por dois
minutos para cozinhar, adicione o leite morno gradualmente, mexendo para
fazer o creme denso e suave, finalize com sal, noz-moscada e gruyère.
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UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
cada pão. Fazemos uma fina camada de creme bechamel no presunto e polvilhe
um pouco de queijo Gruyère, asse por 4 minutos. Monte uma fatia sobre a outra
e mantenha no forno cobrindo com restante do bechamel por mais 4 minutos.
Finalize com ovo frito de gema mole.
UNI
• Foie gras
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
No reinado de Luís XIV, o Rei Sol, é que se fala pela primeira vez "foyes
gras", e a partir desse momento, o foie gras nunca mais saiu das cozinhas dos
grandes chefs franceses. No passado, a engorda de gansos e patos tinha um
duplo propósito: a produção de foie gras, apreciada pelo seu sabor refinado,
e também a produção de gordura usada para conservar alimentos. O uso de
gordura para confitar carne permite sua preservação por vários meses. Essa
técnica, muito usada no campo, era essencial para garantir um recurso de carne
em um momento em que o freezer não existia. Antes da chegada das modernas
técnicas de melhoramento, os criadores selecionavam, por palpação, patos que
desenvolviam os maiores fígados após um período de alimentação forçada. A
capacidade dos patos de engordar rapidamente sempre foi considerada um sinal
de vitalidade e boa saúde.
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UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
Redução balsâmica
125 ml de vinagre balsâmico
(10 g de açúcar
Purê de cebola
2 cebolas picadas
60 g de manteiga
sal e pimenta
60 ml de caldo de galinha
Tortas
200 g de massa folhada
1 ovo batido
3 figos frescos, cortados em 18
FONTE: <https://goo.gl/gEfQdK>. Acesso em: 29 nov. fatias
2018.
125 g de foie gras
500 ml mesclun
sal e pimenta.
PREPARAÇÃO:
Redução balsâmica
Em uma panela pequena, reduza o vinagre balsâmico e o açúcar pela metade ou
até ficar homogêneo. Deixar de lado.
Purê de cebola
Em uma panela, amoleça a cebola na manteiga em fogo baixo, sem dourar.
Tempere com sal e pimenta e cozinhe até as cebolas ficarem bem macias, quase
translúcidas. Purê no liquidificador com o caldo até ficar homogêneo. Ajuste o
tempero. Deixar de lado.
Tortas
Forre uma assadeira com papel manteiga. Estenda a massa folhada em um
retângulo de 51 x 13 cm (20 x 5 polegadas). Corte a massa em 6 tiras de 13 x
6 cm (5 x 2 ½ pol.). Esmague cada pedaço com um garfo e pincele com o ovo
batido. Coloque os pedaços de massa na assadeira. Coloque as fatias de figo
sobrepostas, nos pedaços de massa folhada. Leve à geladeira por 30 minutos.
Com o suporte na posição central, pré-aqueça o forno a 200°C (400°F). Asse as
tortas por cerca de 15 minutos ou até dourar. Deixar arrefecer. Corte o foie gras
em 12 fatias. Para servir, coloque uma torta quente em um lado de um prato
e cubra com duas fatias de foie gras. Adicione alguns verdes ao lado e circule
cada tartlet com redução de balsâmico e purê de cebola doce.
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UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
• Coq au vin
Galo ao vinho é uma receita histórica, no passado era usado para celebrar o
fim da colheita, mas sua origem permanece incerta. Alsácia, Borgonha, Champagne
e Auvergne competem pela paternidade deste delicioso prato. Segundo a lenda,
devemos voltar ao tempo da conquista da Gália. Um povo de Auvergne cercado
pelos romanos teria enviado um galo, símbolo de bravura e determinação, ao
campo inimigo para insultá-lo. Para responder a essa provocação, Júlio César
convidou o chefe gaulês para jantar. Na época, o vinho era um produto de luxo,
sinônimo de riqueza e, portanto, poder. O chef foi ordenado a preparar o galo
gaulês, de modo a impressionar o chef Auvergne (uma luta de galo real!), onde
não era nada além de coq au vin!
A escolha deve ser cuidadosa, um galo ou frango de cerca de 2,5 kg, com
pelo menos três anos de idade, com cuidados para comprá-lo do criador de aves
ou do açougueiro, o galo tem uma carne muito perfumada, mas mais firme que
as outras aves, é por isso que é cortado em pedaços pequenos e cozido por um
longo tempo no vinho, para amaciar e oferecer uma carne saborosa e derretida.
Para realçar o sabor deste prato rústico, é possível adicionar ao molho uma
colher de sopa de creme de cassis ou algumas raspas de laranja e limão (HISTOIRE
DES GRANDS PLATS QUI ONT FAIT LA GASTRONOMIE FRANÇAISE, 2015).
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
INGREDIENTES:
Cortar o galo em pedaços (se você tiver abatido as aves, manter o sangue). Faça
uma marinada com 1 litro de vinho, óleo, pimenta esmagada, salsa picada, louro,
tomilho e alho esmagado. É aconselhável marinar as peças do galo por 12 horas.
Descasque as cebolas e o alho, esmague o alho. Mergulhe o bacon em água fria,
deixe ferver e cozinhe por 2 minutos, depois escorra. Aqueça uma colher de
sopa de óleo e 40 g de manteiga em uma panela. Doure o bacon e as cebolas.
Escorra-os. Substitua-os pelos pedaços de galo. Vire-os várias vezes até dourar
levemente. Escorra-os. Descarte a gordura da panela. Coloque as cebolas, bacon
e frango. Aqueça o conhaque, coloque-o na panela e flambe. Para terminar,
adicione o vinho tinto, bouquet garni e alho. Leve lentamente a ferver, tampe
e cozinhe por uma hora. Enquanto isso, limpe e pique finamente os cogumelos
parisienses. Refogue-os em 20 g de manteiga e adicione-os à panela. Continue
cozinhando por 20 minutos. Prepare uma manteiga com a farinha e a manteiga
restante. Para diluir, em uma tigela, com um pouco de molho quente, em
seguida, despeje pouco a pouco na panela, mexendo. Cozinhe mais 5 minutos,
adicione o sangue e deixe engrossar por 5 minutos, mexendo sempre. Prove e
retifique o tempero. Sirva bem quente.
• BOEUF BOURGUIGNON
INGREDIENTES:
• CASSOULET
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TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
INGREDIENTES:
137
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
alecrim, sálvia, tomilho e caldo de galinha; ferver. Cubra e leve ao forno a 170 °
C, cozinhe 2 horas. Retire do forno e deixe descansar por 15 minutos. Transferir
para uma travessa.
• BOUILLABAISSE
FIGURA 20 - BOUILLABAISSE
UNI
INGREDIENTES:
PASSO 1
Prepare o dia antes da sopa de peixe. Esvazie o peixe sem abri-lo, mas
pressionando a cabeça em direção à cauda para ejetar as vísceras. Em uma
saladeira grande, misture-os com o corte de erva-doce em pequenos pedaços,
dentes de alho descascados, aipo cortado, açafrão e ervas de Provence. Polvilhe
com azeite. Coloque a tigela na geladeira e mexa pelo menos 2 a 3 vezes.
PASSO 2
No dia seguinte, separe o peixe da marinada. Coloque-o em uma panela com
um pouco de azeite e refogue por alguns minutos sem deixá-los queimar, cubra
139
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
com água e adicione o extrato de tomate. Cozinhe uma boa meia hora em caldo
grande, molhar, se necessário, com água e pimenta de acordo com o seu gosto.
Passe a sopa para o espremedor de batatas.
PASSO 3
Prepare a bouillabaisse: descasque e corte as batatas em rodelas de cerca de 1
cm e reserve-as. Em uma panela com azeite refogue em fogo baixo (cerca de
2 a 3 minutos) peixe escorpião, tainha vermelho, galo, o galinette, pedaços de
enguia e caudas de lagosta cortadas em duas partes. Em seguida, retire o peixe
da panela e adicione a água apenas para cobrir e reservar.
PASSO 4
Coloque a sopa na panela e deixe ferver. Em seguida, coloque as caudas de
lagosta. 5 minutos depois, adicione o peixe e as batatas em rodadas. Quando as
batatas estiverem cozidas, tudo estará cozido.
PASSO 5
Preparar ferrugem: montar uma maionese com ovo, mostarda, azeite, sal e
pimenta. Uma vez que ele é levado adicione o tomate, pimenta e um pouco de
sopa de peixe.
PASSO 6
Prepare serviço: Ao cozinhar o prato, coloque as fatias de pão no forno para
assar, em seguida, esfregar com alho. Leve as batatas e reserve. Retire o peixe
sem quebrá-lo, retire nas redes e colocá-lo em uma bandeja de reconhecer.
Coloque as batatas em torno dos filetes de peixe. Sirva a sopa quente.
PASSO 7
Primeiro, sirva as fatias de pão cobertas de ferrugem e regue com a sopa de
peixe, depois sirva os pedaços de peixe regados com sopa e alguns croutons.
• CONFIT DE CANARD
Para fazer um confit de pato, ele deve, portanto, ser feito de uma carne
gorda. Como dito antes, o confit era originalmente um método de preservação,
o pato é cortado em pedaços, a gordura é armazenada, é coberta com sal grosso
para absorver a água, depois limpamos o sal e cozinhamos em fogo baixo na
gordura do pato; a carne, quando completamente cozida, pelo menos duas horas
140
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
de cozimento, foi então coberta com gordura, depois mantida seca, fresca e
protegida da luz. Hoje, os confits são esterilizados em seus frascos, pelo menos
20 minutos a uma temperatura de 100°. Confit de pato é mais saboroso quando
feito com sal grosso, perfumando mais a carne. Você também pode adicionar
especiarias, não se preserva um pato inteiro, mas sim em alguns pedaços, coxas,
peito, asas e pescoços. O confit de pato pode ser consumido quente ou frio, muitas
vezes, com batatas fritas e saladas, ou até mesmo patê. (HISTOIRE DES GRANDS
PLATS QUI ONT FAIT LA GASTRONOMIE FRANÇAISE (2015).
INGREDIENTES:
Confit
Tempere as coxas com as ervas, o sal grosso e a pimenta, deixando em geladeira
de um dia para o outro. No dia seguinte, leve a gordura de pato ao fogo em
panela alta. Quando estiver bem aquecida, acrescente as coxas e cozinhe
lentamente em fogo baixo (tomando cuidado para que não ferva) por duas
horas no mínimo. Retire da panela e coloque as coxas sobre papel-toalha para
retirar o excesso de gordura. Reserve.
Molho de laranja
Leve ao fogo médio em panela grande o açúcar até caramelar. Acrescente o
vinagre. Adicione o suco de laranja e o caldo de pato. Deixe ferver em fogo
médio até todo o caramelo dissolver e o molho ficar homogêneo. Caso seja
necessário, fazer uma liga com um roux.
Finalização e montagem
Leve as coxas de pato em assadeira ao forno pré-aquecido (200º₢) por
aproximadamente 10 minutos ou até que fiquem bem douradas. Aquecer bem o
molho. Disponha cada coxa em prato pré-aquecido, acrescente o molho e decore
com um ramo de tomilho e as tirinhas de laranja.
141
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
• CROISSANT
INGREDIENTES:
Pré-massa Massa;
4 CS de farinha de trigo 4 xícaras de farinha de
2 CS de fermento trigo;
biológico fresco ½ xícara (chá) de açúcar;
½ copo de água 1 colher (chá) de sal;
2 ovos;
1 xícara de manteiga;
Recheio;
2 xícaras chocolate ao leite;
Cobertura;
FONTE: <https://goo.gl/c3iCdm>. 1 xícara chocolate
Acesso em: 29 nov. 2018. fracionado.
142
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
PREPARAÇÃO:
• MACARON
143
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
INGREDIENTES:
Preparação básica:
125 g de farinha de amêndoa;
250 g de açúcar de confeiteiro.
Merengue:
100 g de clara de ovo;
30 g de açúcar;
FONTE: <https://goo.gl/5mJToC>. Acesso em: 29 nov. 2018. Extrato de café / Baunilha / etc.
PREPARAÇÃO:
Preparação básica: Faça uma mistura de açúcar de confeiteiro e farinha de
amêndoa. (Você pode adicionar cacau em pó para macarons de chocolate
aqui). Aconselha-se que sejam peneirados todos os seus ingredientes com
antecedência.
Preparação do merengue: Bata as claras até ficarem firmes. Quando tiverem
subido pela metade, acrescente metade do açúcar, continue batendo a mistura,
com metade do açúcar restante aumente a velocidade (isso é chamado: espremer
as claras). Momento de adicionar corante alimentar. Adicione seus extratos
de perfume (extrato de café, baunilha líquida) e misturar. Finalize a pasta de
macarons mexendo delicadamente as claras e sua preparação básica. Sua massa
deve se tornar homogênea e suave. (Ele pode cair um pouco).
Descanso dos macarons: Significa pegar a pasta de macaron e colocá-la em um
saco de confeiteiro, e sobre silicone ou papel manteiga faça pequenas rodadas
de massa. E deixe secar em ambiente sem umidade.
Cozinhar macarons: Para macarons bem-sucedidos, pré-aqueça o forno a 230°C,
e inicie diretamente a esta temperatura, ao fechar o forno diminua imediatamente
a temperatura para 200°C com a porta do forno meio aberta. Isso permitirá que
o vapor saia. Cozinhe cerca de 9 minutos para macarons 3 cm de diâmetro e
14 minutos para macarons 4/5 cm. Em seguida, coloque seus macarons em um
rack para parar de cozinhar. Eles devem ser recheados somente no dia seguinte.
• SAINT HONORÉ
144
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
INGREDIENTES:
145
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
Pâte à Choux
Pré-aqueça o forno a 180° e coloque uma folha de papel vegetal em uma assadeira.
Espalhe a massa folhada na superfície de trabalho levemente enfarinhada para
formar um disco com 28 cm de diâmetro. Coloque a massa sobre a folha em
seguida, no meio formando um ziguezague para que a massa se desenvolva fure
com garfo. Asse o disco de massa no forno quente por 20 minutos. Abra o forno,
polvilhe o açúcar de confeiteiro na massa e continue cozinhando por 10 minutos.
Na saída do forno, deslize a folha, deixe esfriar até a temperatura ambiente.
Bola de Choux
Com forno já pré-aquecido a 180°, coloque uma folha de papel vegetal em uma
assadeira. E com ajuda de um saco de confeiteiro faça bolas de 3cm e asse por 40
min e nunca abra o forno. Eles devem ser bem dourados, inclusive em rachaduras.
Com a ponta de uma faca, perfure a parte inferior dos Choux e introduza o creme
diplomata. Faça um caramelo seco com 200g de açúcar refinado e mergulhe o
topo das bolas.
146
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
Decoração
147
UNIDADE 2 | COZINHA CLÁSSICA FRANCESA
LEITURA COMPLEMENTAR
FONTE: <https://goo.gl/FRNP3m>.
148
TÓPICO 2 | A BASE DO SERVIÇO E SEUS PRATOS
149
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu:
• Quais os tipos de cozinha que a França pôde usufruir ao longo dos anos, desde
a cozinha da realeza até a alta gastronomia.
150
AUTOATIVIDADE
151
152
UNIDADE 3
COZINHA CLÁSSICA
ITALIANA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer do texto, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
153
154
UNIDADE 3
TÓPICO 1
A COZINHA ITALIANA
1 INTRODUÇÃO
A Itália é um país basicamente de santos, poetas e transformadores,
de fabricantes incansáveis e talentosos. Mas no mundo da comida, quase não
inventaram nada, mas são capazes de explorar como nenhum outro país tudo o
que lhes é oferecido. A maioria dos pratos que dão vida à extraordinária tradição
regional italiana origina-se de produtos estrangeiros, métodos e técnicas que,
de outros locais no mundo, trazidos para a península, são refinados a ponto de
suplantar o original, para torná-los italianos.
Por outro lado, a história mostra sinais que são muito menos lineares e que
se desenvolvem isoladamente, em meio a notícias falsas, de histórias inventadas,
de anedotas tão engraçadas quanto improváveis. Por isso, é necessário muito
esforço para conseguir brilhar uma verdade. Um exemplo é a pizza, que as
fronteiras do seu mundo nunca foram bem definidas. Uma das coisas mais
fascinantes é o fato de que a pizza é consumida há séculos e que, apesar de ter se
tornado o símbolo da culinária da Itália no mundo, não há evidência de algo que
se aproxima de pizza em muitas e diversas culturas.
155
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
156
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
DICAS
Temos também o risoto milanês, cujo cereal vem do Leste da Ásia, os árabes
foram responsáveis por leva-lo para a Europa, os espanhóis por começar a usá-
lo no lugar de cuscuz, os franceses a usá-lo durante o manjar branco, alimentos
à base de arroz e carne de capão, muito diferente do atual doce siciliano. Já o
Wiener Schnitzel à milanesa, de origem austríaca, em seguida, mudou-se para a
Espanha, e com toda a probabilidade que a verdadeira costeleta não é milanesa,
nem vienense, mas francesa. Já o panettone, que é simplesmente o mais bem-
sucedido dos muitos pães doces da Europa, não tem nenhum fato fundador
preciso. O café vindo do Oriente, do Império Otomano, foi chamado caveè ou
chaube através de Veneza, mas partiu da Etiópia, o planalto de Kaffa, através do
porto de Makkah.
DICAS
157
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
FIGURA 2 - DOLMA
2 INÍCIO DE TUDO
A cozinha italiana se desenvolveu ao longo dos séculos. A culinária
pode ser rastreada desde o século IV a.C., quando comida e cultura eram muito
importantes. Através dos séculos, regiões vizinhas, conquistadores, chefs de
alto nível, agitação política e a descoberta do novo mundo influenciaram seu
desenvolvimento. A comida italiana começou a se formar após a queda do
Império Romano, quando diferentes cidades começaram a se separar e formar
suas próprias tradições. Muitos tipos diferentes de pães e macarrão foram
desenvolvidos, e houve uma variação nas técnicas de cozimento e preparação. O
país foi dividido, a culinária regional foi representada por algumas das principais
cidades da Itália. Por exemplo, Milão é conhecida por seus risotos, Bolonha, por
seus tortellinis e Nápoles é famosa por suas pizzas e espaguetes.
158
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
159
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
UNI
De 1524 a 1548, di Messisbugo serviu nos tribunais de Alfonso I e seu filho, Ercole
II, em Ferrara, onde organizou muitos banquetes. Muito apreciado como um mestre de
cerimônias, foi feito contagem palatina em 20 de janeiro de 1533 pelo imperador romano
Charles V. Seu livro de receitas, Banchetti, composições de vivenda e apparecchio generale,
que foi publicado postumamente em 1549, é dirigido àqueles que preparam festas
principescas, e fornece descrições detalhadas dos cardápios para seus banquetes oficiais na
corte de Este. Além de listar receitas, também discute equipamentos de logística, decoração
e culinária. Libro novo nel qual si insegna a far dogni sorte di vivanda, atribuído a ele e
publicado em Veneza em 1564, bem depois de sua morte, é em grande parte uma repetição
de suas receitas em Banchetti. Alguns dos pratos que ele descreveu sobrevivem hoje na área
de Ferrara. Ele está enterrado na igreja do Mosteiro de Sant'Antonio em Polesine.
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Cristoforo_di_Messisbugo>. Acesso em: 24 jan. 2019.
160
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
161
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
da Ligúria e este livro continha a primeira receita para o Pesto. Já La Cucina
Teorico-Pratica, escrito por Ippolito Cavalcanti, descreveu a primeira receita de
massa com tomate.
3 INGREDIENTES ITALIANOS
A cozinha italiana tem uma grande variedade de ingredientes diferentes
que são comumente usados: frutas, legumes, molhos, carnes etc. No norte da
Itália, peixes (como bacalhau ou baccalà), batatas, arroz, milho, salsichas, carne
de porco e diferentes tipos de queijos são os ingredientes mais comuns. Pratos de
162
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
massa com uso de tomate estão espalhados por toda a Itália. Os italianos gostam
de seus ingredientes frescos e sutilmente condimentados.
FIGURA 4 - CAPELETTI
UNI
4 VARIAÇÕES REGIONAIS
Dizem que a cozinha é o espelho do país e da cultura desse país. Nada
poderia ser mais verdadeiro se pensarmos na Itália. A cozinha italiana se
desenvolveu ao longo dos séculos, a partir de antiguidades romanas, com
influências gregas, árabes, bizantinas e do Novo Mundo.
164
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
As receitas mais famosas, na Itália, foram escritas por mães e avós, não
por grandes chefs, e isso faz da culinária italiana uma comida caseira, facilmente
reproduzível e frequentemente reproduzida no exterior, de modo a tornar-se
uma das culinárias mais populares do mundo.
165
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
FIGURA 6 - CHITARRA
166
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
FIGURA 7 – AÇAFRÃO
4.2 BASILICATA
A cozinha de Basilicata é baseada principalmente em ingredientes baratos
e profundamente ancorada nas tradições rurais. Carne de porco é uma parte
integrante da culinária regional, muitas vezes feita em salsichas ou assados em
um espeto. As famosas salsichas secas da região são Lucanica e Soppressata.
FIGURA 8 - SOPPRESSATA
167
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
168
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
4.3 CALÁBRIA
Na Calábria, uma história do domínio francês sob a Casa de Anjou
e Napoleão, juntamente com influências espanholas, afetou a linguagem e
habilidades culinárias, como visto na nomenclatura de coisas como bolo, gatò,
do gateau francês. Frutos do mar incluem espadarte, camarão, lagosta, ouriço do
mar e lula. Massas são amplamente utilizadas em pratos regionais, muitas vezes
servidas com cabra, carne de vaca ou molho de carne de porco e ricota salgada.
FIGURA 10 - CAPICOLA
FONTE: <http://www.bestsmokerz.com/wp-content/uploads/how-to-make-capicola.jpg>.
Acesso em: 24 jan. 2019.
169
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
DICAS
4.4 CAMPÂNIA
A Campânia produz extensivamente tomates, pimentões, cebolinhas,
batatas, alcachofras, erva-doce, limões e laranjas, que assumem o sabor do
solo vulcânico. O Golfo de Nápoles oferece peixe e marisco. A Campânia é um
dos maiores produtores e consumidores de massas na Itália, especialmente o
espaguete. Na culinária regional, a massa é preparada em vários estilos, que
podem incluir molho de tomate, queijo, mariscos e moluscos.
170
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
FONTE: <https://www.caseificiostella.it/stella/wp-content/uploads/2018/09/sartu-di-riso.jpg>.
Acesso em: 24 jan. 2019.
4.5 EMILIA-ROMAGNA
Emilia-Romagna é conhecida por seu ovo e massa recheada feita com
farinha de trigo mole. A sub-região Romagna é conhecida por pratos de massa
como Cappelletti, Garganelli, Strozzapreti, Sfoglia lorda e Tortelli alla lastra,
bem como queijos como squacquerone, petiscos de Piadina também são uma
especialidade da sub-região. Na sub-região de Emilia, exceto Piacenza, que é
fortemente influenciada pelas cozinhas da Lombardia, o arroz é consumido em
menor grau. Polenta, um prato à base de milho, é comum em Emilia e Romagna.
171
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
FIGURA 12 - PARMA PROSCIUTTO
UNI
172
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
FIGURA 13 - QUEIJOS
UNI
Parmigiano Reggiano
173
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
4.7 LIGÚRIA
Ligúria é conhecida por ervas e vegetais (assim como frutos do mar) em sua
culinária. Tortas salgadas são populares, misturando verduras e alcachofras, além
de queijos, coalhada de leite e ovos. Cebolas e azeites são usados. Devido a uma
falta de terra adequada para o trigo, os ligurianos usam farinha de grão de bico e
polenta semelhante a Panissa. A primeira é servida simples ou coberta com
cebolas, alcachofras, linguiça, queijo ou anchovas jovens.
FIGURA 14 - TROFIE
174
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
4.8 LAZIO
Pratos de massa baseados no uso de Guanciale (bacon defumado
preparado com bochechas de porco) são frequentemente encontrados no Lácio,
como massas alla carbonara e massas alla matriciana. Outro prato de massa da
região é Arrabbiata, com molho de tomate picante. A cozinha regional utiliza
amplamente miudezas, resultando em pratos como o Rigartoni com molho de
Pajata (termo para os intestinos de um bezerro desmamado) e Coda alla Vaccinara.
UNI
175
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
4.9 LOMBARDIA
A cozinha regional da Lombardia é fortemente baseada em ingredientes como
milho, arroz, carne bovina, carne de porco, manteiga e banha. Os pratos de arroz
são muito populares nesta região, frequentemente encontrados em sopas e risotos. A
versão mais conhecida é o risoto alla milanese, aromatizado com açafrão e tipicamente
servido com muitos pratos típicos milaneses, como o Ossobuco alla milanese e o
cotoletta alla milanese (um frito de costeleta semelhante ao Wiener Schnitzel).
DICAS
FIGURA 16 - GORGONZOLA
176
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
4.10 MARCHE
Na costa de Marche são produzidos peixes e frutos do mar. Porcos
selvagens e domésticos são usados para salsichas e presunto. Estes presuntos
não são cortados em fatias finas, mas em pedaços pequenos. Leitões, frango e
peixes são muitas vezes recheados com folhas de alecrim ou erva-doce e alho antes
de serem assados ou
colocados no espeto.
4.11 PIEMONTE
Entre os Alpes e o Vale do Pó, apresentando um grande número de
diferentes ecossistemas, a região de Piemonte oferece a culinária mais refinada e
variada da península italiana. Como ponto de união entre a cozinha tradicional
italiana e francesa, o Piemonte é a região italiana com o maior número de queijos
com estatuto geográfico protegido e vinhos sob o DOC. É também a região da
associação Slow Food e também da mais prestigiada escola de culinária italiana,
a Universidade de Ciências Gastronômicas, foram fundadas.
177
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
UNI
FIGURA 18 - UNISG
178
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
FIGURA 19 - CARPACCIO
FIGURA 20 - AGNOLOTTI
179
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
4.12 PUGLIA
A Puglia é uma grande produtora de alimentos, a produção principal
inclui trigo, tomate, abobrinha, brócolis, pimentão, batata, espinafre, berinjela,
couve-flor, erva-doce, endívia, grão-de-bico, lentilha, feijão e queijo (como o
tradicional queijo Caciocavallo).
FIGURA 21 - CACIOCAVALLO
180
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
4.13 SARDENHA
Leitão e javali são assados no espeto ou cozidos em guisados de feijão
e legumes, engrossados com pão. Ervas como menta e murta são amplamente
utilizadas na culinária regional. A Sardenha também tem muitos tipos especiais
de pão, feitos a seco, que ficam mais longos do que os pães de alta umidade.
DICAS
Casu marzu é um tradicional queijo sardo feito com leite de ovelha, cuja
fama vem do emprego de larvas vivas de mosca em sua maturação. Embora posto na
ilegalidade por razões de ordem sanitária, é encontrado no mercado negro da Sardenha,
região italiana na qual é produzido.
181
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
4.14 SICÍLIA
A Sicília mostra traços de todas as culturas que se estabeleceram na
ilha nos últimos dois milênios. Embora sua culinária tenha, sem dúvida, uma
base predominantemente italiana, a comida siciliana também tem influências
espanholas, gregas e árabes. Os antigos romanos introduziram pratos generosos
baseados em ganso. Os bizantinos favoreciam os sabores agridoces e os árabes
traziam açúcar, frutas cítricas, arroz, espinafre e açafrão. Os normandos gostavam
de pratos de carne, os espanhóis introduziram itens do Novo Mundo incluindo
chocolate, milho, peru e tomate.
FIGURA 23 - ARANCINI
182
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
pulmão e baço de vitela picado que foi fervido e depois frito na banha. É vendido
principalmente por vendedores ambulantes nos principais mercados de Palermo.
FIGURA 24 - PANINO
FIGURA 25 - CANNOLI
183
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
4.15 TOSCANA
A simplicidade é central para a culinária toscana. São usados legumes,
pão, queijo, cogumelos e frutas frescas. Um bom exemplo de comida típica
da Toscana é a Ribollita, uma sopa notável cujo nome significa literalmente
"reinicializado". Como a maioria das cozinhas toscanas, a sopa tem origem
camponesa. Ribollita foi originalmente feita por reaquecimento (ou seja,
reiniciando) do Minestrone restante ou sopa de legumes do dia anterior. Há
muitas variações, mas os principais ingredientes incluem sempre sobras de pão,
feijão branco, legumes baratos, como cenoura, repolho, couve toscana, cebola e
azeite de oliva.
FIGURA 26 - RIBOLLITA
FONTE <https://static01.nyt.com/images/2014/02/19/dining/19JPFLEX1/19JPFLEX1-
superJumbo.jpg>. Acesso em: 24 jan. 2019.
4.16 ÚMBRIA
FIGURA 28 - ÚMBRIA
185
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
4.17 VÊNETO
Veneza e muitas partes circunvizinhas de Veneza são conhecidas pelo
risoto, um prato cujos ingredientes podem variar muito em diferentes áreas. Peixes
e frutos do mar são adicionados em regiões mais próximas da costa, enquanto as
abóboras, aspargos, radicchio e rãs parecem mais distantes do mar Adriático.
FIGURA 29 - FAGIOLI
186
TÓPICO 1 | A COZINHA ITALIANA
187
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
LEITURA COMPLEMENTAR
188
RESUMO DO TÓPICO 1
189
AUTOATIVIDADE
190
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A cozinha é, sem dúvida, uma parte muito importante da cultura italiana.
A culinária italiana é conhecida no mundo especialmente por massas, pizzas e
sorvetes, mas a variedade de seus alimentos é muito mais rica.
191
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
Pode ser dito que em toda a Itália se pratica uma cozinha mais de memória
do que de história. Há personagens que honram a cultura da cozinha com
conhecimentos aprofundados. A Itália possui chefes renomados, mas também
estudiosos. Quem se dedica um pouco a aprofundar-se nesta cultura gastronômica
já deve ter passado por algumas publicações de Massimo Montanari, responsável
por trazer à tona a profunda cultura da gastronomia de memória, estabelecendo
substancialmente o “Tempo” como divisor significativo da cozinha de memória
italiana, ainda muito ligado ao uso aprendido e transmitido dos conhecimentos
ainda vivos.
2 CHEFS ITALIANOS
A infinita riqueza gastronômica italiana pode ser facilmente contemplada
com mais de 50 nomes de chefes italianos responsáveis por ela. No entanto,
hoje, nas eras dos chefs de mídia, podem ser mencionadas algumas referências,
recompensando aqueles que no momento desta publicação continuam
expressando a verdadeira paixão pela culinária, principalmente a italiana, cada
uma com suas próprias características.
193
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
194
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
195
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
FONTE: <http://www.four-magazine.com/wp-content/uploads/2017/09/109_0-360x360.png>.
196
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
197
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
198
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
199
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
200
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
201
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
Então ele se muda para a França por três anos, onde, no "Hotel Paris",
aprende os segredos da cozinha transalpina, graças à ajuda de Alain Ducasse,
depois, ainda em Paris, trabalhou na Senderens para a Lucas Carton. De volta
à Itália, ele se tornou chef da Enoteca Pinchiorri em Florença, ganhando três
estrelas Michelin. Neste ponto, seu antigo mentor Gualtiero Marchesi escolheu-o
202
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
Mesmo esta experiência dura alguns anos, porque Cracco decidiu satisfazer
o convite gentil da Família Stoppani (uma das famílias mais importantes de Milão,
e está em operação desde 1883) para abrir o restaurante "Cracco Peck", onde
Carlo trabalha como chef executivo. O restaurante logo se tornou um dos mais
populares em Milão, e ganhou importantes prêmios: dois garfos do "Gambero
Rosso", um voto de 18,5 dos 20 do "Espresso Guide" e duas estrelas Michelin.
Com o objetivo de surpreender o cliente com uma culinária que ele define
coração e cérebro ao mesmo tempo. Cracco é autor de vários livros, incluindo:
"L'utopia del tartufo bianco" (escrito para Folini Editore em 2002 para a série
"Omnes artes"), “La quadratura dell'uovo" (escrito para a mesma coleção em
2004), "Cracco: Sapori in movimento" (escrito em 2006 com Alessandra Meldolesi
para a série "Grandes Chefs", publicado pela Giunti) e "Panettone a due voci"
(escrito em 2010, com Davide Oldani para a série "Peccati di gola", também por
Giunti Editore).
Ao longo dos anos, Cracco deu vida a uma cozinha que pretende
surpreender constantemente graças a sempre novas criações, mesmo através
da revisitação de pratos clássicos, que com poucas e aparentemente invenções
triviais alteram completamente a sua aparência, basta pensar “A salada russa”,
que adquire elegância quando é caramelizada, ou “gema de ovo marinada”,
consumida de um só gole e que, no entanto, requer uma preparação muito
exigente e longa.
203
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
3 ALIMENTAÇÃO
Na Itália, as refeições são principalmente três: café da manhã, almoço e
jantar. As principais refeições, especialmente o jantar, são encontros para todos
os membros da família.
204
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
3.1 APERITIVO
Mais do que apenas uma bebida, o aperitivo é um momento do dia, uma
característica recorrente da vida diária ou semanal na Itália. Quinta essência do
estilo de vida italiano, o tempo de aperitivo é um momento amigável passado em
boa companhia para relaxar com uma bebida e um lanche depois do trabalho ou
durante o fim de semana.
FIGURA 39 - NEGRONI
3.2 ANTIPASTI
O que poderia ser melhor do que começar um almoço ou um jantar
especial com um delicioso aperitivo? Como a própria palavra diz, os iniciantes
introduzem os pratos principais, fazendo com que os hóspedes se sintam bem-
vindos à mesa. Você pode servir aperitivos clássicos, quentes ou frios, que vão
desde preparações elaboradas até pratos mais rápidos, como travessas de carnes
e queijos, que são ideais quando você tem pouco tempo, mas não quer desistir
205
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
de algo gostoso. Truques e ideias rápidas podem vir para o resgate de receitas
simples e originais e podem ser diferentes por suas regiões.
FIGURA 40 - ANTIPASTI
FONTE: <https://newenglandcooks.com/assets/image-cache/Salumi-Varie-Antipasto-
platter.527fd20a.e1fbcaf1.jpg>. Acesso em: 25 jan. 2019.
massa brisèe:
70 ml de água gelada
200 g de farinha
100 g de manteiga
Ingredientes de recheio:
150 g de queijo parmesão ralado
2 gemas
50 ml de creme fresco
16 uvas brancas
16 miolo de nozes
FONTE <https://goo.gl/HcRELp>. Acesso em: 25 jan. 2019.
pimenta a gosto
PREPARAÇÃO:
206
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
50 g de farinha de milho
1l de água
160 g de fontinha
12 filetes de anchovas
12 tomates pequenos
1 ramo de manjerona
Azeite extravirgem a gosto
Sal a gosto
Leve a água para ferver, adicione sal e adicione uma colher de sopa de
azeite extravirgem. Despeje a farinha de milho e misture com um batedor de
mão até que todos os ingredientes tenham misturado. Após esta operação,
transfira a polenta para uma massa untada com um pouco de óleo, alise
a superfície com as costas de uma colher umedecida e deixe-a firme por
cerca de uma hora. Quando a polenta estiver muito firme, transforme-a
em uma tábua de corte e faça 12 fatias de cerca de 2 cm de espessura.
Aqueça uma chapa de ferro fundido e queime as fatias de polenta, deixando
que elas tomem cor dos dois lados. Transfira os croutons feitos em um prato
e enfeite cada um deles com uma fatia de fontina do mesmo tamanho. Acima
da fontina havia um filé de anchovas para cada torrada e um pequeno tomate
cortado em pequenas fatias. Finalmente, enfeite cada pedaço com algumas
folhas de manjerona e sirva imediatamente.
207
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
• Polpette di zucca
500 g de abóbora
100 g de queijo parmesão ralado
Sal e pimenta
Azeite extravirgem
208
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
14 croutons
300 g de cogumelos champignon
100 g de stracchino (ou
crescenza)
2 colheres de sopa de Brandy
35 g de nozes
Azeite (extravirgem)
1 dente de alho
1 tufo de salsa
Sal a gosto
Pimenta
Cogumelos champignon: 12
pedaços pequenos (270 g)
Alho 1 dente de alho
Azeite extravirgem 2 colheres de sopa
Salsa 2 tufos
Queijo parmesão (dos quais, 10 g
para o gratinado) 40 g
Pão ralado 30 g
FONTE: <https://goo.gl/GSCm1T>. Acesso em: 25 jan. Caldo de legumes 50 ml
2019. 1 pitada de sal
Pimenta preta a gosto
209
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
PREPARAÇÃO:
• Baci di champignon
24 cogumelo pequeno
200g Filadélfia tipo queijo
100g de nata
2 colheres de sopa de creme de
azeitonas verdes
1 colher de sopa de queijo ralado
parmesão
1 colher de sopa de nozes
picadas;
1 colher de sopa de salsa picada
saladas mistas
FONTE: <https://loves.cucchiaio.it/wp-content/ Suco de limão
uploads/2017/02/baci-champignon.jpg>. Acesso em: Óleo
28 jan. 2019.
Sal
Pimenta
210
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
PREPARAÇÃO:
Retire as hastes dos cogumelos, descasque as capelas, passe-as com uma toalha
de cozinha úmida, polvilhe com suco de limão. Numa tigela, misture o queijo
com o crème fraîche, o creme de azeitona, o parmesão, a salsinha, as nozes, a
pimenta. Transfira a mistura em um saco de confeiteiro, pressione levemente e
desenhe um pouco de queijo rosa no meio de 12 capelas, sobreponha as restantes,
pressione-as sem exagerar. Arrume uma camada de salada mista no prato, tempere
com azeite, limão, sal e pimenta, acima dos pares de champignon, servido.
63 g de abóbora
13 g de manteiga
63 g de farinha
25 ml de leite
3 g de fermento em pó
13 g de queijo de pasta mole para
fazer lascas de especiarias (noz-
moscada, gengibre, pimenta,
sal)
FONTE: <https://www.spignattando.it/scones-salati-
alla-zucca/>. Acesso em: 25 jan. 2019.
PREPARAÇÃO:
211
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
FIGURA 48 - SPAGHETTI ALLA CARBONARA INGREDIENTES
100 gramas de bacon
Queijo 50 g
50 g parmesão
3 ovos grandes
Espaguete 350 g
2 dentes de alho rechonchudos,
descascados e deixados inteiros
50 g de manteiga sem sal
Sal marinho e pimenta preta
ralada na hora
212
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
água da massa ainda. Misture a maior parte do queijo com os ovos, mantendo
um pequeno punhado de volta para polvilhar mais tarde. Pegue a panela
de espaguete e pancetta fora do fogo. Agora rapidamente despeje os ovos e
queijo. Usando a pinça ou um garfo longo, levante o espaguete para que ele se
misture facilmente com a mistura de ovos, que engrossa, mas não embaralha,
e tudo é revestido. Adicione massa extra para cozinhar, água para mantê-
lo picante (várias colheres de sopa devem fazê-lo). Você não quer molhado,
apenas úmido. Tempere com um pouco de sal, se necessário. Use um garfo de
longo alcance para torcer a massa para a travessa ou tigela. Sirva imediatamente
com um pouco de salpicão do queijo restante e uma pimenta preta. Se o prato
ficar um pouco seco antes de servir, coloque um pouco mais de água quente na
massa e a aparência brilhante será revivida.
• Bucatini all'amatriciana
FIGURA 49 - BUCATINI ALL'AMATRICIANA INGREDIENTES
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UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
• Lasagna al forno
FIGURA 50 - LASAGNA AL FORNO INGREDIENTES
Ragu Bolognese:
Azeite extravirgem
3 cenouras
3 aipo
1 cebola
3 dentes de alho picados
1 quilo de carne moída
100 g linguiça de porco italiano
50 g pancetta, em cubos
2 latas de tomates pelados
1 xícara de vinho tinto
Sal e pimenta preta moída na hora
3 cs ervas italianas
orégano, manjericão, tomilho,
½ cs pimenta vermelha esmagados
FONTE: <http://www.deliciousreasons.com/wp-
content/uploads/2014/03/IMG_8905.jpg>. Acesso Molho bechamel:
em: 25 jan. 2019. 5 cs de manteiga
4 cs de farinha
3 xícaras de leite (integral)
2 colheres de chá de sal
½ colher de chá de noz-moscada
ralada
pimenta preta
Lasanha:
Massa para lasanha
Queijo parmesão ralado
muçarela desfiada (ou tanto quanto
desejar para cobrir a lasanha)
PREPARAÇÃO:
214
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
Leve uma panela grande com água salgada para ferver em fogo alto. Adicione
o bucatini e cozinhe até ficar al dente, 8 a 9 minutos. Escorra reservando 1¼
xícara de água da massa. Enquanto isso, em uma frigideira grande, brindar
a pimenta em fogo médio até perfumado, 30 segundos. Adicione 4 colheres
de sopa de manteiga e azeite e cozinhe até que a manteiga derreta, de 1 a 2
minutos. Adicione o macarrão escorrido, 1 xícara da água da massa reservada,
o Parmesão ralado e o Pecorino Romano. Misture bem a massa e tempere com
sal. Adicione o restante ¼ xícara de água de massa reservada e colher de sopa
de manteiga, jogando para incorporar. Transfira para um prato e decore com
pimenta e queijo pecorino romano. Então sirva.
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UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
• Risotto-allo-zafferano
Corte a cebola em fatias finas. Pegue uma panela e coloque no fogão, adicione
um pouco de óleo e doure a cebola por 2 minutos. Quando estiver dourado,
brinde o arroz e misture com um copo de vinho branco. Neste ponto, coloque
o sachê de açafrão e misture. Aos poucos, adicione o caldo de carne, mexendo
com uma colher de pau para evitar que o arroz grude na panela. Após 15-18
minutos, retire do fogo e acrescente a manteiga e rale o parmesão. Enquanto
cozinha o risoto, coloque outra panela no fogão com óleo e doure a salsicha
adicionando sal e pimenta a gosto. Cozinhe até que a salsicha esteja cozida no
interior. Para fazer isso, corte um pedaço no meio e verifique se a cor não está
mais tendendo para o vermelho. Depois de cozido, adicione o arroz amarelo à
salsicha e sirva o prato quente com um bom copo de vinho tinto.
FIGURA 53 - TROFIE ALLA LIGURE INGREDIENTES
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TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
PREPARAÇÃO:
FIGURA 54 - GNOCCHI ALLA SORRENTINA INGREDIENTES
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UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
2-3 dentes de alho
500 g de amêijoas
250 g de lula
1 tufo de salsa
200 g de tomates
Pimentão a gosto
Espaguete: 200 g de massa
150 g de passata de tomate
3-4 colheres de sopa de azeite
FONTE: <https://www.my-personaltrainer.it/
extravirgem
thumbs/1140x1500/images/ricette/502/spaghetti-allo- 200 g (4 grandes) de camarão
scoglio.jpg>. Acesso em: 28 jan. 2019. 500 g de mexilhões
300 g de lula
1 curto de conhaque
Sal a gosto
PREPARAÇÃO:
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TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
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UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
1 cotechino
250 g de lentilhas
400 g de molho de tomate
2 cebolas
1 dente de alho
1 costa de aipo
Alecrim
1/2 litro de caldo de legumes
Óleo
FONTE: <https://goo.gl/ef2fVs>. Acesso em: 28 jan. 2019. Sal
PREPARAÇÃO:
Primeiro, mergulhe as lentilhas por pelo menos 24 horas em água fria. Após esse
tempo que você colocou no fogo baixo, adicione uma colher de sopa de azeite,
um dente de alho com casca, 2 chalotas limpas, o aipo e um raminho de alecrim
amarrado com corda, de modo a não deixar que as folhas caem.
Frite por alguns minutos, em seguida, adicione o tomate, sal e cozinhe por 10 minutos.
Escorra as lentilhas e junte-as com os outros ingredientes, adicione o caldo, mexa, cubra
com uma tampa e cozinhe por 20 minutos. Agora adicione o cotechino, cubra novamente
e cozinhe por mais 25 minutos, tomando cuidado para virar o cotechino após 10 minutos.
Neste ponto, prove as lentilhas para sentir se estão cozidas e, se necessário, adicione
sal. Corte o cotechino e sirva junto com as lentilhas.
• Gamberoni al forno
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TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
PREPARAÇÃO:
PREPARAÇÃO:
Coloque uma panela grande no fogão com água, cenoura, aipo, cebola descascada e
cortada em pedaços pequenos, louro, zimbro, vinagre de vinho branco e sal. Deixe
ferver. Limpe o polvo abrindo o bolso lateral e esvazie-o. Com a ajuda de uma
pequena faca, retire os olhos e o bico que estão entre os tentáculos. Enquanto a água
ferve, segurando o polvo por sua cabeça, mergulhe seus tentáculos na água fervente
três vezes para que eles enrolem.
Despeje o polvo inteiro na água e cozinhe por cerca de 40 minutos até ficar rosado.
Na metade da cozedura (após cerca de 25 minutos), lave bem as batatas e mergulhe-
as inteiras com a casca na panela com o polvo. Após 25 minutos, verifique o
cozimento do polvo e batatas com os dentes de um garfo. Retire o polvo e as batatas
cozidas no pote e na tábua corte o polvo em pedaços de cerca de 2 ou 3 cm e as
batatas em cubos grandes. Coloque-os juntos em uma tigela, tempere com óleo,
salsa e alho picadinho, acrescente os tomates cereja cortados em fatias, tempere com
sal e pimenta. Sirva o polvo quente e frio e salada de batata.
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UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
• Calamari ripieni
• Vitello tonnato
PREPARAÇÃO:
• Brasato al Barolo
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UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
• Gateau di patate
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TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
• Saltimbocca Ripieni
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UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
3.5 CONTORNO
Contorno, ou "prato lateral", serve como um acompanhamento ao
segundo prato (prato principal) e pode ser uma salada ou legumes cozidos. Um
menu tradicional apresenta salada, juntamente com o prato principal, pode ser
apresentado de diversas formas, dependendo de sua região.
500 g de batatas
100 g de bacon
Tomilho
Azeite extravirgem
Sal e Pimenta
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TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
PREPARAÇÃO:
• Frittelle di patate
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UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
• Zucca al forno
Primeiro lave a abóbora, abra-a ao meio com uma faca e retire as sementes
internas. Em seguida, corte a abóbora em pedaços e corte em cada uma das
fatias de 2 mm de espessura. Para esta operação, você pode usar uma faca afiada
ou as ferramentas de cozinha adequadas. Tente fazer as fatias de abóbora do
mesmo tamanho, para que o cozimento seja homogêneo.
Pré-aqueça o forno a uma temperatura de 180 °C. Forre uma assadeira com papel
manteiga e arrume as fatias de abóbora bem próximas, tomando cuidado para
não se sobrepor. Pincele os chips de abóbora assada com o azeite extravirgem e
tempere com o alecrim picado. Asse a abóbora no forno por 25-30 minutos, até
que as fatias estejam bem tostadas. Retire os chips da panela e polvilhe com sal.
Sirva como um aperitivo ou um prato crocante.
• Finocchi gratinati
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TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
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UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
PARA A SALADA
300g quinoa
Sal
FONTE: <https://goo.gl/vjnNMM>. Acesso em: 28 jan. 2019.
250g feijão preto
150g pimentões
Pimenta
Coentro fresco picado 50 g
Cebolinha picada100 g
50g grão de milho cozido
PREPARAÇÃO:
Em uma tigela, misture o suco de limão, o sal, o alho picado, o coentro picado
e o cominho e adicione o óleo durante a mistura. Adicione pimenta a gosto.
Salada de quinoa vermelha e feijão preto em uma tigela grande, lave a quinoa
mudando pelo menos 5 vezes a água fria, esfregando os cereais e deixando-
os assentar no fundo da tigela antes de remover a água; repita essa manobra
até que a água esteja limpa. Salada de quinoa vermelha e feijão preto. Em
uma panela de tamanho médio, adicione o sal grosso e cerca de 2 litros de água
fervente e ferva a quinoa por 10 minutos. No final do cozimento, drene a quinoa
usando um pano limpo como peneira. Salada de quinoa vermelha e feijão preto.
Despeje a quinoa em uma tigela, adicione o feijão e todos os vegetais picados,
misture um pouco antes de adicionar o tempero, misture novamente e sirva à
mesa à temperatura ambiente.
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TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
O queijo que você escolher pode variar de um queijo fresco e doce, como
mascarpone, um queijo semimacio como fontina ou muçarela, para queijos duros
como asiago, parmigiano-reggiano ou pecorino romano. Para o vinho, você pode
escolher um branco frutado ou um vermelho claro para complementar a fontina
e a muçarela, ou ir para um vermelho encorpado como um chianti ou sangiovese
para realçar o sabor dos queijos mais duros.
• Bel paese é um queijo macio e suave do norte da Itália, que muitas vezes é
servido com cerejas maduras, ameixas, peras ou maçãs. Acompanhando
com um chardonnay ou um pinot noir, podem gerar melhores resultados de
sabores.
• Provolone funciona bem com um Dolcetto ou um Sauvignon Blanc servido
com pêssegos e abacaxi.
• A ricota é deliciosa com um vinho tinto frutado e figos maduros.
• Gorgonzola funciona bem com Amarone, maçãs e peras.
• Parmigiano-reggiano é sempre melhor com um Toscano, como Antinori
Tignanello Toscana 2004 ou um Tenuta Sette Ponti Crognolo Toscana 2004.
Esta combinação de queijo e vinho é incrivelmente deliciosa com melão,
manga, uvas, maçãs e figos.
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UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
3.7 DOLCE
Não há melhor maneira de terminar o jantar do que com uma sobremesa.
Seja um bolo para jantar com amigos e familiares ou o clássico deleite depois do
jantar para terminar o dia da maneira certa. Para não se apresentar de mãos vazias
quando os amigos convidam você para jantar, para oferecer jantares deliciosos
a seus convidados ou simplesmente satisfazer seus desejos, siga algumas dicas
para preparar a sobremesa certa para cada ocasião.
• Tiramisu al limone
Separe as gemas e bata-as com 140 g de açúcar até a mistura ficar macia e fofa. Rale
a casca de limão e adicione ao mascarpone. Bata o creme até ficar firme e adicione
ao mascarpone. Adicione a mistura de gemas e açúcar ao creme de mascarpone e
misture. Bata as claras até ficarem firmes e adicione-as à mistura de mascarpone.
Em uma tigela, despeje um pouco de água, licor de limão, suco de limão e o restante
do açúcar e misture bem. Mergulhe as bolachas na mistura, em seguida, coloque-
as lado a lado em uma bandeja não muito baixa (alternativamente, você pode
cortar os biscoitos ao meio e encher os copos). Despeje uma camada de creme de
mascarpone sobre os biscoitos, em seguida, espalhe outra camada. Cubra com o
creme restante. Deixe repousar por três horas na geladeira. Antes de servir, enfeite
com rodelas de limão e folhas de hortelã.
232
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
• Pere al vino
• Mousse all'arancia
Em uma tigela, bata as gemas, o açúcar e as raspas de laranja até obter uma
mistura espessa, espumosa e quase branca. Enquanto isso, coloque o suco
de laranja em uma panela e adicione a geleia, mexendo bem para que não se
formem grumos. Deixe descansar por 5 minutos. Após esse tempo, coloque a
panela sobre o fogo e derreta a gelatina em fogo baixo, certificando-se de que
não ferva. Retire o suco do fogo e adicione a mistura de ovos um pouco de
cada vez e mexendo com um batedor. Em seguida, monte o creme e as claras
até ficarem firmes e gentilmente incorporá-los à espuma. Despeje em copos ou
xícaras e deixe esfriar na geladeira por pelo menos 12 horas. Ao servir, você
pode decorar com fatias finas de laranja, com entusiasmo.
233
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
• Torta Pistocchi
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TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
• Panna cotta
Coloque a água em uma tigela pequena, polvilhe a gelatina por cima e misture
bem. Deixe amolecer por pelo menos 2 a 3 minutos. Abra a fava de baunilha ao
meio no sentido do comprimento com a ajuda de uma faquinha de ponta. Retire
as sementes do interior da fava raspando com o outro lado da lâmina. Reserve.
Unte o interior dos moldes com uma leve camada de óleo e reserve. Não unte
caso esteja usando outros recipientes e não queira desenformar. Em uma panela
pequena, misture o creme de leite, o leite, o açúcar e as sementes de baunilha.
Leve ao fogo médio/baixo e cozinhe sem deixar ferver, apenas até o açúcar diluir
completamente. Retire do fogo e misture a gelatina amolecida. (Espere o líquido
esfriar para misturar o extrato ou essência de baunilha, se estiver usando).
Com uma concha, encha as forminhas untadas e leve à geladeira por 6 horas
ou durante a noite. Se for fazer com mais de 24 horas de antecedência, esteja
ciente de que o resultado pode ser uma panna cotta um pouco mais firme. Cerca
de 10 minutos antes de servir, passe uma faca de ponta redonda e lâmina fina
em torno do molde e vire no prato de servir. Caso não desenforme, coloque um
pouco de água fervente em um recipiente e coloque o molde dentro por alguns
segundos para esquentar o fundo e tente desenformar outra vez. A Panna cotta
também pode ser servida sem desenformar dentro de potes de sobremesa, copos
de vidro, taças ou potinhos de compota. Neste caso, cubra com a calda já fria e
depois da panna cotta ter se firmado completamente.
235
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
3.8 CAFFÈ
O italiano com café é uma história de amor única, cujo início remonta há
quase cinco séculos. De fato, desde então, o café na Itália se tornou um culto.
FIGURA 80 - CAFFÈ
236
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
Café não pode ser consumido andando na rua, se você está com pressa,
consome café no balcão do bar, em pé. Afinal, os italianos bebem café em um ou
dois goles, então nenhum café está lotado. É diferente se o café é acompanhado
por um croissant.
Café antes de tudo, na Itália, você tenta conversar com um colega assim
que começar a trabalhar de manhã, é possível que você responda: "Vou tomar
um café primeiro e depois conversar sobre isso". E não importa quão urgente
ou importante seja o que você tem a dizer, se uma pessoa afirma precisar de um
café, ninguém se atreve a objetar. Na Itália há uma regra não escrita de modo que,
diante da necessidade dos outros por um café, você não pode deixar de aceitar e
esperar, como se fosse um remédio!
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UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
3.9 DIGESTIVO
A refeição, especialmente quando abundante, geralmente termina
com um copo de licor amargo ou digestivo. “L’ammazzacaffè”, assim definido
precisamente porque elimina a mistura de sabores dos vários pratos e, por último,
do café, é servido na crença de promover a digestão.
FIGURA 81 - LIMONCELLO
238
TÓPICO 2 | ITÁLIA, SUA ALIMENTAÇÃO, SEUS CHEFES E PRATOS
LEITURA COMPLEMENTAR
"Você trabalha assim uma vez na sua vida, e fica bom porque isso vai ser
como a minha casa. De fato, Carlo Cracco ignora sacos de cimento e vigas de
aço, enquanto patrulha o quintal que se tornará seu novo restaurante: mil metros
quadrados com vista para a sala de estar de Milão, a Galleria Vittorio Emanuele
II, que neste mês comemora 150 anos.
239
UNIDADE 3 | COZINHA CLÁSSICA ITALIANA
"De mim o prato é príncipe e deve ser iluminado na melhor das hipóteses",
explica Cracco, cético sobre uma certa propensão aos restaurantes crepusculares
contemporâneos. O segundo andar é um grande espaço aberto para eventos,
com um piso veneziano e uma varanda a um passo da cúpula aberta ao céu:
fácil imaginar que a indústria da moda, ao longo dos anos frequentando a
Galeria, elegeu como um lugar favorito para jantares e festas. No térreo, um
charmoso café, no mezanino, na confeitaria e no porão da loja de vinhos, com
mais de dois mil rótulos. "Eu fiz a minha maturidade cozinhar no subsolo", ele
sorri referindo-se ao restaurante na Via Victor Hugo, onde ficou 18 anos, "agora
eu quero aproveitar a luz".
Para Cracco, é o desafio de uma vida, tanto que ele deixou de lado, por
enquanto, sua carreira televisiva. O projeto é desafiador, mas as regras do jogo não
mudam: "O chef é patrono, aqui eu não faço nada diferente do meu trabalho". Por
outro lado, hoje um profissional de seu alcance deve ser multifacetado: artesão,
inventor, designer, alquimista, acima de tudo, empreendedor.
240
RESUMO DO TÓPICO 2
241
AUTOATIVIDADE
242
REFERÊNCIAS
ALBERT, Aguinaldo Záckia. O admirável novo mundo do vinho e as regiões
emergentes. Senac São Paulo: SENAC, 2004.
BIRLOUEZ, Éric. Histoire des grands plats qui ont fait la gastronomie
française, Paris: Place des Victoires, 2015.
CAPATTI, Alberto. Storia della cucina italiana. Milão: Guido Tommasi Editore, 2014.
DAVID, Elizabeth. French provincial cooking. Penguin Classics, Nova York, 1999.
FRANCE, Benoît. Grand Atlas des Vignobles de France. França: Solar, 2008.
243
LEWIS, Paul. Alain Ducasse: histoire d'un succès mondial. Paris: St Honoré, 2005.
ROSENBLUM, Mort. Um ganso em Toulouse. São Paulo: Rocco, São Paulo, 2003.
TROISGRO, Pierre. Cuisine de famille chez les Troisgros. Paris: Flammarion, 2006.
244