Dimensionamento de Lajes Aligeiradas Betonadas "In Situ": Joel Martins Ribeiro

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Dimensionamento de lajes aligeiradas

betonadas "in situ"

JOEL MARTINS RIBEIRO


Outubro de 2015
DIMENSIONAMENTO DE LAJES ALIGEIRADAS

BETONADAS IN SITU

Relatório de Estágio

Mestrado em Engenharia Civil – Ramo de Estruturas

Joel Martins Ribeiro, nº mecanográfico: 1100241

o Orientador: Eng.º Paulo Guedes

o Supervisor: Eng.º Carlos Ribeiro

Relatório de Estágio submetido para satisfação parcial dos requisitos do grau de Mestre em

Engenharia Civil — Ramo de Estruturas


ÍNDICE GERAL

Índice Geral ............................................................................................................................ i

Resumo ................................................................................................................................. iii

Abstract ................................................................................................................................. v

Agradecimentos.................................................................................................................... vii

Índice de Texto ..................................................................................................................... ix

Índice de Figuras................................................................................................................ xvii

Índice de Tabelas ............................................................................................................... xxv

1 Introdução ....................................................................................................................... 1

2 A empresa e o sector da construção ................................................................................. 5

3 Soluções de lajes integrantes na análise comparativa ..................................................... 11

4 Aplicação do Eurocódigo 2 no dimensionamento de lajes ............................................... 19

5 Caso de estudo I ............................................................................................................ 47

6 Caso de estudo II ........................................................................................................... 87

7 Caso de estudo III......................................................................................................... 117

i
ÍNDICE GERAL

8 Conclusões ....................................................................................................................139

Bibliografia .........................................................................................................................143

Anexos ................................................................................................................................145

ii
RESUMO

A conjuntura económica da construção não se encontra numa fase de prosperidade, existindo

a necessidade de criar soluções construtivas que permitam a redução de custos dos materiais a

nível de obra.

As lajes de betão armado, devido à sua grande área de implantação, possuem uma parcela

importante no orçamento final de qualquer obra de edifícios correntes. Sabendo das

possibilidades de aligeiramento de lajes, torna-se necessária a realização de um estudo

pormenorizado e comparativo entre soluções de aligeiramento.

O desenvolvimento deste relatório reflete todo o trabalho efetuado durante a realização de um

estágio curricular desenvolvido na empresa FercaNorte – Estruturas, Lajes e Cofragens, Lda. e

foca-se num dimensionamento e estudo comparativo de soluções de lajes fungiformes

aligeiradas, aplicadas a dois casos de estudo e também num dimensionamento e estudo

comparativo de soluções de lajes aligeiradas unidirecionais mas apenas aplicadas a um caso de

estudo.

No primeiro caso de estudo, laje fungiforme com um vão de 6 metros nas duas direções, são

dimensionadas e comparadas quatro soluções: laje fungiforme maciça; laje fungiforme aligeirada

com blocos elipsoides perdidos dispostos de forma ortogonal e envolvidos totalmente por betão;

laje fungiforme aligeirada com blocos elipsoides perdidos dispostos em formato de favo de mel

e envolvidos totalmente por betão; e laje fungiforme nervurada com moldes recuperáveis.

iii
ABSTRACT

No segundo caso de estudo, laje fungiforme com um vão de 7,04 metros nas duas direções, são

dimensionadas e comparadas cinco soluções: laje fungiforme maciça, laje fungiforme aligeirada

com blocos cúbicos perdidos dispostos de forma ortogonal e envolvidos totalmente por betão;

laje fungiforme aligeirada, com blocos elipsoides perdidos dispostos de forma ortogonal e

envolvidos totalmente por betão; laje fungiforme aligeirada com blocos elipsoides perdidos

dispostos em formato de favo de mel e envolvidos totalmente por betão; e laje fungiforme

nervurada com moldes recuperáveis.

No terceiro caso de estudo, laje unidirecional com um vão de 8 metros apoiada em vigas com

vão de 5 metros, são dimensionadas e comparadas três soluções: laje maciça; laje aligeirada

com perfis tubulares com secção transversal reta oval; e laje nervurada com moldes

recuperáveis.

No final é apresentada uma estimativa orçamental para cada solução analisada nos três casos

de estudo abordados.

Palavras-chave: Lajes fungiformes aligeiradas, Lajes unidirecionais aligeiradas.

iv
ABSTRACT

The economic environment of the building is not in a phase of prosperity, there is a need to

create constructive solutions to the reduction of material costs in terms of work.

The slabs of reinforced concrete, because of its large deployment area have an important part

in the final budget of any work of current buildings. Knowing the possibilities of removing

concrete in slabs, it is necessary to carry out a detailed and comparative study between the

possible solutions.

The development of this report reflects all the work done during the course of a traineeship

developed in “FercaNorte – Estruturas, Lajes e Cofragens, Lda.” and focuses on a design and

comparative study of voided flat slabs solutions, applied to two cases of study and also a

dimensioning and comparative study of one-way hollow slab solutions but only applied to a

case study.

In the first case study, flat slab with a span equal in both directions of six meters, are sized

and compared four solutions: Solid flat slab; voided flat slab with lost ellipsoids blocks arranged

in orthogonal way and fully involved in concrete; voided flat slab with lost ellipsoids blocks

arranged in a honeycomb shape and fully involved in concrete; and waffle slab with recoverable

molds.

v
ABSTRACT

In the second case study, flat slab with a span equal in both directions of 7.04 meters, are sized

and compared five solutions: Solid flat slab, voided flat slab with lost cubic blocks arranged in

orthogonal way and fully involved in concrete; voided flat slab, with lost ellipsoids blocks

arranged in orthogonal way and fully involved in concrete; voided flat slab with lost ellipsoids

blocks arranged in a honeycomb shape and fully involved in concrete; and waffle slab with

recoverable molds.

In the third case study, one-way slab with a span of 8 meters supported with beams ranging

from 5 meters, are sized and compared three solutions: slab; one-way hollow slab with straight

oval cross-section; and one-way ribbed slab with recoverable molds.

A budget estimate for each solution analyzed all three are addressed at the end of study is

presented.

Keywords: Voided flat slabs, one-way hollow slab.

vi
AGRADECIMENTOS

Este relatório de estágio representa o culminar do meu percurso académico, que não seria

memorável se não fossem as pessoas que me rodearam ao longo do mesmo e o tornou bastante

especial. Foram sem dúvida cinco anos fantásticos.

Por isso, queria agradecer aos meus pais, pelo apoio incansável e a ajuda que sempre me

disponibilizaram, sendo crucial, tanto à conclusão da licenciatura como à conclusão do

mestrado.

Ao meu irmão, pelo acompanhamento, ajuda, amizade e disponibilidade que sempre dispôs.

Foram curtos aqueles três primeiros anos, mas foram de sempre os que nunca me irei esquecer.

À minha namorada, Rita Cerqueira, pelo companheirismo, dedicação e toda a paciência que

teve ao longo deste meu percurso académico, mas principalmente ao longo deste estágio.

Por fim, queria também agradecer ao Engenheiro Paulo Guedes por todo o apoio prestado ao

longo da realização do estágio e respetivo relatório. Pelos mesmos motivos, e pelo acolhimento

na empresa, queria também agradecer ao Engenheiro Carlos Ribeiro por tornar o estágio

possível.

vii
ÍNDICE DE TEXTO

Índice Geral ............................................................................................................................ i

Resumo ................................................................................................................................. iii

Abstract ................................................................................................................................. v

Agradecimentos.................................................................................................................... vii

Índice de Texto ..................................................................................................................... ix

Índice de Figuras................................................................................................................ xvii

Índice de Tabelas ............................................................................................................... xxv

1 Introdução ....................................................................................................................... 1

1.1 Considerações Iniciais ................................................................................................ 1

1.2 Definição de lajes aligeiradas e principais vantagens .................................................. 2

1.3 Objetivos e Organização da Dissertação .................................................................... 3

2 A empresa e o setor da construção................................................................................... 5

2.1 Apresentação da empresa .......................................................................................... 5

2.2 Evolução das soluções de aligeiramento ..................................................................... 7

ix
ÍNDICE DE TEXTO

3 Soluções de lajes integrantes na análise comparativa ..................................................... 11

3.1 Soluções preconizadas pela FercaNorte .................................................................... 11

3.1.1 Moldes Ferca .................................................................................................... 11

3.1.2 Lajes aligeiradas com blocos Nautilus ............................................................... 12

3.2 Soluções a desenvolver no âmbito do estágio ........................................................... 13

3.2.1 Lajes aligeiradas com blocos Sphereplus – Ortogonal ........................................ 13

3.2.2 Lajes aligeiradas com blocos Sphereplus – Favo de mel ..................................... 15

3.2.3 Lajes tubulares unidirecionais ........................................................................... 16

4 Aplicação do Eurocódigo 2 no dimensionamento de lajes ............................................... 19

4.1. Estados limites últimos............................................................................................... 19

4.1.1 Estado limite último – Rotura por flexão .......................................................... 19

4.1.1.1 Cálculo da armadura de flexão ................................................................... 19

4.1.1.2 Disposições construtivas para armaduras de flexão ..................................... 22

4.1.2 Estado limite último – Rotura por esforço transverso ....................................... 24

4.1.2.1 Cálculo da armadura de esforço transverso ................................................. 25

4.1.2.2 Disposições construtivas para armaduras de esforço transverso .................. 28

4.1.3 Estado limite último – Rotura por punçoamento .............................................. 30

4.1.3.1 Cálculo da armadura de punçoamento ........................................................ 31

4.1.3.2 Disposições construtivas para armaduras de punçoamento ......................... 34

4.2 Estados limites de utilização.................................................................................... 36

x
ÍNDICE DE TEXTO

4.2.1 Estado limite de utilização – Controlo da fendilhação ....................................... 36

4.2.1.1 Cálculo de armaduras mínimas ................................................................... 36

4.2.1.2 Controlo da fendilhação sem cálculo direto ................................................. 38

4.2.2 Estado limite de utilização – Controlo da deformação....................................... 39

4.2.2.1 Casos em que o cálculo poderá ser dispensado ............................................ 39

4.2.2.2 Verificação das flechas por meio de cálculo ................................................. 43

4.2.2.2.1 Método dos coeficientes globais ............................................................... 44

4.2.2.2.2 Método simplificado ................................................................................ 46

5 Caso de estudo I ............................................................................................................ 47

5.1 Modelação de uma laje fungiforme maciça ............................................................... 50

5.1.1 Caracterização da secção transversal reta ......................................................... 50

5.1.2 Estado limite último – Rotura por flexão .......................................................... 50

5.1.3 Estado limite último – Rotura por punçoamento .............................................. 53

5.1.4 Estado limite de utilização – Controlo da deformação....................................... 54

5.2 Modelação de uma laje fungiforme Sphereplus – ortogonal ...................................... 56

5.2.1 Caracterização da secção transversal reta ......................................................... 56

5.2.2 Estado limite último – Rotura por flexão .......................................................... 62

5.2.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso ....................................... 64

5.2.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento .............................................. 67

5.2.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação....................................... 69

xi
ÍNDICE DE TEXTO

5.3 Modelação de uma laje fungiforme Sphereplus – favo de mel ................................... 71

5.3.1 Caracterização da secção transversal reta ......................................................... 71

5.3.2 Estado limite último – Rotura por flexão .......................................................... 74

5.3.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso ....................................... 76

5.3.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento .............................................. 78

5.3.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação ....................................... 79

5.4 Modelação de uma laje fungiforme Ferca ................................................................. 80

5.4.1 Caracterização da secção transversal reta ......................................................... 80

5.4.2 Estado limite último – Rotura por flexão .......................................................... 82

5.4.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso ....................................... 83

5.4.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento .............................................. 84

5.4.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação ....................................... 85

5.5 Medições e análise de custos .................................................................................... 85

6 Caso de estudo II ........................................................................................................... 87

6.1 Modelação de uma laje fungiforme maciça ............................................................... 88

6.1.1 Caracterização da secção transversal reta ......................................................... 88

6.1.2 Estado limite último – Rotura por flexão .......................................................... 89

6.1.3 Estado limite último – Rotura por punçoamento .............................................. 90

6.1.4 Estado limite de utilização – Controlo da deformação ....................................... 90

6.2 Modelação de uma laje fungiforme Nautilus ............................................................ 91

xii
ÍNDICE DE TEXTO

6.2.1 Caracterização da secção transversal reta ......................................................... 92

6.2.2 Estado limite último – Rotura por flexão .......................................................... 92

6.2.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso ....................................... 93

6.2.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento .............................................. 95

6.2.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação....................................... 96

6.3 Modelação de uma laje fungiforme Sphereplus – ortogonal ...................................... 97

6.3.1 Caracterização da secção transversal reta ......................................................... 98

6.3.2 Estado limite último – Rotura por flexão .......................................................... 98

6.3.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso ....................................... 99

6.3.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento ............................................. 101

6.3.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação...................................... 102

6.4 Modelação de uma laje fungiforme Sphereplus – favo de mel.................................. 103

6.4.1 Caracterização da secção transversal reta ........................................................ 104

6.4.2 Estado limite último – Rotura por flexão ......................................................... 104

6.4.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso ...................................... 105

6.4.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento ............................................. 107

6.4.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação...................................... 108

6.5 Modelação de uma laje fungiforme Ferca ................................................................ 109

6.5.1 Caracterização da secção transversal reta ........................................................ 110

6.5.2 Estado limite último – Rotura por flexão ......................................................... 110

xiii
ÍNDICE DE TEXTO

6.5.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso ......................................111

6.5.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento .............................................112

6.5.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação ......................................113

6.6 Medições e análise de custos ...................................................................................114

7 Caso de estudo III.........................................................................................................117

7.1 Modelação de uma laje unidirecional maciça ..........................................................121

7.1.1 Caracterização da secção transversal reta ........................................................121

7.1.2 Estado limite último – Rotura por flexão .........................................................121

7.1.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso ......................................123

7.1.4 Estado limite de utilização – Controlo da deformação ......................................124

7.2 Modelação de uma laje unidirecional tubular..........................................................126

7.2.1 Caracterização da secção transversal reta ........................................................126

7.2.2 Estado limite último – Rotura por flexão .........................................................128

7.2.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso ......................................129

7.2.4 Estado limite de utilização – Controlo da deformação ......................................131

7.3 Modelação de uma laje unidirecional Ferca ............................................................132

7.3.1 Caracterização da secção transversal reta ........................................................133

7.3.2 Estado limite último – Rotura por flexão .........................................................133

7.3.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso ......................................135

7.3.4 Estado limite de utilização – Controlo da deformação ......................................136

xiv
ÍNDICE DE TEXTO

7.4 Medições e análise de custos ................................................................................... 137

8 Conclusões .................................................................................................................... 139

Bibliografia ......................................................................................................................... 143

Anexos ................................................................................................................................ 145

Anexo I: Catálogo FercaNorte ......................................................................................... 147

Anexo II: Caso de estudo I – Mapa de quantidades ......................................................... 151

Anexo III: Caso de estudo II – Mapa de quantidades ....................................................... 155

Anexo IV: Caso de estudo III – Mapa de quantidades ..................................................... 159

xv
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 2.1 - Portfólio FercaNorte [4] ...................................................................................... 6

Figura 2.2 - Portfólio FercaNorte [4] ...................................................................................... 7

Figura 2.3 – Solução de aligeiramento - Sistema Bubbledeck. ................................................ 8

Figura 2.4 – Solução de aligeiramento - Sistema U-Boot [5] ................................................... 8

Figura 2.5 – Solução de aligeiramento - Sistema AirDeck [6] .................................................. 9

Figura 2.6 – Solução de aligeiramento - Sistema Cobiax ........................................................ 9

Figura 3.1 – Moldes Ferca - Laje nervurada bidirecional betonada in situ [3] ..................... 12

Figura 3.2 – Moldes Ferca - Laje nervurada unidirecional betonada in situ [3] ..................... 12

Figura 3.3 – Soluções de aligeiramento Ferca - Sistema Nautilus [3] .................................... 13

Figura 3.4 – Solução de aligeiramento - Sphereplus – Corte tipo .......................................... 14

Figura 3.5 – Solução de aligeiramento – Sphereplus - Disposição ortogonal .......................... 15

Figura 3.6 – Solução de aligeiramento – Sphereplus - Disposição Favo de mel ..................... 16

Figura 3.7 – Solução de aligeiramento - Laje tubular unidirecional – Corte tipo .................. 17

xvii
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 3.8 – -Solução de aligeiramento – Laje tubular unidirecional - Disposição em planta 17

Figura 4.1 - Distribuição retangular de tensões [1] ............................................................... 20

Figura 4.2 - Diagrama de tensões-extensões, idealizado e de cálculo, do aço das armaduras para

betão armado (tracionado ou comprimido) [1] ............................................................... 22

Figura 4.3 - Modelo de treliça e notações para elementos com armaduras de esforço transverso

[1] .................................................................................................................................. 27

Figura 4.4 - Valores aproximados de 𝛽 [1] ............................................................................ 31

Figura 4.5 - Perímetro de controlo para pilares interiores [1] ................................................ 34

Figura 4.6 – Disposições construtivas para armaduras de punçoamento [1] .......................... 35

Figura 4.7 - Método para a determinação do coeficiente de fluência, 𝜑∞, 𝑡0 para betão em

condições ambientais normais [1] ................................................................................... 45

Figura 5.1 – Caso de estudo I – Planta estrutural ................................................................ 47

Figura 5.2 – Caso de estudo I - Localização dos esforços a analisar ...................................... 48

Figura 5.3 - Caso de estudo I - Esquema de montagem de armaduras na face superior - Direção

X = Y............................................................................................................................ 49

Figura 5.4 - Caso de estudo I - Esquema de montagem de armaduras na face inferior - Direção

X = Y............................................................................................................................ 49

Figura 5.5 – Caso de estudo I – Laje fungiforme maciça – Mapa de momentos fletores Mxx

negativos........................................................................................................................ 51

xviii
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 5.6 – Caso de estudo I – Laje fungiforme maciça – Mapa de momentos fletores Mxx

positivos ........................................................................................................................ 51

Figura 5.7 – Caso de estudo I – Laje fungiforme maciça – Análise dos esforços de corte na zona

dos pilares...................................................................................................................... 53

Figura 5.8 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Implantação dos

blocos de aligeiramento .................................................................................................. 56

Figura 5.9 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Secção equivalente

(Robot).......................................................................................................................... 59

Figura 5.10 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Modelação da laje

sem zonas maciças ......................................................................................................... 60

Figura 5.11 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Definição da solução

de laje com recurso à folha de cálculo automático elaborada.......................................... 61

Figura 5.12 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Quantificação das

áreas de armaduras de flexão com recurso à folha de cálculo automático elaborada ....... 63

Figura 5.13 - Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Cálculo das

características resistentes relativas ao esforço transverso com recurso à folha de cálculo

automático elaborada..................................................................................................... 64

Figura 5.14 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Mapa dos esforços

de corte ......................................................................................................................... 65

xix
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 5.15 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Disposição da

armadura de esforço transverso ...................................................................................... 66

Figura 5.16 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Quantificação das

áreas de armaduras de punçoamento com recurso à folha de cálculo automático elaborada

...................................................................................................................................... 68

Figura 5.17 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Controlo da

deformação pelo cálculo das flechas a longo prazo com recurso à folha de cálculo elaborada

...................................................................................................................................... 70

Figura 5.18 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Implantação dos

blocos de aligeiramento .................................................................................................. 71

Figura 5.19 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Modelação no

Robot com recurso a vigas ............................................................................................. 72

Figura 5.20 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Modelação no

Robot com recurso a vigas ............................................................................................. 72

Figura 5.21 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Modelação no

Robot com recurso a um painel de laje .......................................................................... 73

Figura 5.22 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Modelação no

Robot com recurso a um painel de laje .......................................................................... 73

Figura 5.23 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Comparação entre

modelações estruturais – Vigas VS Painel ...................................................................... 74

xx
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 5.24 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Disposição da

armadura de esforço transverso...................................................................................... 77

Figura 5.25 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Ferca – Implantação dos moldes Ferca .... 80

Figura 5.26 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Ferca – Modelação Robot para verificação da

deformação elástica ........................................................................................................ 81

Figura 5.27 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Ferca – Secção equivalente (Robot) ........ 81

Figura 5.28 – Caso de estudo I – Preço de laje/m2 em função do custo unitário do bloco..... 86

Figura 6.1 – Caso de estudo II – Planta estrutural ............................................................... 87

Figura 6.2 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Implantação dos blocos de

aligeiramento ................................................................................................................. 91

Figura 6.3 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Secção equivalente (Robot) .... 92

Figura 6.4 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Disposição da armadura de esforço

transverso ...................................................................................................................... 94

Figura 6.5 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Implantação dos

blocos de aligeiramento .................................................................................................. 97

Figura 6.6 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Secção equivalente

(Robot).......................................................................................................................... 98

Figura 6.7 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Disposição da

armadura de esforço transverso..................................................................................... 100

xxi
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 6.8 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Implantação dos

blocos de aligeiramento .................................................................................................103

Figura 6.9 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Secção equivalente

(Robot) .........................................................................................................................104

Figura 6.10 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Disposição da

armadura de esforço transverso .....................................................................................106

Figura 6.11 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Ferca – Implantação dos moldes Ferca..109

Figura 6.12 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Ferca – Secção equivalente (Robot) ......110

Figura 6.13 – Caso de estudo II – Preço de laje/m2 em função do custo unitário do bloco ..115

Figura 7.1 – Caso de estudo III – Planta estrutural ............................................................117

Figura 7.2 – Caso de estudo III - Localização dos momentos fletores a analisar na laje .......118

Figura 7.3 – Caso de estudo III - Localização dos esforços de corte a analisar na laje..........118

Figura 7.4 – Caso de estudo III - Localização dos momentos fletores a analisar na viga ......119

Figura 7.5 – Caso de estudo III - Localização dos esforços de corte a analisar na viga.........119

Figura 7.6 - Caso de estudo III - Esquema de montagem de armaduras – Laje....................120

Figura 7.7 - Caso de estudo III - Esquema de montagem de armaduras – Banda ................120

Figura 7.8 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Implantação dos blocos de

aligeiramento ................................................................................................................126

xxii
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 7.9 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Caracterização da secção

transversal reta ............................................................................................................. 127

Figura 7.10 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Modelação da laje no Robot

..................................................................................................................................... 127

Figura 7.11 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Implantação dos moldes Ferca

..................................................................................................................................... 132

Figura 7.12 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Caracterização da secção

transversal reta – Secção equivalente (Robot)............................................................... 133

Figura 7.13 – Caso de estudo III – Preço de laje/m2 em função do custo unitário do bloco . 138

xxiii
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 3.2 – Gama de perfis tubulares ................................................................................. 17

Tabela 4.1 - Coeficiente 𝑘, que tem em conta o sistema estrutural [7] .................................. 41

Tabela 4.2 - Valores da relação 𝑙/𝑑 [7] ................................................................................. 42

Tabela 4.3 – Fator de correção 𝜂 [8]..................................................................................... 46

Tabela 5.1 – Caso de estudo I – Laje fungiforme e maciça – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão .................................................................................... 52

Tabela 5.2 – Caso de estudo I – Laje fungiforme maciça – Esforços de corte, áreas de armadura

de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar) ........................... 54

Tabela 5.3 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Estimativa das

deformações elásticas da laje fungiforme Sphereplus com base nas deformações da laje

fungiforme maciça.......................................................................................................... 58

Tabela 5.4 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Comparação entre

deformações teóricas com as obtidas através do programa Robot. ................................. 60

Tabela 5.5 - Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Momentos médios e

quantificação de áreas de armaduras de flexão ............................................................... 62

xxv
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 5.6 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso ............................................... 66

Tabela 5.7 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte,

áreas de armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar)

...................................................................................................................................... 69

Tabela 5.8 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Momentos médios

e quantificação de áreas de armaduras de flexão ............................................................ 75

Tabela 5.9 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso ............................................... 77

Tabela 5.10 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Esforços de corte,

áreas de armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar)

...................................................................................................................................... 78

Tabela 5.11 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Ferca – Momentos médios e quantificação de

áreas de armaduras de flexão ......................................................................................... 82

Tabela 5.12 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso ............................................... 83

Tabela 5.13 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Ferca – Esforços de corte, áreas de armadura

de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar) ........................... 84

Tabela 6.1 – Caso de estudo II – Laje fungiforme e maciça – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão .................................................................................... 89

xxvi
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 6.2 – Caso de estudo II – Laje fungiforme maciça – Esforços de corte, áreas de armadura

de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar) ........................... 90

Tabela 6.3 - Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão .................................................................................... 93

Tabela 6.4 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Esforços de corte e quantificação

da área de armadura de esforço transverso .................................................................... 94

Tabela 6.5 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Esforços de corte, áreas de

armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar) ........... 95

Tabela 6.6 - Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Momentos médios e

quantificação de áreas de armaduras de flexão ............................................................... 99

Tabela 6.7 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso .............................................. 100

Tabela 6.8 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte,

áreas de armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar)

..................................................................................................................................... 101

Tabela 6.9 - Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Momentos médios

e quantificação de áreas de armaduras de flexão ........................................................... 105

Tabela 6.10 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Esforços de corte

e quantificação da área de armadura de esforço transverso ........................................... 106

xxvii
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 6.11 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Esforços de corte,

áreas de armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar)

.....................................................................................................................................107

Tabela 6.12 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Ferca – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão ...................................................................................111

Tabela 6.13 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Ferca – Esforços de corte e quantificação da

área de armadura de esforço transverso ........................................................................112

Tabela 6.14 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Ferca – Esforços de corte, áreas de armadura

de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar) ..........................113

Tabela 7.1 – Caso de estudo III – Laje unidirecional maciça – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão da laje ........................................................................122

Tabela 7.2 – Caso de estudo III – Laje unidirecional maciça – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão da banda ....................................................................122

Tabela 7.3 – Caso de estudo III – Laje unidirecional maciça – Esforços de corte e quantificação

da área de armadura de esforço transverso da laje ........................................................124

Tabela 7.4 – Caso de estudo III – Laje unidirecional maciça – Esforços de corte e quantificação

da área de armadura de esforço transverso da banda ....................................................124

Tabela 7.5 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão da laje ........................................................................128

xxviii
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 7.6 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão da banda .................................................................... 129

Tabela 7.7 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Esforços de corte e quantificação

da área de armadura de esforço transverso da laje ........................................................ 130

Tabela 7.8 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Esforços de corte e quantificação

da área de armadura de esforço transverso da laje ........................................................ 130

Tabela 7.9 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão da laje ........................................................................ 134

Tabela 7.10 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão da banda .................................................................... 134

Tabela 7.11 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Esforços de corte e quantificação

da área de armadura de esforço transverso da laje ........................................................ 135

Tabela 7.12 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Esforços de corte e quantificação

da área de armadura de esforço transverso da laje ........................................................ 136

xxix
1 INTRODUÇÃO

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

No término do ciclo de estudos do Mestrado em Engenharia Civil, do Instituto Superior de

Engenharia do Porto, foi desenvolvido um estágio curricular com duração aproximada de 6

meses, que culmina com o presente relatório cujo objetivo é expor todo o trabalho efetuado

durante a realização do mesmo.

A empresa acolhedora do estágio curricular, FercaNorte - Estruturas, Lajes e Cofragens, Lda.,

apresenta interesse no desenvolvimento de uma solução de lajes fungiformes aligeiradas, de

forma a conseguir fazer face às empresas concorrentes no mercado em que a própria mantém o

seu maior volume de obras.

Apresentado um conjunto de soluções construtivas para lajes fungiformes, como por exemplo,

os moldes Ferca, que são moldes recuperáveis utilizados na construção de lajes fungiformes

nervuradas, a FercaNorte também dispõe de uma solução construtiva de lajes fungiformes

aligeiradas com blocos perdidos, envolvidos totalmente por betão, semelhante às soluções que

serão desenvolvidas.

No final, serão comparadas, conforme os casos de estudo analisados, as soluções preconizadas

pela FercaNorte com as soluções que poderão integrar a gama de produtos da empresa.

1
CAPÍTULO 1

O estágio desenvolvido teve como supervisor o Engenheiro Carlos Ribeiro, por parte da empresa

FercaNorte, e como orientador o Engenheiro Paulo Guedes, por parte do Instituto Superior de

Engenharia do Porto.

1.2 DEFINIÇÃO DE LAJES ALIGEIRADAS E PRINCIPAIS VANTAGENS

As lajes aligeiradas em estudo são lajes betonadas in situ contendo no seu interior blocos de

aligeiramento de forma a constituir vazios nas mesmas. Os blocos encontram-se totalmente

embebidos, permitindo uma distribuição de armaduras de flexão semelhante às lajes maciças

com a particularidade de existir uma armadura vertical, colocada entre blocos, melhorando a

resistência do conjunto.

Uma das maiores vantagens deste tipo de solução é a redução do volume de betão utilizado em

obra, proporcionando uma redução significativa em termos de custos, assim como a evidente

redução de peso próprio da laje e consequentemente a redução de esforço axial dos pilares que

a suportam. Comparativamente ao sistema de lajes nervuradas betonadas in situ, este tipo de

sistema permite a redução da altura total da peça e um rendimento superior na colocação de

armaduras nos painéis de laje.

Em relação ao impacto ambiental associado à produção e transporte destes blocos, estes

conseguem reduzi-lo quando comparado com a fabricação do betão. A possibilidade de estes

blocos serem produzidos em metades e montados posteriormente em obra reduz,

significativamente, todo o volume de transporte de material.

2
INTRODUÇÃO

1.3 OBJETIVOS E ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO

Inicialmente este relatório começa por descrever, de forma sucinta, a empresa e os trabalhos

realizados neste âmbito do desenvolvimento de soluções de laje economicamente viáveis,

preenchendo assim o capítulo 2, assim como as soluções que já fazem parte do seu catálogo e

respetivos projetos futuros, como as lajes que serão desenvolvidas ao longo do relatório,

terminando o capítulo 3.

O dimensionamento deste tipo de soluções, descritos no capítulo 4, deverá respeitar todos os

critérios propostos pelo Eurocódigo 2 – NP EN1992-1-1. Projeto de Estruturas de Betão

(Eurocódigo 2) [1]. De acordo com o Eurocódigo 2 deverão ser verificados todos os estados

limite respetivos ao dimensionamento de lajes, fazendo verificação aos três estados limite

últimos, rotura por flexão, rotura por esforço transverso e por ocorrência de punçoamento,

assim como também deverão ser verificados os estados limite de utilização nos quais se limita

as tensões das peças e é efetuado um controlo da fendilhação e da deformação.

De forma a viabilizar o estudo, serão abordados três casos de estudo, capítulo 5, 6 e 7, e

desenvolvida, para cada uma das soluções integrantes dos casos de estudo, uma modelação

tridimensional com recurso ao programa de cálculo automático Robot Structural Analysis da

Autodesk (Robot) [2].

No final, será elaborada uma estimativa orçamental para cada solução construtiva aplicada aos

diferentes casos de estudo e comparadas entre si, permitindo concluir acerca da viabilidade

económica das soluções dimensionadas, dando origem aos capítulos 8 e 9, onde se encontra a

discussão de resultados e respetiva conclusão do relatório.

3
2 A EMPRESA E O SETOR DA CONSTRUÇÃO

2.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

“A FercaNorte - Estruturas, Lajes e Cofragens, Lda. é uma empresa de Engenharia que tem

dedicado todos os seus esforços baseando-se em conceitos estruturais que permitem a realização

de soluções de lajes, recorrendo a técnicas e produtos, de modo a satisfazer os pressupostos de

qualidade e funcionalidades estruturais e arquitetónicas, com custos finais vantajosos e

competitivos relativamente a outras soluções estruturais.

Nesse sentido, o início da sua atividade foi desde logo focado na introdução de soluções de lajes

fungiformes, sem vigas, que permitiram a combinação dos fatores essenciais e decisivos para a

aceitação por parte de projetistas, arquitetos, empreiteiros e donos de obra das soluções

preconizadas.

Essas soluções foram concretizadas inicialmente com recurso a blocos de aligeiramento leve,

fungiblocos, passando de seguida para o aligeiramento com moldes plásticos recuperáveis,

atingindo dessa forma os requisitos de simplicidade e rapidez de execução de cofragens e

colocação de armaduras, em malhas estruturais que permitiram a utilização de espaços

polivalentes para estacionamentos, zonas comerciais e habitacionais.

Complementarmente, a introdução e promoção do pré-esforço em edifícios, desde 1982,

constituindo soluções em betão armado pré-esforçado, associado às mais diversas soluções

5
CAPÍTULO 2

estruturais de lajes, veio alargar o seu campo de atuação e intervenção, permitindo assim a

satisfação de programas arquitetónicos com exigências estruturais ainda mais elevadas, e

garantindo, paralelamente, a boa funcionalidade dessas estruturas de acordo com as exigências

regulamentares.” [3]

De seguida apresenta-se o portfólio das obras, bastante conhecidas pela população em geral,

em que a empresa prestou os seus serviços a nível de pré-esforço ou em soluções construtivas

para painéis de laje.

Figura 2.1 - Portfólio FercaNorte [4]

6
A EMPRESA E O SECTOR DA CONSTRUÇÃO

Figura 2.2 - Portfólio FercaNorte [4]

2.2 EVOLUÇÃO DAS SOLUÇÕES DE ALIGEIRAMENTO

A primeira solução de laje com os aligeiramentos totalmente embebidos por betão surgiu em

1950. Armada em apenas uma direção e apoiada em vigas, continha no seu interior tubos

cilíndricos que se estendiam perpendicularmente aos apoios da laje.

Em meados de 1990 surgiu o sistema BubbleDeck, criado por Jorgen Breuning, caracterizando-

se pela introdução de elementos vazios no interior de uma laje fungiforme. Os elementos de

aligeiramento possuiam uma forma esférica, sendo dispostos ortogonalmente, em painéis pré-

fabricados englobando já a armadura de flexão colocada na face inferior, e posteriormente

transportados para a obra. Após a sua colocação sobre os pilares da estrutura, era efetuada

7
CAPÍTULO 2

uma segunda betonagem, envolvendo totalmente os aligeiramentos. Este sistema encontra-se

ilustrado na Figura 2.3.

Figura 2.3 – Solução de aligeiramento - Sistema Bubbledeck.

Em 2001, foi apresentada ao mercado uma solução, projetada e patenteada pelo engenheiro

Italiano, Roberto Il Grande, denominada por sistema U-Boot. Com o objetivo do sistema

BubbleDeck, mas com blocos de aligeiramento cúbicos e exclusivamente montado em obra,

permitiam a redução de custos de transporte, pois a fabricação de blocos era efetuada em

metades, e a redução na formação de dióxido de carbono na produção dos blocos. Na Figura

2.4, encontra-se ilustrado o sistema U-Boot.

Figura 2.4 – Solução de aligeiramento - Sistema U-Boot [5]

8
A EMPRESA E O SECTOR DA CONSTRUÇÃO

Em 2003, foi patenteado o sistema AirDeck, sistema igual ao BubbleDeck, diferindo apenas no

formato geométrico dos blocos, tendo estes uma forma cúbica. Na Figura 2.5, está ilustrado o

sistema AirDeck.

Figura 2.5 – Solução de aligeiramento - Sistema AirDeck [6]

Em 2004, na Suíça, surgiu o sistema Cobiax, com metodologia igual ao sistema U-Boot, mas

com os blocos de aligeiramento em formato elipsoide, possuindo exatamente as mesmas

vantagens. Em Portugal este sistema é representado pela empresa Ferca, empresa que também

disponibiliza os mesmos produtos que a FercaNorte e no mercado internacional são concorrentes

diretos. Na Figura 2.6, encontra-se ilustrado o sistema Cobiax.

Figura 2.6 – Solução de aligeiramento - Sistema Cobiax

9
3 SOLUÇÕES DE LAJES INTEGRANTES NA ANÁLISE

COMPARATIVA

3.1 SOLUÇÕES PRECONIZADAS PELA FERCANORTE

3.1.1 Moldes Ferca

“O sistema de Moldes Ferca, permitindo a execução de lajes fungiformes nervuradas, é uma

referência no que concerne à execução de lajes. Criando malhas de nervuras bidirecionais ou

unidirecionais, são extremamente eficazes na redução de custos de execução de lajes, não só

pela diminuição de consumos de betão e aço mas também pela rotatividade do sistema, que

permite reduzir os custos de material e mão-de-obra associados à cofragem.” [3]

No anexo I, encontra-se o catálogo da FercaNorte onde estão apresentadas as características

geométricas dos moldes disponibilizados pela empresa e também um conjunto de soluções para

aplicação dos moldes em lajes fungiformes e lajes unidirecionais apoiadas em vigas.

11
CAPÍTULO 3

Figura 3.1 – Moldes Ferca - Laje nervurada bidirecional betonada in situ [3]

Figura 3.2 – Moldes Ferca - Laje nervurada unidirecional betonada in situ [3]

3.1.2 Lajes aligeiradas com blocos Nautilus

Com o mesmo princípio do sistema U-Boot, diferindo ligeiramente na geometria dos moldes, o

sistema Nautilus apresenta uma gama de moldes com alturas conjugadas que variam desde os

16 cm até aos 48 cm.

“O sistema Nautilus consiste numa cofragem modular perdida, em polipropileno reciclado (PP),

estudada para obtenção de elevado aligeiramento de lajes.

A aplicação de blocos Nautilus origina uma laje com lâmina inferior e superior interligadas por

uma malha ortogonal de nervuras, configurando uma secção com forma em "I".

12
SOLUÇÕES DE LAJES INTEGRANTES NA ANÁLISE COMPARATIVA

Graças à elevada inércia da laje assim constituída (aproximadamente 80% da inércia de uma

laje maciça de espessura equivalente) esta opção permite a obtenção de soluções de lajes

economicamente vantajosas.

O sistema Nautilus, é prático, fácil, e de rápida colocação em obra. Apresenta uma estabilidade

própria que permite a execução de todas as tarefas de colocação das armaduras e das betonagens

sem dificuldades ou instabilidades.”[3]

Figura 3.3 – Soluções de aligeiramento Ferca - Sistema Nautilus [3]

3.2 SOLUÇÕES A DESENVOLVER NO ÂMBITO DO ESTÁGIO

3.2.1 Lajes aligeiradas com blocos Sphereplus – Ortogonal

Muito semelhante ao sistema Cobiax, exceto pelo seu sistema de montagem, a laje fungiforme

aligeirada com bloco Sphereplus disponibiliza um conjunto de soluções construtivas com uma

gama de valores, em relação à altura do bloco, bastante ampla. A altura mais reduzida tem

apenas 10 cm de altura, o que torna a utilização deste tipo de laje vantajosa para vãos e

espessuras de laje mais reduzidos. Estas dimensões poderão ser consultadas na Tabela 3.1.

13
CAPÍTULO 3

Tabela 3.1 – Gama de Blocos Sphereplus

Bloco Sphereplus
(Bn = 350 mm)
Hn Volume
(mm) (L)
100 9,03
120 10,96
140 12,88
160 14,80
180 16,73
200 18,65
220 20,58

Ao contrário do sistema de lajes nervuradas, com a mesma espessura total de uma solução de

laje maciça para um determinado caso de estudo, é possível obter uma relação entre peso

próprio da laje e momento de inércia muito aproximada à relação da solução de laje maciça.

Figura 3.4 – Solução de aligeiramento - Sphereplus – Corte tipo

14
SOLUÇÕES DE LAJES INTEGRANTES NA ANÁLISE COMPARATIVA

Figura 3.5 – Solução de aligeiramento – Sphereplus - Disposição ortogonal

Dispondo os blocos de forma ortogonal, por metro quadrado de laje, é possível colocar 6,25

blocos, criando um volume de vazios bastante aceitável do ponto de vista económico. Por

exemplo, para uma solução de laje aligeirada, com este tipo de blocos, com 20 cm de espessura,

utilizando blocos com altura de 10 cm, obtém-se, desprezando as zonas maciças junto aos

pilares, uma redução de volume de betão de aproximadamente 30% em relação à solução de

laje maciça.

3.2.2 Lajes aligeiradas com blocos Sphereplus – Favo de mel

Exatamente com o mesmo tipo de bloco da laje do ponto anterior, mas com os blocos

distribuídos em formato favo de mel, esta solução consegue albergar mais blocos por metro

quadrado de laje, podendo ser ainda uma solução mais vantajosa do que a anterior, pois o

volume de betão é inferior e a sua inércia é exatamente igual.

Dispondo os blocos de forma favo de mel, de acordo com a figura seguinte, por metro quadrado

de laje é possível colocar 7,22 blocos.

15
CAPÍTULO 3

Figura 3.6 – Solução de aligeiramento – Sphereplus - Disposição Favo de mel

Por exemplo, para uma solução de laje aligeirada, com este tipo de blocos, com 20 cm de

espessura, utilizando blocos com altura de 10 cm, obtém-se, desprezando as zonas maciças junto

aos pilares, uma redução de volume de betão de aproximadamente 33% em relação à solução

de laje maciça, ou seja, ainda se consegue reduzir 3 pontos percentuais em relação à disposição

ortogonal.

3.2.3 Lajes tubulares unidirecionais

Com o objetivo de criar vazios em lajes maciças unidirecionais, apoiadas em vigas, os perfis

cilíndricos ou elípticos, em plástico, permitem reduzir bastante o peso próprio da laje e manter

uma inércia elevada da peça devido à presença de uma lâmina de betão inferior e superior.

Os perfis tubulares possuem cerca de 1,10 m de comprimento sendo interrompidos por nervuras

transversais espaçadas de 1,20 m em 1,20 m.

Esta solução permitirá uma alternativa às lajes maciças e às lajes nervuradas unidirecionais,

cujos moldes poderão ser fornecidos pela FercaNorte. A gama de tubos que serão

disponibilizados terão alturas variáveis de acordo os valores apresentados na Tabela 3.2.

16
SOLUÇÕES DE LAJES INTEGRANTES NA ANÁLISE COMPARATIVA

Figura 3.7 – Solução de aligeiramento - Laje tubular unidirecional – Corte tipo

Figura 3.8 – -Solução de aligeiramento – Laje tubular unidirecional - Disposição em planta

Tabela 3.1 – Gama de perfis tubulares

Tubular
(Bn = 300 mm)
Hn Volume
(mm) (L)
100 30,64
120 37,24
140 43,84
160 50,44
180 57,04
200 63,64
220 70,24

17
CAPÍTULO 3

18
4 APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO

DE LAJES

O capítulo 4, aplicação do Eurocódigo 2 no dimensionamento de lajes, foi adaptado da Norma

Portuguesa, NP EN 1992-1-1 2010, Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão, Parte 1-1:

Regras gerais e regras para edifícios (Eurocódigo 2), sendo transcrito para este capítulo excertos

de parágrafos, fórmulas e figuras relevantes para o desenvolvimento do relatório.

4.1. ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS

4.1.1 Estado limite último – Rotura por flexão

4.1.1.1 Cálculo da armadura de flexão

Para calcular a área de armadura de flexão presente nas secções transversais de peças de betão

armado poderá ser considerada uma distribuição retangular de tensões ao nível da secção

transversal reta, de acordo com a Figura 4.1.

19
CAPÍTULO 4

Figura 4.1 - Distribuição retangular de tensões [1]

Em que:

𝐴𝑐 Área da secção transversal do betão;

𝐴𝑠 Área da secção da armadura tracionada;

𝑑 Altura útil da secção transversal reta;

𝐹𝑐 Força total resultante da área de betão comprimido;

𝐹𝑠 Força total resultante da área de aço tracionada;

𝑥 Profundidade do eixo neutro medida a partir da fibra extrema mais comprimida;

𝑓𝑐𝑑 Valor de cálculo da tensão de rotura do betão à compressão;

𝜀𝑐𝑢 Extensão última do betão à compressão;

𝜀𝑠 Extensão do aço à tração;

𝜂 Coeficiente que define a resistência efetiva do betão:

𝜂 = 1,0 para 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎;

𝜂 = 1,0 − (𝑓𝑐𝑘 − 50)/200 para 50 < 𝑓𝑐𝑘 ≤ 90 𝑀𝑃𝑎;

20
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

Nota: Se a largura da zona comprimida diminuir na direção da fibra extrema mais comprimida, o valor de 𝜂 deverá

ser reduzido de 10%.

𝜆 Coeficiente que define a altura útil da zona comprimida:

𝜆 = 0,8 para 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎;

𝜆 = 0,8 − (𝑓𝑐𝑘 − 50)/400 para 50 𝑀𝑃𝑎 < 𝑓𝑐𝑘 ≤ 90 𝑀𝑃𝑎.

De acordo com a Figura 4.1, é possível então escrever um conjunto que permita calcular a

profundidade do eixo neutro em relação ao topo da secção transversal reta.

𝐹𝑐 = 𝐴𝑐 𝜆 𝑥 𝑓𝑐𝑑 𝜂
𝐹𝑠 = 𝐴𝑠 𝑓𝑦𝑑 (4.1)
𝐹𝑐 = 𝐹𝑠
{ 𝑀𝐸𝑑 = 𝐹𝑠 (𝑑 − 𝜆/2 𝑥)

Em que:

𝑀𝐸𝑑 Valor de cálculo do momento fletor atuante;

𝑓𝑦𝑑 Valor de cálculo da tensão de cedência à tração do aço das armaduras de betão

armado.

Após a determinação da área de armadura necessária para que a peça resista a um determinado

momento fletor atuante é necessário verificar se esta se encontra no seu patamar de cedência.

A extensão do aço deverá ser superior à extensão que coloca o mesmo no seu patamar de
𝑓𝑦𝑑
cedência, 𝐸𝑠
, e inferior ao valor de cálculo da extensão do aço da armadura para betão armado,

𝜀𝑢𝑑 .

21
CAPÍTULO 4

Figura 4.2 - Diagrama de tensões-extensões, idealizado e de cálculo, do aço das armaduras

para betão armado (tracionado ou comprimido) [1]

Aplicando a seguinte expressão é possível determinar qual o valor da extensão a que o aço se

encontra.

𝜀𝑐𝑢 𝜀𝑠 (𝑑 − 𝑥) 𝜀𝑐𝑢
= ⇔ 𝜀𝑠 = (4.2)
𝑥 𝑑−𝑥 𝑥

4.1.1.2 Disposições construtivas para armaduras de flexão

Será necessário também verificar se a solução de armadura adotada respeita a área de armadura

mínima que deve estar presente na peça e se é inferior à área de armadura máxima que é

permitida na secção transversal reta. De acordo com o ponto 9.2.1.1 do EC2, é possível calcular

os limites, máximo e mínimo, de áreas de armaduras pelas seguintes expressões.

𝑓𝑐𝑡𝑚
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 0,26 𝑏 𝑑 ≥ 0,0013 𝑏𝑡 𝑑 (4.3)
𝑓𝑦𝑘 𝑡

𝐴𝑠,𝑚á𝑥 = 0,04 𝐴𝑐 (4.4)

22
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

Em que:

𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 Área mínima das armaduras para betão armado na zona tracionada;

𝐴𝑠,𝑚á𝑥 Área máxima das armaduras para betão armado na zona tracionada;

𝑏𝑡 Representa a largura média da zona tracionada; no caso de uma viga em T com os

banzos comprimidos, deverá considerar-se apenas a largura da alma no cálculo do

valor de 𝑏𝑡 ;

𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 Área mínima das armaduras para betão armado na zona tracionada;

No caso de lajes fungiformes, ponto 9.4 do EC2, nos pilares interiores, a não ser que se efetuem

cálculos rigorosos para as condições de utilização, deverá adotar-se uma armadura superior com

uma área de 50% da área total distribuída numa largura de cada lado do pilar igual a 12,5%

da largura do painel de laje.

Deverá, também, adotar-se nos pilares interiores uma armadura superior a dois varões em cada

direção ortogonal e esta armadura deverá atravessar o pilar.

Em relação ao espaçamento entre varões, deverá ser respeitado o ponto 9.3.1.1 (3) do EC2, que

limita o espaçamento ao valor de 𝑠𝑚𝑎𝑥,𝑠𝑙𝑎𝑏𝑠 .

Valores recomendados de 𝑠𝑚𝑎𝑥,𝑠𝑙𝑎𝑏𝑠 :

- Para as armaduras principais, este valor é o menor entre {3ℎ; 400 𝑚𝑚}, em que h representa

a espessura total da laje;

- Para as armaduras de distribuição, este valor é o menor valor entre {3,5ℎ; 450 𝑚𝑚}.

23
CAPÍTULO 4

Em zonas com cargas concentradas ou nas zonas de momento máximo, as disposições são as

seguintes:

- Para as armaduras principais, é o menor valor entre {2ℎ; 250 𝑚𝑚}.

- Para as armaduras de distribuição, é o menor valor entre {3ℎ; 400 𝑚𝑚}.

4.1.2 Estado limite último – Rotura por esforço transverso

Para a verificação da resistência em relação ao esforço transverso, definem-se os seguintes

valores:

𝑉𝑅𝑑,𝑐 Valor de cálculo do esforço transverso resistente do elemento sem armadura de esforço

transverso;

𝑉𝑅𝑑,𝑠 Valor de cálculo do esforço transverso equilibrado pela armadura de esforço transverso

na tensão de cedência;

𝑉𝑅𝑑,𝑚𝑎𝑥 Valor de cálculo do esforço transverso resistente máximo do elemento, limitado pelo

esmagamento das escoras comprimidas.

De acordo com o ponto 6.2.1 (4), do EC2, quando, com base na verificação do esforço transverso

não for necessária nenhuma armadura de esforço transverso, deverá prever-se uma armadura

mínima de esforço transverso de acordo com o ponto 9.2.2 do EC2. Esta armadura mínima de

esforço transverso poderá ser omitida em elementos como lajes (maciças, nervuradas ou

vazadas) em que é possível a redistribuição transversal das ações. A armadura mínima também

poderá ser omitida em elementos de pequena importância (por exemplo, lintéis com vão inferior

a 2 metros) que não contribuam de modo significativo para a resistência e estabilidade globais

da estrutura.

24
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

No caso de lajes nervuradas ou vazadas será, na mesma, considerada uma armadura mínima

para resistência do esforço transverso.

4.1.2.1 Cálculo da armadura de esforço transverso

Recorrendo à seguinte expressão, é possível obter o valor de cálculo do esforço transverso

resistente, 𝑉𝑅𝑑,𝑐 .

𝑉𝑅𝑑,𝑐 = [𝐶𝑅𝑑,𝑐 𝑘 (100 𝜌𝑙 𝑓𝑐𝑘 )1/3 + 𝑘𝑙 𝜎𝑐𝑝 ]𝑏𝑤 𝑑 (4.5)

Com um mínimo de:

𝑉𝑅𝑑,𝑐 = (𝑣𝑚𝑖𝑛 + 𝑘𝑙 𝜎𝑐𝑝 ) 𝑏𝑤 𝑑 (4.6)

Em que:

𝑓𝑐𝑘 Em MPa;

𝑘 200
=1+√ 𝑑
≤ 2,0 com 𝑑 em mm;

𝜌𝑙 𝐴𝑠𝑙
=𝑏 ≤ 0,02 ;
𝑤𝑑

𝐴𝑠𝑙 Área da armadura de tração prolongada de um comprimento ≥ (𝑙𝑏𝑑 + 𝑑) para além

da secção considerada;

𝑏𝑤 Menor largura da secção transversal na área tracionada [mm];

𝜎𝑐𝑝 𝑁𝐸𝑑
= < 0,2 𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑐

𝑁𝐸𝑑 Esforço normal na secção devido às ações aplicadas ou pré-esforço [em N] (𝑁𝐸𝑑 > 0)

para compressão. Em 𝑁𝐸𝑑 , a influência das deformações impostas poderá ser ignorada;

25
CAPÍTULO 4

𝐴𝑐 Área da secção transversal de betão [mm2];

𝑉𝑅𝑑,𝑐 Em [N].

Nota: Os valores de 𝐶𝑅𝑑,𝑑 , 𝑣𝑚𝑖𝑛 , e 𝐾𝑙 a utilizar num determinado país poderão ser indicados no

Anexo Nacional do EC2. O valor recomendado de 𝐶𝑅𝑑,𝑑 é 0,18/𝛾𝐶 , o de 𝑣𝑚𝑖𝑛 é obtido pela

expressão seguinte e o de 𝐾𝑙 é 0,15.

𝑉𝑚𝑖𝑛 = 0,035 𝑘 3/2 𝑓𝑐𝑘


1/2 (4.7)

O cálculo de elementos com armadura de esforço transverso baseia-se num modelo de treliça,

ver Figura 4.3. (Ponto 6.2.3, EC2).

Na Figura 4.3 são apresentadas as seguintes notações:

𝛼 Ângulo formado pela armadura de esforço transverso com o eixo da viga (medido

positivo como representado na Figura 4.3);

𝜃 Ângulo formado pela escora comprimida de betão com o eixo da viga;

𝜌𝑙 𝐴𝑠𝑙
=𝑏 ≤ 0,02 ;
𝑤𝑑

𝐹𝑡𝑑 Valor de cálculo da força de tração na armadura longitudinal;

𝐹𝑐𝑑 Valor de cálculo da força de compressão no betão na direção do eixo longitudinal do

elemento;

𝑏𝑤 Menor largura da secção entre os banzos tracionado e comprimido;

26
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

𝑧 Braço do binário das forças interiores, para um elemento de altura constante,

correspondente ao momento fletor no elemento considerado. Na verificação em relação

ao esforço transverso numa secção de betão armado sem esforço normal, poderá

geralmente utilizar-se o valor aproximado de 𝑧 = 0,9 𝑑.

Figura 4.3 - Modelo de treliça e notações para elementos com armaduras de esforço

transverso [1]

De acordo com o ponto 6.2.3 (2) do EC2, o valor do ângulo ϴ deverá ser limitado de acordo

com a seguinte expressão.

1 ≤ cot(𝜃) ≤ 2,5 (4.8)

No caso de elementos com armaduras de esforço transverso constituídas por estribos verticais,

o valor de cálculo do esforço transverso resistente é o menor dos valores:

27
CAPÍTULO 4

𝐴𝑠𝑤 (4.9)
𝑉𝑅𝑑,𝑠 = 𝑧 𝑓𝑦𝑤𝑑 cot(𝜃)
𝑠

𝑉𝑅𝑑,𝑚𝑎𝑥 = 𝛼𝑐𝑤 𝑏𝑤 𝑧 𝑣1 𝑓𝑐𝑑 / (cot(𝜃) + tan(𝜃)) (4.10)

Em que:

𝐴𝑠𝑤 Área da secção transversal das armaduras de esforço transverso;

𝑠 Espaçamento dos estribos;

𝑓𝑦𝑤𝑑 Valor de cálculo da tensão de cedência das armaduras de esforço transverso;

𝑣1 Coeficiente de redução da resistência do betão fendilhado;

𝛼𝑐𝑤 Coeficiente que tem em conta o estado de tensão do banzo comprimido.

Nota: O valor de 𝑣1 e de 𝛼𝑐𝑤 a utilizar num determinado país poderá ser indicado no respetivo

Anexo Nacional do EC2. O valor recomendado de 𝛼𝑐𝑤 é 1 para estruturas não pré-esforçadas

e 𝑣1 obtém-se através da seguinte expressão, sendo igual a 𝑣.

𝑓
𝑐𝑘
𝑣 = 0,6 [1 − 250 ] , 𝑓𝑐𝑘 em MPa (4.11)

4.1.2.2 Disposições construtivas para armaduras de esforço transverso

De acordo com o ponto 9.2.2 do EC2, a armadura de esforço transverso deverá formar um

ângulo 𝛼 entre 45º e 90º com o eixo longitudinal do elemento estrutural.

Deverá, também, ser calculada uma taxa de armaduras de esforço transverso, não podendo ser

esta inferior a uma taxa de armaduras mínima.

28
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

𝜌𝑤 = 𝐴𝑠𝑤 /(𝑠 𝑏𝑤 𝑠𝑒𝑛(𝛼)) ≥ 𝜌𝑤,𝑚𝑖𝑛 (4.12)

𝜌𝑤,𝑚𝑖𝑛 = (0,08 √(𝑓𝑐𝑘 ))/𝑓𝑦𝑘 (4.13)

Em que:

𝜌𝑤 Taxa de armaduras de esforço transverso;

𝐴𝑠𝑤 Área de armaduras de esforço transverso existente no comprimento 𝑠;

𝑠 Espaçamento das armaduras de esforço transverso, medido ao longo do eixo

longitudinal do elemento;

𝑏𝑤 Largura da alma do elemento;

𝛼 Ângulo formado pelas armaduras de esforço transverso e o eixo longitudinal.

𝜌𝑤,𝑚𝑖𝑛 Taxa de armaduras de esforço transverso mínima.

Em relação ao espaçamento da solução de armaduras de esforço transverso, de acordo com o

ponto 9.2.2 (6) e (8), o espaçamento longitudinal máximo entre armaduras de esforço transverso

não deverá ser superior a 𝑠𝑙,𝑚𝑎𝑥 e o espaçamento transversal entre ramos de estribos não poderá

ser superior a 𝑠𝑡,𝑚𝑎𝑥 .

𝑠𝑙,𝑚𝑎𝑥 = 0,75 𝑑 (1 + cot(𝛼)) (4.14)

𝑠𝑡,𝑚𝑎𝑥 = 0,75 𝑑 ≤ 600 𝑚𝑚 (4.15)

29
CAPÍTULO 4

4.1.3 Estado limite último – Rotura por punçoamento

O método de cálculo baseia-se em verificações efetuadas na face do pilar e no primeiro perímetro

de controlo 𝑢1 . Se for necessária armadura de punçoamento, deverá determinar-se um outro

contorno 𝑢𝑜𝑢𝑡,𝑒𝑓 a partir do qual a armadura de punçoamento já não seja necessária. Definem-

se os seguintes valores de cálculo da tensão de punçoamento (MPa) ao longo das secções de

controlo:

𝑣𝑅𝑑,𝑐 Valor de cálculo da resistência ao punçoamento de uma laje sem armadura de

punçoamento, ao longo da secção de controlo considerada;

𝑣𝑅𝑑,𝑐𝑠 Valor de cálculo da resistência ao punçoamento de uma laje com armadura de

punçoamento, ao longo da secção de controlo considerada;

𝑣𝑅𝑑,𝑚𝑎𝑥 Valor de cálculo da resistência máxima ao punçoamento, ao longo da secção de

controlo considerada.

Deverão efetuar-se as seguintes verificações:

- No perímetro do pilar, ou no perímetro da área carregada, não deverá ser excedido o valor

máximo da tensão de punçoamento:

𝑣𝐸𝑑 ≤ 𝑣𝑅𝑑,𝑚𝑎𝑥 (4.16)

- Não é necessária armadura de punçoamento se:

𝑣𝐸𝑑 ≤ 𝑣𝑅𝑑,𝑐 (4.17)

No caso de a condição anterior não se verificar para a secção de controlo considerada, deverá

adotar-se uma armadura de punçoamento.

30
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

4.1.3.1 Cálculo da armadura de punçoamento

A tensão de punçoamento em determinada zona da laje poderá ser obtida de acordo com a

seguinte expressão:

𝑉𝐸𝑑 (4.18)
𝑣𝐸𝑑 = 𝛽
𝑢𝑖 𝑑

Em que:

𝑑 Altura útil média da laje, que poderá ser considerada igual a (𝑑𝑦 + 𝑑𝑧 )/2;

𝑢𝑖 Perímetro do perímetro de controlo considerado;

Relativamente ao parâmetro 𝛽, e de acordo com o ponto 6.4.3 (6) do EC2, no caso de estruturas

em que a estabilidade lateral não depende do funcionamento de pórticos formados por lajes e

pilares, em que os vãos dos tramos adjacentes não diferem mais de 25%, poderão utilizar-se

valores aproximados de 𝛽, de acordo com a Figura 4.4.

Figura 4.4 - Valores aproximados de 𝛽 [1]

31
CAPÍTULO 4

Definindo a tensão de punçoamento em função do perímetro de controlo considerado, deverá

calcular-se qual a resistência ao punçoamento da laje sem armadura de punçoamento, através

da seguinte expressão:

𝑣𝑅𝑑,𝑐 = 𝐶𝑅𝑑,𝑐 𝑘 (100 𝜌𝑙 𝑓𝑐𝑘 )1/3 + 𝑘𝑙 𝜎𝑐𝑝 ≥ (𝑣𝑚𝑖𝑛 + 𝑘𝑙 𝜎𝑐𝑝 ) (4.19)

Em que:

𝑓𝑐𝑘 Em MPa;

𝑘 200
=1+√ ≤ 2,0 com 𝑑 em mm;
𝑑

𝜌𝑙 = √𝑝𝑙𝑦 . 𝑝𝑙𝑧 ≤ 0,02 ;

𝜎𝑐𝑝 = (𝜎𝑐𝑦 + 𝜎𝑐𝑧 )/2

𝐴𝑐 Área da secção transversal de betão [mm2];

A resistência ao punçoamento de lajes com armadura de punçoamento é condicionada pela

expressão anterior, pois a resistência ao punçoamento de lajes com armadura será a soma de

uma percentagem da resistência proveniente do betão com a resistência proveniente da

armadura de punçoamento em tensão de cedência. Ver expressão seguinte:

𝐴𝑠𝑤 (4.20)
𝑣𝑅𝑑,𝑐𝑠 = 0,75 𝑣𝑅𝑑,𝑐 + 1,5 ( ) 𝑑 𝑓𝑦𝑤𝑑,𝑒𝑓 (1/(𝑢1 𝑑)) 𝑠𝑒𝑛 𝛼
𝑠𝑟

Em que:

𝐴𝑠𝑤 Área de um perímetro de armaduras de punçoamento em torno do pilar [mm2]

𝑠𝑟 Espaçamento radial dos perímetros de armaduras de punçoamento;

32
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

𝑓𝑦𝑤𝑑,𝑒𝑓 Valor de cálculo da tensão efetiva de cedência das armaduras de punçoamento, obtida

por: 𝑓𝑦𝑤𝑑,𝑒𝑓 = 250 + 0,25 𝑑 [MPa];

𝑑 Média das alturas úteis nas direções ortogonais [mm];

𝛼 Ângulo entre as armaduras de punçoamento e o plano da laje;

Na vizinhança do pilar, a resistência ao punçoamento é limitada a um máximo de:

𝑉𝐸𝑑 (4.21)
𝑣𝐸𝑑 = 𝛽 ≤ 𝑣𝑅𝑑,𝑚𝑎𝑥
𝑢0 𝑑

𝑣𝑅𝑑,𝑚𝑎𝑥 = 0,5 𝑣 𝑓𝑐𝑑 (4.22)

Em que:

𝑢0 Para um pilar interior 𝑢0 = Perímetro de controlo do pilar [mm]

Para um pilar de bordo 𝑢0 = 𝑐2 + 3𝑑 ≤ 𝑐2 + 2𝑐1 [mm]

Para um pilar de canto 𝑢0 = 3𝑑 ≤ 𝑐2 + 𝑐1

Em que:

𝑐1 Face do pilar perpendicular ao bordo da laje;

𝑐2 Face do pilar paralela ao bordo da laje.

Nota: Os valores de 𝛽 poderão ser obtidos através da Figura 4.4 e o parâmetro 𝑣 é calculado

através da mesma expressão utilizada no cálculo da resistência de um elemento ao esforço

transverso.

33
CAPÍTULO 4

O perímetro para o qual não é necessária armadura de punçoamento, 𝑢𝑜𝑢𝑡,𝑒𝑓 , deverá ser

calculado através da seguinte expressão:

𝑉𝐸𝑑
𝑢𝑜𝑢𝑡,𝑒𝑓 = 𝛽 (4.23)
𝑣𝑅𝑑,𝑐 𝑑

4.1.3.2 Disposições construtivas para armaduras de punçoamento

De acordo com o ponto 9.4.3 do EC2, quando são necessárias armaduras de punçoamento, estas

deverão ser colocadas entre a área carregada ou pilar de apoio e 𝑘𝑑 no interior do perímetro

de controlo a partir do qual a armadura de punçoamento deixa de ser necessária. Deverão ser

constituídas, pelo menos, por dois perímetros de estribos, ver Figura 4.5 e Figura 4.6, de

espaçamento não superior a 0,75 𝑑.

Figura 4.5 - Perímetro de controlo para pilares interiores [1]

34
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

Figura 4.6 – Disposições construtivas para armaduras de punçoamento [1]

Nota: O valor de 𝑘 recomendado é de 1,5.

Quando é necessária armadura de punçoamento, a área de um ramo de um estribo ou

equivalente, 𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 , é obtida pela seguinte expressão:

𝑓
𝑐𝑘
𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 ∙ (1,5 𝑠𝑒𝑛(𝛼) + 𝑐𝑜𝑠(𝛼))/(𝑠𝑟 𝑠𝑡 ) ≥ 0,08 √𝑓𝑦𝑘 (4.24)

Em que:

𝛼 Ângulo entre a armadura de punçoamento e a armadura principal (ou seja, para

estribos verticais 𝛼 = 90º;

𝑠𝑟 Espaçamento dos estribos na direção radial;

𝑠𝑡 Espaçamento dos estribos na direção tangencial;

𝑓𝑐𝑘 Em [MPa].

35
CAPÍTULO 4

4.2 ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO

4.2.1 Estado limite de utilização – Controlo da fendilhação

4.2.1.1 Cálculo de armaduras mínimas

De acordo com o ponto 7.3.2 (1) do EC2, se for requerido o controlo da fendilhação, será

necessária uma quantidade mínima de armaduras aderentes para limitar a fendilhação nas

zonas em que se prevejam tensões de tração. Esta armadura mínima poderá ser quantificada

de acordo com a expressão 4.25.

𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 𝜎𝑠 = 𝑘𝑐 𝑘 𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓 𝐴𝑐𝑡 (4.25)

Em que:

𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 Área mínima das armaduras para betão armado na zona tracionada;

𝐴𝑐𝑡 Área de betão tracionado. A zona de betão tracionado é aquela em que, pelo cálculo

da secção, se demonstra que está em tração imediatamente antes da formação da

primeira fenda;

𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓 Valor médio da resistência do betão à tração à data em que se prevê que se possam

formar as primeiras fendas:

𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓 = 𝑓𝑐𝑡𝑚 ou um valor inferior, 𝑓𝑐𝑡𝑚 (𝑡), se se prever uma fendilhação antes dos 28

dias;

𝑘 Coeficiente que considera o efeito das tensões não uniformes autoequilibradas de que

resulta uma redução dos esforços de coação:

36
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

= 1,00 para almas com ℎ ≤ 300 mm ou para banzos com larguras inferiores a 300 mm;

= 0,65 para almas com ℎ ≥ 800 mm ou para banzos com larguras superiores a 800

mm;

𝑘𝑐 Coeficiente que tem em conta a distribuição de tensões na secção, imediatamente antes

da fendilhação e da variação do braço do binário:

Para tração simples 𝑘𝑐 = 1,0;

Para flexão ou flexão com esforços normais:

- para secções retangulares e para almas de secções em caixão e secções em T:

𝜎𝑐
𝑘𝑐 = 0,4 ∗ [1 − ] ≤ 1,0
𝑘1 (ℎ/ℎ∗ ) 𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓

- para banzos de secções em caixão e de secções em T:

𝐹𝑐𝑟
𝑘𝑐 = 0,9 ∗ ≥ 0,5
𝐴𝑐𝑡 𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓

Em que:

𝜎𝑐 Tensão média do betão existente na parte da secção considerada:

𝑁𝐸𝑑
𝜎𝑐 =
𝑏ℎ

𝑁𝐸𝑑 Esforço normal no estado limite de utilização atuando na parte da secção

considerada (positivo para um esforço de compressão). 𝑁𝐸𝑑 deverá ser

determinado considerando os valores característicos do pré-esforço e dos

esforços normais para a combinação de ações apropriada;

37
CAPÍTULO 4

ℎ∗ ℎ∗ = ℎ para ℎ < 1,0 m;

ℎ∗ = 1,0 m para ℎ ≥ 1,0 m;

𝑘1 Coeficiente que considera os efeitos dos esforços normais na distribuição de

tensões:

𝑘1 = 1,5 se 𝑁𝐸𝑑 for um esforço de compressão;

𝑘1 = (2ℎ∗ )/3ℎ se 𝑁𝐸𝑑 for um esforço de tração;

𝐹𝑐𝑟 Valor absoluto da força de tração no banzo imediatamente antes da

fendilhação devida ao momento de fendilhação calculado com 𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓 .

4.2.1.2 Controlo da fendilhação sem cálculo direto

No estudo comparativo demonstrado ao longo deste relatório não serão definidas soluções de

armadura, simplesmente serão comparadas áreas de armadura necessárias. De acordo com o

EC2, ponto 7.3.3, quando se adota a armadura mínima especificada em 7.3.2 do mesmo

documento, é pouco provável que as larguras de fendas sejam excessivas se as soluções adotadas

respeitarem valores de diâmetros máximos e espaçamentos preconizados no ponto 7.3.3 do EC2.

Admitindo 𝑓𝑐𝑡,𝑒𝑓𝑓 = 𝑓𝑐𝑡𝑘,0.95 , tem-se:

𝑏 ℎ 𝑓𝑐𝑡𝑘,0,95 1,3 𝑓𝑐𝑡𝑚 𝑓𝑐𝑡𝑚


𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 0,4 = 0,2 𝑏 ℎ ≈ 0,26 𝑏𝑑 (4.26)
2 𝑓𝑦𝑘 𝑓𝑦𝑘 𝑓𝑦𝑘

Expressão esta que pode ser comparada com a preconizada pelo EC2 para a armadura mínima

em lajes ou vigas, ver o ponto 9.2.1.1 do EC2.

38
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

Uma vez que todas as armaduras necessárias de flexão calculadas já respeitam o parâmetro da

armadura mínima, a fendilhação à partida está controlada.

Não invalida que após definição das armaduras de flexão não se efetue o cálculo exato da

largura de fendas, de forma a verificar que estas não excedam os limites regulamentados pelo

EC2.

4.2.2 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

De acordo com o ponto 7.4.1 do EC2, o aspeto e as condições de utilização podem ser alterados

quando a flecha calculada de uma viga, laje ou consola sujeitas a ações quase permanentes for

superior a vão/250. A flecha é calculada em relação aos apoios. Poderá prever-se uma contra

flecha para compensar parcial ou totalmente as deformações, mas, em geral, qualquer contra

flecha não deverá ser superior a vão/250.

As flechas suscetíveis de danificar elementos adjacentes à estrutura deverão ser limitadas. Para

as flechas que ocorram depois da construção, o limite vão/500 é normalmente adequado para

as ações quase-permanentes. Poderão ser adotados outros limites em função da sensibilidade

dos elementos adjacentes. Este critério não será adotado para o dimensionamento de todas as

lajes nos diferentes casos de estudo.

4.2.2.1 Casos em que o cálculo poderá ser dispensado

Em geral, de acordo com o ponto 7.4.2 do EC2, não é necessário um cálculo explícito das

flechas, uma vez que nos casos correntes são suficientes regras simples, tais como a limitação

da relação vão/altura, para evitar, em situações normais, problemas de flecha. Verificações

39
CAPÍTULO 4

mais rigorosas são necessárias para os elementos que não respeitem esses limites ou nos casos

em que sejam convenientes outros limites que não os considerados nos métodos simplificados.

Desde que as vigas ou as lajes de betão armado de edifícios sejam dimensionadas de forma a

satisfazerem os limites vão/altura especificados neste ponto do presente relatório, poderá

admitir-se que a respetiva flecha não irá exceder os limites estabelecidos em 4.2.2. O valor

limite da relação vão/altura poderá ser obtido pelas seguintes expressões, multiplicando o valor

assim obtido por coeficientes de correção para ter em conta o tipo das armaduras utilizadas

assim como outras variáveis. Na formulação destas expressões não foi tida em conta qualquer

contra flecha.

3
𝑙 𝜌 𝜌 2 (4.27)
𝑑
= 𝑘 [11 + 1,5√𝑓𝑐𝑘 𝜌0 + 3,2√𝑓𝑐𝑘 ( 𝜌0 − 1) ] , se 𝜌 ≤ 𝜌0

𝑙 𝜌0 1 𝜌′
= 𝑘 [11 + 1,5√𝑓𝑐𝑘 + √𝑓𝑐𝑘 √𝜌 ] , se 𝜌 > 𝜌0 (4.28)
𝑑 𝜌−𝜌′ 12 0

Em que:

𝑙/𝑑 Valor limite da relação vão/altura;

𝑘 Coeficiente que tem em conta os diferentes sistemas estruturais;

𝜌0 Taxa de armaduras de referência = 10−3 √𝑓𝑐𝑘 ;

𝜌 Taxa de armaduras de tração necessária a meio vão (ou no apoio no caso de consolas)

para equilibrar o momento devido às ações de cálculo;

𝜌′ Taxa de armaduras de compressão necessárias a meio vão (ou no apoio no caso de

consolas) para equilibrar o momento devido às ações de cálculo;

40
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

𝑓𝑐𝑘 Em [MPa].

Tabela 4.1 - Coeficiente 𝑘, que tem em conta o sistema estrutural [7]

Sistema Estrutural 𝒌

Consola 0,4

Viga simplesmente apoiada


1,0
Laje simplesmente apoiada armada numa ou em duas direções

Laje sem vigas apoiada sobre pilares (laje fungiforme), sendo l o vão maior 1,2

Vão extremo de uma viga continua ou de uma laje continua armada numa só direção
1,3
ou de uma laje armada em duas direções continua ao longo do lado maior

Vão interior de uma viga ou de uma laje armada numa ou em duas direções 1,5

A tabela seguinte, Tabela 4.2, apresenta os valores de 𝑙/𝑑 calculados a partir das expressões

anteriores, para diferentes sistemas estruturais e diferentes classes de betão, para elementos de

betão ligeiramente esforçado, com taxa de armadura de 0,5 %, que será o caso corrente das

lajes, e para elementos de betão altamente esforçados, taxa de armadura de 1,5 %, como é o

caso da generalidade das vigas.

41
CAPÍTULO 4

Tabela 4.2 - Valores da relação 𝑙/𝑑 [7]

𝑓𝑐𝑘 𝑓𝑐𝑘

16 20 25 30 35 40 45 50 16 20 25 30 35 40 45 50
𝑘

Lajes Vigas

0,4 6 7 7 8 9 10 12 13 5 5 5 6 6 6 6 6

1,0 16 17 19 21 23 26 29 32 13 13 14 14 15 15 16 16

1,2 19 20 22 25 28 31 35 38 15 16 16 17 17 18 19 19

1,3 21 22 24 27 30 33 37 42 16 17 18 18 19 20 20 21

1,5 24 26 28 31 34 39 43 48 19 20 20 21 22 23 23 24

As expressões anteriores resultaram de um estudo paramétrico realizado a uma série de vigas

e lajes e são aplicáveis para o caso de uma secção retangular, com aço na secção de meio vão

(ou na secção de apoio, no caso de uma consola) sujeito a uma tensão de 310 MPa, que

corresponde à utilização de um aço com 𝑓𝑦𝑘 = 500 MPa, e para vãos até 7 m. Para outras

situações, aquelas expressões deverão ser afetadas dos seguintes fatores corretivos:

𝑙 𝑙 (4.29)
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑

Em que:

𝑘𝑡 Relação entre a largura do banzo e a largura da alma para secções em “T”

𝑘𝑡 = 0,8 para 𝑏/𝑏𝑤 > 3;

42
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

𝑘𝑡 = 1,0 para 𝑏/𝑏𝑤 ≤ 3;

𝑘𝜎 O valor de referência de 𝑙/𝑑 foi obtido para 𝜎𝑠 = 310 MPa, que corresponde

aproximadamente a um aço S500. Para outros tipos de aço, ou aços sujeitos a outras

tensões, deve adotar-se:

500 𝐴𝑠,𝑟𝑒𝑞
𝑘𝜎 = ( )( )
𝑓𝑦𝑘 𝐴𝑠,𝑝𝑟𝑜𝑣

Em que:

𝐴𝑠,𝑟𝑒𝑞 Área da secção de armaduras existente na secção;

𝐴𝑠,𝑝𝑟𝑜𝑣 Área da secção de armaduras necessária na secção no estado limite

último;

Nota: 𝐴𝑠,𝑟𝑒𝑞 ≈ 𝐴𝑠,𝑝𝑟𝑜𝑣

𝑘𝑙 No caso de vigas e lajes, com exceção das lajes fungiformes, com vãos superiores a 7

m, que suportam divisórias que possam ser danificadas por flechas excessivas, os

valores de 𝑙/𝑑 devem ser multiplicados por 7/𝑙𝑒𝑓𝑓 .

𝑘𝑓 No caso de lajes fungiformes, com vãos superiores a 8,5 m, que suportam divisórias

que possam ser danificadas por flechas excessivas, os valores de 𝑙/𝑑, devem ser

multiplicados por 8,5/𝑙𝑒𝑓𝑓 .

4.2.2.2 Verificação das flechas por meio de cálculo

Os casos de estudo abordados neste relatório serão todos modelados com recurso ao programa

de cálculo automático Robot Structural Analysis, permitindo retirar automaticamente os

43
CAPÍTULO 4

valores da flecha instantânea em todos os pontos da laje com recurso ao método dos elementos

finitos, evitando assim o cálculo manual das flechas instantâneas nos pontos de análise da laje.

4.2.2.2.1 Método dos coeficientes globais

“O cálculo da flecha elástica seria suficiente se o betão armado fosse um material homogéneo,

com um comportamento que não sofresse alterações significativas ao longo do tempo.

Fenómenos como a retração, a fluência, as variações da temperatura, entre outros, causam

fissuras que diminuem a capacidade de resposta em serviço. É por isso necessário, para estimar

a flecha provável a longo prazo, corrigir o valor da flecha elástica com coeficientes globais que

tenham em conta estes fenómenos. Estes coeficientes globais de correção são obtidos através de

um método mais elaborado (Método Bi-linear), admitindo certas simplificações (Figueiras,

1997). Assim, para cargas de longa duração, a flecha total 𝑎𝑡 é dada pela expressão seguinte:

𝑎𝑡 = 𝑎𝑐 𝑘𝑡 𝜂 (4.30)

Em que:

𝑎𝑐 Flecha elástica;

𝑘𝑡 Coeficiente global de correção para as flechas sob cargas de longa duração, dependente

da percentagem de armadura tracionada (𝜌 e 𝛼𝑒 ∙ 𝜌), do coeficiente de fluência e do

nível de solicitação dado pela relação 𝑀𝑟𝐷 /𝑀𝐷 ;

Mediante os valores da relação de 𝑑/ℎ e do coeficiente de fluência considerado, obtêm-

se os valores deste parâmetro com recurso a ábacos retirados de Walther, et al., 1990.

𝜂 Coeficiente de correção tendo em conta a influência da armadura de compressão.” [7]

44
APLICAÇÃO DO EUROCÓDIGO 2 NO DIMENSIONAMENTO DE LAJES

A determinação do coeficiente de fluência é efetuada de acordo com o ponto 3.1.4 do EC2,

resumindo-se à figura a seguir ilustrada.

Figura 4.7 - Método para a determinação do coeficiente de fluência, 𝜑(∞, 𝑡0 ) para betão em

condições ambientais normais [1]

Em que:

φ(∞, t 0 ) Valor final do coeficiente de fluência;

𝑡0 Idade do betão na data do carregamento, em dias;

ℎ0 Espessura equivalente = 2 𝐴𝑐 / 𝑢, em que 𝐴𝑐 é a área da secção transversal do betão e

𝑢 é o perímetro da parte exposta à secagem;

𝑆, 𝑁, 𝑅 Classe do cimento de acordo como ponto 3.1.2 (6) do EC2.

45
CAPÍTULO 4

4.2.2.2.2 Método simplificado

A avaliação das flechas a longo prazo poderá também ser efetuada pelo método simplificado

proposto pelo CEB-FIP Model Code 1990, com recurso às seguintes expressões:

𝑎𝑡 = (1 + 𝜙) 𝑎𝑐 para 𝑀𝐷 < 𝑀𝑟𝐷 (4.31)

ℎ 3 (4.32)
𝑎𝑡 = (𝑑) 𝜂 (1 − 20 𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 para 𝑀𝑑 ≥ 𝑀𝑟𝐷

O valor de 𝜂 poderá ser retirado em função da taxa de armadura média na peça, com recurso

à seguinte tabela:

Tabela 4.3 – Fator de correção 𝜂 [8]

𝜌𝑚 0,15 0,20 0,30 0,50 0,75 1,00 1,50

𝜂 10,0 8,0 6,0 4,0 3,0 2,5 2,0

De acordo com o ponto 4.6.3.3 do livro “Dimensionnement Des Structures En Béton” editado

pelo “Traité de Génie Civil de l’Ecole Polytechnique Federal de Lausanne” [9] é possível

concluir que o método simplificado para obtenção de flechas a longo prazo, descrito

anteriormente, conduz a resultados bastante aceitáveis, porém são um pouco mais conservativos

quando comparados com outras metodologias de cálculo.

46
5 CASO DE ESTUDO I

A estrutura a ser modelada será constituída por painéis de laje com 6 x 6 m 2, tendo no total

16 painéis, como ilustrado na Figura 5.1. Os pilares, onde apoiam os painéis, terão 40 x 40 cm2

e um comprimento total de 3 metros. De forma a modelar um piso intermédio de uma estrutura

que se repete ao longo de vários pisos, considerou-se que os pilares dariam suporte aos painéis

a 1,5 metros de altura eram apoiados nas duas extremidades livres por apoios que apenas

impediam os seus deslocamentos nos dois planos, horizontal e vertical.

Figura 5.1 – Caso de estudo I – Planta estrutural

47
CAPÍTULO 5

As cargas a aplicar na estrutura consideradas além do peso próprio da laje, como as restantes

cargas permanentes e sobrecarga, têm ambas o valor de 3 kN/m2.

Considerou-se que o betão a utilizar pertenceria à classe C25/30 e o aço à classe S400, adotando-

se um recobrimento para todos os elementos estruturais de 4 centímetros.

A análise comparativa entre as soluções de lajes modeladas terá como base a comparação de

esforços em pontos específicos da planta estrutural. Analisar-se-á os momentos fletores médios

por banda, tendo esta igual dimensão ao vão dos painéis, e esforços de corte junto a três pilares

(P1, P2 e P3), sempre de acordo com o ilustrado na Figura 5.2.

Figura 5.2 – Caso de estudo I - Localização dos esforços a analisar

Aplicar-se-á um esquema de armaduras de acordo com o ponto 9.4 do EC2, ver Figura 5.3 e

Figura 5.4. O esquema de armaduras apresentado representa as armaduras a aplicar no painel

de laje mais condicionante em toda a estrutura.

48
CASO DE ESTUDO I

Figura 5.3 - Caso de estudo I - Esquema de montagem de armaduras na face superior -

Direção X = Y

Figura 5.4 - Caso de estudo I - Esquema de montagem de armaduras na face inferior -

Direção X = Y

49
CAPÍTULO 5

5.1 MODELAÇÃO DE UMA LAJE FUNGIFORME MACIÇA

5.1.1 Caracterização da secção transversal reta

A altura da laje a adotar será aquela que satisfaça, utilizando o menor volume de betão possível,

todos os critérios de dimensionamento abordados no capítulo 4.

A definição da altura de uma laje fungiforme normalmente é condicionada pelo estado limite

de utilização relativo ao controlo da deformação. De forma a tentar satisfazer desde o início

este limite mais condicionante, através do método simplificado de cálculo da flecha a longo

prazo, admitindo uma taxa de armaduras de 0.5% e desprezando qualquer efeito das armaduras

de compressão, estimou-se que a espessura ideal para a peça, de acordo com os materiais

definidos, seria de 26 cm. O valor da flecha instantânea foi obtido através da modelação da

estrutura no programa de cálculo automático.

ℎ 3 𝑙 0,26 3
( ) ∗ 𝜂 ∗ 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 4 ∗ 0,035 ≤ 0,024 ⇔ 0,023 < 0,024 (5.1)
𝑑 250 0,22

Nota: Esta análise prévia não dispensa a verificação posterior do estado limite de utilização

relativo às deformações a longo prazo, pois a taxa de armadura média poderá não ser a

estimada.

5.1.2 Estado limite último – Rotura por flexão

Para a combinação do estado limite último tendo como ação variável base a sobrecarga, a

determinação do momento fletor para o qual será dimensionada uma armadura de flexão é

efetuada com base numa média aritmética dos momentos fletores no centro de cada elemento

finito distribuídos ao longo da banda em análise.

50
CASO DE ESTUDO I

A simetria da estrutura permite que seja simplesmente analisada uma direção da estrutura,

simplificando todo o processo de dimensionamento de armaduras.

Na Figura 5.5 é possível visualizar quais os momentos fletores que foram considerados para a

determinação dos momentos fletores, 𝑀𝐸𝑑 𝐼𝐼 − e 𝑀𝐸𝑑 𝐼𝐼𝐼 −, para os quais posteriormente é

quantificada uma área de armadura de flexão e distribuída de acordo com a Figura 5.3.

Figura 5.5 – Caso de estudo I – Laje fungiforme maciça – Mapa de momentos fletores Mxx

negativos

A mesma análise foi efetuada para os momentos fletores positivos, obtendo-se o seguinte mapa

de cores respetivo aos momentos fletores positivos:

Figura 5.6 – Caso de estudo I – Laje fungiforme maciça – Mapa de momentos fletores Mxx

positivos

51
CAPÍTULO 5

A quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto 4.1.1 do presente

relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 5 e a solução considerada no ponto 5.1.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje, em função do momento fletor atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 5.1 – Caso de estudo I – Laje fungiforme e maciça – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão

2
Caso de Estudo I: 6 x 6 m
Maciça c/ 26 cm
Laje
2
A s ,min : 3,72 cm /m
MEd Médio A s ,n ec At A s ,cen t r al A s ,lat er al
Local
(kN.m/m) (cm2/m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
Flexão/Banda

-
MEd I 9,28 1,23 7,38 3,72 3,72
Superior
Face

-
MEd II 18,04 2,41 14,46 4,82 3,72
-
MEd III 68,45 9,70 58,20 19,40 6,47
MEd+ I
Inferior

44,84 6,19 37,14 6,19 3,72


Face

+
MEd II 25,92 3,50 21,00 3,72 3,72

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 5.5 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐼𝐼𝐼 − , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐼+ , assinalado a azul na tabela

anterior. A aplicação das armaduras de flexão deverá respeitar sempre os esquemas

apresentados na Figura 5.3 e Figura 5.4.

52
CASO DE ESTUDO I

5.1.3 Estado limite último – Rotura por punçoamento

Para a combinação do estado limite último tendo como ação variável base a sobrecarga, a

análise dos esforços de corte junto aos pilares poderá ser efetuada com base nos mapas de cores

obtidos com recurso ao programa de cálculo automático ou analisando o esforço axial dos pilares

que apoiam a laje, como ilustrado na figura seguinte. Como a modelação da estrutura é só de

um piso, o esforço axial dos pilares corresponde ao esforço de corte máximo da laje.

Figura 5.7 – Caso de estudo I – Laje fungiforme maciça – Análise dos esforços de corte na

zona dos pilares

A unidade dos valores obtidos através do mapa de cores é kN/m e para poder comparar com

o valor do esforço axial do pilar é necessário multiplicar o valor do esforço transverso pela

extensão em que este se encontra e verificar que é igual ao valor esforço axial do pilar na ligação

pilar-laje.

Os valores de corte analisados para efetuar a verificação da não ocorrência de rotura por

punçoamento foram os valores máximos dos esforços axiais dos pilares, englobando também o

peso próprio dos mesmos. Esta análise não transmite a realidade do esforço de corte, porém

53
CAPÍTULO 5

como o acréscimo de esforço transmitido por esta consideração é bastante reduzido, além de

não comprometerem a segurança da estrutura, não alteram as principais conclusões a reter

deste relatório.

A quantificação da área de armadura de punçoamento será efetuada de acordo com o ponto

4.1.3 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 5 e a solução considerada

no ponto 5.1.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de punçoamento necessárias

a aplicar no painel de laje, em função do esforço de corte atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2. Também é apresentado qual o raio de

aplicação da armadura medido a partir do centro do pilar.

Tabela 5.2 – Caso de estudo I – Laje fungiforme maciça – Esforços de corte, áreas de

armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar)

Caso de Estudo I: 6 x 6 m2
Laje Maciça c/ 26 cm
N Ed Pilar (A s w /s) R out
Local
Punçoamento

(kN) (cm2/m) (m)


Canto P1: 134,30 8,34 1,22
Pilar

Bordo P2: 296,64 19,2 1,15


Interior P3: 754,07 39,29 0,96

5.1.4 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise se

encontra num caso em que está dispensado o controlo da deformação. Para isso de acordo com

o ponto 4.2.2 do presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da

54
CASO DE ESTUDO I

relação 𝑙/𝑑, que limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos

materiais e da estrutura.

𝑙 𝑙
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 22 ∗ 1 ∗ 1,25 ∗ 1 ∗ 1 = 27,5
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑
(5.2)
6
27,5 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,218 m
𝑑

Uma vez que a altura útil da peça é 0,22 m, está dispensada do controlo da deformação através

do cálculo das flechas a longo prazo. Porém, e com o objetivo de estimar qual a deformação

que a longo prazo a peça estaria sujeita, com recurso ao CEB-FIP Model Code 90, ponto 7.5,

e com uma taxa de armadura de tração média de 0,48% tem-se:

ℎ 3 𝑙 0,26 3 6
( ) 𝜂 (1 − 20𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 4,2 ∗ 3,462 ≤ ⇔
𝑑 250 0,22 250 (5.3)

⇔ 23,92 𝑚𝑚 < 24,00 𝑚𝑚

A deformação a longo prazo encontra-se dentro do limite máximo regulamentado pelo

Eurocódigo 2, confirmando a dispensa de verificação de acordo com a expressão 5.2.

55
CAPÍTULO 5

5.2 MODELAÇÃO DE UMA LAJE FUNGIFORME SPHEREPLUS – ORTOGONAL

Com uma disposição dos blocos igual à da figura seguinte, as zonas maciças junto aos pilares

interiores formam secções quadradas com dimensões de 2,80 x 2,80 m2, tendo as restantes zonas

dimensões proporcionais a estas.

Figura 5.8 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Implantação dos

blocos de aligeiramento

5.2.1 Caracterização da secção transversal reta

Em função das deformações instantâneas obtidas na modelação da laje fungiforme maciça, é

possível, através de uma relação entre peso próprio da laje e momento de inércia da mesma,

escolher qual será a solução otimizada (menor volume de betão) da laje fungiforme Sphereplus

que satisfaça a deformação elástica máxima pretendida inicialmente (igual ou inferior à da laje

fungiforme maciça) e consequentemente que cumpra, à partida, o limite máximo regulamentar

da deformação a longo prazo.

56
CASO DE ESTUDO I

Para escolher uma solução de laje com aligeiramentos, analisou-se detalhadamente a

deformação da laje maciça associada a cada carga aplicada obtendo-se os seguintes valores:

- Deformação associada ao peso próprio: 1,976 mm

- Deformação associada às restantes cargas permanentes: 0,929 mm

- Deformação associada às restantes cargas permanentes: 0,929 x 0,6 mm

Sabendo que, para a mesma espessura total de laje, a deformação varia unicamente com os

parâmetros já referidos, é possível determinar qual a deformação associada a cada uma das

hipóteses de solução de laje com aligeiramentos, de acordo com a seguinte expressão:

5 𝑃 ∗ 𝐿𝑥 2 ∗ 𝐿𝑦 2
𝑎𝑐 = 𝑘 ∗ ∗ (5.4)
384 𝐸 ∗ 𝐼𝑥
(1 − 𝑣)2

Como o modelo é tridimensional, a aproximação da deformação só estará correta se a altura

total das lajes coincidir, caso sejam diferentes esta aproximação estará errada, pois o valor de

k é variável em função da altura da laje, do vão das peças, da localização em planta da

deformação em análise e também da rigidez da ligação pilar-laje.

A conjugação das várias hipóteses de altura de lâminas de betão com as várias alturas de bloco

que satisfaz, de forma mais económica, a altura total da laje fungiforme maciça, é uma laje

cujas lâminas de betão, inferior e superior, possuem 5 cm de espessura e um bloco de

aligeiramento com 16 cm.

A deformação esperada para a laje fungiforme Sphereplus relativa ao peso próprio é obtida pela

seguinte expressão:

5 𝑉𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎 ∗ 25 ∗ 𝐿𝑥 2 ∗ 𝐿𝑦 2
𝑎𝑐 𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎 = 𝐾 ∗ ∗ ⇔ (5.5)
384 𝐼𝑥𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎
𝐸∗
(1 − 𝑣)2

57
CAPÍTULO 5

𝑎𝑐 𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎
⇔𝐾=
5 𝑉𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎 ∗ 25 ∗ 𝐿𝑥 2 ∗ 𝐿𝑦 2
384 ∗ 𝐼𝑥𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎
𝐸∗
(1 − 𝑣)2

Sabendo que a constante K mantém-se igual para as duas lajes, tem-se:

𝑓𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎 5 𝑉𝑁𝑎𝑢𝑡𝑖𝑙𝑢𝑠 ∗ 25 ∗ 𝐿𝑥 2 ∗ 𝐿𝑦 2
𝑎𝑐 𝑆𝑝ℎ𝑒𝑟𝑒 = ∗ ∗ ⇔
5 𝑉𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎 ∗ 25 ∗ 𝐿𝑥 2 ∗ 𝐿𝑦 2 384 𝐸∗
𝐼𝑥𝑆𝑝ℎ𝑒𝑟𝑒
384 ∗ 𝐼𝑥𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎 (1 − 𝑣)2
𝐸∗
(1 − 𝑣)2
(5.6)
𝑉𝑆𝑝ℎ𝑒𝑟𝑒
𝑉𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎
𝑎𝑐 𝑆𝑝ℎ𝑒𝑟𝑒 = 𝑎𝑐 𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎 ∗
𝐼𝑥𝑆𝑝ℎ𝑒𝑟𝑒
𝐼𝑥𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎

Em relação às deformações associadas às restantes cargas permanentes e à sobrecarga, como

estas ações não variam, tem-se:

𝐼𝑥𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎
𝑓𝑆𝑝ℎ𝑒𝑟𝑒 = 𝑓𝑀𝑎𝑐𝑖ç𝑎 ∗ (5.7)
𝐼𝑥𝑆𝑝ℎ𝑒𝑟𝑒

A seguir apresentam-se os valores resultantes da estimativa da deformação da laje fungiforme

Sphereplus, não incluindo qualquer tipo de maciços junto aos pilares.

Tabela 5.3 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Estimativa das

deformações elásticas da laje fungiforme Sphereplus com base nas deformações da laje

fungiforme maciça

Bn Ht Hn S1 S2 I Volume Ix/m Flecha Teórica (cm)

(cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm3) (cm4) PP RCP 0,6 x SOB TOTAL

35 22 16 5 5 5 167476 119189 1,564 1,142 0,685 3,391

Com recurso ao programa de cálculo automático Robot, é possível modelar uma solução de laje

com vazios no seu interior, porém apresenta algumas limitações ao nível da caracterização da

58
CASO DE ESTUDO I

secção transversal reta, sendo só possível modelar secções sem qualquer tipo de raio de

curvatura na ligação da alma com o banzo. A seguir apresenta-se uma secção equivalente que

será modelada no programa.

Figura 5.9 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Secção equivalente

(Robot)

Após a definição de uma secção equivalente, é possível efetuar a modelação da laje no programa,

tendo atenção à correção do peso próprio, criando um material com as características do betão

C25/30 mas 167476/141175 = 1,19 vezes mais pesado (relação entre volumes). Na figura

seguinte apresenta-se a modelação efetuada e as respetivas deformações elásticas associadas às

cargas aplicadas na laje.

59
CAPÍTULO 5

Figura 5.10 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Modelação da laje

sem zonas maciças

Comparando as deformações obtidas através do programa de cálculo automático com as

deformações elásticas estimadas, conclui-se que os valores se aproximam de uma forma bastante

satisfatória, ver Tabela 5.4.

Tabela 5.4 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Comparação entre

deformações teóricas com as obtidas através do programa Robot.

Flecha Teórica (cm) Flecha Robot (cm)

PP RCP SOB TOTAL PP RCP 0,6 x SOB TOTAL

1,564 1,142 0,685 3,391 1,625 1,162 0,697 3,484

Para simplificar todo o processo de seleção de lajes fungiforme Sphereplus foi criada numa folha

de cálculo, com recurso ao Microsoft Office Excel, uma rotina, que com base em todas as

combinações possíveis de alturas das lâminas de betão e de bloco, apresenta a solução que

verifica a deformação elástica imposta e tem menor consumo de betão, ver Figura 5.11.

60
CASO DE ESTUDO I

Novo Dimensionamento

1. Caracterização dos Materiais


Betão: C25/30 fck MPa: 25
Aço: S400 fyk MPa: 400
1
2. Maciça -> Sphereplus
Espessura L. Maciça: 26 cm
Deformação PP: 1,98 mm
Deformação RCP: 0,93 mm H. Lâmina Inf. (S1): 5,0 cm
Deformação SOB x Ψ: 0,56 mm Altura do Bloco (Hn): 16,0 cm
Deformação desejada: 3,60 mm H. Lâmina Sup. (S2): 5,0 cm
Solução optimizada Sphereplus: H zona Maciça: 26,0 cm
Recobrimento: 4,0 cm
Procurar Anterior Próxima
* Possível definir manualmente
H. Lâmina Inf. (S1): 5,0 cm
Altura do Bloco (Hn): 16,0 cm 3. Caracterização da STR
H. Lâmina Sup. (S2): 5,0 cm Inércia (Ix): 119189 cm4/m
Volume: 0,167 m3/m2 Volume: 141147 cm3/m2
Solução Equivalente (HtReal = HtEQ.):
Limpar Definir ->
H. Lâminas: 5,24 cm
Nervura + Bloco: 5+35 cm
VSTR REAL /VSTR EQ. 1,19

Figura 5.11 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Definição da

solução de laje com recurso à folha de cálculo automático elaborada

Além da rotina criada, foram também programadas todas as verificações propostas pelo

Eurocódigo 2, simplificando todo o processo de dimensionamento. Na Figura 5.11 é possível

verificar que também é criada uma solução equivalente para a modelação num programa de

cálculo automático que permita dimensionar este tipo de soluções.

Ao longo do capítulo 5 do presente relatório, a folha de cálculo continuará a ser apresentada e

a servir de base para todo o cálculo efetuado.

61
CAPÍTULO 5

5.2.2 Estado limite último – Rotura por flexão

A alteração da secção não influencia o comportamento estrutural da estrutura, reduzindo

apenas os valores dos esforços resultantes das cargas aplicadas. A distribuição de momentos

fletores será idêntica, tanto na localização dos esforços máximos como na localização dos

momentos nulos.

De acordo com análise de esforços efetuada pelo mesmo procedimento que no ponto 5.1.2 do

presente relatório, a quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto

4.1.1, utilizando os materiais definidos no ponto 5 e a solução considerada no ponto 5.2.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje, em função do momento fletor atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 5.5 - Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Momentos médios e

quantificação de áreas de armaduras de flexão

2
Caso de Estudo I: 6 x 6 m
Sphereplus 5+16+5 ht = 26 cm
Laje
2
A s ,min : 3,72 cm /m
MEd Médio A s ,n ec At A s ,cen t r al A s ,lat er al
Local
2 2 2
(kN.m/m) (cm /m) (cm ) (cm /m) (cm2/m)
Flexão/Banda

-
MEd I 7,62 1,01 6,06 3,72 3,72
Superior
Face

-
MEd II 15,16 2,02 12,12 4,04 3,72
MEd- III 57,20 8,01 48,06 16,02 5,34
+
Inferior

MEd I 36,11 4,93 29,58 4,93 3,72


Face

+
MEd II 20,32 2,72 16,32 3,72 3,72

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 5.5 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

62
CASO DE ESTUDO I

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐼𝐼𝐼 − , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐼+ , assinalado a azul na tabela

anterior. A aplicação das armaduras de flexão deverá respeitar sempre os esquemas

apresentados na Figura 5.3 e Figura 5.4.

A utilização da folha de cálculo na obtenção de áreas de armadura simplifica bastante todo o

processo de dimensionamento, apresentando também todos os critérios de disposição de

armaduras e limites de áreas de armadura mínima e máxima, ver Figura 5.12.

Figura 5.12 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Quantificação das

áreas de armaduras de flexão com recurso à folha de cálculo automático elaborada

63
CAPÍTULO 5

5.2.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso

A verificação da resistência ao esforço de corte na zona das lajes fungiformes Sphereplus

condiciona, grande parte das vezes, a dimensão que deverá ter a zona maciça junto aos pilares.

Devido à pequena largura da nervura entre blocos, o esforço transverso que provoca

esmagamento é um valor muito baixo, obrigando a uma análise cuidadosa do mapa de cores

do esforço transverso atuante, verificando que o esforço transverso máximo a que as nervuras

resistem encontra-se na parte maciça da laje.

Antes de analisar o mapa de cores dos esforços de corte na laje, deverão ser calculados os

esforços de corte resistentes da laje fungiforme Sphereplus.

Com recurso à folha de cálculo automática elaborada, de acordo com o ponto 4.1.2 do presente

relatório, obtiveram-se os seguintes esforços resistentes da secção nervurada.

Figura 5.13 - Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Cálculo das

características resistentes relativas ao esforço transverso com recurso à folha de cálculo

automático elaborada

Analisando o mapa de cores do esforço de corte da laje modelada, fornecido pelo programa de

cálculo automático, é possível identificar na planta os esforços resistentes da laje fungiforme

64
CASO DE ESTUDO I

Sphereplus e certificar que não irá ocorrer esmagamento do betão nas nervuras existentes entre

blocos.

Figura 5.14 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Mapa dos esforços

de corte

Determinando agora qual o esforço transverso no limite da zona maciça, é possível dimensionar

uma armadura a aplicar na zona nervurada.

A quantificação da área de armadura de esforço transverso será efetuada de acordo com o ponto

4.1.2 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 5 e a solução considerada

no ponto 5.2.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de esforço transverso

necessárias a aplicar nas nervuras da laje, em função do esforço transverso atuante, para que

este verifique todos os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

65
CAPÍTULO 5

Tabela 5.6 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso

2
Caso de Estudo I: 6 x 6 m
Sphereplus 5+16+5 ht = 26 cm
2
A s ,min : 3,72 cm /m
2
Laje (A s w /s) min : 1,25 cm /m
s l: 0,165 m
st : 0,165 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
2
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm /m) /nerv.

Junto a P3 20,84 76,80 60,52 3,53 Φ8//0,13(3)

Torna-se necessário referir que a quantificação da armadura e definição de uma solução de

montagem da mesma é condicionada pelo espaçamento máximo limitado pelo Eurocódigo 2.

Na figura seguinte está ilustrado o esquema de montagem adotado para a solução de laje em

análise, verificando todos os requisitos existentes.

Figura 5.15 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Disposição da

armadura de esforço transverso

66
CASO DE ESTUDO I

Comparando a resistência ao esforço transverso de uma laje fungiforme maciça com uma laje

fungiforme Sphereplus é possível concluir que o esforço de corte máximo resistente pela laje

fungiforme maciça sem armadura de esforço transverso (com taxa de armadura igual à mínima

regulamentada pelo EC2) é de 105,12 kN/m, sendo este valor cerca de 5 vezes maior que o

esforço transverso resistente máximo sem armadura da laje fungiforme Sphereplus, Figura 5.13.

Porém, devido à possibilidade de colocação de armadura para resistência ao esforço transverso

nas nervuras existentes entre os blocos de aligeiramento, é possível aumentar a capacidade

resistente ao esforço transverso da laje para cerca de 75% do valor do esforço transverso

resistente máximo da laje fungiforme maciça.

Em relação ao sistema Cobiax, a resistência ao esforço transverso é significativamente maior,

pois, nos catálogos disponibilizados, os fatores, propostos pela empresa Ferca, de redução de

resistência ao corte variam entre 50% a 55%, pois a espessura da nervura existente entre blocos

é inferior à considerada no dimensionamento da solução de laje fungiforme Sphereplus.

5.2.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento

De acordo com a análise de esforços efetuada pelo mesmo procedimento do ponto 5.1.3 do

presente relatório, a quantificação da área de armadura de punçoamento será efetuada de

acordo com o ponto 4.1.3, utilizando os materiais definidos no ponto 5 e a solução considerada

no ponto 5.2.1.

Na Figura 5.16 encontra-se ilustrada a parte da folha de cálculo relativa ao dimensionamento

de armaduras de punçoamento.

67
CAPÍTULO 5

Figura 5.16 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Quantificação das

áreas de armaduras de punçoamento com recurso à folha de cálculo automático elaborada

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de punçoamento necessárias

a aplicar no painel de laje, em função do esforço de corte atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2. Também é apresentado qual o raio de

aplicação da armadura medido a partir do centro do pilar.

68
CASO DE ESTUDO I

Tabela 5.7 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte,

áreas de armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar)

2
Caso de Estudo I: 6 x 6 m
Laje Sphereplus 5+16+5 ht = 26 cm
N Ed Pilar (A s w /s) R out
Local
Punçoamento

(kN) (cm2/m) (m)


Canto P1: 118,17 5,93 1,07
Pilar

Bordo P2: 258,70 15,23 1,07


Interior P3: 656,59 30,90 0,89

Após a análise da Tabela 5.7, verificou-se que os raios onde se coloca a armadura, indicados

como “R out”, conseguem-se inserir dentro das zonas maciças, concluindo assim, que as

dimensões das zonas maciças são suficientes para absorver os esforços de corte que provocam

rotura da laje por punçoamento.

5.2.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise se

encontra num caso em que está dispensado o controlo da deformação. Para isso, de acordo com

o ponto 4.2.2 do presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da

relação 𝑙/𝑑, que limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos

materiais e da estrutura.

𝑙 𝑙
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 22 ∗ 1 ∗ 1,25 ∗ 1 ∗ 1 = 27,5
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑
(5.8)
6
27,5 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,218 m
𝑑

69
CAPÍTULO 5

Uma vez que a altura útil da peça é 0,22 m, está dispensado o controlo da deformação através

do cálculo das flechas a longo prazo. Porém, e com o objetivo de estimar qual a deformação

que a longo prazo a peça estaria sujeita, com recurso ao CEB-FIP Model Code 90, ponto 7.5,

e com uma taxa de armadura de tração média de 0,69% tem-se:

ℎ 3 𝑙 0,26 3 6
( ) 𝜂 (1 − 20𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 3,2 ∗ 3,484 ≤ ⇔
𝑑 250 0,22 250 (5.9)

⇔ 18,40 𝑚𝑚 < 24,00 𝑚𝑚

A deformação a longo prazo encontra-se dentro do limite máximo regulamentado pelo

Eurocódigo 2, confirmando a dispensa de verificação de acordo com a expressão 5.8.

Utilizando a folha de cálculo elaborada, tem-se o seguinte:

Figura 5.17 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Controlo da

deformação pelo cálculo das flechas a longo prazo com recurso à folha de cálculo elaborada

70
CASO DE ESTUDO I

5.3 MODELAÇÃO DE UMA LAJE FUNGIFORME SPHEREPLUS – FAVO DE MEL

Com uma disposição dos blocos igual à da figura seguinte, as zonas maciças junto aos pilares

interiores formam secções hexagonais com dimensões de aproximadamente 1,60 m de lado,

tendo as restantes zonas dimensões proporcionais a esta.

Figura 5.18 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Implantação dos

blocos de aligeiramento

5.3.1 Caracterização da secção transversal reta

A solução de laje a aplicar terá as mesmas dimensões, ao nível da secção transversal reta, que

a laje fungiforme Sphereplus com disposição ortogonal, mas devido à redução significativa de

peso e à não existência de um painel próprio com disposição em favo de mel no programa de

cálculo automático, Robot, foi necessário verificar a fidedignidade da modelação que se iria

utilizar para o caso de estudo comparando-a com uma modelação da laje formada por vigas

equivalentes colocadas na posição das nervuras.

71
CAPÍTULO 5

Para isso, modelou-se uma estrutura de laje com 6 x 6 m2, apoiada em quatro pilares de duas

formas. A primeira, uma solução de vigas equivalentes, que correspondiam a uma nervura de

laje, efetuou-se de acordo com a seguinte figura:

Figura 5.19 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Modelação no

Robot com recurso a vigas

As nervuras têm as seguintes características de acordo com a figura seguinte:

Figura 5.20 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Modelação no

Robot com recurso a vigas

72
CASO DE ESTUDO I

A segunda solução passa por criar um painel de laje maciça com inércia e peso iguais à laje

fungiforme Sphereplus (favo de mel), resultando na seguinte modelação:

Figura 5.21 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Modelação no

Robot com recurso a um painel de laje

Figura 5.22 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Modelação no

Robot com recurso a um painel de laje

73
CAPÍTULO 5

Comparando as deformadas máximas obtidas, assim como o seu comportamento estrutural, ao

nível da transmissão de forças para os pilares, é possível concluir que as modelações com um

painel equivalente correspondem muito aproximadamente à modelação da laje com recurso a

vigas equivalentes, podendo-se modelar o caso de estudo com um painel equivalente,

simplificando toda a modelação. Torna-se importante referir que uma modelação da planta

analisada no caso de estudo com recurso a vigas equivalentes torna-se um modelo bastante

pesado e lento de trabalhar, tanto a nível da modelação como a nível de análise de resultados,

daí a necessidade da modelação com painel equivalente.

Figura 5.23 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Comparação

entre modelações estruturais – Vigas VS Painel

5.3.2 Estado limite último – Rotura por flexão

A análise dos momentos fletores é efetuada pelo mesmo método utilizado no ponto 5.1.2 e 5.2.2

do presente relatório, porém os momentos analisados na direção segundo o eixo do X e na

direção segundo o eixo do Y são diferentes devido à assimetria providenciada pela utilização

dos maciços hexagonais. Contudo, devido à proximidade entre os valores dos momentos fletores

74
CASO DE ESTUDO I

obtidos, utilizou-se para o dimensionamento das armaduras de flexão os momentos mais

gravosos e assumiu-se uma distribuição de armadura igual nas duas direções.

A quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto 4.1.1 do presente

relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 5 e a solução considerada no ponto 5.3.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje, em função do momento fletor atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 5.8 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Momentos

médios e quantificação de áreas de armaduras de flexão

2
Caso de Estudo I: 6 x 6 m
Sphereplus 5+16+5 Favo ht = 26 cm
Laje
2
A s ,min : 3,72 cm /m
MEd Médio A s ,n ec At A s ,cen t r al A s ,lat er al
Local
2 2 2
(kN.m/m) (cm /m) (cm ) (cm /m) (cm2/m)
Flexão/Banda

-
MEd I 6,86 0,90 5,40 3,72 3,72
Superior
Face

-
MEd II 10,96 1,45 8,70 3,72 3,72
MEd- III 53,55 7,46 44,76 14,92 4,97
+
Inferior

MEd I 34,05 4,64 27,84 4,64 3,72


Face

+
MEd II 19,55 2,62 15,72 3,72 3,72

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 5.5 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐼𝐼𝐼 − , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐼+ , assinalado a azul na tabela

75
CAPÍTULO 5

anterior. A aplicação das armaduras de flexão deverá respeitar sempre os esquemas

apresentados na Figura 5.3 e Figura 5.4.

5.3.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso

A verificação da resistência da laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) ao esforço transverso

é efetuada com o mesmo princípio da laje fungiforme Sphereplus (ortogonal). De uma forma

conservativa, a maior quantidade de nervuras por m2 da solução em favo de mel não justifica

o aumento da resistência da laje ao esforço transverso. A particularidade deste tipo de solução

existe apenas na definição do espaçamento entre armaduras de esforço transverso, tendo este

que ser analisado detalhadamente.

A quantificação da área de armadura de esforço transverso será efetuada de acordo com o ponto

4.1.2 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 5 e a solução considerada

no ponto 5.3.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de esforço transverso

necessárias a aplicar nas nervuras da laje, em função do esforço transverso atuante, para que

este verifique todos os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

76
CASO DE ESTUDO I

Tabela 5.9 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso

2
Caso de Estudo I: 6 x 6 m
Sphereplus 5+16+5 - Favo ht = 26 cm
2
A s ,min : 3,72 cm /m
2
Laje (A s w /s) min : 1,25 cm /m
s l: 0,165 m
st : 0,165 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm2/m) /nerv.

Junto a P3 20,84 76,80 64,48 4,33 Φ8//0,115 m

Torna-se necessário referir que a quantificação da armadura e definição de uma solução de

montagem da mesma é condicionada pelo espaçamento máximo limitado pelo Eurocódigo 2.

Na figura seguinte está ilustrado o esquema de montagem adotado para a solução de laje em

análise, verificando todos os requisitos existentes.

Figura 5.24 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Disposição da

armadura de esforço transverso

77
CAPÍTULO 5

Foi efetuado o mesmo procedimento na análise dos mapas do esforço de corte e verificou-se que

o esforço transverso máximo resistente das lajes está condicionado à zona do maciço, validando

assim as dimensões da zona sem blocos de aligeiramento junto aos pilares.

5.3.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento

A quantificação da área de armadura de punçoamento será efetuada de acordo com o ponto

4.1.3 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 5 e a solução considerada

no ponto 5.1.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de punçoamento necessárias

a aplicar no painel de laje, em função do esforço de corte atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2. Também é apresentado qual o raio de

aplicação da armadura medido a partir do centro do pilar.

Tabela 5.10 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Esforços de

corte, áreas de armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no

pilar)

2
Caso de Estudo I: 6 x 6 m
Laje Sphere. 5+16+5 Favo ht = 26 cm
N Ed Pilar (A s w /s) R out
Local
Punçoamento

2
(kN) (cm /m) (m)
Canto P1: 115,77 5,57 1,05
Pilar

Bordo P2: 252,04 14,83 1,07


Interior P3: 637,84 29,79 0,88

Após a análise da Tabela 5.10, verificou-se que os raios onde se coloca a armadura, indicados

como “R out”, situam-se dentro das zonas maciças, concluindo assim, que as dimensões das

78
CASO DE ESTUDO I

zonas maciças são suficientes para absorver os esforços de corte que provocam rotura da laje

por punçoamento.

5.3.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise se

encontra num caso em que está dispensado o controlo da deformação. Para isso, de acordo com

o ponto 4.2.2 do presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da

relação 𝑙/𝑑, que limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos

materiais e da estrutura.

𝑙 𝑙
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 22 ∗ 1 ∗ 1,25 ∗ 1 ∗ 1 = 27,5
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑
(5.10)
6
27,5 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,218 m
𝑑

Uma vez que a altura útil da peça é 0,22 m, está dispensado o controlo da deformação através

do cálculo das flechas a longo prazo. Porém, e com o objetivo de estimar qual a deformação

que a longo prazo a peça estaria sujeita, com recurso ao CEB-FIP Model Code 90, ponto 7.5,

e com uma taxa de armadura de tração média de 0,64% tem-se:

ℎ 3 𝑙 0,26 3 6
( ) 𝜂 (1 − 20𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 3,4 ∗ 3,130 ≤ ⇔
𝑑 250 0,22 250 (5.11)

⇔ 17,70 𝑚𝑚 < 24,00 𝑚𝑚

A deformação a longo prazo encontra-se dentro do limite máximo regulamentado pelo

Eurocódigo 2, confirmando a dispensa de verificação de acordo com a expressão 5.11.

79
CAPÍTULO 5

5.4 MODELAÇÃO DE UMA LAJE FUNGIFORME FERCA

Com uma disposição dos blocos igual à da figura seguinte, as zonas maciças junto aos pilares

interiores formam secções quadradas com dimensões de 2,40 x 2,40 m2, tendo as restantes zonas

dimensões proporcionais a estas.

Figura 5.25 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Ferca – Implantação dos moldes Ferca

A análise de todos os esforços atuantes será efetuada pelo mesmo procedimento que na análise

das soluções anteriormente dimensionadas.

5.4.1 Caracterização da secção transversal reta

A solução a adotar será uma solução com uma altura total superior às lajes anteriormente

analisadas. A falta de uma lâmina de betão inferior provoca uma redução considerável na

inércia da peça, existindo assim a necessidade de aumentar a altura da laje fungiforme com

moldes recuperáveis Ferca.

80
CASO DE ESTUDO I

Após sucessivas modelações, a solução adotada foi uma solução do tipo FG800, constituída por

moldes com altura de 250 mm e com uma lâmina superior de betão com 60 mm de espessura,

perfazendo assim 310 mm de altura total da peça.

Figura 5.26 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Ferca – Modelação Robot para verificação

da deformação elástica

Figura 5.27 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Ferca – Secção equivalente (Robot)

81
CAPÍTULO 5

5.4.2 Estado limite último – Rotura por flexão

A quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto 4.1.1 do presente

relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 5 e a solução considerada no ponto 5.4.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje, em função do momento fletor atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 5.11 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Ferca – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão

2
Caso de Estudo I: 6 x 6 m
FG800 250+60 ht = 31 cm
Laje
2 2
A s ,min - : 4,56 cm /m A s ,min +: 0,77 cm /m
MEd Médio A s ,n ec At A s ,cen t r al A s ,lat er al
Local
2 2 2 2
(kN.m/m) (cm /m) (cm ) (cm /m) (cm /m)
Flexão/Banda

MEd- I 15,43 1,66 9,96 4,56 4,56


Superior
Face

-
MEd II 15,72 1,70 10,20 4,56 4,56
-
MEd III 64,23 7,20 43,20 14,40 4,80
+
30,70 3,35 20,10 3,35 1,68
Inferior

MEd I
Face

+
MEd II 14,99 1,62 9,72 1,62 0,81

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 5.5 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐼𝐼𝐼 − , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐼+ , assinalado a azul na tabela

anterior. A aplicação das armaduras de flexão deverá respeitar sempre os esquemas

apresentados na Figura 5.3 e Figura 5.4.

82
CASO DE ESTUDO I

5.4.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso

O cálculo da resistência ao esforço transverso da laje fungiforme Ferca é condicionado pela

largura das nervuras, assim como o número de nervuras por metro de laje.

A quantificação da área de armadura de esforço transverso será efetuada de acordo com o ponto

4.1.2 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 5 e a solução considerada

no ponto 5.4.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de esforço transverso

necessárias a aplicar nas nervuras da laje, em função do esforço transverso atuante, para que

este verifique todos os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 5.12 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte

e quantificação da área de armadura de esforço transverso

2
Caso de Estudo I: 6 x 6 m
FG 800 250+60 ht = 31 cm
2
A s ,min : 0,77 cm /m
2
Laje (A s w /s) min : 1,76 cm /m
s l: 0,203 m
st : 0,203 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm2/m) /nerv.

Junto a P3 21,14 132,92 69,44 3,26 -

Verificou-se a condição de o esforço transverso máximo resistente da zona nervurada se

encontrar na parte sem blocos da laje (junto ao pilar) e concluiu-se que a dimensão da zona

maciça é suficiente para a laje em questão.

83
CAPÍTULO 5

5.4.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento

A quantificação da área de armadura de punçoamento será efetuada de acordo com o ponto

4.1.3 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 5 e a solução considerada

no ponto 5.4.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de punçoamento necessárias

a aplicar no painel de laje, em função do esforço de corte atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2. Também é apresentado qual o raio de

aplicação da armadura medido a partir do centro do pilar.

Tabela 5.13 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Ferca – Esforços de corte, áreas de

armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar)

2
Caso de Estudo I: 6 x 6 m
Laje FG 800 250+60 ht = 31 cm
N Ed Pilar (A s w /s) R out
Local
Punçoamento

(kN) (cm2/m) (m)

Canto P1: 114,96 0,00 0,92


Pilar

Bordo P2: 257,73 7,34 0,94


Interior P3: 676,89 15,59 0,80

Após a análise da Tabela 5.13, verificou-se que os raios onde se coloca a armadura, indicados

como “R out”, situam-se dentro das zonas maciças, concluindo assim, que as dimensões das

zonas maciças são suficientes para absorver os esforços de corte que provocam rotura da laje

por punçoamento.

84
CASO DE ESTUDO I

5.4.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise se

encontra num caso em que está dispensado o controlo da deformação. Para isso de acordo com

o ponto 4.2.2 do presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da

relação 𝑙/𝑑, que limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos

materiais e da estrutura.

𝑙 𝑙
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 22 ∗ 0,8 ∗ 1,25 ∗ 1 ∗ 1 = 22
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑
(5.12)
6
22 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,27 m
𝑑

Uma vez que a altura útil da peça é 0,27 m, está dispensado o controlo da deformação através

do cálculo das flechas a longo prazo. Porém, e com o objetivo de estimar qual a deformação

que a longo prazo a peça estaria sujeita, com recurso ao CEB-FIP Model Code 90, ponto 7.5,

com uma taxa de armadura de tração média de 0,61% tem-se:

ℎ 3 𝑙 0,31 3 6
( ) 𝜂 (1 − 20𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 3,6 ∗ 3,343 ≤ ⇔
𝑑 250 0,27 250 (5.13)

⇔ 18,21 𝑚𝑚 < 24,00 𝑚𝑚

A deformação a longo prazo encontra-se dentro do limite máximo regulamentado pelo

Eurocódigo 2, confirmando a dispensa de verificação de acordo com a expressão 5.13.

5.5 MEDIÇÕES E ANÁLISE DE CUSTOS

De forma a comparar as soluções de laje analisadas neste caso de estudo, foi criada uma tabela,

que, em função do tipo de laje analisada, descrimina e contabiliza todo o material que foi

85
CAPÍTULO 5

considerado no dimensionamento da mesma. Para uma comparação mais simplificada, todas as

medições foram reduzidas para a construção de um metro quadrado de laje. Após a

quantificação de todo o material é possível efetuar uma atribuição de preços unitários e

comparar as soluções. O mapa de quantidades detalhado de todas as soluções consideradas

neste caso de estudo encontra-se no anexo II.

Neste mapa de quantidades não foram atribuídos custos unitários aos blocos de aligeiramento,

permitindo assim a elaboração de um gráfico que em função do custo unitário do bloco é

determinado um custo total da laje por unidade de área. O gráfico elaborado encontra-se

apresentado a seguir.

Figura 5.28 – Caso de estudo I – Preço de laje/m2 em função do custo unitário do bloco

86
6 CASO DE ESTUDO II

A estrutura a ser modelada será constituída por painéis de laje com 7,04 x 7,04 m2, tendo no

total 16 painéis, como ilustrado na Figura 1. Os pilares, onde apoiam os painéis, terão 40 x 40

cm2 e um comprimento total de 3 metros. O apoio dos painéis de laje será modelado de acordo

com o descrito no caso de estudo anterior.

Figura 6.1 – Caso de estudo II – Planta estrutural

As cargas a aplicar na estrutura consideradas além do peso próprio da laje, como as restantes

cargas permanentes e sobrecarga, têm ambas o valor de 3 kN/m2.

87
CAPÍTULO 6

Considerou-se que o betão a utilizar pertenceria à classe C25/30 e o aço à classe S400, adotando-

se um recobrimento para todos os elementos estruturais de 4 centímetros.

A análise de esforços de dimensionamento das secções de betão armado, assim como também

a distribuição de armaduras, serão realizadas de acordo com tudo o que foi descrito no capítulo

5 do relatório.

6.1 MODELAÇÃO DE UMA LAJE FUNGIFORME MACIÇA

6.1.1 Caracterização da secção transversal reta

A altura da laje a adotar será aquela que satisfaça, utilizando o menor volume de betão possível,

todos os critérios de dimensionamento abordados no capítulo 4.

A definição da altura de uma laje fungiforme normalmente é condicionada pelo estado limite

de utilização relativo ao controlo da deformação. De forma a tentar satisfazer desde o início

este limite mais condicionante, através do método simplificado de cálculo da flecha a longo

prazo, admitindo uma taxa de armaduras de 0.5% e desprezando qualquer efeito das armaduras

de compressão, estimou-se que a espessura ideal para a peça, de acordo com os materiais

definidos, seria de 30 cm. O valor da flecha instantânea foi obtido através da modelação da

estrutura no programa de cálculo automático.

ℎ 3 𝑙 0,30 3
( ) ∗ 𝜂 ∗ 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 4 ∗ 0,049 ≤ 0,024 ⇔ 0,029 ≈ 0,028 (6.1)
𝑑 250 0,26

Nota: Esta análise prévia não dispensa a verificação posterior do estado limite de utilização

relativo às deformações a longo prazo, pois a taxa de armadura média poderá não ser a

estimada.

88
CASO DE ESTUDO II

6.1.2 Estado limite último – Rotura por flexão

A quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto 4.1.1 do presente

relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada no ponto 6.1.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje, em função do momento fletor atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 6.1 – Caso de estudo II – Laje fungiforme e maciça – Momentos médios e

quantificação de áreas de armaduras de flexão

2
Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m
Maciça c/ 30 cm
Laje
2
A s ,min : 4,39 cm /m
MEd Médio A s ,n ec At A s ,cen t r al A s ,lat er al
Local
2 2 2
(kN.m/m) (cm /m) (cm ) (cm /m) (cm2/m)
Flexão/Banda

-
MEd I 15,82 1,77 12,46 4,39 4,39
Superior
Face

-
MEd II 20,01 2,25 15,84 4,50 4,39
MEd- III 90,24 10,78 75,89 21,56 7,19
+
Inferior

MEd I 65,67 7,68 54,07 7,68 4,39


Face

+
MEd II 38,47 4,40 30,98 4,40 4,39

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 6.6 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐼𝐼𝐼 − , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐼+ , assinalado a azul na tabela

anterior. A aplicação das armaduras de flexão deverá respeitar sempre os esquemas

apresentados na Figura 5.3 e Figura 5.4 do capítulo 5.

89
CAPÍTULO 6

6.1.3 Estado limite último – Rotura por punçoamento

A quantificação da área de armadura de punçoamento será efetuada de acordo com o ponto

4.1.3 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada

no ponto 6.1.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de punçoamento necessárias

a aplicar no painel de laje, em função do esforço de corte atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2. Também é apresentado qual o raio de

aplicação da armadura medido a partir do centro do pilar.

Tabela 6.2 – Caso de estudo II – Laje fungiforme maciça – Esforços de corte, áreas de

armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar)

Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m2


Laje Maciça c/ 30 cm
N Ed Pilar (A s w /s) R out
Local
Punçoamento

(kN) (cm2/m) (m)


Canto P1: 191,30 11,81 1,56
Pilar

Bordo P2: 430,16 27,59 1,55


Interior P3: 1116,94 56,75 1,27

6.1.4 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise se

encontra num caso em que está dispensado o controlo da deformação. Para isso, de acordo com

o ponto 4.2.2 do presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da

relação 𝑙/𝑑, que limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos

materiais e da estrutura.

90
CASO DE ESTUDO II

𝑙 𝑙
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 22 ∗ 1 ∗ 1,25 ∗ 1 ∗ 1 = 27,5
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑
(6.2)
7,04
27,5 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,256 m
𝑑

A altura útil da laje fungiforme maciça é de 0,26 cm, estando dispensada da verificação da

deformação a longo prazo.

6.2 MODELAÇÃO DE UMA LAJE FUNGIFORME NAUTILUS

Com uma disposição dos blocos igual à da figura seguinte, as zonas maciças junto aos pilares

interiores formam secções quadradas com dimensões de 2,56 x 2,56 m2, tendo as restantes zonas

dimensões proporcionais a estas.

Figura 6.2 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Implantação dos blocos de

aligeiramento

91
CAPÍTULO 6

6.2.1 Caracterização da secção transversal reta

Efetuando o mesmo procedimento que nas lajes fungiformes Sphereplus, a relação entre peso

próprio e inércia da peça permite obter qual a solução de laje fungiforme Nautilus que melhor

se adapta a este caso de estudo. A solução adotada foi:

Figura 6.3 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Secção equivalente (Robot)

Na modelação com recurso ao Robot, alterou-se o peso do betão para 1,17 vezes mais, de forma

a corrigir a secção com a inércia real assim como peso próprio.

6.2.2 Estado limite último – Rotura por flexão

A quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto 4.1.1 do presente

relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada no ponto 6.2.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje, em função do momento fletor atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

92
CASO DE ESTUDO II

Tabela 6.3 - Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Momentos médios e

quantificação de áreas de armaduras de flexão

2
Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m
Nautilus 5+20+5 ht = 30 cm
Laje
2
A s ,min : 4,39 cm /m
MEd Médio A s ,n ec At A s ,cen t r al A s ,lat er al
Local
(kN.m/m) (cm2/m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
Flexão/Banda

-
MEd I 13,72 1,54 10,84 4,39 4,39
Superior
Face

-
MEd II 19,88 2,24 15,77 4,48 4,39
-
MEd III 83,37 9,90 69,70 19,80 6,60

MEd+ I
Inferior

53,27 6,17 43,44 6,17 4,39


Face

+
MEd II 30,28 3,44 24,22 4,39 4,39

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 6.6 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐼𝐼𝐼 − , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐼+ , assinalado a azul na tabela

anterior. A aplicação das armaduras de flexão deverá respeitar sempre os esquemas

apresentados na Figura 5.3 e Figura 5.4 do capítulo 5.

6.2.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso

A quantificação da área de armadura de esforço transverso será efetuada de acordo com o ponto

4.1.2 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada

no ponto 6.2.1.

93
CAPÍTULO 6

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de esforço transverso

necessárias a aplicar nas nervuras da laje, em função do esforço transverso atuante, para que

este verifique todos os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 6.4 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Esforços de corte e quantificação

da área de armadura de esforço transverso

2
Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m
Nautilus 5+20+5 ht = 30 cm
2
A s ,min : 4,39 cm /m
2
Laje (A s w /s) min : 1,88 cm /m
s l: 0,195 m
st : 0,195 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
2
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm /m) /nerv.

Junto a P3 35,98 136,16 112,09 4,41 Φ8//0,16 m

Torna-se necessário referir que a quantificação da armadura e definição de uma solução de

montagem da mesma é condicionada pelo espaçamento máximo limitado pelo Eurocódigo 2.

Na figura seguinte está ilustrado o esquema de montagem adotado para a solução de laje em

análise, verificando todos os requisitos existentes.

Figura 6.4 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Disposição da armadura de

esforço transverso

94
CASO DE ESTUDO II

6.2.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento

A quantificação da área de armadura de punçoamento será efetuada de acordo com o ponto

4.1.3 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada

no ponto 6.2.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de punçoamento necessárias

a aplicar no painel de laje, em função do esforço de corte atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2. Também é apresentado qual o raio de

aplicação da armadura medido a partir do centro do pilar.

Tabela 6.5 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Nautilus – Esforços de corte, áreas de

armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar)

Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m2


Laje Nautilus 5+20+5 30 cm
N Ed Pilar (A s w /s) R out
Local
Punçoamento

(kN) (cm2/m) (m)


Canto P1: 166,24 8,75 1,36
Pilar

Bordo P2: 372,65 21,35 1,36


Interior P3: 965,97 43,96 1,13

Após a análise da Tabela 6.5, verificou-se que os raios onde se coloca a armadura, indicados

como “R out”, situam-se dentro das zonas maciças, concluindo assim, que as dimensões das

zonas maciças são suficientes para absorver os esforços de corte que provocam rotura da laje

por punçoamento.

95
CAPÍTULO 6

6.2.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise se

encontra num caso em que está dispensado o controlo da deformação. Para isso de acordo com

o ponto 4.2.2 do presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da

relação 𝑙/𝑑, que limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos

materiais e da estrutura.

𝑙 𝑙
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 22 ∗ 1 ∗ 1,25 ∗ 1 ∗ 1 = 27,5
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑
(6.3)
7,04
27,5 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,256 m
𝑑

Uma vez que a altura útil da peça é 0,26 m, está dispensado o controlo da deformação através

do cálculo das flechas a longo prazo. Porém, e com o objetivo de estimar qual a deformação

que a longo prazo a peça estaria sujeita, com recurso ao CEB-FIP Model Code 90, ponto 7.5,

e com uma taxa de armadura de tração média de 0,71% tem-se:

ℎ 3 𝑙 0,30 3 7,04
( ) 𝜂 (1 − 20𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 3,2 ∗ 4,720 ≤ ⇔
𝑑 250 0,26 250 (6.4)

⇔ 23,20 𝑚𝑚 < 28,16 𝑚𝑚

A deformação a longo prazo encontra-se dentro do limite máximo regulamentado pelo

Eurocódigo 2, confirmando a dispensa de verificação de acordo com a expressão 6.4.

96
CASO DE ESTUDO II

6.3 MODELAÇÃO DE UMA LAJE FUNGIFORME SPHEREPLUS – ORTOGONAL

Com uma disposição dos blocos igual à da figura seguinte, as zonas maciças junto aos pilares

interiores formam secções quadradas com dimensões de 2,64 x 2,64 m2, tendo as restantes zonas

dimensões proporcionais a estas.

Figura 6.5 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Implantação dos

blocos de aligeiramento

As nervuras que sobressaem na figura anterior, devido à sua reduzida dimensão da base, não

acrescem rigidez à laje, deixando-a deformar-se de igual forma em relação aos casos

anteriormente analisados.

97
CAPÍTULO 6

6.3.1 Caracterização da secção transversal reta

Com recurso à folha de cálculo automático elaborada, a solução de laje fungiforme Sphereplus

mais económica encontrada foi:

Figura 6.6 – Caso de estudo I – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Secção equivalente

(Robot)

6.3.2 Estado limite último – Rotura por flexão

A quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto 4.1.1 do presente

relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada no ponto 6.3.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje, em função do momento fletor atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

98
CASO DE ESTUDO II

Tabela 6.6 - Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Momentos médios

e quantificação de áreas de armaduras de flexão

2
Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m
Sphereplus 5+20+5 ht = 30 cm
Laje
2
A s ,min : 4,39 cm /m
MEd Médio A s ,n ec At A s ,cen t r al A s ,lat er al
Local
(kN.m/m) (cm2/m) (cm2) (cm2/m) (cm2/m)
Flexão/Banda

-
MEd I 12,43 1,39 9,79 4,39 4,39
Superior
Face

-
MEd II 18,44 2,07 14,57 4,39 4,39
-
MEd III 80,92 9,59 67,51 19,18 6,39

MEd+ I
Inferior

52,97 6,13 43,16 6,13 4,39


Face

+
MEd II 29,21 3,31 23,30 4,39 4,39

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 6.6 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐼𝐼𝐼 − , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐼+ , assinalado a azul na tabela

anterior. A aplicação das armaduras de flexão deverá respeitar sempre os esquemas

apresentados na Figura 5.3 e Figura 5.4 do capítulo 5.

6.3.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso

A quantificação da área de armadura de esforço transverso será efetuada de acordo com o ponto

4.1.2 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada

no ponto 6.3.1.

99
CAPÍTULO 6

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de esforço transverso

necessárias a aplicar nas nervuras da laje, em função do esforço transverso atuante, para que

este verifique todos os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 6.7 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso

2
Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m
Sphereplus 5+20+5 ht = 30 cm
2
A s ,min : 4,39 cm /m
2
Laje (A s w /s) min : 1,25 cm /m
s l: 0,195 m
st : 0,195 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
2
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm /m) /nerv.

Junto a P3 23,70 90,80 89,90 4,43 Φ8//0,13(3) m

Torna-se necessário referir que a quantificação da armadura e definição de uma solução de

montagem da mesma é condicionada pelo espaçamento máximo limitado pelo Eurocódigo 2.

Na figura seguinte está ilustrado o esquema de montagem adotado para a solução de laje em

análise, verificando todos os requisitos existentes.

Figura 6.7 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Disposição da

armadura de esforço transverso

100
CASO DE ESTUDO II

6.3.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento

A quantificação da área de armadura de punçoamento será efetuada de acordo com o ponto

4.1.3 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada

no ponto 6.3.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de punçoamento necessárias

a aplicar no painel de laje, em função do esforço de corte atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2. Também é apresentado qual o raio de

aplicação da armadura medido a partir do centro do pilar.

Tabela 6.8 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (ortogonal) – Esforços de corte,

áreas de armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar)

Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m2


Laje Sphere. 5+20+5 ht = 30 cm
N Ed Pilar (A s w /s) R out
Local
Punçoamento

(kN) (cm2/m) (m)


Canto P1: 162,62 8,31 1,33
Pilar

Bordo P2: 366,69 20,85 1,35


Interior P3: 964,32 44,29 1,14

Após a análise da Tabela 6.8, verificou-se que os raios onde se coloca a armadura, indicados

como “R out”, situam-se dentro das zonas maciças, concluindo assim, que as dimensões das

zonas maciças são suficientes para absorver os esforços de corte que provocam rotura da laje

por punçoamento.

101
CAPÍTULO 6

6.3.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise se

encontra num caso em que está dispensado o controlo da deformação. Para isso de acordo com

o ponto 4.2.2 do presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da

relação 𝑙/𝑑, que limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos

materiais e da estrutura.

𝑙 𝑙
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 22 ∗ 1 ∗ 1,25 ∗ 1 ∗ 1 = 27,5
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑
(6.5)
7,04
27,5 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,256 m
𝑑

Uma vez que a altura útil da peça é 0,26 m, está dispensado o controlo da deformação através

do cálculo das flechas a longo prazo. Porém, e com o objetivo de estimar qual a deformação

que a longo prazo a peça estaria sujeita, com recurso ao CEB-FIP Model Code 90, ponto 7.5,

e com uma taxa de armadura de tração média de 0,80% tem-se:

ℎ 3 𝑙 0,30 3 7,04
( ) 𝜂 (1 − 20𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 2,9 ∗ 4,800 ≤ ⇔
𝑑 250 0,26 250 (6.6)

⇔ 21,38 𝑚𝑚 < 28,16 𝑚𝑚

A deformação a longo prazo encontra-se dentro do limite máximo regulamentado pelo

Eurocódigo 2, confirmando a dispensa de verificação de acordo com a expressão 6.5.

102
CASO DE ESTUDO II

6.4 MODELAÇÃO DE UMA LAJE FUNGIFORME SPHEREPLUS – FAVO DE MEL

Com uma disposição dos blocos igual à da figura seguinte, as zonas maciças junto aos pilares

interiores formam secções hexagonais com dimensões de 1,80 m de lado, tendo as restantes

zonas dimensões proporcionais a estas.

Figura 6.8 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Implantação dos

blocos de aligeiramento

103
CAPÍTULO 6

6.4.1 Caracterização da secção transversal reta

Com recurso à folha de cálculo automático elaborada, a solução de laje fungiforme Sphereplus

mais económica encontrada foi:

Figura 6.9 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Secção

equivalente (Robot)

6.4.2 Estado limite último – Rotura por flexão

A quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto 4.1.1 do presente

relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada no ponto 6.4.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje, em função do momento fletor atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

104
CASO DE ESTUDO II

Tabela 6.9 - Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Momentos

médios e quantificação de áreas de armaduras de flexão

2
Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m
Sphereplus 5+20+5 Favo ht = 30 cm
Laje
A s ,min : 4,39 cm2/m
MEd Médio A s ,n ec At A s ,cen t r al A s ,lat er al
Local
2 2 2 2
(kN.m/m) (cm /m) (cm ) (cm /m) (cm /m)
Flexão/Banda

MEd- I 10,14 1,13 7,96 4,39 4,39


Superior
Face

-
MEd II 17,72 1,99 14,01 4,39 4,39
-
MEd III 76,85 9,08 63,92 18,16 6,05
+
48,70 5,62 39,56 5,62 4,39
Inferior

MEd I
Face

+
MEd II 26,64 3,02 21,26 4,39 4,39

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 6.6 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐼𝐼𝐼 − , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐼+ , assinalado a azul na tabela

anterior. A aplicação das armaduras de flexão deverá respeitar sempre os esquemas

apresentados na Figura 5.3 e Figura 5.4 do capítulo 5.

6.4.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso

A quantificação da área de armadura de esforço transverso será efetuada de acordo com o ponto

4.1.2 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada

no ponto 6.4.1.

105
CAPÍTULO 6

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de esforço transverso

necessárias a aplicar nas nervuras da laje, em função do esforço transverso atuante, para que

este verifique todos os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 6.10 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Esforços de

corte e quantificação da área de armadura de esforço transverso

2
Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m
Sphereplus 5+20+5 Favo ht = 30 cm
2
A s ,min : 4,39 cm /m
2
Laje (A s w /s) min : 1,25 cm /m
s l: 0,195 m
st : 0,195 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
2
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm /m) /nerv.

Junto a P3 23,70 90,80 50,85 2,50 Φ8//0,115 m

Torna-se necessário referir que a quantificação da armadura e definição de uma solução de

montagem da mesma é condicionada pelo espaçamento máximo limitado pelo Eurocódigo 2.

Na figura seguinte está ilustrado o esquema de montagem adotado para a solução de laje em

análise, verificando todos os requisitos existentes.

Figura 6.10 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Disposição da

armadura de esforço transverso

106
CASO DE ESTUDO II

6.4.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento

A quantificação da área de armadura de punçoamento será efetuada de acordo com o ponto

4.1.3 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada

no ponto 6.4.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de punçoamento necessárias

a aplicar no painel de laje, em função do esforço de corte atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2. Também é apresentado qual o raio de

aplicação da armadura medido a partir do centro do pilar.

Tabela 6.11 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Sphereplus (favo de mel) – Esforços de

corte, áreas de armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no

pilar)

Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m2


Laje Sphere. 5+20+5 Favo ht = 30 cm
N Ed Pilar (A s w /s) R out
Local
Punçoamento

(kN) (cm2/m) (m)


Canto P1: 155,01 7,38 1,28
Pilar

Bordo P2: 345,44 18,64 1,28


Interior P3: 897,89 38,99 1,08

Após a análise da Tabela 6.11, verificou-se que os raios onde se coloca a armadura, indicados

como “R out”, situam-se dentro das zonas maciças, concluindo assim, que as dimensões das

zonas maciças são suficientes para absorver os esforços de corte que provocam rotura da laje

por punçoamento.

107
CAPÍTULO 6

6.4.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise se

encontra num caso em que está dispensado o controlo da deformação. Para isso de acordo com

o ponto 4.2.2 do presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da

relação 𝑙/𝑑, que limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos

materiais e da estrutura.

𝑙 𝑙
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 22 ∗ 1 ∗ 1,25 ∗ 1 ∗ 1 = 27,5
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑
(6.7)
7,04
27,5 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,256 m
𝑑

Uma vez que a altura útil da peça é 0,26 m, está dispensado o controlo da deformação através

do cálculo das flechas a longo prazo. Porém, e com o objetivo de estimar qual a deformação

que a longo prazo a peça estaria sujeita, com recurso ao CEB-FIP Model Code 90, ponto 7.5,

e com uma taxa de armadura de tração média de 0,75% tem-se:

ℎ 3 𝑙 0,30 3 7,04
( ) 𝜂 (1 − 20𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 3,0 ∗ 4,420 ≤ ⇔
𝑑 250 0,26 250 (6.8)

⇔ 20,37 𝑚𝑚 < 24,00 𝑚𝑚

A deformação a longo prazo encontra-se dentro do limite máximo regulamentado pelo

Eurocódigo 2, confirmando a dispensa de verificação de acordo com a expressão 6.7.

108
CASO DE ESTUDO II

6.5 MODELAÇÃO DE UMA LAJE FUNGIFORME FERCA

Com uma disposição dos blocos igual à da figura seguinte, as zonas maciças junto aos pilares

interiores formam secções quadradas com dimensões de 2,40 x 2,40 m2, tendo as restantes zonas

dimensões proporcionais a estas.

Figura 6.11 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Ferca – Implantação dos moldes Ferca

109
CAPÍTULO 6

6.5.1 Caracterização da secção transversal reta

Com o mesmo procedimento de escolha que no caso de estudo I, a solução adotada é constituída

por moldes com altura de 300 mm e com uma lâmina superior de betão com 60 mm de

espessura, perfazendo assim 360 mm de altura total da peça.

Figura 6.12 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Ferca – Secção equivalente (Robot)

6.5.2 Estado limite último – Rotura por flexão

A quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto 4.1.1 do presente

relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada no ponto 6.5.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje, em função do momento fletor atuante, para que este verifique todos

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

110
CASO DE ESTUDO II

Tabela 6.12 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Ferca – Momentos médios e quantificação

de áreas de armaduras de flexão

2
Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m
FG800 300+60 ht = 36 cm
Laje
2 2
A s ,min - : 5,41 cm /m A s ,min +: 1,25 cm /m
MEd Médio A s ,n ec At A s ,cen t r al A s ,lat er al
Local
2 2 2 2
(kN.m/m) (cm /m) (cm ) (cm /m) (cm /m)
Flexão/Banda

MEd- I 23,58 2,15 15,14 5,41 5,41


Superior
Face

-
MEd II 23,91 2,18 15,35 5,41 5,41
-
MEd III 82,23 7,74 54,49 15,48 5,41
+
44,21 4,07 28,65 4,07 2,04
Inferior

MEd I
Face

+
MEd II 22,96 2,09 14,71 2,09 1,25

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 6.6 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐼𝐼𝐼 − , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐼+ , assinalado a azul na tabela

anterior. A aplicação das armaduras de flexão deverá respeitar sempre os esquemas

apresentados na Figura 5.3 e Figura 5.4 do capítulo 5.

6.5.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso

A quantificação da área de armadura de esforço transverso será efetuada de acordo com o ponto

4.1.2 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada

no ponto 6.5.1.

111
CAPÍTULO 6

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de esforço transverso

necessárias a aplicar nas nervuras da laje, em função do esforço transverso atuante, para que

este verifique todos os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 6.13 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Ferca – Esforços de corte e quantificação

da área de armadura de esforço transverso

2
Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m
FG800 300+60 ht = 36 cm
2
A s ,min : 1,25 cm /m
2
Laje (A s w /s) min : 1,76 cm /m
s l: 0,240 m
st : 0,240 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
2
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm /m) /nerv.

Junto a P3 29,56 196,91 117,25 3,75 -

Verificou-se a condição de o esforço transverso máximo resistente da zona nervurada se

encontrar na parte sem blocos da laje (junto ao pilar) e conclui-se que a dimensão da zona

maciça é suficiente para a laje em questão.

6.5.4 Estado limite último – Rotura por punçoamento

A quantificação da área de armadura de punçoamento será efetuada de acordo com o ponto

4.1.3 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 6 e a solução considerada

no ponto 6.5.1.

Na tabela seguinte é possível consultar quais as áreas de armadura de punçoamento necessárias

a aplicar no painel de laje, em função do esforço de corte atuante, para que este verifique todos

112
CASO DE ESTUDO II

os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2. Também é apresentado qual o raio de

aplicação da armadura medido a partir do centro do pilar.

Tabela 6.14 – Caso de estudo II – Laje fungiforme Ferca – Esforços de corte, áreas de

armadura de punçoamento, raio de aplicação de armaduras (c/ centro no pilar)

Caso de Estudo II: 7,04 x 7,04 m2


Laje FG800 300+60 ht = 36 cm
N Ed Pilar (A s w /s) R out
Local
Punçoamento

2
(kN) (cm /m) (m)
Canto P1: 158,04 0,00 1,12
Pilar

Bordo P2: 361,01 11,51 1,20


Interior P3: 955,03 27,33 1,11

Após a análise da Tabela 6.14, verificou-se que os raios onde se coloca a armadura, indicados

como “R out”, situam-se dentro das zonas maciças, concluindo assim, que as dimensões das

zonas maciças são suficientes para absorver os esforços de corte que provocam rotura da laje

por punçoamento.

6.5.5 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise se

encontra num caso em que está dispensado o controlo da deformação. Para isso de acordo com

o ponto 4.2.2 do presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da

relação 𝑙/𝑑, que limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos

materiais e da estrutura.

𝑙 𝑙 (6.9)
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 22 ∗ 0,8 ∗ 1,25 ∗ 1 ∗ 1 = 22
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑

113
CAPÍTULO 6

7,04
22 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,32 m
𝑑

Uma vez que a altura útil da peça é 0,32 m, está dispensado o controlo da deformação através

do cálculo das flechas a longo prazo. Porém, e com o objetivo de estimar qual a deformação

que a longo prazo a peça estaria sujeita, com recurso ao CEB-FIP Model Code 90, ponto 7.5,

com uma taxa de armadura de tração média de 0,61% tem-se:

ℎ 3 𝑙 0,36 3 7,04
( ) 𝜂 (1 − 20𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 3,6 ∗ 4,737 ≤ ⇔
𝑑 250 0,32 250 (6.10)

⇔ 24,28 𝑚𝑚 < 28,16 𝑚𝑚

A deformação a longo prazo encontra-se dentro do limite máximo regulamentado pelo

Eurocódigo 2, confirmando a dispensa de verificação de acordo com a expressão 6.9.

6.6 MEDIÇÕES E ANÁLISE DE CUSTOS

De forma a comparar as soluções de laje analisadas neste caso de estudo, foi criada uma tabela

que, em função do tipo de laje analisada, descrimina e contabiliza todo o material que foi

considerado no dimensionamento da mesma. Para uma comparação mais simplificada todas as

medições foram reduzidas para a construção de um metro quadrado de laje. Após a

quantificação de todo o material, é possível efetuar uma atribuição de preços unitários e

comparar as soluções. O mapa de quantidades detalhado de todas as soluções consideradas

neste caso de estudo encontra-se no anexo III.

Neste mapa de quantidades não foram atribuídos custos unitários aos blocos de aligeiramento,

permitindo assim a elaboração de um gráfico que em função do custo unitário do bloco é

114
CASO DE ESTUDO II

determinado um custo total da laje por unidade de área. O gráfico elaborado encontra-se

apresentado a seguir.

Figura 6.13 – Caso de estudo II – Preço de laje/m2 em função do custo unitário do bloco

115
CAPÍTULO 6

116
7 CASO DE ESTUDO III

A planta a analisar será constituída por painéis de laje de 5 x 8 m2, tendo no total 4 painéis de

laje armados unidireccionalmente na dimensão do vão maior, Figura 7.1. Os pilares terão 40 x

40 cm2, tendo nas suas extremidades apoios duplos e comprimento total de três metros,

apoiando a laje a meio dos pilares.

Figura 7.1 – Caso de estudo III – Planta estrutural

As restantes cargas permanentes a atuar tomam o valor de 3 kN/m2 assim como a sobrecarga

respetiva a escritórios.

O betão utilizado é da classe C25/30 e o aço S400 e o recobrimento adotado para todos os

elementos é de 4 centímetros.

117
CAPÍTULO 7

A análise comparativa entre as soluções de lajes modeladas terá como base a comparação de

esforços em pontos específicos da planta estrutural. Analisar-se-ão os momentos fletores médios

por banda, com a dimensão do vão, esforços de corte junto a três pilares, sempre de acordo

com o ilustrado a seguir.

Figura 7.2 – Caso de estudo III - Localização dos momentos fletores a analisar na laje

Figura 7.3 – Caso de estudo III - Localização dos esforços de corte a analisar na laje

118
CASO DE ESTUDO III

Figura 7.4 – Caso de estudo III - Localização dos momentos fletores a analisar na viga

Figura 7.5 – Caso de estudo III - Localização dos esforços de corte a analisar na viga

119
CAPÍTULO 7

Os seguintes esquemas de armaduras, apresentados na Figura 7.6 e Figura 7.7, representam as

armaduras a aplicar no painel de laje mais condicionante em toda a estrutura.

Figura 7.6 - Caso de estudo III - Esquema de montagem de armaduras – Laje

Figura 7.7 - Caso de estudo III - Esquema de montagem de armaduras – Banda

120
CASO DE ESTUDO III

7.1 MODELAÇÃO DE UMA LAJE UNIDIRECIONAL MACIÇA

7.1.1 Caracterização da secção transversal reta

Devido ao elevado peso próprio de uma solução de laje maciça, considerou-se que as vigas que

suportam a laje maciça unidirecional teriam uma altura superior à da laje, tendo no total

0,80x0,40 m2.

Limitando a deformação a longo prazo ao valor limite regulamentado pelo Eurocódigo 2, é

possível determinar qual a deformação instantânea desejável para cada solução de altura, de

acordo com o seguinte. A solução adotada foi de 0,28 m de espessura. (A percentagem de

armadura de uma laje representa aproximadamente 0,5% da secção transversal reta da mesma.)

ℎ 3 𝑙 0,28 3
( ) ∗ 𝜂 ∗ 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 4 ∗ 𝛿𝑖𝑛𝑠𝑡 ≤ 0,032 ⇔ 𝛿𝑖𝑛𝑠𝑡 ≤ 0,005 (7.1)
𝑑 250 0,24

Após a modelação da solução escolhida no programa de cálculo, verificou-se que a deformação

instantânea mais condicionante é igual a 4,97 mm, sendo inferior ao valor máximo desejável.

Nota: Esta análise prévia não dispensa a verificação posterior do estado limite de utilização

relativo às deformações a longo prazo, pois a taxa de armadura média poderá não ser a

estimada.

7.1.2 Estado limite último – Rotura por flexão

A análise da rotura de flexão passa por definir uma área de armadura de flexão para os locais

indicados na Figura 7.2 e Figura 7.4 de acordo com as disposições de armaduras ilustradas na

Figura 7.6 e Figura 7.7.

121
CAPÍTULO 7

A quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto 4.1.1 do presente

relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 7 e a solução considerada no ponto 7.1.1.

Nas tabelas seguintes é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje e nas bandas, respetivamente, em função do momento fletor atuante,

para que este verifique todos os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 7.1 – Caso de estudo III – Laje unidirecional maciça – Momentos médios e

quantificação de áreas de armaduras de flexão da laje

2
Caso de Estudo III: 8 x 5 m
Maciça c/ 28 cm
Laje
2
A s ,min : 4,06 cm /m
MEd Médio A s ,n ec
Local
(kN.m/m) (cm2/m)
Flexão/Banda

-
MEd Bordo 50,35 6,35
Superior
Face

-
MEd C.1A. 101,89 13,50
-
MEd C.2A. 85,68 11,18
MEd+ Exterior
Inferior

64,21 8,21
Face

+
MEd Interior 46,08 5,78

Tabela 7.2 – Caso de estudo III – Laje unidirecional maciça – Momentos médios e

quantificação de áreas de armaduras de flexão da banda

2
Caso de Estudo III: 8 x 5 m
0,80 x 0,40
Banda
A s ,min : 3,89 cm2
MEd A s ,n ec
Local
2
(kN.m) (cm )
Flexão/Banda

MEd- Bordo 243,58 22,19


Superior
Face

-
MEd C.1A. 371,43 36,04
-
MEd C.2A. 331,78 31,58
+
196,81 17,51
Inferior

MEd Exterior
Face

+
MEd Interior 166,33 14,56

122
CASO DE ESTUDO III

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 7.4 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐶1𝐴− , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + , assinalado a azul na

tabela anterior. O mesmo acontece para a armadura das bandas. A aplicação das armaduras

de flexão deverá respeitar sempre os esquemas apresentados na Figura 7.6 e Figura 7.7.

7.1.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso

A quantificação da área de armadura de esforço transverso será efetuada de acordo com o ponto

4.1.2 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 7 e a solução considerada

no ponto 7.1.1.

Nas tabelas seguintes é possível consultar quais as áreas de armadura de esforço transverso

necessárias a aplicar nas nervuras da laje e na banda, respetivamente, em função do esforço

transverso atuante, para que este verifique todos os limites de segurança impostos pelo

Eurocódigo 2.

123
CAPÍTULO 7

Tabela 7.3 – Caso de estudo III – Laje unidirecional maciça – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso da laje

2
Caso de Estudo III: 8 x 5 m
Maciça ht = 28 cm
2
A s ,min : 4,06 cm /m
2
Laje (A s w /s) min : - cm /m
s l: - m
st : - m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
2
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm /m) Solução

Ligação Laje-Banda 111,12 - 76,00 - -

Tabela 7.4 – Caso de estudo III – Laje unidirecional maciça – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso da banda

2
Caso de Estudo III: 8 x 5 m
b = 80 cm h = 40 cm
2
A s ,min : 3,89 cm /m
2
Banda (Laje Maciça) (A s w /s) min : 8,00 cm /m
s l: 0,27 m
st : 0,27 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
2
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm /m) Solução

Ligação Laje-Banda 116,21 804,41 412,49 11,71 -

7.1.4 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise está

dispensada do cálculo da deformação a longo prazo. Para isso de acordo com o ponto 4.2.2 do

presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da relação 𝑙/𝑑, que

124
CASO DE ESTUDO III

limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos materiais e da

estrutura.

𝑙 𝑙 7
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 19 ∗ 1 ∗ 1,25 ∗ ∗ 1 = 20,8
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑 8
(7.2)
8
20,8 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,38 m
𝑑

Uma vez que a altura útil da peça é 0,24 m, não se encontra no caso de dispensa do controlo

da deformação através do cálculo das flechas a longo prazo.

Estimando qual a deformação que a longo prazo a peça está sujeita, com recurso ao CEB-FIP

Model Code 90, ponto 7.5, e com uma taxa de armadura de tração média de 0,52% tem-se:

ℎ 3 𝑙 0,28 3 8
( ) 𝜂 (1 − 20𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 3,9 ∗ 4,970 ≤ ⇔
𝑑 250 0,24 250 (7.3)

⇔ 30,78 𝑚𝑚 < 32,00 𝑚𝑚

A deformação a longo prazo encontra-se dentro do limite máximo regulamentado pelo

Eurocódigo 2.

125
CAPÍTULO 7

7.2 MODELAÇÃO DE UMA LAJE UNIDIRECIONAL TUBULAR

Com uma disposição em planta dos perfis tubulares de aligeiramento de acordo com a figura

seguinte, formam-se bandas maciças, com orientação vertical em planta, com 90 cm de largura.

Figura 7.8 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Implantação dos blocos de

aligeiramento

7.2.1 Caracterização da secção transversal reta

Em função das deformações instantâneas obtidas na modelação da laje fungiforme maciça, é

possível, através de uma relação entre peso próprio da laje e momento de inércia da mesma,

escolher qual será a solução otimizada (menor volume de betão) da laje unidirecional aligeirada

com perfis tubulares que satisfaça a deformação elástica máxima pretendida inicialmente (igual

ou inferior à da laje unidirecional maciça) e consequentemente que cumpra, à partida, o limite

máximo regulamentar da deformação a longo prazo.

126
CASO DE ESTUDO III

Estimou-se que a solução de laje que melhor satisfaria este critério era a que se apresenta na

figura seguinte:

Figura 7.9 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Caracterização da secção

transversal reta

Como no programa de cálculo automático é possível modelar uma laje aligeirada com perfis

tubulares, não existe necessidade de transformar esta secção numa secção equivalente para

posterior modelação. A laje introduzida no Robot respeita as seguintes dimensões de acordo

com a figura seguinte.

Figura 7.10 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Modelação da laje no Robot

127
CAPÍTULO 7

7.2.2 Estado limite último – Rotura por flexão

A quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto 4.1.1 do presente

relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 7 e a solução considerada no ponto 7.2.1.

Nas tabelas seguintes é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje e nas bandas, respetivamente, em função do momento fletor atuante,

para que este verifique todos os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

Tabela 7.5 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Momentos médios e

quantificação de áreas de armaduras de flexão da laje

2
Caso de Estudo III: 8 x 5 m
Tubular c/ 28 cm
Laje
2
A s ,min : 3 cm /m
MEd Médio A s ,n ec
Local
2
(kN.m/m) (cm /m)
Flexão/Banda

MEd- Bordo 39,98 4,99


Superior
Face

-
MEd C.1A. 91,17 11,96
-
MEd C.2A. 77,75 10,07

MEd+ Exterior 58,79 7,47


Inferior
Face

+
MEd Interior 39,50 4,93

128
CASO DE ESTUDO III

Tabela 7.6 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Momentos médios e

quantificação de áreas de armaduras de flexão da banda

2
Caso de Estudo III: 8 x 5 m
0,90 x 0,28
Banda
A s ,min : 2,92 cm2
MEd A s ,n ec
Local
2
(kN.m) (cm )
Flexão/Banda

MEd- Bordo 225,07 33,98


Superior
Face

-
MEd C.1A. 274,39 43,31
-
MEd C.2A. 252,07 39,01
+
126,24 17,33
Inferior

MEd Exterior
Face

+
MEd Interior 112,10 15,17

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 7.4 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐶1𝐴− , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + , assinalado a azul na

tabela anterior. O mesmo acontece para a armadura das bandas. A aplicação das armaduras

de flexão deverá respeitar sempre os esquemas apresentados na Figura 7.6 e Figura 7.7.

7.2.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso

A quantificação da área de armadura de esforço transverso será efetuada de acordo com o ponto

4.1.2 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 7 e a solução considerada

no ponto 7.2.1.

Nas tabelas seguintes é possível consultar quais as áreas de armadura de esforço transverso

necessárias a aplicar nas nervuras da laje e na banda, respetivamente, em função do esforço

129
CAPÍTULO 7

transverso atuante, para que este verifique todos os limites de segurança impostos pelo

Eurocódigo 2.

Tabela 7.7 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso da laje

2
Caso de Estudo III: 8 x 5 m
Tubular (50+180+50) ht = 28 cm
2
A s ,min : 4,06 cm /m
2
Laje (A s w /s) min : 2,50 cm /m
s l: 0,18 m
st : 0,18 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
2
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm /m) Solução

Ligação Laje-Banda 35,34 167,59 69,13 3,68 -

Tabela 7.8 – Caso de estudo III – Laje unidirecional tubular – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso da laje

2
Caso de Estudo III: 8 x 5 m
b = 90 cm h = 28 cm
2
A s ,min : 2,92 cm /m
2
Banda (Laje Tubular) (A s w /s) min : 9,00 cm /m
s l: 0,18 m
st : 0,18 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm2/m) Solução

Ligação Laje-Banda 100,00 603,31 347,39 14,80 -

130
CASO DE ESTUDO III

7.2.4 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise está

dispensada do cálculo da deformação a longo prazo. Para isso de acordo com o ponto 4.2.2 do

presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da relação 𝑙/𝑑, que

limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos materiais e da

estrutura.

𝑙 𝑙 7
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 19 ∗ 1 ∗ 1,25 ∗ ∗ 1 = 20,8
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑 8
(7.4)
8
20,8 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,38 m
𝑑

Uma vez que a altura útil da peça é 0,24 m, não se encontra no caso de dispensa do controlo

da deformação através do cálculo das flechas a longo prazo.

Estimando qual a deformação que a longo prazo a peça está sujeita, com recurso ao CEB-FIP

Model Code 90, ponto 7.5, e com uma taxa de armadura de tração média de 0,86% tem-se:

ℎ 3 𝑙 0,28 3 8
( ) 𝜂 (1 − 20𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 2,8 ∗ 4,803 ≤ ⇔
𝑑 250 0,24 250 (7.5)

⇔ 21,36 𝑚𝑚 < 32,00 𝑚𝑚

A deformação a longo prazo encontra-se dentro do limite máximo regulamentado pelo

Eurocódigo 2.

131
CAPÍTULO 7

7.3 MODELAÇÃO DE UMA LAJE UNIDIRECIONAL FERCA

Com uma disposição em planta dos moldes de aligeiramento de acordo com a figura seguinte,

formam-se bandas maciças, com orientação vertical em planta, com 92,5 cm de largura.

Figura 7.11 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Implantação dos moldes Ferca

132
CASO DE ESTUDO III

7.3.1 Caracterização da secção transversal reta

Por um processo de tentativa-erro, como experimentado no capítulo 5, ponto 5.4.1 do presente

relatório, a solução otimizada que satisfaz todos os critérios impostos para o dimensionamento

da laje deste caso de estudo encontra-se ilustrada na figura seguinte, à esquerda, assim como a

respetiva secção equivalente que foi modelada no programa de cálculo automático, à direita.

Figura 7.12 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Caracterização da secção

transversal reta – Secção equivalente (Robot)

7.3.2 Estado limite último – Rotura por flexão

A quantificação da armadura de flexão será efetuada de acordo com o ponto 4.1.1 do presente

relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 7 e a solução considerada no ponto 7.3.1.

Nas tabelas seguintes é possível consultar quais as áreas de armadura de flexão necessárias a

aplicar no painel de laje e nas bandas, respetivamente, em função do momento fletor atuante,

para que este verifique todos os limites de segurança impostos pelo Eurocódigo 2.

133
CAPÍTULO 7

Tabela 7.9 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Momentos médios e

quantificação de áreas de armaduras de flexão da laje

2
Caso de Estudo III: 8 x 5 m
FG 600 225+100
Laje
A s ,min : 4,82 cm2/m
MEd Médio A s ,n ec
Local
2
(kN.m/m) (cm /m)
Flexão/Banda

MEd- Bordo 45,58 5,72


Superior
Face

-
MEd C.1A. 86,24 11,26
-
MEd C.2A. 74,25 9,58
+
49,01 6,17
Inferior

MEd Exterior
Face

+
MEd Interior 39,08 4,87

Tabela 7.10 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Momentos médios e

quantificação de áreas de armaduras de flexão da banda

2
Caso de Estudo III: 8 x 5 m
0,925 x 0,325
Banda
A s ,min : 3,56 cm2
MEd A s ,n ec
Local
2
(kN.m) (cm )
Flexão/Banda

MEd- Bordo 191,17 22,23


Superior
Face

-
MEd C.1A. 252,49 30,61
-
MEd C.2A. 228,14 27,21

MEd+ Exterior 116,88 12,89


Inferior
Face

+
MEd Interior 101,25 11,04

Nota: De forma a simplificar todo o processo de análise de custos, elaborado no ponto 7.4 do

presente relatório, considerou-se que as armaduras de flexão colocadas na face superior dos

painéis teriam todas a mesma área e resistiriam ao momento fletor negativo mais condicionante,

𝑀𝐸𝑑 𝐶1𝐴− , assinalado a azul na tabela anterior. Na face inferior, as áreas de armadura de flexão

134
CASO DE ESTUDO III

consideradas foram obtidas através do momento fletor 𝑀𝐸𝑑 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + , assinalado a azul na

tabela anterior. O mesmo acontece para a armadura das bandas. A aplicação das armaduras

de flexão deverá respeitar sempre os esquemas apresentados na Figura 7.6 e Figura 7.7.

7.3.3 Estado limite último – Rotura por esforço transverso

A quantificação da área de armadura de esforço transverso será efetuada de acordo com o ponto

4.1.2 do presente relatório, utilizando os materiais definidos no ponto 7 e a solução considerada

no ponto 7.3.1.

Nas tabelas seguintes é possível consultar quais as áreas de armadura de esforço transverso

necessárias a aplicar nas nervuras da laje e na banda, respetivamente, em função do esforço

transverso atuante, para que este verifique todos os limites de segurança impostos pelo

Eurocódigo 2.

Tabela 7.11 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso da laje

2
Caso de Estudo I: 6 x 6 m
FG 600 225+100 ht = 32,5 cm
2
A s ,min : 0,77 cm /m
2
Laje (A s w /s) min : 2,30 cm /m
s l: 0,203 m
st : 0,203 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
2
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm /m) Solução

Junto a P3 38,14 183,09 61,33 2,75 -

135
CAPÍTULO 7

Tabela 7.12 – Caso de estudo III – Laje unidirecional Ferca – Esforços de corte e

quantificação da área de armadura de esforço transverso da laje

2
Caso de Estudo III: 8 x 5 m
b = 92,5 cm h = 32,5 cm
2
A s ,min : 3,56 cm /m
2
Banda (Laje FG600) (A s w /s) min : 9,25 cm /m
s l: 0,25 m
st : 0,25 m
V Rd ,c V Rd ,máx V Ed (A s w /s) n ec A s w /s
Transverso

Local
2
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (cm /m) Solução

Junto a P3 114,93 736,33 324,39 11,64 -

7.3.4 Estado limite de utilização – Controlo da deformação

Antes de calcular a deformação a longo prazo, será necessário verificar se a laje em análise está

dispensada do cálculo da deformação a longo prazo. Para isso de acordo com o ponto 4.2.2 do

presente relatório, deverá ser retirado com recurso à Tabela 4.2 um valor da relação 𝑙/𝑑, que

limita a altura da peça em função do vão, das características geométricas, dos materiais e da

estrutura.

𝑙 𝑙 7
( ) = 𝑘𝑡 𝑘𝜎 𝑘𝑙 𝑘𝑓 = 19 ∗ 0,8 ∗ 1,25 ∗ ∗ 1 = 16,63
𝑑 𝑐𝑜𝑟𝑟 𝑑 8
(7.6)
8
16,63 ≥ ⇔ 𝑑 ≥ 0,48 m
𝑑

Uma vez que a altura útil da peça é 0,285 m, não se encontra no caso de dispensa do controlo

da deformação através do cálculo das flechas a longo prazo.

Estimando qual a deformação que a longo prazo a peça está sujeita, com recurso ao CEB-FIP

Model Code 90, ponto 7.5, e com uma taxa de armadura de tração média de 0,74% tem-se:

136
CASO DE ESTUDO III

ℎ 3 𝑙 0,325 3 8
( ) 𝜂 (1 − 20𝜌𝑐𝑚 ) 𝑎𝑐 ≤ ⇔( ) ∗ 3,0 ∗ 4,802 ≤ ⇔
𝑑 250 0,285 250 (7.7)

⇔ 21,36 𝑚𝑚 < 32,00 𝑚𝑚

A deformação a longo prazo encontra-se dentro do limite máximo regulamentado pelo

Eurocódigo 2.

7.4 MEDIÇÕES E ANÁLISE DE CUSTOS

De forma a comparar as soluções de laje analisadas neste caso de estudo, foi criada uma tabela,

que, em função do tipo de laje analisada, descrimina e contabiliza todo o material que foi

considerado no dimensionamento da mesma. Para uma comparação mais simplificada todas as

medições foram reduzidas para a construção de um metro quadrado de laje. Após a

quantificação de todo o material é possível efetuar uma atribuição de preços unitários e

comparar as soluções. O mapa de quantidades detalhado de todas as soluções consideradas

neste caso de estudo encontra-se no anexo IV.

Neste mapa de quantidades não foram atribuídos custos unitários aos blocos de aligeiramento,

permitindo assim a elaboração de um gráfico que em função do custo unitário do bloco é

determinado um custo total da laje por unidade de área. O gráfico elaborado encontra-se

apresentado a seguir.

137
CAPÍTULO 7

Preço Total (Preço unitário bloco/molde)


100,00
Maciça c/ 28 cm
90,00

Tubular 5+18+5
Preço Total / m2

80,00

70,00 FG 600 - 225+100

60,00

50,00

40,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00
Preço unitário dos blocos/moldes

Figura 7.13 – Caso de estudo III – Preço de laje/m2 em função do custo unitário do bloco

138
8 CONCLUSÕES

A realização dos três casos de estudo permitiu concluir que relativamente à solução de laje

maciça, quer fungiforme ou unidirecional, esta não é a solução economicamente mais viável,

uma vez que associado à utilização de grandes volumes de betão está a utilização de grandes

volumes de armadura de flexão. Porém as duas vantagens associadas a esta solução,

comparativamente com a solução de lajes nervuradas, é a facilidade de realização, pois o

rendimento de colocação de armaduras é ligeiramente superior e a não necessidade de colocação

de armadura de esforço transverso.

Em alternativa às lajes maciças, para o caso das lajes fungiformes, é a laje fungiforme aligeirada

com bloco Sphereplus com disposição ortogonal. Esta laje permite uma grande redução de

volume de betão, aproximadamente 28% e consequentemente a redução do volume de armadura

de flexão, cerca de 15%, porém existe a necessidade de colocação de armadura de esforço

transverso, igualando o seu somatório de volumes de armadura ao caso da laje maciça.

Comparativamente à laje fungiforme aligeirada com moldes Ferca, esta solução poderá tornar-

se uma mais-valia, uma vez que, utilizando o mesmo volume de betão e além da rapidez de

execução e disposição de armaduras, os blocos conseguem ser produzidos a baixo custo ao

contrário dos moldes recuperáveis. Porém, ao adotar-se uma solução com moldes Ferca o

volume de armaduras total é inferior ao de uma solução que utiliza blocos Sphereplus dispostos

na ortogonal cerca de 25%.

139
CAPÍTULO 8

Além da solução de laje fungiforme com bloco Sphereplus foi dimensionada também uma laje

fungiforme com o mesmo bloco, porém com disposição em favo de mel. Esta disposição permite

que se aglomerem mais blocos de aligeiramento por unidade de área, reduzindo o volume de

betão em aproximadamente 33% comparativamente à solução de laje maciça, oferecendo a

mesma resistência ao esforço transverso e não interferindo com os esforços de flexão, pois

durante o dimensionamento das secções de armadura foi particularmente analisada a posição

do eixo neutro e verificado que este se encontrava sempre na lâmina superior da laje, não

comprimindo as nervuras existentes entre blocos. A margem de diferença existente entre o

preço desta solução, sem considerar o preço dos blocos, e uma solução de laje maciça é inferior

à margem existente entre uma solução de laje fungiforme com blocos Ferca e uma laje maciça,

porém, como explicado no parágrafo anterior, estes blocos devido ao fato de não serem

recuperáveis conseguem-se tornar mais baratos em relação ao preço de fabrico, tornando a

solução ainda mais viável que a solução de uma laje fungiforme com blocos Sphereplus com

disposição ortogonal.

O sistema Nautilus apresenta exatamente as mesmas vantagens que o sistema Sphereplus

embora este tipo de bloco possa tornar-se mais caro, uma vez que a produção não é efetuada

pela empresa acolhedora do estágio curricular realizado.

Em relação às lajes unidirecionais, a utilização de perfis de aligeiramento não recuperáveis é

certamente a solução mais viável para a execução deste tipo de soluções. Além de reduzir em

aproximadamente 40% e 8% em relação à solução de laje maciça e solução de laje com moldes

Ferca, respetivamente, o baixo custo na produção dos mesmos e a maior facilidade de

montagem de armaduras torna esta solução bastante competitiva face às outras soluções

analisadas.

140
CONCLUSÕES

Por fim, a desvantagem comum a todas as soluções com aligeiramentos totalmente envolvidos

por betão é a necessidade de se efetuar uma betonagem da laje por fases, como existe um

volume de ar no interior dos blocos estes facilmente flutuam. Na primeira fase a betonagem

atinge a base dos blocos e após o betão ganhar alguma presa betona-se até à altura de laje

pretendida, resultando numa maior demora na fase de betonagem.

141
BIBLIOGRAFIA

[1] NP EN 1992-1-1, 2010. Eurocódigo 2 – Projeto de estruturas de betão – Regras gerais

e regras para edifícios;

[2] AutoDesk, Robot Structural Analysis, User’s Guide, [Web]

http://www.autodesk.pt/products/simulation/features/robot-structural-analysis;

[3] FercaNorte - Empresa [Web] (14/01/2015) em http://www.FercaNorte.com.pt;

[4] FercaNorte – Catálogo de produtos;

[5] Daliform Group – [Web] (14/01/2015) em http://www.daliform.com/;

[6] Airdeck – Intelligent Floorsystems – [Web] (14/01/2015) em http://www.airdeck.be/;

[7] Capítulo 11 – Estados limite de utilização, edição 2014/2015, Apontamentos da unidade

curricular de “Estruturas de Betão Armado”;

[8] CEB-FIP Model Code 1990, Design Code, Comite Euro-International Du Beton;

[9] Traité de Génie Civil de l’Ecole polytechnique fédérale de Lausanne, Dimensionnement

Des Structures En Béton – Aptitude au service et éléments de structures, Volume 8, 1999;

143
BIBLIOGRAFIA

144
ANEXOS

Anexo I: Catálogo FercaNorte

Anexo II: Caso de estudo I – Mapa de quantidades

Anexo III: Caso de estudo II – Mapa de quantidades

Anexo IV: Caso de estudo III – Mapa de quantidades

145
ANEXOS

146
ANEXOS

ANEXO I: CATÁLOGO FERCANORTE

147
ANEXOS

148
PRODUTOS
CATÁLOGO DE
PRÉ-ESFORÇO
PRODUTOS
APARELHOS DE APOIO

MOLDES FERCA

PÓS-ESCORAMENTO

BLOCOS NAUTILUS

BLOCO FERCA

CUPOLEX

IMPERMEABILIZAÇÃO

APOIO TÉCNICO

• VERIFICAÇÃO ESTRUTURAL
• MODELAÇÃO ESTRUTURAL
• PROJECTOS DE APLICAÇÃO
• SOLUÇÕES VARIANTES
• ESTUDOS ECONÓMICOS
• COMPATIBILIZAÇÃO
APRESENTAÇÃO 2 | 28

A Fercanorte - Estruturas, Lajes e Cofragens, Lda. é uma soluções estruturais de lajes, veio alargar o seu campo de
empresa de engenharia que tem dedicado todos os seus actuação e intervenção, permitindo assim a satisfação de
esforços baseando-se em conceitos estruturais que programas arquitectónicos com exigências estruturais
permitem a realização de soluções de lajes, recorrendo a ainda mais elevadas, e garantindo, paralelamente, a boa
técnicas e produtos, de modo a satisfazer os pressupostos funcionalidade dessas estruturas de acordo com as exigências
de qualidade e funcionalidades estruturais e arquitectónicas, regulamentares.
com custos finais vantajosos e competitivos relativamente a
outras soluções estruturais. A Fercanorte está também presente nos mercados de Angola
e Moçambique.
Nesse sentido, o início da sua actividade foi desde logo focado
na introdução de soluções de lajes fungiformes, sem vigas, que Em Angola, e a curto prazo também em Moçambique, a
permitiram a combinação dos factores essenciais e decisivos Fercanorte alargou a sua área de actividades, em parceria com
para a aceitação por parte de projectistas, arquitectos, empresas especializadas, no sector da impermeabilização e
empreiteiros e donos de obra das soluções preconizadas. protecção de estruturas enterradas em contacto com água,
Essas soluções foram concretizadas inicialmente com representando a CETCO com os produtos VOLTEX (geotêxtil
recurso a blocos de aligeiramento leve, fungiblocos, passando bentonítico expansivo) e no sector das coberturas metalo-
de seguida para o aligeiramento com moldes plásticos têxteis tensionadas.
recuperáveis, atingindo dessa forma os requisitos de
simplicidade e rapidez de execução de cofragens e colocação
de armaduras, em malhas estruturais que permitiram a
utilização de espaços polivalentes para estacionamentos,
zonas comerciais e habitacionais.

Complementarmente, a introdução e promoção do pré-


esforço em edifícios, desde 1982, constituindo soluções em
betão armado pré-esforçado, associado às mais diversas
B-915
SOLUÇÕES ESTRUTURAIS DE LAJES 3 | 28

As soluções estruturais de lajes mais frequentemente utilizadas em edifícios,


caracterizadas com recurso a aligeiramentos e ou com recurso a pré-esforço,
dentro da gama alargada de produtos comercializados pela FERCANORTE, poderá
esquematizar-se da seguinte forma:

LAJE MACIÇA (FLAT SLAB) LAJE MACIÇA UNIDIRECIONAL LAJE MACIÇA BIDIRECIONAL LAJE NERVURADA FUNGIFORME
COM BANDAS COM BANDAS COM MOLDES (WAFFLE)

betão armado ou betão armado pré-esforçado betão armado ou betão armado pré-esforçado betão armado ou betão armado pré-esforçado betão armado ou betão armado pré-esforçado

LAJE NERVURADA LAJE NERVURADA LAJE FUNGIFORME COM LAJE FUNGIFORME COM BLOCOS
BIDIRECIONAL COM MOLDES E UNIDIRECIONAL COM MOLDES BLOCOS NAUTILUS FERCANORTE
BANDAS E BANDAS
betão armado ou betão armado pré-esforçado
betão armado ou betão armado pré-esforçado betão armado ou betão armado pré-esforçado betão armado ou betão armado pré-esforçado
PRÉ-ESFORÇO 4 | 28

Tirando partido do excelente comportamento à Técnicas e sistemas de pré-esforço: Pré-esforço não aderente:
tracção do aço de alta resistência aliado à elevada ca-
pacidade de resistência à compressão do betão, con- • As armaduras são tensionadas depois do betão
stitui-se o betão armado pré-esforçado. ter adquirido a resistência necessária (pré-es-
forço por pós-tensão);
Assim, ao traccionarem-se os cordões de aço, intro- • A transferência das forças de pré-esforço são
duzem-se nos elementos estruturais forças internas realizadas nas extremidades através de dispos-
de compressão bem como forças internas result- itivos mecânicos de fixação das armaduras (an- Ancoragem MK4 MUNB 1/0,6”
antes do traçado dos cordões. coragens) e ao longo dos cordões.
Pré-esforço aderente:
Desta forma os esforços finais dos elementos estru- Princípio esquemático do pré-esforço como acção:
turais pré-esforçados ficarão sujeitos a uma combi-
nação de esforços das acções exteriores e da acção
do pré-esforço, resultando num estado de tensão e de
deformação extremamente favorável.
Acção do cabo de pré-esforço exercida sobre o betão
Vantagens da utilização do pré-esforço:
Ancoragem MK4 ML 4/0,6”
• Maiores vãos das estruturas A Fercanorte utiliza nos seus projectos o sistema de
• Maiores esbeltezas dos elementos estruturais pré-esforço Mekano4.
• Diminuição do peso próprio
• Melhoria do comportamento em serviço e a longo
prazo
• Menores deformações
• Utilização racional dos betões e aços de alta re-
sistência
Ancoragem MK4 MSA

Esquema de cargas equivalentes ao pré-esforço Modelação tridimensional da acção do pré-esforço


APARELHOS DE APOIO 5 | 28

A Fercanorte representa em exclusivo a gama completa de aparelhos de apoio da Mekano4, fabricante de reconhecida
capacidade técnica, cuja ampla experiência e numerosos projectos executados lhe permitiu desenvolver uma gama
variada de aparelhos de apoio para pontes e estruturas.

APARELHOS DE APOIO ELASTOMÉRICOS

Os aparelhos de apoio elastoméricos são utilizados na transmissão de cargas verticais


e, permitindo pequenas rotações e deslocamentos da superestrutura. Consistem em
placas de material elastomérico intercaladas por chapas em aço unidas ao elastómero por
vulcanização.

APARELHOS DE APOIO TIPO PANELA (POT)

FIXOS Os apoios tipo panela fixos (PF) transmitem cargas verticais e horizontais entre o
tabuleiro e os pilares. Estes apoios permitem quaisquer rotações da superestrutura, mas
impedem todos os deslocamentos longitudinais ou transversais.

GUIADOS Os apoios tipo panela guiados (PG) transmitem cargas verticais e horizontais
(estas últimas desde que perpendiculares à guia do apoio) entre o tabuleiro e os pilares.
Estes apoios permitem quaisquer rotações da superestrutura, mas permitem apenas o
deslocamento em uma das direcções (usualmente, a longitudinal).

MULTIDIRECCIONAIS Os apoios tipo panela multidireccionais (PM) transmitem apenas


cargas verticais entre o tabuleiro e os pilares, permitindo quaisquer rotações e deslocamentos
da superestrutura.

Informação adicional em fercanorte.com.pt


APOIO TÉCNICO 6 | 28

A FERCANORTE disponibiliza os seus serviços


técnicos para apoio e acompanhamento de projecto,
dimensionamento, verificações de estados limites
últimos e de utilização e análise económica das
soluções de lajes de betão armado e betão armado
pré-esforçado.

Modelação Estrutural Efeitos das deformações impostas Análise de deformações a tempo


As análises têm em conta o seguinte: externas e internas infinito

• Modelação estrutural recorrendo a elementos


finitos
• Optimização das secções de betão
• Verificação de deformação para as condiçoes de
serviço
• Evolução das propriedades dos materiais no
tempo (fluência, retracção e relaxação) Verificação e optimização das armadu- Optimização das armaduras Modelação tridimensional da acção do
ras passivas e activas passivas pré-esforço
• Efeitos das deformações impostas externas e
internas
• Análise de custos com base em dados do mercado
• Projecto de aplicação de pré-esforço, cálculo de
perdas, verificação e optimização das armaduras
passivas e activas (flexão, esforço transverso e
punçoamento).
Análises de tensões provocadas pela Análises de tensões nas zonas de Análise de deformações a tempo
acção do cabo ancoragens infinito
PISOS TÉRREOS VENTILADOS 7 | 28

CUPOLEX

O sistema que permite a ventilação da caixa-de-ar na


constituição de qualquer piso:
• Um sistema de “cúpulas” de plástico reciclado
• Uma estrutura modulada auto-sustentada
• Uma base para a betonagem do piso térreo
• Aumenta o isolamento à permeabilidade e à
transmissão térmica. Plástico reciclado auto-sustentado Impermabilidade e isolamento térmico; permite a drenagem e a ventilação
• Permite a drenagem e a ventilação permanente
em qualquer sentido
• A caixa-de-ar, capaz de se constituir com variadas
alturas, cria um piso falso, adequado às instalações
técnicas de condutas ou acessórios das redes de
infra-estruturas.

IMPERMEABILIZAÇÃO
TELAS BENTONÍTICAS VOLTEX JUNTAS BENTONÍTICAS WATERSTOP

• Compósito impermeabilizante altamente eficaz, formado por geotêxtil de alta Fornecidas em tiras flexíveis de bentonite sódica expandem em contacto com a
resistência e bentonite sódica, na quantidade de 5 kg por metro quadrado. água, proporcionando um isolamento activo de juntas de betão.
• Acção expansiva em contacto com a água sela pequenas fendas no betão,
Vantagens das juntas Waterstop:
que configuram situações normalmente incontroláveis.
• Forte ligação mecânica com o betão, pela aderência das fibras do geotêxtil • Fácil instalação, sem necessidade de soldas
com a superfície do betão durante a betonagem. • Isolamento activo, pela sua acção expansiva, preenchendo eventuais fendas
• Não são necessárias peças especiais para cruzamentos e cantos
Betão
Geotêxtil tecido
Forte aderência
entre as fibras
Muro de betão
• Seguro; não tóxico nem necessita de cuidados especiais de manuseamento
Fibras de geotêxtil
puncionadas
5kg/m2 de bentonite
do geotêxtil e a
superfície do betão
Junta Waterstop
• Flexível
sódica granulada
Geotêxtil não tecido
Betão de limpeza
• Pode instalar-se em betão existente sem necessidade de abertura de roços

Terreno
Laje de fundação compactado
CATÁLOGO
1 > SISTEMAS DE PRÉ-ESFORÇO
1.1 SISTEMA NÃO ADERENTE
1.2 SISTEMA ADERENTE

2 > LAJES NERVURADAS - MOLDES


2.1 MOLDES FG 900
2.2 MOLDES FG 800
2.3 MOLDES FG 600T
2.4 MOLDES FG 600
2.5 REI 120

3 > PÓS-ESCORAMENTO - LAJES NERVURADAS COM MOLDES


3.1 PÓS-ESCORAMENTO (CALHAS E CABEÇAIS)

4 > LAJES NERVURADAS - NAUTILUS


4.1 MÓDULO “NAUTILUS - FN”

5 > LAJES NERVURADAS - FUNGIBLOCOS


5.1 BLOCO FERCA FF 80
5.2 BLOCO FERCA FB 75
5.3 BLOCO FERCA FB 65

6 > PISOS TÉRREOS - SISTEMA VENTILADO


6.1 CUPOLEX

7 > IMPERMEABILIZAÇÃO
7.1 MANTAS BENTONÍTICAS VOLTEX
7.2 JUNTAS EXPANSIVAS WATERSTOP
7.3 BENTONITE GRANULAR VOLCLAY E BENTOSEAL
1 > PRÉ-ESFORÇO 9 | 28

1.1 SISTEMA NÃO ADERENTE 1.2 SISTEMA ADERENTE

Ancoragem MK4 MUNB 1/0,6” Ancoragem Plana MK4 ML4/0,6” Ancoragem MK4 MSA

Tipo ØA B C D LR Ø1 Nº de Força de Força Máxima de Peso Secção


Cordões Rotura Tensionamento (1)
Monocordão Unidade (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) Fpuk (kN) P0 (kN) (kg/m) (mm2)
Secção Nominal mm2 140 2* 521* 391* 2,22* 280*
Diâmetro Nominal mm 15,2 4-0,6” T-4 110 50 170 155 600 51/56 3* 782* 586* 3,33* 420*
Tensão de Rotura MPa 1860 4* 1042* 782* 4,44* 560*
Força de Rotura kN 260
Ancoragens MSA

5-0,6” T-4 110 50 170 155 600 51/56 5 1303 977 5,55 700
0,6”
Força Máxima de Tensionamento (1) kN 195 6 1564 1173 6,66 840
7-0,6” T-5 129 61 194 150 600 62/67
Ø ext. Monocodão mm 18,0 7 1824 1368 7,77 980
(15,2
Peso do Monocordão kg/m 1,25 8 2085 1564 8,88 1120
mm) 9-0,6” T-6 144 60 220 175 900 72/77
Módulo de Elasticidade kN/mm 2
200±10 9 2346 1759 9,99 1260
Nota (1) - 75% Fpuk 10 2607 1955 11,10 1400
12-
T-7 165 72 254 200 900 85/90 11 2867 2150 12,21 1540
0,6”
12 3128 2346 13,32 1680

* Valores também válidos para as ancoragens planas ML4/0,6”

Nota (1) - 75% Fpuk


2 > LAJES NERVURADAS - MOLDES 10 | 28

2.1 MOLDES FG 900

Os moldes “FG 900” são utilizados na construção de lajes


nervuradas nas duas direcções ortogonais, vulgarmente
designadas como lajes Fungiformes nervuradas, segundo
módulos de 900 mm entre eixos de nervuras.

Existem três tipos de moldes “FG 900”, com alturas de


225 mm, 325 mm e 425 mm. Foram concebidos com
duas abas mais estreitas de forma a serem descofrados
ao 3º dia após betonagem, mantendo a estrutura vertical
de suporte. São interiormente reforçados para garantir
deformações muito pequenas. O seu reduzido peso
permite um fácil manuseamento em obra.

Altura do Espessura Altura Largura Área da Distância ao C.G da Inércia Módulo de Flexão Volume de Vazio Peso Volume de
Molde da Lâmina Total Média da Secção (por nervura) (por nervura) Próprio Betão
Nervura
Face Superior Face Inferior
mm mm mm mm cm2 mm mm cm4/nerv. cm3/nerv. cm3/nerv. m3/molde m3/m2 KN/m2 m3/m2
50 275 172 816 83 192 49561 5971 2581 3,45 0,136
225 75 300 176 1040 87 213 65670 7548 3083 0,113 0,139 4,05 0,161
100 325 180 1266 95 230 84158 8858 3659 4,65 0,186
50 375 192 1043 122 253 125718 10304 4969 4,60 0,183
325 75 400 197 1268 123 277 159245 12947 5749 0,156 0,192 5,20 0,208
100 425 203 1493 128 297 194449 15191 6547 5,85 0,233
50 475 207 1310 165 310 255029 15456 8226 5,85 0,233
425 75 500 212 1536 163 337 314390 19347 9315 0,197 0,242 6,45 0,258
100 525 217 1761 165 360 374573 22701 10450 7,10 0,283
d1 ds D br A rs ri I Ws Wi Vv Betão 25 KN/m3
2 > LAJES NERVURADAS - MOLDES 11 | 28

2.2 MOLDES FG 800

Os moldes “FG 800” são utilizados na construção de lajes


nervuradas nas duas direcções ortogonais, vulgarmente
designadas como lajes Fungiformes nervuradas, segundo
módulos de 800 mm entre eixos de nervuras.

Existem quatro tipos de moldes “FG 800”, com alturas de


200 mm, 250 mm, 300 mm e 400 mm. Foram concebidos
com duas abas mais estreitas de forma a serem
descofrados ao 3º dia após a betonagem, mantendo
a estrutura vertical de suporte. São interiormente
reforçados para garantir deformações muito pequenas.
O seu reduzido peso permite um fácil manuseamento em
obra.

Altura do Espessura Altura Largura Área da Distância ao C.G da Inércia Módulo de Flexão Volume de Vazio Peso Volume de
Molde da Lâmina Total Média da Secção (por nervura) (por nervura) Próprio Betão
Nervura
Face Superior Face Inferior
mm mm mm mm cm 2
mm mm cm4/nerv. cm3/nerv. cm3/nerv. m3/molde m3/m2 KN/m2 m3/m2
50 250 164 710 76 174 35092 4617 2017 3,15 0,125
200 75 275 169 910 82 193 47499 5793 2461 0,080 0,125 3,75 0,150
100 300 173 1110 90 210 62176 6908 2961 4,40 0,175
50 300 173 810 95 205 60694 6389 2961 3,80 0,152
250 75 325 177 1010 99 226 79426 8023 3514 0,095 0,148 4,45 0,177
100 350 182 1210 106 244 100258 9458 4109 5,05 0,202
50 350 182 918 115 235 96048 8352 4087 4,30 0,171
300 75 375 186 1118 117 258 122897 10504 4763 0,115 0,179 4,90 0,196
100 400 190 1318 123 277 151574 12323 5472 5,55 0,221
50 450 200 1162 156 294 203062 13017 6907 5,60 0,224
400 75 475 204 1362 157 318 251824 16040 7919 0,145 0,226 6,25 0,249
100 500 208 1562 160 340 301779 18861 8876 6,85 0,274
d1 ds D br A rs ri I Ws Wi Vv Betão 25 KN/m3
2 > LAJES NERVURADAS - MOLDES 12 | 28

2.3 MOLDES FG 600T

Concebidos para a construção de lajes nervuradas


predominantemente numa direcção, com 600 mm de
afastamento entre nervuras principais e afastamento
variável entre nervuras transversais secundárias, tendo
as nervuras largura b=125 mm. Dois módulos de topo
(A) podem ser combinados com um número variável
de módulos interiores (B), obtendo-se moldes com
comprimentos de 1200mm, 1910mm, etc.

Existem moldes com 325mm e 425 mm de altura.

Tabela 1 - Geometria e características técnicas

Altura do Espessura da Altura Espessura Média Área da Secção da Distância ao C. G. da Inércia Módulo de Flexão
Molde Lâmina Total da Nervura Nervura (por nervura) (por nervura)
Face superior Face inferior

mm mm mm mm cm2 mm mm cm4/nerv. cm3/nerv. cm3/nerv.

50 375 171 838 136 239 104560 7688 4375

325 75 400 175 988 138 262 132740 9619 5066

100 425 178 1138 143 282 162540 11366 5764

50 475 184 1057 179 296 210410 11755 7108

425 75 500 187 1207 180 320 258750 14375 8086

100 525 190 1357 184 341 308450 16764 9045

d1 ds D br A vs vi I Ws Wi
2 > LAJES NERVURADAS - MOLDES 13 | 28

FG 600T - Malha de Nervuras: 0,60 x 1,20 m (2A+1B) FG 600T - Malha de Nervuras: 0,60 x 1,91 m (2A+2B)

Tabela 2 - Volumes e Pesos Próprios

Altura do Espessura da Altura Total Malha de Nervuras 0,60 x 1,20 m Malha de Nervuras 0,60 x 1,91 m
Molde Lâmina
Peso Volume de Peso Volume de
Volume de Vazio Volume de Vazio
Próprio Betão Próprio Betão

mm mm mm m3/molde m3/m2 KN/m2 m3/m2 m3/molde m3/m2 KN/m2 m3/m2

50 375 4,41 0,176 4,10 0,164

325 75 400 0,143 0,199 5,03 0,201 0,242 0,211 4,72 0,189

100 425 5,66 0,226 5,35 0,214

50 475 5,66 0,226 5,20 0,208

425 75 500 0,179 0,249 6,28 0,251 0,306 0,267 5,82 0,233

100 525 6,91 0,276 6,45 0,258

d1 ds D Vv Betão 25 KN/m3 Vv Betão 25 KN/m3


2 > LAJES NERVURADAS - MOLDES 14 | 28

2.4 MOLDES FG 600

Concebidos para a construção de lajes nervuradas


predominantemente numa direcção, com 600 mm de
afastamento entre nervuras principais e 1.200 mm de
afastamento entre nervuras transversais secundárias,
tendo as nervuras largura b=125 mm .
Foram desenhados com abas estreitas nos dois lados
opostos para permitir que os moldes possam facilmente
ser descofrados, mantendo a estrutura de suporte
vertical. Os moldes são nervurados interiormente de
forma a constituírem uma unidade monolítica alongada, o
que assegura deformações muito pequenas.

Existem moldes com 325mm e 425 mm de altura.

Altura do Espessura Altura Largura Área da Distância ao C.G da Inércia Módulo de Flexão Volume do Vazio Malha de Nervuras
Molde da Lâmina Total Média da Secção (por nervura) (por nervura) 0.60m x 1.20m

Peso Volume de
Face Superior Face Inferior
Próprio betão

mm mm mm mm cm2 mm mm cm4/nerv. cm3/nerv. cm3/nerv. m3/molde m3/m2 KN/m2 m3/m2

50 375 172 838 137 238 108773 7945 4568 4,13 0,165

325 75 400 175 988 139 261 135256 9716 5186 0,151 0,210 4,75 0,190

100 425 178 1138 144 281 164000 11373 5840 5,38 0,215

50 475 184 1057 180 195 200453 11136 6795 5,28 0,211

425 75 500 188 1207 181 319 249191 13759 7814 0,190 0,264 5,90 0,236

100 525 191 1357 185 340 299250 16201 8793 6,53 0,261

d1 ds D br A rs ri I Ws Wi Vv Betão 25 KN/m3
2 > LAJES NERVURADAS - MOLDES 15 | 28

2.5 RESISTÊNCIA AO FOGO REI 120

• Moldes FG 940 e FG 840


• Aumento da largura das nervuras / espessura da lâmina de compressão

Modulação FG 940 Modulação FG 840

Largura do Altura do Espessura Altura Largura Média Área da Distância ao C.G da Inércia Módulo de Flexão Volume do Vazio Peso Volume de
Molde Molde da Lâmina Total da Nervura Secção (por nervura) (por nervura) Próprio betão
(exclui lâmina)

Face Face
Superior Inferior
mm mm mm mm mm cm2 mm mm cm4/nerv. cm3/nerv. cm3/nerv. m3/molde m3/m2 KN/m2 m3/m2

200 100 300 200 1261 97 203 76267 7863 3757 0,080 0,113 4,666 0,187

250 100 350 209 1383 114 236 122327 10730 5183 0,095 0,135 5,384 0,215
840
300 100 400 218 1514 132 268 184186 13953 6873 0,115 0,163 5,925 0,237

400 100 500 236 1803 171 329 363478 21256 11048 0,145 0,205 7,363 0,295

225 100 325 205 1407 101 224 101368 10036 4525 0,113 0,128 4,928 0,197

940 325 100 425 222 1669 136 289 230865 16975 7988 0,156 0,177 6,211 0,248

425 100 525 240 1966 175 350 438924 25081 12541 0,197 0,223 7,551 0,302
d1 ds D br A rs ri I Ws Wi Vv Betão 25 KN/m3
3 > PÓS-ESCORAMENTO - LAJES NERVURADAS COM MOLDES 16 | 28

3.1 PÓS-ESCORAMENTO (CALHAS E CABEÇAIS)

Sistema de componentes complementares de cofragem e escoramento,


especialmente concebido para a utilização com moldes recuperáveis.
Este sistema permite a retirada, aos 3 dias após as betonagens, dos prumos principais,
vigas primárias e secundárias, calhas e moldes. Carga axial nos prumos de pós-escoramentos das zonas aligeiradas com
A laje ficará escorada com prumos suplementares, localizados apenas sob os moldes recuperáveis:

cabeçais (malha de prumos de 1,80m x 2,50m ou 1,60m x 2,50m). Malha de Moldes de 0,80 m x 0,80 m (FG8M) - [Malha de Prumos = 1,60 m x 2,50 m]
Tipo de Molde Espessura total Altura do Molde Lâmina de Com- Peso Próprio/m2 Carga no Prumo
da Laje pressão (pós-escoramento)
(Ht) (Hm) (Lc)

0,250 0,050 3,15 12,60

FG8M200 0,275 0,200 0,075 3,75 15,00


Planta Cortes 0,300 0,100 4,40 17,60

0,300 0,050 3,80 15,20


1ª Fase - Preparação da laje
FG8M250 0,325 0,250 0,075 4,45 17,80
Escoramento + Pós-Escoramento
0,350 0,100 5,05 20,20

0,350 0,050 4,30 17,20

FG8M300 0,375 0,300 0,075 4,90 19,60

0,400 0,100 5,55 22,20

0,450 0,050 5,60 22,40

FG8M400 0,475 0,400 0,075 6,25 25,00

0,500 0,100 6,85 27,40

(m) (m) (m) (KN/m2) (KN)

Malha de Moldes de 0,90 m x 0,90 m (FG9M) - [Malha de Prumos = 1,80 m x 2,50 m]


Elementos do Pós-Escoramento
Tipo de Molde Espessura total Altura do Molde Lâmina de Peso Próprio/m2 Carga no Prumo
Calha 2,50 m 2ª Fase - 3 dias após a betonagem da Laje Compressão (pós-escoramento)
(Ht) (Hm) (Lc)
Pós-Escoramento
0,275 0,050 3,45 15,53

FG9M225 0,300 0,225 0,075 4,05 18,23

0,325 0,100 4,65 20,93


Calha 2,35 m
0,375 0,050 4,60 20,70

FG9M325 0,400 0,325 0,075 5,20 23,40

0,425 0,100 5,85 26,33

0,475 0,050 5,85 26,33

FG9M425 0,500 0,425 0,075 6,45 29,03


Cabeçal
0,525 0,100 7,10 31,95

(m) (m) (m) (KN/m2) (KN)


4 > LAJES NERVURADAS - NAUTILUS 17 | 28

4.1 MÓDULO “NAUTILUS-FN” SINGLE Modelo Altura Largura das


Nautilus dos Pés Nervuras
[hn] cm [s1] cm [b0] cm
• Lajes fungiformes nervuradas. H 13 5 12

Módulo Simples
• Tecto plano em betão à vista. H 16 6 14

H 20 7 16

H 24 8 18
hn H 28 9 20

10

bn= 0.52 bn= 0.52

Espessura Lâmina Altura Lâmina Largura da Dimensão Distância Inércia Volume de Vazios Consumo de Peso Prório
Total Inferior “Nautilus” Superior Nervura “Nautilus” entre eixos (por nervura) Betão
de nervura
[Ht] [s1] [hn] [s2] [b0] [bn] [bt] [I] [Vv] [Vb] [p.p.]
cm cm cm cm cm cm cm cm /nerv.
4
m /un.
3
m /m
3 2
m /m
3 2
kN/m2
Ht = 23 5 13 5 12 52 64 56467 0,028 0,068 0,162 4,04
Ht = 26 5 16 5 12 52 64 78043 0,032 0,078 0,182 4,55
Ht = 30 5 20 5 12 52 64 113451 0,039 0,095 0,205 5,12
Ht = 34 5 24 5 12 52 64 157116 0,046 0,112 0,228 5,69
Ht = 38 5 28 5 12 52 64 209820 0,051 0,125 0,255 6,39
4 > LAJES NERVURADAS - NAUTILUS 18 | 28

4.2 MÓDULO “NAUTILUS-FN” DUPLO Modelo Altura Largura das


Nautilus dos Pés Nervuras
[hn] cm [s1] cm [b0] cm

• Lajes fungiformes nervuradas. H 26 5 12

• Tecto plano em betão à vista. H 29 6 14

H 32 7 16

Módulo Duplo
H 33 8 18

H 36 9 20
hn
H 37 10

H 40

H 41

bn= 0.52 bn= 0.52

Espessura Lâmina Altura Lâmina Largura da Dimensão Distância Inércia Volume de Vazios Consumo de Peso Prório
Total Inferior “Nautilus” Superior Nervura “Nautilus” entre eixos (por nervura) Betão
de nervura
[Ht] [s1] [hn] [s2] [b0] [bn] [bt] [I] [Vv] [Vb] [p.p.]
cm cm cm cm cm cm cm cm /nerv.
4
m /un.
3
m /m
3 2
m /m
3 2
kN/m2
Ht = 38 6 26 6 12 52 64 227696 0,057 0,139 0,241 6,02
Ht = 41 6 29 6 12 52 64 277452 0,060 0,146 0,264 6,59
Ht = 44 6 32 6 12 52 64 333395 0,064 0,156 0,284 7,09
Ht = 45 6 33 6 12 52 64 353475 0,067 0,164 0,286 7,16
Ht = 48 6 36 6 12 52 64 418133 0,070 0,171 0,309 7,73
Ht = 49 6 37 6 12 52 64 441052 0,071 0,173 0,317 7,92
Ht = 52 6 40 6 12 52 64 515393 0,078 0,190 0,330 8,24
Ht = 53 6 41 6 12 52 64 497963 0,079 0,193 0,337 8,43
Ht = 56 6 44 6 12 52 64 576062 0,084 0,205 0,355 8,87
Ht = 60 6 48 6 12 52 64 639574 0,092 0,225 0,375 9,38
Ht = 64 6 52 6 12 52 64 764442 0,097 0,237 0,403 10,08
Ht = 68 6 56 6 12 52 64 1048163 0,102 0,249 0,431 10,77
5 > LAJES NERVURADAS - FUNGIBLOCOS 19 | 28

Lc
5.1 BLOCO FERCA FF80
CARACTERÍSTICAS DOS BLOCOS:
DIMENSÕES (cm) Peso Ht Hb
unitário
BLOCO Hb
L C Hb
Kg
cm cm cm 0,15 0,80 0,15
FF 80/20 80,0 26,6 20,0 19,0 0,95
FF 80/25 80,0 26,6 25,0 23,0
FF 80/30 80,0 26,6 30,0 24,0 0,15
C
FF 80/35 80,0 26,6 35,0 25,0 L
FF 80/40 80,0 26,6 40,0 26,0

LAJES NERVURADAS BIDIRECCIONAIS (elementos para cálculo): 0,95 0,80

Ht Hb Lc Largura da Volume de Volume de Peso Inercia da Resistência térmica*


Nervura Aligeiramento betão próprio da laje lx=ly
BLOCO laje (/nervura) m2 .ºC/W

cm cm cm cm m3/módulo m3/m2 m3/m2 kN/m2 cm4 Ascendente Descendente 0,15


FF 80/20 25,0 20,0 5,0 15,0 0,124 0,137 0,112 3,55 39715 0,451 0,528
0,15 3 x 0,266 = 0,80 0,15
FF 80/25 30,0 25,0 5,0 15,0 0,156 0,173 0,127 4,00 67665 0,458 0,542 0,95
FF 80/30 35,0 30,0 5,0 15,0 0,188 0,208 0,142 4,45 105500 0,466 0,552
FF 80/35 40,0 35,0 5,0 15,0 0,220 0,244 0,156 4,85 154320 0,473 0,561 0,15
FF 80/40 45,0 40,0 5,0 15,0 0,252 0,279 0,171 5,25 215180 0,480 0,570
NOTA: Tabela efectuada para módulos com 3 peças (0.80 x 0.80)
* Não Incluem, quaisquer revestimentos ou camadas de forma adicionais, nem resistências térmicas superficiais (exterior e interior)

LAJES NERVURADAS UNIDIRECCIONAIS (elementos para cálculo):


Ht Hb Lc Largura da Volume de Volume de Peso Inercia da Resistência térmica*
Nervura Aligeiramento betão próprio da laje ly
BLOCO laje (/nervura) m2 .ºC/W 1,75 1,60

cm cm cm cm m3/módulo m3/m2 m3/m2 kN/m2 cm4 Ascendente Descendente


FF 80/20 25,0 20,0 5,0 15,0 0,248 0,149 0,101 3,30 39715 0,479 0,562
FF 80/25 30,0 25,0 5,0 15,0 0,312 0,188 0,112 3,70 67665 0,485 0,576
FF 80/30 35,0 30,0 5,0 15,0 0,376 0,226 0,124 4,05 105500 0,491 0,585
FF 80/35 40,0 35,0 5,0 15,0 0,440 0,265 0,135 4,40 154320 0,496 0,592
FF 80/40 45,0 40,0 5,0 15,0 0,504 0,303 0,147 4,75 215180 0,502 0,600 0,15

NOTA: Tabela efectuada para módulos com 6 peças (0.80 x 1.60)


* Não Incluem, quaisquer revestimentos ou camadas de forma adicionais, nem resistências térmicas superficiais (exterior e interior)
5 > LAJES NERVURADAS - FUNGIBLOCOS 20 | 28

Lc
5.2 BLOCO FERCA Fb75
CARACTERÍSTICAS DOS BLOCOS:
DIMENSÕES (cm) Peso Ht Hb
unitário
BLOCO Hb
L C Hb
Kg
cm cm cm 0,15 0,75 0,15
Fb 75/20 75,0 25,0 20,0 20,0 0,90
Fb 75/25 75,0 25,0 25,0 22,0
Fb 75/30 75,0 25,0 30,0 24,0 0,15
C
Fb 75/34 75,0 25,0 34,0 27,0 L
Fb 75/40 75,0 25,0 40,0 31,0

LAJES NERVURADAS BIDIRECCIONAIS (elementos para cálculo): 0,90 0,75

Ht Hb Lc Largura da Volume de Volume de Peso Inercia da Resistência térmica*


Nervura Aligeiramento betão próprio da laje lx=ly
BLOCO laje (/nervura) m2 .ºC/W

cm cm cm cm m3/módulo m3/m2 m3/m2 kN/m2 cm4 Ascendente Descendente 0,15


Fb 75/20 25,0 20,0 5,0 15,0 0,109 0,135 0,116 3,60 42370 0,428 0,504
0,15 3 x 0,25 = 0,75 0,15
Fb 75/25 30,0 25,0 5,0 15,0 0,137 0,169 0,131 4,10 71300 0,435 0,518 0,90
Fb 75/30 35,0 30,0 5,0 15,0 0,165 0,204 0,147 4,55 110170 0,443 0,528
Fb 75/34 40,0 34,0 6,0 15,0 0,187 0,231 0,169 5,15 164380 0,454 0,540 0,15
Fb 75/40 46,0 40,0 6,0 15,0 0,221 0,273 0,187 5,95 232000 0,463 0,552
NOTA: Tabela efectuada para módulos com 3 peças (0.75 x 0.75)
* Não Incluem, quaisquer revestimentos ou camadas de forma adicionais, nem resistências térmicas superficiais (exterior e interior)

LAJES NERVURADAS UNIDIRECCIONAIS (elementos para cálculo):


Ht Hb Lc Largura da Volume de Volume de Peso Inercia da Resistência térmica*
Nervura Aligeiramento betão próprio da laje ly
BLOCO laje (/nervura) m2 .ºC/W 1,65 1,50

cm cm cm cm m3/módulo m3/m2 m3/m2 kN/m2 cm4 Ascendente Descendente


Fb 75/20 25,0 20,0 5,0 15,0 0,225 0,152 0,098 3,25 42370 0,455 0,538
Fb 75/25 30,0 25,0 5,0 15,0 0,281 0,189 0,111 3,70 71300 0,461 0,552
Fb 75/30 35,0 30,0 5,0 15,0 0,338 0,228 0,123 4,05 110170 0,467 0,560
Fb 75/34 40,0 34,0 6,0 15,0 0,383 0,258 0,142 4,60 164380 0,477 0,571
Fb 75/40 46,0 40,0 6,0 15,0 0,450 0,303 0,157 5,50 232000 0,485 0,581 0,15
NOTA: Tabela efectuada para módulos com 6 peças (0.75 x 1.50)
* Não Incluem, quaisquer revestimentos ou camadas de forma adicionais, nem resistências térmicas superficiais (exterior e interior)
5 > LAJES NERVURADAS - FUNGIBLOCOS 21 | 28

Lc
5.3 BLOCO FERCA Fb65
CARACTERÍSTICAS DOS BLOCOS:
DIMENSÕES (cm) Peso Ht Hb
unitário
BLOCO Hb
L C Hb
Kg
cm cm cm 0,15 0,65 0,15
Fb 65/20 65,0 21,6 20,0 14,0 0,80
Fb 65/25 65,0 21,6 25,0 17,0
Fb 65/30 65,0 21,6 30,0 18,0 0,15
C
Fb 65/34 65,0 21,6 34,0 20,0 L
Fb 65/40 65,0 21,6 40,0 28,0

LAJES NERVURADAS BIDIRECCIONAIS (elementos para cálculo): 0,80 0,65

Ht Hb Lc Largura da Volume de Volume de Peso Inercia da Resistência térmica*


Nervura Aligeiramento betão próprio da laje lx=ly
BLOCO laje (/nervura) m2 .ºC/W

cm cm cm cm m3/módulo m3/m2 m3/m2 kN/m2 cm4 Ascendente Descendente 0,15


Fb 65/20 25,0 20,0 5,0 15,0 0,081 0,127 0,123 3,85 40800 0,413 0,485
0,15 3 x 0,216 = 0,65 0,15
Fb 65/25 30,0 25,0 5,0 15,0 0,102 0,159 0,140 4,40 68550 0,421 0,500 0,80
Fb 65/30 35,0 30,0 5,0 15,0 0,123 0,192 0,157 4,85 105800 0,430 0,511
Fb 65/34 40,0 34,0 6,0 15,0 0,140 0,219 0,181 5,50 157920 0,442 0,524 0,15
Fb 65/40 46,0 40,0 6,0 15,0 0,166 0,259 0,201 6,40 222480 0,452 0,536
NOTA: Tabela efectuada para módulos com 3 peças (0.65 x 0.65)
* Não Incluem, quaisquer revestimentos ou camadas de forma adicionais, nem resistências térmicas superficiais (exterior e interior)

LAJES NERVURADAS UNIDIRECCIONAIS (elementos para cálculo):


Ht Hb Lc Largura da Volume de Volume de Peso Inercia da Resistência térmica*
Nervura Aligeiramento betão próprio da laje ly
BLOCO laje (/nervura) m2 .ºC/W 1,45 1,30

cm cm cm cm m3/módulo m3/m2 m3/m2 kN/m2 cm4 Ascendente Descendente


Fb 65/20 25,0 20,0 5,0 15,0 0,169 0,146 0,104 3,50 40800 0,443 0,522
Fb 65/25 30,0 25,0 5,0 15,0 0,211 0,182 0,118 3,95 68550 0,449 0,536
Fb 65/30 35,0 30,0 5,0 15,0 0,254 0,219 0,131 4,35 105800 0,456 0,545
Fb 65/34 40,0 34,0 6,0 15,0 0,287 0,247 0,152 4,90 157920 0,467 0,557
Fb 65/40 46,0 40,0 6,0 15,0 0,338 0,291 0,169 6,00 222480 0,475 0,567 0,15
NOTA: Tabela efectuada para módulos com 6 peças (0.65 x 1.30)
* Não Incluem, quaisquer revestimentos ou camadas de forma adicionais, nem resistências térmicas superficiais (exterior e interior)
6 > PISOS TÉRREOS - SISTEMA VENTILADO 22 | 28

6.1 CUPOLEX Denominação a b h Consumo de Betão Passagem de Tubos


cm cm cm (até ao cimo da cúpula) m3/m2 uni.Ømm
CUPOLEX WINDY h5, h10
Windi h5 56,0 56,0 5,0 0,008 7ø30
Windi h10 56,0 56,0 10,0 0,011 3ø75 ou 6ø50
Cupolex h9,5 56,0 57,1 9,5 0,014 4ø70
Cupolex h13,5 56,0 58,0 13,5 0,030 3ø60 ou 1ø90*
Cupolex h20 56,0 58,0 20,0 0,040 2ø100 ou 1ø150*
Cupolex h26 56,0 58,0 26,0 0,035 2ø145 ou 1ø190*
Cupolex h30 56,0 57,2 30,0 0.042 2ø145 ou 1ø260*
Cupolex h35 56,0 58,0 35,0 0,045 2ø150 ou 1ø300*
Cupolex h40 56,0 58,0 40,0 0,060 2ø140 ou 1ø250*
Cupolex h45 56,0 58,0 45,0 0,065 2ø150 ou 1ø300*
Cupolex h50 56,0 57,0 50,0 0,065 2ø150 ou 1ø300*
CUPOLEX h9.5, h13.5, h20, h26, Cupolex h55 71,0 74,5 55,0 0,069 1ø450
h30, h35, h40, h45, h50 Cupolex h60 71,0 74,5 60,0 0,070 1ø460
Cupolex h65 71,0 74,5 65,0 0,071 1ø470
Cupolex h70 71,0 74,5 70,0 0,073 1ø480

Nota: * cortando o cone central

Denominação Nº de Passo
BETONSTOP h20, h26, h30, h35, h40,
posições cm
h45, h50, h55, h60, h65, h70
Betonstop h20 5 5,5
Betonstop h26 5 5,5
Betonstop h30 5 5,5
Betonstop h35 5 5,5
Betonstop h40 5 5,5
CUPOLEX h55, h60, h65, h70 Betonstop h45 5 5,5
Betonstop h50 5 5,5
Betonstop h55 9* 4,6
Betonstop h60 9* 4,6
Betonstop h65 9* 4,6
Betonstop h70 9* 4,6
Nota: * módulos divisíveis a meio

Informação adicional em fercanorte.com.pt


7 > IMPERMEABILIZAÇÃO 23 | 28

7.1 TELAS BENTONÍTICAS VOLTEX 7.2 JUNTAS EXPANSIVAS WATERSTOP


Voltex destina-se à impermeabilização de superficies horizontais e verticais de As juntas expansivas Waterstop destinam-se ao isolamento de juntas de
betão. Apresenta-se sob três formas diferentes: betonagem ficando confinadas entre a peça de betão existentes e a nova peça a
betonar. Apresentam-se sob três formas diferentes:
VOLTEX - barreira geosintéctica de bentonite sódica, especialmente formulada para
impermeabilização de estruturas de betão. WATERSTOP RX-101 - com secção rectangular de 20 mm x 25 mm. Fornecida em
caixas com 30 m.
VOLTEX DS - barreira geosintéctica melhorada. A uma das faces do Voltex
convencional, acrencentou-se uma camada de polietileno de alta densidade, WATERSTOP RX-102 - com secção semicircular de 20 mm x 10 mm. Fornecida em
reduzindo drásticamente a permeabilidade do material. Adequado para quando é caixas com 61 m.
necessária uma barreira dupla à entrada de água.
WATERSTOP XP - para isolamento em ambientes de águas contaminadas. Com
VOLTEX CRDS - uma fórmula especial do Voltex DS para águas agressivas, com alto secção rectangular de10 mm x 15 mm. Fornecida em caixas com 48 m.
nível de contaminação e elevada condutividade eléctrica
As juntas RX101 e RX102, fixam-se ao betão com recurso à malha Revofix. A Junta
Muro de betão
XP é colocada com recurso quer à malha metálica Revofix, quer ao selante/adesivo
Junta Waterstop
Cetseal.
Betão de limpeza
Propriedade Método de Ensaio Resultado

Peso específico a 250C ASTM D-71 1,57

Ponto de reamolecimento ASTM D-30 N.A.

ASTM D-217
Penetração 150 GLT 58
Terreno compactado
300 GLT 85
Laje de fundação Ponto de inflamação ASTM D-93-97 365

Forno mecânico Conservado 99%


Propriedade Método de Ensaio Valor de referência Envelhecimento
4 horas a 1000C de sólidos
Resistência hidrostática ASTM D 5385 mod. 70 m 2 cm de junta
Resistência à fluência exposta a 580C Não fluido
Permeabilidade ASTM D 5084 1 x 10-9 cm/sec.
durante 7 dias
Resistência à tracção ASTM D 4632 422 N
Vida de armazenagem Indefinida
Resistência à perfuração ASTM D 4833 445 N
Temperaturas de aplicação - 50C a + 520C
Flexibilidade a baixa temperatura ASTM D 1970 Não afectado a -32°C
Temperaturas de serviço - 400C a + 1000C
Aderência ao betão ASTM D 903 mod. 2.6 kN/m
Pressão hidrostática Teste de pressão 70,4 m

Voltex é fornecido em paletes de 35 rolos, de 1.1 m x 5.0 m (192.5 m2), podendo ser 7.3 BENTONITE GRANULAR E BENTOSEAL
produzido à medida para projectos especiais de grandes dimensões, des que uma Para a selagem de pontos críticos (esquinas, furos, uniões), pode utilizar-se a
das dimensões seja de 5.0 m e a outra se compreenda entre 1.1 m e 40.0 m. bentonite granular em cordão ou pasta, misturando água, bem como o preparado
O peso do produto depende do conteúdo de humidade, podendo variar entre os 6 e pronto de bentonite com adição de polímeros expansivos Bentoseal, especialmente
os 7 kg/m2. indicado para superfícies verticais e águas de alta condutividade eléctrica.
PORTFOLIO
25 | 28
Torre das Antas ANF - Imofarma Escola Secundária
Porto Porto Lousada

Plataforma das Artes EDP Renováveis Gaiart’s Plaza Centrum


Guimarães Porto V. N. Gaia
26 | 28
Europa - Ar Lindo Moradia Sr. Nuno Afonso Biblioteca Agostinho Neto
Celeirós, Braga Monção Luanda | Angola

C.C. Dolce Vita Escola Tec. Agro-Alimentar IURD


Porto Malange | Angola Luanda | Angola
27 | 28
Mercado Manuel Firmino Hospital Escola U. Fernando Pessoa Igreja N. Sra. Conceição
Aveiro Gondomar Guimarães

Escola EB2/3 Frei João Hospital Privado da Boavista Escola EB2/3 Gondomar
Vila do Conde Porto Gondomar
Rua do Campo Alegre, nº 100 - 3º Esq Avª 21 de Janeiro Rua Faralay, n.º 97
4150 - 168 Porto Condomínio das Mangueirinhas - Anexo Bairro Sommerschield
Portugal Bairro Morro Bento II Maputo
Luanda Moçambique
Angola

tel +351 226 094 338 / 45 tel +244 948 799 044 tlm +258 842 357 131
fax +351 226 004 409 tlm +244 943 023 647
tlm +351 961 547 343 +244 948 799 044

[email protected] [email protected] [email protected]


[email protected] www fercanorte.com.pt www fercanorte.com.pt
www fercanorte.com.pt
ANEXOS

ANEXO II: CASO DE ESTUDO I – MAPA DE QUANTIDADES

151
ANEXOS

152
ANEXOS

11.2 ANEXO II: CASO DE ESTUDO I – MAPA DE QUANTIDADES

Caso de Estudo I - Mapa de Quantidades

Materiais/Custo: Cargas Aplicadas/Peso:


3
1. Betão C25/30 : 80,00 €/m3 1. Peso Próprio Var. kN/m
3
2. S 400 : 1,00 €/kg 2. R. C. P. 3,00 kN/m
3
3. Cofragem: 15,00 €/m2 3. Sobrecarga 3,00 kN/m
5. Blocos Sphereplus : ? €/molde Nota: Utilização: Escritórios
6. Moldes FercaNorte : ? €/molde

Laje Maciça c/ 26 cm Sphereplus 5+16+5 Sphere.Favo 5+16+5 FG 800 - 250+60


- uni. 2752 uni. 3232 uni. 752+40(1/2) uni.
Moldes/Blocos - 4,62 moldes/m2 5,43 moldes/m2 1,33 moldes/m2
- ? €/m2 ? €/m2 ? €/m2

2
0,260 m3/m2 0,192 m3/m2 0,180 m3/m2 0,187 m3/m2
Consumo de Betão/m
20,80 €/m2 15,33 €/m2 14,37 €/m2 14,99 €/m2
9,70 kg/m2 8,01 kg/m2 7,46 kg/m2 7,20 kg/m2
Face Superior
Aço de Flexão

9,70 €/m2 8,01 €/m2 7,46 €/m2 7,20 €/m2


8,05 kg/m2 6,79 kg/m2 6,50 kg/m2 4,19 kg/m2
Face Inferior
8,05 €/m2 6,79 €/m2 6,50 €/m2 4,19 €/m2
Total 17,75 €/m2 14,80 €/m2 13,96 €/m2 11,39 €/m2
Área de Reforço - m2 28,16 m2 29,36 m2 30,24 m2
Estribos

- kg/m2 3,63 kg/m2 3,54 kg/m2 1,52 kg/m2


Armadura
- €/m2 2,84 €/m2 2,88 €/m2 1,27 €/m2

2
Preço Total/m 53,55 €/m2 47,97+Blocos €/m2 46,21+Blocos €/m2 42,65+Moldes €/m2

153
ANEXOS

154
ANEXOS

ANEXO III: CASO DE ESTUDO II – MAPA DE QUANTIDADES

155
ANEXOS

156
ANEXOS

11.3 ANEXO III: CASO DE ESTUDO II – MAPA DE QUANTIDADES

Caso de Estudo II - Mapa de Quantidades

Materiais/Custo: Cargas Aplicadas/Peso:

1. Betão C25/30 : 80,00 €/m3 1. Peso Próprio Var. kN/m3


2. S 400 : 1,00 €/kg 2. R. C. P. 3,00 kN/m3
3. Cofragem: 15,00 €/m2 3. Sobrecarga 3,00 kN/m3
4. Blocos Nautilus ? €/molde Nota: Utilização: Escritórios
5. Blocos Sphereplus : ? €/molde
6. Moldes FercaNorte : ? €/molde

Laje Maciça c/ 30 cm Nautilus 5+20+5 Sphereplus 5+20+5 Sphere.Favo 5+20+5 FG 800 - 300+60
- uni. 1680 uni. 4048 uni. 4476 uni. 1056+48(1/2) uni.
Moldes/Blocos - 2,06 moldes/m2 4,96 moldes/m2 5,49 moldes/m2 1,35 moldes/m2
- ? €/m2 ? €/m2 ? €/m2 ? €/m2

2
0,300 m3/m2 0,218 m3/m2 0,208 m3/m2 0,198 m3/m2 0,209 m3/m2
Consumo de Betão/m
24,00 €/m2 17,41 €/m2 16,65 €/m2 15,87 €/m2 16,70 €/m2
10,78 kg/m2 9,90 kg/m2 9,59 kg/m2 9,08 kg/m2 7,93 kg/m2
Face Superior
Aço de Flexão

10,78 €/m2 9,90 €/m2 9,59 €/m2 9,08 €/m2 7,93 €/m2
9,88 kg/m2 8,37 kg/m2 8,31 kg/m2 7,82 kg/m2 5,09 kg/m2
Face Inferior
9,88 €/m2 8,37 €/m2 8,31 €/m2 7,82 €/m2 5,09 €/m2
Total 20,66 €/m2 18,27 €/m2 17,90 €/m2 16,89 €/m2 13,02 €/m2
Área de Reforço - m2 43,01 m2 42,59 m2 41,14 m2 43,80 m2
Estribos

- kg/m2 1,93 kg/m2 3,53 kg/m2 4,08 kg/m2 2,03 kg/m2


Armadura
- €/m2 1,68 €/m2 3,04 €/m2 3,39 €/m2 1,79 €/m2

Preço Total/m 2 59,66 €/m2 52,35+Blocos €/m2 52,58+Blocos €/m2 51,15+Blocos €/m2 46,51+Moldes €/m2

157
ANEXOS

158
ANEXOS

ANEXO IV: CASO DE ESTUDO III – MAPA DE QUANTIDADES

159
ANEXOS

160
ANEXOS

11.4 ANEXO IV: CASO DE ESTUDO III – MAPA DE QUANTIDADES

Caso de Estudo III - Mapa de Quantidades

Materiais/Custo: Cargas Aplicadas/Peso:

1. Betão C25/30 : 80,00 €/m3 1. Peso Próprio Var. kN/m3


2. S 400 : 1,00 €/kg 2. R. C. P. 3,00 kN/m3
3. Cofragem: 15,00 €/m2 3. Sobrecarga 3,00 kN/m3
4. Blocos Nautilus ? €/molde Nota: Utilização: Escritórios
5. Blocos Sphereplus : ? €/molde
6. Moldes FercaNorte : ? €/molde

Laje Maciça c/ 28 cm Tubular 5+18+5 FG 600 - 225+100


- uni. 1200 uni. 792 uni.
Moldes/Blocos - 1,47 moldes/m2 0,97 moldes/m2
- ? €/m2 ? €/m2

2
0,295 m3/m2 0,176 m3/m2 0,190 m3/m2
Consumo de Betão/m
23,59 €/m2 14,12 €/m2 15,20 €/m2
9,26 kg/m2 9,07 kg/m2 7,77 kg/m2
(Laje + Banda)

Face Superior
Aço de Flexão

9,26 €/m2 9,07 €/m2 7,77 €/m2


5,30 kg/m2 4,93 kg/m2 3,96 kg/m2
Face Inferior
5,30 €/m2 4,93 €/m2 3,96 €/m2
Total 14,56 €/m2 13,99 €/m2 11,73 €/m2
Área de Reforço (Vigas) m2 568,00 m2 566,00 m2
Estribos

0,47 kg/m2 1,24 kg/m2 0,95 kg/m2


Armadura
0,47 €/m2 1,24 €/m2 0,95 €/m2

Preço Total/m 2 53,15 €/m2 44,35+Perfis €/m2 42,88+Moldes €/m2

161
ANEXOS

162

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