Impacto de Vizinhança Estudo

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ESTUDO DE IMPACTO

DE VIZINHANÇA
(EIV)

LOTEAMENTO ESTADOS
UNIDOS

BRIO LAR ESTADOS UNIDOS 1 SPE LTDA

RIBEIRÃO PRETO, MARÇO DE 2020.

1
SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR .................................................. 3


2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO............................................... 4
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ......................................... 5
4. IMPACTO DE VIZINHANÇA ..................................................................... 11
5. IMPACTOS E MEDIDAS MITIGADORAS ................................................ 22
6. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO ESTUDO ........ 28
7. ANEXOS ................................................................................................... 29

2
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

A Lei federal 10257/2001 Estatuto da Cidade, na Seção XII, Art. 36,


determina que a Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados
ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de
impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção,
ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.
E no Art. 37, determina que o EIV será executado de forma a contemplar os
efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade
de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise,
no mínimo, das seguintes questões:
I – adensamento populacional;
II – equipamentos urbanos e comunitários;
III – uso e ocupação do solo;
IV – valorização imobiliária;
V – geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI – ventilação e iluminação;
VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
1.1 NOME/RAZÃO SOCIAL
Brio Lar Estados Unidos 1 SPE LTDA
1.2 LOGRADOURO
Avenida Wladimir Meirelles Ferreira, nº1465, sala 217
1. 1.3 BAIRRO 3. 1.4 MUNICÍPIO 4. 1.5 CEP
2. Jardim Botânico Ribeirão Preto 1 14.021-630
5. 1.6 FONE 1. 1.7 FAX 1. 1.8 E-MAIL
(16) 3101-8100 [email protected]
1.9 CNPJ (CGC/MF)
31.921.751/0001-74
1.10 ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA
Avenida Wladimir Meirelles Ferreira, nº1465, sala 217-W
1.11 BAIRRO 1.12 MUNICÍPIO 1.13 CEP
Jardim Botânico Ribeirão Preto 14021-630
1.14 CONTATO (NOME)
Melina Casaroli
1.15 FONE PARA CONTATO 1.16 FAX
(16) 3101-8100
1.17 E-MAIL
(16) 3101-8100
[email protected]
1.18 OBSERVAÇÕES

3
2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
2.1 NOME/RAZÃO SOCIAL
Loteamento Estados Unidos
2.2 LOGRADOURO
Av. Nelson Ferreira de Melo
2.3 BAIRRO 2.4 MUNICÍPIO 2.5 CEP
Pq. Res. Cândido Portinari Ribeirão Preto -SP 14093-526
2.6 MACROZONEAMENTO
Zona de Urbanização Restrita (ZUR).
2.7 ACESSO DO EMPREENDIMENTO
O acesso ao empreendimento será pelos prolongamentos da Avenida Nelson
Ferreira de Melo e Rua Adenilson Tamegá Monteiro.

Figura 1: Localização do empreendimento.

2.8 OBSERVAÇÕES
Processo que solicitou o EIV: 02 2018 021612-7

4
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
3.1 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO
O empreendimento Loteamento Estados Unidos trata-se de loteamento de uso
misto a ser implantado no prolongamento da Avenida Nelson Ferreira de Melo,
localizada no Pq. Res. Cândido Portinari. O Empreendimento possui 1 lote de uso
misto com área de 3.331,84m².

Figura 2: Planta de Implantação


3.2 JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO
A proposta deste loteamento está plenamente integrada ao tipo de ocupação
preconizada para a região onde pretende-se instalar e concilia a preservação
ambiental, ampliando as áreas verdes preservadas e ofertando áreas para
equipamentos de uso público.
O empreendimento trata-se de loteamento de uso misto, essa característica
tem como vantagem a oferta de comércios e serviços que atendam à população
adjacente, reduzindo a necessidade de grandes deslocamentos, contribuindo na
questão da mobilidade urbana em Ribeirão Preto. Outro ponto importante na questão
da mobilidade urbana, é que o acesso ao loteamento foi projetado em conformidade

5
com as exigências da Secretaria do Planejamento e compatibilizado com as diretrizes
viárias do município.
Dessa forma, pode-se afirmar que a proposta de urbanização planejada para
o loteamento em questão, atende a legislação vigente e todas as diretrizes
municipais, contribuindo de maneira positiva para a expansão urbana do município
de Ribeirão Preto.
3.3 INDICADORES DE PORTE
O Loteamento Estados Unidos prevê a implantação de 1 lote de uso misto,
apresentando uma área de 22.073,74 m² a ser loteada.
A Tabela 1 apresenta, de forma resumida, informações sobre as áreas do
Loteamento.
Áreas (M²) %
1. Área dos lotes (1 lote de uso misto) 3.331,84 15,10
2. Total de Áreas Públicas 18.741,90 84,90
2.1 Sistema Viário 9.745,94 44,15
2.2 Áreas Institucionais 1.103,94 5,00
2.3 Espaço livre de uso público 7.892,02 35,75
2.3.1 Área Verde 1 3.295,65 14,93
2.3.2 Área Verde 2 2.501,90 11,33
2.3.3 Área de lazer 1 2.094,47 9,49
4. Área Loteada 22.073,74 100,00
5. Área Remanescente 00,00 0,00
6. Área total da GLEBA 22.073,74 100,00
Tabela 2: Quadro de Áreas
3.4 OBRAS E AÇÕES INERENTES À SUA IMPLANTAÇÃO
• Será feita a terraplanagem adequada a abertura do sistema viário, com
execução de cortes e ou aterros compactados necessários conforme o
projeto;
• Abertura do sistema viário com implantação de guias e sarjetas;
• Demarcação dos lotes, quadras e logradouros com colocação de marcos
de concreto;

6
• Sistema de escoamento de águas pluviais, inclusive galerias e bocas de
lobo;
• Sistema estrutural de infiltração e retenção ou retardo do fluxo de águas
pluviais;
• Rede de Distribuição de água, inclusive ramais prediais e instalações de
hidrantes;
• Rede de esgoto sanitários, inclusive ramais prediais;
• Pavimentação de todo o sistema viário, inclusive os dispositivos de
acessibilidade;
• Rede de energia elétrica e iluminação pública de acordo com as normas
da CPFL;
• Implantação de Paisagismos dos sistemas de lazer e arborização do
sistema viário.
3.5 MICROBACIA 3.6 IDENTIFICAÇÃO DOS CORPOS D’ÁGUA
HIDROGRÁFICA Inserção na sub bacia do Córrego das
Córrego das Palmeiras Palmeiras
3.7 DECLIVIDADE DA ÁREA 3.8 PRESENÇA DE TERRENOS
2,5% ALAGADIÇOS
Não há ocorrência de terrenos alagadiços ou
sujeito à inundação na área.
3.9 SUSCETIBILIDADE DO TERRENO À EROSÃO
Presença de erosão: ( ) Sim ( x ) Não
3.10 COBERTURA VEGETAL NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO
Vegetação Nativa: Não
Vegetação Exótica: Não
Árvores Isoladas: Não
Antropização – Conversão plena em áreas de uso agropecuário.
Atualmente a área está sendo utilizada para o plantio de amendoim.
Vegetação Natural Original- FITOFISIONOMIAS
Cerradão (CER).
3.11 ZONA DE PROTEÇÃO MÁXIMA NA GLEBA
( )Sim (x) Não

7
3.12 PRESENÇA DE FAUNA NATIVA NA REGIÃO
( )Sim (x) Não
Quais espécies:
3.13 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO ENTORNO
A gleba onde será implantado o empreendimento foi desmembrada da
Fazenda Bom Jesus, situa-se na Zona Leste do município de Ribeirão Preto, no
prolongamento da Av. Nelson Ferreira de Melo, no Pq. Res. Cândido Portinari, no
Subsetor L10.
O entorno do empreendimento é ocupado, por edificações de uso residencial
no interior do loteamento Candido Portinari, edificações comerciais na Av. Prof. Diná
Rizi e edificações destinadas a galpões de logística e comercio varejista junto a
rotatória da Av. Prof. Diná Rizi com a Av. Nelson Ferreira de Melo.
De acordo com a Lei Complementar nº 2157/2007, que dispõe sobre o
parcelamento, uso e ocupação do solo no município de Ribeirão Preto, a área está
localizada na Zona de Urbanização Restrita (ZUR).

Figura 3: Localização da área no mapa de Macrozoneamento Urbanístico

8
Esse zoneamento é caracterizado por ser a região do município onde as
restrições urbanísticas devem promover amplo controle sobre o uso e a ocupação do
solo considerando sua configuração geofísica e seu potencial impacto ambiental.
Em relação ao Zoneamento Industrial, o empreendimento está localizado na
á Área de Uso Misto II – AUM – 2 (índice = 1,0).

Figura 4: Localização da área no mapa de Zoneamento Industrial.


Quanto as Áreas Especiais a área do empreendimento está inserida na Áreas
de Uso Misto.

9
Figura 5: Localização da área no mapa de Áreas Especiais

Figura 6: Ocupação efetiva do solo no entorno de 100m.

10
De acordo com o Zoneamento Ambiental do município, a área situa-se em
Zona de Uso Especial (ZUE) região do município sobre a zona de recarga do
aquífero Guarani, onde o controle do uso e ocupação do solo busca garantir a
proteção e conservação deste manancial, especialmente no tocante à sua recarga e
à prevenção a contaminação.

3.14 PERFIL GEOLÓGICO / GEOTÉCNICO DO EMPREENDIMENTO:


Foi realizada a sondagem de reconhecimento do solo no local do
empreendimento, o estudo encontra-se anexo ao presente Termo de Referência.
(Anexo 1)

3.15 OBSERVAÇÕES:

4. IMPACTO DE VIZINHANÇA
4.1 ADENSAMENTO POPULACIONAL
O adensamento populacional foi calculado de acordo com os dados do
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) censo de 2010 e também pela
Lei Complementar nº 2.157 de 31/01/2007 que dispõe sobre o parcelamento, uso e
ocupação do solo no município de Ribeirão Preto.

DENSIDADE POPULACIONAL DA REGIÃO:


O empreendimento está localizado no Subsetor L10 e de acordo com o
censo de 2010 do IBGE, esse setor apresentou uma densidade populacional igual
a 19.335 habitantes.
A tabela, a seguir, demonstra o número de pessoas, por intervalos de idades,
existentes no SUBSETOR L10:

Idade População Percentual


Total 19.335 100
0 a 4 anos 1.473 7,62
5 a 9 anos 1.538 7,95
10 a 14 anos 1.659 8,58
15 a 17 anos 1.029 5,32
18 ou 19 anos 620 3,21
20 a 24 anos 1.668 8,63

11
25 a 29 anos 1.929 9,98
30 a 34 anos 1.859 9,61
35 a 39 anos 1.675 8,66
40 a 44 anos 1.494 7,73
45 a 49 anos 1.258 6,51
50 a 54 nos 974 5,04
55 a 59 anos 728 3,77
60 a 64 anos 512 2,65
65 a 69 anos 344 1,78
70 anos ou mais 575 2,97
Tabela 3: Percentual da população por idade – Setor L10. IBGE 2010

POPULAÇÃO PREVISTA PARA O EMPREENDIMENTO


Para calcular a população máxima prevista para o empreendimento, foi
considerado uma densidade bruta de 134 hab/Ha.

Área Total do Loteamento: 22.073,74 m²


Densidade bruta (estimada): 134 Hab./Ha.
Número de Habitantes = 296 habitantes (134 Hab./Ha. X 2,207374 Ha.)

A tabela abaixo demonstra o aumento da densidade de acordo com a faixa


etária.

Idade População Percentual Empreendimento


Total 19.335 100 296
0 a 4 anos 1.473 7,62 23
5 a 9 anos 1.538 7,95 24
10 a 14 anos 1.659 8,58 25
15 a 17 anos 1.029 5,32 16
18 ou 19 anos 620 3,21 10
20 a 24 anos 1.668 8,63 26
25 a 29 anos 1.929 9,98 30
30 a 34 anos 1.859 9,61 28
35 a 39 anos 1.675 8,66 26
40 a 44 anos 1.494 7,73 23
45 a 49 anos 1.258 6,51 19

12
50 a 54 nos 974 5,04 15
55 a 59 anos 728 3,77 11
60 a 64 anos 512 2,65 8
65 a 69 anos 344 1,78 5
70 anos ou mais 575 2,97 9
Tabela 4: Percentual da população por idade – Setor L10. IBGE 2010

DENSIDADE POPULACIONAL LIQUIDA DO EMPREENDIMENTO


De acordo com a Lei Complementar nº 2157/2007, na Zona de
Urbanização Restrita (ZUR) é permitida densidade populacional líquida máxima até
850 hab/ha.

𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜
Dliq =
Área líquida

296
Dliq = = 134 hab/ha
2,207374

4.2 EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS


Os equipamentos de educação, cultura, saúde e lazer são considerados
equipamentos públicos comunitários.

EQUIPAMENTOS EXISTENTES NO ENTORNO


Foram identificados os equipamentos públicos comunitários existentes em
um raio de 3 km do empreendimento.
A Figura 7 identificados os equipamentos públicos comunitários existentes
em um raio de 3 km do empreendimento.

13
Figura 7: Equipamentos públicos presentes no raio de 3,0km.

EDUCAÇÃO

Há dezessete escolas na região: 3 Centros de Educação Infantil, 5 Escolas


Municipais de Ensino Infantil, 5 Escolas Municipais de Ensino Fundamental e 4
Escolas Estaduais:

• Cei Profa Ana Franco do Amaral


• Cei Renato Camargo Mendes
• Cei Cecílio Fráguas
• EMEI Adriana Coutinho Brandani Camilo
• EMEI Albert Einstein
• EMEI Aloizio Olaia Paschoal
• EMEI Dr.Nicolau Dinamarco Spinelli
• EMEI Wanda Princivalli Marçal
• EMEF Prof.ª Dercy Célia Seixas Ferrari

14
• EMEF Prof.ª Eponina de Britto Rossetto
• EMEF Prof. Jarbas Massullo
• EMEF Prof. José Rodini Luiz
• EMEF Prof. Dr. Paulo Monte Serrat Filho
• EE Prof. Alpheu Dominiguetti
• EE Esplanada da Estação
• EE Jardim Flamboyans
• EE Parque dos Servidores

PREVISÃO DE IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O prazo estimado para execução das obras de implantação do


empreendimento é de 24 meses (previsão de início das obras em outubro de 2020).
Previsão de ocupação a partir de novembro de 2022.

AUMENTO DA DEMANDA POR EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PÚBLICOS

Relativo Absoluto
População Estimada
(Total) 100% 296
Creche (0 a 3 anos) 4,71% 14
Pré-Escola (4 a 5 anos) 2,43% 7
Fundamental (6 a 14 anos) 12,23% 36
Médio (15 a 17 anos) 4,63% 14
Tabela 5: População em idade escolar. IBGE (2010)

Analisando a Tabela 5, conclui-se que o total de habitantes estimados para


o futuro empreendimento, em idade escolar, que poderão utilizar os equipamentos
públicos de educação serão 71 habitantes ao final da ocupação.

Para que sejam identificados os impactos na rede municipal de educação,


em função da demanda gerada pela população em idade escolar prevista para o
empreendimento, deve-se aguardar a manifestação da Secretaria da Educação.

15
SAÚDE
Dentro do raio de 3 km foi encontrado duas Unidade Básica de Saúde:
• UBS "Rubens Issa Halak" - Jardim Juliana
• UBS "Carlos Chagas" - Vila Abranches

De acordo com consulta feita no site da Prefeitura Municipal de Ribeirão


Preto a área de abrangência do futuro empreendimento corresponde a UBS:

UBS "Carlos Chagas" - Vila Abranches


Endereço: RUA MARIA AUX ABRANCHES DE FARIA, 550

Setor: 410 - Quadra: 3134244 - Cod_logr: 30821


Distrito: LESTE
Setor conselho tutelar: Conselho Tutelar - I - RUA MARIANA JUNQUEIRA, 1019
Setor cras: Central, Sul e Bonfim Paulista, CRAS – 1 - RUA CTE MARCONDES
SALGADO, 253
Setor creas: CREAS - III1 - RUA EGIDIO BACALA, 165

O Plano Municipal de Saúde 2014-2017 da Prefeitura Municipal apresenta a


população estimada atendida pela UBS "Carlos Chagas" - Vila Abranches e UBS
"Rubens Issa Halak" - Jardim Juliana:

Para que sejam identificados os impactos na rede municipal de saúde, em


função da demanda gerada pela população prevista para o empreendimento, deve-
se aguardar a manifestação da Secretaria de Saúde.

16
LAZER
Para o lazer público, a área de influência de um raio de 3,0 km apresenta
uma praça e um parque municipal.

• Praça Adib Ristum


• Praça Presidente Vargar

4.3 GERAÇÃO DE TRÁFEGO E DEMANDA POR TRANSPORTE PÚBLICO


A seguir será estimada a demanda por transporte público e a geração de
tráfego expressa em viagens para a população prevista para o empreendimento.
A população foi estimada com base na densidade populacional e na área que
o empreendimento ocupará. Dessa forma, a população estimada foi de 296
habitantes.
Considerando a taxa de mobilidade de 1,89 viagens por habitante por dia
estabelecida pelo plano de Mobilidade da cidade de Ribeirão Preto, o número de
viagens geradas por dia equivale a 560.
O PlanMob de Ribeirão Preto (2010) estimou a distribuição de viagens por
modo de transporte em função da região do município. Conforme será detalhado
adiante, o empreendimento em estudo encontra-se na região Leste de Ribeirão
Preto. Nesta região cerca de 59% das viagens são realizadas pelo modo individual,
21% pelo modo coletivo, 8% pelo modo a pé e 3 % pelo modo bicicleta (Gráfico 1).

Gráfico 1: Distribuição das viagens por região em função do grupo de modo de transporte
Fonte: Plano de Mobilidade Urbana de Ribeirão Preto (2010)

17
Com as percentagens apresentadas no Gráfico 1 foi estimada a quantidade
de veículos individuais e coletivos.

Distribuição
Modo das viagens Viagens
(%)
Individual 48 269
Coletivo 21 118
A pé 28 156
Bicicleta 3 17

Para converter as viagens por ônibus foi considerado que cada veículo
tenha taxa de renovação de 25% e capacidade para transportar 80 passageiros, de
modo que é estimado um total de 20 viagens por veículo desse tipo, dessa maneira
será necessário seis ônibus para atender a demando diária do empreendimento.
A Transerp emitiu um documento afirmando que a região será atendida
pelos serviços de transporte coletivo urbano através das linhas de ônibus 703 –
Parque dos Servidores e 730 – Parque Portinari, ambas com itinerário pela Av.
Profa. Diná Rizzi.

4.4 INFRAESTRUTURA PÚBLICA DISPONÍVEL E ESTIMATIVA DE


ATENDIMENTO DE DEMANDA FUTURA
Os equipamentos públicos urbanos são aqueles destinados ao
abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, energia elétrica, ou seja,
aqueles que formam a infraestrutura pública municipal.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA, COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO.


Em virtude da ocupação da área em estudo, haverá aumento do consumo
de água tratada, bem como aumento na produção de esgoto. Assim, o
empreendedor oficializou consulta ao Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão
Preto, DAERP, Processo nº 04 2018 010429-5, que em resposta emitiu a Certidão
de Diretrizes nº 029/2020 , que avaliou os impactos do empreendimento no sistema
de abastecimento de água e esgoto e definiu as obras e os reforços necessários

18
para mitigar os impactos gerados pela nova demanda criada pelo empreendimento,
e garantir assim qualidade do atendimento à população.
Foi emitido o Termo de Compromisso referente a essa Certidão, assinado
pelo empreendedor, em que declara expressamente que aceita integralmente as
condições e exigências do DAERP e do Poder Público e se obriga ao integral e fiel
cumprimento dos termos, compromissos, obrigações e condições contidas no termo
de compromisso, na certidão de diretrizes e nos autos do processo administrativo.
Com relação a coleta de lixo, a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto,
Coordenadoria de Limpeza Urbana, emitiu a “Certidão nº 16/2018”, certificando que,
quando da ocupação do referido empreendimento, será implantada a coleta de lixo
domiciliar a ser realizada três vezes por semana. Além disso, é especificado que o
empreendedor deverá apresentar uma solução de coleta de resíduos, com
armazenamentos adequado até o dia da coleta pelo órgão público.

FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA


Assim como em relação ao abastecimento de água e coleta de esgoto, a
Concessionária CPFL Paulista foi consultada e emitiu o documento intitulado “Carta
nº 269/DPOR/2018”, em que declara a viabilidade de atendimento para a nova
demanda de consumo de energia elétrica do empreendimento, além de indicar
condições a serem seguidas pelo empreendedor para que seja viável tal
fornecimento por parte da concessionária.

4.5 DEMANDA DE ATIVIDADES DE COMÉRCIO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO


Com o adensamento populacional pela chegada de 296 novos habitantes,
haverá também um aumento do movimento no comércio e da prestação de serviços
da região de vizinhança mediata ao empreendimento.
Este feito impactará de forma positiva o entorno, especialmente nos setores
ligados a alimentação e beneficiará também outros seguimentos comerciais e de
prestação de serviços.
O loteamento é de uso misto, portanto viabilizará a utilização para comércio
e prestação de serviços que atendam à população adjacente.

19
O adensamento populacional provocado pelo Loteamento Estados Unidos
também deverá atrair novos investidores para a região, fomentando o aquecimento
econômico da região e da cidade.

4.6 VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO


Tratando-se de loteamento não há implantação de edificações, de forma que
não há interferência no sistema de ventilação e iluminação. A ocupação futura do
loteamento deverá ser executada dentro dos parâmetros técnicos legais, de forma
a preservar a ventilação e iluminação necessárias e seguiras diretrizes do Código
de Obras do município, regulamentado na LC 2.932/2019, quanto à necessidade de
aeração, iluminação, insolação e ventilação.

4.7 PAISAGEM URBANA E PATRIMÔNIO NATURAL E CULTURAL /


INTERFERÊNCIAS OU IMPACTOS NA PAISAGEM
O empreendimento não interfere no patrimônio histórico e cultural da
cidade de Ribeirão Preto.

4.8 IMPACTO SOCIOECONÔMICO NA POPULAÇÃO RESIDENTE OU


ATUANTE NO ENTORNO
A implantação de empreendimentos resultantes do processo de
urbanização resulta em impactos socioeconômicos positivos e negativos para a
população dos empreendimentos e do seu entorno. A matriz de impacto apresenta
e caracteriza os impactos positivos e negativos que poderão ser ocasionados pela
implantação do Loteamento Estados Unidos. Para os impactos negativos são
apontadas as medidas mitigadoras.
Os principais impactos negativos são: aumento da geração de tráfego e uso
do transporte público, aumento da demanda de equipamentos públicos urbanos e
comunitários.
Os principais impactos positivos são: geração de emprego, valorização do
entorno, aumento na circulação de pessoas e veículos, aumento na segurança do
entorno, qualificação de áreas verdes e de lazer e aumento da arrecadação de
impostos.

20
4.9 IMPACTOS SONOROS E DE SEGURANÇA, EM RAZÃO DA ATIVIDADE
QUE SE PRETENDE DESENVOLVER
Durante a fase de ocupação, por conta de sua natureza, o empreendimento
não causará impactos sonoros significativos.
A urbanização de áreas livres, associada a proposta de uso misto do
empreendimento, resulta na vitalidade nas ruas adjacentes, contribuindo com a
segurança ao redor do empreendimento.

4.10 RISCOS AMBIENTAIS


Os riscos ambientais deverão ser avaliados e mitigados junto à Secretaria
Municipal do Meio Ambiente (SMMA) na fase de viabilidade e aprovação do
Projeto de Paisagismo do empreendimento com atendimento a todas as seções
constantes das Diretrizes Ambientais.

4.11 GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


Na implantação de loteamentos, a geração de resíduos da construção civil
é consideravelmente inferior ao das obras verticalizadas. No caso específico do
loteamento em estudo, que trata-se da implantação de apenas um 1 lote com área
de 3.331,84 m², mais áreas públicas e espaços livres, os resíduos gerados serão
em pequena quantidade.
No que se refere ao acondicionamento e armazenamento, “o gerador deve
garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte,
assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização
e de reciclagem”, conforme o artigo 9º da Resolução CONAMA nº 307/2002
(CONAMA, 2002).
Todo entulho produzido deverá ser transportado por empresas devidamente
cadastradas junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ribeirão Preto.
Qualquer circulação de veículos de transporte de resíduos bem como
deposição de caçambas em locais de coleta deverá constar do formulário de
Controle de Transporte de Resíduos - CTR sendo que a inexistência deste será
considerado ato lesivo ao meio ambiente, nos moldes dos artigos 22 e 25 da Lei
Municipal Complementar n° 1704/04.

21
4.12 VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA
A valorização imobiliária que um empreendimento desta natureza trará para
a região também deve ser considerada um impacto. A implantação de um
empreendimento com a proposta urbanística visando o uso misto, com total
atendimento à legislação e com execução de melhorias na infraestrutura por parte
do empreendedor, tendem a elevar naturalmente o valor dos imóveis em seu
entorno.
Considera-se também que o incremento no comércio e prestação de
serviços, advindos da implantação do empreendimento, também incidirá na
valorização de imóveis. Os moradores da área de vizinhança passarão a ter acesso
a serviços e comércio que hoje exigem seu deslocamento, principalmente em se
tratando de imóveis distantes das zonas centrais. Importante citar que a instalação
de novos comércios e serviços na região está vinculada à possibilidade legal
determinada pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.

5. IMPACTOS E MEDIDAS MITIGADORAS

5.1 IMPACTOS GERADOS

Os impactos negativos e positivos gerados pelo empreendimento durante a


fase de implantação e durante a fase de operação estão apresentados na Matriz de
Impacto anexa ao presente Termo de Referência.
A matriz de impacto foi elaborada de acordo com os onze parâmetros a
seguir:

• Natureza; positiva ou negativa


• Probabilidade; ocorre ou não ocorre
• Abrangência; Área de Influência Direta (AID) ou Área de Influência Indireta
(AII)
• Meio Afetado; Espacial ou Sócio Econômico
• Incidência; Direta ou Indireta
• Frequência; Temporário ou Permanente

22
• Reversibilidade; Reversível ou Irreversível
• Temporalidade; Imediato, médio ou longo prazo
• Magnitude; Pequena, Média ou Alta
• Mitigabilidade; Mitigável ou Não Mitigável
• Significância; Pequena, Média ou Alta

5.2 MEDIDAS MITIGADORAS

Foram identificados impactos negativos na fase de implantação do


empreendimento. As medidas mitigadoras propostas para esses impactos são:

Geração de ruídos durante as obras.

Medidas mitigadoras propostas:


• Restringir as atividades das obras exclusivamente ao horário diurno, quando
existem menos moradores nas residências do bairro vizinho;
• Definir programas de manutenção e regulagem de máquinas, equipamentos
e veículos de forma que sejam submetidos com frequência a fiscalização
quanto o nível de ruídos emitidos;
• Respeitar os limites de tolerância definidos pela NR 15, para exposição de
trabalhadores a emissão de ruídos contínuos e intermitentes (anexo 1 da
norma), ou para ruídos de impacto (anexo 2 da norma).
• Uso de EPI pelos trabalhadores conforme a necessidade.

Geração de poeiras durante as obras.


Medidas mitigadoras propostas:

• Manter o material proveniente das escavações umedecido, e na medida do


possível, compactado a fim de evitar a proliferação acentuada de partículas
no ar;
• Manter as vias de acesso ao empreendimento e vias de circulação internas
umedecidas, assim como os montes de estocagem de materiais
especialmente durante períodos em que a umidade do ar for mensurada em
menos que 20%;

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• Respeitar os limites de tolerância definidos pela NR 15 (anexo 12) para
exposição de trabalhadores a emissão de poeiras minerais.
• Controlar e orientar o fluxo de veículos na área da obra afim de evitar a
formação desnecessária de poeira.

Aumento do fluxo de veículos nas vias durante as obras


Medidas mitigadoras propostas:
• Estabelecer entendimentos com o Departamento de Trânsito de Ribeirão
Preto, a fim de adotar medidas para o correto uso das vias no entorno ao
empreendimento, como, por exemplo, definir horários específicos para o
trânsito de veículos pesados e máquinas, de forma a garantir não somente a
fluidez, como também a segurança dos usuários da via (pedestres,
condutores, ciclistas, etc.);
• Além de especificar os horários que os veículos de grande porte e as
máquinas poderão circular nas vias públicas (entre 7h e 17h), serão utilizadas
preferencialmente vias de acesso principal e não as vias de acesso local ao
empreendimento;
• O empreendedor se responsabilizará por toda a sinalização de trânsito de
obra, respeitando a lei federal no 9.503 – Código de Trânsito Brasileiro.

As ações propostas deverão ser cumpridas integralmente buscando a


mitigação dos impactos.
Para a aprovação e viabilização do empreendimento todas as Diretrizes
emitidas deverão ser cumpridas.
As medidas mitigadoras associadas à fase de operação do
empreendimento deverão ser definidas após a manifestação das Secretarias da
Saúde, Educação e da TRANSERP, em conjunto com a CCU, após deliberação do
Secretário de Planejamento.

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6. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO ESTUDO
6.1 NOME 6.2 CPF
Rejane Eli Bermudes Barbato 159.917.408-10
6.3 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 6.4 Nº CONSELHO 6.5 Nº RRT
DE CLASSE (Anexo 2)
Arquiteta e Urbanista
CAU: A109867-5
0000009284909
6.6 ENDEREÇO 6.7 BAIRRO

Avenida São Carlos, 2205 – SL 810


6.8 MUNICÍPIO 6.9 CEP 6.10 FONE
São Carlos 13560-900 (16) 3415.4346
Assumo, sob as penas da lei, qu as informações prestadas são verdadeiras
LOCAL E DATA ASSINATURA DO RESPONSÁVEL
TÉCNICO

____________________________
Brio Lar Estados Unidos 1 SPE LTDA

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7 ANEXOS

Anexo 1 Sondagem
Anexo 2 RRT- EIV

26
Anexo 1
Sondagem

27
Anexo 2
RRT - EIV
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