Plano de Adequa o Da UFS A LGPD
Plano de Adequa o Da UFS A LGPD
Plano de Adequa o Da UFS A LGPD
2020-2021
Revisores
Andrés Menéndez
Gustavo Torres de Brito Daier
Marcos Vinícius Nascimento Gonzalez Castaneda
Valter Joviniano
Capa e Design
Giulia Alves Sanchez
HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes hipóteses:
(...)
III - pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários
à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em
contratos, convênios ou instrumentos congêneres, observadas as disposições do Capítulo IV
desta lei;
(...)
Ainda, é importante esclarecer que, as disposições da lei não são aplicadas ao tratamento de
dados pessoais nas seguintes situações previstas no art. 4° da LGPD:
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I - Realizado por pessoa natural para fins exclusivamente particulares e não econômicos;
II - Realizado para fins exclusivamente jornalísticos, artístico e acadêmico (aplicando-se a
esta última hipótese os Artigos 7º e 11 da LGPD);
III - Realizado para fins exclusivos de segurança pública, defesa nacional, segurança do
Estado ou atividades de investigação e repressão de infrações penais, ou;
IV - Provenientes de fora do território nacional e que não sejam objeto de comunicação, uso
compartilhado de dados com agentes de tratamento brasileiros ou objeto de transferência
internacional de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o país de
proveniência proporcione grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto na LGPD.
Além disso, independente da hipótese, a LGPD expressa em seu art. 6º que o tratamento de
dados pessoais deve observar a boa-fé e os dez princípios fundamentais específicos.
São eles:
Não basta, portanto, o enquadramento em uma das hipóteses legais (ou mais de uma) para
iniciar o tratamento de dados pessoais. É fundamental garantir que os princípios listados acima sejam
respeitados durante todo o processo.
Mesmo ficando clara a base de tratamento que, de forma geral, deverá ser utilizada pelos órgãos
públicos, o Plano de Adequação da UFS teve o cuidado de considerar outras Leis que afetam
diretamente as tomadas de decisões relativas a dados pessoais, promovendo harmonização entre as
leis já vigentes, como: LAI (Lei de Acesso à Informação), Lei do Habeas Data, Lei Geral do Processo
Administrativo e Marco Civil da Internet. Por isso, as leis citadas também serão consideradas para
que os servidores e demais agentes da UFS entendam como seus propósitos poderão coexistir, dando
segurança e conformidade para os processos a serem executados por eles.
Portanto, visando a adequação à lei para que a UFS esteja em conformidade, além de garantir
que os dados pessoais assegurados a ela estejam protegidos, faz-se necessário criar um plano de
adequação que seja do conhecimento de todos, como também, um direcionador para o alcance dos
objetivos propostos.
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1.1 DEFINIÇÃO DOS PAPÉIS
Para que o Plano de Adequação seja iniciado é fundamental identificar todos os atores
envolvidos no processo, representados e expresso no art. 5º da LGPD, com a seguinte nomenclatura:
Titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de tratamento;
Entende-se que a UFS trabalha com os dados pessoais dos seguintes usuários:
1. Alunos
2. Servidores
3. Terceirizados
4. Parceiros
5. Comunidade
Controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a quem competem as
decisões referentes ao tratamento de dados pessoais;
Tem-se como controlador a própria UFS.
Obs.: Vale ressaltar que servidores e terceirizados executam seus trabalhos, com base nas
determinações da UFS, em suas respectivas funções. Portanto, qualquer um desses responde
como controlador. Todos somos um só.
Operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o tratamento
de dados pessoais em nome do controlador;
Na UFS os operadores são aqueles que, por motivos distintos, possuem acesso aos dados dos
usuários, como fornecedores, terceiros e ou parceiros.
Encarregado: pessoa natural, indicada pelo controlador, que atua como canal de
comunicação entre o controlador, os titulares e a autoridade nacional;
Agentes de Tratamento: o controlador e o operador;
Autoridade Nacional (ANPD): órgão da administração pública indireta responsável por
zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento desta Lei.
Para o setor público, há previsão de sanções que podem ser aplicadas caso exista alguma
irregularidade perante a lei e que poderão ser aplicadas pela ANPD, como: (1) Sanções de
advertência; (2) Publicização da infração; (3) Bloqueio ou eliminação dos dados pessoais a que se
refere a infração, sem prejuízo das sanções previstas no Estatuto do Servidor Público Federal, na Lei
de Improbidade Administrativa e na Lei de Acesso à Informação.
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1.2 OBJETIVOS DO PLANO DE ADEQUAÇÃO
Para que os objetivos sejam alcançados, foram considerados os seguintes fatores condicionantes
sobre a realidade da UFS:
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Figura 01 - Fluxo de ações para adequação à LGPD
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2 ETAPA I: PREPARAR A UFS PARA ADEQUAÇÃO À LGPD
Quant
O quê Por quê Quando Como Quem Onde
o
Porque é exigido por Lei em seu Art. 41 da Por meio de Portaria de
Definição DPO Imediatamente Reitor ou Responsável Direto GR -
LGPD Designação
De acordo com a LGPD, toda empresa pública deverá nomear um servidor como o
“Encarregado pelo Tratamento de Dados Pessoais” (ou DPO – Data Protection Officer), que será o
elo entre controlador, os titulares dos dados e a ANPD. De forma geral o encarregado, para
acompanhar todo o ciclo de vida dos dados que trafegam no órgão ou instituição, terá que saber como
os dados são coletados, por quais meios, como são usados, com quem são compartilhados e como são
armazenados e descartados.
Buscando sempre estar em conformidade com a lei, a UFS publicou a Portaria Nº 601 de 14 de
agosto de 2020 designando o seu encarregado de dados e suas atribuições, que são:
1. Atuar como intermediador entre a UFS, os titulares dos dados e a autoridade nacional, e
prestar esclarecimentos em caso de reclamações e comunicações com apoio das áreas
técnicas, conforme o caso;
2. Orientar os servidores e demais envolvidos em processos sobre políticas e práticas a serem
utilizadas para à proteção de dados pessoais, com apoio das áreas de comunicação e
capacitação institucional;
3. Propor, com o apoio das áreas técnicas, medidas de adequação para cumprimento da
LGPD;
4. Elaborar Relatório de Impacto à Proteção de Dados Pessoais (RIPD), inclusive de dados
sensíveis, referente a suas operações de tratamento de dados;
5. Apresentar informes periódicos ao gabinete da reitoria, sobre a proteção de dados da
Instituição;
6. Contribuir para a disseminação de uma cultura de governança de dados, proporcionando
maior conformidade e segurança para os titulares dos dados;
7. Executar as demais atribuições determinadas pelo controlador ou estabelecidas em normas
complementares.
Além disso, no dia 15 de setembro de 2020 por meio da Portaria Nº 699, foi instituído um
Grupo de Trabalho (GT) com a finalidade de articular projetos e ações a serem implantadas pela
Administração da UFS, com vistas a cumprir as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados –
LGPD, com as seguintes atribuições:
1. Definição das diretrizes e das políticas de atuação conjunta, com objetivo de adequar a
UFS, seus processos e seus sistemas às regras contidas na LGPD;
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2. Definição, em consonância com as competências de cada unidade administrativa da UFS,
das responsabilidades no âmbito da LGPD;
3. Definição de ações, atividades, projetos, alterações contratuais e instrumentos jurídicos a
serem criados no âmbito da UFS;
4. Instituir um calendário de ações.
Quadro 02 - Composição do GT
SERVIDOR LOTAÇÃO
Thais Ettinger Oliveira Salgado (DPO) Departamento de Administração (DAD)
Gustavo Torres de Brito Daier Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD)
Carlos Roberto de Carvalho Junior Coordenação de Programas, Convênios e Contratos COPEC)
Marcos Cabral de Vasconcellos Barretto Ouvidoria
Fábio Alves dos Santos Centro de Educação Superior a Distância (CESAD)
Marcos Vinícius Nascimento Gonzalez Pró-reitoria de Planejamento (PROPLAN)
Castaneda
Roberto Wagner Xavier de Souza Gabinete do Reitor (GR)
Fonte: Encarregada UFS (2020)
O processo de adequação à LGPD não pode ser subestimado. A adequação não será
responsabilidade apenas de uma área, mas de todos as áreas e unidades da UFS que, em algum
momento, lidam com dados.
O trabalho exige uma análise intensa de toda a UFS, a identificação de todas as formas de
coletas de dados, bem como mapeamento dos métodos e responsáveis pelo tratamento, do início até
a última etapa do tratamento.
Nesse sentido, para a primeira etapa do Plano de Adequação, a participação da alta gestão será
fundamental para que todos compreendam a importância da lei. Além disso, o trabalho do
Encarregado pela Proteção de Dados e as responsabilidades do Grupo de Trabalho também serão
decisivos para todo o processo. De forma objetiva, tem-se a seguinte matriz de responsabilidade:
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Figura 02 - Matriz de Responsabilidade
De forma visual, com a Figura 02, é possível verificar que deve haver um envolvimento de
todos os atores da UFS, não pelo compartilhamento da responsabilidade, mas sim pelo compromisso
com o tratamento de dados pessoais de todos os titulares que compõem a comunidade acadêmica.
2.3 ASSESSMENT
A UFS entende que a LGPD não foi criada para coibir, de nenhuma forma, o tratamento de
dados pessoais tratados pelas empresas públicas, mas sim normatizar a forma com que são realizados
tais tratamentos.
Entretanto, considerando a complexidade setorial da UFS e o volume de informações que
circulam nela, será feita uma macro avaliação da realidade da UFS em relação ao tratamento de dados.
Por isso, entrevistas com roteiro pré-determinado serão realizadas com os gestores ou responsáveis
das Pró-Reitorias e unidades que tenham entrada de dados, como: Colégio Aplicação (CODAP); -
Centro de Educação Superior a Distância (CESAD); e Divisão de Concurso Vestibular (DCV).
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A intenção das entrevistas, também é, proporcionar um contato mais direto, com todos os
gestores, sobre como a LGPD irá afetar diretamente nossa instituição e o trabalho de cada um. Dessa
forma, foi elaborado o seguinte roteiro de entrevista, apresentado no Quadro 03:
Entende-se que, com tais questionamentos, será possível tanto introduzir o conhecimento
sobre a LGPD (com uma parte do programa de conscientização), quanto ter informações gerais sobre
a conformidade dos processos, respeitando a complexidade das áreas e preparação dos atores
envolvidos. Dessa forma, o planejamento das ações de assessment será feito, em um primeiro
momento, da seguinte forma:
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Vale ressaltar que, paralelo ao trabalho de adequação à LGPD, a UFS possui um grupo de
Mapeamento de Processos, instituído pela Portaria nº 555 de 29 de julho de 2020, que além de validar
as informações relativas aos processos existentes, está mapeamento novos processos ou processos
que ainda não foram mapeados. Esse trabalho ocorre em sinergia com o trabalho voltado para LGPD,
uma vez que ao finalizar o mapeamento de uma determinada área, o encarregado pela proteção de
dados iniciará o mapeamento dos dados (Data Mapping) pelo mesmo local.
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Além dos pontos críticos apresentados, o CODAP e CESAD também foram considerados como
demandas urgentes, já que o primeiro trata dados de menores e o segundo transfere dados pessoais
para empresa terceira.
Por isso, será elaborado um Plano Emergencial para que seja colocado em prática até dezembro
de 2020, consistindo em:
1. Adequação das páginas do site, inicialmente, para informar a finalidade dos dados tratados
e posteriormente para minimizar os dados, ou seja, tratar somente o necessário para cada
finalidade;
2. Adequação do tratamento de dados do menor de idade; e
3. Análise e adequação do contrato da empresa terceira que trata os dados do CESAD.
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2.5.1 Ciclo 01: Programa de conscientização
Como o programa é contínuo e tem de ser mantido, ele precisa ser reavaliado a cada ciclo.
Assim, poder-se-á ter uma melhor noção do que deu certo, do que pode ser adaptado e repensado ou
incluído. Isso fará com que o Programa de Conscientização da UFS seja adaptável ao cenário de
necessidades que se apresentem, proporcionando ações mais realistas e resultados mais sólidos
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3 ETAPA II: Construção do Inventário de Dados
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3.1 DEFINIÇÃO DA UNIDADE PILOTO: PROGEP
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preenchido, as reuniões também servirão como pequenos eventos para conscientização direcionada
por área.
Após o data mapping, será possível identificar quais dados são essenciais à atividade e onde
eles estão. Nessa perspectiva, a Encarregada pela Proteção de Dados na UFS (de acordo com o artigo
5º, VII da LGPD), deverá tratar todas essas informações como a lei determina e produzir relatórios
para as pessoas e órgão regulador, caso sejam solicitados.
A obrigação de registro das atividades de tratamento de dados é a base de qualquer programa
de governança de dados. Por isso, com o inventário, o fluxo da informação contemplando todo o ciclo
de vida dos dados, coleta, tratamento, armazenamento e descarte, esboçará o que precisa ser
modificado e o que pode ser mantido para estar em conformidade com a legislação de proteção de
dados.
O inventário também servirá para a análise de riscos inerentes a cada tratamento dos dados
pessoais, que serão aplicados juntamente com o responsável pela gestão de riscos e controles da UFS.
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Quadro 9 – Ciclo 02 – Aprofundando
Objetivo: Aprofundar o conhecimento sobre a LGPD na instituição
Nesse ciclo, já com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre a lei, o Plano fará uma
abordagem para aprofundar o conhecimento em massa e apresentar os principais impactos da lei para
a alta gestão da UFS. Assim, será possível ter maior apoio para a próxima etapa.
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4 ETAPA III: CONSTRUÇÃO DO INVENTÁRIO DE DADOS
Porque para que haja adequação Assim que todas as Campanha: “A UFS e a LGPD”
Programa de GT e
à LGPD, os servidores precisão ações do Ciclo 02 forem Maior divulgação dos Cursos do UFS -
Conscientização: Ciclo 03 PROGEP
ser informados e capacitados. concluídas Capacite-se
Fonte: Encarregada UFS (2020)
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4.1 MATRIZ DE RISCO
Para que os riscos à conformidade sejam levantados, pode-se, inicialmente, analisar a LGPD
quanto aos seus propósitos:
Além disso, o item VII, do art. 6º da LGPD expõe indiretamente os riscos que devemos analisar
e avaliar – “proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas
de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão”. Bem como o art. 44 da LGPD apresenta
que “o tratamento de dados pessoais será irregular quando deixar de observar a legislação ou quando
não fornecer a segurança que o titular dele pode esperar, consideradas as circunstâncias relevantes,
entre as quais”:
Assim, após as etapas anteriores, as áreas mapeadas serão analisadas conforme sua relevância
e forma de tratamento dos dados, considerando as seguintes premissas para gestão de riscos na UFS,
apresentadas no Quadro 11 a seguir:
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Quadro 11 – Matriz de risco
Nível de Tipo de
Descrição do nível de risco Ação de controle
risco resposta
Indica que nenhuma opção de
Risco resposta foi identificada para Evitar ou Promover ações que evitem/eliminem as causas
crítico reduzir a probabilidade e o eliminar e/ou efeitos
impacto a nível aceitável
Indica que o risco residual será
Risco Adotar medidas para reduzir a probabilidade ou
reduzido a um nível compatível Reduzir
alto impacto dos riscos, ou ambos
com a tolerância a riscos
Indica que o risco residual será Reduzir a probabilidade ou impacto pela
Risco Compartilhar
reduzido a um nível compatível transferência ou compartilhamento de uma parte
moderado ou transferir
com a tolerância a riscos do risco (terceirização da atividade).
Risco Indica que o risco inerente já está Conviver com o evento de risco mantendo
Aceitar
pequeno dentro da tolerância a risco práticas e procedimentos existentes
Fonte: Encarregada UFS (2020)
A matriz de risco apresentada, faz parte da metodologia de gestão de riscos da UFS e sua
utilização para gerenciamento de riscos da privacidade de dados, auxiliará todos os envolvidos a
fazerem sua gestão de forma mais clara e menos arriscada.
Dando continuidade ao item anterior, a ideia de ranquear as áreas com maior probabilidade de
risco e impacto, é justamente por considerar tais áreas como prioritárias para mitigação dos riscos, ou
seja, para promoção de mudanças ou ajustes que beneficiem a conformidade.
Vale ressaltar que um dos maiores focos para o desenvolvimento deste Plano, como já dito
anteriormente, é o compromisso com a privacidade dos dados pessoais. Nesse sentido, as ações para
adequação seguirão a ordem do ranking identificado nessa etapa do Plano.
O plano de mitigação de riscos da UFS terá como objetivo diminuir o impacto e probabilidade
de ameaças as ações que serão executadas. O plano deverá integrar a estratégia da instituição, e
alinhado à política adotada pela empresa no que diz respeito à prevenção de riscos e controles.
É vital que haja um trabalho complementar com o Comitê de Gestão de Riscos e Controles da
UFS (CGRC) – assim, os riscos associados ao cumprimento da LGPD se tornarão mais conhecidos
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perante as áreas e servidores poderão se preparar melhor para tratarem dados pessoais. Isso servirá
de base para a elaboração do relatório de impactos à proteção de dados.
4.7 RIPD
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Quadro 12 – Ciclo 03 - Realizando
Objetivo: Alcançar a base da UFS - técnicos e professores
Ação Objetivo Como
Desmitificar a LGPD para que seja de fácil acesso Folders direcionados
Campanhas Setoriais
e entendimento para todos Palestras setoriais
Palestra sobre riscos para privacidade dos dados Transmitido pelo Youtube
Evento
no setor público da TV UFS
Campanha Segurança da Campanha com alertas e exemplos sobre como o Folders e e-mails em
Informação titular dos dados deve proteger suas informações parceria com a STI
Fonte: Encarregada UFS (2020)
Nesse Ciclo, todos os públicos da UFS serão impactados e a consciência sobre a LGPD estará
presente em toda a Instituição.
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5 ETAPA IV: CONSTRUIR UMA POLÍTICA DE GOVERNANÇA DE DADOS
Levantar possíveis
Programa de
Capacitar os servidores para Logo no início da GT e custos de
conscientização: Curso online ou presencial
governança de dados etapa 04 PROGEP capacitação
Ciclo 04
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5.1 CONDIÇÕES INTERNAS E REQUISITOS EXTERNOS
Após a análise dos ambientes, serão discutidos todos os pontos para criar uma gestão ou
governança de dados que estejam em total conformidade com a LGPD e outras leis que tratem
diretamente a gestão pública.
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A conformidade é essencial para gerenciamento da LGPD, nesse sentido, utilizar uma
plataforma de gestão integrada de segurança da informação e conformidade poderá otimizar a
identificação dos impactos positivos e negativos que afetam a governança na UFS. Por isso, serão
considerados os seguintes aspectos:
Finalmente, neste ponto, a UFS desenvolverá sua Política de Governança e Proteção de Dados
na qual estarão compiladas as principais informações sobre a forma de tratamento de dados pessoais
na Instituição, que será publicada e atualizada periodicamente. A Política irá estabelecer as regras
internas que definem os padrões para o tratamento de dados pessoais no contexto das suas atividades,
assim conseguindo manter efetiva governança sobre os seus processos internos e atender aos
requisitos legais aplicáveis.
A publicação e o cumprimento desta política será mais uma medida tomada pela UFS para
cumprimento do art. 50 da LGPD onde diz: “[...] regras de boas práticas e de governança que
estabeleçam as condições de organização, o regime de funcionamento, os procedimentos, incluindo
reclamações e petições de titulares, as normas de segurança, os padrões técnicos, as obrigações
específicas [...]” (Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, art. 50º).
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A probabilidade e a gravidade dos riscos e dos benefícios decorrentes de tratamento de
dados do titular.
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6 ETAPA V: ADEQUAR A UFS À LGPD
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6.1 READEQUAÇÃO DE PROCESSOS
Após todas as etapas anteriores e com a Política de Governança de Dados instituída, será feita
uma nova passagem por todas as unidades da UFS, a fim de dar suporte a todos os servidores e
terceiros para a readequação dos processos de trabalho.
Será desenvolvido um calendário com carga horária flexível, a depender da necessidade de cada
área, onde o Encarregado e GT, estarão à disposição dos profissionais. Essa disponibilidade diz
respeito a suporte para dúvidas e eventuais ajustes que ainda possam surgir para a realização de um
trabalho.
Nesse momento, todos os contratos existentes na UFS serão revistos, para emissão de relatório
com adequações de cláusulas contratuais. Os relatórios também servirão para elaboração dos
requisitos legais obrigatórios que deverão conter em todos os contratos firmados pela instituição,
visando sempre a proteção e privacidade de dados pessoais.
A privacidade dos dados pessoais está sendo pensada como parte indissociável para qualquer
parte das etapas do Plano de Adequação da UFS. Mas acima de tudo, Privacy by Design – privacidade
desde a concepção, é uma mudança de mentalidade, pois impacta a forma de pensar que inclui um
jeito mais transparente de trabalhar.
Sendo assim, a privacidade será considerada em todos as etapas de todos os processos da UFS,
o que envolve assim diversas áreas e todos os atores envolvidos e engajados na privacidade dos dados.
É nesse momento que a nossa instituição terá maior consolidação da conformidade com a proteção
de dados, ou seja, quando tivermos uma cultura de conformidade e privacidade dos dados.
O privacy by design é composto por 7 princípios fundamentais específicos, que tem como
objetivo antecipar as situações que podem ferir a privacidade das pessoas e evitar que elas aconteçam.
São eles:
1. Proativo, e não reativo; preventivo, e não corretivo;
2. Privacidade como padrão (privacy by default);
3. Privacidade incorporada ao design;
4. Funcionalidade total;
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5. Segurança de ponta a ponta e proteção durante todo o ciclo de vida dos dados;
6. Visibilidade e transparência;
7. Respeito pela privacidade do usuário.
Dessa forma, todo o trabalho que envolverá a LGPD na UFS e todas as ações voltadas para
proteção e privacidade dos dados, serão desenvolvidos sob três pilares:
Assim, ponderando a realidade da UFS, consideramos essa concepção estrutural para obtermos
uma cultura de privacy by design.
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6.4 PROGRAMA DE CONSCIENTIZAÇÃO: CICLO 05
Com a possível adequação de alguns processos, será iniciada uma campanha setorial para
atender as necessidades e eventuais dificuldades de cada setor. Pretende-se, dessa forma, alcançar o
nível de conhecimento e práticas necessárias para que a UFS esteja em conformidade com a lei.
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7 ETAPA VI: CONFORMIDADE CONTÍNUA
Programa de Porque precisa ser incorporado ao Propondo inserção de cursos e Levantar possíveis
Logo após a finalização GT e
conscientização – programa permanente de palestras periódicas no plano de UFS custos de
do Ciclo 5 PROGEP
Ciclo 06 capacitação da UFS capacitação da PROGEP capacitação
Fonte: Encarregada UFS (2020)
41
7.1 RELATÓRIO DE IMPACTO À PROTEÇÃO DOS DADOS (RIPD)
42
8 CRONOGRAMA
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres
para o uso da Internet no Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2014/lei/l12965.htm. Acesso em: 18 set. 2020.
BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/lei/L13709.htm. Acesso em: 18 set. 2020.
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