Resolucao 1425 2019

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RESOLUÇÃO-COFECI Nº 1.

425/2019
(Publicada no D.O.U nº 184, de 23/09/19, Seção 1, fls. 110-111)

Dispõe sobre o processo de contas no âmbito do Sistema


COFECI-CRECI e dá outras providências.

O CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS - COFECI, no uso das atribuições


que lhe confere o artigo 16, incisos III, XII e XVII da Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978,
corroboradas pelo artigo 10, inciso III do Decreto nº 81.871, de 29 de junho de 1978;

CONSIDERANDO que compete ao COFECI zelar para que as atividades do Conselho


Federal e dos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis - CRECIs sejam exercidas com
rigorosa observância aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
economicidade, eficiência e transparência;

CONSIDERANDO a Instrução Normativa nº 63/2010, do Tribunal de Contas da União


– TCU, que estabelece regras gerais para organização e prestação de contas pela
administração pública federal, inclusive as autarquias especiais, a partir do exercício de 2010;

CONSIDERANDO que, a fim de dar cumprimento aos preceitos acima elencados, faz-
se necessária a fixação de prazos inexoráveis para remessa de documentos contábeis pelos
Conselhos Regionais ao COFECI;

CONSIDERANDO o disposto no Capítulo III, Seção I do Regimento do COFECI,


aprovado pela Resolução COFECI-1.126/2009,

R E S O L V E:

Art. 1º - Os Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis,


investidos da responsabilidade indelegável de Ordenadores de Despesas e responsáveis pela
gestão dos respectivos Conselhos, elaborarão seus processos de contas constituídos de duas
etapas distintas, na forma estabelecida e discriminada no art. 3º desta Resolução.

§ 1º - As prestações de contas anuais dos Conselhos Regionais, depois de examinadas


pelo Conselho Fiscal e apreciadas pelo Plenário, nos termos dos artigos 12 e 22,
respectivamente, do Regimento Padrão dos CRECIs, serão encaminhadas para exames
sucessivos da contabilidade e da Controladoria-Geral do COFECI, antes de serem submetidas
à homologação do Plenário.

§ 2º - Na apreciação dos processos de contas dos Conselhos Regionais, o Plenário do


COFECI poderá requerer esclarecimentos à Contabilidade ou à Controladoria-Geral.
Art. 2º - A Controladoria-Geral do COFECI emitirá certificados contendo manifestações
sobre a regularidade ou não das contas apreciadas, nos termos do art. 4º, § 3º da Instrução
Normativa TCU-063/2010 e Capítulo III, arts. 27 a 33 do Regimento do COFECI.

Capítulo I

DO PROCESSO DE CONTAS DOS CONSELHOS REGIONAIS E FEDERAL

Art. 3º - O processo de contas dos Conselhos Regionais integrantes do Sistema COFECI-


CRECI constitui-se de duas fases distintas:

Fase I: Planejamento Anual:

a) Plano de Ação – Estabelece os objetivos, programas e metas definidos pela


Diretoria do Conselho para o ano seguinte, com a estimativa de recursos para a
sua execução condizente com o planejamento estratégico.
b) Proposta Orçamentária – Receitas estimadas e despesas fixadas para o exercício
seguinte, na forma estabelecida no Capítulo III desta Resolução.

Fase II: Prestação de Contas Anual - Elaborada com base na gestão realizada no ano anterior
contendo as seguintes peças:

a) Relatório Anual de Gestão - contempla todas as informações relacionadas à


gestão administrativa e financeira do Conselho, conforme estabelece o art. 24 do
Regimento Padrão dos CRECIs e a Instrução Normativa-063/2010 do TCU;
b) Parecer do Conselho Fiscal;
c) Rol dos responsáveis – Devem constar apenas o Presidente do Conselho, como
ordenador de despesas, e o Diretor-Tesoureiro. Em caso de licença ou
afastamento temporário dos titulares, em lugar do substituído deve constar, no
período da substituição, o respectivo substituto;
d) Relatório elaborado pela Contabilidade, abrangendo:
I. Balanço Financeiro;
II. Balanço orçamentário;
III. Balanço patrimonial e comparado;
IV. Demonstração das variações patrimoniais;
V. Demonstração dos saldos das contas patrimoniais;
VI. Demonstração do fluxo de caixa;
VII. Conciliação bancária, incluindo extratos dos bancos e das aplicações no último
dia do mês de dezembro, e o demonstrativo de divergências, se houver, entre
os saldos bancários e os constantes da escrituração contábil;
VIII. Notas explicativas contendo as informações mais relevantes que ocorreram
na movimentação financeira do Conselho. (Anexo I)
IX. Mapa demonstrativo do cálculo mensal das cotas-parte enviadas
mensalmente ao COFECI;
X. Mapa demonstrativo do cálculo mensal das parcelas de amortização de
empréstimos contraídos junto ao COFECI, cotejadas com o saldo dos
balanços;
XI. Demonstrativo do inventário de bens patrimoniais, com os valores totais
(móveis, imóveis e equipamentos) conciliados com os saldos do balanço.
XII. Declaração expressa da respectiva unidade de pessoal de que os responsáveis
pela gestão da entidade estão em dia com as exigências da Lei nº 8.730/1993,
relativas à declaração de bens e rendas. (Presidente, Diretor-Tesoureiro, seus
substitutos durante o exercício financeiro e a quem tiver sido outorgada
procuração para movimentação de recursos financeiros da Entidade)

Art. 4º - O Planejamento Anual contendo o Plano de Ação, a Proposta Orçamentária e


a documentação que os fundamente será elaborado no ano anterior ao que se referir e, depois
de aprovado pelo plenário do Conselho Regional, será remetido ao COFECI no prazo
estabelecido no art. 29 “a”, desta Resolução.

Art. 5º - O Relatório Anual de Gestão deve contemplar todos os recursos


orçamentários e extra-orçamentários utilizados, arrecadados, guardados ou geridos pelo
Conselho Regional, bem como as principais ações gerenciais e institucionais realizadas no
exercício anual a que se referir.
Art. 6º - O processo de contas do COFECI, no que couber, será elaborado à similaridade
do processo de contas dos Conselhos Regionais.

Art. 7º - Após aprovação pelo Conselho Fiscal e certificação pela Controladoria-Geral,


a Diretoria do COFECI apresentará ao seu Plenário o seu processo de contas, na mesma Sessão
Plenária em que forem apresentados os processos de contas dos Conselhos Regionais.

Capítulo II

DO PLANO DE AÇÃO

Art. 8° - Os Conselhos Regionais elaborarão seu planejamento anual com as projeções


de execução para o próximo exercício considerando a seguinte estrutura básica, exigidas no
Relatório Anual a ser encaminhado ao TCU:

a) Programas, projetos e atividades com metas físicas abrangendo, obrigatoriamente, a


missão institucional do Conselho nas áreas de fiscalização e registro profissional, com os
percentuais de recursos orçamentários a serem alocados nas rubricas correspondentes;
b) Identificação de mecanismos de avaliação e de mobilização dos recursos humanos,
estruturais e financeiros para a implementação das metas estabelecidas;
c) Manutenção e aperfeiçoamento do Sistema de Informações para divulgação das ações
institucionais, em consonância com a Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011);
d) Otimização dos serviços de compartilhamento de informações e de apoio institucional
entre os entes integrantes do sistema COFECI-CRECI, mediante projetos de treinamento,
auxílios inter-regionais e uniformização de processos e atividades administrativas.
e) Treinamento e programa de educação continuada, no âmbito dos corretores de imóveis.

Art. 9º - O Plano de Ação deve contemplar todas as ações abrangentes e finalísticas de sua
competência, especialmente:

a) Programas institucionais em benefício dos Corretores de Imóveis, voltados para o exercício


de suas atividades;
b) Programa anual de Fiscalização do exercício da profissão;
c) Programa de Cobrança sistemática da inadimplência, inclusive a administração da Dívida
Ativa e a negativação dos devedores;
d) Processos de suspensão e de cancelamento de registros;
e) Ações voltadas para a capacitação e treinamento do pessoal mobilizado, dentre outros.

Capítulo III

DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA

Art. 10 - A proposta orçamentária dos entes integrantes do Sistema COFECI-CRECI


conterá as seguintes peças:
a) Mensagem do presidente contendo: exposição circunstanciada da situação econômico-
financeira da entidade; compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da
política econômica e financeira do Conselho; justificação da receita e despesa,
particularmente no tocante ao orçamento de capital;
b) Demonstrativo analítico dos valores estimados para Receita e Despesa, com as rubricas
orçamentárias previstas no Plano de Contas, de uso obrigatório por todos os Conselhos
Regionais, em conformidade com o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP)
e com o Sistema de Contabilidade adotado;
c) Parecer do Conselho Fiscal;
d) Aprovação da proposta orçamentária do Conselho Regional, ou do Federal, pelo
respectivo Plenário;
e) Homologação, pelo Plenário do COFECI, das propostas orçamentárias dos Conselhos
Regionais.
f) Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas da receita e da despesa,
constarão, em colunas distintas e para fins de comparação:
 A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se
refere a proposta;
 A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta;
 A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta;
 A despesa realizada no exercício imediatamente anterior;
 A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta;
 A despesa prevista para o exercício a que se refere e a proposta
Art. 11 - A Receita estimada para a elaboração da Proposta Orçamentária contempla:

a) Da Receita (no Conselho Regional)


I. 80% das anuidades e emolumentos;
II. Multas decorrentes de aplicação de penalidades aos profissionais inscritos;
III. Renda patrimonial;
IV. Contribuições voluntárias;
V. Subvenções eventuais por doações privadas e de outras entidades públicas.
Parágrafo único. Para a estimativa da Receita o Conselho Regional considera:
I. Provável arrecadação de anuidades, obtida pela multiplicação do número de
corretores de imóveis, pessoas físicas e jurídicas ativas, pelo valor da anuidade do
exercício vigente, acrescido da atualização estabelecida pelo COFECI para as anuidades
do ano futuro;
II. Receita estimada de acordo com os cálculos da Tabela explicativa, constante do item
“f” do artigo 10 desta Resolução.
III. Receitas de Valores Mobiliários - prováveis rendimentos com aplicações financeiras,
bem como rendimentos sobre empréstimos e operações assemelhadas;
IV. Receitas de cursos, vendas de livros, mala direta e realização de eventos, se houver,
de acordo com a previsão sobras entre receitas e despesas;
V. Receitas de emolumentos, estimadas com base em toda e qualquer taxa de serviços a
serem aferidos pelo Conselho Regional (Ex.: certidões, inscrições, transferências,
emissão de carteiras, etc.)
VI. Receitas decorrentes de multas, juros de mora e correção monetária previstas,
considerados como Outras Receitas;
VII. Valores não recebidos e inscritos em Dívida Ativa, tanto na fase administrativa quanto
na executiva, de pessoas físicas e jurídicas inadimplentes, devidamente identificadas,
bem como multas, juros e correção monetária delas decorrentes;
VIII. Receita estimada de Juros de mora, multas e correção monetária sobre possíveis
recebimentos de anuidades de exercícios anteriores e do próprio, parcelados ou não;
IX. Receitas de Capital, previstas conforme sua natureza e provável realização.

b) Da Receita (no Conselho Federal)


I. Cota-parte do COFECI - 20% das receitas operacionais dos Conselhos Regionais,
constituídas pelas anuidades e emolumentos arrecadados (Art. 17, inciso I da Lei
6530/78), assim como da receita oriunda da cobrança da Dívida Ativa, inclusive multas
não decorrentes de penalidade infracional e seus consectários, como juros de mora e
correção monetária.
II. Rendas financeiras decorrentes de aplicação de saldos bancários existentes;
III. Renda patrimonial;
IV. Contribuições voluntárias;
V. Subvenções eventuais por doações de outras entidades públicas;
VI. Outras receitas eventuais.

Art. 12 - O valor das anuidades e emolumentos para o ano seguinte é decidido por
Resolução do Plenário do COFECI, com base em limitador legal, corrigido pelo IPCA – Índice de
Preços ao Consumidor Ampliado (FGV), nos termos do artigo 16, inciso VII, §§ 1º e 2º da Lei
6.530/78.
Art. 13 - Fixam-se as despesas considerando-se as seguintes rubricas:
a) Despesas Correntes:
- Despesas de Custeio – Manutenção das despesas com as atividades normais do
Conselho, tais como: pessoal, aquisição de bens de consumo, serviços de terceiros,
manutenção de equipamentos, água, energia, telefone etc.

- Transferências correntes. Compreendem as dotações para despesas as quais não


corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e
subvenções destinadas a atender à manutenção de entidades do Sistema COFECI-CRECI.

b) Despesas de Capital:
- Investimentos – As dotações autorizadas para o planejamento e a execução de obras,
para os custos relacionados às obras programadas, aquisição de instalações,
equipamentos e material permanente.
- Inversões financeiras. Os valores destinados à aquisição de bens imobilizáveis (imóveis,
móveis, veículos e equipamentos), realização de obras, amortização de dívida,
subvenções, etc.;
- Transferências de Capital - Valores destinados aos CRECIs para aquisição de bens
imobilizáveis (veículos, móveis e equipamentos), realização de obras, amortização de
dívida, auxílios e contribuições e amortização da dívida.
Art. 14 - Na elaboração da proposta orçamentária devem ser observados os seguintes
princípios:
a) Anualidade - as previsões de receita e despesa devem referir-se somente a um período de
tempo – janeiro a dezembro.
b) Unidade - deve existir somente um orçamento para cada exercício financeiro.
c) Universalidade – o orçamento deve conter todas as receitas e todas despesas previstas
para o ano a que se refere.
d) Exclusividade – deve conter somente matéria orçamentária, excluídos assuntos
estranhos.
e) Especificação – as despesas devem ser classificadas em nível de desagregação que
permita a sua análise.
f) Publicidade – o conteúdo orçamentário deve ser divulgado no Portal da Transparência,
para conhecimento dos profissionais da categoria e da sociedade.
g) Equilíbrio – para cada exercício financeiro, o montante da despesa não pode ultrapassar
a receita prevista para o período. Esse princípio se constitui em meio de limitar o
crescimento dos gastos em relação à despesa programada para o ano em referência.

Capitulo IV
DAS REFORMULAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

Art. 15 - É obrigatória a Reformulação Orçamentária nos seguintes casos quando:

a) A dotação orçamentária da despesa for, justificadamente, insuficiente para a realização das


ações previstas, e se for necessária movimentação de recursos entre despesas correntes e
de capital ou vice-versa;
b) Houver necessidade de suplementação ou redução do valor do orçamento, seja por
aumento ou redução de arrecadação ou incorporação de superávit financeiro.

Art. 16 - É vedada a execução de despesas não previstas no Orçamento.

Art. 17 - As reformulações orçamentárias, após análise da contabilidade e parecer do


respectivo Conselho Fiscal, serão ser submetidas à Controladoria do COFECI, antes da
execução das despesas relativas aos valores reformulados.

Parágrafo único – A reformulação só poderá ser feita até o dia 31 de outubro do ano
fiscal correspondente.
Art. 18 - As reformulações orçamentárias serão compostas pelas seguintes peças:

a) Demonstrativos sintéticos da receita e despesa;


b) Demonstrativos analíticos da receita e despesa;
c) Justificativa do motivo da reformulação orçamentária;
d) Parecer da Contabilidade;
e) Parecer do Conselho Fiscal assinado por, no mínimo, dois de seus membros;
f) Extrato da Ata da sessão plenária em que se aprovou a reformulação;
g) Parecer da Controladoria-Geral do COFECI;
h) Aprovação do Plenário do COFECI.

Parágrafo único - As propostas de reformulação orçamentária serão disponibilizadas pelos


CRECIs, por meio eletrônico, para análise e homologação pelo COFECI, acompanhadas da
documentação exigida neste artigo.

Art. 19 - A transposição de dotação orçamentária dentro dos grupos de despesas


correntes e de capital, assim como as realocações de recursos no âmbito da mesma categoria
econômica de despesa, quando necessárias, poderão ocorrer com autorização do presidente
do Conselho e constarão do processo trimestral de balancete de verificação.

Art. 20 - O Conselhos Regional deverá publicar a reformulação orçamentária em seu


Portal de Transparência em até 15 dias após a aprovação pelo COFECI.

Capitulo VI
DA DISPONIBILIZAÇÃO DOS BALANCETES

Art. 21 - Os balancetes dos Conselhos Regionais serão elaborados mensalmente e


remetidos trimestralmente à Contabilidade e, sucessivamente, à Controladoria do COFECI,
preferencialmente por processo eletrônico, por meio do Sistema de Contabilidade utilizado
pelo Sistema COFECI-CRECI, compostos pelas seguintes peças:

a) Comparativo da receita orçada com a arrecadada;


b) Comparativo da despesa prevista com a realizada;
c) Balanços orçamentário, financeiro e patrimonial;
d) Demonstração das variações patrimoniais;
e) Demonstrativo do fluxo de caixa;
f) Conciliação e extratos bancários;
g) Análise do setor de contabilidade do regional;
h) Demonstrativo de cota-parte pertencente ao COFECI;
i) Parecer do Conselho Fiscal, assinado por, no mínimo, dois de seus membros;
j) Extrato da Ata da Sessão Plenária em que se aprovou o balancete.
Parágrafo único – O balancete do COFECI, à similaridade dos Regionais, será elaborado
mensalmente e remetido trimestralmente à sua Controladoria-Geral.

Art. 22 - Os balancetes trimestrais dos Conselhos Regionais deverão ser apresentados


ao COFECI, por meio eletrônico, até as seguintes datas:

a) 1º trimestre – 15 de maio de cada ano;


b) 2º trimestre – 15 de agosto de cada ano;
c) 3º trimestre – 15 de novembro de cada ano;

Parágrafo único – O balancete do 4º trimestre e respectiva documentação serão


analisados em conjunto com a Prestação de Contas e o Relatório de Gestão Anual os quais
serão submetidos a exames sucessivos da Contabilidade e da Controladoria-Geral do COFECI
até o dia 15 de março do ano subsequente a que se referem.

Art. 23 - A Controladoria-Geral do COFECI, após analisar os balancetes trimestrais que


lhe chegarem às mãos, recomendará as correções que entender necessárias, antes de sua
remessa ao Conselho Fiscal.

Art. 24 - Os balancetes trimestrais e as prestações de contas anuais deverão ser


disponibilizados, pelo COFECI e pelos Conselhos Regionais, no Portal da Transparência
respectivo.

Art. 25 - Os Conselhos Regionais disponibilizarão seus balancetes trimestrais ao


COFECI, via eletrônica, por meio de senha de acesso por eles fornecida, em formato “somente
consulta”, ficando a contabilidade e a Controladoria-Geral do COFECI, sucessivamente,
responsáveis pelo acompanhamento e auxílio aos Conselhos na condução dos processos de
registros de contas.

Capitulo VI
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS E RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO
Art. 26 - O Relatório Anual de Gestão do COFECI e dos Conselhos Regionais será
elaborado observando-se a seguinte legislação:

a) Instrução Normativa TCU nº 63/2010;


b) Decisões Normativas e Portarias do Tribunal de Contas da União, editadas anualmente;
c) Lei n° 6.530, de 12 de maio de 1978, em especial o art. 16, incisos III e XII;

Art. 27 - O Relatório Anual de Gestão, sob a forma de Relato Integrado, após


homologação da prestação de contas pelo Plenário do COFECI, deverá ser enviado
eletronicamente, pelo próprio órgão (CRECI e COFECI) diretamente ao TCU, por meio do
Sistema e-Contas, salvo se houver disposição em contrário do Tribunal de Contas da União.
Parágrafo único. O COFECI emitirá, anualmente, as instruções relativas à formalização
do processo relativo à Prestação de Contas anual dos entes do Sistema COFECI-CRECI,
observada a legislação pertinente.

Art. 28 - O COFECI comunicará formalmente aos Conselhos Regionais as decisões do


Plenário sobre a apreciação e homologação de suas respectivas prestações de contas.

Capítulo VII

DOS PRAZOS

Art. 29 - Fixam-se os prazos a seguir como datas finais para o cumprimento das
obrigações estabelecidas nesta Resolução:

a) Até o dia 30 de outubro de cada ano, para envio pelos Conselhos Regionais ao COFECI, de
seus processos de Planejamento Anual, devidamente formalizados e aprovados pelos
respectivos plenários para análise da Controladoria-Geral do COFECI.
b) Até o dia 30 de novembro de cada ano, a Controladoria-Geral do COFECI emitirá opinião
sobre os processos de Planejamento Anual dos Conselhos Regionais, com as observações
sobre a compatibilidade das contas de receita e de despesas, dos investimentos e dos
projetos e programas previstos com utilização de recursos próprios ou não.
c) Até 31 de dezembro do exercício vigente, O COFECI apreciará o seu processo de
Planejamento Anual e de todos os Conselhos Regionais e os publicará no Diário Oficial da
União e no seu Canal da Transparência.
d) Até 31 de janeiro do ano subsequente, todos os Conselhos Regionais, obrigatoriamente,
encerrarão seus balanços do exercício anterior, utilizando-se, se necessário, do auxílio da
Contabilidade do COFECI e da Controladoria-Geral.
e) Até 31 de março do ano subsequente à sua execução, os Conselhos Regionais remeterão
ao COFECI seus processos de prestação de contas, contendo os documentos exigidos no
Capítulo VI desta Resolução.

Parágrafo único - Permanecem em vigor os prazos estabelecidos regimentalmente


para que o COFECI e os Conselhos Regionais submetam aos seus Plenários os respectivos
processos de prestações de contas anuais.

Capítulo VIII
DAS PENALIDADES
Art. 30 - Aplicam-se aos Conselhos Regionais inadimplentes com as determinações
desta Resolução:
a) Sobrestamento no julgamento de suas contas, quando houver pendências apontadas pelo
Conselho Fiscal, pela Contabilidade ou pela Controladoria-Geral do COFECI, até que sejam
atendidas, no prazo concedido pelo Plenário, que não será superior a 15 dias, considerando
o prazo estabelecido pelo TCU para o envio da Prestação de Contas àquela Corte;
b) Não concessão de auxílios, empréstimos ou doações;
c) Intervenção temporária no Conselho inadimplente, nomeando-se Diretoria provisória, até
que seja regularizada a situação, ou se isso não ocorrer, até o término do mandato, com os
desdobramentos constantes do Inciso XVII do art. 10 do Decreto 81.871/78.

Capitulo IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 31 - Além da análise da documentação citada nesta Resolução, o COFECI poderá


enviar técnicos/auditores, para o exame da gestão operacional e contábil dos Conselhos
Regionais, os quais emitirão relatórios sobre os achados ou a regularidade da gestão, que
serão submetidos à apreciação da Diretoria do COFECI após parecer da sua Controladoria-
Geral e de Auditoria Independente.
Art. 32 - O julgamento das contas do COFECI e dos Conselhos Regionais será feito pelo
Plenário, após parecer da Controladoria do COFECI, observando-se o que dispõem o art. 16 da
Lei nº 8.443/92 e os arts. 30 e 31 do Regimento Interno do COFECI, a saber:

“Art. 30. A decisão sobre o Processo de Prestação de Contas pode ser preliminar
ou definitiva.

§ 1º. Preliminar é a decisão pela qual o Plenário do COFECI, antes de pronunciar-


se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a
citação ou a audiência dos responsáveis ou, ainda, determinar outras
diligências necessárias ao saneamento do processo.

§ 2º. Definitiva é a decisão pela qual o Plenário julga as contas regulares, regulares
com ressalvas ou irregulares.

Art. 31. As contas serão julgadas (art.16 da Lei 8443/92):

I - Regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão dos


demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos
atos de gestão do responsável;

II - Regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer


outra falta de natureza formal de que não resulte dano ao Erário;

III - Irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências:

a) Omissão no dever de prestar contas;


b) Prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma
legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional ou patrimonial;

c) Dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico;

d) Desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos.

§ 4º. Nos casos elencados no inciso III, o COFECI deverá instaurar processo de
Tomada de Contas Especial (TCE), com fulcro na Instrução Normativa TCU nº
71/2012, alterada pela IN-TCU-76/2016.

Art. 33 - Os Conselhos Regionais disponibilizarão ao COFECI acesso para consulta em


formato “somente leitura” a todos os módulos informatizados de controle interno que
envolvam os processos de contabilidade, de compras, contratos, licitações, patrimônio,
almoxarifado e demais módulos de controle utilizados.

Art. 34 - O atendimento ao que dispõe esta Resolução não desobriga o cumprimento


das demais normas reguladoras de gestão de recursos públicos a que estão submetidos os
Conselhos de Fiscalização.

Art. 35 - Os casos omissos serão resolvidos pela Presidência do COFECI, ad referendum


do Plenário.

Art. 36 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de agosto de 2019

JOÃO TEODORO DA SILVA


Presidente do COFECI

SÉRGIO WALDEMAR FREIRE SOBRAL


Diretor-Secretário

VALDECI YASE MONTEIRO


Diretor-Tesoureiro
Anexo I
Modelo de elaboração de Notas Explicativas

(Emitida obrigatoriamente pelo Contador do Conselho a que se referirem as contas)

PROCESSO DE CONTAS Nº CRECI/

REFERÊNCIA Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis de encerramento do exercício

ITENS DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

CONTEXTO OPERACIONAL
O Conselho......... ( ) criado pela Lei/Resolução ......, tem como atividades principais:
----
----
----
PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS

Os demonstrativos contábeis do Conselho obedeceram as normas do CFC, no processo de convergência da


Contabilidade Pública estabelecida no Manual de Contabilidade Aplicada ao Serviço Público (MCASP).

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


Foram elaboradas de acordo com a Lei nº 4.320/64, que estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração
e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal e as Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Serviço Público (NCASP).
BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial apresenta a posição financeira e patrimonial do Conselho, no final do exercício, representando,
portanto, uma posição estática, com a seguinte configuração:

1. ATIVO CIRCULANTE

Os ativos realizáveis até o exercício seguinte estão demonstrados como circulante.

a) Disponível - Registra os valores em Bancos e valores equivalentes e representam fidedignamente os recursos de


livre movimentação para aplicação nas operações e para os quais não haja restrições para uso imediato. Os saldos
disponíveis se apresentam da seguinte forma:

a.1) Bancos c/ Movimento - O saldo disponível em 31/12/... é no valor de R$... , conforme pode ser comprovado
através do livro Razão, das conciliações e dos extratos bancários.
a.2) Bancos c/ Arrecadação - O saldo disponível no final do exercício de 20..., no total de R$..., pode ser comprovado
nos registros do Livro Razão, coincidentes com as conciliações extratos bancários.

a.3) Bancos c/ Aplicações Financeiras - O saldo disponível em dezembro/20..., no valor de R$..., pode ser comprovado
mediante consulta do Livro Razão, e demonstrações bancárias conciliadas.

b) Provisão de Créditos a Receber – Anuidades de PF e PJ

b.1) Créditos a Receber de Anuidades de PF. Registra o valor a receber de anuidades de PF provisionadas no exercício
de 20.... O saldo demonstra uma inadimplência, no exercício, de ......%, conforme demonstramos:

Receita Provisionada de Anuidade PF no exercício ......................R$


(-) Receita Arrecadada ..................................................................R$
(=) Valor previsto e não recebido no exercício ..........................R$
% de inadimplência apurada no exercício ....

b.2) Créditos a Receber de Anuidades de PJ. Da mesma forma do controle de anuidades de PF, o valor a receber de
anuidades de PJ provisionadas no exercício de 20.... demonstra que .....% das empresas não efetuaram o
pagamento da anuidade no exercício corrente, conforme apurado:
Receita Provisionada de Anuidade PJ no exercício ......................R$
(-) Receita Arrecadada no exercício de 20... ................................R$
(=) Saldo não recebido no exercício .........................................R$

c) Créditos a Receber
c.1) Adiantamento de Férias. Refere-se a adiantamento de férias concedida no mês de dezembro de 20..., no valor de
R$.....
c.2) Banco do Brasil S/A. Registra o valor de R$ ..... , relativo à cobrança indevida de despesas bancárias. O Conselho
moveu ação para recuperação dos valores cobrados indevidamente.
c.3) Empréstimos. (COFECI) Registra o valor de R$..... referente a empréstimos concedidos a Conselhos Regionais,
com as finalidades expressas nas demonstrações financeiras, conforme se evidencia:

Conselho Regional (finalidade) ..................................................R$


Conselho Regional (finalidade) ................................................. R$

d) Bens e Valores em Circulação

d.1) Almoxarifado. registra o valor de R$......., relativo ao saldo do material de consumo estocado ao final do exercício.

1. ATIVO NÃO CIRCULANTE

O Ativo não circulante é composto pelo Imobilizado.

2.1 IMOBILIZADO. Os bens imobilizados são registrados pelo custo de aquisição, menos depreciação acumulada, com
percentuais estabelecidos na Norma interna nº......e as normas fiscais vigente, adotando-se o método linear de
depreciação:

Custos do Bens ................................... R$


(-) Depreciação Acumulada ................ R$ R$

Composição dos valores relativos a bens imóveis e bens móveis:


- Edifícios ............................................... R$
- Salas .................................................... R$
Total de Bens Imóveis ......................... R$

- Máquinas e Equipamentos ...................R$


- Mobiliário em Geral ..............................R$
Total de Bens Móveis ............................R$
2.2 Bens Patrimoniais

No exercício de 20..., foi realizada a reavaliação dos bens do ativo imobilizado, com o reflexo patrimonial
contabilizado em conforme com as orientações contábeis específicas, ditadas Secretaria do Tesouro Nacional
(STN), no processo de convergência da contabilidade pública às normas internacionais de contabilidade.

2. PASSIVO CIRCULANTE

O passivo a curto prazo, está demonstrado no balanço patrimonial como circulante, destacando-se as seguintes
obrigações:

a) OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. O grupo de contas registra as obrigações trabalhistas a pagar na data de 31 de


dezembro:
 Salários a Pagar ..................................................................R$
 Rescisões a Pagar ...............................................................R$
 Pensão alimentícia a pagar ................................................R$

b) ENCARGOS SOCIAIS SOBRE FOLHA A RECOLHER. Este grupo registra os valores a recolher de encargos sociais
sobre a folha de pagamento e serviços prestados por PF:
 INSS .................................................................................. R$
 FGTS ................................................................................. R$
 PIS .................................................................................... R$
c) FORNECEDORES NACIONAIS A CURTO PRAZO. Esta conta registrada os valores inscritos de Restos a Pagar
Processados, apurados em 31 de dezembro, no montante de............................................. R$
d) PROVISÃO PARA FÉRIAS. O valor de R$...., corresponde a estimativa de valor a desembolsar, a título de provisão
de férias, cujo registro é efetuado com base em informações constantes na folha de pagamento, no montante.

3. PASSIVO NÃO CIRCULANTE

4.1 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO. O patrimônio é constituído de recursos próprios, sofrendo variações em decorrência de
Superávits e ou Déficits apurados anualmente. O Resultado Patrimonial apurado anualmente é a diferença
entre a Variação Patrimonial Aumentativa (VPA) e Variação Patrimonial Diminutiva (VPD). No Exercício em
referência, o Conselho ...... apresentou um Superávit (ou déficit) no valor de R$........, conforme evidenciado na
Demonstração Financeira. O déficit orçamentário, de R$..... ...decorreu principalmente pela não realização da
receita estimada (ou por despesas não previstas, etc)

4.2 - RESULTADO PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO. Foi realizado com base no regime de competência da receita e
despesa, escriturados no sistema patrimonial

4.3 – RESULTADO ORÇAMENTÁRIO. Apurado no Sistema Orçamentário, de acordo com a receita realizada e a despesa
empenhada liquidada.
Obs. Poderão ser inseridos outros informes de análise contábil que sejam importantes para o exame do Plenário

Data e assinatura do Contador.

Modelo de NE.

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