Conteúdo Unidade I
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Apresentação
Esta disciplina tem como principal objetivo prepará-la(o) para a elaboração e a apresentação de
trabalhos científicos, colocando em evidência as principais características dos gêneros
acadêmicos, os quais carregam especificidades e a necessidade de cuidados, de observação de
critérios e rigores, já que há normas estabelecidas que devem ser compreendidas e seguidas por
todos os que pretendem elaborá-los em qualquer etapa de sua formação acadêmica.
Desde orientações sobre leitura científica, técnicas de estudo e pesquisa, os gêneros textuais
relacionados, a organização, até a apresentação de cada um deles, espera-se que os métodos
expostos tragam a segurança de que poderá oferecer aos seus avaliadores trabalhos carregados
de qualidade e correção.
AUTORES
CURRÍCULO LATTES
O professor Wheslley Rimar Bezerra possui especialização em Tecnologias e Inovações Web
pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC (2019) e é bacharel em Ciência
da Computação pela Universidade Nove de Julho – UNINOVE (2012).
Lição 2 de 9
Objetivos
UNIDADE 1.
Técnicas de estudo, artigo científico, gêneros acadêmicos e apresentação
gráfica
Elisabete Ana da Silva e Wheslley Rimar Bezerra
OBJETIVOS DA UNIDADE
Conhecer os diversos tipos de trabalhos científicos;
TÓPICOS DE ESTUDO
Técnicas de estudo
Trabalhos científicos
Gêneros acadêmicos
// Resumo
// Resenha
// Esquema
// Fichamento
// Paper
// Artigo científico
Ensaio científico
// Apresentação gráfica
// Elementos pré-textuais
// Elementos textuais
// Elementos pós-textuais
Lição 3 de 9
A partir da escolha do objeto de estudo, da questão da pesquisa de seu interesse, você deve
organizar um plano de atividades, pois faz-se necessária a máxima organização para que tenha
sucesso ao final de todo seu empenho.
Gilberto Andrade Martins, no livro Manual para elaboração de monografias e dissertações, de
2002, propõe um roteiro inicial de pesquisa, visto que a organização dos passos a serem dados é
de extrema importância, e, levando-se em conta as características individuais de cada trabalho,
podemos observar a síntese dos itens desse roteiro como um procedimento de abertura:
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Escolha do tema-problema;
2
3
Formulação de objetivos;
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Levantamento bibliográfico;
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Elaboração de conclusões;
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Elaboração de introdução;
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Revisão geral;
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Digitação;
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Entrega e/ou apresentação.
No entanto, outras preocupações devem ficar em evidência, entre elas, temos as técnicas de
estudo e você pode lembrar-se de ações como grifar trechos lidos, fazer releituras, fazer uso
de mnemônicos, elaborar resumos etc.; entretanto, não se trata disso neste momento.
EXPLICANDO
Mnemônico, segundo Houaiss (2004, p. 500), é relativo à memória, aquilo que ajuda a
reter na memória; relaciona-se a técnicas para desenvolver a memória por meio de
processos de combinação e associação de ideias. Isso quer dizer que a elaboração de
esquemas, mapas mentais, símbolos ou frases de efeito, assim como o uso de palavras
que permitam essa rápida associação e assimilação fazem parte da mnemônica.
Obviamente, as formas mencionadas são bastante usadas pelos estudantes em geral, porém, é
preciso evidenciar que existem diferentes formas de pesquisa que geram diferentes tipologias de
estudos, pois estamos tratando da elaboração de um texto técnico-científico e, de acordo com o
seu objeto de interesse, podem ser combinadas duas ou mais modalidades, não recaindo sobre
um único indicativo.
Aquela que se dedica a codificar o que é possível ser medido dentro da realidade social;
Análise de conteúdo
Bibliográfico
Censo
Clínico
Comparativo
Crítico-dialético
De campo
Dedutivo
Apresenta um conjunto de proposições particulares contidas e verdades universais,
partindo de uma premissa de valor universal para uma particularidade, justifica-se pela
verdade, pela coerência e não contradição;
Descritivo
Documental
Empírico-analítica
Entrevista
Estatístico
Estudo de caso
Experimental
Fenomenológico
Consiste em uma visão intelectual do objeto, com base e intuição, propondo uma
reflexão contínua sobre a importância dos processos adotados;
Fenomenológico-hermenêutica
Faz utilização de técnicas não quantitativas, trabalhando com estudos teóricos e análise
de documentos e textos, apresentando propostas críticas, busca processos lógicos de
interpretação;
Histórica
Indutivo
Laboratório
Levantamento
Método redutivo
Observacional
Pesquisa de avaliação
Semiótico
releitura desses.
Lição 4 de 9
A redação científica deve ter elaboração que se caracterize pela objetividade, visto que aquilo
que se pretende destacar é o conteúdo das afirmações que são feitas, ou seja, o que é enunciado
deve ter destaque e não o enunciador; isso quer dizer que a subjetividade deve ser deixada de
lado, neutralizando a presença desse enunciador.
O texto de caráter científico deve apresentar um discurso de persuasão e, nesse caso, torna-se
mais convincente quando elaborado de modo a criar efeitos de sentido de objetividade, sem a
presença de verbos e pronomes que indiquem a primeira pessoa do singular, explorando verbos
que indicam a certeza e o valor conotativo das palavras, além de fazer uso da língua padrão na
sua expressão formal.
É importante notar que o estilo de redação usado em artigos científicos não segue as mesmas
características dos artigos jornalísticos ou até mesmo dos textos literários e publicitários.
A linguagem da discussão científica tem suas próprias características por empregar a linguagem
técnica em seu nível padrão, respeitando as regras gramaticais e com estilo próprio, de acordo
com a especificidade de cada área.
[...] um artigo científico exige que o autor expresse o que sabe sobre o tema, utilize
a língua vernácula de maneira precisa e exponha as ideias de maneira simples e com
palavras que não sejam rebuscadas. Deve-se usar linguagem padrão (por exemplo:
homem) e não a expressão coloquial (por exemplo: camarada) e nunca gíria (por
exemplo: cara, careta). Atenção especial ao uso, ou não, do jargão (termos
técnicos), pois influencia a compreensão do leitor do periódico em que irá publicar
(SECAF, 2004, p. 47).
Alguns aspectos devem ser observados na redação técnico-científica, como ensina Israel
Azevedo, no livro O prazer da produção científica (1998), seu texto terá de perseguir os
princípios básicos de qualquer comunicação, como clareza, concisão, correção, encadeamento,
consistência, contundência, precisão, originalidade e fidelidade, entre outros compromissos.
a) Coerência
Via de regra, em cada etapa do artigo científico se imprime uma sequência que deve ser
repetida. Por exemplo, a sequência de ideias que foi anunciada no resumo deve estar
detalhada na introdução e seguir o mesmo ordenamento no desenvolvimento. Nas
considerações finais, deve-se evidenciar os aspectos essenciais do artigo, na ordem em
que foram apresentados no desenvolvimento. Isso quer dizer que, entre as etapas do
texto, não pode ocorrer contradição de ideias, elas devem estar organizadas de tal forma
que não ocorram trechos que apresentem falta de sentido diante de algo que já foi
mencionado, por isso, a releitura do texto deve ser constante.
b) Objetividade
c) Concisão:
Procure dizer o máximo com o menor número de palavras. Novamente de acordo com
Azevedo (1998, p. 113), a concisão se obtém com o exercício de reescrever. A cada vez
que se faz isso, descobre-se uma repetição de ideias ou de palavras, nota-se vocabulário
supérfluo, encontra-se uma maneira de dizer a mesma coisa com menos palavras.
d) Clareza
O texto científico deve primar pela redação clara, não deixando margem às diferentes
interpretações. É fundamental que se evitem comentários irrelevantes e redundantes.
Um bom teste para a clareza de seu texto é solicitar sua leitura por outra pessoa. Se ela
fizer alguma pergunta, não responda. Tome o texto e o reescreva. Depois, repita o teste
(AZEVEDO, 1998, p. 112).
e) Precisão
Toda palavra utilizada deve traduzir exatamente a ideia a ser tratada. Um vocabulário
preciso é aquele que evita linguagem rebuscada, prolixa e atinge seu propósito. Deve-se
utilizar uma nomenclatura aceita no meio científico de cada área.
f) Imparcialidade:
O trabalho científico deve evitar ideias preconcebidas. Todo posicionamento adotado
em um texto deve amparar-se em fatos e dados evidenciados pela pesquisa. O autor
deve primar por manter seu posicionamento e suas escolhas de pesquisa sem assumir
uma postura unilateral.
g) Encadeamento:
O texto deve ter uma sequência lógica e fluida para não prejudicar o entendimento do
público. indica > público, indicando como deve ser uma boa redação técnico-científica:
h) Impessoalidade:
O texto deve ser impessoal, por isso é conveniente que seja redigido na terceira pessoa
e que se evitem afirmações como: “a minha pesquisa”, “o meu estudo”, “o meu artigo”. O
que se postula é que se use “esta pesquisa”, “este estudo”, “este artigo”.
Escrever na linguagem exigida pela comunidade científica não é nenhum bicho de sete cabeças.
Mesmo assim, é comum isso gerar desconfortos.
Cada parágrafo tem um objetivo a ser cumprido e cada qual com etapas de raciocínio. E cada
raciocínio existente no parágrafo deve ter sequência lógica. Ou seja, não pode ser disposto de
qualquer maneira, pois se isso ocorrer, pode levar o leitor a não compreender seu raciocínio ou,
até mesmo, levá-lo a se perder no raciocínio exposto.
O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade expressar as etapas do raciocínio. Por
isso, a sequência dos parágrafos, seu tamanho e sua complexidade dependem da própria
natureza do raciocínio.
Enfim, pode-se dizer que o parágrafo tem estrutura semelhante à de um texto composto por
vários parágrafos. Ou seja, é composto por introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada
parágrafo contém uma argumentação completa, levando a uma conclusão. Após concluir esse
argumento, mude de parágrafo.
EXPLICANDO
O argumento é um tipo de enunciado que fundamenta o ponto de vista e aumenta o
poder de persuasão do texto, contribui para o trabalho de neutralização da figura do
enunciador e para o efeito de objetividade do texto. Os tipos de argumentos mais
usados na redação técnico-científica são os argumentos de autoridade, aqueles
apoiados na consensualidade, os de comprovação pela experiência ou pela observação
e de fundamentação lógica, entre outros encontrados durante a realização das
pesquisas (FIORIN; PLATÃO, 2005).
Objetividade
Concisão
Coerência
Lição 5 de 9
A leitura de um texto compreende mais do que a mera decodificação do código vigente, isto é,
não basta que o leitor consiga identificar letras, palavras, frases e períodos; ler significa
conseguir apreender e compreender o seu conteúdo, ou seja, ocorrem processos cognitivos que
permitem que esse leitor apodere-se das ideias registradas por outros.
[...] a leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a
partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua:
características do gênero, do portador, do sistema de escrita etc (2001, p. 53).
Assim, precisamos entender que nenhum texto é isolado em si mesmo e também não representa
uma manifestação da individualidade do seu produtor:
De uma forma ou de outra, constrói-se um texto para, através dele, marcar uma
posição ou participar de um debate de escala mais ampla que está sendo travado na
sociedade. Até mesmo uma simples notícia jornalística, sob a aparência de
neutralidade, tem sempre alguma intenção por trás (FIORIN; PLATÃO, 2005, p.
13).
Isso quer dizer que uma boa leitura não pode estar baseada em observação de fragmentos de um
texto, pois determina-se cada parte do mesmo pelo contexto em que se encaixa.
Ainda, aquele que produz o texto tem em mente que encontrará um leitor capaz de entender as suas partes e
relacioná-las ao todo, assim como relacionar esse texto à sua situação de produção, ou seja, ao seu contexto.
Entendem-se por contexto as circunstâncias que podem ser relativas aos fatos, a recortes num
período histórico, a conjunturas específicas etc.; o produtor do texto pressupõe que a leitura
conseguirá atingir as informações que estão por trás dele.
Também, em muitos momentos, o leitor tem que lidar com a intertextualidade, isto é, a relação
entre textos, ocorrendo citações explícitas ou implícitas, exigindo que seu universo cultural e o
conjunto de informações que carrega permitam-lhe o reconhecimento dessas relações. É,
portanto, do repertório do leitor, do seu acúmulo de conhecimentos, que depende a sua
percepção das relações intertextuais e das referências que são feitas de um texto para outro.
Faz-se necessário, desse modo, que ampliemos nossa capacidade de leitura, buscando não só a
sua prática constante, mas também a aquisição de conhecimentos diversos, para que ampliemos
nossa compreensão dos diversos contextos e das relações intertextuais.
Lição 6 de 9
Trabalhos científicos
Na vida acadêmica, o estudante depara-se com diversos tipos de trabalhos científicos, dentre
eles: trabalhos de graduação, trabalho de conclusão de curso, monografia, dissertação e tese.
Cada um deles apresenta peculiaridades, como a sistemática, a investigação ou a
fundamentação. Contudo, mesmo que cada trabalho seja elaborado com finalidades específicas,
é possível visualizar neles um padrão que compreende – de modo geral – introdução,
desenvolvimento e conclusão. A seguir, conheceremos algumas características específicas dos
trabalhos científicos.
Trabalhos de graduação
O trabalho de conclusão de curso (TCC) é tido como uma monografia sobre um assunto
específico. Este trabalho possibilita a investigação sobre determinados temas ou
fenômenos por meio da análise, reflexão e produção textual, bem como, muitas vezes,
da defesa oral da pesquisa perante uma banca examinadora.
Monografia
Dissertação
De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 2), dissertação é um documento que representa
o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico
retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de
reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura
existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato.
Tese
Gêneros acadêmicos
São os tipos de trabalhos de curta duração, que servem para o aluno desenvolver seu
conhecimento sobre determinado assunto durante o curso e reforçar seu aprendizado.
A seguir, você conhecerá as peculiaridades dos gêneros mais utilizados tanto durante a
graduação como na pós.
RESUMO
O resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto. Seu objetivo é fornecer
elementos capazes de permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta ao texto original
e/ou transmitir informações de caráter complementar.
Uma modalidade específica desse tipo de trabalho é o resumo crítico. Ele é uma redação
técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra científica ou literária. O que
difere o resumo do resumo crítico é sua estrutura, que apresenta a crítica como quarta etapa,
logo após introdução, desenvolvimento e conclusão.
RESENHA
A resenha é uma descrição que faculta o exame e o julgamento de um trabalho (teatro, cinema,
obra literária, experiência científica, tarefa manual etc.). A apresentação do conteúdo deve ser
elaborada de maneira impessoal, sem demonstração satírica ou cômica, contendo
posicionamentos de ordem técnica diante do objeto de análise, seguidos de um resumo do
conteúdo e possível demonstração de sua importância.
Em geral, a resenha crítica é elaborada por um cientista que, além do conhecimento sobre o
assunto, tem capacidade de juízo crítico. Mas, naturalmente, como no caso desta disciplina,
também pode ser realizada por estudantes, como um exercício de compreensão e crítica. A
resenha visa apresentar uma síntese das ideias fundamentais da obra.
1
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Descreva o conteúdo: aqui sim, utilize de três a cinco parágrafos para resumir
claramente o texto;
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Analise de forma crítica: nessa parte, e apenas nessa parte, você opina.
Argumente baseando-se em teorias de outros autores e faça comparações. Dê
asas ao seu senso crítico;
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Recomende a obra: você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora analise o
público que se interessará pela obra;
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Para fazer um esquema, a primeira meta deve ser identificar as ideias-chave do texto e ordená-
las, escolhendo para isso o modelo mais adequado para a situação. Use setas para estabelecer
relações entre os conceitos.
A prática contínua do fichamento contribui para que o estudante aprimore pontos de vista e
julgamentos, percebendo que é possível reverter um pequeno trabalho inicial em ganho de
tempo futuro, quando for preciso escrever sobre determinado assunto. Os fichamentos podem
ser os seguintes: de citação, de resumo, de esboço e de indicação bibliográfica, entre outros.
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PAPER
É um pequeno texto elaborado sobre um tema pré-determinado, resultado de estudos ou de
pesquisas científicas, no qual o aluno irá desenvolver análises e argumentações, com
objetividade e clareza, orientando-se em fatos ou opiniões de especialistas. O objetivo do paper
é estimular o aluno no aprofundamento de um assunto, já exercitando a elaboração de trabalhos
sob uma linguagem acadêmico-científica. Espera-se o desenvolvimento de um ponto de vista
acerca de um tema, uma tomada de posição definida e a expressão dos pensamentos de forma
original. Deve ser escrito em terceira pessoa.
// O paper é
um trabalho que deve reconhecer as fontes que foram utilizadas, que mostra
que o pesquisador é parte da comunidade acadêmica.
// O paper não é
um conjunto de citações;
ARTIGO CIENTÍFICO
A principal característica do artigo científico é que suas afirmações devem estar baseadas em
evidências, sejam elas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por argumentos que
sustentem as conclusões expostas no artigo e que passaram pelo crivo da comunidade científica.
O autor pode expressar seu parecer, desde que demonstre ao leitor qual o processo lógico que o
levou a chegar à aquela conclusão.
desatualização bibliográfica;
Apresenta temas ou abordagens próprias. Via de regra, estes artigos relatam resultados de
pesquisa, bem como desenvolvem e analisam dados não publicados.
ASSISTA
Para a compreensão da importância da ABNT para toda a sociedade, sugerimos que
assista ao vídeo 7- Institucional ABNT e Sebrae, que expõe o processo de
normatização e de elaboração de regras, sendo explicado por analistas que cuidam
disso.
Lição 8 de 9
Ensaio científico
Diante disso, você poderá pensar de que forma se deve organizar o artigo científico. Por isso,
veremos como elaborar um artigo científico para sua pesquisa ou conclusão de curso,
respeitando as normas de organização, formatação e características do texto técnico-científico,
as quais estão em consonância com a ABNT.
APRESENTAÇÃO GRÁFICA
Espaçamento entrelinhas: 1,5;
Formato do texto: justificado;
TÍTULO DO ARTIGO
Subtítulo
Nome do Autor
Nome do Coautor
Resumo
Palavras-chave:
TITLE
Subtitle
Abstract
Keywords:
1 INTRODUÇÃO
2.1 Entrevista
2.2 Testes
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Lição 9 de 9
Pré-textuais
Título;
Subtítulo (opcional);
Autores;
Resumo;
Palavras-chave.
Textuais
Introdução;
Desenvolvimento;
Considerações finais.
Pós-textuais
Referências (obrigatório);
Título do trabalho
Subtítulo, se houver
Letra 16, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas. Após o subtítulo, deixar duas
linhas de tamanho 12 em branco.
Estudante
Nome do estudante, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, com
nota de rodapé indicando a titulação e o e-mail.
Coautor
Nome do orientador, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, com
nota de rodapé indicando a titulação (especialista, mestre, doutor) e o e-mail; (deixar
duas linhas de tamanho 12 em branco).
Resumo
A palavra "resumo" deve ser em letra 12, negrito, alinhado à esquerda. Após a palavra
“resumo”, deixar uma linha de tamanho 12 em branco. Esse item deve ter apenas um
parágrafo de, no máximo, 250 palavras (aproximadamente 15 linhas), sem recuo na
primeira linha. Use espacejamento simples, justificado, tamanho 12.
Palavras-chave
Keywords
ELEMENTOS TEXTUAIS
// Introdução
A introdução deve anunciar a ideia central do trabalho, delimitando o ponto de vista enfocado
em relação ao assunto e à extensão. Deve situar o problema ou o tema abordado, no tempo e no
espaço, enfocar a relevância do assunto e apresentar o objetivo central do artigo.
[...] na introdução não se deve repetir ou parafrasear o resumo, nem antecipar conclusões e recomendações, mas é
um convite para a leitura do texto integral. Assim, esta parte é importante para que o leitor penetre na
problemática abordada, familiarizando-se com os termos e o conteúdo da pesquisa (MARTINS, 2002, p. 221).
A introdução é a apresentação inicial do trabalho, a qual possibilita uma visão global do assunto
tratado (contextualização), com definição clara, concisa e objetiva do tema. E a delimitação
precisa das fronteiras do estudo em relação ao campo selecionado, ao problema e aos objetivos a
serem estudados.
// Desenvolvimento
O texto, no desenvolvimento, poderá conter ideias de autores, dados da pesquisa (caso for
pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares) e interpretações.
O desenvolvimento do assunto é a parte mais importante e extensa do texto em que é exigido raciocínio lógico e
clareza. Seu objetivo é proporcionar uma exposição clara da ideia principal, fundamentando-as de modo racional
com os resultados da investigação (MARTINS, 2002, p. 221).
// Considerações finais
[...] deve ser breve, clara, objetiva, apresentar visão analítica do corpo do trabalho, inter-relacionando-o e
levando em conta o problema inicial do estudo. É redigida tendo em vista os resultados obtidos. É decorrente dos
dados obtidos ou fatos observados, portanto não se deve introduzir novos argumentos, apenas demonstrar o que
foi encontrado no decorrer do estudo (FACHIN, 2003, p. 165).
Nesta parte do trabalho, podem ser discutidas recomendações e sugestões para o prosseguimento
no estudo do assunto.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Agora, vamos falar um pouco sobre os elementos pós-textuais do artigo científico:
DICA
Sugere-se que os elementos pós-textuais – apêndices e anexos – não sejam incluídos
no artigo.
// Referências
As referências fazem parte do todo, em virtude de que o corpo do artigo está sustentado em
informações pesquisadas também nas autoridades do assunto em questão, os quais foram citados
no corpo do trabalho. E, dessa forma, as referências permitirão que o leitor tenha acesso às
obras, aos documentos e aos artigos científicos que foram citados no interior do trabalho.
// Apêndice (opcional)
Texto ou documento elaborado pelo autor que visa complementar o trabalho. Os apêndices são
identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e respectivo título.
// Anexo (opcional)
Texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho, que complementa, comprova ou
ilustra o seu conteúdo. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas
de travessão e respectivo título. Por exemplo: ANEXO B – Estrutura organizacional da Empresa
Alfa.
APRESENTAÇÃO DE ILUSTRAÇÕES E
TABELAS
No decorrer do artigo, o aluno pode usar outros elementos para ilustrar ou, até mesmo, dar mais
credibilidade às ideias que tenciona defender. Para isso, poderá fazer o uso de ilustrações,
tabelas e até mesmo gráficos. Sendo assim, veja a seguir como esses itens devem aparecer no
artigo científico.
Tabelas
A legenda da tabela deve ser precedida pela palavra “Tabela” e pelo seu respectivo
número. A posição do título é centralizada e acima da tabela. A fonte fica no final da
tabela, também centralizada, tamanho 10, espaçamento simples entrelinhas e seguindo
os padrões estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Gráficos
Os gráficos apresentam dados numéricos em forma gráfica para melhor visualização. O
mesmo procedimento de títulos deve ser adotado para os gráficos, ou seja, usar a
palavra “Gráfico”, seu respectivo número e seu título. A posição do título é centralizada
e acima do gráfico. A fonte fica no final do gráfico, também centralizada, tamanho 10 e
espaçamento simples entrelinhas.
Notas de rodapé
As notas de rodapé devem ter o propósito de servir como apoio explicativo e devem
ficar sempre no pé da página. A nota deverá estar separada do resto do texto por uma
linha. As notas, a exemplo das figuras, também devem ser numeradas partindo de 1.
Sugere-se utilizar o recurso de notas do próprio Word para inserir notas de rodapé no
texto (comando: inserir notas). O próprio Word administrará a numeração. A posição do
texto da nota no pé da página deve ser alinhada à esquerda.
Palavras estrangeiras
Sempre que possível, evite o estrangeirismo. Se for inevitável, use termos em língua
estrangeira, estes deverão ser escritos usando o modo itálico.
SINTETIZANDO
Muitas são as dificuldades mencionados pelos estudantes diante das exigências estabelecidas
para a elaboração de textos técnico-científicos. As normas que regem a elaboração e a
apresentação dessas produções exigem rigor em sua observação, por isso os critérios precisam
ser compreendidos e a obediência às normas deve prevalecer.
Sendo assim, iniciamos esta unidade abordando as principais técnicas de estudo, expondo
detalhes sobre como é feita a leitura e a redação científica para que não reste dúvidas quanto aos
termos. Na sequência, nos voltamos para os textos científicos, com enfoque na leitura e
compreensão dos mesmos.
Nos tópicos seguintes, abordamos os gêneros de trabalho acadêmico – resumo, resenha,
esquema, fichamento, paper e artigo científico – explorando detalhes sobre cada um deles, com
informações necessárias para diferenciá-los e produzi-los.
Um dos pontos principais do conteúdo desta unidade também é apresentação gráfica, na qual
expomos os detalhes de formatação exigidos conforme a norma ABNT, algo primordial em
qualquer conteúdo acadêmico.
Por fim, focamos nas normas metodológicas e elementos estruturais de um artigo científico, algo
que também denota muita atenção e faz parte das exigências técnicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7- INSTITUCIONAL ABNT E SEBRAE.WMV. Postado por Abntweb. (09min. 18s.). son.
color. port. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pUqhFwYmnuA>. Acesso em:
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CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática,
2005.
MCLUHAN, M. Os meios de comunicação com extensão do homem. São Paulo: Cultrix,
1964.
SILVA, R. Modalidades e etapas da pesquisa e do trabalho científico. São José: USJ, 2008.
TRIOLA, M. F. Introdução à estatística. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos
Editora, 1999.