A Planificação Do Processo de Ensino - Aprendizagem em Todos Os Seus Aspectos

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UNIVERSIDADE PEDAGOGICA DE MOÇAMBIQUE

A Planificação do Processo de Ensino – Aprendizagem em Todos os seus Aspectos

Autor: Sérgio Alfredo Macore


Celular: +258 846458829 / 826677547
Email: Sé[email protected]
Pemba – Cabo Delgado

Pemba, Maio 2021

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ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO............................................................................................................................5

2.Revisão de Literatura....................................................................................................................6

2.1.Planificação - Conceito De Planificação................................................................................6

2.2.Tipos de planificação.............................................................................................................6

2. A avaliação...............................................................................................................................7

2.3.Conceito de avaliação............................................................................................................7

2.3.1.Modalidades ou Tipos de Avaliação...............................................................................7

2.3.2.Avaliação Formativa.......................................................................................................8

2.3.3. Instrumento de avaliação................................................................................................8

2.4.Análise crítica do trabalho do campo realizado na instituição...............................................9

2.5.Níveis de planificação do PEA............................................................................................10

2.6.Componentes de planificação do PEA.................................................................................11

Conclusão......................................................................................................................................13

Bibliografias..................................................................................................................................14

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1.INTRODUÇÃO

O presente trabalho de pesquisa tem como o tema ‘’A Planificação do Processo de Ensino –
Aprendizagem em Todos os seus Aspectos’’. O Processo de Ensino e Aprendizagem como
todos têm ouvido é um termo usado para caracterizar um conjunto de sistema de interacções
comportamentais entre professores e alunos.

A força dele está na resposta pela qual este oferece à apropriação dos conhecimentos, ao
desenvolvimento intelectual e físico do aluno, à formação de sentimentos, qualidades e
valores, que alcancem os objectivos gerais e específicos propostos em cada nível de ensino
de diferentes instituições, conduzindo a uma posição transformadora, que promova as acções
colectivas, a solidariedade e o viver em comunidade feita através de um termo designado –
Planificação.

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2.Revisão de Literatura

2.1.Planificação - Conceito De Planificação

Segundo Bento (2003) “a planificação é o elo de ligação entre as pretensões, imanentes ao


sistema de ensino e aos programas das respectivas disciplinas, e a sua realização prática”.

É uma actividade prospectiva, directamente situada e empenhada na realização do ensino que se


consuma na sequência: “Elaboração do plano → realização do plano → controla do plano →
confirmação ou alteração do plano, etc.” (Bento 2003, pp. 15-16) Este autor refere ainda que a
planificação, “é também ligar a própria qualificação e formação permanente do professor ao
processo de ensino, a procura de melhores resultados no ensino como resultante do confronto
diário com problemas teóricos e práticos” BENTO 2003)

Planificar para quem?

Por exemplo: Um professor quando explicita as razoes pelas quais planifica está implicitamente
a responder esta pergunta. Em suma, planifica-se para:

 Os alunos, para que eles próprios possam saber o que estão a fazer e porquê, ou seja, para
perceberem melhor o “caminho” que estão a trilhar;
 O professor, pois é uma forma de organizar o seu trabalho, reflectir sobre os conteúdos,
métodos materiais, expectativas e competências a desenvolver nos alunos;
 A escola, pois torna possível um trabalho consciente de todos os docentes e permite a
coordenação interdisciplinar;
 Os pais, para perceberem melhor porque é que os filhos aprendem determinados
conteúdos e desta forma poderem acompanha-los melhor e participar mais
conscientemente na vida escolar;
 A sociedade, porque hoje em dia, cada vez se fala mais em autonomia das escolas e em
participação activada comunidade, ou seja, da sociedade local.

2.2.Tipos de planificação

1. Planificação linear:

Caracteriza-se pela definição clara e rigorosa dos objectivos que explicitam as componentes que
os alunos devem adquirir. Só depois é que são seleccionados os modos de acção e as actividades
específicas tendo em vista alcançar as finalidades predeterminadas.

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Metas →accoes →resultados (AREDES, 1999: 45).

Este modo de planificacao baseia-se nos principios definidos pelas teorias tecnicas, e dá grande
ênfase aos objectivos e metas a alcancar.

2. A avaliação

2.3.Conceito de avaliação

Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, citado por LIBÂNEO (1991; p196) "a avaliação é
uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que
auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho.

De acordo com Libâneo (1994:190), a avaliação deve ser contínua e sistemática.

Para o mesmo autor, a avaliação deve ter três funções principais: pedagógico-didáctica;
diagnóstica e de controlo. A função pedagógico-didáctica relaciona-se com o alcance dos
objectivos definidos. A função diagnóstica refere-se à “análise sistemática das acções do
professor e dos alunos, visando detectar desvios e avanços do trabalho docente em relação aos
objectivos, conteúdos e métodos”. A função de controlo tem a ver com a comprovação dos
resultados da aprendizagem por parte dos alunos.

2.3.1.Modalidades ou Tipos de Avaliação

De acordo com (REGEB: 2008), a avaliação subdivide-se em três modalidades ou tipos


(Diagnostica, Formativa e Sumativa), eis o detalhe a seguir:

Avaliação Diagnostica, este tipo de avaliação, realiza-se no princípio do processo educativo


(início do ano lectivo, trimestre, Unidade Temática, Ciclo e Classe), visando recolher
informações a cerca do nível inicial de aprendizagem dos alunos. Neste caso, permite ao
professor (adoptar a estratégia de diferenciação pedagógica que possibilitam que todos os alunos
atingem os objectivos definidos no programa, delimitar as capacidades que aluno possui para que
possa enfrentar certo tipo de aprendizagem e, preparar o aluno para novas aprendizagens
verificando se o conhecimento que traz consigo constitui pré-requisitos para nova abordagem).

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Os órgãos Centrais realizarão avaliações diagnosticas por amostragem para identificar o nível
das aprendizagens dos alunos, identificar as dificuldades e sucessos do Sistema e redefinir
políticas relativas aos Curricula, formação de professores e gestão do Sistema.

A avaliação diagnostica também é utilizada para verificar:

 Conhecimento que os alunos têm;


 Pré-requisitos que os alunos apresentam;
 Particularidades dos alunos.

2.3.2.Avaliação Formativa

Este tipo de avaliação é o principal tipo no Ensino Básico ou Primário, visto que, assume
carácter contínuo e sistemático visando a regulação do Ensino e de Aprendizagem, recorrendo a
uma variedade de instrumentos de recolha de informação de acordo com a natureza das
aprendizagens e dos contextos em que ocorrem. A avaliação Formativa fornece aos (professor,
aluno, pai e encarregado de educação e, aos restantes intervenientes), informações sobre o
desenvolvimento das aprendizagens e competências de modo a permitirem reverem e
melhorarem os processos de trabalho.

Compete aos órgãos de Direcção, sob proposta dos Coordenadores de áreas e Ciclos, organizar
os recursos educativos existentes no estabelecimento de ensino com base nos dados da avaliação
formativa com vista a desencadear propostas adequadas às necessidades dos alunos. Em suma a
avaliação formativa tem a função controladora. São os seguintes propósitos da avaliação
formativa:

 Informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem.


 Localizar as deficiências na organização do ensino.

2.3.3. Instrumento de avaliação

Ao se escolher um instrumento de avaliação deve-se ter presente, portanto, o tipo de habilidade


que se deseja verificar no aluno. Podemos agrupar diversas técnicas e instrumentos de avaliação
de maneira seguinte:

 Medição de rendimento escolar.

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 Medidas de desenvolvimento geral.

Estes servem para agrupar diferentes instrumentos. Na mesma ambos aspectos são relacionados e
avaliados ao mesmo tempo.

Medidas de rendimento escolar:

 Verdadeiro-falso
 Múltipla escolha
 Associação
 Completar lacunas
 Identificação
 Ordenação
 Evocação pergunta e dissertação
 Situacoes-problemas

Medidas do desenvolvimento geral:

 Anedotário ou registos de ocorrências


 Ficha cumulativa
 Entrevistas
 Reunião e entrevista com os pais
 Observação directa do comportamento.
Auto-avalição
 Sociagrama

2.4.Análise crítica do trabalho do campo realizado na instituição

Quais são as rizes do mau rendimento dos alunos? Talvez provem em grande parte da situação
social; assim, os mais baixos níveis de aproveitamento escolar coincidem com a procedência dos
sectores sociais menos privilegiados. E quais seriam as causas desse mesmo baixo ou mau
rendimento? – Pode estar relacionado com problemas alimentares na infância. Em certas
observações, verificou-se que a má alimentação durante os primeiros meses de vida parece
indicar uma provável perda de potencial intelectual.

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Memo com tais dificultas e baixos rendimentos, é possível fazer-se diferença segundo o papel
que se dê à avaliação, à correcção e à qualificação. A avaliação tem como principal função
diagnostica psico-pedagógica e didáctica. Nos diversos momentos do PEA são tarefas da
avaliação as seguintes:

 Conhecer o aluno

Pode-se orientar e guiar o aluno no processo educativo avaliando-o, para melhor conhecer a sua
personalidade, atitude, aptidões, interesses e dificuldades, para estimular o sucesso de todos.
 Verificar os ritmos de progresso do aluno.

2.5.Níveis de planificação do PEA

A prática do ensino do ensino mostra que o que acontece na escola como experiências da
aprendizagem faz parte do currículo previsto para esse nível, classe ou tipo de ensino.

A planificação do processo de ensino-aprendizagem se realiza em dois níveis fundamentais:


central e do professor, passando por um nível intermediário, o da planificação pela escola. A
nível central, a planificação curricular é feita para todos os níveis e graus de ensino-
aprendizagem (a nível da nação) e, na base disso, procede-se a definição do perfil de saída do
nível/grau, curso, disciplina, ano, etc. a partir do qual se faz:

 A definição de objectivos, conteúdos e métodos gerais;

 A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc.) e pelas unidades do PEA;

 A elaboração dos programas detalhados por disciplina;

 Com base nos programas detalhados, elabora-se o livro do aluno, o manual do professor e

outros meios de ensino-aprendizagem.

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2.6.Componentes de planificação do PEA

Em toda a planificação do PEA, nos diversos níveis, se definem os objectivos, seleccionam-se


conteúdos a privilegiar, identificam-se estratégias, estabelecem-se tempos de realização e se
preveem actividades de avaliação. E no caso da planificação ao nível do professor, tudo se passa
com mais pormenor, pesando muito mais a preocupação de adequar as propostas às
características do contexto. E ao realizar esta adequação o professor deve tomar decisões, as
quais devem preceder uma série de interrogações, tais como:

 Está adequada às características do meio em que estou a trabalhar?


 Toma em consideração os recursos e as limitações que o meio e a escola oferecem?
 Mobiliza todos os recursos humanos disponíveis (alunos, professores, funcionários da
escola e elementos da comunidade)?
 É possível de ser executado por professores com as características dos que trabalham
nesta escola?
 Toma em consideração as aprendizagens anteriores realizadas por estes alunos?
 Irá desencadear uma aprendizagem progressiva?
 Toma em consideração as características da turma?

Considerando as interrogações atrás referidas, quando se faz uma planificação terão de se tomar
em linha de conta os seguintes componentes:

A. O meio envolvente à escola

Só artificialmente se pode considerar a escola separada do meio. As paredes da sala de aula são
unicamente barreiras físicas, totalmente permeáveis aos problemas, interesses e hábitos culturais
da zona em que ela está inserida.

B. Recursos/meios de ensino existentes

É importante conseguir o aproveitamento óptimo dos recursos existentes. Desde o quadro preto à
árvore do pátio da escola, à mão do professor que pousa amigavelmente no ombro do aluno, às
experiências vividas podem contribuir para que as aprendizagens se tornem mais ricas e
gratificantes.

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C. O aluno

Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de um saber,


cujo seu aproveitamento é um recurso económico e eficaz (a compreensão de um determinado
assunto é muitas vezes mais fácil se esse assunto for tratado por um colega em vez do professor),
e o facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo ao PEA permite-lhe
sentir que é um dos protagonistas desse processo e fá-lo-á sentir-se digno de crédito, confiante
em si mesmo e nos outros.

D. Conteúdos

Os conteúdos a ser ter em conta na planificação do PEA pelo professor já vêm indicados, em
linhas gerais, pelos programas de ensino que se baseia nos esquemas conceptuais que os
presidem e os temas organizadores.

A falar dos objectivos, dos procedimentos e da avaliação como componentes de planificação do


PEA é bastante fácil para si. De facto, indo na mesma ordem de apresentação destes
componentes tal como estão ordenados na questão que lhe foi colocada, de certeza que você
conclui seguinte:
 Objectivos
Os objectivos consistem na descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa
actividade. Os objectivos nascem da própria situação (comunidade, da família, da escola, da
disciplina, do professor e, principalmente, do aluno).
 Procedimentos de ensino

Trata-se de acções, processos ou comportamentos planeados pelo professor para colocar o aluno
em contacto directo com as coisas, factos e fenómenos que possibilitem modificar sua conduta,
em função dos objectivos previstos.

 Avaliação

A avaliação se justifica como componente essencial do plano de ensino pelo facto de ajudar na
determinação do grau e quantidade de resultados alcançados em relação aos objectivos definidos.

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Conclusão

Para finalizar, podemos então situar a planificação como uma das decisões pré interactivas do
professor, e surge com a necessidade dos docentes adequarem os programas escolares às
características do meio social, da escola e dos alunos.

Pela análise dos resultados de estudos realizados, é de referir que a realização de uma
planificação adequada permite mais oportunidades educativas aos alunos, permite uma classe
organizada e também um maior número de actividades durante a aula, melhorando assim a
qualidade do processo ensino/aprendizagem e o desempenho do seu agente activo (o professor).
As decisões tomadas no acto de planificação podem ser de curto, médio e longo prazo. As
decisões relativas à avaliação à reorganização e reestruturação do processo de ensino.

Na elaboração de uma avaliação, os professores ou educadores devem ter em conta os níveis de


raciocínio dos seus alunos, a maneira de elaboração dos objectivos tem que ser de forma
abrangente como o nível de informação, compreensão, aplicação, análise, comparação, sintetizar,
avaliar ou julgar. Existem três tipos ou modalidades de avaliação sendo, avaliação diagnostica,
formativa e sumativa

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Bibliografias

LIBÂNIO, José Carlos. Didáctica. Dina livro, São Paulo – SP, 1990.

BLOOM B. etal. Taxonomia de Objectivos Educacionais. Domínio Cognitivos. Globo, Porto


Alegre, 1974.

INDE/MINED – Moçambique. Plano Curricular do Ensino Básico. INDE/MINED –


Moçambique, Maputo, Outubro, 2003.

PILETTI, Claudino. Didáctica geral.2ªedicao. São Paulo.

Bento, J. O. Planeamento e avaliação em educação física. Lisboa, 2003. Bogdan, Biclen, S


Investigação qualitativa em educação Porto, Porto

Editora. Porto, 1994. Amas, J. E De Ketele, J.M. Observar para avaliar. Coimbra, 1985. Damião,
M. H. Pré, inter e pós acção. Planificação e avaliação em pedagogia. Coimbra, 1996.

Pacheco, J. Planificação didáctica: uma abordagem prática. Universidade do Minho. Braga,


1990.

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