TESTE LIRICAcamões
TESTE LIRICAcamões
TESTE LIRICAcamões
Antes de ouvires o texto, lê todos os itens com atenção. Enquanto o ouves, podes tomar
notas ou responder diretamente neste enunciado. Responde aos itens que se seguem,
de acordo com as orientações que te são dadas.
1ª Audição
Ouve com atenção a rubrica «O Livro do Dia TSF», lido pela professora.
1. As afirmações que se seguem contêm informações incorretas. Deteta-as e corrige-as.
( 10 X 15 pontos = 150 pontos)
(A) A obra de Camões tem sido, ao longo dos tempos, alvo de leituras diversificadas, desde
mitológicas a fantasistas.
_____________________________________________________________________________
(B) A primeira publicação da obra Camões e a viagem iniciada foi em 1980.
_____________________________________________________________________________
(C) A obra apresentada classifica-se como um opúsculo, pois é um estudo da poesia de
Camões. _____________________________________________________________________________
(D) Na expressão «É um livro já com muitas vidas», o locutor utiliza uma hipérbole para
sugerir que a obra já foi publicada dezasseis vezes e que agora conta com mais uma edição.
_____________________________________________________________________________
(E) No contexto, a expressão «até se jubilar» é antónima de «até se aposentar».
_____________________________________________________________________________
(F) Camões é visto como um poeta que aceita uma visão tradicionalista e retrógrada do
mundo. _____________________________________________________________________________
(G) Na sua poesia, Camões valoriza muito mais a fé do que a experiência.
_____________________________________________________________________________
(H) O poeta lírico e épico mostra ser mais um poeta de convicções do que de dúvidas.
_____________________________________________________________________________
(I) Para Camões, é impossível associar a sexualidade ao amor espiritual.
_____________________________________________________________________________
(J) A obra camoniana constitui uma continuidade com a poesia tradicional, ao nível da
perceção do mundo.
_____________________________________________________________________________
2ª Audição
2. Para cada item (de 2.1 a 2.5), seleciona a opção correta, de acordo com o sentido do texto
que ouviste. ( 5 X 10 pontos = 50 pontos)
2.3 A expressão «um poeta à frente do seu tempo» classifica Camões como
(A) um modernista na escrita.
(B) um modernista na expressão do amor.
(C) um pioneiro na visão do mundo moderno.
(D) um pioneiro na visão do mundo a descobrir.
GRUPO II
Parte A – Educação Literária (200 pontos)
1. Seleciona as questões que consideras verdadeiras, tendo em conta o estudo que tens
vindo a fazer de Camões. ( 9 X 10 pontos = 90 pontos)
I. O vilancete é uma composição poética constituída por um mote curto e um número
variável de voltas.
2
2. Lê o poema a seguir transcrito.
2. Delimita as duas partes lógicas em que o poema pode ser dividido e justifica.(20 pontos)
GRUPO II –Parte B
LEITURA E GRAMÁTICA (200 pontos )
Lê o texto seguinte.
Na Caminho, a obra de referência que faltava aos estudos camonianos: o Dicionário de Luís de
Camões vem preencher uma lacuna histórica.
Há muito que se fazia sentir a falta de uma obra de referência que fornecesse uma súmula atualizada
do vasto e diversificado território dos estudos camonianos. Mais de quatro séculos decorridos sobre a
5
morte do autor de Os Lusíadas, o Dicionário de Luís de Camões, que a Caminho pretende publicar ainda
este ano, vem colmatar esta notória lacuna. Coordenado por um camonista de incontroversa
autoridade, Vítor Aguiar e Silva, o volume terá mais de um milhar de páginas e incluirá a colaboração de
cerca de 60 especialistas portugueses e estrangeiros.
1
Aborrece, contraria
3
Autor de várias obras fundamentais sobre o poeta e respetiva obra – incluindo Camões,Labirintos e
10
Fascínios (1994), A Lira Dourada e a Tuba Canora: Novos Ensaios Camonianos (2008) ou o recente Jorge
de Sena e Camões, além dos muitos estudos que, há décadas, vem dedicando aos problemas
relacionados com a fixação do cânone da lírica camoniana –, Aguiar e Silva está convencido de que este
dicionário “irá permanecer durante muitos anos como um marco nos estudos camonianos”.
15 Se o núcleo do volume é, naturalmente, a própria obra de Camões, incluindo a lírica, a épica, o teatro
e a epistolografia, a planificação concebida por Aguiar e Silva dá também grande importância ao campo
literário português da época em que Camões viveu – autores como Sá de Miranda ou António Ferreira,
entre outros, tiveram direito a verbetes individuais –, bem como aos grandes movimentos culturais do
20 tempo: o Maneirismo, o Renascimento, o Humanismo.
Outro tópico que o coordenador privilegiou foi a receção de Camões nas principais literaturas como a
espanhola, a galega (que mereceu tratamento autónomo), a francesa, a inglesa, a alemã ou a russa. Já a
presença de Camões na literatura portuguesa foi extensivamente considerada, desde o século XVI aos
vários modernismos, com entradas próprias para o modo como cada uma das sucessivas épocas lidou
25 com a herança camoniana.
Entre muitos outros temas, é ainda dado particular relevo à relação de Camões e da sua obra com
outras artes, como a música, a pintura ou a escultura. E os camonistas atuais que colaboraram no
volume não esqueceram os seus mais ilustres predecessores, dedicando artigos a figuras como Wilhelm
Storck, Carolina Michaëlis, Teófilo Braga, Costa Pimpão, José Maria Rodrigues ou Hernâni Cidade. […]
30 A pertinência de um dicionário como este é tão evidente que o que causa mais estranheza é que só
agora venha a ser publicado, tanto mais que a Caminho já editara obras congéneres dedicadas a autores
como Camilo, Eça ou Fernando Pessoa. Aguiar e Silva avança uma possível explicação para este atraso,
que atribui à própria complexidade das questões que o poeta e a sua obra colocam. “Penso que é o
35 problema mais complexo da literatura portuguesa, aquele que requer maior especialização”, diz o
ensaísta, lembrando que os estudos camonianos “existem desde o final do século XVI”, que se foram
“acumulando muitas interpretações” e que “Camões é uma floresta muito mais intrincada do que
Pessoa”.
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/a-floresta-camoes-desbravada-263708
1. Para responderes a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., seleciona a opção correta.
( 7 X 20 pontos = 140 pontos)
1.1. Este texto tem como principal intencionalidade comunicativa expor informação sobre
a. Aguiar e Silva.
b. a lírica camoniana.
c. o Dicionário de Luís de Camões.
d. Wilhelm Storck, Carolina Michaëlis, Teófilo Braga, Costa Pimpão, José Maria Rodrigues e
Hernâni Cidade.
1.2. O título do texto remete para
a. a complexidade da obra camoniana.
b. a multiplicidade de interpretações possíveis da obra camoniana.
c. a opinião dos especialistas que colaboraram na produção da obra.
d. a opinião de Luís Miguel Queirós.
1.3. Nos dois parágrafos iniciais do texto, o Dicionário de Camões é encarado como uma obra
a. carecente de rigor histórico.
b. destinada apenas a investigadores na área dos estudos camonianos.
c. com uma dimensão excessiva (mais de um milhar de páginas).
d. de carácter abrangente e fidedigno.
2.1. Indica e classifica o sujeito da frase “Há muito que se fazia sentir a falta de uma obra de
referência” ( l.1)
2.2. Classifica a oração “que fornecesse uma súmula atualizada do vasto e diversificado
território dos estudos camonianos” (ll. 3-4).
2.3. Indica a função sintática desempenhada pelo constituinte frásico “de Camões” (l. 15).
“Aguiar e Silva avança uma possível explicação para este atraso, que atribui à própria
complexidade das questões que o poeta e a sua obra colocam.” (ll. 33-35)
Hipótese A – Redige um texto, assinado por Camões, cujo tema seja a sua própria vida. Um
texto em que predomine a expressão de sentimentos de alguém que se assume como
vítima do destino.( texto entre 150 e 200 palavras)
Título possível : Um poeta, um destino.
Hipótese B – Num texto bem estruturado, entre 150 e 200 palavras, desenvolve uma opinião
sobre um dos temas polémicos apresentados na aula.
FIM
5
CORREÇÃO
Grupo I
O «Livro do Dia TSF» é «Camões e a viagem iniciática»,de Hélder Macedo, Edição Abismo.
1.
(A) A obra de Camões tem sido, ao longo dos tempos, alvo de leituras diversificadas, desde
mitológicas a nacionalistas.
(B) A primeira publicação da obra Camões e a viagem iniciática foi em 1980.
(C) A obra apresentada classifica-se como um ensaio, pois é um estudo da poesia de Camões.
(D) Na expressão «É um livro já com muitas vidas», o locutor utiliza uma personificação para
sugerir que a obra já foi publicada dezasseis vezes e que agora conta com mais uma
edição.
(E) No contexto, a expressão «até se jubilar» é sinónima de «até se aposentar».
(F) Camões é visto como um poeta que recusa uma visão tradicionalista e retrógrada do
mundo.
(G) Na sua poesia, Camões valoriza muito mais a experiência do que a fé.
(H) O poeta lírico e épico mostra ser mais um poeta de dúvidas do que de convicções.
(I) Para Camões, é possível associar a sexualidade ao amor espiritual.
(J) A obra camoniana constitui uma rutura com a poesia tradicional, ao nível da perceção do
mundo.
2.
2.1 (C); 2.2 (D); 2.3 (C); 2.4 (B); 2.5 (C).
6
Grupo II
1 O tema deste soneto é a necessidade da presença da mulher amada para que a felicidade do
sujeito seja possível. Faz-se uma descrição da natureza com a finalidade de a contrapor com o seu
estado de espírito e chega-se à conclusão de que o valor da natureza só terá sentido com a
presença da amada O sujeito poético está triste porque não tem a presença da mulher amada.
Sem ela o mundo que o rodeia não faz sentido, ainda que seja bonito – “Sem ti, tudo me enoja e
aborrece”.
2 Este poema pode dividir-se em duas partes lógicas, desempenhando o advérbio “enfim” a
função de junção das duas partes. A primeira parte corresponde às duas primeiras quadras e nela
se descreve uma natureza harmoniosa, propícia ao amor, e a segunda parte, que abrange os dois
tercetos, refere a irrelevância da beleza natural sem a mulher amada.
3 Os recursos estilísticos presentes são a anáfora “Sem ti…/ Sem ti”, a antítese “Nas mores
alegrias, mor tristeza”, a enumeração na segunda quadra, a hipérbole na expressão
“perpetuamente” . Estes recursos de estilo têm como objetivo realçar a importância da presença
da mulher amada e manifestar os sentimentos contraditórios provocados pela sua ausência, pois
sem ela o mundo, ainda que belo, não tem sentido.
4 Formalmente, este poema é um soneto composto por duas quadras e dois tercetos. O esquema
rimático é o seguinte: abba/abba/cde/dec; a rima é interpolada (a…a) e emparelhada (bb) nas
quadras e os versos dos tercetos têm unicamenete rima. Os versos, quanto à métrica, são
decassilábicos (“Don/de/to/da a/ tris/te/za/ se/ des/ter/ra”).
1.1. c.
1.2. a.
1.3. d.
1.4. b.
1.5. c.
1.6. c.
1.7. c.
Grupo III
Resposta pessoal
7