Pensamento de Spinoza - Ordo SVMMVM Bonvm
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Spinoza
(PARA ELE DEUS E NATUREZA SÃO A MESMA COISA)
“Portrait of Spinoza”
(Frater Velado, 2002CE)
B ARUCH
(Benedict,
em Português) Spinoza
nasceu e viveu nos
em
Inglês; ou Bento,
Países Baixos,
procedente de família de
origem judaico-
portuguesa. Com sólida
formação no campo das
filosofias judaica e cristã
medievais, do
platonismo renascentista
e das novas ciências,
celebrizou-se como autor
da mais bem estruturada
doutrina panteísta, através do conceito de imanência entre Deus (Natura-
naturante) e Natureza (Natura-naturada). É considerado por Gilles Deleuze o
Príncipe dos Filósofos. Sua "Ética" exerceu profunda influência no idealismo
alemão e nas correntes de pensamento que prepararam a Revolução Francesa.
Spinoza foi excomungado da comunidade judaica por suas idéias "heréticas".
Sua influência sobre os Rosacruzes é muito significativa e suas obras são
estudadas em várias escolas R+C, principalmente na AMORC e na CR+C,
que se fundamentam em Spencer Lewis, de acordo com o livro digital “Os
Místicos”, publicado pela Ordo Svmmvm Bonvm. Esta Monografia Pública
de Illuminates Of Kemet, Brasil (IOK-BR) apresenta um resumo da essencia
da linha de pensamento de Spinoza.
Introdução
Escorço Biográfico
Spinoza defendeu que Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma
realidade, a saber, a única Substância em que consiste o Universo e do qual
todas as entidades menores constituem modalidades ou modificações. Ele
afirmou que Deus era um Ser de infinitos atributos, entre os quais a extensão
(sob o conceito atual de matéria) e o pensamento eram apenas dois
conhecidos por nós.
Entretanto, como o homem, na sua fraqueza, não abarca esta Ordem pelo
pensamento e concebe alguma natureza humana muito superior à sua, e, ao
mesmo tempo, não vê impedimento na aquisição de uma semelhante, é
levado a procurar meios que o conduzam a essa perfeição: tudo o que servir
de meio a lá chegar é denominado verdadeiro bem. E o Supremo Bem
consiste em chegar a fruir, com outros indivíduos se possível, dessa
Natureza Superior. E o que é essa Natureza? É o conhecimento da união do
Espírito com a Natureza inteira. Tal é, pois, o fim a que tendo: alcançar essa
Natureza Superior e fazer quanto puder para que outros a alcancem comigo,
porque é ainda uma parte da minha felicidade trabalhar para que muitos
conheçam claramente o que é claro para mim, de maneira que o seu
entendimento e o seu desejo se harmonizem plenamente com o meu próprio
entendimento e o meu próprio desejo. Para lograr esse fim, é necessário ter
da Natureza um conhecimento que baste à aquisição dessa tal natureza
humana e, também, formar uma sociedade apropriada a que o maior número
possível de homens alcancem o fim tão fácil e seguramente quanto puder ser.
Tenho me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las
nem odiá-las, mas por entendê-las.
Quem quer vingar suas ofensas com um ódio recíproco vive seguramente
miserável. Quem, ao contrário, procura combater vitoriosamente o ódio com
o amor combate, decerto, na alegria e na segurança...
Por Substância entendo aquilo que existe em-si e por-si é concebido. Isto é:
aquilo cujo conceito não tem necessidade do conceito de outra coisa do qual
deva ser formado.
Se tiver todos os fatos, o seu juízo será correto; se não tiver todos os fatos,
seu juízo não poderá ser correto.
Todos têm direito de se enganar nas suas opiniões. Mas ninguém tem o
direito de se enganar nos fatos.
Sendo todas as coisas iguais, o desejo que nasce da alegria é mais forte do
que o desejo que nasce da tristeza.
Quem vive dirigido pela razão, se esforça, tanto quanto pode, por compensar
pelo amor e pela generosidade o ódio e o desprezo que outrem tem por ele.
Não é uma ação que vence uma paixão. É uma paixão mais forte que vence
outra mais fraca.
Não sabemos com certeza que alguma coisa é boa ou má senão enquanto
leva realmente ao conhecimento ou pode impedir o nosso conhecimento.
Os homens pensam que são livres porque têm consciência de suas volições e
de seus desejos, mas ignoram as causas pelas quais são levados a querer ou
a desejar.
Se a Alma, quando imagina como presentes coisas que não existem soubesse,
ao mesmo tempo, que essas coisas não existem na realidade, atribuiria,
certamente, esse poder de imaginar a uma virtude de sua natureza, e não a
um vício, sobretudo se essa faculdade de imaginar dependesse apenas de sua
natureza.
Ser o que somos e vir-a-ser o que somos capazes de ser são os únicos
objetivos da vida.
A Filosofia é um caminho árduo e difícil, mas pode ser percorrido por todos,
se desejarem a liberdade e a felicidade.
O Espírito, quando desfruta do prazer, fica de tal modo tomado que nele
mergulha inteiramente, não podendo mais se ocupar de outras coisas.
Na verdade, as coisas perseguidas pelo vulgo não contribuem em nada para
a conservação do nosso ser, mas, ao contrário, são nocivas, tanto que,
freqüentemente, ocasionam a morte daqueles que a possuem, se assim se
pode dizer, e, ademais, sempre levam à morte daqueles que por elas são
possuídos... Toda felicidade ou infelicidade depende somente da natureza do
objeto ao qual nos apegamos com nosso amor... O amor por aquilo que é
eterno e infinito enche o Espírito de pura alegria, ... o que se constitui em um
bem a desejar e buscar com todas as nossas forças.
Quem ama a Deus não pode se esforçar para que Ele o ame em troca.
Tudo aquilo que existe, existe em Deus; nada pode existir nem ser concebido
sem Deus.4
Conclusão
Ora bem, considerando que isto presumidamente seja assim, apenas para
produzir um ligeiro raciocínio, a excomunhão católica, por exemplo, tal qual
está definida no Direito Canônico é, no mínimo, bolorenta, ignorante e
absurda. Isto é muito simples de ser entendido: se agimos e reagimos de
acordo com o entendimento relativo (temporal, provisório e com ou sem
malícia) que temos do fato, cometem um absurdo, bolorento e ignorante tanto
o transgressor passível de ser teologicamente excomungado (segundo o
Direito Canônico) como quem inquisitorialmente e purpuradamente
excomunga, pois, sem qualquer justificativa plausível, o purpurado
excomungador se coloca na posição de Deus (que se existe da forma como
pensou Spinoza, não pune, já que, ao cabo de contas, é ilimitadamente
misericordioso).
Seja como for, não devemos nos esquecer jamais de que todas as categorias,
adjetivos e qualidades que imaginamos e deferimos a Deus, nada mais são do
que categorias, adjetivos e qualidades humanas que antropomorficamente
imaginamos e deferimos a Deus. Este entendimento vale igualmente para
íncubos, súcubos, anjos, arcanjos etc.
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NOTAS DO AUTOR:
1. A Teleologia é doutrina que identifica a presença de metas, fins ou objetivos últimos guiando a
Natureza e a Humanidade, considerando a finalidade como o princípio explicativo fundamental na
organização e nas transformações de todos os seres da realidade. No hegelianismo, é explicável como
um trajeto em direção a uma finalidade que é a realização plena e exeqüível do Espírito humano. Já no
aristotelismo e nos seus desdobramentos, fundamenta a idéia de que tanto os múltiplos seres existentes
quanto o Universo como um todo se direcionam, em última instância, a uma finalidade que, por
transcender a realidade material, é inalcançável de maneira plena ou permanente. O termo originou-se
na Grécia Antiga. Foi lá que Aristóteles caracterizou as quatro classes de causas existentes: Causa
Material – aquilo que compõe o objeto Causa Formal – aquilo que dá o ser a um objeto Causa Eficiente
– aquilo que produziu o objeto Causa Final – aquilo para o quê existe o objeto. Tanto para Aristóteles
quanto para outros escritores antigos, a Causa Final era a mais importante no que diz respeito à
Filosofia prática, ainda que todas as quatro causas sejam igualmente necessárias para a explicação
completa do Universo. Depois de o Concílio de Nicea (século IV) ter estruturado o Cristianismo tal
como o conhecemos hoje, a explicação por Causas Finais passou a ser considerada a única explicação
conveniente para os mistérios divinos. Isso resultou da introdução da Filosofia clássica nos contextos
filosóficos e teológicos (praticamente indistintos naquele período), principalmente a introdução de
Platão e, posteriormente, de Aristóteles. Este movimento de inserção da Filosofia clássica no
pensamento medieval é o que hoje se conhece por Escolástica, que procurava compreender a revelação
divina mediante o uso dos conceitos herdados daquele período anterior. Na Idade Moderna, verificou-
se uma mudança de tendências: considerava-se que a explicação teleológica era antropomórfica, pois o
fato de o ser humano atribuir Causas Finais ao Universo não significa que o Universo, de fato, possua
alguma Causa Final. Essa mudança fez com que surgisse um movimento chamado Mecanicismo, que
tentará explicar o mundo por meio de Causas Eficientes, e não mais por meio de Causas Finais. Este
movimento é que possibilitará o nascimento da ciência moderna.
2. Sedulo curavi humanas actiones non ridere, non lugere, neque detestari, sed intellegere. (Procurei
cuidadosamente não ridicularizar as coisas humanas, nem lamentá-las, nem desprezá-las, mas
compreendê-las). Espinoza, Tractatus Politicus I.
3. Em conhecida reflexão de 1920, Rui Barbosa (1849-1923) escreveu: A regra da igualdade não
consiste senão em quinhoar desigualmente os desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta
desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da
igualdade... Tratar com desigualdade a iguais, ou desiguais com igualdade, seria desigualdade
flagrante, e não igualdade real. ... atribuir o mesmo a todos, como se todos se equivalessem ... [é]
blasfêmia contra a razão e a fé, contra a civilização e a humanidade, é a filosofia da miséria,
proclamada em nome dos direitos do Trabalho; e executada, não faria senão inaugurar, em vez da
supremacia do Trabalho, a organização da miséria. Mas, se a sociedade não pode igualar os que a
natureza criou desiguais, cada um, nos limites da sua energia moral, pode reagir sobre as suas
desigualdades nativas, pela educação, atividade e perseverança. Tal a missão do Trabalho.
(BARBOSA, Rui. Oração aos moços. Ed. popular anotada por Adriano da Gama Kury, 2ª ed. rev. Rio
de Janeiro: FCRB, 1985, p. 21.)
4. Spinoza denominou Deus de Natura Naturans e o mundo de natura naturata. A Natura Naturans é a
causa, ao passo que a natura naturata é o efeito daquela causa, que, porém, não está fora da causa, mas
é tal que mantém a causa dentro de si. Pode-se dizer que, no pensamento spinoziano, a causa é
imanente ao objeto e também, vice-versa, que o objeto é imanente à sua causa, com base no princípio
de que tudo está em Deus.
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SITES VISITADOS:
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dos/akropolis/article/viewFile/324/292
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NOTA DO EDITOR: (*) O Professor Dr. Rodolfo Domenico Pizzinga é Doutor em Filosofia, Mestre
em Educação, Professor de Química, Membro da Ordem de Maat, Iniciado do Sétimo Grau do Faraó,
Membro dos Iluminados de Kemet, Membro da Ordem Rosacruz AMORC e Membro da Tradicional
Ordem Martinista. É autor de dezenas de monografias, ensaios e artigos sobre Metafísica Rosacruz.
Seu web site pessoal é: http://paxprofundis.org
Visite o Site Oficial dos Iluminados de Khem, que disponibiliza Monografias Públicas para a
Nova Era Mental: http://svmmvmbonvm.org/aum_muh.html