Prova - 2 Série Lit Res
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Avaliação – 1º Trimestre
Valor: 10,5 Média: 7.35 Nota:
ORIENTAÇÕES:
1. Entregue seu aparelho celular desligado ao aplicador da prova antes de iniciar a avaliação.
2. Leia toda a prova antes de começar a resolvê-la, interpretando corretamente o enunciado da questão. Essa
interpretação faz parte da questão e, portanto, do processo de avaliação.
3. Confira a sequência das questões e, caso não esteja correta, comunique ao professor aplicador. Não serão
aceitas reclamações posteriores.
4. Inicie resolvendo as questões mais fáceis.
5. A prova deverá ser feita com caneta AZUL ou PRETA. Questões objetivas marcadas a lápis serão anuladas. Não
utilize de canetas que apagam.
6. Revise toda a prova antes de entregá-la.
7. O estudante que estiver colando terá sua prova recolhida e ficará com ZERO.
8. Todas as questões que dependem de cálculo só serão corrigidas com o mesmo na prova.
Por que Marcel Duchamp ainda é Vanguarda?
Ninguém entendeu Duchamp, e passados mais de cem anos, desde sua primeira exposição,
ainda carrego dúvidas de que a evolução de nosso tempo já permite que possamos encarar sua
arte sem receios.
De lá para cá, intelectuais de diversas áreas se dedicaram à tentativa de interpretar suas obras.
Há quem diga, por exemplo, que em a Fonte, o urinol esteja representando a forma feminina à
espera do membro masculino que irá lançar sobre ela a urina. Psicologismos.
No entanto, acredito que Duchamp não estava interessado em representar desejos
inconscientes através de simbologias descendentes de qualquer ciência, seu grande objetivo, foi
sem dúvida, ao menos no que concerne minha opinião, o de romper com a lógica e atacar com
humor e petulância o domínio da razão e a postura sisuda dos críticos de arte.
Disponível em<http://lounge.obviousmag.org/pauta_para_o_cha_das_4h>. Acesso em: 20 nov. 2015.
A obra de Marcel Duchamp intitulada A Fonte não foi aceita como arte porque
A) afirmavam que o objeto não pertencia ao universo artístico.
B) os intelectuais de diversas áreas tentaram achar um sentido para a obra.
C) o urinol foi comprado em uma fábrica que atacava a arte.
D) representava a forma feminina à espera do indivíduo masculino.
E) significava muito mais que um objeto, aparentava uma obra psicológica.
QUESTÃO 2
Coluna 2
( ) Valorização da vida urbana moderna, elogio à guerra, culto à máquina e à velocidade,
desprezo pela arte clássica.
( ) Abandono do conceito clássico de beleza para, em nome da subjetividade, deformar o real,
utilização do fluxo de consciência na literatura.
( ) Fragmentação da realidade, recriação geométrica de objetos, multiplicidade de planos e de
ângulos, vários focos de narração.
( ) Niilismo, antiarte, antiliteratura, deboche, humor grosseiro, descrença no presente, no futuro,
na sociedade.
A sequência correta é
A) 2 – 1 – 3 – 4
B) 3 – 4 – 5 – 1
C) 4 – 3 – 2 – 5
D) 1 – 2 – 4 – 3
E) 5 – 3 – 1 – 2
QUESTÃO 3
Reconheça entre as imagens a seguir aquela que rompe com o conceito de que arte é imitação da
realidade.
FRAGONARD, Jean Honoré. O leitor. Óleo sobre tela, 64.8 x 81.1 cm. c.1776. Disponível em:
<http://www.wikipaintings.org/en/jean-honore-fragonard/a-young-girl-reading-1776-1>. Acesso em: 22 out. 2012.
ALMEIDA, Belmiro de. Velho artista. Óleo sobre tela, 51 × 36 cm. 1897-1898. Coleção Agnaldo de
Oliveira. Disponível: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Belmiro_de_Almeida_-
_Velho_Artista.jpg>. Acesso em: 22 out. 2012.
(E)
CARRÀ, Carlo. Deixando o teatro. Óleo sobre tela, 69 cm x 91 cm. Estorick Collection of Modern Italian
Art, 1910-1911.Disponível em: <http://cultura.culturamix.com/arte/carlo-carra>. Acesso em: 22 set. 2016
QUESTÃO 4
Identifique a alternativa em que o surrealismo, um dos movimentos vanguardistas europeus do início
do séc. XX, está representado.
()A)
MALFATTI, Anita. Mario de Andrade I. 1921-22. Óleo sobre tela (51 cm x 41 cm). Col.
Particular, SP. Disponível em: <http://www.obrasanitamalfatti.wordpress.com.>. Acesso em: 22
out. 2012.
(B)
(C)
PICASSO, Pablo. As moças de Avignon. Óleo sobre tela 244 x 234 cm. Museu de Arte Moderna
de Nova Iorque, 1907. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:579px-
Les_Demoiselles_d%27Avignon.jpg.>. Acesso em: 22 out. 2012.
(D)
MAGRITTE, René. O filho do homem. Óleo sobre tela, 116 cm × 89 cm 1964. Coleção Particular.
Disponível em: <http://obviousmag.org/archives/2006/03/rene_magritte_1.html.>. Acesso em: 22 out. 2012.
(E)
SEGALL, Lasar. Natureza morta com violão. Óleo e areia sobre tela, 3,5 cm x 47cm.
1944. Disponível em: <http://www.jornaljovem.com.br.>. Acesso em: 22 out. 2012.
QUESTÃO 05
O que foi a Semana de Arte Moderna de 1922?
Fique à vontade para aplaudir ou vaiar. Para expressar sua opinião sobre quadros como Colombina, de
Ferrignac, basta colar um bilhete atrás da tela. Haverá obras de arte acadêmica, bem ao gosto da burguesia,
mas as novidades das vanguardas europeias desafiarão o consenso.
Ideias arejadas
A intenção é fundir influências do exterior e elementos brasileiros, buscando as raízes da nossa cultura
indígena, africana e caipira. Mas, ao contrário dos ufanistas, há também um fascínio pelas máquinas e pela
chegada do progresso, como retratado na obra Homens Trabalhando, da artista Zina Aita.
Influência duradoura
Espera-se que obras como Cabeça de Cristo, de Victor Brecheret, façam com quea Semana tenha um longo
impacto. Por exemplo: Tarsila do Amaral não participará, mas certamente será influenciada - ela e Oswald de
Andrade até já estão discutindo um novo movimento, o Pau-Brasil.
Polêmica no palco
Contemple as cores chocantes de O Homem Amarelo, de Anita Malfatti, e siga nesta vibração para a plateia do
teatro. O poeta Menotti Del Picchia vai causar celeuma (e vaias?) com uma palestra sobre novos escritores.
Villa-Lobos pretende confundir a plateia ao usar sapato em um pé e chinelo no outro. Nada de afronta: é só um
calo inflamado!
QUESTÃO 06
Texto 1
A Antropofagia cultural proposta por Oswald de Andrade (1928) coincide, em muitos pontos, com a
teoria da intertextualidade e com as teorias de Tiniánov e Borges sobre a tradição. [...] Os índios,
ponto de partida dessa metáfora, não devoravam qualquer um de qualquer modo. Os candidatos à
devoração, antes de serem ingeridos, tinham de dar provas de determinadas qualidades, já que os
índios acreditavam adquirir as qualidades do devorado. Há, então, na devoração antropófaga, uma
seleção, como nos processos de intertextualidade. Ao mesmo tempo em que o Manifesto
Antropófago diz: “Só me interessa o que não é meu”, diz também: “Contra os importadores de
consciência enlatada.”
PERRONE-MOISÉS, Leila. Flores da escrivaninha: ensaios. São Paulo: Cia. das Letras, 1990. p. 95-96. (Fragmento)
Texto 2
Abaporu, em tupi-guarani, significa “homem que devora gente, antropófago”. O título dado ao texto 2,
metaforicamente, justifica-se pela seguinte informação do texto 1:
A) “A Antropofagia cultural [...] coincide, em muitos pontos, com as teorias de Tiniánov e Borges.”
B) “Há, então, na devoração antropófaga, uma seleção, como nos processos de intertextualidade.”
C) “Os candidatos à devoração, antes de serem ingeridos, tinham de dar provas de determinadas
qualidades.”
D) “Os índios, ponto de partida dessa metáfora, não devoravam qualquer um de qualquer modo.”
E) “[...] os índios acreditavam adquirir as qualidades do devorado.”
QUESTÃO 07
QUESTÃO 08
(Enem 2004)
A tirinha acima estabelece uma interessante relação dialógica com o poema de Fernando Pessoa, Eu sou do tamanho do que vejo
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
(Alberto Caeiro)
A tira Hagar e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com
linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada,
essencialmente,
a) pelo alcance de cada cultura.
b) pela capacidade visual do observador.
c) pelo senso de humor de cada um.
d) pela idade do observador.
e) pela altura do ponto de observação
QUESTÃO 09
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
A palavra título indica que:
QUESTÃO 10
O trovador
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras do sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal...
Intermitentemente...
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som redondo...
Cantabona! Cantabona!
Dlorom...
Sou um tupi tangendo um alaúde!
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de
Andrade. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
A)abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal” que, evocando o
carnaval, remete à brasilidade.
B)verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade
em suas viagens e pesquisas folclóricas.
C)lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos em mim do asperamente”
(v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).
D)problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional
que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade.
E)exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o
orgulho brasileiro por suas raízes indígenas.
QUESTÕES DISCURSIVAS
1
Pégaso: cavalo alado da mitologia grega. Era fruto da união entre Netuno e Medusa. Foi
transformado pelos deuses em constelação.
2
Frineia: título de obra poética feita por Olavo Bilac.
3
Cavalo de Troia : imenso cavalo de madeira feito pelos gregos. Foi recheado de soldados armados
antes de ser enviado como presente ao inimigo troiano. O objetivo era surpreender o adversário e,
consequentemente, vencê-lo.
QUESTÃO 1 (2,0)
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B) Por meio dos substantivos “automóvel” e Pégaso”, dois movimentos literários são analisados.
Quais? Explique o efeito de sentido alcançado com o uso de tais metáforas.
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QUESTÃO 2 ( 3,0)
Explique por que as imagens a seguir são representantes do Movimento de Vanguarda Europeia
citado.
A) Expressionismo
NOLDE,Emil. Pessoas animadas. 1913. Disponível em:
<http://www.wikipaintings.org/en/emil-nolde/excited-people>. Acesso em: 22 out. 2012.
RESPOSTA
As expressões fisionômicas das personagens retratam negatividade, apesar de, ironicamente, serem
classificadas pelo artista como entusiasmadas. Elas são deformadas para denunciar a realidade do início do
século XX. Rompe-se com o conceito tradicional de beleza.
B) Futurismo
RESPOSTA
É captada na imagem a velocidade do motociclista. Isso indica o desejo do pintor de captar o movimento rápido,
símbolo de exaltação da máquina, da industrialização e do progresso.
C) Cubismo
PICASSO, Pablo. Guitarra. Óleo sobre tela, 65.5 x 54.3 cm. 1912. Hermitage, St.
Petersburg. Disponível em: <http://www.wikipaintings.org/en/pablo-picasso/guitar-and-
violin>.. Acesso em: 22 out. 2012.
RESPOSTA
Fragmentação da imagem: o violão é pintado de vários pontos de vista simultaneamente. Há multiplicidade de
focos de visão, as linhas geométricas básicas se impõem na caracterização da imagem.
D) Surrealismo
DALI, Salvador. O livro árvore. Disponível em: <
http://washingtonallifer.wordpress.com/2010/09/22/obras-de-salvador-dali/>. Acesso em 6 dez. 2013.
RESPOSTA
Existe uma atmosfera de sonho, de delírio no quadro de Salvador Dalí. O tronco da árvore se abre nas páginas
de um livro e, através dele, vê-se o que está escondido, invisível até então.
E) Dadaísmo
RESPOSTA
Antiarte, antiliteratura,, niilismo, demolição de valores e princípios do homem: o artista desloca para espaços
previstos como de finalidade artística objetos funcionais.