Salmo 46 Deus É o Nosso Refugio
Salmo 46 Deus É o Nosso Refugio
Salmo 46 Deus É o Nosso Refugio
TEXTO- SALMO 46
DATA- 11/04/2021
A maioria dos leitores das Escrituras conhece o Salmo 46. Quem nunca
leu este belo Salmo? Convido você, prezado leitor [a] a mergulhar neste Salmo
comigo, e ver a profundidade que encontramos nele. Um dos “segredos” de
uma boa exegese de um texto, é conhecer o sentido histórico em que o texto
foi escrito. Quando sabemos o que se passava quando o texto foi escrito,
falamos com muito mais propriedade e segurança, trazendo luz e entendimento
aos ouvintes.
Há um consenso entre os estudiosos que este salmo serviu de
inspiração para o hino “Castelo Forte é Nosso Deus”, composto por Martinho
Lutero. Há uma possibilidade muito grande que o contexto histórico em que foi
escrito este salmo, seja a ocasião em que Deus livrou Jerusalém dos assírios
no tempo do rei Ezequias (II Rs 18-19; II Cr 32; Is 36-37). Será bastante
proveitoso ler estes textos para um melhor entendimento deste salmo.
O rei Ezequias era poeta, e é possível que tenha escrito
não apenas este salmo, mas também o 47 e o 48, provavelmente no mesmo
contexto histórico, onde a vitória do Senhor é celebrada sobre o inimigo.
Ler o Salmo.
INTRODUÇÃO.
1. PROTEÇÃO de Deus.
2. PRESENÇA de Deus.
“Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas
do Altíssimo. Deus está no meio dela; não se abalará. Deus a ajudará, já ao
romper da manhã. Os gentios se embraveceram; os reinos se moveram; ele
levantou a sua voz e a terra se derreteu. O Senhor dos Exércitos está conosco;
o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” (Salmo 46.4-7)
O verso 5 diz: “Deus está no meio dela” – ainda que eles estivessem
encurralados, sem saída, o Deus Eterno está no meio dela. Ou seja, ninguém
os derrotaria, pois Deus era aquele que comandava tudo!
Sem dúvida, Jerusalém era uma cidade santa, separada por Deus, e que
abrigava seu santuário, mas isso não era garantia alguma de vitória (Jr 7.1-8).
A fim de que o Senhor os ouvisse e salvasse, o rei e o povo precisavam voltar-
se para o Senhor com uma atitude de contrição e fé – foi o que fizeram. Deus
socorreu Jerusalém quando o dia amanheceu (“desde antemanhã”; vs 5), pois
o Anjo do Senhor matou 185 mil soldados assírios e mandou Senaqueribe de
volta para casa (Is 37.36).
“Vinde, contemplai as obras do Senhor; que desolações tem feito na terra! Ele
faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança;
queima os carros no fogo. Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei
exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra. O Senhor dos Exércitos
está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” (Salmo 46.8-11)
A terceira cena mostra os campos ao redor de Jerusalém, em que
os soldados assírios estão mortos, suas armas e equipamentos espalhados e
quebrados. Não havia ocorrido batalha alguma, mas o Anjo do Senhor deixara
esses vestígios, a fim de estimular a fé do povo de Deus.
“Vinde, contemplai as obras do Senhor, que assolações efetuou na
terra” (vs 8). O Senhor derrotou e desarmou seus inimigos e destruiu suas
armas, de modo que não podiam mais atacar.
“Aquietai-vos” quer dizer, literalmente: “Não mexam em nada!
Descansem!”.
Nós gostamos de “mexer em tudo” e de dirigir nossa vida a nossa
maneira, mas Deus é Deus, enquanto nós não passamos de servos do Senhor.
Pelo fato de Ezequias e de seus líderes terem permitido que Deus fosse Deus,
Ele os livrou de seus inimigos. Foi assim que o rei Ezequias orou: “Agora, pois,
ó Senhor, nosso Deus, livra-nos das suas mãos, para que todos os reinos da
terra saibam que só tu és o Senhor Deus” (II Rs 19.19).
O Senhor chama a si mesmo de “Deus de Jacó”, e lembramos
como Jacó meteu-se em apuros em várias ocasiões por tentar intervir nas
circunstâncias e fazer o papel de Deus. Há um momento certo para obedecer a
Deus e agir, mas até que chegue essa hora, devemos deixar Ele trabalhar
livremente, a seu tempo e a seu modo. Em outras palavras, deixe Deus ser
Deus em sua vida.
Conclusão: