Manual MAT1 AL2
Manual MAT1 AL2
Manual MAT1 AL2
Manual do Professor
Ana Paula Braz Maletta
Isabel Cristina Rodrigues de Castro
RCE08-11M-M2
Manual do Professor 1
Referências.....................................................................60
Caro(a) educador(a),
Elaboramos um material para o 1.o ano do Ensino Fundamental com o objetivo de despertar
no aluno a curiosidade sobre a natureza das coisas e o desenvolvimento tecnológico da humanidade.
Através dos conteúdos e habilidades desenvolvidas, propomos a construção de conceitos básicos,
aplicando as diferentes formas de pensar, promovendo uma alfabetização matemática e científica.
O conhecimento sobre o sentido da investigação científica, dos seus procedimentos e dos métodos é
algo que se desenvolve em cada uma das disciplinas da área e no seu conjunto. Isso se traduzirá na
realização de medidas, na elaboração de escalas, na construção de modelos representativos e explica-
tivos, essenciais para a compreensão de leis naturais e de sínteses teóricas. A distinção entre modelo e
realidade, interpretação e fenômeno, o domínio dos conceitos de interação e de função, de transforma-
ção e conservação, de evolução e identidade, de unidade e diversidade, de equivalência e complemen-
taridade, não são tarefas desta ou daquela ciência, são instrumentos gerais, desenvolvidos em todo o
aprendizado científico, desde as séries/anos iniciais da escolaridade.
(RCE – Proposta Pedagógica Matemática. p. 3).
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Esperamos contribuir com o seu trabalho e com a formação de pessoas novas, criativas,
cidadãs, amantes da vida com toda riqueza que ela possui.
Desejamos que suas aulas sejam ricas de descobertas.
Com o nosso carinho, um fraterno abraço de eternas aprendizes.
Quer saber a criança como funciona o brinquedo recém-comprado, e seus dedinhos não param, até
reduzi-lo a um montão de molas, rodas e pedaços de lata. Não a censure. Esta bendita curiosidade irá
levá-la algum dia a querer penetrar nos mundos da civilização em que vive. Os cientistas são crianças
grandes que examinam em seus laboratórios os maravilhosos brinquedos que o mundo natural oferece
à sua curiosidade. Furungando, furungando, passam do mundo das coisas ao mundo dos esquemas da
arte, que estuda sua beleza e seu traçado: a Matemática.
(ADAM, 1962).
espaço
Medidas Medidas
contínuas descontínuas
se
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Números
(DUHALDE, 1998.)
Manual do Professor
Ao brincar, as crianças refletem sobre o mundo, podem reconstruir elementos do mundo que as cerca
com novos significados. A aprendizagem no 1.º ano do Ensino Fundamental deverá se dar a partir das
experiências corporais, do jogo, do brincar, do faz-de-conta, onde os alunos podem, em situações
significativas, construir conceitos com significado. “Ao brincar, as crianças podem reconstruir elementos
do mundo que as cerca com novos significados, tecer novas relações, desvincular-se dos significados
imediatamente perceptíveis e materiais para atribuir-lhes novas significações. Imprimir-lhes perceptíveis
suas idéias e os conhecimentos que têm sobre si mesmas, sobre as outras pessoas, sobre o mundo
adulto, sobre lugares distantes e/ou conhecidos.
Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil. v. 3..
Conhecimento de Mundo. Brasília, 1998.
A criança, nessa fase, tem a tendência de eleger alguns aspectos de cada situação,
construindo uma lógica própria de interpretação. As hipóteses que os alunos colocam diante das
situações e a forma como resolvem os problemas demonstram uma organização peculiar em que as
associações e relações são estabelecidas de forma pouco objetiva, registradas por critérios subjetivos
e efetivamente determinados.
Isso não quer dizer que os alunos de 1.o ano constroem conceitos do concreto, do parti-
cular ou da observação direta, de maneira peculiar. A formação dos conceitos se apóia em concep-
ções mais gerais acerca dos fenômenos, seres e objetos e, à medida que crescem e se desenvol-
vem, dirigem-se à particularização. Os alunos fazem referência aos conceitos e modelos explicativos
que estão construindo em diferentes situações de convivência, aprendendo assim fatos, conceitos,
procedimentos, atitudes e valores. O acesso dos alunos ao conhecimento escolar, elaborado pelas
Ciências, é mediado pelo mundo social e cultural. Sendo assim, “as questões presentes no cotidiano
e os problemas relacionados à realidade, observáveis pela experiência imediata ou conhecidos pela
mediação de relatos orais, livros, jornais, revistas, televisão, rádio, fotografias, filmes, etc, são excelen-
tes oportunidades para a construção desse conhecimento.
Uma das dificuldades do trabalho com a Matemática nas séries iniciais é resultante do fato de
os conceitos matemáticos serem abstratos. Em particular, como dizem Kamii e Housman (2002. p. 35).
os números são sempre abstratos [e] cada criança os constrói através de abstração construtiva.
Portanto, não há uma coisa como um número concreto. Assim sendo, não há outra maneira de lidar
com eles senão através de representações, e como referem Menino e Maia (1996, p. 6), quando as
crianças entram no Mundo dos Números, aprendem a construir e a compreender [os conceitos], a
relacioná-los e a representá-los numa linguagem, primeiro oral, e depois, escrita. Ora, apesar das re-
presentações orais dos números (os numerais orais), como se refere Steel (1999, p. 39), Linguagem
e significado desenvolvem-se juntos somente quando o novo vocábulo é apresentado num contexto
com sentido. Desta forma, é importante que o educador, durante as atividades relacionadas com
matemática, incentive seus alunos a falarem, a explicitarem suas idéias para que associem, rela-
cionem cada termo ao seu significado, permitindo que generalizem idéias e conceitos, através da
comunicação. Isso é fundamental quando se constrói linguagem matemática.
Muitas são as situações que podem favorecer a iniciação matemática nas séries iniciais,
uma delas é a literatura infantil. Esta se constitui em uma prática pedagógica aberta, atual, que per-
mite à criança conviver com uma relação não passiva entre a linguagem escrita e a falada. De algum
modo a literatura aparece à criança como manifestação do sentir e do saber que permite a ela inven-
tar, renovar e discordar (SMOLE, 1996, p. 2).
Ao oferecerem desafios de natureza cognitiva e ao traduzirem sentidos que transcendem o
significado de suas palavras, os textos literários valorizam a inteligência da criança, sua capacidade
interpretativa e lhe possibilitam resolver problemas cuja natureza abstrata ela é incapaz de alcançar,
a não ser pela adesão ao universo simbólico. Conseqüentemente, instalam a motivação interna do
aluno para a leitura, visto que ele deseja ler porque a linguagem de narrativas e de poemas o mobiliza
para a compreensão do mundo e para a autonomia daí decorrentes. Os textos literários invertem o
processo convencional da alfabetização, pois a ênfase passa a recair sobre o significado e não sobre
o significante, sobre o desejo em vez da necessidade, sobre injunções de origem pessoal que se
orientam, todavia, para o atendimento de expectativas sociais. O aluno conjuga, assim, à necessida-
de de se instituir sobre o sujeito, em sua relação com o outro, o poder de instituir novas e contínuas
descobertas pelo acesso ao código escrito (SARAIVA, 2001, p. 19). Se um material de literatura
infantil usado em aulas de matemática estiver adequado às necessidades do desenvolvimento do
aluno, as situações-problema colocadas a ele enquanto manipula esse material fazem com que
haja interesse e sentimento de desafio na busca por diferentes soluções aos problemas propostos.
(SMOLE, 1996, p. 72).
Considerando a capacidade infantil de interpretar as histórias e a necessidade de estimular
essa capacidade, admitimos que as crianças podem iniciar a compreensão de vários conceitos ma-
temáticos básicos, os que são possíveis de serem tratados por meio de problemas em torno dos te-
mas das histórias. Ou seja, o professor pode trabalhar fazendo uma conexão entre as interpretações
das histórias da literatura infantil e a iniciação matemática, para incentivar as crianças a aprender no-
vas noções matemáticas e a utilizar melhor as já aprendidas. Assim, durante o trabalho com os livros
de história, a questão interessante é a de propor problemas da aritmética elementar para as crianças
irem resolvendo. E as próprias histórias podem trazer dados importantes para que alguma solução a
esses problemas seja encontrada. Também é o caso de estimular as crianças a explorar e a formular
problemas para serem resolvidos por elas próprias e pelos colegas. As questões colocadas farão
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com que elas debatam, dialoguem, critiquem e criem diversas estratégias de solução. Por seu lado,
ao professor cabe colocar às crianças questões condizentes aos objetivos que pretende alcançar
em iniciação matemática. Já o aluno, precisa conhecer a história e se interessar por ela. Os alunos
precisam ter direito à recreação, ao prazer da leitura gratuita e ao sonho. Para isso, o professor deve
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O jogo é outra estratégia, outra forma de articulação de diversos conteúdos, que auxilia a
evolução do pensamento do aluno, utilizando a análise, a observação, a atenção, a imaginação, o
vocabulário, a linguagem e outras capacidades próprias do ser humano. Por meio dos jogos em sala
de aula, os alunos passam a compreender e a utilizar regras que serão empregadas no processo de
ensino-aprendizagem. Sabemos que Piaget demonstrou na prática que as atividades lúdicas sensibi-
lizam, socializam e conscientizam a criança, sendo que ele ainda destaca a importância de aplicá-las
nas diferentes fases da aprendizagem escolar, por isso, é por meio da forma como a criança socializa-
se que o jogo adota regras, adaptando-se a cada situação. Para muitos educadores, é possível apren-
der matemática jogando em grupos, pois a ludicidade motiva e desperta o interesse do educando,
tornando a aprendizagem mais atraente. A participação em jogos de grupo também representa uma
conquista nos aspectos cognitivos, emocionais, morais e sociais para a criança, e claro, um estímulo
para o desenvolvimento do raciocínio lógico. Outro aspecto relevante nos jogos é o desafio que eles
provocam no aluno, gerando interesse e prazer. Por isso é importante que os jogos façam parte da
cultura escolar.
Aprender matemática é um processo contínuo, e os alunos construirão os conhecimentos
através de um processo lento e gradual. Daí a necessidade de exploração espontânea e intuitiva. A
partir disto, podemos iniciar o trabalho com os jogos, pois esse pode se tornar uma estratégia didática
quando as situações são planejadas e orientadas pelo professor, visando à aprendizagem. E, para que
isto ocorra, é necessário haver um planejamento para alcançar os objetivos predeterminados e extrair do
jogo as atividades que lhe são pretendidas. A matemática deve ser ensinada de forma lúdica, o professor
pode utilizar jogos prontos ou então criar versões de acordo com o assunto que se quer tratar.
Sucatas, palitos, materiais trazidos pelos alunos, confeccionados em conjunto com os pais,
colegas e professores podem constituir um acervo valioso na organização do uso de material didático
na aula. O importante não é ter um material visualmente bonito apenas, mas que permita problematiza-
ções. Além disso, haverá muitos momentos em que nenhum recurso mais que o interesse da criança
será necessário para resolver problemas.
O uso de materiais manipulativos e a simulação de situações-problema podem auxiliar o
aluno a desenvolver noções significativas, ou seja, de maneira reflexiva. Cabe ao professor ficar atento
para não perder as oportunidades que se apresentam no dia-a-dia, desafiando os alunos a buscarem
novas informações ou mesmo utilizarem em situações novas conhecimentos obtidos anteriormente.
Os alunos já trazem para a escola conhecimentos, idéias e intuições construídos através das
experiências que vivem em seu cotidiano. Eles chegam à sala de aula com as ferramentas básicas para,
por exemplo, classificar, ordenar, quantificar e medir. Além disso, aprendem a atuar de acordo com
os recursos, dependências e as restrições de seu meio. Sendo assim, é dever da escola proporcionar
momentos prazerosos e divertidos para os alunos, não se esquecendo de que escola é local de constru-
ção de conhecimentos. Para que a escola proporcione isto, é necessária uma estruturação da ação
pedagógica que respeite e propicie o desenvolvimento integral dos alunos. O jogo que o professor leva
para a sala de aula já é um grande passo, mas, quando os próprios alunos confeccionam seus jogos, o
comportamento deles muda completamente, pois, para eles, não vai ser um jogo qualquer que o profes-
sor trouxe, mas sim um jogo confeccionado por eles. Isso faz com que, na hora de interagirmos com os
alunos utilizando os materiais construídos por eles, tudo vire brincadeira. (Miranda 2001, p. 20) diz: estou
convencido, e isso já ocorre tempo, de que somos movidos pelo prazer de ser e de fazer. Prazer e alegria
não se dissociam jamais. O brincar é, incontestavelmente, uma fonte inesgotável desses dois elementos.
O jogo, o brinquedo e a brincadeira sempre estiveram presentes na vida do homem (...).
Juntar e colar figurinhas em álbuns ou reunir diferentes objetos da mesma natureza são
manias de criança de qualquer geração. Colecionar coisas pode ser um passatempo delicioso e, ao
mesmo tempo, uma ferramenta diferente para professores de Educação Infantil que introduz os pe-
quenos em diversos conteúdos matemáticos. “É a união do prazer com a aprendizagem significativa”,
diz Vera Elena Gruenfeld, professora e orientadora pedagógica da Escola Miguilim, em São Paulo.
O principal objetivo é apresentar os números aos alunos, mas é provável que você não pare
por aí. A cada dia surgem possibilidades de levá-los a raciocínios envolvendo operações de adição
e subtração, produção e interpretação de registros numéricos, comparação e ordenação de quanti-
dades e produção de seqüências em ordem crescente e decrescente.
Neide de Aquino Noffs, professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, relaciona outros ensinamentos possíveis com base nas atividades com cole-
ções: “É uma boa oportunidade para desenvolver posturas de trabalho em grupo, organização e ma-
nutenção dos objetos, que são procedimentos importantes para a formação de meninos e meninas
da creche e da pré-escola”.
Para desenvolver um projeto sobre coleções, comece definindo os temas e seus objetivos
de ensino antes de planejar qualquer atividade. Para iniciar o trabalho, procure identificar o que o
grupo sabe sobre número, numeral, contagem e registro. Isso pode ser feito por meio de jogos e brin-
cadeiras. Também é importante verificar o conhecimento da turma sobre coleções. Peça a todos que
perguntem a parentes e vizinhos o que juntavam quando pequenos — ou o que ainda colecionam,
se for o caso. Se possível, apresente algumas coleções a eles. Se você tiver alguma, leve-a para a
sala de aula.
Agora é preciso definir o que vai ser coletado por todos. Para os menores, por motivo de
segurança, faça algumas sugestões de peças que não ofereçam nenhum perigo e deixe que a classe
escolha o que prefere. “O ideal é evitar objetos cortantes ou pontiagudos”, alerta Neide. Opte sempre
por peças de fácil aquisição, já que todos deverão contribuir, trazendo exemplares de casa.
O próximo passo é preparar exercícios que permitam desenvolver os conteúdos previa-
mente definidos. O tempo de duração do projeto vai variar de acordo com as metas e o interesse do
grupo. Se você detectar que o assunto rende, pense numa continuidade enfocando outros conceitos,
como grandeza, espaço e forma.
Defina também com a garotada o destino das peças quando o trabalho terminar. Elas po-
dem ser doadas, incorporadas ao acervo da biblioteca ou mesmo devolvidas a quem as levou. Por
fim, reúna suas anotações e faça um registro reflexivo. Essa etapa é necessária não só para aperfei-
çoar o próximo projeto, como também para avaliar o desempenho individual dos alunos. Observe se
eles conseguem resolver os vários problemas propostos, a maneira como participam das atividades
e o interesse pelo assunto.
Resolução de problemas aos 6 anos
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O tema escolhido pela classe de 6 anos de Luciana Ottoboni foi figurinhas. Além de apre-
sentar os números até 100, a professora queria levar os estudantes a se tornar capazes de ler, inter-
pretar e produzir escritas numéricas de dois e três algarismos. “Nessa fase, eles já operaram com
quantidades maiores e resolvem pequenas questões, já na forma de problemas matemáticos.”
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Aprender os números não é uma tarefa fácil para as crianças, pois a combinação dos mes-
mos é não aceitar regras e a seqüência é pouco flexível. Além dessas dificuldades, o número apre-
senta diferentes funções, isto é, diferentes leituras podem ser feitas a partir dele. O número pode se
referir à quantidade de objetos, à representação de uma medida. Pode identificar uma placa, um te-
lefone. Portanto, para que o aluno compreenda o conceito de número, é necessário que o professor
apresente situações do cotidiano que possibilitem a construção desse conceito de modo natural, pois
devemos encorajar as crianças a pensarem sobre os números e quantidades de objetos, quando
estes forem significativos (KAMII & DEVRIES, 1991, p. 31). Observando essa realidade, vemos que é
preciso que a Educação Infantil oportunize a manipulação de objetos como um recurso indispensável
para a compreensão e construção do número, como expressão de quantidade e de numeral como
indicação de número. A criança, inicialmente, precisa interagir com os objetos, estabelecer relações
entre eles, em função de suas qualidades (relação de semelhanças e diferenças) e qualificar cole-
ções para, posteriormente, ser capaz de realizar a operação mental que parte das noções ou propo-
sições simples para as mais complexas ou das partes para o todo, que permitem a consolidação da
estrutura do número. A criança, antes do período escolar, vivencia situações aritméticas elaborando
certas hipóteses a respeito de quantidades e de suas possíveis representações. Desse modo, deve-
mos encorajar nossos alunos a pensarem sobre quantidade quando sentirem necessidade e interes-
se. Antes dos 6 anos de idade, as crianças já demonstram interesse em contar objetos e comparar
quantidades. Interpretando experiências realizadas por Kamii, podemos dizer que, nesse processo,
a colaboração do professor é fundamental para oferecer condições para que o aluno possa construir
seu próprio conhecimento, ou seja, o professor pode criar um ambiente no qual o aluno desempenhe
um papel importante, tenha possibilidade de decidir por si mesmo. Em seus estudos, Kamii (1992)
afirma a importância do desenvolvimento da autonomia moral e intelectual da criança.
O desenvolvimento da autonomia moral ocorre quando suas idéias forem levadas seria-
mente na tomada de decisões (KAMII,1992, p. 80). Ao se tratar da autonomia intelectual, as crianças
só podem desenvolvê-la quando todas as idéias, inclusive as erradas, são respeitadas (KAMII, 1992,
p. 82). Nesse contexto, as crianças que são encorajadas a tomar decisões, são também encora-
jadas a pensar os conceitos matemáticos, como “primeiro”, “segundo”, “antes”, “depois”, “mais”,
“menos”. Isso é possível de ser feito partindo das relações que as crianças criam autonomamente
na vida cotidiana quando participam de uma série de situações envolvendo números, relações entre
quantidades e problemas sobre espaço. Nos estudos apresentados por Kamii (1992), fundamenta-
dos na teoria de Piaget, encontramos que o nome e a escrita dos números se referem a um outro tipo
de conhecimento: fazem parte do conhecimento social. O mesmo autor ainda afirma que esse tipo
de conhecimento é adquirido por meio da transmissão social e que desenvolver situações para as
crianças apenas memorizarem, relacionando o nome ao símbolo, saber escrever numerais, não dará
condições para que entendam os conceitos básicos para a construção das estruturas cognitivas e
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Piaget (apud KAMII, 1993) enfatiza o papel ativo da criança na construção de sua autonomia
por meio de sua ação sobre o objeto e o ambiente, o qual pode facilitar ou dificultar esse processo
de construção. A essência da autonomia é que as crianças tornem-se aptas a tomar decisões por si
mesmas. Mas autonomia não é a mesma coisa que liberdade completa. A autonomia significa levar
em consideração os fatores relevantes para decidir agir da melhor forma para todos. Não pode ha-
ver moralidade quando se considera apenas o próprio ponto de vista. Quando uma pessoa leva em
consideração os pontos de vista das outras, não está mais livre para mentir, quebrar promessas e ser
leviana. (KAMII, 1993, p. 108). Ainda assim, Kamii propõe a transposição da educação dos princípios
da teoria piagetiana relativos à construção do conhecimento e da moralidade pela criança, tomando
o conceito de autonomia e explicitando-o de forma mais pura como “meta” da educação construti-
vista. Podemos dizer que fazer matemática é expor idéias próprias, escutar as dos outros, formular e
comunicar procedimentos de resolução de problemas, confrontar, argumentar e procurar validar seu
ponto de vista, antecipar resultados de experiências não realizadas, aceitar erros, buscar dados que
faltam para resolver problemas, entre outras coisas. Dessa forma, as crianças poderão tomar deci-
sões agindo como produtoras de conhecimento e não apenas executoras de instruções. Portanto,
o trabalho com a matemática pode contribuir para a formação de cidadãos autônomos capazes de
pensar por conta própria , sabendo resolver problemas. Nessa perspectiva, a instituição de Educação
Infantil pode ajudar as crianças a organizarem melhor as suas informações e estratégias, bem como
proporcionar condições para a aquisição de novos conhecimentos matemáticos.
A articulação dos conteúdos propostos e a construção de conhecimentos que contribuam
de maneira efetiva para formação de novos cidadãos só atingirá os desejos, interesses e necessi-
dades dos alunos, o mais significativo da vida deles, se for realizada pelo professor a partir de uma
leitura e interpretação, articulada pelas diferentes linguagens, em que os alunos se produzem e se
inscrevem no dia-a-dia de suas vidas, seja na escola ou na família. Quanto mais o professor conhecer
seus alunos e seus desejos pelas trocas cotidianas, mais elementos terá para chegar aos conteúdos
de forma mais significativa, problematizando-os. A linguagem, verbal e não verbal, que circula no
cotidiano das aulas, será objeto de conhecimento e de construção dos conhecimentos.
Selecionar conteúdos e situações de aprendizagem e articulá-los envolverá diferentes co-
nhecimentos transformados em ação pelo professor: conhecimento de criança e de infância e de
como essa criança pensa, age e se comporta diante das diferentes situações; conhecimento sobre
as regras e estruturas de funcionamento de cada uma das linguagens (desenho, registro escrito, pin-
tura, música, fala, operações matemáticas, interpretação de imagem etc); conhecimento que busca
a totalidade, o conjunto das relações entre os diferentes aspectos que compõem a proposta pedagó-
gica do material; conhecimento sobre si mesmo, sobre seu jeito de selecionar e articular o que há de
mais significativo na sua vida pessoal e profissional; conhecimentos sobre como investigar e identi-
ficar os assuntos, os temas, os eixos que mobilizam as Unidades, que poderão causar curiosidades
nos alunos ou não, ou seja, como fazer para conhecer, durante o trabalho o que os alunos querem
aprender, o que precisam aprender mais, onde precisam ir além, por que querem ir além e em quê.
A articulação desses conhecimentos compõe a intervenção pedagógica do professor, sua
didática, sua metodologia, que o faz ser conhecido pelos alunos, para além do que ele possa imagi-
nar ou planejar.
Nenhuma unidade se esgota em seu término. Os conteúdos poderão provocar outras pes-
quisas, outros projetos, mas que o professor tenha ciência de que os eixos nortearão a seqüência das
atividades, eles têm propósitos e objetivos.
Marangon, Cristiane. Revista Nova Escola. n. 165, set. 2003.
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2. Grandezas e medidas
• Exploração de diferentes procedimentos para comparar e medir as grandezas: medidas
de tempo, capacidade, volume, comprimento e de valor.
• Diferentes formas de medir o tempo: diferentes calendários, diferentes relógios.
3. Espaço e forma
• Identificação e exploração das figuras e das formas: tridimensionais, bidimensionais,
faces, lados e ângulos.
• Exploração de diferentes formas em simetria
4. Tratamento da Informação
• Leitura e interpretação de Gráficos e tabelas
– gráficos de pizza
– gráficos de colunas
Eixos e projetos
de trabalho
A grande diversidade de temas propostos pelos eixos norteadores pressupõe uma estrutu-
ração para o ensino/aprendizagem, de forma que escolhemos os assuntos mais relevantes para os
alunos e seu grupo social. Propomos que desde pequenos os alunos sejam incentivados a observar
fenômenos, relatar acontecimentos, formular hipóteses, prever resultados para experimentos, conhe-
cer diferentes contextos históricos e sociais, tentar localizá-los no espaço e no tempo; que troquem
idéias e informações em seus grupos de trabalho, debatendo-as, confrontando-as, distinguindo-as e
representando-as, aprendendo, aos poucos, como se produz um conhecimento novo ou por que as
idéias mudam ou permanecem.
Exploraremos, em todo trabalho, os conhecimentos prévios dos alunos, entendendo o
conjunto de significados ou perspectivas que os alunos apresentam diante de interpretações ou de
informações. As idéias e construções do cotidiano dos alunos, suas intuições, só modificarão ou serão
reconstruídos, com uma intervenção, uma mediação que possibilite sua nova elaboração ou reconstru-
ção.
Unidade I
Os números e o tempo
Histórias de outros tempos
A definição de tempo, de acordo com o dicionário, pode ser uma extensão limitada de
existência continuada, o intervalo entre dois eventos ou o intervalo através do qual continua uma ação,
condição ou estado. Antes de a criança construir a noção do conceito, a ordem de sucessão de dados
momentos tem de ser coordenada com o período que se estende entre esses momentos; há, portanto,
uma noção de intervalo. O tempo está arraigado a série de eventos, em um continuum no qual espaço
e tempo não são diferenciados.
Alguns estudos sugerem que é formado um vocabulário de palavras de tempo por um
processo de associação: quando a criança acorda, está claro; quando dorme, é noite, etc. Os
experimentos de Piaget indicam como a criança tem dificuldades para apreender este significado,
sugerindo que as idéias de tempo por parte das crianças estão todas misturadas com as de espaço
e mudanças espaciais. Piaget defende o ponto de vista de que o conceito de tempo depende de
a criança ser capaz de formar sistemas coerentes de pensamento lógico, tais como os que levam
à conservação de quantidades. Para Piaget, o conceito de tempo será construído junto de outros
conceitos do mundo físico.
Os alunos deverão, portanto, ter a oportunidade de fazer estimativas de tempo que eles
gastam para fazer suas tarefas, em suas leituras, em corridas, em certas atividades, em suas brinca-
deiras, cantando, escrevendo... Poderão fazer essas estimativas em relação ao caminho percorrido
pelos ponteiros do relógio. Por isso, construir rotinas é fundamental para as noções de construção do
tempo, estabelecer o que se faz nos intervalos, entre as primeiras atividades e o recreio, entre o lanche
e a saída, etc. O vocabulário e as expressões que significam o tempo deverão ser utilizadas no dia-a-
dia da escola: hoje faremos o recreio mais cedo, isto significa que... tais colegas foram embora mais
tarde, isto significa que... ontem choveu e hoje o tempo está... amanhã pode ser que... Dizer as horas
estabelecidas pelo relógio não implica necessariamente que os alunos tenham um conceito de tempo
construído. Estabelecer comparações com fotos, narrar fatos e acontecimentos de ontem, de hoje e
prever o dia de amanhã, poderão ser situações dialogadas em roda, onde em que os alunos farão
relatos empregando as noções de tempo.
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Devemos criar situações que abram caminho à consideração dos diferentes atributos do
tempo: sucessão, continuidade; duração-intervalo. A idéia de tempo histórico poderá ser construída
a partir do desenvolvimento da própria criança, através de datas como a de seu aniversário, as datas
importantes na comunidade como: colheitas, festividades, férias, celebrações, etc. Interpretar um
calendário e expressar o nome dos meses, dos dias da semana, usar a agenda favorecerão a relação
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Tempo e história
Raquel Glezer
A relação entre o Tempo e a História é tema inesgotável, com questões, problemas e pro-
postas analíticas, campo de conflito insolúvel entre filósofos e historiadores, que pode ser explorada
sob múltiplos aspectos, cada uma delas aparentemente encerrada em si mesma, e na prática inter-
relacionada com todas as outras.
Diversamente da percepção, hoje consensual entre os historiadores, de que o tempo da his-
tória é diferente do tempo da ciência – o conceito de tempo dos historiadores não é o utilizado pelas
outras ciências, o confronto entre a reflexão em abstrato e o manejo empírico do ‘corpus documental’
é questão ainda sem conclusão, parte integrante das reflexões filosóficas e das historiográficas, que
se colocam em termos divergentes e opostos, mas que podem e devem ser complementados.
Para historiadores, tempo é tanto o elemento de articulação da/na narrativa historiográfica
como é vivência civilizacional e pessoal. Para cada civilização e cultura, há uma noção de tempo,
cíclico ou linear, presentificado ou projetado para o futuro, estático ou dinâmico, lento ou acelerado,
forma de apreensão do real e do relacionamento do indivíduo com o conjunto de seus semelhantes,
ponto de partida para a compreensão da relação Homem – Natureza e Homem – Sociedade na pers-
pectiva ocidental.
Tempo é palavra de muitos significados, e em alguns deles empregado como sinônimo de
passado, ciclos, duração, eras, fases, momentos ou mesmo história, o que contribui para o obscure-
cimento das discussões teóricas dos historiadores sobre ele, e acaba confundindo o público leitor.
Da noção de tempo civilizacional derivaram filosofias, teorias, historiografias, com seus
calendários, cronologias, periodizações por momentos, seleções de fatos marcantes – elementos
mutáveis a cada leitura, a cada narrativa historiográfica, sempre datada, quer a de nacionais quer a
de estrangeiros.
Historiadores convivem com as tensões inerentes ao tempo em que vivem e as formas de
análise e compreensão, instrumentalmente dadas. Sabem que estão imersos no tempo, no seu tem-
po, e, simultaneamente, devem trabalhar com ele, para os atos da profissão, no ‘corpus documental’
selecionado para pesquisar o tema, o assunto, o objeto de estudo em um dado momento: organizar,
recortar, dividir, estruturar, analisar, compreender, explicar, generalizar, teorizar, sintetizar...
Do mito à História, do tempo cíclico ao linear progressivo, ao teleológico e ao devir, da cau-
salidade primária seqüencial cronológica às temporalidades braudelianas; da passagem do tempo
da natureza ao tempo social, do tempo do trabalho natural ao tempo do trabalho industrial, o tempo
real como fronteira última – todas estas transformações marcaram as relações dos homens com o
passado, e atuam em seu presente tanto em seus atos como nas formas de percepção do passado.
Para os historiadores do contemporâneo, os seres humanos passaram do Tempo dominan-
te da natureza ao Tempo dominado pelo homem e depois ao homem dominado pelo Tempo.
Depois que a História formalmente se estruturou como um campo de conhecimento, muitos
dos historiadores do século XIX estavam preocupados com a ordenação cronológica dos fatos, que
era uma das formas possíveis de organizar o conjunto documental, e que acabou sendo a dominante,
pois quase sempre permitia a estruturação causal explicativa. Contudo, as transformações econô-
micas, políticas e culturais do século XX, principalmente as da segunda metade, romperam com os
critérios europocêntricos que ainda eram dominantes e com as estruturações históricas uniformes e
hierarquizadas, muitas vezes preconceituosas.
A História passou a ser diferenciada: de quem e para quem? Qual é o passado que cada
Nação, cada Estado, cada grupo social deseja e valoriza? O passado deixou de ser único e unívoco,
mesmo para uma mesma sociedade. Vencedores e vencidos nas lutas sociais, culturais, econômicas
e políticas disputam os espaços da memória social, buscando encontrar o próprio significado.
Unidade II
Vamos ao mercado?
Natureza e educação para o consumo
Nenhum modelo econômico moderno pode desprezar as escolhas, os comportamentos e as
tendências do mercado consumidor. Esse mercado engloba pessoas de todos os segmentos sociais
que nem sempre fazem escolhas certas, com consciência crítica e plena autonomia, e acabam por
consumir pessoas, modismos, gírias e comportamentos. Será que tudo o que se consome é bom, tem
bom preço e atende ao que se destina? Como se sabe, as pessoas são diferentes e, portanto, não têm
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desejos, necessidades e condições de vida iguais, não cabendo a ninguém indicar o que deve ser
consumido pelo outro. Mas há muito o que se pode fazer. Podemos trabalhar com os alunos e suas
famílias, para que todos saibam de sua força e de seu papel como sujeitos consumidores, sem sucum-
birem às semióticas dominantes. Ou seja, o espaço escolar deve privilegiar a pesquisa, a discussão e
a análise crítica sobre a relação dos homens, na atualidade, com o mundo do trabalho. Essas relações
Manual do Professor 17
Os deveres do consumidor
Os consumidores também têm deveres perante a sociedade de consumo, que devem ser
observados. Consciência crítica: estar alerta e pôr em questão o preço e a qualidade do produto a
consumir. Pesquisa: para assegurar-se de que a compra é justa e que está adquirindo um produto
barato e de qualidade. Preocupação social: consciência de que seu consumo afeta outros cidadãos,
especialmente os menos favorecidos. Consciência do meio ambiente: compreensão das conseqüên-
cias ambientais do consumo. Preocupação em preservar, conservar e proteger os recursos naturais.
A expressão Natureza aplica-se a tudo aquilo que tem como característica fundamental o
fato de ser natural: ou seja, envolve todo o ambiente existente que não teve intervenção antrópica.
Dessa noção da palavra, surge seu significado mais amplo: a Natureza corresponde ao
mundo material e, em extensão, ao Universo físico: toda sua matéria e energia, inseridas em um
processo dinâmico que lhes é próprio e cujo funcionamento segue regras próprias (estudadas pelas
ciências naturais).
Meio ambiente é o conjunto de forças e condições que cercam e influenciam os seres vivos
e as coisas em geral. Os constituintes do meio ambiente compreendem clima, iluminação, pressão,
teor de oxigênio, condições de alimentação, modo de vida em sociedade e para o homem, educação,
companhia, etc.
05-06-2007
Isto sabemos: a terra não pertence ao homem, o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as
coisa estão ligadas como o sangue que une a família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com
a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente
um de seus fios. Tudo o que fazer ao tecido, fará a si mesmo
(Carta do Chefe Seatle, 1854).
A idéia do meio ambiente será a mesma na mente de diferentes pessoas? Quando se pensa
em meio ambiente, o que está interagindo? Tente uma definição. Provavelmente, ela dependerá de sua
formação profissional, de suas vivências, do lugar em que vive, de seus valores, entre muitos fatores.
O que se evidencia é que a construção da representação simbólica de ambiente é de-
pendente não só das condições materiais que cercam o sujeito, mas também de conhecimentos e
conteúdos afetivos, éticos, ideológicos, que condicionam sua própria percepção. Sendo assim, qual
imagem o professor transmite do “meio ambiente”? Que imagem o operário possui? Qual a imagem
que você tem de meio ambiente?
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Manual do Professor 19
Referências
CARTA DO CACIQUE SEATLE (1854). Disponível em: <http://www.geocities.com/ carlos.guimaraes/cacique.html>
Acesso em: jun. 2007.
FUNDAÇÃO CIDADE DA PAZ. Resultados do Simpósio A sobrevivência do Brasil e do Planeta, Brasília, 1989.
GUATTARI, Félix. As três ecologias. Campinas: Papirus, 1990.
REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortex, 1995.
Um povo que perde a sua cultura perde sua alma, fica sem identidade. Hoje, os meios de
comunicação estão entre os principais transmissores da cultura de um país. Lógico que, como pano
de fundo, está todo um conjunto cultural, oferecendo uma maneira diferente de se viver, em resumo,
um padrão cultural diferente. O termo cultura tem sido tratado, muitas vezes, como o campo de sabe-
res peculiares e de base científica. Classificando cultura como tudo que o homem faz, vamos encon-
trar incluída a maneira de falar (língua), a maneira de vestir, de morar, de comer, de trabalhar, de rezar,
de se comunicar, de se interagir, etc. No Brasil, tão vasto, tão amplo, com tantas expressões diferen-
tes, com distintas maneiras de ser, de viver, de conviver e de fé múltipla, que vão se modificando de
lugar para lugar, e a todo o momento, não podemos falar de uma única cultura, mas de culturas plu-
rais que o formam. Será que já paramos para pensar, por exemplo, quantas nações existem inseridas
no nosso contexto? São abrangentes culturas, culturas indígenas, africanas, quantas culturas plurais
nós temos? A nossa realidade é formada por muitos povos europeus, cada um com suas tradições,
línguas, procedimentos, modos de ser e crer, e que se misturaram aos distintos povos indígenas e
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Manual do Professor 21
Em outubro de 2004
Você sabia que o Brasil é o terceiro país da América Latina que mais explora o trabalho
infantil? E que o nosso país só perde em exploração de crianças para a Nicarágua? Pois é, para com-
bater essa cruel realidade, os nossos deputados trabalham com muito empenho.
Os projetos
Aqui na Câmara, os deputados estão sempre buscando formas de acabar com a exploração
da mão-de-obra infantil. Veja alguns dos projetos dos representantes do povo sobre esse assunto:
Orlando Fantazzini (PT-SP) – O projeto exige uma declaração das empresas afirmando que
não há exploração infantil. É uma forma de fiscalizar o cumprimento da lei que proíbe esse tipo de
trabalho.
Carlos Nader (PL-RJ) – A proposta é aumentar a pena (o tempo de prisão e as multas) para
as pessoas que exploram crianças.
Eduardo Valverde (PT-RO) – Proíbe o trabalho doméstico para meninas e meninos menores
de quatorze anos.Tarcísio Zimmermann (PT-RS) – O deputado tem uma Proposta de Emenda à Cons-
tituição (PEC) que permite tirar as terras de quem explora o trabalho escravo. Ela já foi aprovada em
primeiro turno.
Fique de olho!
saúde.
• Flanelinhas;
• Engraxates;
Manual do Professor 23
Toda criança tem direito à escola, ao lazer e à saúde. Essas garantias quem dá é o Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), criado em 1990.
Mas, infelizmente, existe um número grande de crianças fora da sala de aula. O motivo? Elas
são obrigadas a trabalhar para ajudar em casa.
Pesquisas revelam que 75% desses jovens trabalhadores são responsáveis por até 30% do
orçamento das suas famílias. A maioria deles está em áreas rurais. É preciso que a sociedade toda se
mobilize contra o trabalho infantil. Devemos assumir o compromisso de dar prioridade às crianças e
adolescentes nas políticas públicas e privadas, para garantir o direito à educação, ao lazer, à cultura,
à dignidade, a cidadania, ao respeito, à liberdade e à convivência com a família.
Não podemos deixar que as crianças sofram nenhum tipo de discriminação, maldade, vio-
lência ou repressão, principalmente no trabalho.
Todas.as.Unidades.serão.introduzidas.com.uma.leitura.de.imagem..Algumas.perguntas.serão.
propostas,. após. a. leitura.e. observação.. A. linguagem,. a. organização. das. idéias,. a. interação. entre.os.
alunos. nesse. momento. propiciarão. a. motivação. para. desenvolver. o. conteúdo. proposto. através. das.
atividades.que.se.seguirão.
Todos.os.conceitos.a.serem.construídos.a.partir.desse.material.didático.necessitam,.primei-
ramente,.ser.vivenciados.corporalmente,.através.de.jogos.e/ou.brincadeiras..Vivenciar.as.experiências,.
primeiro. com. o. corpo,. faz. com. que. a. construção. dos. conceitos. matemáticos. sejam. apreendidos. e.
introjetados.. Em. seguida,. sugerimos. muitos. desenhos. das. vivências. matemáticas,. como. forma. de.
expressão.e.manifestação.do.pensamento.matemático.
aPREndEndo UM PoUCo
MaiS
É.o.momento.da.transposição.do.que.os.alunos.experimentaram.nas.vivências.corporais.para.
os. objetos,. estabelecendo. relação,. manipulando,. comparando,. analisando,. conversando. em. grupo,.
em.duplas,.levantando.hipóteses,.registrando.conclusões.
aPLiCando MEUS
ConHECiMEnToS
É.o.momento.da.aplicação.daquilo.que.os.alunos.aprenderam,.da.sistematização.dos.conhe-
cimentos,.da.elaboração.e.registro.do.que.ficou.aprendido.
aVaLiando o QUE
aPREndi
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Sistematizados.os.conhecimentos,.é.hora.de.avaliar.realmente.o.que.foi.aprendido..Diante.das.
respostas.dos.alunos,.o.professor.poderá.prosseguir.ou.não..Caso.seja.necessário,.refaça.algumas.ativi-
dades,.volte.em.algumas.páginas,.releia.o.tema.com.o.conteúdo.com.os.alunos,.proponha.outras.ativi-
dades.
Manual do Professor
É a seção que traz enriquecimento aos conteúdos trabalhados. Nessa seção propomos ativi-
dades interdisciplinares, como: sugestões literárias, filmes, sites, etc. Algumas atividades funcionam
como empreendimentos dos estudos realizados no capítulo. Em alguns capítulos, ela não aparece e é
sugerida apenas no Manual do Professor.
Organização dos
conteúdos, habilidades,
competências e avaliação
LIVRO II – 2.o SEMESTRE
Manual do Professor 27
Manual do Professor 29
Quanto à avaliação da aprendizagem no 1.º ano do Ensino Fundamental de nove anos, faz-se
necessário assumir como princípio que a escola deva assegurar aprendizagem de qualidade a todos;
assumir a avaliação como princípio processual, diagnóstico, participativo, formativo, com o objetivo de
redimensionar a ação pedagógica; elaborar instrumentos e procedimentos de observação, de regis-
tro e de reflexão constante do processo de ensino-aprendizagem; romper com a prática tradicional de
avaliação limitada a resultados finais traduzidos em notas; e romper, também, com o caráter meramente
classificatório. (BRASIL, 2006: 10)
Unidade I
Os números e o tempo
Eixo norteador da unidade: histórias do tempo
Orientações ao professor
O propósito maior da Unidade é estabelecer a relação do tempo com os números, com
a contagem, com a medição do espaço temporal, percebendo as interrupções, a continuidade e a
descontinuidade dos acontecimentos. A Unidade traz a história do calendário e do registro temporal,
propondo que o aluno se situe no tempo, construindo sua rotina, educando a vontade, construindo a
disciplina, hábitos e atitudes que contribuam para a formação de bons cidadãos, conscientes de uma
vida coletiva. Preparamos a Unidade pensando no cuidado com a vida: alimentação saudável, cresci-
mento e desenvolvimento, ciclo da vida e uma vida sustentável.
Orientações específicas
A página 3 apresenta a proposta da construção de um calendário em que o aluno utilizará
fitas coloridas. Cada criança trará de casa um pedaço de fita ou barbante colorido, de acordo com o
encarte 1. As tiras representarão os dias. Temos então sete cores diferentes. Cada cor representa um
dia da semana. Começando pelo primeiro dia da semana, seja qual for, convide os alunos a darem um
nó, na fita que corresponde àquele dia. O calendário poderá ser utilizado em qualquer mês do ano.
Peça aos alunos que escrevam nos círculos que estão alinhados as iniciais dos dias da semana: D, S,
T, Q, Q, S, S. Se você iniciou o trabalho no mês de agosto e o dia 1.o de agosto foi uma segunda-feira,
dê um nó na fita azul. No dia seguinte, dê um nó na fita amarela, terça-feira. E assim por diante. No
final do mês, o número de nós indicará o número de dias do mês. O calendário será utilizado durante
todo o mês. Portanto, o exercício seguinte só poderá ser preenchido no final do mês, mas aproveite
cada dia para refletir com os alunos sobre o novo dia e o tempo que passou e o que virá.
As páginas 4 e 5 trazem um texto que deverá ser lido por você, professor, com muito suspen-
se. Trata-se da evolução do calendário. Desperte nos alunos a curiosidade pela origem dos nomes,
vejam de onde vêm as palavras. Ao término do texto, avalie que conceitos e idéias os alunos já têm de
tempo, calendário, ano, mês e pesquisem o que seja ano bissexto.
O trabalho a ser realizado nas páginas 6 e 7 é uma expressão corporal a partir da canção
de Vinicius de Moraes – “O relógio”. Converse com os alunos sobre suas experiências com horas.
A proposta do final da página 7 é a seguinte: o aluno encosta seu corpo na parede e abre os braços.
Receberá um barbante do comprimento de seus braços abertos. O barbante o ajudará a determinar
o tamanho do círculo que será desenhado (o diâmetro do círculo). Os alunos poderão se juntar em
duplas para esse trabalho: cada um ajuda o outro a desenhar o círculo do seu corpo. Com giz na mão,
o aluno deve desenhar um círculo, contornando seu corpo de braços abertos. É preciso, que a crian-
ça fique com o corpo firme e só seus braços movimentem para desenhar o círculo, bem esticados,
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circulando o corpo – Na página 8 será explorado forma e as hipóteses dos alunos sobre as formas de
medir o tempo. Antecipe suas informações sobre Vinicius de Moraes indo a biblioteca da escola com
os alunos.
Deixe claro para os alunos antes de realizarem as tarefas 4 e 5 das páginas 10 e 11 sobre
a forma de um relógio digital marcar as 24 horas. Isso é importante antes da execução da tarefa.
Manual do Professor 31
No início da década de 90, foi elaborado pelo Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (U.S. Departament of Agriculture) um guia de orientação alimentar diante da extrema preo-
cupação dos americanos com o alto índice de doenças crônico-degenerativas, como hipertensão,
diabetes, doenças cardíacas, que possuem como uma de suas causas a má alimentação.
A Pirâmide Alimentar vem esclarecer três princípios fundamentais de uma alimentação sau-
dável: moderação, variedade e equilíbrio.
Reflita com os alunos sobre a necessidade de uma boa alimentação e do que um ser humano
precisa para se desenvolver de forma harmoniosa e saudável. Carinho é muito importante, respeito,
colo e aconchego, mas alimentação dá força e energia ao nosso corpo, disposição para o trabalho.
Mais uma vez, a família será convidada a participar da vida escolar do aluno. Nas páginas 16
e 17, os alunos devem construir, com a família, um cardápio semanal gostoso e saudável. Convide uma
família para conversar com os alunos sobre alimentação e a importância dos alimentos em nossa vida.
Nas páginas 18 e 19, o aluno deverá registrar momentos de sua história no tempo. É hora de
coletar fotos, imagens, conversar com a família sobre sua vida de bebê: como era quando bebê? Com
quem se parecia? O que mudou? O permaneceu? O que fazia? Do que gostava? Quando aprendeu a falar?
Quais os seus medos? Por que chorava? Quem lhe dava cuidados? Este trabalho envolverá diferentes
conteúdos e diferentes conceitos: desenvolvimento do corpo, tempo, espaço... professor reserve três ou
quatro aulas para esse trabalho. Explore a imagem do adulto e do idoso na vida das pessoas.
A página 20 propõe consultas a pesquisas na informática. Utilize os sites durante o trabalho
com o livro, ao longo do semestre.
Antes de iniciar a página 21, leve para a sala de aula um globo terrestre e um mapa-múndi, é
hora de localizar-se no espaço. Coloque o mapa no chão, no plano, para comparar com a localização
do globo. Localize os diferentes países citados no poema, o Japão e o Brasil. Caso consiga o livro Que
horas são?, leia-o antes da atividade. Realize a pesquisa sugerida ou leve diferentes materiais para a
sala de aula antes de responder a página 21.
Arca de Noé
Segundo o livro bíblico do Gênesis, a Arca de Noé foi a provisão pela qual os antepassa-
dos de toda a humanidade sobreviveram ao Dilúvio Bíblico. Deus deu a Noé instruções detalhadas
sobre o tamanho, formato, feitio da iluminação e da ventilação, e sobre os materiais a usar na sua
Manual do Professor 33
A página 24 propõe a contagem de 2 em 2, até 20. Faça primeiro oralmente uma contagem
agrupando os retângulos coloridos, vermelhos e azuis. Conte com os alunos: quantos azuis? Quantos
vermelhos? Quantos ao todo?
As páginas 25 e 26 trazem o jogo de dominó. O aluno deverá recortar do encarte o seu jogo
e brincar com os colegas primeiro. Após diferentes jogadas, deverá preencher as questões propostas
no livro.
A página 27 apresenta um tabuleiro com três moedas. Professor, faça o jogo corporal primei-
ro, no pátio da escola, e depois, proponha que os alunos resolvam os desafios do livro. Deixe que eles
descubram todas as possibilidades. Resposta:
Unidade II
Vamos ao mercado?
Eixo norteador da unidade: natureza
e educação para o consumo
Capítulo 1: Fazendo as compras!
Orientações ao professor
Nesse capítulo, você encontrará atividades que permitem uma avaliação diagnóstica dos
conhecimentos que os alunos apresentam sobre a Matemática no cotidiano. O supermercado, como
espaço presente socialmente na vida do aluno, será o ponto de partida para identificarmos a função
da matemática presente no nosso dia-a-dia, desde as escolhas que fazemos até às decisões que
tomamos na hora de comprar.
É importante, professor, mostrar aos alunos as situações-problemas que encontramos no
dia-a-dia, verificar que elas estão presentes o tempo todo em nossa vida, portanto, a matemática não
é algo isolado.
Orientações específicas
Converse com os alunos, professor, sobre a imagem que faz a abertura da Unidade:
Quem sabe que lugar é esse? Onde podemos encontrar a matemática aqui? Aproveitando as
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Manual do Professor 35
Orientações ao professor
Nesse capítulo, introduzimos o uso da calculadora. É importante que os alunos tenham
conhecimento desse instrumento, tão utilizado no cotidiano das pessoas, que eles saibam para que
ele serve, quando e como usá-lo. Deixe que os alunos manipulem essa ferramenta, brinquem com ela
e aprendam quando ela pode ser útil.
Iniciamos o capítulo, nas páginas 50 e 51, fazendo uma sondagem a respeito do conheci-
mento dos alunos sobre a calculadora. Nas páginas 52 e 53, propomos alguns desafios para serem
resolvidos com a ajuda da calculadora. Aqui é importante deixar que o aluno pense qual recurso da
calculadora ele pode utilizar, ou seja, que ele perceba na situação-problema se há uma adição, subtra-
ção, multiplicação ou divisão a ser feita. Eles devem perceber que a função da calculadora é ajudar,
que ela não resolve por si só os cálculos. Portanto, há situações em que não precisamos dela e que
podemos fazer nossas “contas” sozinhos.
Na página 54, pede-se que os alunos resolvam as operações usando a calculadora. Há
operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. Professor, lembre-se, de que o objetivo dessa
atividade é o de trabalhar com a calculadora, percebendo o seu uso social.
Concluímos a unidade na seção Indo Além, propondo que o aluno avance em suas hipóte-
ses sobre o uso da calculadora de forma lúdica e divertida.
Medidas
Na vida diária, é comum termos que resolver problemas corriqueiros que exigem lidar com
diferentes grandezas e realizar vários tipos de medidas. Quanto tempo falta para ....?; Quanto pre-
ciso para comprar....?; Quanto tecido é necessário para....?. Para responder à grande parte dessas
questões, basta fazer uma estimativa, ou seja, emitir um juízo que permita avaliar se um resultado é
razoável. Porém, existem situações para as quais é necessário produzir resultados precisos e exatos.
Isso impõe a necessidade de trabalhar com unidades padronizadas e utilizar instrumentos como tre-
nas, fitas métricas, balanças e relógios.
A utilização de estratégias pessoais baseadas em estimativas não só ajuda a distinguir os
vários atributos mensuráveis de um objeto, como permite adquirir consciência sobre o tamanho das
diferentes unidades de medida e compreender o próprio procedimento de medida. Medir implica
comparar duas grandezas de mesma natureza e verificar quantas vezes a grandeza tomada como uni-
dade de medida cabe na outra. A escolha da unidade depende da grandeza que se pretende medir e
da precisão desejada. Por exemplo, podemos estimar o tempo que levará a construção de uma casa
em meses; o tempo de preparo de uma receita culinária em minutos; enquanto o recorde de corridas
de 100 metros em competições esportivas é expresso em segundos.
O conhecimento e o uso de uma determinada medida supõe que o aluno seja capaz de:
• perceber a grandeza como uma propriedade de determinados objetos;
• “conservar” a grandeza, ou seja, perceber que mesmo que o objeto mude de posição e
de forma; há algo que permanece constante;
• ordenar uma coleção de objetos, tendo como critério apenas a grandeza que está sendo
considerada;
• estabelecer relação entre a medida de uma dada grandeza e o número que a represen-
ta, ou seja, perceber que quanto maior é o tamanho da unidade, menor é o número de
vezes que ela é utilizada para efetuar a medida; por exemplo, se duas pessoas medirem
com passos a frente de um mesmo terreno e obtiverem os números 50 e 45, isso indica
que os passos dados pela segunda pessoa foram maiores que os da primeira. Propon-
do atividades que explorem as medidas através de unidades não-convencionais, como
passos ou palmos, podemos evidenciar para os alunos que, para efeito de comunicação,
é importante utilizar unidades padronizadas e os sistemas de medidas convencionais.
Disponível em: <www.acaoeducativa.org.br/downloads/parte3.pdf> acesso em: 27 fev. 2008.
Na página 55, mostramos situações diferentes em que aparecem o uso das medidas. Inves-
tigue com os alunos o conhecimento que eles têm sobre o uso das medidas. O que eles já experimen-
taram e vivenciaram? Quem já ajudou a mamãe, titia ou vovó a fazer uma receita? Enfim, é a hora de se
fazer um diagnóstico sobre o conhecimento e vivências que os alunos já têm.
Manual do Professor 37
Ingredientes:
• 2 copos de farinha de trigo;
• 2 copos de água;
•
1 copo de sal,
2
• 3 colheres de cremor de tartáro (pode ser encontrado no mercado);
• 3 colheres de óleo;
• anilina (cor a gosto).
Modo de fazer:
Misturar bem todos os ingredientes e levar ao fogo em uma panela. Misturar bem com uma
colher de pau. Cozinhar até soldar do fundo da panela. Deixar esfriar e guardar em vasília de plástico.
Na página 58, pedimos que o aluno registre o processo da receita. Essa experiência requer
duas medidas importantes. Não deixar os alunos muito próximos ao forno, para não se queimarem, e
se informar antecipadamente se algum aluno tem algum tipo de problema que pode ser agravado com
os ingredientes utilizados na receita (glúten, açúcar, etc.). Leia o texto e interprete-o matematicamente.
Troquem idéias sobre algumas expressões como: misture, todos, aos poucos, homogênea, temperatu-
ra média... Como pode uma massa descansar.
Na página 59 solicita que o aluno registre e comente sobre o resultado da receita.
Nas páginas 60 e 61, há desafios matemáticos envolvendo o uso das medidas. Aproveite-os
para rever alguns conceitos. Dê importância à interpretação do texto para compreender a situação.
Nas páginas 62 e 63, propomos uma comparação de peso de objetos e de alimentos,
usando como instrumento de medida a balança. Na página 64, fazemos a mesma experiência, porém,
agora observando a medida de capacidade. Deixe que os alunos façam suas experiências e registrem
suas conclusões. Traga uma balança para a sala de aula.
No final da página 64, introduzimos uma outra possibilidade de medida, medidas de valor.
Aqui você poderá sistematizar o conhecimento dos alunos sobre o sistema monetário. Peça a eles
para recortar as notas e moedas do encarte no livro e guardar dentro de um envelope que irão confec-
cionar, conforme modelo do encarte, no livro. Nas páginas 65 e 66, propomos desafios e estimativas
sobre o uso do dinheiro. Quando pedimos ao aluno que registre o que pensa, vamos aceitar suas
idéias, o que não impede ao professor intervir e questionar estas hipóteses.
Agora é hora de verificar o que eles aprenderam. Nas páginas 67 e 68, propomos que os
alunos montem uma loja de brinquedos com encartes de supermercados, de jornais e revistas. Além
disso, você pode, professor, propor a criação de um “Brechó” de brinquedos usados e em bom estado
de conservação. Os alunos podem doar aqueles brinquedos que não usam mais e ter a oportunidade
de comprar outros brinquedos doados pelos colegas. Além de sistematizar o conteúdo trabalhado,
essa atividade estimula o desenvolvimento de uma cultura que visa a um mundo mais sustentável,
humano e solidário. Aproveite para trabalhar a importância do reaproveitamento das coisas. O que não
está bom para mim pode estar para o outro, e, assim, formar atitudes cristãs de valor e respeito com o
mundo e com o outro.
O trabalho com Geometria tem por objetivo capacitar o aluno a analisar e compreender
melhor o espaço que o rodeia, tornando-o apto a codificar as imagens que vê, fazer e compreender
as comunicações visuais que encontra no seu cotidiano. São essas habilidades que darão ao indi-
víduo a possibilidade de ler as representações pictóricas que costumam aparecer em um mapa, na
planta de uma cidade, de uma estrada, de um bairro. São também essas habilidades que permitirão
o entendimento das representações geométricas que estão presentes na natureza, nas artes e nas
edificações. O estudo do espaço e forma também permite estabelecer conexões entre a Matemática
e as outras áreas do conhecimento.
Assim, os conceitos geométricos constituem parte importante do currículo de Matemática
no Ensino Fundamental, porque, por meio deles, o aluno desenvolve um tipo especial de pensamento
que lhe permite compreender,descrever e representar, de forma organizada, o mundo em que vive.
Sabemos que a criança constrói o espaço reconhecendo os objetos através de todos os
sentidos; a princípio reconhece os objetos tridimensionais: bolas,cubos, bonecos, para logo identi-
ficar as figuras bidimensionais: as formas geométricas planas. Isto manifesta o significativo caminho
que vai do espacial ao plano.Se observarmos as crianças pequenas, veremos que inicialmente se
interessam pela forma global de um objeto, por exemplo: os copos com que lhes servem os sucos.
Logo depois, prestarão atenção às superfícies ou faces dos corpos: no copo, sua base e sua face
curva. As primeiras explorações são livres, não obedecem a nenhuma instrução em particular: assim
a criança irá descobrindo por si mesma as propriedades dos objetos e suas utilidades. A partir dessa
perspectiva, podemos lhes oferecer precocemente objetos cotidianos e também corpos geométri-
cos com intenção didática.
cotidianos que tenham a forma dos primeiros. A apresentação dos corpos geométricos favorece a
centralização na forma como atributo. A exploração leva os alunos a observarem, por exemplo, que
alguns corpos têm pontas e outros não, que alguns são achatados e outros altos. Os deslocamentos
se provocam ao deslizar os objetos sobre a superfície de uma mesa, chutando uma bola e de muitas
Manual do Professor 39
Pensamento geométrico
O casal Van Hiele estabeleceu, a partir da investigação com crianças, uma teoria que ex-
plica a existência de níveis de pensamento geométrico e fases de aprendizado. A partir dos níveis
pode-se avaliar as habilidades do aluno, diagnosticar e atender às diferenças individuais.O modelo
consiste em cinco níveis de compreensão em Geometria:Nível básico: visualização – as figuras são
reconhecidas pela aparência física, não por suas partes ou propriedades. Nível 1: análise – as pro-
priedades das figuras começam a ser identificadas. Os alunos tomam consciência de que as figuras
são formadas por partes. Nível 2: dedução informal – as relações entre a propriedades das figuras
são compreendidas, tanto dentro de figuras quanto entre figuras. Nível 3: dedução formal – as de-
monstrações de teoremas passam a ser construídas. Nível 4: rigor – estudo das geometrias não eucli-
dianas e comparações de diferentes sistemas. A grande maioria dos alunos que completam o Ensino
Fundamental não consegue chegar no nível 2. Para que isso não ocorra, o trabalho em Geometria
deve propiciar aos alunos, entre outras atividades em que possam recortar, dobrar, medir, comparar,
classificar, desenhar à mão livre ou com instrumentos (régua, compasso, esquadro, transferidor),
acompanhar demonstrações simples e compreender o vocabulário específico da Geometria. As situ-
ações-problema devem desenvolver mais, em quantidade e qualidade, as relações e representações
que o aluno já faz para voltar à prática aplicando-as numa interação dialética.É importante salientar
Referências
Texto elaborado pelas assessoras: Adriana Zini, Marinês F. da Silva e Teresinha M. Salvador. SMED/2007.
Bibliografia consultada e sugerida:
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Secretaria de Educação Fun-
damental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
DUHALDE, Maria Elena; Cuberes, Maria Teresa González. Encontros iniciais com a Matemática: contribuições à educação
infantil. trad. Maria Cristina Fontana. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
NETO, Ernesto Rosa. Didática da matemática. São Paulo: Ática, 2005.
COLL, César. Aprendendo matemática. São Paulo: Ática, 2000.
TOLEDO, Marília; Toledo, Mauro. Didática de matemática: como dois e dois: a construção da matemática. São Paulo: FTD,
1997.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS DO SUL. SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO. Grupo de Estudos de Educação
Matemática e Científica. Anos Finais, 27 mar. 2007.
Orientações ao professor
A Geometria está por toda parte
A Geometria ainda é tema pouco explorado em classe. Uma pena! Quando trabalhada de
forma criativa, ela empolga a garotada. Quer ver? Siga o plano de aula inspirado no conto escrito por
Ângela Lago. Nele aparecem muitas metáforas envolvendo formas geométricas, o que permite às
crianças imaginar e interpretar as diferentes imagens descritas pela autora – um ótimo passo para que
elas comecem a identificar quadrados, círculos, retângulos e triângulos nos objetos que as cercam.
Você também vai poder mostrar as diferenças entre uma figura plana e um sólido, mesmo que não
utilize termos como polígono e poliedro com os pequenos.
Objetivos
Reconhecer, nomear, comparar, descrever e desenhar formas geométricas planas e não
planas, resolver problemas e compreender o que é um dicionário e qual sua utilidade.
Material necessário
• Papel sulfite
• Lápis de cor
• Giz de cera
• Papel espelho recortado em quadrados, círculos, triângulos e retângulos
• Sólidos geométricos (cones e esferas)
• Jornais e revistas
• Bulas de remédios
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• Dicionários
• Enciclopédias
• Livro infantil
Manual do Professor 41
• Organize a classe em grupos. Leia apenas o título do conto e questione qual é o tema
da história. Pergunte se todos conhecem o dicionário. Depois apresente, sem dizer os
nomes, diferentes portadores textuais, como revista, jornal, dicionário, enciclopédia, livro
infantil e bula de remédio. Peça, então, que a turma defina qual é o dicionário. Quando
as crianças chegarem a um consenso, solicite que elaborem, junto com você, um texto
sobre as características desse livro e sua utilidade.
• Leia o conto sem interrupções. Ao terminar, faça um debate sobre como é o dicionário
que Zé Sorveteiro bolou. Quais as semelhanças e diferenças entre este e o que a classe
havia analisado? Por que na situação mostrada na história um dicionário de formas faz
mais sentido?
Segunda etapa
• Liste com a garotada o nome das formas que Zé Sorveteiro pôs no dicionário e leve todos
para procurar pela escola objetos onde elas apareçam. Ao encontrar algo que contenha
uma ou mais formas do dicionário, os estudantes devem parar e desenhá-lo numa folha
branca, com giz de cera ou lápis de cor. De volta à sala, todos explicam seus desenhos
aos colegas.
• Desafie a garotada a reproduzir essas idéias. Nesse momento é possível que surjam
muitas discussões. Explore mais demoradamente a passagem em que a princesa pede
um sorvete desenhando no ar “triângulo-bola”. Provavelmente os estudantes reproduzirão
essa imagem de maneiras diversas: com o triângulo e o círculo, com o cone e a esfera,
com o triângulo e a esfera ou com o cone e o círculo.
• Discuta as diferentes soluções, o que mais bem traduz o pedido da princesa (cone e
esfera) e por que ela mostrou o triângulo e a bola. Explique que, no dicionário de Zé
Sorveteiro, não havia um repertório maior de formas e as figuras utilizadas eram as mais
parecidas com um cone e uma esfera.
• Encerre a atividade elaborando com a classe uma lista das semelhanças e diferenças
entre o cone e o triângulo e entre o círculo e a esfera. Talvez alguns digam que a esfera é
gorda ou cheia e que o círculo é magro ou fino. Isso mostra a percepção de que o círculo
é plano e a esfera, não.
Terceira etapa
• Releia o conto e aproveite para apresentar alguns problemas. Tome o trecho: “Hoje, 60
anos depois, repito, valeu a pena”. Se esse texto foi escrito em 2003, pergunte quando
o personagem subiu no telhado da casa do futuro sogro para limpar as calhas. Sabendo
• Destaque o trecho: “E lá vou eu apanhar uns triângulos vermelhos para minha rainha
arrumar no triângulo do retângulo do quadrado da frente”. Questione: de que parte da
casa e de que objetos Zé Sorveteiro está falando? A turma deve ilustrar o que imagina ser
a resposta.
• Forme duplas e sugira que elaborem algumas adivinhações com base nas figuras estuda-
das, como fez o personagem da história. Depois troque os trabalhos para que a garotada
descubra o segredo dos colegas.
• Para finalizar, os alunos (divididos em duplas) elaboram uma história contando o que
aprenderam sobre as formas geométricas.
A autora
Este plano de aula, indicado para turmas de 6 a 8 anos, foi elaborado por Patrícia Cândido,
pesquisadora do Mathema, Centro de Formação e Pesquisa em Matemática, de São Paulo.
Referências
Mathema, R. Andaquara, 164, 04673-120, São Paulo, SP, tel. (0_ _11) 5548-6912, e-mail:
[email protected]
Bibliografia
Matemática e Literatura Infantil, Kátia Smole e outros, 134 págs., Ed. Lê, tel. (0_ _31) 3412-
6262
Exclusivo on-line
O tangran – jogo milenar chinês – é uma opção divertida para você trabalhar as formas, com
crianças de diversas idades. Confira a seguir alguns sites selecionados para você conhecer melhor o
jogo, montá-lo ou mesmo conferir como alguns colegas o utilizaram em sala de aula.
Para conhecer o jogo e dicas para construir um kit de tangran disponível em:
<http://www.artefatospoeticos.hpg.ig.com.br/tangran.htm> acesso em: nov. 2007.
Manual do Professor 43
Páginas 69 e 70, Lendo imagens: A parábola do semeador. Professor, leia a parábola para
os alunos. Converse sobre a mensagem e explore o desenho. Estimule seus alunos a descobrirem: O
que Jesus quer nos dizer com a palavra semente? Qual o significado dela no texto?
Realize o desafio proposto, tentando, com apenas três linhas retas, dividir o canteiro em sete
regiões, onde fique um só montinho de sementes em cada região. As linhas ficarão assim:
Orientações específicas
Com toquinhos, blocos de construção, tampinhas, caixas, etc, o aluno será desafiado a
desenhar os contornos desses sólidos na página 75 e a descobrir os contornos e as regiões internas
dos desenhos.
Convide os alunos para brincar com caixas, embalagens, blocos lógicos, cubos..., exploran-
do, empilhando, encaixando, desmontando... Desmontar e abrir, planificar embalagens permite aos
alunos estabelecerem relações de semelhanças, perceberem diferenças, compararem tamanhos. Isso
possibilita novas percepções sobre os sólidos e amplia o conhecimento de formas. Será necessário
Comparem formas de blocos lógicos (encarte do livro 1) com as formas encontradas nos
objetos, identifiquem as formas e expliquem semelhanças e diferenças.
As atividades das páginas 75 e 76 convidam os alunos a desenharem contornos de objetos.
Ao desenharem os contornos, deverão perceber: linhas retas, quinas (vértices), linhas curvas, espaços
internos de cada uma das formas.
Na página 77, os alunos identificarão as formas e, em seguida, deverão localizá-las em
imagens de revistas ou jornais. Aproveite as gravuras para explorar alguns conceitos como: acima,
abaixo, entre, à esquerda, à direita, ao lado, dentro, fora, no meio.
A página 78 pede duas habilidades, observar uma caixa e fazer o desenho dela. Em seguida,
a caixa será aberta no espaço plano da mesa. O desenho da caixa aberta deverá ser realizado no livro,
fazendo o seu contorno com lápis de cor.
Mais uma observação e, em seguida, o desenho dela. Vamos agora, na página 79 observar
objetos de diferentes formas e desenhá-los, utilizando régua, lápis de cor... O desenho de observação
é um excelente recurso para desenvolver a capacidade perceptiva espacial, a proporção, a represen-
tação da realidade. Peça aos alunos que falem sobre seus desenhos e o que eles representam. Ao
observar as formas no espaço, volte aos conceitos: acima, abaixo, entre, à esquerda, à direita, ao lado,
dentro, fora, no meio.
A página 80 pede que o aluno aplique os conhecimentos aprendidos até aqui. Será uma boa
avaliação. Deixe que os alunos façam as atividades individualmente e depois, na hora correção faça as
devidas intervenções. Volte às habilidades necessárias, caso os alunos não as tenham aprendido.
Nas páginas 81 e 82, há um texto informativo, relacionado aos resíduos sólidos. Prepare sua
turma para ouvir a leitura do texto e para acompanharem com atenção. Reduzir, Reutilizar e Reciclar
são palavras de ordem nesse momento. A palavra “resíduo” deverá ser explorada e a turma deverá
colocar suas idéias sobre: __ como os sólidos se tornam resíduos? Por que os resíduos são sólidos?
Explore o vocabulário do texto, buscando o entendimento do que seja resíduo orgânico e inorgânico.
Se vocês tiverem horta na escola, é hora de aproveitar os resíduos orgânicos como adubo. Fale de
reciclagem e divirta com a turma lendo o espaço da Florinda. Dê atenção ao tempo de decomposi-
ção de alguns materiais. Explore esses dados matemáticos com os alunos. Analisem o que leva mais
tempo para se decompor e o que leva menos tempo. Construa um gráfico com esses dados. Analise
o gráfico com os alunos e reflitam sobre atitudes ecologicamente corretas e sobre a nossa forma de
consumir alguns produtos.
Apresentamos algumas perguntas na página 83. As perguntas deverão ser respondidas
de acordo com as discussões anteriores, com os debates em sala. Deverão ser discutidas em sala,
mas respondidas em casa, com o envolvimento da família. Procure criar atitudes novas em relação
aos resíduos da sala de aula e da escola. Proponha ações ecologicamente corretas para o ambiente
escolar. Sendo assim, há três ações que deverão ser focadas: REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR.
Peça aos alunos que leiam os textos seguintes, das páginas 84 e 85. levante idéias e sugestões sobre
o assunto. Deixamos aqui uma sugestão, uma receita de sabão que pode ser feito na escola. A escola
poderá desenvolver uma campanha de coleta de óleo de fritura e fazer o sabão que poderá ser utiliza-
do como produto de limpeza na própria escola. Os pais poderão ser envolvidos nesse trabalho.
A receita faz parte da cultura popular.
Ingredientes:
1 litro de óleo (de sobra de frituras);
RCE08-11M-M2
1 litro de água;
1 litro de soda cáustica;
Modo de fazer:
Colocar tudo num balde e misturar por 30 minutos sempre no mesmo sentido. Colocar num
Manual do Professor 45
Orientações específicas
As atividades desse capítulo deverão aguçar a curiosidade dos alunos quanto à forma de
perceber o ambiente em relação à posição que ocupam. Andar com os alunos pela escola e perceber
imagens de cima, de baixo, de um lado e de outro. Perceber imagens vistas a distâncias grandes e
curtas. Falar e descrever oralmente as percepções. O registro escrito só deverá vir após as discussões
(propostas das páginas 88 e 89). O objetivo das atividades destas páginas é que o aluno perceba
a mudança na visão de um mesmo plano e de um outro plano e que tenha a habilidade de fazer o
registro gráfico desta percepção. Desafie seus alunos a registrarem detalhes e serem fiéis às cores e
formas percebidas.
Lance as perguntas das páginas 89 e 90 enquanto desafio e deixe que o grupo discuta e
coloque suas opiniões. Faça no quadro um levantamento de todas as opiniões e observe aquelas que
possuem melhores argumentos. Desde o início do capítulo, vá coletando com os alunos todos os tipos
de embalagens e sucatas. Esses materiais serão necessários para o encerramento do capítulo.
Jogando com o corpo: sugestões para o trabalho com a páginas 90 e 91, banco de brinca-
deiras:
Professor, colecione numa caixa várias regras de brincadeiras. No começo, você traz as
propostas e, depois, os alunos poderão contribuir com a caixa da sala. Amarelinha, cabo-de-guerra,
varetas, dominó, dama, xadrez... jogos comuns e as crianças gostam muito. Mas é preciso não jogar
por jogar, nem acreditar que jogando ou brincando estamos fazendo matemática. Se não provocarmos
as devidas intervenções, as situações didáticas tornam-se improdutivas.
Seguem sugestões de jogos que poderão tornar-se situações de aprendizagem. As ativida-
des foram extraídas do livro Encontros Iniciais com a Matemática, de Maíra Elena Duahalde e Maria
Teresa Gonzalez Cuberes, Editora Artemed, páginas 193 até 199.
Pelo que podemos ver, o ensino da metemática não somente não se opõe a uma didática
apoiada no jogo senão que, pelo contrário, a Matemática em si constitui um jogo. A questão reside,
então, em que as professoras possam “brincar”com a matemática de tal modo que as meninas e os
meninos possam pensar matematicamente e estar dispostos, eles mesmos, a gozar brincando com
a matemática.
Existe todo um repertório de jogos, que vêm de outrora, que utilizam os números como eti-
queta; que recitam a série numérica; que oferecem fórmulas para a orientação no espaço. Há outros
que introduzem o tirar, o acrescentar, o reunir; que permitem aventurar medidas, que fazem intervir o
tempo, outros mais que são puro jogo com palavras matemáticas, mesmo que digam disparantes.
Você poderá reformular cada jogo e encontrar variantes mas, para que estes jogos adqui-
ram sentido para o ensino, é indispensável fazer uma série de previsões. Como ponto de partida há
que determinar que objetivos se perseguem para assim selecionar a atividade, o momento em que
se desenvolverá, os materiais a usar e o espaço mais conveniente. já que as crianças, poder-se-ão
Dados, aos jogos de cartas e outros jogos de mesa exigem seguir passos em cumprir re-
gras. Tenhamos em conta que os dados podem ser também não convencionais; dados “gigantes”,
com constelações de pontos que modifiquem a distribuição espacial mais comum, com números
impressos e também podem ter diferentes combinações, por exemplo: nas faces opostas podem
representar: nenhum ponto, um ponto, dois pontos.
Palavras e números
Aqui incluímos toda uma variedade de textos, mais ou menos breves, que podem ser trata-
dos de diferentes maneiras. Há um outro poema alguns “versos” que vêm da tradição, uma que outra
adivinhação e rima de sorteio. Incluímos o que chamamos piadas, que na realidade somente permi-
tem que as crianças “sintam-se grandes”, por isso podem “pegar” com os maiores com o absurdo;
claro que, para que compreendam sua lógica, alguém deveria oficiar de mediador.
Rimas e Poesias
Pela rua 32, vai uma girafa com tosse. À uma sai a lua,
Pela rua 33, vai um casal de centopéias. às duas sai o sol,
Pela rua 34, vão marchando cinco gatos. às três sai Andrés,
Pela rua 39, não vai ninguém porque chove. às sai o gato,
Pela rua 38, Por que haverá tanto alvoroço? e às dá um salto.
Porque caiu uma ovelha e estão tirando fotos.
Quem dirá que não é UMA
Como sou grande eu suboa roda da fortuna.
Os dez andares um a um Quem dirá que não são DOIS
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Manual do Professor 47
Se juntamos seis montões de palha com dois montões, quantos montões haverá?
(R.: um).
Duas crianças levam uma hora e meia de ir em B... a B... Quanto levarão 10 crianças?
(R.: 1 hora e meia).
Há doze pardais sobre os fios do telégrafo. Chega um caçador e mata dois. Quantos ficam?
(R.: nenhum, porque ao ouvir o disparo os outros voam).
Em que caso cinco mais cinco são nove?
(R.: em nenhum caso).
Um ovo demora em quatro minutos em cozinhar. Quanto demoram oito?
(R.: o mesmo tempo).
Dez patos vêm e vão com uma pata não mais.
(R.: A pata e dez patinhos).
A galinha papanata
pôs um ovo na cesta.
Pôs um, pôs dois.
Pôs três, pôs quatro.
Pôs cinco, pôs seis.
Pôs sete, pôs oito.
Me acordam às oito
com um mate e um biscoito.
Os quadrados
Colocar oito fósforos de maneira que formem dois quadrados.
Os triângulos
Construir quatro triângulos com oito fósforos.
RCE08-11M-M2
O Sultão
As crianças vão jogando o dado até que um tire um seis. Este será o sultão e o que decide
qual é o número que manda (o 1 por exemplo). Todos os participantes jogam o dado e pagam ao
Manual do Professor 49
O Ratinho
Se dá uma folha de papel a cada jogador para que escreva seu “número da sorte” (do 1 ao
6). Todos os participantes jogam o dado tentando conseguir seu número. Cada vez que um conse-
gue, pode desenhar uma parte do corpo do ratinho. O que acaba antes seu ratinho é o que ganha.
Antes de começar há que colocar-se de acordo sobre a forma de desenhar o ratinho.
Materiais: um copinho com um dado, papel e lápis.
A Lei do dado
Queimar Pontos
Todas as crianças jogam por turno os dados e contam os pontos. A que obtenha a pontua-
ção mais alta anota um ponto em sua folha de papel. Joga-se até que uma tenha anotado 10 pontos. A
partir desse momento, faz-se a contagem regressiva. Cada jogador que tira o mínimo de pontos pode
apagar um ponto. Os participantes que não tenham cumprido o primeiro requisito continuam com a
máxima pontuação. Ganha o que tenha queimado, antes de todos, seus pontos.
Materiais: copinho com os dados, papel e lápis.
O Ferreiro
Apresentação ao grupo: uma criança será o ferreiro e dirá: “O ferreiro prega, prega um pre-
guinho” e dará um tapa na sua perna. Todas as crianças responderão: “Os ferreiros pregam, pregam
um preguinho” e todos se darão uma palmada na perna.
Volta o “ferreiro” a dizer: prega, prega o ferreiro dois preguinhos: respondendo igual as
outras crianças, e assim sucessivamente.
Contemos, Companheiros
Apresentação ao grupo: faz-se sentar as crianças em círculo. Pode-se começar fazendo-
lhes contar os botões de suas roupas. Depois aquelas coisas que se apresentam em pares: sapatos,
botas, meias, luvas, olhos, mãos, etc. Logo, propõe-se pensar em coisas que se apresentam em
grupo de três, de quatro ou mais unidades.
Encestar
Cada criança recebe cinco fichas (tampinhas de garrafas ou outras). Uma de cada vez de-
verá atira-las tratando de encestar em sua caixa. Ganha aquela criança que tenha encestado em sua
caixa o maior número de objetos a encestar.
Materiais: tampinhas de garrafa, bolinhas, etc., múltiplo de 5 por participante; caixas de
sapatos, de camisas, etc., uma para cada criança.
As Bolinhas
Traça-se uma linha comprida no chão. Um dos lados será o “rio” e o outro o “ribeirão”. To-
dos os participantes colocam-se em fila indiana, do lado do “ribeirão”, junto à linha divisória.
O animador dirá alternativamente rio, ribeirão, e as crianças deverão situar-se do lado que
corresponda à ordem do animador, pulando com os pés juntos. Uma forma de tornar mais difícil o
jogo é que os participantes pulem em um só pé ou ponham suas mãos sobre a nuca. Se perderem o
equilíbrio ou soltam as mãos, perdem.
Cada criança se abraça ao tronco de uma árvore, um dos jogadores, escolhido por sorteio,
coloca-se frente a outra árvore tapando-se os olhos. Em um momento dado, grita: arvorezinha, arvo-
rezinha, mude-se, e conta até cinco. Neste espaço de tempo todos têm que trocar de árvore. Ao dizer
cinco, o jogador que conta volta-se e os que não chegaram a tempo ficam eliminados.
Tiro de Latas
Com latas de conserva constrói-se uma pirâmide. Cada criança pode atirar três vezes, de
uma distância de 5 a 10 metros. Ganha a que derruba mais latas.
Materiais: 10 a 15 latas de conservas e uma bolinha de tênis.
As Quatro Esquinas
Delimita-se um quadrado de dois, três ou mais metros de lado, por meio de sinais no chão, em
um pátio ou sala de aula quadrada. Em cada uma das esquinas coloca-se um jogador. No centro do qua-
drado está o quinto. O do centro deve ocupar uma esquina. Os demais devem correr para trocar de lugar,
podem fazer sinais entre si e distrair o do centro. O que fica deslocado passa ao centro.
Estátuas de Sal
Um participante, escolhido por sorteio, conta em voz alta e de costas para os demais. Da
linha de saída até o que está de costas pode haver de 30 a 50 metros. Os que estão na linha de saída
têm que ir avançando ao que está de costas. Este, de repente, grita: Um, dois, três! E se vira. Os que
avançam deverão ficar totalmente quietos, convertidos em “estátuas de sal”. Quem se mover deve
voltar à linha de saída.
O que contava coloca-se outra vez de costas e continua, até que de repente volta a virar-se
repetindo o um, dois e três. O primeiro que chega à meta é o ganhador.
Antes de trabalhar a página 92, os alunos deverão modelar os sólidos geométricos. Brin-
que com massinha ou argila. Modele diferentes figuras. Sigam as orientações do livro do aluno,
RCE08-11M-M2
conversem sobre o resultado das tarefas de pois partam para o registro. Veja na página 38 deste
manual uma receita de massinha caseira. A linguagem oral explorada durante o trabalho garantirá o
sucesso do texto a ser construído na página 93. Fica a critério do professor elaborar um texto coleti-
vo, em duplas ou individual. Todos os alunos deverão receber cópias de todos os textos produzidos.
Poderão criar uma capa, dar nome ao livro de Matemática, criado pelos aluno.
Manual do Professor 51
Orientações específicas
Orientações ao professor
Nesse capítulo, vamos trabalhar com o tratamento da informação, explorando diferentes
formas de coleta de dados, bem como os diferentes instrumentos de representação dos dados. É
importante, professor, trabalhar com a pesquisa de campo enquanto estiver explorando essa unidade,
pois isso ajudará os alunos na hora de interpretar informações e organizá-las em forma de gráficos e
tabelas.
Portanto, nesse capítulo, vamos construir gráficos e tabelas a partir de informações colhidas
em campo. Mas você, professor, poderá ir além, proporcionando aos alunos vivenciar outras experiên-
cias além das propostas nessa Unidade.
Orientações específicas
Começamos a unidade introduzindo o gráfico de barra e o de pizza. Peça os alunos que
observem a imagem e que falem sobre aqueles gráficos, tentando descobrir o que eles nos dizem. Em
seguida, peça-os para responder às questões propostas no livro na página 105.
Orientações ao professor
Dando continuidade ao trabalho com o tratamento da informação, nesse capítulo exploramos
a leitura de tabelas e ampliamos o trabalho com os gráficos. O objetivo principal desse capítulo é fazer
com que o aluno, observando os acontecimentos do mundo, tais como tempo, clima, estações, etc.,
perceba a diferença entre fenômenos que ocorrem com certeza e os que são aleatórios. Além disso,
ele deverá ser capaz de perceber a relação entre causa e efeito, analisar a possibilidade e a probabi-
lidade de um fato ocorrer ou não, reconhecer os tipos de previsão que são feitas e revisá-las e fazer
estimativas.
As atividades propostas nesse capítulo são apenas um ponto de partida para o trabalho em
sala de aula. As potencialidades de trabalho são grandes, portanto não limite apenas ao que é propos-
to no livro.
Selecionamos o texto a seguir para você. Também há algumas fontes interessantes para
pesquisa caso queira aprofundar este estudo com seus alunos.
Meteorologia
como tempestades e pancadas de chuva intensas, é muito importante para toda uma gama de ativi-
dades humanas. Por exemplo, nas grandes cidades do mundo, fenômenos meteorológicos críticos
acabam por definir as condições de salubridade e qualidade ambiental de cada local. Entre esses
Manual do Professor 53
Orientações específicas
Nas páginas 113 e 114, propomos um diagnóstico acerca dos conhecimentos dos alunos em
relação ao que seja a previsão do tempo. Explore a leitura da imagem para depois solicitar que eles
respondam às questões.
Antes de apresentar a página 115, que trata sobre a previsão do tempo, explore mais com os
alunos as questões anteriores, pergunte se alguém sabe quem ou o que pode nos dizer se vai chover
ou não, verifique as hipóteses, trabalhe com as principais fontes de dados da previsão do tempo,
mostre a previsão do tempo em um jornal, etc.
Na página 116, introduzimos o trabalho com as tabelas. Converse com os alunos sobre o que
são e para que servem as tabelas. Comente sobre a presença delas em nosso cotidiano.
Ainda na página 116, a personagem faz a seguinte pergunta: “Será que a metereologia
sempre acerta a previsão do tempo?” Peça os alunos para darem as sus opiniões. Lembre-se da
importância da exploração oral dos conteúdos.
Na página 118, retomamos o gráfico com a previsão feita pelos alunos. É fundamental que as
opiniões sejam justificadas com base coerente em algum dado para que eles não pensem que a previ-
são é baseada apenas no que as pessoas acham. Ex: “eu acho que amanhã vai chover porque choveu
durante toda a semana e hoje continua com o céu nublado.” “Eu acho que vai dar sol porque já choveu
muitos dias.”
Na página 119, trabalhe com os alunos as dimensões de causa e efeito. Exemplo: Por que os
dias estão mais quentes? O que nós temos a ver com isso? Nas páginas seguintes, damos continuida-
de a essa abordagem, sempre remetendo aos conteúdos propostos: gráficos e tabelas. É uma estra-
tégia para mostrar aos alunos como que a matemática se insere em tudo na nossa vida e que tudo
aquilo que nós estudamos tem uma razão de ser.
As possibilidades de trabalho são diversas, aproveite sempre os acontecimentos do cotidiano
para transformar a sua sala de aula em um verdadeiro laboratório de aprendizagem.
1. Os de barras são mais utilizados quando há uma grande quantidade de dados a ser exi-
bidos. As informações, transformadas em barras, podem se referir a anos diferentes por
exemplo, o número de pessoas com ensino superior no Brasil (1950, 1960, 1970...).
2. Os de linhas são adequados quando a intenção é levar o leitor a uma análise sobre a
variação de um dado em determinado período – os índices de inflação, por exemplo,
que já subiram muito e são mais ou menos constantes.
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3. Os de setores (conhecidos como “pizza”) são mais indicados para mostrar poucos nú-
meros. Os dados de um gráfico desse tipo sempre se referem a um mesmo universo,
como a raça ou a cor dos habitantes de um país (x% de brancos, y% de negros...). So-
mados, os itens resultam em 100%.
Manual do Professor 55
Gráficos e tabelas utilizam a linguagem matemática, mas os conteúdos que eles trazem
podem estar relacionados às mais variadas áreas do conhecimento. Por isso, os especialistas acon-
selham que, ao tratar do tema em classe, você proponha um trabalho interdisciplinar. Foi o que fez
a professora de Língua Portuguesa Alfia Botelho Nunes, da Escola Municipal Pracinhas da FEB, em
São Paulo. Durante a atividade sobre gráficos e tabelas com duas turmas de 5ª. série da Educação
de Jovens e Adultos, ela contou com o auxílio do professor de Matemática Gino Forcelline.
“Parto do princípio de que a leitura de mundo não é feita só por meio de textos. Saber ler
gráficos contribui para uma compreensão maior da realidade, ajuda a enxergar detalhes e apura a
percepção”, afirma a professora. Para verificar o nível de entendimento dos alunos antes de iniciar o
trabalho, Alfia apresentou às classes alguns gráficos publicados na imprensa. Percebendo a dificul-
dade dos estudantes em compreender as informações, a professora propôs uma atividade prática
com a coleta de dados. Os estudantes fizeram uma pesquisa sobre como a comunidade que fica pró-
xima à poluída represa Guarapiranga é atendida pelos serviços de abastecimento de água e esgoto.
Os alunos responderam a um questionário, em forma de múltipla escolha, sobre o número
de pessoas que moravam com eles, o tipo de abastecimento de água que tinham em casa (enca-
nada, poço ou outro) e a coleta de esgotos (rede da Sabesp, fossa ou particular). No quadro-negro,
Alfia organizou os dados de cada classe em tabelas e depois mediou uma discussão. Na aula de
Matemática, os estudantes construíram gráficos de barras e de setores (em percentual) com base no
total de residências pesquisadas.
Os gráficos feitos no caderno foram levados à sala de informática e reproduzidos em uma
planilha eletrônica (veja abaixo). Nessa etapa do projeto, Alfia incentivou a turma a trabalhar no com-
putador e a escolher a melhor maneira de apresentar os resultados. Ela lembrou ainda da importância
de colocar título e legendas nos gráficos. A atividade proposta por Alfia demonstra a diferença entre
os tipos de gráfico. No de “pizza”, a soma das partes é o universo da pesquisa. Portanto, ele não seria
adequado para mostrar o abastecimento e o tratamento de esgoto ao mesmo tempo. Já no de barras
isso é possível. O trabalho foi exposto na escola e o projeto terminou com a produção de um texto
individual: “Pedi a todos que escrevessem como perceberam a realidade com base nos gráficos
e que refletissem sobre a questão do abastecimento de água e do saneamento básico no bairro”,
explica Alfia.
rede de esgoto
50 45 45
40 36
30
20
10 6
3
0 Fossa
Residëncias Água Esgoto Esgoto
Pesquisadas Tratada Sabesp Particular
Dois tipos de informação em um mesmo gráfico feito pelos alunos de Alfia: em forma de
barras, dados presentes em duas tabelas podem ser comparados.
REDE DE ESGOTO
Fossa
Esgoto 7%
Esgoto
Particular
13% Sabesp
80%
na pesquisa sobre desemprego realizada no ano passado pela Fundação Seade/Dieese em domicí-
lios de seis regiões metropolitanas do país.
O estudo foi publicado em diversos jornais. O texto do Folha On-line “Desemprego iguala
recorde histórico de 20,6% em SP; renda cai” veio acompanhado de um gráfico de linha.
Manual do Professor 57
20,6
19,9 19,9 19,7
18,1 18,4
17,3
13,2
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Referências
Antonio José Lopes Bigode, [email protected]
Colégio COC, R. Franz Voegeli, 900, 06020-190, Osasco, SP, tel. (11) 3681-8000
Escola Municipal de Ensino Fundamental Pracinhas da FEB, R. Antonio Raposo Barreto, 151, 04904-170, São Paulo, SP, tel.
(11) 5514-3583
Maria Sueli Monteiro, [email protected]
Internet
Conheça sugestões de projetos sobre pesquisa de opinião do Instituto Paulo Montenegro disponível em: <http://www.ipm.org.
br/> acesso em 24 fev. 2008.
No site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, disponível em: <http://www.ibge.gov.br/> acesso em: 24 fe. 2008,
você encontra vários gráficos para trabalhar com os alunos. Na seção, Canais Temáticos, o IBGE traz informações voltadas
para crianças e adolescentes e sugestões de aulas.
RCE08-11M-M2
Manual do Professor 59
COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo matemática para o ensino fundamental de 1a. à 4a. série. São Paulo: Ática, 2000.
DOCUMENTO OFICIAL: Ensino Fundamental de nove anos. Orientações para a inclusão da crianças de seis anos de idade. Brasí-
lia, 2006
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