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Matemática Discreta: Aula de Revisão

O documento apresenta uma aula de revisão sobre lógica proposicional. É dividido em seções sobre proposições, conectivos lógicos como negação, conjunção, disjunção e implicação, e fórmulas lógicas. Exemplos ilustram o uso dos conectivos e suas tabelas-verdade.

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Emanuel Victor
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Matemática Discreta: Aula de Revisão

O documento apresenta uma aula de revisão sobre lógica proposicional. É dividido em seções sobre proposições, conectivos lógicos como negação, conjunção, disjunção e implicação, e fórmulas lógicas. Exemplos ilustram o uso dos conectivos e suas tabelas-verdade.

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MATEMÁTICA DISCRETA

AULA DE REVISÃO

PROF ES S ORA:

CARLA OLIVEIRA SANTOS


LÓGICA

❖ A lógica está dividida nas seguintes sub-


áreas:

✓ Lógica proposicional;

✓ Lógica de predicados;

✓ Lógica de ordem superior

Fonte: https://itigic.com/pt/artificial-intelligence-myths-that-are-false/

❖ Vamos começar pelo estudo da LÓGICA PROPOSIONAL.


LÓGICA PROPOSICIONAL
PROPOSIÇÕES
❖ A área da lógica que se preocupa com as proposições é chamada de
cálculo proposicional ou logica proposicional, e foi desenvolvida
sistematicamente a primeira vez pelo filósofo grego ARISTÓTELES, há mais
de 2.300 anos.

❖ MAS O QUE É PROPOSIÇÃO?

✓ Uma proposição é uma sentença declarativa que pode ser verdadeira


ou falsa, mas não ambas (ROSEN, 2010).
Aristóteles
✓ Uma proposição é uma construção (sentença, frase, pensamento) à
qual se pode atribuir juízo. No caso da lógica matemática, o tipo de
juízo é o verdadeiro-falso, ou seja, o interesse é na “verdade” das
proposições (MENEZES, 2013).
LÓGICA PROPOSICIONAL
PROPOSIÇÕES
❖ Seguem exemplos de sentenças declarativas de proposições em linguagem natural:
1. Brasília é a capital do Brasil.
2. Londres é a capital da França.
3. 1 + 1 = 2
4. 2 + 2 = 3

❖ ANÁLISE: As proposições 1 e 3 são verdadeiras e as 2 e 4 são falsas.

❖ Seguem exemplos de sentenças declarativas que não são proposições.


1. Que horas são?
2. Leia isto cuidadosamente.
3. x + 1 = 2
4. x + y = z

❑ NOTA: as sentenças 3 e 4 podem se tornar proposições se for atribuído um valor para as


variáveis
LÓGICA PROPOSICIONAL
PROPOSIÇÕES – CONECTIVOS

❖ Proposições compostas podem ser criadas ao se combinarem proposições já existentes.

❖ A combinação de proposições é feita usando operadores lógicos ou conectivos lógicos como:

✓ Negação (não);

✓ Conjunção (e);

✓ Disjunção (ou);

✓ Condição (se então);

✓ Bicondição (se e somente se).


LÓGICA PROPOSICIONAL
PROPOSIÇÕES – CONECTIVO DE NEGAÇÃO

❖ Definição do Conectivo de Negação:

❖ Dada uma proposição lógica p, a Fonte: (ROSEN, 201o)


semântica da negação ¬p é dada
pela seguinte tabela-verdade:
❖ EXEMPLO 1: encontre a negação da proposição: “Hoje
é sexta-feira”.

✓ SOLUÇÃO 1: a negação é: “Hoje não é sexta-feira”.

❖ O operador de negação constrói novas proposições a


partir de proposições preexistentes.
LÓGICA PROPOSICIONAL
PROPOSIÇÕES – CONECTIVO DE CONJUNÇÃO
❖ Definição do Conectivo de Conjunção:

❖ Dadas duas proposições lógicas p e


q, a semântica da Conjunção p ∧ q
é dada pela seguinte tabela- Fonte: (ROSEN, 201o)
verdade:
❖ EXEMPLO 1: encontre a conjunção das proposições p e q,
em que p é a proposição “Hoje é sexta-feira” e q é a
proposição “Hoje está chovendo”.

✓ SOLUÇÃO 1: a conjunção p ∧ q dessas proposições é a


proposição: “Hoje é sexta-feira e hoje está chovendo”.

❖ Essa proposição é verdadeira em uma sexta-feira chuvosa e


falsa em qualquer outro caso.
LÓGICA PROPOSICIONAL
PROPOSIÇÕES – CONECTIVO DE DISJUNÇÃO (OU INCLUSIVO)
❖ Definição do Conectivo de Disjunção:

❖ Dadas duas proposições lógicas p e


q, a semântica da Disjunção p ∨ q é
Fonte: (ROSEN, 201o)
dada pela seguinte tabela-verdade:

❖ EXEMPLO 1: encontre a disjunção das proposições p e q, em que p é a


proposição “Estudantes que têm aulas de cálculo” e q é a proposição
“ciência da computação podem assistir aulas de matemática discreta”.

✓ SOLUÇÃO 1: a disjunção p ∨ q dessas proposições é a proposição:


“Estudantes que têm aulas de cálculo ou ciência da computação podem
assistir aulas de matemática discreta”.

❖ Nesse caso, estudantes que têm aulas nesses dois cursos, cálculo e
ciência da computação, podem assistir a aulas de matemática discreta.
LÓGICA PROPOSICIONAL
PROPOSIÇÕES – CONECTIVO DE DISJUNÇÃO (OU EXCLUSIVO)
❖ Definição do Conectivo de Disjunção:

❖ Dadas duas proposições lógicas p e


q, a semântica da Disjunção do OU
Fonte: (ROSEN, 201o)
exclusivo é dada pela seguinte
tabela-verdade: ❖ EXEMPLO 2: encontre a disjunção (OU exclusivo) das proposições
p e q, em que p é a proposição “Sopa é servida como entrada” e q
é a proposição “salada é servida como entrada”.

✓ SOLUÇÃO 2: a disjunção (OU exclusivo) dessas proposições é a


proposição: “Sopa ou salada é servida como entrada”.

❖ Neste caso, o restaurante quer dizer que uma das duas entradas
pode ser pedida, mas não ambas. Portanto, esse é um ou
exclusivo, e não um ou inclusivo.
LÓGICA PROPOSICIONAL
PROPOSIÇÕES – CONECTIVO DE CONDIÇÃO (IMPLICAÇÃO)
❖ Definição do Conectivo de Condição:

❖ Dadas duas proposições lógicas p e


q, a semântica da Condição p → q
é dada pela seguinte tabela-
verdade: Fonte: (ROSEN, 201o)

❖ EXEMPLO 1: uma maneira usual de entender a tabela-


verdade de uma condicional é pensar em uma obrigação ou
um contrato. Por exemplo, considere a proposição que um
professor pode fazer: “Se você tirar nota 10 no exame final,
então terá conceito A”.

✓ SOLUÇÃO 1: se tirar nota 10 no exame final, então o aluno


espera receber o conceito A. Se não tirar 10, não recebe o
conceito A dependendo de outros fatores.
LÓGICA PROPOSICIONAL
PROPOSIÇÕES – CONECTIVO DE BICONDIÇÃO
❖ Definição do Conectivo de Bicondição:

❖ Dadas duas proposições lógicas p e


q, a semântica da Bicondição p ↔
q é dada pela seguinte tabela- Fonte: (ROSEN, 201o)
verdade:
❖ EXEMPLO 1: Seja p a proposição “Você pode tomar o avião”
e q a proposição “Você comprou uma passagem”. Então p
↔ q é a proposição: “Você pode tomar o avião se e
somente se você comprou uma passagem”.

✓ SOLUÇÃO 1: essa proposição é verdadeira se p e q são


ambas verdadeiras ou ambas falsas, ou seja, se você
comprou uma passagem e pode tomar o avião ou se você
não comprou uma passagem e não pode tomar o avião.
LÓGICA PROPOSICIONAL
FÓRMULAS

❖ Fórmulas são as palavras da linguagem lógica e o conceito pode ser facilmente entendido
como sendo uma sentença lógica corretamente construída sobre o alfabeto cujos símbolos
são conetivos (∧, ∨, →, etc.), parênteses, identificadores (p, q, r, etc.), constantes, etc.

❖ Se uma fórmula contém variáveis, então esta não necessariamente possui valor-verdade
associado. Ou seja, seu valor lógico depende do valor-verdade das sentenças que substituem
as variáveis na fórmula.
EXEMPLOS DE FÓRMULAS:

✓ Os valores-verdade constantes V e F; ✓ p ∨ (¬q);


✓ Qualquer proposição; ✓ (p ∧ ¬q) → F;
✓ p, q e r; ✓ ¬ (p ∧ q) ↔ (¬p ∨ ¬q);
✓ ¬p, p ∧ q, p ∨ q, p → q e p ↔ q ✓ p ∨ (q ∧ r) ↔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r).
LÓGICA PROPOSICIONAL
FÓRMULAS E PRIORIDADE DOS CONECTIVOS
❖ As fórmulas devem obedecer à seguinte ordem dos conectivos ou operadores lógicos:

1. Conetivos entre parênteses, dos mais internos para os mais externos;


2. Negação (¬);
3. Conjunção (∧) e disjunção (∨);
4. Condição (→);
5. Bicondição (↔).

❖ A Tabela abaixo mostra em detalhes os níveis de prioridade ou ordem dos operadores


lógicos, ¬ , ∧, ∨, → e ↔.

✓ p ∨ ¬q ∧ r equivale p ∨ ((¬q) ∧ r)

✓ p → q ∨ r equivale p → (q ∨ r)
LÓGICA PROPOSICIONAL
TABELAS-VERDADE PARA PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

❖ Para as tabelas com duas formulas atômicas (não constantes), como as da conjunção e da
condição, são necessárias quatro linhas, ou seja, 22 possíveis combinações dos valores
lógicos.

EXEMPLO n = 2 variáveis.

• Para construir a tabela-verdade com 2


variáveis, temos 22 = 4 combinações (linhas).
• Simbolicamente vamos representar essas
combinações listando os valores de p e q,
respectivamente.
• Essas 4 combinações de valores-verdade são:
VV, VF, FV e FF representadas na tabela-
verdade ao lado.
LÓGICA PROPOSICIONAL
TABELAS-VERDADE PARA PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

❖ Para n fórmulas atômicas (não constantes), são necessárias 2n linhas na tabela-verdade


para expressar todas as combinações possíveis de valores logico.

EXEMPLO n = 3 variáveis.

• Para construir a tabela-verdade com 3


variáveis, temos 23 = 8 combinações (linhas).
• Simbolicamente vamos representar essas
combinações listando os valores de p, q e r,
respectivamente.
• Essas 8 combinações de valores-verdade são:
VVV, VVF, VFV, VFF, FVV, FVF, FFV e FFF
representadas na tabela-verdade ao lado.
LÓGICA PROPOSICIONAL
TABELAS-VERDADE PARA PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
❖ Seguem os passos de construção da tabela-verdade para a fórmula p ∨ ¬q :

✓ A tabela possui 4 = 22 linhas, pois se trata de duas fórmulas atômicas;


✓ As duas primeiras colunas expressam as combinações possíveis de p e q;
✓ A terceira coluna é introduzida e corresponde à negação de q, ou seja, à fórmula ¬q;
✓ A quarta coluna corresponde à disjunção de p com ¬q, ou seja, p ∨ ¬q, a qual contém o
resultado.
LÓGICA PROPOSICIONAL
TRADUZINDO SENTENÇAS DO PORTUGUÊS PARA EXPRESSÕES LÓGICAS

❖ EXEMPLO 1: Como podemos traduzir esta sentença do português “Você pode acessar a
Internet a partir deste campus se você é um expert em ciência da computação ou não é um
novato” para expressões lógicas?

✓ SOLUÇÃO 1: pode-se usar variáveis proposicionais para cada sentença que forma a
proposição e determinar os conectivos lógicos que devem estar entre elas. Vamos usar
respectivamente a, c e f para representar “Você pode acessar a Internet a partir deste
campus (a)”, “Você é um expert em ciências da computação (c)” e “Você não é um novato
(f)”. Note que “somente se” é uma forma de a condicional ser expressa, então podemos
representar a sentença por:
(c v¬f) → a
LÓGICA PROPOSICIONAL
TRADUZINDO SENTENÇAS DO PORTUGUÊS PARA EXPRESSÕES LÓGICAS

❖ EXEMPLO 2: Como podemos traduzir esta sentença do português “você pode pular de
paraquedas se você tem autorização de seus pais ou se tem mais de 18 anos” para
expressões lógicas?

✓ SOLUÇÃO 2: sejam q, r e s as representações de “você pode pular de paraquedas (q)”, “você


tem autorização de seus pais (r)” e “você tem mais de 18 anos (s)”, respectivamente. Então,
a sentença pode ser traduzida por:

(r v s) → q
LÓGICA PROPOSICIONAL
LOGICAS E OPERAÇÕES BIT

❖ EXEMPLO 1: encontre a sequência binária tipo OU (OR), a sequência binária tipo E (AND) e a
sequência binária tipo OU exclusivo (XOR) das sequencias 01 1011 0110 e 11 0001 1101.

✓ SOLUÇÃO 1: As sequências são:

Fonte: (ROSEN, 201o)


TAUTOLOGIA E CONTRADIÇÃO
❖ Segundo Rosen (2010) uma importante argumentação matemática é a substituição de uma
proposição por outra com o mesmo valor-verdade e isso é um passo importante na resolução
de muitos problemas.

❖ Por isso métodos que geram proposições com o mesmo valor-verdade que uma determinada
proposição composta são amplamente utilizados na construção de argumentos matemáticos
(ROSEN, 2010).

❖ As proposições compostas de acordo com seus possíveis valores-verdade classificam-se em:

✓ Tautologia: quando uma proposição composta é sempre verdadeira, qualquer que sejam
os valores-verdade que a compõem.
✓ Contradição: quando uma proposição composta é sempre falsa, qualquer que sejam o
valores-verdade que a compõem.
✓ Contingência: quando uma proposição composta que não é nem tautologia e nem
contradição.
TAUTOLOGIA E CONTRADIÇÃO

❖ A tabela da verdade abaixo mostra que (p ∧ ¬p) é uma contradição,


enquanto a expressão (p ∨ ¬p) é uma tautologia.

Contradição Tautologia
TAUTOLOGIA E CONTRADIÇÃO

❖ Considere a seguinte sentença: n > 1.

❖ Dependendo do valor de n considerado, esta sentença pode assumir o valor verdadeiro ou


falso.

❖ Para cada valor de n considerado, esta sentença é uma proposição diferente. Tal ideia
induz a definição de proposição sobre um conjunto de valores.

❖ EXEMPLO: são proposições sobre o conjunto N:


▪ n>1
▪ n+1>n
▪ 2n é ímpar
TAUTOLOGIA E CONTRADIÇÃO

❖ Uma proposição p que descreve alguma propriedade de um elemento x ∈ A usualmente


denotada por: P(x).

❖ Toda proposição P sobre A determina dois conjuntos, como segue:

✓ Conjunto verdade de p: Tautologia

✓ Conjunto falsidade de p: Contradição

❖ EXEMPLO: são proposições sobre o conjunto N:


▪ n>1
▪ n+1>n
▪ 2n é ímpar

▪ Quais proposições são verdadeiras para qualquer n ∈ N?


EQUIVALÊNCIAS PROPOSICIONAIS
LEIS DE MORGAN

❖ As duas equivalências lógicas conhecidas como leis de De Morgan


são bem importantes.

❖ Elas nos mostram como negar conjunções e como negar disjunções.


Fonte: (ROSEN, 2010)
✓ Em particular, a equivalência, ¬ (p ∧ q) ≡ ¬ p ∨ ¬ q diz que a
negação de uma conjunção é formada tomando a disjunção
das negações das proposições componentes.

✓ Similarmente, ¬ (p ∨ q) ≡ ¬ p ∧ ¬ q diz que a negação de uma


disjunção é formada tomando a conjunção das negações das
proposições componentes.
EQUIVALÊNCIAS PROPOSICIONAIS
LEIS DE MORGAN

❖ EXEMPLO 1: utilização das leis de De Morgan para expressar as negações de “Miguel tem um
celular e um laptop”.

✓ SOLUÇÃO 1:
✓ seja p “Miguel tem um celular” e q “Miguel tem um laptop”.
✓ Então, “Miguel tem um celular e um laptop” pode ser representado por p ∧ q.
✓ Pela primeira lei de De Morgan, ¬ (p ∧ q) é equivalente a ¬ p ∨ ¬ q.
✓ Logo, pode-se expressar a negação dessa proposição original por “Miguel não tem um
celular ou não tem um laptop”.

Fonte: (ROSEN, 2010)


EQUIVALÊNCIAS PROPOSICIONAIS
LEIS DE MORGAN

❖ EXEMPLO 2: utilização das leis de De Morgan para expressar as negações de “Rodrigo vai ao
concerto ou Carlos vai ao concerto”.

✓ SOLUÇÃO 2:
✓ Seja r “Rodrigo vai ao concerto” e s “Carlos vai ao concerto”.
✓ Então, “Rodrigo vai ao concerto ou Carlos vai ao concerto” pode ser representado por r ∨ s.
✓ Pela segunda lei de De Morgan, temos que ¬ (r ∨ s) é equivalente a ¬ r ∧ ¬ s.
✓ Logo, pode-se expressar sua negação por “Rodrigo não vai ao concerto e Carlos não vai ao
concerto”.

Fonte: (ROSEN, 2010)


PREDICADOS
❖ A lógica de predicados pode ser usada para expressar o significado de um amplo grupo de
proposições em matemática e em ciência da computação de modo que nos permita raciocinar e
explorar relações entre objetos (ROSEN, 2010).

❖ Predicados em matemática, pode isso? PODE!

❖ As sentenças abaixo que envolvem variáveis, são frequentemente encontradas na matemática e


em programas de computador. Essas declarações não são nem verdadeiras nem falsas quando
o valor das variáveis não é especificado. Agora, vamos discutir como proposições podem ser
produzidas a partir dessas declarações.

▪ “x > 3”, “x = y + 3”, “x + y = z”;


▪ “computador x está sob ataque de um hacker”;
▪ “O computador c está conectado à rede n”.
PREDICADOS
❖ A declaração “x é maior que 3” tem duas partes.

“x > 3” ❖ A primeira, a variável x, é o sujeito da declaração.

❖ A segunda, “é maior que 3” é o predicado e refere-se a uma propriedade que


o sujeito pode ter.

❖ Podemos representar a declaração “x é maior que 3” por P(x), em que P


indica o predicado “é maior que 3” e x é a variável.

❖ Este tipo de declaração, ou afirmação, é também chamada de o valor da


função proposicional P em x.

❖ Uma vez que um valor é dado para a variável x, a declaração P(x) torna-se
uma proposição e tem um valor-verdade que pode ser verdadeiro ou falso.
PREDICADOS
❖ Portanto, um predicado é uma sentença que contém um número finito de
variáveis e que se torna uma proposição quando as variáveis são
substituídas por valores específicos.
“x > 3”
❖ Fazendo uma comparação com o Português, os predicados dão qualidades
ao sujeitos.

❖ EXEMPLO 1: seja P(x) a declaração “x > 3”. Qual o valor-verdade de P(4) e


P(2)?

✓ SOLUÇÃO 1:

✓ Obtemos a proposição P(4) substituindo x = 4 na declaração “x > 3”.


✓ Então, P(4), que é a proposição “4 > 3”, é verdadeira.
✓ Já, P(2), que é a proposição “2 > 3”, é falsa.
PREDICADOS
❖ EXEMPLO 2: seja A(x) a declaração “O computador x está sendo
O computador x está invadido por um hacker”. Suponha que dos computadores do
sendo invadido por campus apenas o CS2 e o MATH1 estão sendo invadidos por algum
hacker. Quais os valores-verdade de A(CS1), A(CS2) e A(MATH1)?
um hacker
✓ SOLUÇÃO 2:

✓ Obtemos a proposição A(CS1) substituindo x por CS1 na


declaração “O computador x está sendo invadido por um
hacker”. Como CS1 não está na lista dos computadores
invadidos, concluímos que A(CS1) é falsa.

✓ De maneira similar, como CS2 e MATH1 estão na lista dos


invadidos, sabemos que A(CS2) e A(MATH1) são verdadeiras.
PREDICADOS

❖ EXEMPLO 3: seja Q(x, y) a representação de “x = y + 3”. Quais os valores-


“x = y + 3” verdade de Q (1, 2) e Q (3, 0)?

✓ SOLUÇÃO 3:

✓ Também podemos trabalhar com afirmações com mais de uma


variável como no “x = y + 3”. Neste caso, devemos indicá-la por Q(x, y),
em que x e y são variáveis e Q é o predicado. Quando estabelecemos
valores para as variáveis, a proposição Q(x, y) tem um valor-verdade.

✓ Para obter Q(1, 2), basta tomar x = 1 e y = 2 na equação representada


por Q(x, y). Portanto, Q(1, 2) é a proposição “1 = 2 + 3”, que é falsa.

✓ A afirmação Q(3, 0) é a proposição “3 = 0 + 3”, que é verdadeira.


PREDICADOS
❖ EXEMPLO 4: seja A(c, n) a representação de “O computador c está
O computador c está conectado à rede n”, em que c é uma variável que indica
conectado à rede n computadores e n é uma variável que indica redes. Suponha que o
computador MATH1 está conectado à rede CAMPUS2, mas não à
rede CAMPUS1. Quais os valores-verdade de A(MATH1, CAMPUS1) e
A(MATH1, CAMPUS2)?

✓ SOLUÇÃO 4:

✓ Como MATH1 não está conectado à rede CAMPUS1, A(MATH1,


CAMPUS1) é falsa.

✓ Por outro lado, MATH1 está conectado à rede CAMPUS2, logo A


(MATH1, CAMPUS2) é verdadeira.
PREDICADOS

❖ EXEMPLO 5: seja R (x, y, z) a representação de “x + y = z”. Quais os valores-


“x + y = z” verdade para R (1, 2, 3) e R (0, 0, 1)?

✓ SOLUÇÃO 5:

✓ A proposição R(1, 2, 3) é obtida substituindo-se x = 1, y = 2 e z = 3 na


declaração R(x, y, z). Então, vemos que R(1, 2, 3) representa “1 + 2 =
3”, que é verdadeira.

✓ Também podemos notar que R(0, 0, 1) representa “0 + 0 = 1”, que é


falsa.
QUANTIFICADORES
❖ A quantificação é uma forma de dizer que um predicado é verdadeiro para um conjunto
de elementos.

❖ Em Português, as palavras muitos, todos, alguns, nenhum e poucos são usadas para
quantificar sentenças.

❖ Na Lógica há os dois tipos de quantificações citados abaixo que são os principais:

▪ Quantificação Universal: indica que um predicado é verdadeiro para todos os


elementos em consideração;
▪ Quantificação Existencial: indica que existe um ou mais elementos para os quais o
predicado é verdadeiro.

❖ A área da lógica que estuda predicados e quantificadores é denominada cálculo de


predicados.
QUANTIFICADORES
❖ Segue a simbologia dos quantificadores são usados em Lógica:

▪ Quantificador Universal: simbolizado por ∀, que, quando associado a uma


proposição P(x), é denotado como segue: ∀x P(x).

▪ Quantificador Existencial: simbolizado por ∃, que, quando associado a uma


proposição P(x), é denotado como segue: ∃x P(x).

❖ Uma leitura de uma proposição quantificada ∀x P(x) e ∃x P(x) é como segue:

∀x P(x): “qualquer x, P(x)” ou “para todo x, P(x)”


Em Português: TODOS

∃x P(x): “existe pelo menos um x tal que P(x)” ou “existe x tal que P(x)”
Em Português: ALGUNS
QUANTIFICADORES
QUANTIFICADOR UNIVERSAL

❖ EXEMPLO 1: seja P(x) a declaração “x + 1 > x”. Qual é o valor-verdade da quantificação ∀x P(x),
no domínio dos números inteiros positivos?

✓ SOLUÇÃO 1: como P(x) é verdadeira para todo número real x, a quantificação ∀x P(x) é
verdadeira.

❖ EXEMPLO 2: seja Q(x) a declaração “x < 2”. Qual o valor-verdade da quantificação ∀x Q(x), em
que o domínio consiste nos números inteiros positivos?

✓ SOLUÇÃO 2: Q(x) não é verdadeira para todo número real x, porque, por exemplo, Q(3) é falsa.
Isto é, x = 3, 3 > 2 é um contra-exemplo para a declaração ∀x Q(x). Logo ∀x Q(x) é falsa.
QUANTIFICADORES
QUANTIFICADOR EXISTENCIAL
❖ EXEMPLO 1: seja P(x) a expressão “x > 3”. Qual o valor-verdade da quantificação ∃x P(x) no
domínio dos números inteiros positivos?

✓ SOLUÇÃO 1: a expressão “x > 3” é verdadeira para alguns números reais, por exemplo,
quando x = 4, a quantificação existencial de P(x), que é ∃x P(x), é verdadeira.

❖ EXEMPLO 2: seja Q(x) a expressão “x = x + 1”. Qual o valor-verdade da quantificação ∃x Q(x) no


domínio dos números inteiros positivos?

✓ SOLUÇÃO 2: como Q(x) é falsa para todos os números reais, a quantificação existencial de
Q(x), que é ∃x Q(x), é falsa.
NEGAÇÃO DE EXPRESSÕES QUANTIFICADAS

❖ Pode ser necessário querer considerar a negação das expressões quantificadas.

❖ Considere a negação da expressão: “Todo estudante na sua classe teve aulas de cálculo”.
Essa expressão é uma quantificação universal, ∀x P(x), em que P(x) é a declaração “x teve
aulas de cálculo” e o domínio todos os estudantes de sua classe.

❖ A negação dessa proposição é “existe um estudante em sua classe que não teve aula de
cálculo” ou “nenhum estudante em sua classe teve aula de cálculo”. Onde isso é a
quantificação existencial da negação da função proposicional original, ∃x ¬ P(x).

❖ Esse exemplo ilustra a seguinte equivalência lógica:

¬∀x P(x) ≡ ∃x ¬ P(x)


NEGAÇÃO DE EXPRESSÕES QUANTIFICADAS

❖ Considere a expressão “existe um estudante na sua classe que teve aulas de cálculo”. Este é o
quantificador existencial, ∃x Q(x), em que Q(x) é a declaração “x teve aulas de cálculo”.

❖ A negação dessa frase é a proposição “todo estudante nesta classe não teve aulas de
cálculo”, que é a quantificação universal da negação da função proposicional original, ∀x ¬
Q(x).

❖ Esse exemplo ilustra a seguinte equivalência lógica:

¬ ∃x Q(x) ≡ ∀x ¬ Q(x)
NEGAÇÃO DE EXPRESSÕES QUANTIFICADAS

❖ EXEMPLO 1: quais as negações de “existe um político honesto” e “todos os brasileiros comem


churrasco”?

✓ SOLUÇÃO 1:

▪ Seja H(x) correspondente a “x é honesto”. Então, a proposição “existe um político honesto” é


representada por ∃x H(x), em que o domínio consiste em todos os políticos. A negação dessa
declaração é ¬ ∃x H(x), que é equivalente a ∀x¬ H(x). Então essa negação pode ser expressa
por “todos os políticos são desonestos” ou “todos os políticos não são honestos”.

▪ Seja C(x) correspondente a “x come churrasco”. Então, a proposição “todos os brasileiros


comem churrasco” é representada por ∀x C(x), em que o domínio consiste em todos os
brasileiros. A negação dessa proposição é representada por ¬∀x C(x), que é equivalente a ∃x
¬ C(x). Então essa negação pode ser expressa por “alguns brasileiros não comem churrasco”
ou “existe um brasileiro que não come churrasco”.
TRADUZINDO DO PORTUGUÊS PARA EXPRESSÕES LÓGICAS

❖ EXEMPLO 1: expresse a sentença “todo estudante desta classe estudou cálculo”, usando
predicados e quantificadores.

✓ SOLUÇÃO 1:

▪ Deve-se identificar o quantificador apropriado para usar. Depois, introduzir uma variável e a
sentença torna-se: “para todo x desta classe, x estudou cálculo”;

▪ Em seguida, considera-se C(x), que é o predicado “x estudou cálculo”;

▪ Consequentemente, se o domínio para x consiste nos estudantes desta classe, pode-se


traduzir a sentença para ∀x C(x).
TRADUZINDO DO PORTUGUÊS PARA EXPRESSÕES LÓGICAS

❖ EXEMPLO 2: expresse a sentença “algum estudante da classe visitou o México”, usando


predicados e quantificadores.

✓ SOLUÇÃO 2:

▪ Deve-se identificar o quantificador apropriado para usar. Depois, introduzir uma variável e a
sentença torna-se: “existe um estudante x da classe com a propriedade de que x visitou o
México”;

▪ Em seguida, considera-se M(x), que é o predicado “x visitou o México”.

▪ Consequentemente, se o domínio consiste em todos os estudantes da classe, pode-se


traduzir essa sentença por ∃x M(x).
TEORIA DOS CONJUNTOS
DEFINIÇÃO DE CONJUNTO
❖ Um conjunto é uma coleção de zero ou mais objetos distintos, chamados
elementos do conjunto, os quais não possuem qualquer ordem associada.

❖ Geralmente são utilizadas letras maiúsculas A, B, X, Y, ..., para denominar


conjuntos, e letras minúsculas, a, b, x, y, ..., para denotar elementos de
conjuntos (LIPSCHUTZ, 2013).
Fonte:
https://blog.professorferretto.com
.br/introducao-aos-conjuntos/ ❖ Um conjunto não depende da maneira como seus elementos são
colocados. Um conjunto permanece o mesmo se seus elementos são
repetidos (LIPSCHUTZ, 2013).

❖ Sinônimos para “conjunto” são “classe”, “coleção” e “família”


(LIPSCHUTZ, 2013).
RESUMINDO:
Um conjunto é uma coleção não ordenada de objetos (ROSEN, 2010).
TEORIA DOS CONJUNTOS
ESPECIFICANDO CONJUNTOS (DENOTAÇÃO POR EXTENSÃO)
❖ Um conjunto pode ser especificado listando-se todos os seus elementos.

❖ A especificação de um conjunto listando todos os seus elementos é


denominada denotação por extensão e é dada pela lista de todos os
seus elementos, em qualquer ordem, separados por vírgulas e entre
Fonte:
https://blog.professorferret chaves.
to.com.br/introducao-aos-
conjuntos/
❖ EXEMPLOS:
✓ Vogais = {a, e, i, o, u}.
✓ Dígitos = {1, 3, 5, 7, 9}
✓ Semana = {seg, ter, qua, qui, sex, sab, dom}
❖ Mesmo que se possa listar os elementos de um conjunto, isso pode não ser prático. Ou seja,
um conjunto deve ser especificado listando seus elementos somente se os elementos forem
poucos; caso contrário, deve-se especificar um conjunto utilizando outra forma apresentada no
próximo slide.
TEORIA DOS CONJUNTOS
ESPECIFICANDO CONJUNTOS (DENOTAÇÃO POR COMPREENSÃO)
❖ Os conjuntos também podem ser especificados por propriedades declaradas. A especificação de
um conjunto por propriedades é denominada denotação por compreensão.
EXEMPLOS:
✓ Pares = {n | n é um inteiro par, x > 0}. Interpretada da seguinte forma:
o conjunto de todos os elementos n tal que cada n é um inteiro par e
x é maior do que 0 que corresponde aos números 2, 4, 6, 8, ...

Fonte: ✓ Ímpares = {n | n é um inteiro positivo ímpar, x < 10}. Interpretada da


https://blog.professorferret
to.com.br/introducao-aos- seguinte forma: o conjunto de todos os elementos n tal que cada n é
conjuntos/ um inteiro ímpar e x é menor do que 10 que corresponde aos
números 1, 3, 5, 7, 9.

✓ {x | x = y2 sendo que y é número inteiro} que corresponde ao conjunto


{0, 1, 4, 9, 16, ...}
TEORIA DOS CONJUNTOS
ESPECIFICANDO CONJUNTOS (DENOTAÇÃO POR COMPREENSÃO)

❖ A forma geral de especificação de um conjunto por propriedades


é como segue: {x | p(x)}.

❖ É tal que um determinado elemento x é elemento deste conjunto


se a propriedade p é verdadeira.
Fonte:
https://blog.professorferret ❖ EXEMPLO:
to.com.br/introducao-aos-
conjuntos/
✓ B = {x | x é brasileiro}.

✓ Pelé é elemento de B.

✓ Bill Gates não é elemento de B.


TEORIA DOS CONJUNTOS
ESPECIFICANDO CONJUNTOS (OUTRAS FORMAS)

❖ Muitas vezes é conveniente especificar um conjunto de outra forma que não por extensão ou
compreensão.

❖ Exemplos:

✓ Dígitos = {0, 1, 2, 3, ..., 9}

✓ Pares = {0, 2, 4, 6, ...}

✓ Números inteiros positivos menores que 100 = {1, 2, 3, ..., 99}

✓ Neste caso os elementos omitidos podem ser facilmente deduzidos do contexto. Para
este tipo de representação as reticências são obrigatórias.
TEORIA DOS CONJUNTOS
PERTINÊNCIA
❖ Apresentamos agora a notação usada para descrever
pertinência em conjuntos.

❖ Escreve-se a ∈ A (pertence) para indicar que a é um elemento


do conjunto A.
Fonte: https://cursoenemgratuito.com.br/igualdade-
em-conjuntos/ ❖ A notação a ∉ A (não pertence) indica que a não é um
elemento do conjunto A.

❖ Lembrando letras minúsculas são geralmente usadas para


indicar elementos dos conjuntos e as maiúsculas para indicar
os conjuntos.
TEORIA DOS CONJUNTOS
PERTINÊNCIA
❖ EXEMPLOS:

✓ Considerando o conjunto Vogais = {a, e, i, o, u}, tem-se


que:
✓ a ∈ Vogais.
✓ h ∉ Vogais.
Fonte: https://cursoenemgratuito.com.br/igualdade-
em-conjuntos/
✓ Considerando o conjunto B = {x | x é brasileiro}, tem-se
que:
✓ Pelé ∈ B.
✓ Bill Gates ∉ B.
RESUMINDO:
Os objetos de um conjunto são chamados de elementos. Onde se diz que um
elemento pertence ou não ao conjunto (ROSEN, 2010).
TEORIA DOS CONJUNTOS
CONTINÊNCIA
❖ Além da noção de pertinência apresentada anteriormente, outra
noção fundamental da teoria dos conjuntos é a de continência,
que permite introduzir os conceitos de subconjunto e de igualdade
de conjuntos (MENEZES, 2013).

❖ Se todos os elementos de um conjunto A também são elementos


de um conjunto B, então A está contido em B e denota-se por: A ⊆
B.
Fonte: https://edu.gcfglobal.org/pt/os-conjuntos-
matematicos/relacao-de-contido-ou-nao-contido/1/
❖ Ou de forma alternativa pode-se dizer que que B contém A, e
denota-se por: B ⊇ A.

❖ Nesse caso (A ⊆ B ou B ⊇ A), afirma-se que A é subconjunto de B.

❖ Quando não ocorre de A ⊆ B denota-se A ⊈ B.


TEORIA DOS CONJUNTOS
CONTINÊNCIA
❖ Adicionalmente, se A ⊆ B, mas existe b ∈ B tal que b ∉ A, então se
afirma que A está contido propriamente em B, ou que A é subconjunto
próprio de B, e denota-se por: A ⊂ B.

❖ Ou de forma alternativa pode-se dizer que que B contém


propriamente A, e denota-se por: B ⊃ A.
Fonte: https://edu.gcfglobal.org/pt/os-conjuntos-
matematicos/relacao-de-contido-ou-nao-contido/1/ ❖ Quando não ocorre de A ⊂ B denota-se A ⊄ B.

❖ EXEMPLOS:
Um conjunto A é um subconjunto de B
✓ A {a, b} e B {b, a} = A ⊆ B
se e somente se todo elemento de A for
também elemento de B. Utiliza-se a
✓ A {a, b} e B {a, b, c} = A ⊆ B e A ⊂ B
notação A ⊆ B para indicar que A é um
subconjunto de B .(ROSEN, 2010).
✓ A {1, 2, 3} e N = A ⊆ N e A ⊂ N
TEORIA DOS CONJUNTOS
SUBCONJUNTOS

Q ❖ Suponha que todo elemento de um conjunto A é também elemento de


um conjunto B, ou seja, suponha que a ∈ A implique a ∈ B. Então A é um
subconjunto de B. Também dizemos que A está contido em B ou que B
Z contém A denotado da seguinte forma: A ⊆ B ou B ⊇ A.

❖ A não é subconjunto de B, se pelo menos um elemento de A não


N pertence a B, escrevemos A ⊈ B.

❖ EXEMPLOS:
NOTA: Todos os
elementos
✓ A = {1, 3, 4, 7, 8, 9}, B = {1, 2, 3, 4, 5} e C = {1, 3}.
de N pertencem também ✓ C ⊆ A ou C ⊂ A e C ⊆ B ou C ⊂ B , uma vez que 1 e 3, elementos de C,
a Z, o que vale dizer também são membros de A e B.
que N é subconjunto de Z ✓ Mas, B ⊈ A, pois alguns dos elementos de B (2 e 5), não pertencem a A.
Então, B não é um subconjunto de A.
TEORIA DOS CONJUNTOS
IGUALDADE ENTRE CONJUNTOS
❖ Dois conjuntos são iguais se ambos têm os mesmos elementos ou se cada conjunto está contido
no outro. Ou seja: A = B se, e somente se, se A ⊆ B e B ⊆ A.

❖ A mesma definição dita de outra forma:

Dois conjuntos são iguais se e somente se eles têm os mesmos elementos. Ou seja, se A e B são
conjuntos, então A e B são iguais se e somente se ∀x (x ∈ A ↔ x ∈ B). Escrevemos A = B se A e B
forem conjuntos iguais.

❖ EXEMPLO:
✓ Os conjuntos {1, 3, 5} e {3, 5, 1} são iguais, porque eles têm os mesmos elementos.
ATENÇÃO: a ordem dos elementos de um conjunto não é relevante.

✓ Também não é relevante se um elemento é listado mais de uma vez, então {1, 3, 3, 3, 5, 5,
5, 5} é igual ao conjunto {1, 3, 5} porque eles apresentam os mesmos elementos.
TEORIA DOS CONJUNTOS
IGUALDADE ENTRE CONJUNTOS
❖ MAIS EXEMPLOS:

✓ {1, 2, 3} = {x ∈ N | x > 0 e x < 4}.

✓ {1, 2, 3} = {3, 3, 3, 2, 2, 1}.

✓ Suponha que todo elemento de um conjunto A pertença a um conjunto B e todo elemento


de B pertença a um conjunto C. Então, claramente, cada elemento de A também pertence a
C. Em outras palavras, se A ⊆ B e B ⊆ C, então A ⊆ C.
TEORIA DOS CONJUNTOS
CONJUNTOS DISJUNTOS
❖ Dois conjuntos A e B são chamados de disjuntos se eles não têm elemento algum em comum.

❖ EXEMPLOS:

✓ A = {1, 2}

✓ B = {4, 5, 6}

❖ Então A e B são disjuntos, pois nenhum deles é subconjunto do outro.


TEORIA DOS CONJUNTOS
DIAGRAMAS DE VENN
❖ Os conjuntos podem ser representados graficamente usando diagramas de
Venn, nomeado em homenagem ao matemático inglês John Venn, que
introduziu seu uso em 1881.

❖ Nos diagramas de Venn, o conjunto universo U é representado por um


retângulo. Dentro desse retângulo, círculos são usados para representar os
conjuntos. Algumas vezes, pontos são usados para representar elementos
particulares do conjunto. Os diagramas de Venn são geralmente usados para
indicar as relações entre conjuntos (ROSEN, 2010).
Jonh Venn
Diagrama de Venn que
representa V, o conjunto
de vogais.

Fonte: (ROSEN, 201O)


TEORIA DOS CONJUNTOS
DIAGRAMAS DE VENN
❖ Os diagramas de Venn podem ser usados para ilustrar que um conjunto A é
um subconjunto de um conjunto B.

❖ Para isso, desenha-se o conjunto universo U como um retângulo. Dentro


desse retângulo, desenha-se um círculo para B. Como A é um subconjunto de
B, desenha-se um círculo para A dentro do círculo para B. Essa relação é
mostrada na figura abaixo.

Jonh Venn Diagrama de Venn que


mostra que A é um
Subconjunto de B.

Fonte: (ROSEN, 201O)


TEORIA DOS CONJUNTOS
DIAGRAMAS DE VENN

❖ Pode-se também utilizar o diagrama de Venn para ilustrar a propriedade de


transitividade, ou seja, para quaisquer conjuntos A, B e C, vale:
A⊆B∧B⊆C⇒A⊆C

Diagrama de Venn mostrando a


propriedade da transitividade.
Jonh Venn

Fonte: (MENEZES, 2013)


TEORIA DOS CONJUNTOS
DIAGRAMAS DE VENN
❖ O exemplo do slide anterior pode ser comprovado pelo Teorema –
Transitividade da continência:
▪ Suponha que A, B e C são conjuntos quaisquer. Se A ⊆ B e B ⊆ C, então A ⊆ C.
▪ Prova (direta):
✓ Lembre-se de que X ⊆ Y se e somente se todos os elementos de X
também são elementos de Y.
✓ Suponha que A, B e C são conjuntos quaisquer e que A ⊆ B e B ⊆ C.
✓ Seja a ∈ A. Então
o a ∈ A ⇒ pela definição de subconjunto, considerando que A ⊆ B
Jonh Venn o a ∈ B ⇒ pela definição de subconjunto, considerando que B ⊆ C
o A∈C
✓ Portanto, para qualquer elemento a ∈ A, vale a ∈ C.
✓ Logo, pela definição de subconjunto, vale A ⊆ C.

Fonte: (MENEZES, 2013)


TEORIA DOS CONJUNTOS
CONJUNTO DAS PARTES

❖ Muitos problemas envolvem teste de todas as combinações de elementos de um conjunto para


ver se eles satisfazem alguma propriedade.

❖ Para considerar todas as combinações de elementos de um conjunto S, constrói-se um novo


conjunto que tem como elementos todos os subconjuntos de S.

❖ DICA: se um conjunto tem n elementos, então o seu conjunto de partes tem 2n elementos.

RESUMINDO:

Dado um conjunto S, o conjunto das partes de S é o conjunto de todos os


subconjuntos do conjunto S. O conjunto de partes de S é indicado por P(S)
(ROSEN, 2010).
TEORIA DOS CONJUNTOS
CONJUNTO DAS PARTES

❖ EXEMPLO 1: qual o conjunto das partes do conjunto {0, 1, 2}?

✓ SOLUÇÃO 1: conjunto das partes P ({0, 1, 2}) é o conjunto de todos os subconjuntos de {0, 1, 2}.
Portanto:
▪ P ({0, 1, 2}) = {Ø, {0}, {1}, {2}, {0, 1}, {0, 2}, {1, 2}, {0, 1, 2}}.
▪ ATENÇÃO: note que o conjunto vazio e o próprio conjunto são elementos desse conjunto de
subconjuntos.

❖ EXEMPLO 2: qual o conjunto das partes do conjunto {Ø}?

✓ SOLUÇÃO 2: o conjunto {Ø} tem exatamente dois subconjuntos, ou seja, Ø e o próprio conjunto
{Ø}. Portanto:
▪ P({Ø}) = {Ø, {Ø}}.
TEORIA DOS CONJUNTOS
PRODUTO CARTESIANO

❖ Como os conjuntos não são ordenados, é necessária uma estrutura diferente para representar
coleções ordenadas. Isso é determinado pela n-upla ordenada (ROSEN, 2010).

❖ Muitas das estruturas discretas que serão estudadas são baseadas na noção do produto
cartesiano dos conjuntos e cuja ordem dos elementos é importante.

A n-upla ordenada (a1, a2, ..., an) é a coleção ordenada que tem a1 como seu
primeiro elemento, a2 como seu segundo elemento, ... e an como seu n-ésimo
elemento (ROSEN, 2010).

Fonte: (ROSEN, 201O)


TEORIA DOS CONJUNTOS
PRODUTO CARTESIANO

❖ Considere A e B como conjuntos. O produto cartesiano de A e B, indicado por A × B, é o conjunto


de todos os pares ordenados (a, b), em que a ∈ A e b ∈ B. Assim:
✓ A × B = {(a, b) | a ∈ A ∧ b ∈ B}.

❖ EXEMPLO 1: considere A como o conjunto de todos os estudantes em uma universidade e B,


como o conjunto de todos os cursos oferecidos por essa universidade. Qual o produto cartesiano
de A × B?

✓ SOLUÇÃO 1: o produto cartesiano de A × B consiste em todos os pares ordenados de forma (a, b),
em que a é um estudante da universidade e b, um curso oferecido por essa universidade. O
conjunto A × B pode ser usado para representar todas as possíveis matrículas em um curso da
universidade.

Fonte: (ROSEN, 201O)


TEORIA DOS CONJUNTOS
PRODUTO CARTESIANO
❖ EXEMPLO 2: qual o produto cartesiano de A = {1, 2} e B = {a, b, c}?

✓ SOLUÇÃO 2: o produto cartesiano de A × B é = {(1, a), (1, b), (1, c), (2, a), (2, b), (2, c)}.

❖ ATENÇÃO: os produtos cartesianos A × B e B × A não são iguais.

❖ EXEMPLO 3: considere o produto cartesiano B × A dos conjuntos A e B, do EXEMPLO 2.

✓ SOLUÇÃO 3: o produto cartesiano B × A é = {(a, 1), (a, 2), (b, 1), (b, 2), (c, 1), (c, 2)}. Isso não é
igual a A × B, que foi encontrado no EXEMPLO 2.

❖ O produto cartesiano de mais de dois conjuntos também pode ser definido, conforme mostrado
no próximo slide.

Fonte: (ROSEN, 201O)


TEORIA DOS CONJUNTOS
PRODUTO CARTESIANO
❖ EXEMPLO 4: qual é o produto cartesiano de A × B × C, em que A = {0, 1}, B = {1, 2} e C = {0, 1, 2}?

✓ SOLUÇÃO 2: o produto cartesiano de A × B × C consiste em todos os trios ordenados (a, b, c), em


que a ∈ A, b ∈ B e c ∈ C. Assim:

▪ A × B × C = {(0, 1, 0), (0, 1, 1), (0, 1, 2), (0, 2, 0), (0, 2, 1), (0, 2, 2), (1, 1, 0), (1, 1, 1), (1, 1,
2), (1, 2, 0), (1, 2, 1), (1, 2, 2)}.

Fonte: (ROSEN, 201O)


TEORIA DOS CONJUNTOS
ÁLGEBRA DE CONJUNTOS (OPERAÇÕES COM CONJUNTOS)
❖ De acordo com Menezes (2013), as operações sobre conjuntos são classificadas em
reversíveis e não reversíveis. Embora as não reversíveis sejam as mais utilizadas, as
reversíveis são bem importantes para computação.

❖ Segue as operações que são definidas sobre conjuntos:

✓ Não reversíveis:
▪ União;
▪ Intersecção;
✓ Reversíveis:
▪ Complemento;
▪ Diferença (é derivada a partir da composição das operações complemento e
intersecção);
▪ Conjunto das partes;
▪ Produto cartesiano;
▪ União disjunta.
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES NÃO REVERSÍVEIS - UNIÃO
❖ As operações não reversíveis são as mais comuns nos estudos usualmente desenvolvidos sobre
álgebra de conjuntos (MENEZES, 2013) .

❖ A operação de união é uma operação que quando aplicada a dois conjuntos A e B, resulta em
um conjunto constituído pelos elementos que pertencem a pelo menos um dos dois conjuntos,
ou seja, que pertencem ao conjunto A ou ao conjunto B (MENEZES, 2013).

❖ Sejam A e B conjuntos. A união ou reunião dos conjuntos A e B, denotada por: A ∪ B.

❖ É como segue: A ∪ B = {x |x ∈ A v x ∈ B}.

❖ Relacionando com a lógica, a união corresponde à disjunção. Ou seja, A ∪ B considera todos os


elementos que pertencem ao conjunto A ou ao conjunto B. Observe que o símbolo de união ∪
lembra o símbolo de disjunção v.
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES NÃO REVERSÍVEIS - UNIÃO
❖ O diagrama de Venn mostrado abaixo representa a união de dois conjuntos A e B. A área que
representa A ∪ B é a área cinza dos círculos que representam ou A ou B.

Fonte: (MENEZES, 2013)

❖ EXEMPLO 1: a união dos conjuntos {1,3,5} e {1,2,3} é o conjunto {1,2,3,5}; ou seja, {1,3,5} ∪
{1,2,3} = {1, 2, 3, 5}.
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES NÃO REVERSÍVEIS - UNIÃO
❖ EXEMPLO 2: suponha os conjuntos:
✓ Dígitos = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
✓ Vogais = {a, e, i, o, u}
✓ Pares = {0, 2, 4, 6, ...}
✓ A união é:
▪ Dígitos ∪ Vogais = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, a, e, i, o, u}.
▪ Dígitos ∪ Pares = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 14, 16, ...}

❖ EXEMPLO 3: para qualquer conjunto universo U e qualquer A ⊆ U, vale:


✓ ∅∪∅=∅
✓ U∪∅=U
✓ U∪A=U
✓ U∪U=U
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES NÃO REVERSÍVEIS - INTERSECÇÃO

❖ A operação de intersecção é uma operação que quando aplicada a dois conjuntos A e B, resulta
em um conjunto constituído pelos elementos que pertencem simultaneamente aos dois
conjuntos, ou seja, que pertencem ao conjunto A e ao conjunto B (MENEZES, 2013).

❖ Sejam A e B conjuntos. A intersecção dos conjuntos A e B, denotada por: A ∩ B.

❖ É como segue: A ∩ B = {x | x ∈ A ∧ x ∈ B}.

❖ Relacionando com a lógica, a intersecção corresponde à conjunção. Ou seja, A ∩ B considera


todos os elementos que pertencem ao conjunto A e ao conjunto B. Observe que o símbolo de
intersecção ∩ lembra o símbolo de conjunção ∧.

❖ Dados dois conjuntos A e B, sendo ambos não vazios, se A ∩ B = ∅, então A e B são ditos
conjuntos disjuntos, conjuntos independentes ou conjuntos mutuamente exclusivos.
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES NÃO REVERSÍVEIS - INTERSECÇÃO
❖ O diagrama de Venn mostrado abaixo representa a intersecção de dois conjuntos A e B. A área
cinza, que está entre os dois círculos representa a intersecção A ∩ B de A e B.

Fonte: (MENEZES, 2013)

❖ EXEMPLO 1: a intersecção dos conjuntos {1,3,5} e {1,2,3} é o conjunto {1, 3}; ou seja, {1, 3, 5} ∩
{1, 2, 3} = {1, 3}.
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES NÃO REVERSÍVEIS - INTERSECÇÃO
❖ EXEMPLO 2: suponha os conjuntos:
✓ Dígitos = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
✓ Vogais = {a, e, i, o, u}
✓ Pares = {0, 2, 4, 6, ...}
✓ A união é:
▪ Dígitos ∩ Vogais = ∅ (conjuntos disjuntos).
▪ Dígitos ∩ Pares = {0, 2, 4, 6, 8}.

❖ EXEMPLO 3: para qualquer conjunto universo U e qualquer A ⊆ U, vale:


✓ ∅∩∅=∅
✓ U∩∅=∅
✓ U∩A=A
✓ U∩U=U
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS - COMPLEMENTO

❖ A operação de complemento é uma operação que é definida em relação a um conjunto universo


U. Assim, a operação de complemento, aplicada a um conjunto A, resulta, como o próprio nome
indica, no conjunto complemento do conjunto A em relação ao U (MENEZES, 2013).

❖ Suponha o conjunto universo U. O complemento de um conjunto A ⊆ U, é denotado por: A' ou ~A.

❖ É como segue: ~A = {x ∈ U | x ∉ A}.

❖ Relacionando com a lógica, o complemento corresponde à negação. Ou seja, considera todos os


elementos do universo que não pertencem ao conjunto original. Observe que o símbolo de
complemento ~ é um dos símbolos usados para a negação na lógica.
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS - COMPLEMENTO
❖ O diagrama abaixo resulta no conjunto complemento do conjunto A em relação ao U, ou seja, a
região do diagrama à direita destacada e identificada por ~A.

Fonte: (MENEZES, 2013)

❖ EXEMPLO 1: considere A como o conjunto dos números inteiros positivos maiores que 10 (com o
conjunto universo, o conjunto de todos os números inteiros positivos). Então, ~A = {1, 2, 3, 4, 5,
6, 7, 8, 9, 10}.
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS - COMPLEMENTO
❖ EXEMPLO 2: Suponha o conjunto universo dígitos = {0, 1, 2, ..., 9}. Seja A = {0, 1, 2}.
✓ ~A = {3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}. Conforme mostra a figura abaixo.

Fonte: (MENEZES, 2013)

❖ EXEMPLO 3: Para qualquer conjunto universo U, vale:


✓ ~∅ = U
✓ ~U = ∅
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS - COMPLEMENTO
❖ Suponha que U é o conjunto universo. Então, para qualquer conjunto A ⊆ U, vale:
✓ A ∪ ~A = U
✓ A ∩ ~A = ∅

❖ Observe que:
✓ a união de um conjunto com o seu complemento sempre resulta no conjunto universo
(compare com o fato de que p ∨ ¬p é uma tautologia);
✓ a intersecção de um conjunto com o seu complemento sempre resulta no conjunto vazio
(compare com o fato de que p ∧ ¬p é uma contradição).

❖ Uma importante propriedade da operação de complemento, decorrente da sua própria definição,


denominada duplo complemento, é o fato de que, para um dado conjunto A ⊆ U, vale: ~~A = A
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS - DIFERENÇA

❖ Uma operação derivada das operações já estudadas é a diferença que, quando aplicada a dois
conjuntos A e B, resulta em um conjunto constituído pelos elementos que pertencem ao conjunto
A e não pertencem ao conjunto B (MENEZES, 2013).

❖ Sejam A e B conjuntos. A diferença dos conjuntos A e B, denotada por: A – B.

❖ É como segue: A - B = A ∩ ~B. Ou seja: A - B = {x| x ∈ A ∧ x ∉ B}.


TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS - DIFERENÇA
❖ O diagrama abaixo representa a diferença entre os conjuntos A e B. A área cinza dentro do
círculo que representa A e fora do círculo que representa B é a diferença A - B.

Fonte: (MENEZES, 2013)

❖ EXEMPLO 1: A diferença entre {1, 3, 5} e {1, 2, 3} é o conjunto {5}; ou seja, {1, 3, 5} - {1, 2, 3} =
{5}.
✓ Detalhe: isso não é o mesmo que a diferença entre {1, 2, 3} e {1, 3, 5}, que é o conjunto {2}.
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS - DIFERENÇA
❖ EXEMPLO 2: suponha os conjuntos:
✓ Dígitos = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
✓ Vogais = {a, e, i, o, u}
✓ A diferença é:
▪ Dígitos - Vogais = Dígitos {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}.

❖ EXEMPLO 3: Para qualquer conjunto universo U e qualquer A ⊆ U, vale:


✓ ∅-∅=∅
✓ U-∅=U
✓ U - A = ~A
✓ U–U=∅ RESUMINDO:

Sejam A e B conjuntos. A diferença entre A e B, indicada por A - B, é o conjunto que contém


aqueles elementos que estão em A mas não estão em B. A diferença entre A e B é também
chamada de complemento de B em relação a A (ROSEN, 2010).
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS – UNIÃO DISJUNTA
❖ A operação de união A ∪ B considera que elementos com mesma identificação nos dois
conjuntos (por exemplo, x ∈ A e x ∈ B) sejam considerados uma única vez no conjunto resultante,
ou seja, existe somente um elemento x em A ∪ B. Entretanto, considere os seguintes conjuntos
que representam pessoas da família Silva e Souza:
Silva = { João, Maria, José }
Souza = { Pedro, Ana, José}

❖ No conjunto resultante da união dos conjuntos das famílias, José ocorre uma única vez, ou
seja: Silva ∪ Souza = {João, Maria, Pedro, Ana, José}.

❖ Esta situação não reflete a realidade correspondente a uma “reunião familiar”, pois José da
família Silva não é o mesmo José da família Souza.
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS – UNIÃO DISJUNTA

❖ Menezes (2013) explica que com a finalidade de distinguir elementos com uma mesma
identificação, é definida a união disjunta que é um tipo de união no qual garante-se que não
existem elementos em comum.

❖ Na união disjunta a técnica usada para garantir a não existência de elementos comuns é
associar uma identificação do conjunto origem, constituindo um tipo de “sobrenome”. Assim, os
elementos do conjunto resultante da união disjunta são pares da forma: (elemento, identificação
do conjunto origem).

❖ Portanto, no conjunto resultante da união disjunta das duas famílias, José aparece duas vezes,
mas cada um com um “sobrenome” identificando se trata-se do José da família Silva ou do José
da família Souza.
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS – UNIÃO DISJUNTA

❖ Sejam A e B conjuntos. A união disjunta dos conjuntos A e B, denotada por: A + B.

❖ É como segue: A + B = {(a, A) | a ∈ A} ∪ { (b, B) | b ∈ B} .

❖ Existem diversas formas alternativas de denotar os elementos de A + B. O importante é que a


forma convencionada deixe claro de qual operando o elemento do conjunto resultante é
originário.

❖ EXEMPLO 1: suponha os conjuntos Silva = {João, Maria, José} e Souza = {Pedro, Ana, José}.
então:
✓ Silva + Souza = {(João, Silva), (Maria, Silva), (José, Silva),(Pedro, Souza), (Ana, Souza), (José,
Souza}.
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS – UNIÃO DISJUNTA

❖ EXEMPLO 2: Suponha os conjuntos:

▪ D = {0, 1, 2, ..., 9}
▪ V = {a, e, i, o, u}
▪ P = {0, 2, 4, 6, ...}

✓ Então:
▪ D + V = {0D, 1D, 2D, ..., 9D, aV, eV, iV, oV, uV}

▪ D + P = {0D, 1D, 2D, ..., 9D, 0P, 2P, 4P, 6P, ...}
TEORIA DOS CONJUNTOS
OPERAÇÕES REVERSÍVEIS – UNIÃO DISJUNTA

❖ EXEMPLO 3: considere o conjunto A = {a, b, c}. Então:

▪ ∅+∅=∅
▪ A + ∅ = {(a, A), (b, A), (c, A)}
▪ A + A = {(a, 0) (b, 0), (c, 0), (a, 1), (b, 1), (c, 1) }

✓ A união disjunta é uma operação reversível. De fato, como cada elemento possui uma
identificação de qual conjunto é originário, então os operandos podem ser reconstruídos.
SEQUÊNCIAS

❖ Sequências são listas ordenadas de elementos. As sequências são usadas em matemática


discreta de várias maneiras. Elas podem ser usadas para representar soluções de certos
problemas de contagem. Elas são também uma estrutura de dados importante em ciência da
computação.

❖ Uma sequência é uma estrutura discreta usada para representar uma lista ordenada. Por exemplo,
1, 2, 3, 5, 8 é uma sequência com cinco termos e 1, 3, 9, 27, 81 , ..., 30, ... é uma sequência
infinita.

❖ Utiliza-se a notação {an} para descrever uma sequência.


SEQUÊNCIAS

❖ Cada an e chamado de um termo da sequência.

❖ A sequência como um todo é frequentemente denotada como {an}.

❖ EXEMPLOS:

✓ A sequência dos n primeiros naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, . . .

✓ A sequência dos números primos: 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, . . .
SEQUÊNCIAS

❖ Dois tipos de sequências importantes são as progressões aritméticas e geométricas.

❖ Uma progressão aritmética é uma sequência da forma:


✓ a, a + d, a + 2d, a + 3d, ... , a + nd, ...

❖ Uma progressão geométrica é uma sequência da forma:


✓ a, ar, ar2 , ar3 , ... , arn , ...
SEQUÊNCIAS
SEQUÊNCIA DE FIBONACCI

❖ Uma sequência que é muito importante devido as suas propriedades e relações com a natureza é a
sequência de Fibonacci, descoberta pelo matemático Leonardo Pisa, que ficou conhecido como
Fibonacci.

❖ Para obtermos esta sequência é necessário considerar que o seu primeiro termo é igual a 1, onde
A sequência é definida mediante a seguinte fórmula:
✓ an = an-1 + an-2

❖ Em homenagem a Leonardo Pisa a forma é escrita da seguinte forma, F com de Fibonacci:

✓ Fn = Fn-1 + Fn-2
❖ Segue a sequência de Fibonacci: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, ...

Fonte: https://www.infoescola.com/matematica/sequencia-de-fibonacci/
SEQUÊNCIAS
SEQUÊNCIA DE FIBONACCI

❖ A partir dessa sequência, pode ser construído um retângulo, que é chamado de Retângulo de Ouro.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/sequencia-de-fibonacci/
SEQUÊNCIAS
SEQUÊNCIA DE FIBONACCI

❖ Ao desenhar um arco dentro desse retângulo, obtêm-se, a Espiral de Fibonacci.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/sequencia-de-fibonacci/
SEQUÊNCIAS
SEQUÊNCIA DE FIBONACCI

❖ A verdade é que a sequência de Fibonacci pode ser percebida na natureza, por meio das folhas
das árvores, as pétalas das rosas, os frutos como o abacaxi, as conchas espiraladas dos caracóis
ou as galáxias.

Fonte: verchik / Shutterstock.com

Fonte: https://www.todamateria.com.br/sequencia-de-fibonacci/
SEQUÊNCIAS
SEQUÊNCIA DE FIBONACCI

❖ Muitos trabalhos em álgebra nasceram devido à curiosidade dos matemáticos em determinar


estas proporções que possuem relação com a sequência de Fibonacci. Algumas destas
descobertas, tais como a proporção áurea (ou o número de ouro), marcaram a história da arte e
também das ciências exatas e da terra.

❖ O valor aproximado da proporção áurea (ou o número de ouro) é 1,6180339887...

❖ Para extrairmos o numero de ouro da sequência de Fibonacci basta obtermos a razão entre dois
números consecutivos dela. À medida que os números aumentam, mais próximos chegamos de ϕ,
veja:

Fonte: https://www.infoescola.com/matematica/numero-de-ouro/
SOMATÓRIA
❖ Muitas vezes estamos interessados na soma ou no produto de todos os termos de uma
sequência.

❖ Agora, será apresentada a somatória cuja notação usada para expressar a soma dos termos
am, am+1, . . . , an da sequência {an} é:

❖ A variável j é chamada de índice da somatória, e a escolha da letra j como variável é arbitraria;


ou seja, pode-se utilizar qualquer outra letra, como i ou k, conforme mostra o exemplo abaixo:
SOMATÓRIA

❖ O índice da somatória assume todos os números inteiros, começando com seu menor limite m
e terminando com seu maior limite n. A letra maiúscula grega sigma, Σ, é usada para indicar
somatória.

❖ EXEMPLO 1: expresse a soma dos primeiros 100 termos da sequência {an}, em que an = 1/n
para n = 1, 2, 3, ...

❖ SOLUÇÃO 1: o menor limite para o índice da somatória é 1 e o maior limite é 100. Onde deve-
se escrever esta somatória da seguintes forma:
Maior limite

Valor do índice começando do menor até o maior limite


Menor limite
SOMATÓRIA

❖ EXEMPLO 2: qual é o valor da somatória abaixo:

Maior limite (5)


Valor do índice j começando do menor até o maior limite
Menor limite (1)
❖ SOLUÇÃO 2:
SOMATÓRIA

❖ EXEMPLO 4: somatórias duplas aparecem em muitos contextos, como na análise de laços


agrupados em programas de computador. Segue um exemplo de somatória dupla:

❖ SOLUÇÃO 4: Para resolver uma dupla soma, primeiro expanda a somatória interna e então
continue computando a somatória externa:

(6 x 1) + (6 x 2) + (6 x 3) + (6 x 4)
RELAÇÕES
PROPRIEDADE REFLEXIVA DAS RELAÇÕES

❖ EXEMPLO 1: considere as seguintes relações em {1, 2, 3, 4} abaixo. Quais dessas relações são
reflexivas?
✓ R1 = {(1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2), (3, 4), (4, 1), (4, 4)},
✓ R2 = {(1, 1), (1, 2), (2, 1)},
✓ R3 = {(1, 1), (1, 2), (1, 4), (2, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 1), (4, 4)},
✓ R4 = {(2, 1), (3, 1), (3, 2), (4, 1), (4, 2), (4, 3)},
✓ R5 = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (3, 3), (3, 4), (4, 4)},
✓ R6 = {(3, 4)}.

❖ SOLUÇÃO 1: as relações R3 e R5 são reflexivas, pois ambas contêm todos os pares da forma (a,
a), ou seja, (1, 1), (2, 2), (3, 3) e (4, 4). As outras relações não são reflexivas, pois elas não
contêm todos esses pares ordenados. Em particular, R1, R2, R4 e R6 não são reflexivas, pois (3,
3) não está em nenhuma dessas relações.
RELAÇÕES
PROPRIEDADE SIMÉTRICA/ANTISSIMÉTRICA DAS RELAÇÕES
❖ EXEMPLO 1: considere as seguintes relações em {1, 2, 3, 4} abaixo. Quais dessas relações são
simétricas?
✓ R1 = {(1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2), (3, 4), (4, 1), (4, 4)},
✓ R2 = {(1, 1), (1, 2), (2, 1)},
✓ R3 = {(1, 1), (1, 2), (1, 4), (2, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 1), (4, 4)},
✓ R4 = {(2, 1), (3, 1), (3, 2), (4, 1), (4, 2), (4, 3)},
✓ R5 = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (3, 3), (3, 4), (4, 4)},
✓ R6 = {(3, 4)}.

❖ SOLUÇÃO 1: as relações R1, R2 e R3 são simétricas, pois, em cada caso, (b, a) pertence à
relação sempre que (a, b) pertencer. Para R2, a única coisa a verificar é que tanto (2, 1) quanto
(1, 2) estão na relação. Para R3, é necessário verificar que (1, 2), (2, 1), (1, 4) e (4, 1)
pertencem à relação. Deve-se verificar que nenhuma das outras relações é simétrica. Isso é
feito encontrando-se um par (a, b) tal que ele esteja na relação, mas (b, a) não.
RELAÇÕES
PROPRIEDADE SIMÉTRICA/ANTISSIMÉTRICA DAS RELAÇÕES

❖ EXEMPLO 2: considere as seguintes relações em {1, 2, 3, 4} abaixo. Quais dessas relações são
antissimétricas?
✓ R1 = {(1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2), (3, 4), (4, 1), (4, 4)},
✓ R2 = {(1, 1), (1, 2), (2, 1)},
✓ R3 = {(1, 1), (1, 2), (1, 4), (2, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 1), (4, 4)},
✓ R4 = {(2, 1), (3, 1), (3, 2), (4, 1), (4, 2), (4, 3)},
✓ R5 = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (3, 3), (3, 4), (4, 4)},
✓ R6 = {(3, 4)}.

❖ SOLUÇÃO 2: R4, R5 e R6 são antissimétricas. Para cada uma dessas relações não existe
nenhum par de elementos a e b com a ≠ b, tal que tanto (a, b) como (b, a) pertençam à
relação. Deve-se verificar que nenhuma das outras relações é antissimétrica. Isso é feito
encontrando-se um par (a, b) com a ≠ b, tal que (a, b) e (b, a) estejam ambos na relação.
RELAÇÕES
RELAÇÃO INVERSA

❖ Seja R uma relação qualquer de um conjunto A em um conjunto B. A inversa de R, denotada


por R−1, é a relação de B em A que consiste nos pares ordenados tais que, quando invertidos,
pertencem a R, isto é, R−1 = {(b, a) | (a, b) ∈ R}.

❖ EXEMPLO 1: sejam A = {1, 2, 3} e B = {x, y, z}. Então a inversa de R = {(1, y), (1, z), (3, y)} é R−1
= {(y, 1), (z, 1), (y, 3)}.

❖ Pontos importantes:
✓ Claramente, se R é qualquer relação, então (R−1)−1 = R.
✓ Também o domínio e a imagem de R−1 são iguais, respectivamente, à imagem e ao
domínio de R.
✓ Além disso, se R é uma relação sobre A, então R−1 também é uma relação sobre A.
RELAÇÕES
COMPOSIÇÃO DE RELAÇÕES

❖ Como as relações de A em B são subconjuntos de A × B, duas relações de A em B podem ser


combinadas de qualquer maneira que dois conjuntos possam ser combinados.

❖ EXEMPLO 1: seja A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, 3, 4}. As relações R1 = {(1,1), (2,2), (3,3)} e R2 =


{(1,1), (1,2), (1, 3), (1, 4)} podem ser combinadas para se obter:

✓ R1 ∪ R2 = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 2), (3, 3)},
✓ R1 ∩ R2 = {(1, 1)},
✓ R1 – R2 = {(2, 2), (3, 3)},
✓ R2 – R1 = {(1, 2), (1, 3), (1, 4)}.
RELAÇÕES
COMPOSTA DE RELAÇÕES
❖ EXEMPLO 1: qual é a composta das relações R e S, em que R é a relação de {1, 2, 3} em {1, 2,
3, 4}, com R = {(1, 1), (1, 4), (2, 3), (3, 1), (3, 4)}, e S é a relação de {1, 2, 3, 4} em {0, 1, 2}, com
S = {(1, 0), (2, 0), (3, 1), (3, 2), (4, 1)}?

R = {(1, 1), (1, 4), (2, 3), (3, 1), (3, 4)}
S = {(1, 0), (2, 0), (3, 1), (3, 2), (4, 1)}

❖ SOLUÇÃO 1: S ° R é construída usando todos os pares ordenados em R e todos os pares


ordenados em S, em que o segundo elemento do par ordenado em R coincide com o primeiro
elemento do par ordenado em S. Por exemplo, os pares ordenados (2, 3) em R e (3, 1) em S
produzem o par ordenado (2, 1) em S ° R. Calculando todos os pares ordenados na composta,
encontramos S ° R = {(1, 0), (1, 1), (2, 1), (2, 2), (3, 0), (3, 1)}.
RELAÇÕES
COMPOSTA DE RELAÇÕES
❖ EXEMPLO 3: Sejam A = {1, 2, 3, 4}, B = {a, b, c, d} e C = {x, y, z} e sejam:
✓ R = {(1, a), (2, d), (3, a), (3, b), (3, d)} e
✓ S = {(b, x), (b, z), (c, y), (d, z)}.
✓ Qual é a composta da relação R e S?

❖ SOLUÇÃO 1: S ° R = {(2, z), (3, x), (3, z)}.

❖ ATENÇÃO: muitos textos denotam a composição de relações R e S por S◦R em vez de R◦S. Isso
é feito para ficar em conformidade com o emprego usual de g◦f para denotar a composição de f
e g quando estas são funções. Dessa forma, pode ser necessário ter que ajustar a notação
R◦S caso a mesma seja encontrada em outras referências bibliográfica. No entanto, quando
uma relação R é composta com ela mesma, o significado de R◦R deixa de ser ambíguo
(LIPSCHUTZ e LIPSON, 2013).
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
MATRIZ ZERO-UM – EXEMPLOS COM DOIS CONJUNTOS
❖ EXEMPLO 3: suponha que A = {1, 2, 3} e B = {1 ,2}. Seja R a relação de A para B que contém (a, b)
se a ∈ A, b ∈ B e a > b. Qual é a matriz que representa R se a1 = 1, a2 = 2 e a3 = 3, e b1 = 1 e b2 =
2?

✓ SOLUÇÃO 3: como R = {(2, 1), (3, 1), (3, 2)}, a matriz para R é:

Também pode ser representado


dessa forma, que é mais fácil
de entender

NOTA: alguns livros utilizam


essa forma de representação.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
MATRIZ ZERO-UM – EXEMPLOS COM DOIS CONJUNTOS
❖ EXEMPLO 4: sejam A = {a1, a2, a3} e B = {b1, b2, b3, b4, b5}. Quais pares ordenados estão na
relação R, representada pela matriz abaixo?

Também pode ser representado


dessa forma, que é mais fácil de
entender

✓ SOLUÇÃO 4: como R consiste nos pares ordenados (ai, bj) com mij = 1, segue que:

R = {(a1, b2), (a2, b1), (a2, b3), (a2, b4), (a3, b1), (a3, b3), (a3, b5)}.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
MATRIZ ZERO-UM E PROPRIEDADE DAS RELAÇÕES
❖ A matriz de uma relação em um conjunto pode ser utilizada para determinar se a relação tem
determinadas propriedades.

❖ Lembre-se de que uma relação R em A é reflexiva se (a, a) ∈ R sempre que a ∈ A. Assim, R é


reflexiva se e somente se (todos os elementos na diagonal principal de MR forem iguais a 1, como
mostra a figura abaixo.

Fonte: (Rosen, 2010)


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
MATRIZ ZERO-UM E PROPRIEDADE DAS RELAÇÕES
❖ A relação R é simétrica se (a, b) ∈ R implica que (b, a) ∈ R. Consequentemente, a relação R em
um conjunto A = {a1, a2, ..., an} é simétrica se e somente se (aj, ai) ∈ R sempre que (ai, aj) ∈ R.

❖ Em termos dos elementos de MR, R é simétrica se e somente se mji = 1 sempre que mij = 1. Isso
também significa que mji = 0 sempre que mij = 0. Consequentemente, R é simétrica se e somente
se mij = mji, para todos os pares de inteiros i e j, com i= 1, 2, ..., n e j = 1, 2, ...,n.

Fonte: (Rosen, 2010)


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
MATRIZ ZERO-UM E PROPRIEDADE DAS RELAÇÕES
❖ A relação R é antissimétrica se e somente se (a, b) ∈ R e (b, a) ∈ R implica que a = b.
Consequentemente, a matriz de uma relação antissimétrica tem a propriedade que se mij = 1 com
i ≠ j, então mji = 0. Ou, em outras palavras, ou mij = 0 ou mji = 0 quando i ≠ j. A forma da matriz
para uma relação antissimétrica está ilustrada na figura abaixo.

Fonte: (Rosen, 2010)


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
MATRIZ ZERO-UM E PROPRIEDADE DAS RELAÇÕES
❖ EXEMPLO 1: suponha que a relação R em um conjunto seja representada pela matriz abaixo. R é
reflexiva, simétrica e/ou antissimétrica?

✓ SOLUÇÃO 1: como todos os elementos da diagonal


dessa matriz são iguais a 1, R é reflexiva. Além disso,
como MR é simétrica, segue que R é simétrica.
Também é fácil de ver que R não é antissimétrica.
Fonte: (Rosen, 2010)
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
GRAFO DIRECIONADO
❖ Existe uma maneira importante de visualizar uma relação R em um conjunto finito. Primeiro
escrevemos os elementos do conjunto e, então, desenhamos uma flecha de cada elemento x
para cada elemento y, sempre que x estiver relacionado com y. Esse diagrama é chamado de
grafo orientado da relação (LIPSCHUTZ e LIPSON, 2013).

❖ EXEMPLO 1: a figura abaixo, mostra o grafo orientado da relação R sobre o conjunto A = {1, 2, 3,
4}: R = {(1, 2), (2, 2), (2, 4), (3, 2), (3, 4), (4, 1), (4, 3)}.

NOTA: observe que há uma flecha de 2 nele


mesmo, uma vez que 2 é relacionado a 2 sob R.

Fonte: (LIPSCHUTZ e LIPSON, 2013)


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
GRAFO DIRECIONADO
❖ EXEMPLO 2: o grafo orientado com vértices a, b, c e d e arestas (a, b), (a, d), (b, b), (b, d), (c, a),
(c, b) e (d, b) é mostrado na figura abaixo:

Fonte: (Rosen, 2010)


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
GRAFO DIRECIONADO
❖ EXEMPLO 3: quais são os pares ordenados na relação R representada pelo grafo orientado
mostrado na figura abaixo:

✓ SOLUÇÃO 3:
▪ Os pares ordenados (x, y) na relação são R = {(1, 3), (1, 4),
(2, 1), (2, 2), (2, 3), (3, 1), (3, 3), (4, 1), (4, 3)}.

▪ Cada um desses pares corresponde a uma aresta do grafo


orientado, com (2, 2) e (3, 3) correspondendo aos laços.
Fonte: (Rosen, 2010)
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
GRAFO DIRECIONADO E PROPRIEDADE DAS RELAÇÕES
❖ O grafo orientado que representa uma relação pode ser usado para determinar se a relação tem
diversas propriedades. Por exemplo:

✓ Uma relação é reflexiva se e somente se existir um laço em todo vértice do grafo orientado,
de modo que todo par ordenado da forma (x, x) ocorra na relação.

✓ Uma relação é simétrica se e somente se para cada aresta entre vértices distintos em seu
dígrafo existir uma aresta no sentido oposto, de modo que (y, x) esteja na relação sempre
que (x, y) estiver na relação.

✓ Uma relação é antissimétrica se e somente se nunca existir duas arestas em sentidos


opostos entre dois vértices distintos.

✓ Finalmente, uma relação é transitiva se e somente se sempre que existir uma aresta de um
vértice x para um vértice y e uma aresta de um vértice y para um vértice z, existir uma aresta
de x para z.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
GRAFO DIRECIONADO E PROPRIEDADE DAS RELAÇÕES
❖ EXEMPLO 4: determine se as relações para os grafos orientados mostrados na abaixo são
reflexivas, simétricas, antissimétricas e/ou transitivas.

✓ SOLUÇÃO 4:
▪ Como existem laços em todos os vértices do grafo orientado
para R, ela é reflexiva. R não é nem simétrica nem
antissimétrica, pois existe uma aresta de a para b, mas não
uma de b para a, mas existem arestas, em ambos os
sentidos, que ligam b e c. R não é transitiva, pois existe uma
aresta de a para b e uma aresta de b para c, mas não uma
aresta de a para c.

Fonte: (Rosen, 2010)


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
GRAFO DIRECIONADO E PROPRIEDADE DAS RELAÇÕES
❖ EXEMPLO 5: determine se as relações para os grafos orientados mostrados na abaixo são
reflexivas, simétricas, antissimétricas e/ou transitivas.

✓ SOLUÇÃO 5:
▪ Como os laços não estão presentes em todos os vértices do
grafo orientado para S, esta relação não é reflexiva. Ela é
simétrica, mas não é antissimétrica, pois toda aresta entre
vértices distintos está acompanhada de uma aresta em
sentido oposto. Também não é difícil de ver a partir do grafo
orientado que S não é transitiva, pois (c, a) e (a, b)
pertencem a S, mas (c, b) não pertence a S.

Fonte: (Rosen, 2010)


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS RELAÇÕES BINÁRIAS
GRAFO DIRECIONADO– EXERCÍCIO 1
❖ Liste os pares ordenados nas relações representadas pelos grafo orientado abaixo.

Fonte: (Rosen, 2010)


RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
BANCO DE DADOS E RELAÇÕES N-ÁRIAS

❖ As relações usadas para representar bancos de dados são também chamadas de tabelas,
porque essas relações são frequentemente mostradas como tabelas. Cada coluna da tabela
corresponde a um atributo do banco de dados. Por exemplo, o mesmo banco de dados dos
estudantes é mostrado na Tabela abaixo. Os atributos desse banco de dados são Nome do
Estudante, Número de Identificação, Curso e Média Geral.

Fonte: (Rosen, 2010)


RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
BANCO DE DADOS E RELAÇÕES N-ÁRIAS

❖ O domínio de uma relação n-ária é chamado de chave primária


quando o valor desse domínio na n-upla determina a n-upla. Isto
é, o domínio é uma chave primária quando quaisquer duas n-
uplas distintas na relação têm valores distintos nesse domínio.

❖ Registros são adicionados ou deletados com frequência dos


bancos de dados.

Fonte:
https://medium.com/@FernandoUnix/gerando- ❖ Por essa razão, a propriedade de que um domínio seja uma chave
chave-prim%C3%A1ria-uuid-com-jpa-e-
hibernate-719285a13eb2
primária depende do tempo. Consequentemente, deve ser
escolhida uma chave primária que permaneça assim sempre que
o banco de dados for mudado.
Fonte: (Rosen, 2010)
RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
BANCO DE DADOS E RELAÇÕES N-ÁRIAS
❖ EXEMPLO 1: quais domínios são chaves primárias para a relação n-ária mostrada na Tabela
abaixo, supondo que nenhuma n-upla será adicionada no futuro?

Fonte: (Rosen, 2010)


RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
BANCO DE DADOS E RELAÇÕES N-ÁRIAS

❖ATENÇÃO:
▪ Como chaves primárias e compostas são usadas para identificar
registros de modo único em um banco de dados, é importante que as
chaves permaneçam válidas quando novos registros forem
adicionados ao banco de dados.
▪ Assim, devem ser feitas verificações para garantir que todo novo
registro tenha valores que sejam diferentes no campo, ou campos,
apropriado, de todos os outros registros da tabela.
▪ Por exemplo, faz sentido usar o número de identificação do estudante
como uma chave para o registro dos estudantes se nunca dois
Fonte: estudantes tiverem o mesmo número de identificação. Uma
https://medium.com/@FernandoUnix/gerando-
chave-prim%C3%A1ria-uuid-com-jpa-e- universidade não deveria usar o campo do nome como chave, porque
hibernate-719285a13eb2 dois estudantes podem ter o mesmo nome.
RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
OPERAÇÕES EM RELAÇÕES N-ÁRIAS

❖ Existe uma variedade de operações em relações n-


árias que podem ser usadas para formar novas
relações n-árias.

❖ Seguem exemplos de algumas operações:


❖ Seleção;
❖ Projeção;
❖ Junção.
Fonte:
https://medium.com/@marquinhos44/entende
ndo-sql-join-62228508cbd3
RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
OPERAÇÕES EM RELAÇÕES N-ÁRIAS - SELEÇÃO
❖ EXEMPLO 3: para encontrar os registros dos estudantes de Ciência da Computação que tenham
média geral acima de 3,5, usamos o operador sC3, em que C3 é a condição (Curso = “Ciência da
Computação” ∧ Média > 3,5).

Fonte: (Rosen, 2010)


RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
OPERAÇÕES EM RELAÇÕES N-ÁRIAS - PROJEÇÃO
❖ EXEMPLO 4: qual é o resultado quando a projeção P1,4 é aplicada à relação na Tabela
abaixo?

Fonte: (Rosen, 2010)


RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
OPERAÇÕES EM RELAÇÕES N-ÁRIAS - PROJEÇÃO

❖ SOLUÇÃO 4: quando a projeção P1,4 é utilizada, a segunda e a terceira colunas da tabela são
removidas e pares que representam os nomes dos estudantes e a média geral dos
estudantes são obtidos, conforme mostra a Tabela abaixo.

Fonte: (Rosen, 2010)


RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
OPERAÇÕES EM RELAÇÕES N-ÁRIAS - PROJEÇÃO
❖ EXEMPLO 5: qual é a tabela obtida quando a projeção P1,2 é aplicada à relação na Tabela
abaixo?

NOTA: podem resultar menos linhas


quando uma projeção é aplicada à
tabela de uma relação. Isso ocorre
quando algumas das n-uplas na
relação têm valores idênticos em
cada uma das m componentes da
projeção e apenas são distintas nas
componentes deletadas pela
projeção.

Fonte: (Rosen, 2010)


RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
OPERAÇÕES EM RELAÇÕES N-ÁRIAS - PROJEÇÃO
❖ SOLUÇÃO 5: a Tabela abaixo mostra a relação obtida quando P1,2 é aplicada à Tabela 3.
Observe que existem menos linhas depois dessa projeção ser aplicada.

Fonte: (Rosen, 2010)


RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
OPERAÇÕES EM RELAÇÕES N-ÁRIAS - JUNÇÃO
❖ EXEMPLO 6: que relação resulta quando o operador junção J2 for usado para combinar as
relações mostradas nas Tabelas 5 e 6 abaixo?

Fonte: (Rosen, 2010)


RELAÇÕES N-ÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES
OPERAÇÕES EM RELAÇÕES N-ÁRIAS - JUNÇÃO
❖ SOLUÇÃO 6: a conjunção J2 produz a relação mostrada na Tabela 7 abaixo.

NOTA: existem outros operadores


além das projeções e das junções
que produzem novas relações a
partir de relações existentes. Uma
descrição dessas operações pode
ser encontrada em livros sobre a
teoria de banco de dados.

Fonte: (Rosen, 2010)


DÚVIDAS
OBRIGADA!!!!
Profa. Carla Oliveira

E-mails: [email protected] e [email protected]

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