Psicol-Desenvol

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Índice

Introdução.......................................................................................................................................................................3

1.Desenvolvimento humano...........................................................................................................................................4

1.2.Função dos psicólogos de desenvolvimento.............................................................................................................4

1.3.Concepção inatista de desenvolvimento...................................................................................................................4

1.4.Os conceitos de estímulo, reforço e extinção............................................................................................................5

1.5.Concepção ambientalista de desenvolvimento.........................................................................................................5

1.6.Teoria associativista no processo de ensino – aprendizagem...................................................................................6

1.7.Thorndike formulou três leis fundamentais de aprendizagem:.................................................................................7

2.Aprendizagem behaviorista.........................................................................................................................................7

2.1.Implicações educacionais dos behavioristas.............................................................................................................8

1.2.Principais implicações educacionais do interaccionista...........................................................................................8

1.3.Principais conceitos da teoria interaccionista de desenvolvimento..........................................................................9

3.Pressupostos da teoria cognitiva de aprendizagem......................................................................................................9

3.1.Leis da aprendizagem gestalt..................................................................................................................................10

4.Abordagem sócio – histórica da aprendizagem.........................................................................................................10

4.1.Principais características no período pré-natal.......................................................................................................11

5.Factores pré-natais que podem causar distúrbios os bebés........................................................................................12

6.Principais características no desenvolvimento infantil..............................................................................................13

6.1.Principais caracteristicas na adolescência...............................................................................................................14

6.3.Princiapis caracteristicas da idade adulta................................................................................................................15

7.Teorias de desenvolvimento cognitivo de Piaget e Bruner........................................................................................16

8.Teoria de desenvolvimento cognitivo de Brunner.....................................................................................................17

9.Teorias de desenvolvimento afectivo – emocional na perspectiva de Freud e Erickson...........................................19

10.Teoria de desenvolvimento afectivo –emocional de Erickson................................................................................20

Conclusão......................................................................................................................................................................21

Bibliografia...................................................................................................................................................................22
Introdução

O presente trabalho da Cadeira de Psicologia de Desenvolvimento, tem por objectivo a resolução


das questões deixadas na primeira sessão tutorial da unidade 1 à unidade 16 do módulo de
Psicologia de Desenvolvimento de entre os quais encontramos: desenvolvimento humano,
função dos psicólogos de desenvolvimento, concepção inatista de desenvolvimento, os conceitos
de estímulo, reforço e extinção, concepção ambientalista de desenvolvimento, teoria
associativista no processo de ensino – aprendizagem, aprendizagem behaviorista, implicações
educacionais dos behavioristas, Principais implicações educacionais do interaccionista,
Principais conceitos da teoria interaccionista de desenvolvimento, Abordagem sócio – histórica
da aprendizagem, Factores pré-natais que podem causar distúrbios os bebés, Teorias de
desenvolvimento cognitivo de Piaget e Bruner, Teoria de desenvolvimento cognitivo de Brunner,
Teorias de desenvolvimento afectivo – emocional na perspectiva de Freud e Erickson, Teoria de
desenvolvimento afectivo – emocional de Erickson.
Achou-se conveniente a consultas bibliográficas como metodologia aplicada para a realização do
trabalho. Sendo assim, tratando-se de um trabalho de pesquisa e de carácter avaliativo obedece a
seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão e a respectiva bibliografia que
justifica as fontes consultadas durante a realização.

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1.Desenvolvimento humano

1.O desenvolvimento humano se estabelece através da interacção do indivíduo com o ambiente


físico e social. Se caracteriza pelo desenvolvimento mental e pelo crescimento orgânico.

Do meu ponto de vista o desenvolvimento humano refere-se as modificações contínuas do


comportamento do indivíduo ao longo da sua existência ou seja, as modificações que ocorrem no
indivíduo desde nascimento até à idade adulta nos aspectos físico – motor, intelectual, afectivo –
emocional e social.

2. É importante estudar a psicologia de desenvolvimento porque o seu estudo possibilita uma


melhor observação, compreensão e interpretação do comportamento humano. Distinguindo como
nascem e como se desenvolvem as funções psicológicas do ser humano para subsidiar a
organização das condições para o seu desenvolvimento pleno.

1.2.Função dos psicólogos de desenvolvimento

3.A função dos psicólogos de desenvolvimento é de conhecer as características físicos – motoras


e psíquicas da criança, adolescente e adultos e considerá-las no processo de ensino –
aprendizagem, adequando a educação ao nível de desenvolvimento do indivíduo;

Diagnosticar o nível de desenvolvimento físico – motor e psíquico da criança, adolescente e


adulto para orientar a sua educação.

4. As teorias em psicologia de desenvolvimento são: teoria behaviorista, associativista,


gestaltismo, estruturalista, cognitivismo, interaccionista e inatista.
1.3.Concepção inatista de desenvolvimento
A concepção inatista de desenvolvimento tem grande impacto nos processos educativos no
sentido mais extremo, essas teorias anulam a acção do meio e consequentemente, da educação do
processo de desenvolvimento humano.

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Na escola a concepção inatista se manifesta através de conceitos como aptidão (disposição
natural) portidão (pré condição para agir) e quocientes de inteligência, índice que mede a
capacidade intelectual dos indivíduos.

Há-de considerar que as diferenças são apenas fruto de hereditariedade como sendo “algo dado
pela natureza, ou que os gentes herdados dos pais seriam responsáveis para a inteligência e pela
motivação, estes contribuíram para a descriminação em ambiente escolar” BRAÇO (2016: p.14).

O pensamento inatista tem dupla origem pois é sustentado por duas teorias diferentes sendo a
teoria Teologia na qual sustenta a ideia de que Deus é o Criador do Ser Humano e tudo o que o
indivíduo tem depende da “Graça Divina” e a teoria evolucionista de Darwin, embrionária e
genética. Pois, para Darwin o papel do ambiente no desenvolvimento humano é limitado, as
mudanças graduais e cumulativas no desenvolvimento das espécies decorreriam de “variações
hereditárias que fornecem vantagens adaptativas em relação às condições ambientais
prevalecentes (...) só os mais aptos de uma determinada espécie – aqueles capazes de se adaptar
ao meio sobreviveriam” (Davis & Oliveira, 1994, p.28).

1.4.Os conceitos de estímulo, reforço e extinção

Os conceitos de estímulo, reforço e extinção são deveras importantes no entendimento da teoria


ambientalista pelo facto de o estímulo ser um elemento presente no ambiente, que manipulado
pode controlar o comportamento de um indivíduo, fazendo com que apareça ou desapareça em
situações consideradas adequadas, ou fazendo que com o comportamento seja refinado ou
aprimorado dai que, as consequências ou os resultados positivos da mudança de comportamento
são denominadas de reforço. Este aumenta a frequência da manifestação de um determinado
comportamento. Por sua vez, os comportamento inadequados são eliminados totalmente nos
indivíduos resultando desta forma a sua extinção.

1.5.Concepção ambientalista de desenvolvimento

A concepção ambientalista de desenvolvimento parte do pressuposto de que o ambiente é


responsável pelo desenvolvimento humano, neste sentido, o indivíduo é reactivo à acção do

5
meio. A teoria ambientalista tem como base filosófica o empirismo, que dá ênfase a experiência
sensorial na construção do conhecimento.

Um dos expoentes máximos do empirismo foi o filósofo Inglês John Locke (1632-1704), que
desenvolveu em sua tese a idéia de que a mente é uma tábua rasa sobre a qual se escreve a
experiência. Nesta óptica, o ambiente, ou o meio seria o elemento mais importante para o
desenvolvimento do ser humano.

Daí que os ambientalistas considerem que “o homem [e a mulher] é concebido como um ser
extremamente plástico, que desenvolve suas características em função das condições presentes
no meio em que se encontra” (Davis e Oliveira, 1994, p.30).

Na verdade, para os defensores da concepção ambientalista de desenvolvimento “(...) o bebé não


é mais do que um pedaço de barro que pode ser moldado e trabalhado pelas mãos de um mestre
artesão, ou seja, o meio, de forma a ficar na forma que se pretenda” (Sprinthall, 1990, p.31).

Isso significa dizer que os seres humanos não nascem assim, eles são construídos, são
condicionados a ser assim, pelas mãos do ambiente em que estão inseridos.

Um dos principais defensores da teoria ambientalista na Psicologia é Burrhus Frederic Skinner


(1904-1990), psicólogo americano. Skinner propõe uma ciência de comportamento e defende
que o ambiente “é mais importante do que a maturação biológica. Na verdade, são estímulos
presentes numa dada situação que levam ao aparecimento de um determinado comportamento”
(idem, p.31).

1.6.Teoria associativista no processo de ensino – aprendizagem


Muitos teóricos defendem que “mas das razões pela qual os educadores precisam de conhecer o
condicionamento é que um grande número de reflexos autônomos podem ser condicionados ao
longo de toda a escolaridade” (Sprinthall, 1993, p.211).
O aluno, por exemplo, pode ser condicionado a ter medo da Matemática, da Biologia, da Física,
etc. Nesse sentido, o medo é associado a uma experiência real acontecida em sala de aula.

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Em termos de generalização dos estímulos, uma criança que foi condicionada a ter medo de
matemática pode generalizar esse medo a outras disciplinas escolares.

O processo que quebra a associação entre um estímulo e uma resposta condicionada chama-se de
extinção. Alcança-se a extinção quando o EC perde o seu poder de evocar a RC; isso é
conseguido com a apresentação repetida do EC sem se seguir o EI.

1.7.Thorndike formulou três leis fundamentais de aprendizagem:


a) A lei da prontidão: quando o organismo se encontra num estado em que as unidades de
transmissão (as conexões E-R) estão prontas a transmitir, então a transmissão é
satisfatória, ao contrário ela será perturbada. Ele se refere a prontidão neurológica e não
maturacional.

b) A lei do exercício (uso e desuso): quanto mais uma conexão E-R for utilizada, mais forte
se tornará, quanto menos for utilizada mais fraca se tornará” e esclarece que a prática
apenas melhora se for seguida de uma informação retroactiva positiva (conseqüência
sobre o acto).

c) A lei do efeito: uma conesão E-R é fortalecida se for seguida de satisfação (recompensa).
Do mesmo modo, uma conexão é enfraquecida se for seguida de um aborrecimento
(punição).

A partir das leis de Thorndike começou a ser realçado a importância da motivação na educação.

2.Aprendizagem behaviorista

A aprendizagem para os behavioristas é mudar o comportamento. Neste sentido a principal tarefa


do professor é ensinar, ou seja, estimular a mudança de comportamento do aprendente, o aluno.

Portanto, o behaviorismo procura explicar a formação do comportamento com base na influência de


determinadas condições. Segundo a teoria do behaviorismo determinadas condições, determinados
estímulos do meio ambiente podem produzir determinados comportamentos. Deste modo, o

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behaviorismo considera que se pode estabelecer uma ligação entre uma determinada situação,
condição ou estímulo e o comportamento do indivíduo.

2.1.Implicações educacionais dos behavioristas

No campo da educação escolar o behaviorismo alimenta as considera ‘pedagogias tradicionais’


nas quais o professor é o principal agente do processo educativo, ele explica, dita, fala, manda,
deposita o conteúdo a um aluno que é passivo, que apenas escuta, faz, obedece e assimila o
conteúdo.

Portanto, as implicações educacionais dos behavioristas, eles acreditam que a aprendizagem é


fruto apenas da relação do indivíduo com o meio e consideram um aluno como uma tábua rasa,
ou uma garrafa vazia, na qual o professor deposita o conteúdo, que durante a avaliação deve ser
devolvido, tal e qual como foi entregue. Por isso, não promove a aprendizagem significativa.
1.2.Principais implicações educacionais do interaccionista

As implicaçoes educacionais do interaccionista é que estes explicam os processos educativos a


partir de uma relação intrínseca entre o ensino e a aprendizagem, como unidades indissociáveis.

A aprendizagem é vista, assim, não apenas como uma qualidade inata do aluno e muito menos
como uma operação somente do professor, mas ela é fruto da interacção entre o professor e o
aluno, entre o organismo e o meio, ou mesmo, entre o sujeito e o objecto a ser aprendido.

Neste sentido, os professores valorizam os conhecimentos e as experiências dos alunos, pois eles
têm consciência de que estes sabem algo dos conceitos que vão ser aprendidos. O professor não
se considera um ‘sabe tudo’ e muito menos como o dono do conhecimento. A aprendizagem será
mais significativa.

1.3.Principais conceitos da teoria interaccionista de desenvolvimento

Segundo Davis e Oliveira (1994) os conceitos principais desta teoria são:

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a) Equilíbrio – a concepção de que todo organismo vivo – quer seja uma ameba, um animal,
uma criança – procura manter um estado de equilíbrio ou de adaptação com seu meio,
agindo de forma a superar perturbações na relação que ele estabelece como o meio.
b) Equilibração – que é o processo dinâmico e constante do organismo em busca de um
novo e superior estado de equilíbrio.
c) Assimilação – é mecanismo a partir do qual o organismo – sem alterar suas estruturas –
desenvolve ações destinadas a atribuir significações, a partir da sua experiência anterior,
aos elementos exteriores com os quais interage.
d) Acomodação – é o mecanismo através do qual o organismo tenta restabelecer um
equilíbrio superior com o meio ambiente. Neste momento, o organismo é impelido a se
modificar, a se transformar para se ajustar as demandas impostas pelo ambiente.

3.Pressupostos da teoria cognitiva de aprendizagem

Os pressuposto da teoria cognitiva de aprendizagem segundo Bruner (apud MWAMWENDA,


2004) compreende os seguintes princípios:

a) Motivação: a predisposição para aprender, que se reflete na curiosidade e no desejo de


explorar e descobrir;
b) Estrutura: a que são as capacidades de compreensão da criança, aquilo que ela já sabe;
c) Sequência: a organização do conteúdo de forma seqüencial, que influi na distribuição das
disciplinas e no calendário da escola;
d) Reforço: o encorajamento ao aluno através de notas altas, sorrisos e elogios.
Bruner propõe assim que o educador é o que dá a oportunidade do educando construir seus
próprios conceitos (Princípio do Construtuvismo). E educando deve pensar, aprender a resolver
problemas de forma independente. O educador dá o feedback (retorno) aos educandos sobre o
seu desempenho.

2.Os principais teoricos da aprendizagem cognitiva são: Bruner e David Ausubel


Pressupostos teoricos da teoria de gestalt são: Kurtin Lewin

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3.1.Leis da aprendizagem gestalt
2. Mwamwenda (2004) apresenta as seguintes leis da aprendizagem Gestalt:

1. Lei da Proximidade: partes que estão próximas no tempo e no espaço tende a ser
percebidos em conjunto.
2. Lei da Semelhança: partes semelhantes são vistas em conjunto como que a formar um
grupo;
3. Lei do Fechamento: as pessoas têm a tendência perceptiva para completar figuras
incompletas;
4. Lei de Continuidade: figuras e desenhos serão completados da mesma maneira com são
apresentados;
5. Lei do Pragmatismo: todos os eventos psicológicos têm potencial para serem
significantes, assim com simples e complexos.

4.Abordagem sócio – histórica da aprendizagem

(Cabral e Nick, 1997, p.23) definem a aprendizagem do seguinte modo: Processo de


transformação relativamente permanente do comportamento, em resultado do desempenho
prático da experiência de certas tarefas específicas.

A Psicologia de Aprendizagem vai ajudar o professor na elaboração dos objectivos para as aulas,
na selecção dos conteúdos, na escolha dos métodos e na elaboração dos diferentes tipos de
avaliação.

A aprendizagem animal e a aprendizagem humana caracterizam-se pela mudança do


comportamento que resulta da experiência. Contudo, verifica-se que no homem a aprendizagem
também conduz à aquisição de conhecimentos, formação de habilidades, hábitos, aptidões

4.1.Principais características no período pré-natal

O período pré natal começa com fecundação do óvulo e após 72 horas da fertilização, são
formadas 32 células que se juntam e multiplicam rapidamente e começam a se diferenciar em

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órgãos, músculos, ossos, tecidos e outras partes do corpo. Assim, os primeiros 9 meses da vida
do bebé são passados dentro do útero da mãe.

Assim sendo, as principais características são:

 União do óvulo e espermatozóide;


 Mudanças embrionárias com crescimento do organismo;
 Possibilidade de riscos externos;
 Após 7 meses tem oportunidade de sobreviver se nascer prematuramente (ganhos
aumentam com a idade).
Pode-se conceber o período pré-natal (intra-uterino) em três fases:

a) Fase germinal (da concepção até o 14º dia);

b) Fase embrionária – de duas a oito semanas. Em quatro semanas o embrião atinge 1,3 cm
de comprimento e o coração já bate 65 vezes por minuto, embora não desenvolvido por
completo. Através de microscópio é possível detectar ligeiras saliência na cabeça que
virão a ser os olhos, ouvidos, boca e nariz;

c) Fase fetal – começa na oitava semana e vai até ao nascimento. O bebé é chamado de feto.
Aos três meses o feto pesa uns 28 gramas e mede em torno de 8 cm e tem completamente
desenvolvido: dedos das mão e dos pés, pálpebras, orelhas, cordas vocais, lábios e nariz,
permitindo com que o feto respire e engula alimentos. Aos cinco meses de idade, pesa
meio queixo e mede uns 30 cm de comprimento. O desenvolvimento muscular aumenta e
torna mais forte o seu reflexo e movimentos. Ele chuta e estica-se. O batimento cardíaco
dá para se ouvido no abdómen da mãe.

5.Factores pré-natais que podem causar distúrbios os bebés

Esses factores podem ser entendidos sob a perspectiva emocional. Nesse sentido, Sontag (apud,
Rappaport, 1981 p.2) sugere que “substâncias químicas que aparecem no sangue materno durante
o stress emocional se transmitem ao feto, gerando neste efeito adversos”.

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a) Idade da mãe – mães muito jovens ou muito idosas podem gestar fetos deformados. Ex.
Mongolismo ou Síndrome de Down, que segundo do dicionário Laurosse é a “alterações
cronossomial caracterizada por deficiência mental e anormalidade física, como retardo de
crescimento, face pequena e achatada”.

b) Dependência de drogas – para Davissof (2001:427) “quando mulheres grávidas abusam


de drogas, os bebés frequentemente exibem complicações pré-natais e apresentam o
síndrome de abstinência logo após o nascimento”. Entre as drogas que mais efeito
nocivos criam na criança citam-se: a heroína, cocaína, maconha, sedativos e
tranquilizantes.

c) Radiação – a exposição prolongada ou intensa a raios x ou substâncias radioactivas pode


gerar deformações no cérebro da criança.

d) Doenças infecciosas – as doenças de transmissão sexual (DTS) como sífilis podem


produzir abortos (a eliminação de fetos mal-formados) ou anormalidades físicas
(cegueira, surdez) ou mentais.

e) Grupo sanguineo ou Factor Rh – “quando houver incompatibilidade entre os tipos


sanguineos da mãe e do feto, podem ocorrer abortos, natimortos, morte logo após o
nascimento, ou mesmo paralisias parciais ou deficiências mentais” (RAPPAPORT, 1981
p.3).

f) Emoções – “como todo mundo as mulheres grávidas respondem a emoçõpes com uma
liberação maciça de hormónios. Essas secreções adentram a corrente sanguinea do bebé
em desenvolvimento” (DAVIDOFF, 2001 p.427).

A partir dessa análise pode-se verificar que a saúde da mãe influi e muito no desenvolvimento da
criança.

6.Principais características no desenvolvimento infantil

Há que notar que a infância, período que vai do nascimento até aos seis ou sete anos de idade,
pode ser dividido em sub-períodos.

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Infância Inicial (0-18 meses)

A infância inicial (0-18 meses) seria o período em que o desenvolvimento intelectual estaria
ligado de forma directa à maturação do sistema nervoso central, à capacidade de receber e
aprender impressões sensoriais, de executar movimento.

A maturação refere-se aqui a questões de ordem biológica, o crescimento em tamanho e, ainda, o


inicio e o controle de movimento, a integração de impressões sensoriais, a possibilidade de
sentar, gatinhar, andar, parar, agarrar, subir, controlar os esfíncteres, segurar lápis, andar de
bicicleta, etc. A execução de tais actividades revela um desenvolvimento sadio da criança.

Na infância, os órgãos genitais, femininos e masculinos crescem significativamente. A partir dos


seis meses surgem os primeiros dentes, primeiro no maxilar inferior e depois no superior e ao
atingir um ano de idade ela terá aproximadamente doze dentes.

Pode-se considerar que uma das funções básicas do desenvolvimento na primeira infância é o
conhecimento do próprio corpo. O bebé ao explorar o seu corpo, olhando as mãos, executando
movimento, está formando um esquema de si próprio, que é designado de eu corporal. O eu
corporal inclui a experiência de afectos (positivos e negativos) que influenciarão no seu auto-
conceito.

Já no segundo ano de idade a criança desenvolve capacidades motoras de correr, sentar-se numa
cadeira, sem ajuda, subir e descer escadas; aumenta o crescimento dos dentes, demonstra a
preferência no uso dos membro (mão direita ou esquerda) no momento das brincadeiras, na
forma de agarrar objectos e na alimentação.
2.Dentre as implicações educacionais no período de desenvolvimento social na infância inicial
destacam-se:

a) Ao envolver uma variedade de actividades físicas, as capacidades motoras das crianças


são facilitadas e melhoradas;
b) A garantia de uma alimentação sadia, pois esta contribui para o desenvolvimento físico
da criança;

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c) Ao se envolver em actividades físicas na idade pré-escolar a criança desenvolve a sua
coordenação muscular e, consequentemente a autoconfiança e a segurança. Assim os
professores devem encorajar o desenvolvimento das capacidades motoras da criança;
d) Os pais e professores devem escolher ambientes propícios para o crescimento e o
desenvolvimento da criança;

6.1.Principais caracteristicas na adolescência


A adolescência estende-se dos 12 aos 17anos e em alguns casos até aos 21 anos é caracterizada
pela busca da consolidação da identidade. Tal como afirma MWAMWENDA (2004, p.59)
caracteriza a adolescência como um período “(...) fascinante, interessante e desafiante do
crescimento e desenvolvimento humano. É um período de grandes mudanças físicas, sócias,
emocionais, fisiológicas e psicológica”.

6.2.Principais mudanças nos rapazes


Nos rapazes aumento o tamanho e força dos músculos e dos troncos. Verifica-se, também o
crescimento rápido dos testículos, dos pêlos púbicos e do pénis, o que permite a erecção,
podendo ser causada por estímulos eróticos e fantasias, pressão provocada sobre as roupas, etc.
tal erecção pode gerar a ejaculação, podendo o rapaz engravidar uma rapariga. A ejaculação é
seguida pelo crescimento dos pêlos nas axilas, pêlos na face (barba) e a mudança de voz.

6.3.Principais mudanças nas raparigas


Normalmente as raparigas nascem com um sistema nervoso e esqueleto mais maduro que os
rapazes.

No inicio da adolescência desenvolvem-se as glândulas mamarias e os pêlos púbicos. O útero, a


vagina e o peito aumentam de tamanho em preparação para a função de mãe. Os lábios da vagina
e o clitóris se alargam o que culmina com a primeira menstruação da jovem. A menstuação é
sinal de maturidade sexual, visto que a jovem pode engravidar caso mantenha relações sexuais
sem protecção com o sexo oposto.

As ancas e a pélvis tornam-se mais largas, os odores corporais tornam-se mais intensos. O tom
da voz torna-se mais aguda.

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2.O que caracteriza fundamentalmente a adolescência é que, em ambos os sexos acontece à
maturidade sexual e a capacidade de reprodução. Há um crescimento acelerado e mudanças
precipitadas nas secreções das hormonas da glândula pituitária, localizada na base do cérebro.

6.3.Princiapis caracteristicas da idade adulta


A idade adulta começa normalmente quanto termina a adolescência, entre 18 a 21 anos. E o
adulto é uma pessoa que aceita e se implica em responsabilidades que lhe são atribuídas (a ele ou
ela) e que está numa posição de tomar decisões sociais viáveis, ainda que seja capaz de integrar e
manter uma personalidade estável.

No inicio da idade adulta, os músculos do homem continuam a aumentar, facto que não acontece
com as mulheres. Há uma tendência de aumento de peso e fisicamente, estes se tornam mais
fortes. É o inicio na independência econômica, de responsabilidades, estabelecimento de relações
íntimas com o sexo oposto, ocorrência de casamento e formação de uma família.

Davidoff (2001) resume que os adultos são motivados a partenidade/maternidade por nove
valores:

1) Validação do status de adulto e da identidade social – pois há crenças que presumem que
não ter filhos significa não ser adulto, principalmente nas mulheres que se sentem
incompletas por não serem mães;

2) Expansão do eu – os filhos são visto como vector de ligação como as novas gerações,
gerando um sentimento de imortalidade;

3) Realização dos valores morais – um filho pode significar a realização de ideais sociais,
religiosos ou pessoais;

4) Criação de novos laços – ser mãe ou pai aumenta o grau de afectividade do adulto;

5) Estimulação agradável – as crianças são fontes de novidade e alegria;

6) Realização, competência, criatividade – pelo facto de participar de uma idéia criativa, a


de gerar outro ser;

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7) Poder e influência – pelo controlo que se tem quanto ao bebé e pela possibilidade de
modelar um Sr humano;

8) Comparação e competição social – deliciando-se com a idéia de que o seu bebé é melhor
que o dos outros;

9) Utilidade econômica – possibilidade do bebé, futuramente, ajudar na casa, nos negócios e


na velhice.

2. O conhecimento sobre o desenvolvimento na idade adulta contribui para a realização do


processo educativo que respeite a sua realidade, considerando-o como alguém que atingiu a
maturidade e com larga experiência. Também, ajuda nos sistemas de educação de adultos a
compreender as dificuldades do adulto em entender as matérias

7.Teorias de desenvolvimento cognitivo de Piaget e Bruner

A teoria de Piaget busca dar uma explicação compreensiva do mundo da criança como esta
compreende e interpreta.

Para isso, Piaget identifica quatro estágios do desenvolvimento cognitivo, designadamente: (a) o
estágio sensório-motor; (b) o estágio pré-operatório; (c) o estágio operatório ou das operações
concretas e; (d) o estágio das operações formas.

Estagio sensório – motor (0 – 2 anos)

Desenvolvimento da consciência do próprio corpo, diferenciado do restante do mundo físico.


Desenvolvimento da inteligência em três estágios: reflexos de fundo hereditário, organização das
percepções e hábitos e inteligência prática

Pré – operatório (2 – 7 anos)

Desenvolvimento da linguagem, com três conseqüências para a vida mental: a) socialização da


ação, com trocas entre os indivíduos; b) desenvolvimento do pensamento, a partir do pensamento
verbal: finalismo (porquês), animismo e artificialismo; c) desenvolvimento da intuição

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Período de operações concretas (7,11 – 12 anos)

Desenvolvimento do pensamento lógico sobre coisas concretas; compreensão das relações entre
coisas e capacidade para classificar objectos; superação do egocentrismo da linguagem;
aparecimento das noções de conservação de substância, peso e volume

Período das operações formais (12 anos em diante)

Desenvolvimento da capacidade para construir sistemas e teorias abstractos, para formar e


entender conceitos abstractos, como os conceitos de amor, justiça, democracia, etc.: do
pensamento concreto sobre coisas, passa para o pensamento abstracto, “hipotético – dedutivo”,
isto é, o indivíduo se torna capaz de chegar a conclusões a partir de hipóteses: se A é maior que
B e B é maior que C, A é maior que C
8.Teoria de desenvolvimento cognitivo de Brunner

A teoria de Brunner explica o mecanismo de aprendizagem com base na descoberta de conceitos


sob orientação do professor. Esta teoria recomenda que o professor deve motivar os alunos a fim
de predispô-los para a aprendizagem através da colocação de tarefas que estimulem a curiosidade
e do reforço, organizar os conteúdos de forma lógica, inter-relacionada, do simples para o
complexo e promover a aprendizagem baseada em acções motoras, representações em forma de
imagens e linguagem de acordo com os estágios de desenvolvimento dos alunos e suas
experiências.

A teoria de Bruner realça o papel da linguagem no desenvolvimento cognitivo. De acordo com o


autor a criança passa por três estágios de desenvolvimento cognitivo: modo de pensamento
activo, icônico e simbólico.

Este autor defende a idéia de que a estrutura da linguagem é, em grande parte, especificada
biologicamente “a função da experiência (...), não é propiciar a aprendizagem, mas sim ativar a
capacidade inata dos seres humanos para adquirir e utilizar um código lingüístico”
(RAPPAPORT, 1981, p.57).

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Nessa perspectiva a linguagem seria algo específico e exclusivo dos seres humanos e inata. Para
provar a sua teoria Chomsky submeteu chimpanzés à aprendizagem de uma língua e o processo
não deu resultados satisfatórios. Isso não se verificaria com as crianças que desenvolvem a
linguagem naturalmente.

Chomsky considera também que a capacidade de adquirir a linguagem é igual ou comum para
todos os membros da espécie, o que dispensaria as habilidades e competências individuais na sua
aquisição.

O modelo de aquisição da linguagem proposto por Chomsky supõe a existência de um


dispositivo para a aquisição da linguagem LAD (do Inglês language acquisition device). A partir
deste dispositivo os dados lingüísticos seriam processados para compor um sistema gramatical,
pelo qual é possível prever as sequências para sentenças gramaticais e distinguir os aspectos da
fala que são importantes do ponto de vista gramatical.

9.Teorias de desenvolvimento afectivo – emocional na perspectiva de Freud e Erickson


Fase Oral
Adaptação da criança ao meio ambiente.
Estrutura sensorial desenvolvida é a boca: a partir dela começa a provar e conhecer o mundo.
O seio materno é a primeira descoberta afectiva (a criança sente um grande prazer no acto de
mamar)
O libido organiza-se em torno da zona oral, é daí que a criança sente o prazer.
Por isso, toda criança põe objectos na boca, como forma de conhecê-los e senti-los

Fase Anal

No segundo ano de vida o libido passa a organizar-se sobre a zona erógena anal e a criança
começa a ter fantasias com as suas fezes, dando-as valor simbólico, pois geram prazer, quando a
criança ama e sente que é amada pelos pais, cada elemento que a criança produz é sentido como
bom e valorizado.
Estabelece-se na criança o controlo dos esfíncteres.
Crescem os sentimentos de amor.

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Fase Fálica

a partir dos 3 anos de idade a erotização é dirigida pelos genitais e desenvolve-se o interesse pela
masturbação e a preocupação com as diferenças sexuais.
A tarefa básica é organizar os modelos da relação entre o homem e a mulheres.
Os meninos criam a fantasia de casar com a mãe e como se sente impotente diante do pai surge o
Complexo de Édipo, o desejo de eliminar aquele que o impede do amor da mãe, no caso o pai.

Fase Lactencia

Inicio da escolarização.
Período de repressão da energia sexual e canalizada para outras finalidades (desenvolvimento
social e intelectual).
Fase Genital

Capacidade de amar e trabalhar.


Discriminação do papel sexual.
Desenvolvimento intelectual e social.
A necessidade da perpetuação da vida (casar e fazer filhos).

10.Teoria de desenvolvimento afectivo –emocional de Erickson


As fases de desenvolvimento propostas por Erikson são:

a) Fase oral sensorial (fase oral segundo Freud): que consiste na descoberta do prazer de ser
alimentado, de amamentar. Ela começa também a estruturar as modalidades sociais de
tomar e agarrar. Neste período gera-se a crise confiança X desconfiança.

b) Fase muscular-anal (fase anal segundo Freud): Sentimento de prazer pela evacuação das
fezes e da urina. Neste período gera-se a crise Autonomia X vergonha e dúvida.

c) Fase locomotora-genital (fase fálica): organização do Ego na construção do sujeito, das


fantasias afectivas e da discriminação das diferenças sexuais. O acto de cainha e correr

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configuram, progressivamente a sua autonomia. Neste período gera-se a crise iniciativa X
Culpa (iniciativa de conquistar e a culpa em cometer algo errado).

d) Fase de latência: dormência dos impulsos sexuais, canalizados para as tarefas de


construção intelectual e social (processo de sublimação). Neste período gera-se a crise
Indústria X inferioridade (de um lado a capacidade de produzir e de outro sentimento de
não produzir).

e) Fase de Adolescência (fase genital segundo Freud): a configuração da identidade sexual,


profissional e ideológica. Gera-se o conflito Identidade X confusão de papeis.

f) Fase da idade adulta jovem (fase genital segundo Freud): caracteriza-se pela associação
da sua identidade a outras (amor e filiação). Gera-se a crise Intimidade X isolamento, a
capacidade de filiar-se a alguém e confiá-lo e o medo de ficar sem amar e ser amado.

g) Fase adulta: Caracteriza-se pela capacidade de produzir e reproduzir. Também é a etapa


da maturidade humana. De um lado gera-se o conflito Generatividade X estagnação, a
capacidade de gerar vida e o medo pelo fracasso de que isso acontece. E, de outro,
integridade do ego X desesperança, a aceitação ou não da velhice e da morte.

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Conclusão

Terminada a realizaçao do trabalho, após várias leituras feitas é de salientar que foi tão bom ter
realizado o trabalho pois, conclui-se que o desenvolvimento humano se estabelece através da
interacção do indivíduo com o ambiente físico e social. Se caracteriza pelo desenvolvimento
mental e pelo crescimento orgânico, desde o nascimento até à idade adulta nos aspectos físico –
motor, intelectual, afectivo – emocional e social.

É importante estudar a psicologia de desenvolvimento porque o seu estudo possibilita uma


melhor observação, compreensão e interpretação do comportamento humano. Distinguindo como
nascem e como se desenvolvem as funções psicológicas do ser humano para subsidiar a
organização das condições para o seu desenvolvimento pleno.

Portanto, o behaviorismo procura explicar a formação do comportamento com base na influência de


determinadas condições. Segundo a teoria do behaviorismo determinadas condições, determinados
estímulos do meio ambiente podem produzir determinados comportamentos. Deste modo, o
behaviorismo considera que se pode estabelecer uma ligação entre uma determinada situação,
condição ou estímulo e o comportamento do indivíduo.

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Bibliografia

BOCK, Ana M.Bahia; FURTADO, O e TEIXEIRA, M.L. Psicologias - Uma Introdução ao Estudo
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Psicologia. SP: Saraiva, 1993.

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RAPPAPORT, Clara Regina. Psicologia de Desenvolvimento: Teorias de Desenvolvimento. v1.


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