Arteterapia

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Arteterapia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Arteterapia é uma disciplina híbrida baseada principalmente nas áreas das
artes e da psicologia.[1] Ela possui história e teorias próprias e é aplicada por
profissionais habilitados por cursos de especialização e/ou mestrado em
arteterapia. Na prática, a arteterapia consiste do uso de recursos
artísticos/visuais ou expressivos como elemento terapêutico. A arte criada em
arterapia pode ser explorada com fim em si (arteterpia - foco no process
criativo, no fazer) ou na análise/investigação de sua simbologia (arte como
terapia). Durante a sessão de arteterapia a pessoa é convidada a explorar
aspectos do seu consciente ou inconsciente por meio da expressão artística
(pintura, desenho, modelagem, escultura, poesia, dança, etc). Variados
autores definiram a Arteterapia, todos com conceitos semelhantes no que diz
respeito à auto-expressão. Segundo a Associação Brasileira de Arteterapia,
é um modo de trabalhar utilizando a linguagem artística como base da
comunicação cliente-profissional. Sua essência é a criação estética e a
elaboração artística em prol da saúde. Em arteterapia o próprio
artista/paciente/cliente é quem faz a interpretação de suas criações. Cabendo
ao arteterapeuta apenas instigar esta investigação. Diferente das terapias
tradicionais, que consiste principalmente das projeções que ocorrem entre
terapeuta e paciente, em arteterapia existe uma relação triangular: o
arteterapeuta, o paciente, e a arte (criada em terapia).

Recursos gráficos comumente usados na arte-terapia

Índice

 1Origens
 2Conceitos
 3Objetivos
 4Profissionais na área
 5Leituras selecionadas
 6Referências
 7Ligações externas

Origens
O uso de recursos artísticos com finalidades terapêuticas começa a ser
incentivado no início do século XIX, pelo médico alemão Johann Christian
Reil, [2] contemporâneo de Pinel. Este profissional estabeleceu um protocolo
terapêutico, com finalidade de cura psiquiátrica onde incluiu o uso de
desenhos, sons, textos para estabelecimento de uma comunicação com
conteúdos internos. Estudos posteriores traçaram relações entre Arte e
Psiquiatria, sendo que um profissional que também utilizou o recurso da arte
aplicado à Psicopatologia foi Carl Jung, que passou a trabalhar com o fazer
artístico, em forma de atividade criativa e integradora da personalidade:
"Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do
inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é
sensibilidade, criatividade, é vida" (Jung, 1920).

Estátua do artista Arthur Bispo do Rosário (1909/1911-1989) que foi diagnosticado


como esquizofrênico paranoico, e viveu por quase 50 anos como interno do hospital Colônia Juliano
Moreira no Rio de Janeiro
No Brasil, podem ser elencados os trabalhos desenvolvidos por Ulysses
Pernambucano já no início do século XX, trabalho que estimulou a escrita da
monografia de Silvio Moura, apresentada em 1923 e intitulada como
"Manifestações artísticas nos alienados". Outro nome de importância
é Osório César, que desenvolveu sua prática e pesquisas no Hospital do
Juquery, na cidade de Franco da Rocha-SP. Publicou em 1929 o livro "A
expressão artística nos alienados", onde propõe uma forma de compreender
as produções artísticas destes indivíduos. No hospital é inaugurada,
oficialmente, a Oficina de Pintura em 1923 e a Escola Livre de Artes Plásticas
em 1949. Outro nome importante no país é de Nise da Silveira (1905-1999),
que desenvolveu seu trabalho no Hospital Engenho de Dentro no Rio de
Janeiro implantando nas ações de terapia ocupacional ateliês de pintura e
modelagem, cujo seto de arquivo foi posteriormente redimensionado
como Museu de Imagens do Inconsciente tendo como finalidade a
preservação dos trabalhos produzidos nos ateliês para exposição
permanente e um núcleo de pesquisa da esquizofrenia. [3]
Em sua biografia oficial Natalie Rogers, filha de Carl Rogers, cita ter fundado
em 1984 o Instituto de Terapia Expressiva Centrada na Pessoa em Santa
Rosa - Califórnia. Neste instituto desenvolveu trabalho expressivo; pintura,
modelagem, expressão corporal, teatro, dança, música, poesia e mímica.
Postula que a expressão deve ser verbalizada e compreendida pelo próprio
cliente, e não interpretada pelo terapeuta. Posteriormente transformou-se em
Centro de Artes Expressivas associadas e todo o material coletado nestes
anos foi publicado em seu livro A conexão criativa: Artes Expressivas como
cura (1993). Ainda segundo a biografia oficial, o referido Instituto encerrou
atividades após 19 anos porém pela data citada como sendo do
encerramento , 2005, temos vinte e um anos de funcionamento e não 19
como é citado na propria biografia.
Hoje este campo se ampliou, com a Arteterapia estando inserida em diversos
campos e com a formulação, proposta pela União Brasileira das Associações
de Arteterapia - UBAAT, de critérios mínimos que norteiam a formação deste
profissional.
São citados também como nomes importantes nesta área:

 Margaret Naumburg (1890-1983)
 Florence Cane (1882 – 1952)
 Hanna Yara Kiatkwaka
 Edith Kramer (1916 – 2014)
 Janie Rhyne (1913-1995)

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